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CLÍNICA DE MATEMÁTICA

UMA TERAPIA PARA A MENTE

NOÇÕES DE CONJUNTOS

A B

ARTUR SILVA SANTOS


Sumário

NOÇÕES DE CONJUNTOS 3
1 - Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2 - Conjuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.1 - Noção de conjunto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2 - Relação de pertinência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.3 - Famı́lia de conjuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.4 - Conjunto universo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.5 - Conjuntos numéricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.6 - Determinação de um conjunto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.7 - Conjuntos vazio e unitário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.8 - Conjuntos finitos e infinitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.9 - Notações especiais para os conjuntos N, Z, Q e R . . . . . . . . . . . . 14
2.10 - Representação geométrica do conjunto R . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.11 - Primeira lista de terapias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3 - Subonjuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.1 - Igualdade de conjuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.2 - Relação de inclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.3 - Conjunto das partes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.4 - Segunda lista de terapias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
4 - Operações com conjuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4.1- Interseção de conjuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4.2 - União de conjuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4.3 - Diferença de conjuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
SUMÁRIO 3
4.4 - O complementar de um conjunto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4.5 - Diferença simétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
4.6 - Terceira lista de terapias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
5 - Intervalos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
5.2 - Intervalos limitados em R . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
5.2 - Intervalos não limitados em R . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
4.5 - Quarta lista de terapias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Pintou no ENEN . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
4

NOÇÕES DE CONJUNTOS

Neste livro apresenta-se os conceitos básicos sobre conjuntos usados pelos


matemáticos e o uso correto das notações de conjuntos, ajudando-os a alcançar seus
objetivos na disciplina de matemática da primeira série do Ensino Médio.

1 Introdução

Uma das caracterı́sticas mais significante da matemática é o amplo uso de


notações para expressar ideias e conceitos. A capacidade de compreender e se
expressar usando sı́mbolos e criar sua própria notação é fundamental para o seu
desenvolvimento matemático.

Fique atento
Conhecer sı́mbolos matemáticos e saber usá-los corretamente,
não significa que você é um matemático ou sabe fazer matemática.
Assim como conhecer a notação musical não significa que você é um
músico ou sabe fazer música. Por outro lado, não conhecer a notação
matemática ou não saber usá-la do modo correto poderá lhe trazer
dificuldades de aprendizado de novas ideias matemáticas e impedir
você de desenvolver todo o seu potencial.
SUMÁRIO 5

2 Conjuntos

2.1 Noção de conjunto

Fique sabendo
A noção de conjunto, fundamental na matemática atual, não
é suscetı́vel de definição precisa a partir de noções mais simples,
noutras palavras, conjunto é uma noção primitiva.

Não esqueça
Intuitivamente, um conjunto é qualquer coleção bem definida de
objetos distinguı́veis, não importando sua natureza.
Os objetos que constituem um conjunto são chamados de
elementos do conjunto.

Exemplo 1.
1. No conjunto dos alunos de uma turma, cada um dos alunos é um elemento.
2. No conjunto dos times de futebol da primeira divisão do campeonato
brasileiro, cada um dos times é um elemento.
3. No conjunto das vogais do nosso alfabeto, cada uma das vogais é um elemento.

Notação de conjuntos
Em geral, denotamos um conjunto usando letras maiúsculas e seus
elementos por letras minúsculas.
Os elementos de um conjunto são separados por vı́rgula (ou ponto
e vı́rgula) e entre chaves.
SUMÁRIO 6
Exemplo 2. Represente os conjuntos a seguir, usando notação de conjuntos.
a) Conjunto das vogais do nosso alfabeto.
Notação: V = {a, e, i, o, u}.
b) Conjunto dos algarismos romanos.
Notação: R = {I, V , X, L, C, D, M}.
c) Conjunto dos números ı́mpares positivos.
Notação: A = {1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, . . .}.

2.2 Relação de pertinência

Fique de olho
Para indicar que um elemento x pertence ao conjunto A,
escrevemos x ∈ A e para indicar que um elemento y não pertence
ao conjunto A, escrevemos y < A.
O sı́mbolo ∈ significa pertence e o sı́mbolo < não pertence.

Exemplo 3. Considerando o conjunto I = {1, 3, 5, 7}, observamos que os elementos


1, 3, 5 e 7 pertencem ao conjunto I, mas o número 2 não pertencem ao conjunto I.
Deste modo, podemos escrever, 1 ∈ I, 3 ∈ I, 5 ∈ I, 7 ∈ I e 2 < I.

Fique por dentro


Quando dois ou mais elementos pertencem a um mesmo conjunto
é bastante comum listá-los e usar apenas um sı́mbolo de pertinência.

Exemplo 4. Considerando o conjunto P = {2, 4, 6, 8, 10, 12}, podemos escrever


2, 4, 6 ∈ P para dizer que os números 2, 4 e 6 pentencem ao conjunto P. Noutras
palavras, 2 ∈ P, 4 ∈ P e 6 ∈ P.
SUMÁRIO 7

2.3 Famı́lia de conjuntos

Fique sabendo
Uma famı́lia de conjuntos é um conjunto cujos elementos
também são conjuntos.

n o
Exemplo 5. Seja A = {a, b}, {a, c}, {a, b, c}, {b, c, d} um conjunto de famı́lia, cujos
elementos são os conjuntos {a, b}, {a, c}, {a, b, c} e {b, c, d}.
Como os conjuntos {a, b}, {a, c}, {a, b, c} e {b, c, d} são elementos do conjunto A,
então podemos escrever {a, b} ∈ A, {a, c} ∈ A, {a, b, c} ∈ A e {b, c, c} ∈ A.
Observe que as letras a, b, c e d não são elementos do conjunto, então a < A,
b < A, c < A e d < A.

2.4 Conjunto universo

Fique atento
O conjunto universo na teoria dos conjuntos, denotado pela
letra maı́scula U , é definido como sendo o conjunto formado por todos
os elementos que são considerados no estudo da teoria dos conjuntos.

Exemplo 6. Conjunto das letras do alfabeto oficial da lı́ngua portuguesa.


Notação: U = {a, b, c, d, . . . , z}
SUMÁRIO 8

2.5 Conjuntos numéricos

Lembrete
Desde os primórdios a noção de número está ligada aos
processos de contar e medir. Atualmente, na nossa educação, o
conceito de número é abordado em paralelo ao conceito de conjunto:
um número natural é a caracterı́stica de todos aqueles conjuntos que
têm a mesma quantidade de elementos.

Os conjuntos numéricos a seguir são particularmente importantes na matemática


e serão amplamente usados em nossos exemplos.
• Conjunto do números naturais: N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, . . .}.

História da matemátiica
A criação do número zero ocorreu por volta do século 5 d.C. Foi
quando os hindus passaram a representar as quantidades usando-se
os seus próprios algarı́smos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.
Para alguns autores, por acharem que o número 0 (zero) não
representa contagem, excluem o mesmo do conjunto dos núumeros
naturais, por questão de mera conveniência.

• Conjunto do números inteiros: Z = {. . . , −3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, . . .}.

História da matemátiica
Como os números naturais mostraram-se insuficientes para
resolver os problemas do cotidiano. Nos séculos XV e XVI foi
desenvolvida uma linguagem padrão para designar perdas, débitos,
prejuı́zos, etc.
A terminologia adotada consiste em preceder a quantidade
numérica do sinal “-”. Assim, uma perda de 5 unidades monetárias é
simbolizada por −5. Estes são os números inteiros negativos.
SUMÁRIO 9
p
• Conjunto do números racionais (Q): é o conjunto formado pelas frações ,
q
onde p e q são números inteiros
( com q diferente)de zero.
p
Q= ; p, q ∈ Z, q , 0
q
1 5
Exemplo 7. Os números e são números racionais.
2 6
• Conjunto dos números irracionais: é o conjunto dos números decimais,
infinitos e não periódicos e que não podem ser representados por meio de
frações irredutı́veis.

Atenção
O conjunto dos números irracionais não tem uma notação
matemática própria para representar o conjunto.

√ √
Exemplo 8. Os números 2 = 1, 4142135623 . . ., 3 = 1, 7320508075 . . . e
π = 3, 1415926535 . . . são números irracionais.

• Conjunto dos números reais (R): é o conjunto formado pelos números


racionais e irracionais.

• Conjunto dos números complexos (C): é o conjunto formado pelos números



da forma z = a + bi, onde a e b são números reais e i = −1 é a unidade
imaginária.
n √ o
Q = z = a + bi; a, b ∈ R, i = −1

Exemplo 9. Os números z = 2 + 3i, z = 5i e z = −3 são números complexos.

2.6 Determinação de um conjunto

Não esqueça
A maioria dos conjuntos encontrados em matemática não são
definidos especificando-se, um a um, os seus elementos. Na Teoria
dos conjuntos há três métodos de definir um conjunto.
SUMÁRIO 10
• MÉTODO 1: enumerar todos os elementos que pertencem ao conjunto.
Neste método, dizemos que o conjunto está definido por enumeração ou
extensão.

Exemplo 10. A = {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23} é conjunto formando pelos 9 pri-
meiros números primos.

Atenção
Num conjunto definido por enumeração, a ordem dos elementos
não importa, isto é, cada elemento deve figurar somente uma vez no
conjunto.

Exemplo 11. Os conjuntos X = {2, 4, 6, 8, 10, 12}, X = {8, 10, 6, 2, 4, 12} e


X = {4, 2, 12, 10, 8, 6} representam o mesmo conjunto.

Exemplo 12. O conjunto Y = {1, 1, 3, 1, 2, 2, 1, 2, 4, 2, 3} não atende as normas de


representação por enumeração, pois o conjunto Y possui apenas 4 elementos,
ou seja, Y = {1, 2, 3, 4}.

O método a seguir é o método mais eficiente de definir um conjunto e por


isso, é o mais usado.

• MÉTODO 2: enumerar todos os elementos que pertencem ao conjunto.


Neste método, o conjunto é definido através de uma propriedade comum e
exclusiva dos seus elementos. Mais precisamente, parte-se de uma
propriedade P, a qual define um conjunto universo U . Assim, se um objeto
x goza da propriedade P, então x ∈ U e se x não goza da propriedade P, então
x < U . Escreve-se
U = {x; x goza da propriedade P}
Lê-se: U é o conjunto dos elementos x tais que x goza da propriedade P.

Exemplo 13. Represente os conjuntos abaixo pelo método de enumeração de


seus elementos.
a) A = {x ∈ N; x < 10}. Lê-se: A é o conjunto dos elementos x pertencentes a N
tais que x é menor do que 10.
Resolução: como N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, . . .}, então A = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}.
SUMÁRIO 11
b) P = {x ∈ N; 1 ≤ x ≤ 18, x é primo}. Lê-se: P é o conjunto dos elementos x per-
tencentes a N tais que x é um número primo, 1 é menor ou igual a x e x é
menor ou igual a 18.
Resolução: como N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, . . .}, então P = {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17}.

Não esqueça
O terceiro método será estudo no tópico sobre operações com
conjuntos, que é o método usando o digrama de Venn.

2.7 Conjuntos vazio e unitário

Conjunto vazio
É o conjunto dos elementos que verificam uma condição
impossı́vel de acontecer. Noutras palavras, é o conjunto que não
possui elementos.
Representa-se o conjunto vazio pelos sı́mbolos { } ou Ø.

Exemplo 14. Represente os conjuntos abaixo pelo método de enumeração de seus


elementos.
a) X = {x ∈ N; 1 < x < 2}.
Resolução: como N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, . . .} e não existe nenhum número natural
entre 1 e 2, então X = { } ou X = Ø.
b) Y = {x ∈ R; x2 < 0}.
Resolução: como não existe nenhum número real que elevado ao quadrado seja
menor do zero, então Y = { } ou Y = Ø.

Atenção
Quando o sı́mbolo do conjunto vazio Ø aparecer dentro de um
conjunto, o conjunto vazio deverá ser tratado como um elemento
desse conjunto especificado. Por exemplo, A = {Ø}.
SUMÁRIO 12
Exemplo 15. Represente os conjuntos abaixo pelo método de enumeração de seus
elementos.
a) X = {x ∈ N; 1 < x < 2}.
Resolução: como N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, . . .} e não existe nenhum número natural
entre 1 e 2, então X = { } ou X = Ø.
b) Y = {x ∈ R; x2 < 0}.
Resolução: como não existe nenhum número real que elevado ao quadrado seja
menor do zero, então Y = { } ou Y = Ø.

Conjunto unitário
É o conjunto constituı́do de um único elemento.

Exemplo 16. Represente os conjuntos abaixo pelo método de enumeração de seus


elementos.
a) F = {x ∈ N; x + 2 = 4}.
Resolução: seja x + 2 = 4 =⇒ x = 4 − 2 =⇒ x = 2. Como 2 ∈ N, então F = {2}.
b) G = {x ∈ R; x3 = 1}.
√3
Resolução: seja x3 = 1 =⇒ x = 1 =⇒ x = 1. Como 1 ∈ R, então G = {1}.

2.8 Conjuntos finitos e infinitos

Correspondência biunı́voca
Uma correspondência entre dois conjuntos A e B é unı́voca de A
para B se para cada elemento de A corresponder um único elemento
de B.
Uma correspondência entre dois conjuntos A e B é biunı́voca, se
ela for unı́voca tanto de A para B como de B para A.
Noutras palavras, uma correspondência é biunı́voca se, para cada
elemento de A corresponde um único elemento de B e, reciprocamente,
para cada elemento de B corresponde um único elemento de A.
SUMÁRIO 13

Conjunto finito
Um conjunto A é finito quando é vazio ou quando, para algum
n ∈ N, existir uma correspondência biunı́voca entre o conjunto A e o
conjunto dos n primeiros números naturais.
No primeiro caso, diremos que A tem zero elementos. No segundo
caso, diremos que n ∈ N é o número de elementos de A, ou seja, que
A possui n elementos.
Para representar um conjunto finito A que possui exatamente n
elementos, onde n é um número natural qualquer, escreve-se
A = {a1 , a2 , a3 , . . . , an }

Atenção
Usaremos a notação n(A) para designar o número de elementos de
um conjunto finito A.

Exemplo 17. Os conjuntos a seguir são conjuntos finitos.


a) Conjunto dos divisores de 40.
Resolução: seja
1
40 2 2
20 2 4
10 2 8
5 5 5, 10, 20, 40
1
 
Logo, D(40) = {1, 2, 4, 5, 8, 10, 20, 40} e n D(40) = 8.
b) Conjunto das faces de um dado.
Resolução: seja A o conjunto das faces de um dado. Como um dado tem 6 faces
numeradas de de 1 a 6, então A = {1, 2, 3, 4, 5, 6} e n(A) = 6.
c) B = {x ∈ N; x < 0}.
Resolução: seja N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, . . .}. Como não existe nenhum número
natural menor do que zero, então B = Ø e n(B) = 0.
SUMÁRIO 14

Conjunto Infinito
Um conjunto é infinito quando ele não for finito.
Para representar um conjunto infinito A, listamos uma
quantidade suficiente de seus elementos para caracterizar qual
propriedade um elemento deve possuir para estar nesse conjunto.
Escreve-se
A = {a1 , a2 , a3 , . . .}

Exemplo 18. Os conjuntos numéricos N, Z, Q e R são conjuntos infinitos.

2.9 Notações especiais para os conjuntos N, Z, Q


eR

Excluindo o zero
Os conjuntos numéricos N∗ , Z∗ , Q∗ e R∗ são obtidos a partir dos
conjuntos numéricos N, Z, Q e R, respectivamente, excluindo-se o
zero. Portanto,
N∗ = {x ∈ N; x , 0} = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, . . .}
Z∗ = {x ∈ Z; x , 0} = {. . . , −3, −2, −1, 1, 2, 3, . . .}
Q∗ = {x ∈ Q; x , 0} e R∗ = {x ∈ R; x , 0}

Conjuntos numéricos não negativos


Os conjuntos numéricos Z+ , Q+ e R+ são obtidos a partir dos
conjuntos numéricos Z, Q e R, respectivamente, considerando-se
apenas os números não negativos, ou seja, os números maiores ou
iguais a zero. Portanto,
Z+ = {x ∈ Z; x ≥ 0} = {0, 1, 2, 3, . . .} = N
Q+ = {x ∈ Q; x ≥ 0} e R+ = {x ∈ R; ≥ 0}
SUMÁRIO 15

Conjuntos numéricos não positivos


Os conjuntos numéricos Z− , Q− e R− são obtidos a partir dos
conjuntos numéricos Z, Q e R, respectivamente, considerando-se
apenas os números não positivos, ou seja, os números menores ou
iguais a zero. Portanto,
Z− = {x ∈ Z; x ≤ 0} = {. . . , −3, −2, −1, 0}
Q− = {x ∈ Q; x ≤ 0} e R− = {x ∈ R; ≤ 0}

Conjuntos numéricos negativos


Os conjuntos numéricos Z∗− , Q∗− e R∗− são obtidos a partir dos
conjuntos numéricos Z, Q e R, respectivamente, considerando-se
apenas os números negativos, ou seja, os números menores do que
zero. Portanto,
Z∗− = {x ∈ Z; x < 0} = {. . . , −3, −2, −1}
Q∗− = {x ∈ Q; x < 0} e R∗− = {x ∈ R; x < 0}

Conjuntos numéricos positivos


Os conjuntos numéricos Z∗+ , Q∗+ e R∗+ são obtidos a partir dos
conjuntos numéricos Z, Q e R, respectivamente, considerando-se
apenas os números positivos, ou seja, os números maiores do que zero.
Portanto,
Z∗+ = {x ∈ Z; x > 0} = {1, 2, 3, . . .} = N∗
Q∗+ = {x ∈ Q; x > 0} e R∗+ = {x ∈ R; x > 0}
SUMÁRIO 16

2.10 Representação geométrica do conjunto R

Fique sabendo
Os números reais podem ser representados geometricamente pelos
pontos de uma reta, chamada reta real.

Construção da reta real


1º Passo: escolhe-se um ponto O para representar o número real 0 e
um outro ponto A, à direita de O, para representar o número real 1,
conforme figura

O A
2º Passo: usando a distância entre os pontos O e A como unidade de
medida, a todo ponto da reta real corresponderá um único número
real e, inversamente, a todo número real corresponderá um único
ponto dessa reta.
Noutras palavras: há uma correspondência biunı́voca entre o
conjunto R dos números reais e o conjunto dos pontos da reta real.
Conclusão: os números reais à direita do zero, ou seja, os que estão
do mesmo lado do número 1 formam o conjunto dos números reais
positivos R∗+ , enquanto que os números reais à esquerda do zero
formam o conjunto R∗− dos números reais negativos. O número 0
não é positivo nem negativo.

. . . −3 −2 −1 0 1 2 3 ...
SUMÁRIO 17

Atenção
Tendo em vista que a demonstração de uma correspondência
biunı́voca é um problema bem mais delicado e depende de vários
resultados mais avançados e pelo fato deste curso ser introdutório,
vamos assumir esse resultado como verdadeiro.

2.11 Primeira lista de terapias

1. Represente cada conjunto abaixo, enumerando os seus elementos.


a) Conjunto das letras da palavra AMANARA1 ;
b) Conjunto dos meses do ano que possuem 31 dias;
c) Conjunto dos números primos maiores que 10 e menores que 60;
d) Conjunto dos divisores 420;
e) M = {x ∈ N; x ≤ 5};
f) N = {x ∈ Z; −1 ≤ x ≤ 1, x é ı́mpar};
g) P = {x ∈ R; x2 − x − 2 = 0};
h) Q = {x ∈ R; x2 + 2x + 1 = 0};
( )
x4 − x2 − 2 x2 + 1
i) R = x ∈ R; = .
4 2
2. Nos conjuntos a seguir, escreva a propriedade que define cada conjunto.
a) X = {2, 3, 5, 7, 11, 13};
b) Y = {0, 2, 4, 6, 8};
c) W = {6, 7, 8, 9, 10};
d) A = {0, 1, 4, 9, 16, 25, 36, 49, 64, 81, 100};
e) B = {0, 3, 6, 9, 12, 15, . . .}.

3. Dados os conjuntos A = {−1, 0, 1}, B = {−1, 0, {1}}, 2, 3} e C = {{−1}, 0, {1, 2}, 3, 4},
classifique as sentenças seguintes em verdadeira (V) ou falsa (F), justificando
cada resposta.
a) Ø ∈ A b) 1 ∈ A c) {1} ∈ C d) {1, 2} ∈ B e) {1, 2} ∈ C f) {−1} < A

1 Tupi-guarani: dia chuvoso


SUMÁRIO 18
4. Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das sentenças a seguir,
justificando cada resposta.
a) 2 ∈ M = {x ∈ R; x2 − 4 = 0};
b) 0 < N = {x ∈ R; x3 − 2x2 + x = 0};
c) {2} ∈ P = {x ∈ R; 2x + 1 = 5};
d) 48 ∈ Q = {x ∈ N; x é o mmc(12, 16)};
e) 50 ∈ R = {x ∈ N; x é o mdc(30, 50)};
f) 150 ∈ S = {x ∈ N; x é o mmc(30, 50)};
g) 6 < T = {x ∈ N; x é o mdc(24, 30)};
h) 260 ∈ V = {x ∈ N; x é divisı́vel por 2, por 3 e por 5};
i) 5 < X = {x ∈ Z; 2(x − 1) = 8};
j) A = {x ∈ N; x2 + 1 = 0} = Ø;
k) B = {x ∈ N; x2 − 9 = 0} = {3};
k) C = {x ∈ Z; x2 − 9 = 0} = {3};

3 Subconjuntos

Definição
Sejam A e B dois conjuntos. Dizemos que o conjunto A é
subconjunto ou parte do conjunto B, quando todo elemento de A
é também elemento de B.

Exemplo 19.
a) O conjunto I = {1, 3, 5, 7, 9, 11} é um subconjunto dos números ı́mpares;
b) O conjunto P = {0, 2, 4, 6, 8, 10} é um subconjunto dos números pares;
a) O conjunto dos divisores de 80 é um subconjunto dos números naturais.
Justificativa: seja D(80) os divisores de 80, então
1
80 2 2
40 2 4
20 2 8
10 2 16
5 5 5, 10, 20, 40, 80
1
SUMÁRIO 19
Logo, D(80) = {1, 2, 4, 5, 8, 10, 20, 40, 80} é um subconjunto dos números
naturais.

Fique atento
Dizemos que um conjunto A não é subconjunto de um conjunto
B, quando pelo menos um dos elementos de A não pertence a B.

Exemplo 20.
a) O conjunto A = {1, 3, 5, 7} não é subconjunto do conjunto B = {2, 3, 4, , 5, 6, 7}, pois
o elemento 1 não pertencem ao conjunto B.
b) O conjunto S = {x ∈ R; x2 = 4} não é um subconjunto do conjunto N.
Justificativa: resolvendo a equação x2 = 4, obtemos

x = ± 4 =⇒ x = ±2 =⇒ x = −2 ou x = 2.
Logo, S = {−2, 2} não é subconjunto de N, pois −2 < N.

3.1 Igualdade de conjuntos

Definição
Sejam A e B dois conjuntos quaisquer. Diz-se que o conjunto
A é igual ao conjunto B, denotado por A = B, quando A e B têm
exatamente os mesmos elementos.

Exemplo 21.
a) Os conjuntos A = {2, 3, 5, 7, 11, 13} e B = {11, 13, 5, 2, 7, 3} são iguais, pois têm os
mesmos elementos. Neste caso, escereve-se A = B;
b) Os conjuntos S = {x ∈ R; x2 = 1} e R = {−1, 1} são iguais.
Justificativa: resolvendo a equação x2 = 1, obte-se

x2 = 1 =⇒ x = ± 1 =⇒ x = ±1 =⇒ x = −1 ou x = 1.
Logo, S = {−1, 1} tem os mesmos elementos do conjunto R, isto é, S = R.
SUMÁRIO 20

Fique sabendo
Quando um conjunto A não for igual a um conjunto B, diz-se
que A é diferente de B e usa-se a notação A , B.
Neste caso, existe pelo menos um elemento de A que não pertence
a B, ou existe pelo menos um elemento de B que não pertence a A.

Exemplo 22. Os conjuntos A = {a, e, i, o, u} e B = {a, e, i, o, u, d} não são iguais, pois o


elemento d do conjunto B não pertence ao conjunto A. Neste caso, escreve-se A , B.

Propriedades
Para quaisquer conjuntos A, B e C são válidas as propriedades a
seguir, referentes à igualdade de conjuntos.
1. Reflexiva: A = A
2. Simétrica: se A = B, então B = A
3. Transitiva: se A = B e B = C, então A = C

3.2 Relação de inclusão

A relação de inclusão indica se um determinado conjunto está contido ou não


num outro conjunto.
Usaremos a sı́mbologia a seguir para representar a relação de inclusão.

Sombologia Leitura
A⊂B O conjunto A está contido no conjunto B.
A1B O conjunto A não está contido no conjunto B.
B⊃A O conjunto B contém o conjunto A.
B2A O conjunto B não contém o conjunto A.
SUMÁRIO 21

Definição
Sejam A e B dois conjuntos quaisquer. Dizemos que o conjunto
A está contido no conjunto B, denotado por A ⊂ B, quando A é um
subconjunto de B.

Exemplo 23.
a) O conjunto A = {a, c} é um subconjunto do conjunto B = {a, b, c, d, e}, pois todo
elemento de A também é elemento de B. Daı́, escrevemos A ⊂ B;
b) São válidas as relações de inclusões: N ⊂ Z, Z ⊂ Q e Q ⊂ R. Neste caso, podemos
escrever N ⊂ Z ⊂ Q ⊂ R.

Fique sabendo
A negação de A ⊂ B, denotada por A 1 B, é indicada quando o
conjunto A não é um subconjunto de B.

Exemplo 24.
a) O conjunto A = {a, b, e} não é um subconjunto do conjunto B = {a, e, i, o, u}, pois o
elemento b pertence a A mas não pertence a B. Assim, escrevemos A 1 B;
 
3 8
b) O conjunto S = x ∈ R; x = não é um subconjunto do conjunto Q− .
27
8
Jusfiticativa: resolvendo a equação x3 = , obtemos
27
r
3 8 2
x= =⇒ x = ·
27 3
 
2 2
Logo, S = não é subconjunto de Q− , pois < Q− . Daı́, escrevemos S 1 Q− .
3 3

Fique de olho
Usamos a notação B ⊃ A para indicar que o conjunto B contém o
conjunto A, ou seja, A é um subconjunto de B.
SUMÁRIO 22
Exemplo 25.
a) O conjunto dos números pares contém o conjunto A = {x ∈ R; x3 = 64}.
Jusfiticativa: seja B = {0, 2, 4, 6, 8, . . .} o conjunto dos númeres pares. Resolvendo a
equação x3 = 64, obtemos

3
x= 64 =⇒ x = 4.
Logo, A = {2} é um subconjunto de B, pois 2 ∈ B, e escrevemos B ⊃ A.
b) São válidas as relações de inclusões: Z ⊃ N, Q ⊃ Z e R ⊃ Q. Neste caso, podemos
escrever R ⊃ Q ⊃ R ⊃ N.

Não esqueça
A negação de B ⊃ A, denotada por B 2 A, é indicada quando o
conjunto B não contém o conjunto A, isto é A não é subconjunto de
B.

Exemplo 26.
a) O conjunto Z não contém o conjunto A = {x ∈ R; 2x + 1 = 0}.
Jusfiticativa: resolvendo a equação 2x + 1 = 0, obte-se
1
2x = −1 =⇒ x = − ·
  2
1 1
Logo, A = − não é um subconjunto de Z, pois − < Z, e escrevemos Z 2 A.
2 2

b) M = {x ∈ N; x ≤ 20, x é primo} não contém o conjunto N = {x ∈ N; x ≤ 5, x é par}.


Jusfiticativa: sejam M = {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19} e N = {0, 2, 4}. Como N não é
subconjunto de M, então M não contém N , e escrevemos M 2 N .

Propriedades
Para quaisquer conjuntos A, B e C são válidas as propriedades a
seguir, referentes à relação de inclusão de conjuntos.
1. Ø ⊂ A;
2. Reflexiva: A ⊂ A;
3. Antssimétrica: se A ⊂ B e B ⊂ A, então A = B;
4. Transitiva: se A ⊂ B e B ⊂ C, então A ⊂ C.
SUMÁRIO 23

Atenção
O conjunto vazio é subconjunto de qualquer conjunto.
Noutras palavras: o conjunto vazio está contido em qualquer
conjunto, ou seja, se A é um conjunto, então Ø ⊂ A.

Fique atento
Devemos ter muita atenção ao uso correto dos sı́mbolos de
pertinência ” ∈ ” e de inclusão ” ⊂ ”. A pertinência é uma relação
entre elemento e conjunto e a inclusão é uma relação entre
conjuntos.

Exemplo 27. Dados os conjuntos A = {1, 3, 6}, B = {2, 4, {6}, 8} e C = {{2, 4}, {1, 3}, {1, 2, 4}},
temos
a) 1 ∈ A mas 1 < C, pois 1 não é elemento de C;
b) {2, 4} < B mas {2, 4} ⊂ B, pois {2, 4} é um subconjunto de B;
c) {2, 4} ∈ C mas {2, 4} 1 C, pois {2, 4} é um elemento de C;
d) {1, 3} ∈ C mas {1, 3} < A, pois {1, 3} é um subconjunto de A;
e) 6 ∈ A mas {6} < A, pois {6} é um subconjunto de A;
f) {{1, 3}} ⊂ C ou C ⊃ {{1, 3}};
g) {2, 4, 8} ⊂ B mas {2, 4, 8} < B, pois {2, 4, 8} é um subconjunto de B;
h) Ø ⊂ A, Ø ⊂ B e Ø ⊂ C.

SLIDES ATÉ AQUI

3.3 Conjunto das partes

Definição
Seja X um conjunto qualquer. Dizemos que o conjunto das
partes de X, denotado por P(X), é o conjunto cujos elementos são
todos os subconjuntos de X.
SUMÁRIO 24

Saiba mais
O conjunto das partes P(X) nunca é vazio, pois ele tem pelos
menos o conjunto vazio e o proprio conjunto X como elementos, ou
seja, Ø ∈ P(X) e X ∈ P(X).

Exemplo 28.
n o
a) Se X = {1} então P(A) = Ø, {1} ;
n o
b) Se Y = {1, 2} então P(A) = Ø, {1}, {2}, {1, 2} ;
n o
c) Se W = {a, b, c} então P(A) = Ø, {a}, {b}, {c}, {a, b}, {a, c}, {b, c}, {a, b, c} .

Saiba mais
O número de elementos do conjunto das partes de um conjunto
 
finito X, denotado por n P(X) , é igual a 2k , onde k é o número de
elementos de X. Ou seja,
 
n P(X) = 2k
Os elementos do conjunto das partes são subconjuntos de X.

 
Exemplo 29. Dado o conjunto X = {1, 3, 5, 7}, temos n P(X) = 24 = 16.
Justificativa: temos
n
P(X) = Ø, {1}, {3}, {5}, {7}, {1, 3}, {1, 5}, {1, 7}, {3, 5}, {3, 7}, {5, 7}, {1, 3, 5}, {1, 3, 7},
o
{1, 5, 7}, {3, 5, 7}, {1, 3, 5, 7} .

3.4 Segunda lista de terapias

1. Dados os conjuntos A = {a, b, 3} e B = {1, 2, 3}, calcule a+b para que os conjuntos
A e B sejam iguais.

2. Dados os conjuntos A = {1, 3, 5, 7, 9, 11}, B = {2, 3, 5, 7} e C = {0, 2, 4, 6, 8, 10},


classifique as sentenças seguintes em verdadeira (V) ou falsa (F), justificando
SUMÁRIO 25
cada resposta.
a) Ø ⊂ A, Ø ⊂ B e Ø ⊂ C b) B ⊃ A c) {0, 2, 4} 1 C d) A ⊃ B e) {1, 5} 1 B
f) A ⊂ {x ∈ N, x é primo} g) B ⊂ {x ∈ N, x é primo} h) C 1 {x ∈ N, x é par}

3. Dado o conjunto A = {a, e, i, o, u}, calcule o número de elementos do conjunto


das partes de A e determine P(A).

4. (PUC-RJ) Sejam x e y números tais que os conjuntos {1, 4, 5} e {x, y, 1} sejam


iguais. Então, podemos afirmar que:
a) x = 4 e y = 5 b) x , 4 c) y , 4 d) x + y = 9 e) x < y
5. Calcule o número de elementos dos conjunto das partes de cada conjunto
abaixo.
a) X = {x ∈ N; 3x + 2 = 1}
b) A = {x ∈ R; 3x + 2 = 1}
c) B = {x ∈ R; x2 − 5x + 6 = 0}
d) C = {x ∈ N; x é primo no lançamento de um dado}

6. (ITA) Seja U um conjunto não vazio com n elementos, n ≥ 1. Seja S um


subconjunto de P(U ) com a seguinte propriedade:
Se A, B ∈ S, então A ⊂ B ou B ⊂ A.
Então, o número máximo de elementos que S pode ter é:
a) 2n−1
n n+1
b) , se n for par, e se n for ı́mpar
2 2
c) n + 1
d) 2n − 1
e) 2n−1 + 1
26

4 Operações com conjuntos

Diagrama de Venn
É uma representação gráfica de conjuntos por curvas fechadas
simples, tais como cı́rculos, ovais ou poligonais.

Atenção
Num diagrama de Venn os elementos dos conjuntos são
representados por pontos internos a região delimitada por curvas
fechadas simples e os elementos que não pertencem ao conjunto são
representados por pontos externos a essa região.

Exemplo 30. Usando o digrama de Venn para representar o conjunto A = {1, 4, 7, 9, 11},
temos
A
4
7 1
9
11

4.1 Interseção de conjuntos

Fique sabendo
A conjunção ”e” é usada na matemática para indicar a interseção
entre dois conjuntos quaisquer.
SUMÁRIO 27

Fique atento
A operação de interseção é uma operação binária que transforma
dois conjuntos quaisquer num terceiro conjunto.

Definição
Sejam A e B dois conjuntos quaisquer. Chama-se interseção de
A e B, denotado por A ∩B, o conjunto formado por todos os elementos
que pertencem simultaneamente a A e a B. Ou seja,
A ∩ B = {x ∈ U ; x ∈ A e x ∈ B}
| {z }
Lê-se: A interseção B ou A inter B
Usando o diagrama de Venn, temos
A B

A∩B

A região hachurada no diagrama de Venn acima representa todos


os elementos que estão simultaneamente nos conjuntos A e B.

Exemplo 31. Dados os conjuntos A = {1, 3, 5, 7}, B = {3, 5, 6, 8} e C = {5, 6, 9}, temos
• A ∩ B = {1, 3, 5, 7} ∩ {3, 5, 6, 8} = {3, 5}
• A ∩ C = {1, 3, 5, 7} ∩ {5, 6, 9} = {5}
• B ∩ C = {3, 5, 6, 8} ∩ {5, 6, 9} = {5, 6}
cujos diagramas de Venn são ilustrados abaixo.
A B A C B C
3 6 3 6 5
1 1 5 3
5 8 8 6 9
7 7 8

onde a região hachurada representa a interseção entre os conjuntos.


SUMÁRIO 28

Definição
Sejam A e B dois conjuntos quaisquer. Dizemos que os conjuntos
A e B são disjuntos quando não possuem elementos em comum, ou
seja A ∩ B = Ø.
Usando o diagrama de Venn, temos
A B

Exemplo 32. Dados os conjuntos A = {1, 3, 5, 7} e B = {2, 4, 6, 8}, temos


A ∩ B = {1, 3, 5, 7} ∩ B = {2, 4, 6, 8} = Ø
cujo diagrama de Venn é ilustrado a seguir.
A B
3 6
1 2
5 4
7 8

Exemplo 33. Os alunos da primeira série do ensino médio do Colégio Militar 2 de


Julho (CM2J) gostam de estudar matemática e fı́sica. 80% gostam de matemática e
60% de fı́sica. Sabe-se que todo aluno da primeira série do CM2J gosta de estudar
pelo menos uma das duas disciplinas.
a) qual o percentual correspondente dos alunos que gostam de estudar ambas
disciplinas?
b) qual o percentual correspondente dos alunos que gostam de estudar apenas
matemática?
c) qual o percentual correspondente dos alunos que gostam de estudar apenas fı́sica?
Resolução: sejam F o conjunto dos alunos que gostam de fı́sica, M o conjunto dos
alunos que gostam de matemática e F ∩ M o conjunto dos alunos que gostam de
ambas disciplinas.
O diagrama de Venn abaixo ilustra o problema.
M F

80% − F ∩ M F ∩M 60% − F ∩ M
SUMÁRIO 29
Primeiro devemos calcular o percentual de F ∩ M. Como todos os alunos da
primeira série do CM2J correspondem a 100% da referida série, então
✘ ✘
F✘
80% − ✘ ∩✘
M F✘
+✘ ∩✘
MF + 60% − F ∩ M = 100% =⇒ 140% − F ∩ M = 100%
de onde resulta, F ∩ M = 140% − 100% =⇒ F ∩ M = 40%. Logo,
a) 40% dos alunos gostam de estudar ambas disciplinas.
b) 80% - F∩M = 80% - 40% = 40% dos alunos gostam de estudar apenas matemática.
c) 60% - F ∩ M = 60% - 40% = 20% dos alunos gostam de estudar apenas fı́sica.

Saiba mais
Sejam A, B e C três subconjuntos quaisquer de um conjunto
universo U . Define-se a interseção entre A, B e C, denotado por
A ∩B∩C, como sendo o conjunto formado por todos os elementos que
pertencem simultaneamente a A, a B e a C.
Usando o diagrama de Venn, temos

U
A B

A região hachurada no diagrama de Venn acima contém todos os


elementos que estão simultaneamente nos conjuntos A, B e C, ou seja,
A ∩ B ∩ C.

Exemplo 34. Dados os conjuntos A = {2, 3, 8, 9}, B = {1, 3, 7, 8} e C = {5, 7, 8, 9}, temos
• A ∩ B = {2, 3, 8, 9} ∩ {1, 3, 7, 8} = {3, 8}
• A ∩ C = {2, 3, 8, 9} ∩ {5, 7, 8, 9} = {8, 9}
• B ∩ C = {1, 3, 7, 8} ∩ {5, 7, 8, 9} = {7, 8}
• A ∩ B ∩ C = (A ∩ B) ∩ C = {3, 8} ∩ {5, 7, 8, 9} = {8}
cujo diagrama de Venn está ilustrado a seguir.
SUMÁRIO 30
U
A B

3
2 1
8
9 7
5

Propriedades
Para quaisquer subconjuntos A, B e C num conjunto universal U ,
valem as propriedades a seguir, referentes à interseção de conjuntos.
1. A ∩ Ø = Ø [todo conjunto é disjunto do vazio]
2. Idempotente: A ∩ A = A
3. Elemento neutro: A ∩ U = A
4. Comutativa: A ∩ B = B ∩ A
5. Associativa: A ∩ (B ∩ C) = (A ∩ B) ∩ C

Fique atento
A propriedade associativa garante as duas formas de colocar os
parênteses na expressão A ∩ B ∩ C para efetuar as operações binárias
de inteserção.

4.2 União de conjuntos


SUMÁRIO 31

Fique sabendo
A operação de união, também chamada de reunião, é uma
operação binária que transforma dois conjuntos quaisquer num
terceiro conjunto. Neste texto, usaremos o termo união.
Sejam A e B dois conjuntos quaisquer. Denotamos o conjunto
união de A e B por A ∪ B, que se lê ”A união B”.

Definição
Chama-se união dos conjuntos A e B, denotado por A ∪ B, o
conjunto formado por todos os elementos que pertencem a A ou a
B.
A ∪ B = {x ∈ U ; x ∈ A ou x ∈ B}

cujos diagramas de Venn são ilustrados abaixo.


A B A B B
A

| {z } | {z } | {z }
A∪B A∪B A∪B
Nos diagramas de Venn acima, consideremos três afirmações.
• Diagrama da esquerda: x ∈ A e x < B ou x < A e x ∈ B ou
x ∈ A ∩ B.
• Diagrama do centro: x ∈ A e x < B ou x < A e x ∈ B.
• Diagrama da direita: A ⊂ B, ou seja, x ∈ A ∩ B ou x ∈ B.

Exemplo 35. Dados os conjuntos A = {1, 2, 3, 4}, B = {1, 3, 5, 7}, C = {0, 2, 4, 6} e


D = {2, 4}, temos
A ∪ B = {1, 2, 3, 4} ∪ {1, 3, 5, 7} = {1, 2, 3, 4, 5, 7}
B ∪ C = {1, 3, 5, 7} ∪ {0, 2, 4, 6} = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}
C ∪ D = {0, 2, 4, 6} ∪ {2, 4} = {0, 2, 4, 6}
cujos diagramas de Venn são ilustrados a seguir.
SUMÁRIO 32

A B B C D
1 5 0 C
1 0
2 3 5 2 2
7 3 4 6 4
4 1 7 6
| {z } | {z } | {z }
A∪B A∪B C ∪D

Saiba mais
O conectivo ”ou” é usado na matemática para indicar a união
entre dois conjuntos quaisquer. Sendo assim, quando o conjunto A
é formado pelos elementos que gozam da propriedade P e B formado
pelos elementos que gozam da propriedade Q, então a propriedade
que define o conjunto A ∪ B é ”P ou Q”.

Propriedades
Para quaisquer subconjuntos A, e B e C valem as propriedades a
seguir, referentes à união de conjuntos.
1. Comutativa: A ∪ B = B ∪ A
2. Associativa: (A ∪ B) ∪ C = A ∪ (B ∪ C)
3. Idempotente: A ∪ A = A
4. Elemento neutro: A ∪ Ø = A

Saiba mais
A propriedade associativa garante as duas formas de colocar os
parênteses na expressão A ∪ B ∪ C para efetuar as operações binárias
de união.
SUMÁRIO 33

Número de elementos do conjunto união


Sejam A e B dois conjuntos finitos quaisquer. O número de
elementos do conjunto união de A e B é calculado conforme os
casos a seguir.
1º CASO: quando A ∩ B , Ø.
n(A ∪ B) = n(A) + n(B) − n(A ∩ B)
2º CASO: quando A ∩ B = Ø.
n(A ∪ B) = n(A) + n(B)
onde,
• n(A) é o número de elementos do conjunto A.
• n(B) é o número de elementos do conjunto B.
• n(A ∩ B) é o número de elementos da interseção dos conjuntos
A e B.
• n(A ∪ B) é o número de elementos da união dos conjuntos A e
B.

Exemplo 36. Numa pesquisa realizada no Colegio Militar 2 de Julho sobre a


preferencia das modalidades esportivas de jogo de damas e xadrez, 400 alunos
preferem jogo de damas, 370 preferem xadrez e 200 preferem jogo de damas e
xadrez. Calcule:
a) o número de alunos consultados;
b) o número de alunos que preferem só a modalidade de jogo de damas;
c) o número de alunos que preferem só a modalidade de xadrez.
Resolução: sejam n(A) = 400 o número de alunos que preferem jogo de damas,
n(B) = 370 o número de alunos que preferem xadrez e n(A ∩ B) = 200 o número de
alunos que preferem jogo de damas e xadrez.
O diagrama de Venn abaixo ilustra o problema.

A B

400 − 200 200 370 − 200


| {z } | {z }
preferem só jogo de damas preferem só xadrez

a) como A ∩ B , Ø, então n(A ∪ B) = n(A) + n(B) − n(A ∩ B). Sendo asssim,


SUMÁRIO 34
n(A ∪ B) = 400 + 370 − 200 =⇒ n(A ∪ B) = 770 − 200 =⇒ n(A ∪ B) = 570
b) 400 - 200 = 200
c) 370 - 200 = 170
Logo, foram consultados 570 alunos, 200 alunos preferem só jogo de damas e
170 alunos preferem só xadrez.

Exemplo 37. Num determinado municı́pio com 36.000 domicı́lios, 23.000 domicı́lios
recebem regularmente o jornal do supermercado A, 15.000 recebem regularmente o
jornal do supermercado B e 4.000 do número de domicı́lios não recebe nenhum dos
dois jornais. Calcule:
a) o número de domicı́lios que recebem os dois jornais;
b) o número de domicı́lios que recebem apenas o jornal do supermercado A;
c) o número de domicı́lios que recebem o jornal do supermercado B.
Resolução: sejam n(A) = 23.000 o número de domicı́lios que recebem regularmente
o jornal do supermercado A, n(B) = 15.000 o número de domicı́lios que recebem
regularmente o jornal do supermercado B, n(A ∩ B) o número de domicı́lios que
recebem os dois jornais e n(U ) = 36.000 o número de domicı́lios do conjunto
universo U , que é o municı́pio.
Os 4.000 domicı́lios que não recebem nenhum dos dois jornais ficam fora dos
conjuntos A e B, mas dentro do conjunto universo U .
O diagrama de Venn abaixo ilustra o problema.
U

A B

23.000 − A ∩ B A ∩ B 15.000 − A ∩ B
| {z } | {z }
recebem apenas o jornal A recebem apenas o jornal B

4.000

a) como todos os domicı́lios que recebem ou não os jornais dos supermercados A e B


A✘
formam o conjunto U , então 23.000 − ✘ ∩✘ A✘
B +✘ ∩✘
B + 15.000 − A ∩ B + 4.000 = 36.000.
Donde,
42.000 − A ∩ B = 36.000 =⇒ 42.000 − 36.000 = A ∩ B =⇒ A ∩ B = 6.000.
b) 23.000 - 6.000 = 17.000
c) 15.000 - 6.000 = 9.000
SUMÁRIO 35
Logo, 6.000 domicı́lios recebem os jornais A e B, 17.000 domicı́lios recebem
apenas o jornal A e 9.000 domicı́lios recebem apenas o jornal B.

Saiba mais
Sejam A, B e C três conjuntos finitos quaisquer. O número de
elementos do conjunto uniáo de A, B e C é calculado de acordo com a
fórmula abaixo.
n(A ∪ B ∪ C) = n(A) + n(B) + n(A) − n(A ∩ B) − n(A ∩ C) − n(B ∩ C)
+ n(A ∩ B ∩ C)
onde,
• n(A) é o número de elementos do conjunto A.
• n(B) é o número de elementos do conjunto B.
• n(A ∩ B) é o número de elementos da interseção dos conjuntos
A e B.
• n(A ∩ C) é o número de elementos da interseção dos conjuntos
A e C.
• n(B ∩ C) é o número de elementos da interseção dos conjuntos
B e C.
• n(A ∩ C ∩ C) é o número de elementos da interseção dos
conjuntos A, B e C.
• n(A ∪ C ∪ C) é o número de elementos da união dos conjuntos
A, B e C.

Exemplo 38. Nos moradores de uma certa comunidade foram aplicadas três tipos
de vacinas, A, B e C. Sabe-se que 500 moradores foram vacinados com a do tipo A,
300 foram vacinados com a do tipo B, 350 foram vacinados com a do tipo C, 200
foram vacinados com as dos tipos A e B, 150 foram vacinados com as dos tipos A
e C, 127 foram vacinados com as dos tipos B e C, 92 foram vacinados com os três
tipos de vacinas e 61 não foram vacinados. De acordo com esses dados, pede-se:
a) quantos moradores têm nessa comunidade?
b) quantos moradores foram vacinados?
c) quantos moradores receberam só a vacina do tipo A?
d) quantos moradores receberam só a vacina do tipo B?
SUMÁRIO 36
e) quantos moradores receberam só a vacina do tipo C?
f) quantos moradores receberam as vacinas dos tipos A ou B?
g) quantos moradores receberam as vacinas dos tipos A ou C?
h) quantos moradores receberam as vacinas dos tipos B ou C?
i) quantos moradores receberam dois tipos de vacinas?
Resolução: sejam n(A) = 500, n(B) = 300, n(C) = 350, n(A ∩ B) = 200, n(A ∩ C) = 150,
n(B ∩ C) = 127, n(A ∩ B ∩ C) = 92 e 61 não vacinados.
Os 61 moradores que não foram vacinados ficam fora dos conjuntos A, B e C,
mas dentro do conjunto universo U , que é a comunidade.
Usando o diagrama de Venn, temos
200 − 92
| {z }
U

A B

242 65
(500-108-92-58) 108 (300-108-92-35)
92
58 35

165
(150-92) (127-92)

61
C
z }| {
350 − 58 − 92 − 35
Baseado no diagrama de Venn acima, obtemos
a) 242 + 108 + 65 + 92 + 35 + 165 + 58 + 61 = 826
b) 242 + 108 + 65 + 92 + 35 + 165 + 58 = 765
c) 242
d) 265
e) 165
f) como A ∩ B , Ø, então n(A ∪ B) = n(A) + n(B) − n(A ∩ B). Donde,
n(A ∪ B) = 500 + 300 − 200 =⇒ n(A ∪ B) = 800 − 200 =⇒ n(A ∪ B) = 600.
SUMÁRIO 37
g) como A ∩ C , Ø, então n(A ∪ C) = n(A) + n(C) − n(A ∩ C). Donde,
n(A ∪ C) = 500 + 350 − 150 =⇒ n(A ∪ C) = 850 − 150 =⇒ n(A ∪ C) = 700.
h) como B ∩ C , Ø, então n(B ∪ C) = n(B) + n(C) − n(B ∩ C). Donde,
n(B ∪ C) = 300 + 350 − 127 =⇒ n(B ∪ C) = 650 − 127 =⇒ n(B ∪ C) = 523.
i) 108 + 58 + 35 = 201.
Logo, a comunidade tem 826 moradores dos quais 765 foram vacinados, sendo
que 242 receberam só a vacina A, 265 só a vacina B, 165 só a vacina C, 600 as vacinas
A ou B, 700 as vacinas A ou C, 523 as vacinas B ou C e 201 dois tios de vacinas.

4.3 Diferença de conjuntos

Definição
Sejam A e B dois conjuntos quaisquer. Chama-se diferença entre
A e B, denotado por A − B, o conjunto formado por todos os elementos
que pertencem a A e não pertencem a B.
A − B = {x; x ∈ A e x < B}
cujos diagramas de Venn são ilustrados abaixo.
A B A B A
A−B
A−B A−B B

Exemplo 39. Dados os conjuntos A = {a, b, c, d, e}, B = {a, d, e, f }, C = {f , g, h} e


D = {a, c, e}, temos
A − B = {a, b, c, d, e} − {a, d, e, f } = {b, c}
A − C = {a, b, c, d, e} − {f , g, h} = {a, b, c, d, e}
A − D = {a, b, c, d, e} − {a, c, e} = {b, d}
A ∩ B = {a, b, c, d, e} ∩ {a, d, e, f } = {a, d, e}
A ∩ C = {a, b, c, d, e} ∩ {f , g, h} = Ø
A ∩ D = {a, b, c, d, e} ∩ {a, c, e} = {a, c, e}
cujos diagramas de Venn são ilustrados a seguir, onde a área hachurada representa
a diferença entre o conjunto A e os conjuntos B, C e D, respectivamente.
SUMÁRIO 38

A B A C A
a a f d
b d b e g b a c
f D
c e d c h e

4.4 O complementar de um conjunto

Fique atento
Na definição de complementar de um conjunto é necessário a
condição de subconjunto para que um conjunto seja complementar
de outro.
Usaremos a simbologia abaixo para representar o complementar
do conjunto X em relação ao conjunto Y , onde X ⊂ Y .
conjunto X
∁conjunto Y = conjunto Y - conjunto X

Definição
Sejam A e B dois conjuntos quaisquer, com A ⊂ B. Chama-se
complementar de A em relação a B, denotado por ∁A
B , o conjunto
formado pelos elementos de B que não pertencem a A.
∁A
B = B − A = {x ∈ B; x < A}

cujos diagramas de Venn são ilustrados abaixo.


A B B
∁A
B
∁A
B A

Exemplo 40. Dados os conjuntos A = {0, 2} e B = {0, 2, 4, 6}, temos


∁AB = B − A = {0, 2, 4, 6} − {0, 2} = {4, 6}
A ∩ B = {0, 2, 4, 6} ∩ {0, 2} = {0, 2}
cujos diagramas de Venn são ilustrados a seguir, onde a área hachurada representa
o complementar do conjunto A em relação ao conjunto B.
SUMÁRIO 39

A B B
4 6
0 4 0 A
2 6 2

Saiba mais
A noção de complementar de um conjunto só tem sentido quando
fixamos um conjunto universo U . Pois uma vez fixado U , todos os
elementos a serem considerados serão elementos de U e todos os
conjuntos serão subconjuntos de U .
Neste caso, dado um conjunto A subconjunto de U , as simbologias
usuais são Ā ou Ac . Ou seja,
Ā = Ac = {x ∈ U ; x < A}
Neste livro usaremos apenas a simbologia Ac para representar o
complementar do conjunto A em relação ao conjunto universo U .

Propriedades
Para quaisquer subconjuntos A e B do conjunto universo U
valem as propriedades a seguir, referentes ao complementar de um
conjunto.
P1 ) Øc = U
P2 ) U c = Ø
P3 ) (Ac )c = A
P4 ) A ⊂ B ⇐⇒ Bc ⊂ Ac
P5 ) A ∩ Ac = Ø
P6 ) A ∪ Ac = U
P7 ) (A ∩ B)c = Ac ∪ Bc
P8 ) (A ∪ B)c = Ac ∩ Bc
SUMÁRIO 40
As propriedades P7 e P8 são chamadas Leis de De Morgan.2

4.5 Diferença simétrica

Definição
Sejam A e B dois conjuntos quaisquer. Chama-se diferença
simétrica entre A e B, denotada por (A△B), o conjunto formado pelos
elementos de A que não pertencem a B ou pelos elementos de B que
não pertencem a A.
(A△B) = (A − B) ∪ (B − A) = {x; x ∈ A − B ou x ∈ B − A}
cujo diagrama de Venn é ilustrado abaixo, onde a região hachurada
representa a diferença simétrica entre A e B.
A B

A−B B−A

Exemplo 41. Dados os conjuntos A = {0, 2, 4, 6, 8} e B = {0, 3, 6, 9}, temos temos


A − B = {0, 2, 4, 6, 8} − {0, 3, 6, 9} = {2, 4, 8}
B − A = {0, 3, 6, 9} − {0, 2, 4, 6, 8} = {3, 9}
A ∩ B = {0, 2, 4, 6, 8} ∩ {0, 3, 6, 9} = {0, 6}
(A△B) = (A − B) ∪ (B − A) = {2, 4, 8} ∪ {3, 9} = {2, 3, 4, 8, 9}
cujos diagramas de Venn são ilustrados a seguir, onde a área hachurada representa
a diferença simétrica entre os conjunto A e B.
A B
4 0 3
2
8 6 9

2 Augustus De Morgan (1806-1871), matemático e lógico britânico. Nasceu na cidade de Madura


na ı̀ndia e morreu em Londres, Inglaterra. Embora tenha nascido na India era de famı́lia e formação
inglesa.
SUMÁRIO 41

4.6 Terceira lista de terapias

1. (ESPM-SP) Numa empresa multinacional, sabe-se que 60% dos funcionários


falam inglês, 45% falam espanhol e 30% deles não falam nenhuma daquelas
lı́nguas. Se exatamente 49 funcionários falam inglês e espanhol, podemos
concluir que o número de funcionários dessa empresa é igual a:
A) 180 B) 140 C) 210 D) 165 E) 127
2. (UECE) Em um grupo de 300 alunos de lı́ngua estrangeira, 174 alunos
estudam inglês e 186 alunos estudam chinês. Se, neste grupo, ninguém
estuda outro idioma além do inglês e do chinês, o número de alunos deste
grupo que se dedicam ao estudo de apenas um idioma é:
A) 236 B) 240 C) 244 D) 246
3. (UFSE) Uma editora entrevistou 200 alunos de uma escola, verificando se
haviam lido os livros A e B. Concluiu-se que 102 alunos leram o livro A, 32
leram ambos e 48 não leram esses livros. Quantos leram somente o livro B?
A) 152 B) 134 C) 82 D) 50 E) 30
4. (UEPG) Considere os conjuntos: A = {x ∈ N; x é ı́mpar}, B = {x ∈ N : x ≤ 4} e
C = {x ∈ Z; −3 < x < 4}. Assinale a alternativa correta, onde o conjunto X, tal
que X ⊂ C e C − X = A ∩ B, é:
A) {−1, 0, 2} B) {−1, 0, 1, 2} C) {0, 1, 25} D) {−2, −1, 0, 2} E) {−2, −1, 0, 1, 2}
5. Sejam os conjuntos A = {2, 3, 5}, B = {3, 5, 7} e C = {2, 5, 7, 9}. O conjunto
(A − C) ∪ (B − C) ∪ (A ∩ B ∩ C) é:
A) {2, 3, 5, 9} B) {2, 5, 9} C) A D) {3, 7, 9} E) {3, 5, 7, 9}
6. (UFAC) Sejam A e B dois conjuntos distintos e não vazios tais que A ∩ B = A e
A − B = Ø. Então, vale que:
A) B ∩ A = B B) B ⊂ A C) A ⊂ B D) B − A = Ø E) A e B são conjuntos
disjuntos.
7. (PUC-SP) Numa universidade são lidos apenas dois jornais, X e Y . 80% dos
alunos lêem o jornal X e 60%, o jornal Y . Sabendo-se que todo aluno é leitor
de pelo menos um dos jornais, assinale a alternativa que corresponde ao
percentual de alunos que lêem ambos:
A) 40% B) 48% C) 14% D) 80% D) 60%
SUMÁRIO 42
8. (ITA) Sejam X, Y , Z e W subconjuntos de N tais que:
• (X − Y ) ∩ Z = {1, 2, 3, 4}
• Y = {5, 6}
• Z ∩Y = Ø
• W ∩ (X − Z) = {7, 8}
• X ∩ W ∩ Z = {2, 4}
n o
Então o conjunto [X ∩ (Z ∪ W )] − [W ∩ (Y ∪ Z)] é igual a:
A) {1, 2, 3, 4, 5} B) {1, 2, 3, 4, 7} C) {1, 3, 7, 8} D) {1, 3} E) {7, 8}
9. (UFES) Em um grupo de 57 pessoas, 3 pessoas gostam de arroz-doce,
brigadeiro e cocada, 7 pessoas gostam de brigadeiro e cocada, 8 pessoas
gostam de arroz-doce e cocada, 10 pessoas gostam de arroz-doce e brigadeiro.
O total de pessoas do grupo que gostam de cocada é 15, de brigadeiro é 25 e
de arroz-doce é 30. Calcule o número de pessoas do grupo que:
a) gostam de pelo menos um dos três doces;
b) não gostam de nenhum dos três doces;
c) gostam de arroz-doce, mas não gostam nem de brigadeiro nem de cocada.

10. (UNICAMP) Três candidatos A, B e C concorrem à presidência de um clube.


Uma pesquisa apontou que, dos sócios entrevistados, 150 não pretendem
votar. Dentre os entrevistados que estão dispostos a participar da eleição,
40 sócios votariam apenas no candidato A, 70 votariam apenas em B, e 100
votariam apenas no candidato C. Além disso, 190 disseram que não votariam
em A, 110 disseram que não votariam em C, e 10 sócios estão na dúvida e
podem votar tanto em A como em C, mas não em B. Finalmente, a pesquisa
revelou que 10 entrevistados votariam em qualquer candidato. Com base
nesses dados, pergunta-se:
a) Quantos sócios entrevistados estão em dúvida entre votar em B ou em C,
mas não votariam em A? Dentre os sócios consultados que pretendem
participar da eleição, quantos não votariam em B?
b) Quantos sócios participaram da pesquisa?

11. (CPCAR) De dois conjuntos A e B, sabe-se que:


I. O número de elementos que pertencem a A ∪ B é 45.
II. 40% desses elementos pertencem a ambos conjuntos.
III. O conjunto A tem 9 elementos a mais que o conjunto B.
Então, o número de elementos de cada conjunto é:
A) n(A) = 27 e n(B) = 18 B) n(A) = 30 e n(B) = 21 C) n(A) = 35 e n(B) = 26
D) n(A) = 36 e n(B) = 27
SUMÁRIO 43
12. (MACKENZIE) Se A e B são subconjuntos de U e A′ e B′ seus respectivos
complementares em U , então (A ∩ B) ∪ (A ∩ B′ ) é igual a:
A) A′ B) B′ C) B D) A E) A′ − B′
13. Uma pesquisa com três marcas concorrentes de refrigerantes, A, B e C,
mostrou que 50% das pessoas entrevistadas gostam de A, 60% gostam de
B, 35% gostam de C, 30% gostam de A e C, 15% gostam de A e B, 20%
gostam de B e C, 5% gostam das três marcas e o restante das pessoas não gosta
de nenhuma das três. A porcentagem das pessoas entrevistadas que gostam
de uma única marca de refrigerante ou não goste de marca alguma é de
A) 10% B) 15% C) 22% D) 30% E) 35%
14. (UECE) Dos 200 professores de uma universidade , 60 dedicam tempo integral
a essa instituição e 115 são doutores. Se entre os doutores apenas 33 dedicam
tempo integral, então o número de professores da universidade que não
dedicam tempo integral e não são doutores é:
A) 107 B) 82 C) 58 D) 55
15. Dados os conjuntos A = {x ∈ Z; −2 ≤ x ≤ 3} e B = {x ∈ Q; x > −3}, assinale a
alternativa correta.
A) A 1 B B) B ⊂ A C) 0 < B D) A ∩ B = Ø E) A ∩ B = A
16. (FGV) Uma pequisa de mercado sobre determinado eletrodoméstico mostrou
que:
• 37% dos entrevistados preferem a marca X;
• 40% preferem a marca Y ;
• 30% preferem a marca Z;
• 25% preferem X e Y ;
• 8% preferem Y e Z;
• 3% preferem X e Z;
• 1% prefere as três marcas.
Considerando que há os que não preferem nenhuma das três marcas, a
porcentagem dos que não preferem nem X nem Y é:
A) 20% B) 23% C) 30% D) 42% E) 48%
17. (MACKENZIE) Sabe-se que A ∪ B ∪ C = {n ∈; 1 ≤ n ≤ 10}, A ∩ B = {2, 3, 8},
A ∩ C = {2, 7}, B ∩ C = {2, 5, 6} e A ∪ B = {n ∈; 1 ≤ n ≤ 8}. O conjunto C e:
A) {9, 10} B) {5, 6, 9, 10} C) {2, 5, 6, 7, 9, 10} D) {2, 5, 6, 7} E) A ∪ B
SUMÁRIO 44
18. (AFA) Em um grupo de n cadetes da Aeronáutica, 17 nadam, 19 jogam
basquetebol, 21 jogam voleibol, 5 nadam e jogam basquetebol, 2 nadam e
jogam voleibol, 5 jogam basquetebol e voleibol e 2 fazem os três esportes.
Qual o valor de n, sabendo-se que todos os cadetes desse grupo praticam pelo
menos um desses esportes?
A) 31 B) 37 C) 47 D) 51
19. (UFC) Sejam M e N conjuntos que possuem um único elemento em comum. Se
o número de subconjuntos de M é igual ao dobro do número de subconjuntos
de N , o número de elementos do conjunto M ∪ N é:
A) o triplo do número de elementos de M.
B) o triplo do número de elementos de N .
C) o quádruplo do número de elementos de M.
D) o dobro do número de elementos de M.
e)
✁❆ o dobro do número de elementos de N .

20. (PUC-SP) São dados os conjuntos A = {x ∈ N; x é par}, B = {x ∈ Z : −1 ≤ x ≤ 6} e


C = {x ∈ N; x ≤ 4}. O conjunto X, tal que X ⊂ B e B − X = A ∩ C, é:
A) {0, 1, 3, 5} B) {−1, 1, 3, 5, 6} C) {1, 3, 5} D) {0, 3, 5} E) {−1, 1, 3, 5}
21. (UPE) Dados A e B conjuntos, a operação de diferença simétrica (·) é definida
n o n o
por A ·B = A ∪B−A ∩B. Se A = 1, {1}, Ø, a e B = 1, 2, {Ø}, a, b , então o conjunto
A · B é igual a:
n o n o n o
A) 1, {1}, Ø, {Ø}, 2, a, b B) {1, a} C) {1}, {Ø}, 2, b D) 1, Ø, {Ø}, 2, b E) Ø
22. (ITA) Sejam A um conjunto com 8 elementos e B um conjunto tal que A ∪ B
contenha 12 elementos. Então, o número de elementos de P(B − A) ∩ P(Ø) é
igual a
A) 8 B) 16 C) 20 D) 17 E) 9
23. (FGV) A parte hachurada no gráfico, representa:

A) A ∩(B∪C) B) A ∩B)∪C C) A ∪B)∩C D) A ∪(B∩C) E) nenhuma


das respostas anteriores
SUMÁRIO 45
24. (CPCAR) Considere os conjuntos A = {a ∈ N ∗ ; a < 5}, B = {b ∈ Z; 1 < b < 5},
C = {c ∈ N ∗ ; 2c 2 − 8c = 0} e D = {x ∈ N ; x é primo e x < 7}. Se A ∩ E = {3} e
B ∪ E = D ∪ C, então o conjunto E é igual a:
A) {3} B) {3, 5} C) {3, 5, 7} D) {3, 4, 5} E) {3, 7}
25. (UFES) As marcas de cerveja mais consumidas em um bar, num certo dia,
foram A, B e S. Os garçons constataram que o consumo se deu de acordo
com a tabela a seguir:
Marcas consumidas Número de consumidores
A 150
B 120
S 81
AeB 60
BeS 40
AeS 20
Outras 70

a) quantos beberam cerveja no bar, nesse dia?


b) dentre os consumidores de A, B e S, quantos beberam apenas duas dessas
marcas?
c) quantos não consumiram a cerveja S?
d) quantos não consumiram a cerveja B nem a marca S?

26. (FUVEST) Sendo A = {2, 3, 5, 6, 9, 13} e B = {ab ; a ∈ A, b ∈ A e a , b}. O número


de elementos de B que são números pares é:
A) 5 B) 8 C) 10 D) 12 E) 13
27. Certo clube fez levantamento para identificar quais de seus atletas estão aptos
a disputar provas de triatlo. Constatou que entre eles 44 atletas estão aptos
para a natação, 51 para o ciclismo e 60 para a corrida. Dos que estão aptos
para a natação, 14 estão aptos também para o ciclismo, 15 estão aptos também
para a corrida, 17 estão aptos para a corrida e ciclismo e 9 estão aptos para as
modalidades do triatlo. Quantos atletas estão aptos para apenas uma
modalidade de triatlo?
A) 61 B) 53 C) 66 D) 81 E) 90
28. Dados os conjuntos A = {n ∈ N; n < 10, n é ı́mpar}, B = {n ∈ N; n é múltiplo de 3}
e C = {n ∈ N; n ≤ 8, n é primo}. Então,
SUMÁRIO 46
A) A ∩ B = {3} B) A ∩ C = {3, 9} C) B ∩ C = {3, 9} D) C ∩ B = {3}
E) C ∩ A = {3, 5, 9}
29. (PUC-SP) Sejam os conjuntos A com dois elementos, B com 3 elementos e C
com 4 elementos, então:
A) A ∩ B tem no máximo 1 elemento
B) A ∪ B tem no máximo 5 elementos
C) (A ∩ B) ∩ C tem no máximo 2 elementos
D) (A ∪ B) ∩ C tem no máximo 2 elementos
E) A ∩ Ø tem 2 elementos pelo menos
30. (UDESC) Seja A o conjunto dos naturais menores que 10 e seja B outro
conjunto tal que A ∪ B = A e A ∩ B é o conjunto dos pares menores que 10.
Então, o conjunto B é:
A) vazio B) A ∩ B C) {x ∈ N; x < 10} D) {x ∈ N; x é par} E) qualquer
conjunto de números pares que contenha A ∩ B

31. (UFSM) Numa prova de vestibular, ao qual concorrem 20.000 candidatos, uma
questão apresentava as afirmativas A, B e C, e cada candidato devia
classficá-las em verdadeira (V ) ou falsta (F). Ao analisar os resultados da
prova, observou-se que 10.200 candidatos assinalaram V na afirmativa A, 6.100
na afirmativa B, 7.720 na afirmativa C. Observou-se ainda que 3.600
candidatos assinalaram V nas alternativas A e B, 1.200 nas afirmativas B e C,
500 nas afirmativas A e C e 200 nas afirmativas A, B e C. Quantos
candidatos consideraram falsas as três afirmativas?
A) 360 B) 490 C) 720 D) 810 E) 1.080
47

5 Intervalos

Entre dois números reais distintos quaisquer há infinitos números reais, ou
seja, é impossı́vel enumerar todos os elementos de um subconjunto dos números
reais.
Para representar essa infinidade de números reais entre dois números reais
distintos quaisquer, usa-se os intervalos como subconjuntos dos números reais,
caracterizados por desigualdades, englobando assim todos os números reais entre
dois extremos indicados, podendo ou não conter os próprios extremos, e
correspondem geometricamente a segmentos da reta real.
Os intervalos são fundamentais nas resoluções de problemas matemáticos, em
particular, nas resoluções de equações do 1º e 2º graus.
Os intervalos na reta real se dividem em intervalos limitados e intervalos
ilimitados.

5.1 Intervalos limitados em R

Os intervalos limitados em R são representados por colchetes e parênteses,


conforme cada caso.
• O colchete usado no inı́cio do intervalo, nesse sentido [, significa que o
intervalo é fechado à esquerda. Já o colchete usado no final do intervalo, nesse
sentido [, significa que o intervalo é aberto à direita.
• O colchete usado no inı́cio do intervalo, nesse sentido ], significa que o
intervalo é aberto à esquerda. Já o colchete usado no final do intervalo, nesse
sentido ], significa que o intervalo é fechado à direita.
• O parêntese usado no inı́cio do intervalo, nesse sentido (, significa que o
intervalo é aberto à esquerda. Já o colchete usado no final do intervalo, nesse
sentido ), significa que o intervalo é aberto à direita.
SUMÁRIO 48

Definição
Sejam a e b dois números reais quaisquer, com a < b. Chama-se
intervalo fechado de extremos a e b, denotado por [a, b], o conjunto
formado por todos os números reais x tais que a ≤ x ≤ b.
[a, b] = {x ∈ R; a ≤ x ≤ b}
| {z }
notação de conjunto

Representação geométrica na reta real.

a b
A bolinha cheia significa que os pontos extremos a e b pertencem ao
intervalo.

Exemplo 42. Representação geométrica do intervalo [−1, 3] = {x ∈ R; −1 ≤ x ≤ 3} na


reta real.

−1 3

Definição
Sejam a e b dois números reais quaisquer, com a < b. Chama-se
intervalo aberto de extremos a e b, denotado por ]a, b[ ou por (a, b),
o conjunto formado por todos os números reais x tais que a < x < b.
]a, b[= (a, b) = {x ∈ R; a < x < b}
| {z }
notação de conjunto

Representação geométrica na reta real.

a b
A bolinha vazia significa que os pontos extremos a e b não pertencem
ao intervalo.

Exemplo 43. Representação geométrica do intervalo ] − 4, −1[= {x ∈ R; −4 < x < −1}


na reta real.

−4 −1
SUMÁRIO 49

Definição
Sejam a e b dois números reais quaisquer, com a < b. Chama-se
intervalo aberto à esquerda e fechado à direita de extremos a e
b, denotador por ]a, b] ou por (a, b], o conjunto formado por todos os
números reais x tais que a < x ≤ b.
]a, b] = (a, b] = {x ∈ R; a < x ≤ b}
| {z }
notação de conjunto

Representação geométrica na reta real.

a b
A bolinha vazia significa que o ponto extremo a não pertence ao
intervalo e a bolinha cheia significa que o ponto extremo b pertence
ao intervalo.

Exemplo 44. Representação geométrica do intervalo ] − 5, 0] = {x ∈ R; −5 < x ≤ 0} na


reta real.

−5 0

Definição
Sejam a e b dois números reais quaisquer, com a < b. Chama-se
intervalo fechado à esquerda e aberto à direita de extremos a e
b, denotado por [a, b[ ou por [a, b), o conjunto formado por todos os
números reais x tais que a ≤ x < b.
[a, b[= [a, b) = {x ∈ R; a ≤ x < b}
| {z }
notação de conjunto

Representação geométrica na reta real.

a b
A bolinha cheia significa que o ponto extremo a pertence ao
intervalo e a bolinha vazia significa que o ponto extremo b não
pertence ao intervalo.
SUMÁRIO 50
Exemplo 45. Representação geométrica do intervalo [2, 7[= {x ∈ R; 2 ≤ x < 7} na reta
real.

2 7

Terapia 1. Represente na reta real, os intervalos A = [−5, 6], B =] − 1, 7], C =] − 6, −2[


e D = [1, 3[.
Resolução: representando os intervalos na reta real, tem-se

Terapia 2. Represente com a notaçaõ de conjunto, os intervalos A = [−10, −6[,


B = [0, 100], C =] − 1, 9[ e D =] − 7, 0].

Exemplo 46. Dados os intervalos A = [−3, 5], B = [0, 3[, C =] − 4, 1] e D = (−2, 4),
determine A ∩ B, A ∪ B, ∁BA , B − A, A△B, A ∩ C, A ∪ C, A − C, C − A e A△C.
Resolução: sejam
A
B
A∩B
−3 0 3 5
A ∩ B = [0, 3[ ou A ∩ B = {x ∈ R; 0 ≤ x < 3}.

A
B
A∪B
−3 0 3 5
A ∪ B = [−3, 5] ou A ∪ B = {x ∈ R; −3 ≤ x ≤ 5}.

A
B
∁BA = A − B
−3 0 3 5
∁BA = [−3, 0) ∪ [3, 5] ou ∁BA = {x ∈ R; −3 ≤ x < 0 ou 3 ≤ x ≤ 5}.

A
B
B−A
−3 0 3 5
B − A = Ø ou B − A = { }
SUMÁRIO 51
A−B
B−A
A△B
−3 0 3 5

A△B = [−3, 0[∪[3, 5] ou A△B = {x ∈ R; −3 ≤ x < 0 ou 3 ≤ x ≤ 5}.

A
C
A∩C
−4 −3 1 5

A ∩ C = [−3, 1] ou A ∩ C = {x ∈ R; −3 ≤ x ≤ 1}.

A
C
A∪C
−4 −3 1 5

A ∪ C =] − 4, 5] ou A ∪ C = {x ∈ R; −4 < x ≤ 5}.

A
C
A−C
−4 −3 1 5

A − C = (1, 5] ou A − C = {x ∈ R; 1 < x ≤ 5}.

C
A
C −A
−4 −3 1 5

C − A =] − 4, −3[ ou C − A = {x ∈ R; −4 < x < −3}.

A−C
C −A
A△C
−4 −3 1 5
SUMÁRIO 52
A△C =] − 4, −3[∪]1, 5] ou A△C = {x ∈ R; −4 < x < −3 ou 1 < x ≤ 5}.

Terapia 3. Dados os intervalor A =] − 1, 1], B = [−2, 3[, determine A ∩ B, A ∪ B, A − B


e ∁A
B.

Saiba mais
Nos casos particulares de intervalos abaixo pode ser pertinente a
retirada da exigência de a < b.
Caso 1: quando a = b.
• O intervalo fechado [a, b] reduz-se a único elemento [a, a] = {a},
chamado intervalo degenerado.
• Os intervalos (a, b), [a, b) e (a, b] reduzem-se, respectivamente,
ao conjunto vazio. Ou seja, (a, a) = {x ∈ R; x < a e x > a} = Ø,
[a, a) = Ø, e (a, a] = Ø.
Caso 2: quando b < a.
Os intervalos [a, b], [a, b), (a, b] e (a, b) são todos vazios.

Não esqueça

• Todo intervalo não degenerado (limitado) é um conjunto


infinito, ou seja, tem uma infinidade de elementos.
• Propriedade: todo intervalo não degenerado contém números
racionais e números irracionais.
A propriedade garante que os números racionais e os
irracionais estão por toda parte em R.

5.2 Intervalos não limitados em R

Os sı́mbolos −∞ (menos infinito) e +∞ (mais infinito) são usados como parte


da notação de intervalos ilimitados. Enfatiza-se que −∞ e +∞ não são números
reais.
SUMÁRIO 53

Definição
Seja b um número real qualquer. Chama-se semirreta esquerda,
fechada, de origem b, denotada por ] − ∞, b] ou por (−∞, b], o
conjunto formado por todos os números reais x tais que x ≤ b.
] − ∞, b] = (−∞, b] = {x ∈ R; x ≤ b}
| {z }
notação de conjunto

Representação geométrica na reta real.

b
A bolinha cheia significa que o ponto extremo a pertence ao
intervalo.

Exemplo 47. Representação geométrica do intervalo (−∞, 3] = {x ∈ R; x ≤ 3} na reta


real.

Definição
Seja b um número real qualquer. Chama-se semirreta esquerda,
aberta, de origem b, denotada por ]−∞, b[ ou por (−∞, b), o conjunto
formado por todos os números reais x tais que x < b.
] − ∞, b[= (−∞, b) = {x ∈ R; x < b}
| {z }
notação de conjunto

Representação geométrica na reta real.

b
A bolinha vazia significa que o ponto extremo b não pertence ao
intervalo.

Exemplo 48. Representação geométrica do intervalo (−∞, 9) = {x ∈ R; x < 9} na reta


real.

9
SUMÁRIO 54

Definição
Seja a um número real qualquer. Chama-se semirreta direita,
fechada, de origem a, denotada por [a, +∞[ ou por [a, +∞), o
conjunto formado por todos os números reais x tais que a ≤ x.
[a, +∞[= [a, +∞) = {x ∈ R; a ≤ x}
| {z }
notação de conjunto

Representação geométrica na reta real.

a
A bolinha cheia significa que o ponto extremo a pertence ao
intervalo.

Exemplo 49. Representação geométrica do intervalo [−2, +∞) = {x ∈ R; −2 ≤ x} na


reta real.

−2

Definição
Seja a um número real qualquer. Chama-se semirreta direita,
aberta, de origem a, denotada por ]a, +∞[ ou por (a, +∞), o conjunto
formado por todos os números reais x tais que a < x.
]a, +∞[= (a, +∞) = {x ∈ R; a < x}
| {z }
notação de conjunto

Representação geométrica na reta real.

a
A bolinha vazia significa que o ponto extremo a não pertence ao
intervalo.

Exemplo 50. Representação geométrica do intervalo (−6, +∞) = {x ∈ R; −6 < x} na


reta real.

−6
SUMÁRIO 55

Definição
Chama-se intervalo aberto ilimitado à esquerda e à direita,
denotado por ] − ∞, +∞[ ou por (−∞, +∞), o conjunto formado por
todos os números reais x.
] − ∞, +∞[= (−∞, +∞) = R
Representação geométrica da reta real.

· · · −3−2−1 0 1 2 3 · · ·

Exemplo 51. Dados os intervalos A = [1, +∞[, B =]−3, +∞[, C =]−∞, 3] e D =]−∞, 4[,
determine A ∩ B, A ∪ B, ∁A
B , A − B, A ∩ C, A ∪ C, B ∩ C B − C e C − B, C ∩ D, C ∪ D e
D − C.
Resolução: sejam

A
B
A∩B
−3 1
A ∩ B = [1, +∞[ ou A ∩ B = {x ∈ R; 1 ≤ x}.

A
B
A∪B
−3 1
A ∪ B =] − 3, +∞[ ou A ∪ B = {x ∈ R; −3 < x}.

A
B
∁A
B =B−A
−3 1
∁A A
B =] − 3, 1[ ou ∁B = {x ∈ R; −3 < x < 1}.

A
B
A−B
−3 1
SUMÁRIO 56
A − B = Ø.

A
C
A∩C
1 3
A ∩ C = [1, 3] ou A ∩ C = {x ∈ R; 1 ≤ x ≤ 3}.

A
C
A∪C
1 3
A ∪ C =] − ∞, +∞[= R.

B
C
B∩C
−3 3
B ∩ C =] − 3, 3] ou B ∩ C = {x ∈ R; −3 < x ≤ 3}.

B
C
B−C
−3 3
B − C = (3, +∞) ou B − C = {x ∈ R; 3 < x}.

B
C
C −B
−3 3
C − B =] − ∞, −3[ ou C − B = {x ∈ R; x < −3}.

C
D
C ∩D
3 4
C ∩ D =] − ∞, 3] ou C ∩ D = {x ∈ R; x ≤ 3}.
SUMÁRIO 57
C
D
C ∪D
3 4
C ∪ D =] − ∞, 4[ ou C ∪ D = {x ∈ R; x < 4}.

C
D
D−C
3 4
D − C =]3, 4[ ou D − C = {x ∈ R; 3 < x < 4}.

3.7 Quarta lista de terapias

1. Represente na reta real cada um dos intervalos abaixo.


A = [−5, 0[ B = [−1, 6] C = (−∞, −2] D = [−1, +∞[ E = [−1, 2[∪]3, 7]
F =] − ∞, 0] ∪ [1, +∞[
2. Represente com a notação de intervalo cada um dos conjuntos a seguir.
M = {x ∈ R; −4 < x ≤ −1} N = {x ∈ R; −1 < x} P = {x ∈ R; 0 ≤ x ≤ 2}
X = {x ∈ R; x < 1 ou 3 < x} Y = {x ∈ R; 2 ≤ x}
3. Represente com a notação de conjunto cada um dos intervalos abaixo.
A
−1 3
B
0
C
1 6
D
2
E
−2 0 4
4. Dados os intervalos X = [−3, +∞[, Y = [−2, 3], Z =] − ∞, 5] e W =] − 4, 4[,
determine X ∩ Y , X ∪ Y , ∁YX , X ∩ Z, X ∪ Z, X ∩ W , X ∪ W , X − W , Y ∩ Z,
Y ∪ Z, Z − Y , Y ∩ W , Y ∪ W , W − Y , Z ∩ W , Z ∪ W e Z − W .
SUMÁRIO 58
5. (FATEC) Sejam os conjuntos A = {x ∈ R; 0 < x < 2} e B = {x ∈ R; −3 ≤ x ≤ 1}.
Nessas condições (A ∪ B) − (A ∩ B) é
A) [−3, 0]∪]1, 2[ B) [−3, 0[∪[1, 2[ C) ]−∞, −3[∪[2, +∞[ D) ]1, 0] E) [−3, 2[

6. (PUC-RJ-Adaptada) A determinação por compreensão do conjunto A = [a, b] é


A) {x ∈ N; a ≤ x ≤ b} B) {x ∈ Z; a ≤ x ≤ b} C) {x ∈ Q; a ≤ x ≤ b}
D) {x ∈ R; a ≤ x ≤ b}
7. (PUC-MG) Se A =] − 2, 3] e B = [0, 5], então os números inteiros que estão em
B − A são
A) 11 e 0 B) 1 e 0 C) 4 e 5 D) 3, 4 e 5 E) 0, 1, 2 e 3

8. (UFJF) Define-se o comprimento de cada um dos intervalos [a, b], ]a, b[, ]a, b] e
[a, b[ como sendo a diferença (b − a). Dados os intervalos M = [3, 10], N =]6, 14[
e P = [5, 12[, o comprimento do intervalo resultante (M ∩ P) ∪ (P − N ) é igual a
A) 1 B) 3 C) 5 D) 7 E) 9

9. (PUC-MG) Considere os conjuntos:


A = {x ∈ R; x < 0 ou x > 4}
B = {x ∈ N; 0 < x < 12}
O número de elementos de A ∩ B é
A) 7 B) 8 C) 9 D) 11 E) 13

10. Considere os intervalos A = [−1, 3] e B =]1, 5]. Então a diferença simétrica


(A△B) é igual a
A) ] − 1, 1[ B) ]3, 5] C) [−1, 1]∪]3, 5] D) ]1, 3] E) ] − 1, 5]

11. (FGV) Sejam os intervalos A =] − ∞, 1], B =]0, 2] e C = [−1, 1]. Intervalo


C ∪ (A ∩ B) é
A) ] − 1, 1] B) [−1, 1] C) [0.1] D) ]0.1]
√ 
12. (PUC-RS) M = (−∞, 3), N = [−1, +∞) e P = [−2, 10 são intervalos. Então
P − (M ∩ N ) é igual a

A) [−1, 2) B) [−2, 3) C) [−2, 10) D) (−∞, −1] ∪ (3, +∞)

E) [−2, −1) ∪ [3, 10)
13. (UFSC-Aberta) Considere os conjuntos:
A = {x ∈ Z; 1 < x ≤ 17},
B = {x ∈ N; x é ı́mpar} e
C = {x ∈ R; 9 ≤ x ≤ 18}.
Calcule a soma dos elementos de (A ∩ B) − C.
SUMÁRIO 59
14. (UNCISAL) Considere os números irracionais a, b, c, d tais que a < c < b < d.
Os intervalos reais [a, b] e [c, d] possuem, respectivamente, 10 e 16 números
inteiros. Se o intervalo [a, d] possui 19 números inteiros, então a quantidade
de números inteiros existentes no intervalo [c, b] é

A)
❅3 B) 4 C) 6 D) 7 E) 9

15. (UFV) Sejam os conjuntos A = {x ∈ R; 1 < x < 5} e B = {x ∈ R; 2 ≤ x ≤ 6}. Então,


A ∩ B é
A) {2, 3, 4} B) {x ∈ R; 2 ≤ x ≤ 5} C) {x ∈ R; 2 < x < 5} D) {x ∈ R; 2 < x ≤ 5}

E)
❅ {x ∈ R; 2 ≤ x < 5}
16. (FUVEST) O número x não pertence ao intervalo aberto de extremos -1 e 2.
Sabe-se que x < 0 ou x > 3. Pode-se concluir que
A) x ≤ −1 ou x > 3 B) 0x ≥ 2 ou x < 0 C) x ≥ 2 ou x ≤ −1 D) x > 3 E) n.d.a

17. (PUC-MG) Sendo R o conjunto dos números reais e sendo os conjuntos


A = {x ∈ R; −5 < x ≤ 4} e B = {x ∈ R; −3 < x < 7}, o conjunto A − B é
A) {x ∈ R; −5 < x ≤ −3} B) {x ∈ R; −3 ≤ x ≤ 4} ❅
C)
❅ {x ∈ R; −5 < x < −3}
D) {x ∈ R; 4 < x ≤ 7}
18. (IFCE) Define-se a amplitude d do intervalo [a, b] como sendo o número
d = b − a, então a amplitude de [−1, 7] ∩ [1, 9] ∩ [0, 8] é
A) 4 B) 5 ❅
C)
❅6 D) 7 E) 8

19. (EN) Sejam A = [0, 2], B = (−1, 2] eC = (1, 3). O complemento de A ∩ (B − C) em


relação ao conjunto B é igual a
A) (−1, 0)∪[1, 2] B) (−1, 2) C) (−1, 0]∪[1, 2] D) (−1, 1] ❅
E)
❅ (−1, 0)∪(1, 2]

20. (UEBA) Sejam os conjuntos A = {x ∈ R; −1 < x < 2} e B = {x ∈ R; 0 ≤ x < 3}. A ∩ B


é igual a
A) [0, 2[ B) ]0, 2[ C) [−1, 3] D) [−1, 3[ E) ]−1, 3]

21. (CESGRANRIO) Se A = {x ∈ R; x < 1}, B = {x ∈ R; −1 < x ≤ 3} e C = {x ∈ R; x ≥ 0}


o intervalo que representa (A ∩ B) − C é

A)
❅ {x ∈ R; −1 < x < 0} B) {x ∈ R; −1 < x ≤ 0} C) {x ∈ R; −1 < x < 1}
D) {x ∈ R; x ≤ 3} E) {x ∈ R; x > −1}
22. (MACKENZIE) Sejam os conjuntos A = {x ∈ R; 0 ≤ x ≤ 3}, B = {x ∈ R; x ≤ 3} e
C = {x ∈ R; −2 ≤ x ≤ 3}. O conjunto (B − A) ∩ C é igual a
A) Ø B) {x ∈ R; x < 0} C) {x ∈ R; x > −2} D) {x ∈ R; −2 ≤ x < 0}
E) {x ∈ R; −2 < x ≤ 3}
SUMÁRIO 60
   
5 2
23. (UFMG) Considere os conjuntos A = x ∈ R; x > , B = x ∈ R; x < e
  8 3
5 3
C = x ∈ R; ≤ x ≤ · Podemos afirmar que (A ∪ C) ∩ B é igual a
8 4
     
3 5 2 5
A) x ∈ R; x ≤ B) x ∈ R; ≤ x ≤ C) x ∈ R; x ≥
4 8 3 8
 
5 3
D) x ∈ R; ≤ x <
8 4
24. (PUC-MG) Sejam os conjuntos A = {x ∈ R; −4 ≤ x ≤ 3} e B = {x ∈ R; −2 ≤ x < 5}.
A − B é igual a
A) {x ∈ R; −4 ≤ x < −2} B) {x ∈ R; −4 ≤ x ≤ −2} C) {x ∈ R; 3 < x < 5}
D) {x ∈ R; 3 ≤ x ≤ 5} E) {x ∈ R; −2 ≤ x < 5}
25. (UNIMONTES-PAES) Dados os conjuntos:
A = {x ∈ N; x = 3n, n ∈ N } e
18
B = x ∈ N − {0}; , n ∈ N
x
Tem-se que A ∩ B é igual ao conjunto
A) [18, 3] B) vazio C) {x ∈ N; 3 ≤ x ≤ 18} D) {3, 6, 9, 18}

26. (FAFEOD) Sendo Z o conjunto dos números inteiros, considere os conjuntos


A e B tais que A ∪ B = Z ∩ [−3, 4] e A ∩ B = Z ∩ [1, 3]. A soma dos números que
constituem o conjunto dado por (A − B) ∪ (B − A) é igual a:
A) -4 B) -2 C) 4 D) 0

27. (UFMG) O conjunto X é constituı́do dos elementos 0 e 2 e o conjunto Y é o


intervalo fechado [1, 2] = {y ∈ R; 1 ≤ y ≤ 2}. O conjunto X + Y , definido por
X + Y = {(x + y); x ∈ X e y ∈ Y }, é igual a:
A) [1, 2] B) [1, 2] ∪ {0} C) [1, 4] D) [1, 2] ∪ [3, 4]

28. (OSEC) Sejam A e B os seguintes subconjuntos A = {x ∈ R; 2 ≤ x ≤ 5} e


B = {x ∈ R; x > 4}. Então, podemos afirmar que:
A) A − B ⊂ B B) A − B ⊂ A C) B − A ⊂ A D) A − B = {x ∈ R; 2 < x < 4}
E) B − A = {x ∈ R; x ≥ 5}
29. (PUC-RS) Sejam a, b e c números reais, com a < b < c. O conjunto ]c, a[−]c, b[ é
igual a:
A) {x ∈ R; a < x < b} B) {x ∈ R; a < x ≤ b} C) {x ∈ R; a < x ≤ c}
D) {x ∈ R; b ≤ x < c} E) {x ∈ R; b < x ≤ c}

30. (PUC-SP) Sejam os conjuntos: A = {x ∈ R/1 ≤ x < 5}, B = {x ∈ R/2 ≤ x ≤ 6}.


Assinale a alternativa CORRETA:
SUMÁRIO 61
A) (A ∩ B) = {x ∈ R/2 < x ≤ 5} B) (A ∩ B) = {x ∈ R/2 ≤ x < 5} C) (A ∩ B) =
{2, 3, 4}
D) (A ∩ B) = {x ∈ R/2 < x < 5} E) (A ∩ B) = {x ∈ R/2 ≤ x ≤ 5}

??? Pintou no ENEN

1. (ENEM) No dia 17 de Maio próximo passado, houve uma campanha de doação


de sangue em uma universidade. Sabemos que o sangue das pessoas pode ser
classificado em quatro tipos quanto a antı́genos. Uma pesquisa feita com um
grupo de 100 alunos da universidade constatou que 42 deles têm o antı́geno
A, 36 têm o antı́geno B e 12 o antı́geno AB. Sendo assim, podemos afirmar que
o número de alunos cujo sangue tem o antı́geno O é:
A) 20 alunos B) 26 alunos ❅
C)
❅ 34 alunos D) 35 alunos E) 36 alunos

2. (ENEM) Os vidros para veı́culos produzidos por certo fabricante têm


transparências entre 70% e 90%, dependendo do lote fabricado. Isso
significa que, quando um feixe luminoso incide no vidro, uma parte entre
70% e 90% da luz consegue atravessá-lo. Os veı́culos equipados com vidros
desse fabricante terão instaladas, nos vidros das portas, pelı́culas protetoras
cuja transparência, dependendo do lote fabricado, estará entre 50% e 70%.
Considere que uma porcentagem P da intensidade da luz, proveniente de uma
fonte externa, atravessa o vidro e a pelı́cula. De acordo com as informações, o
intervalo das porcentagens que representam a variação total possı́vel de P é

A)
❅ [35, 63] B) [40, 63] C) [50, 70] D) [50, 90] E) [70, 90]

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