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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

IPUC – Engenharia Civil

Geotécnica Viária
Aula 2 – Fundamentos de Mecânica dos Solos
Granulometria e plasticidade dos solos

Prof. Lucas Deleon Ferreira

1 08/08/2014
Conteúdo
 Análise granulométrica do solo;
 Plasticidade dos solos;

2 08/08/2014
Análise granulométrica do solo
 Frações de solo - ABNT (NBR 6502/95)

Solos Granulares Solos Finos

0,075 mm
(#200)

Peneiramento Sedimentação
3 08/08/2014
Análise granulométrica do solo
Tamanhos de peneiras segundo o padrão americano
Nº da peneira Abertura Nº da peneira Abertura
(mm) (mm)
4 4,75 35 0,50

5 4,00 40 0,425 Ensaio de Peneiramento


6 3,35 50 0,355

7 2,80 60 0,250

8 2,36 70 0,212

10 2,00 80 0,180

12 1,70 100 0,150

14 1,40 120 0,125

16 1,18 140 0,106

20 0,85 170 0,090

25 0,71 200 0,075

30 0,60 270 0,053

4 08/08/2014
Análise granulométrica do solo
Ensaio de Peneiramento
 Determina-se a massa de solo retida em cada peneira (M1; M2;...) e no
fundo;
 Calcula-se a massa total de solo ( 𝑀);
 Determina-se a massa de solo acumulada acima de cada peneira;
 A massa de solo que passa pela i-ésima peneira;
 Porcentagem de solo que passa pela i-ésima peneira;

5 08/08/2014
Análise granulométrica do solo
Ensaio de sedimentação
 Lei de Stokes

Hipóteses Realidade
(𝜌𝑠 −𝜌𝑤 ) 2 Partículas esféricas Partículas lamelares (D ≤ 0,005mm)
𝑣= 𝐷
18𝜂 Partículas isoladas Partículas em suspensão
(sem interferência
entre as partículas)
Valor de Gs Valor médio de Gs para todos os
conhecido minerais presentes
Velocidade Velocidade afetada pelo movimento
unidimensional browniano p D ≤ 0,0002 mm

𝑣 − 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝜌𝑠 − 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑡í𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑜
𝜌𝑤 − 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑎 á𝑔𝑢𝑎 𝐿
𝜂 − 𝑣𝑖𝑠𝑐𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 á𝑔𝑢𝑎 𝑣=
𝑡
𝐷 − 𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑡í𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠

6 08/08/2014
Análise granulométrica do solo
Ensaio de sedimentação
30𝜂 𝐿 𝐿 (𝑐𝑚)
𝐷= =𝐾
(𝐺𝑠 − 1)𝜌𝑤 𝑡 𝑡 (𝑚𝑖𝑛)

 Valores de K

7 08/08/2014
Análise granulométrica do solo
Ensaio de sedimentação
 A % de solo com diâmetro menor do que D é função dos sólidos ainda em
suspensão ao longo de L.

1 𝑉𝐵
𝐿 = 𝐿1 + 𝐿2 −
2 𝐴

<𝐷

>𝐷

𝐿1 = 𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑜 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑑𝑎 ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑛𝑠í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑡𝑜𝑝𝑜 𝑑𝑜 𝑏𝑢𝑙𝑏𝑜


𝑎𝑡é 𝑎 𝑚𝑎𝑟𝑐𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑛𝑠í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 (𝑐𝑚)
𝐿2 = 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑏𝑢𝑙𝑑𝑜 𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑛𝑠í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜
𝑉𝐵 = 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑏𝑢𝑙𝑏𝑜 𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑛𝑠í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜
𝐴 = á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑒çã𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑣𝑒𝑡𝑎

8 08/08/2014
Curva granulométrica

Pinto (2002)

9 08/08/2014
Classificação textural – escala granulométrica

10 08/08/2014
Curva granulométrica
 Diâmetro efetivo (𝐷10 ): diâmetro (mm) onde passa apenas 10% em massa da
amostra;

 Coeficiente de uniformidade (Cu)

𝐷60
𝐶𝑢 = 𝐷60 = 𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 60% 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑓𝑖𝑛𝑜
𝐷10

 Coeficiente de curvatura (Cc)

𝐷30 2
𝐶𝑐 =
𝐷10 𝑥𝐷60

 Coeficiente de segregação (S0)


𝐷75
𝑆𝑠 =
𝐷25

11 08/08/2014
Curva granulométrica
Porcentagem passante

Tamanho da partícula (mm) – escala logarítmica


12 08/08/2014
Curva granulométrica
 Solos bem graduados
(para pedregulhos)
1 < 𝐶𝑐 < 3 𝑒 𝐶𝑢 ≥ 4
(para areias)

1 < 𝐶𝑐 < 3 𝑒 𝐶𝑢 ≥ 6

Graduação uniforme

Bem graduado
Graduação aberta

13 08/08/2014
Plasticidade dos solos

14 08/08/2014
Limite de Liquidez
Método de Casagrande

Aparelho de Casagrande

ABNT – NBR 6459, Solo – determinação do


limite de liquidez.

15 08/08/2014
Limite de Liquidez
Método de Casagrande

Cizel

Amostra de solo

N = 25 golpes

Limite de liquidez é o teor de umidade (percentual) necessário para fechar uma distância
de 12,7 mm ao longo da base ranhurada após 25 golpes.
16 08/08/2014
Limite de Liquidez
Método de Casagrande
Teor de umidade (%)

LL

25
Número de golpes (N) – escala logarítimica

17 08/08/2014
Limite de Liquidez
Método de Casagrande
(Para um único ensaio)
 Hipóteses:
 Admite-se uma inclinação constante para a curva de escoamento.
 Esta inclinação constitui um resultado estatístico para 767 ensaios de LL.
 Limitações:
 𝛽 é um coeficiente empírico e nem sempre assume este valor.
 Bons resultados apenas para número de golpes entre 20 e 30.

𝑡𝑔𝛽
𝑁
𝐿𝐿 = 𝑤𝑛
25
𝑁 − 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑔𝑜𝑙𝑝𝑒𝑠
𝑤𝑛 − 𝑡𝑒𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝑡𝑔𝛽 = 0,121

18 08/08/2014
Limite de Liquidez
Ensaio do cone de penetração
 O limite de liquidez é definido como o
teor de umidade no qual um cone padrão
penetra uma profundidade de 20 mm em
5 segundos quando liberado em queda
livre a partir da posição de contato com
a superfície do solo.

19 08/08/2014
Limite de Liquidez
Ensaio do cone de penetração
 Gráfico do teor de umidade em função da penetração do cone para a
determinação do LL

20 08/08/2014
Limite de Plasticidade
 Limite de plasticidade é definido pelo valor do teor de umidade
correspondente a uma condição de fraturamento iminente do solo, quando
se tenta moldar, a partir de uma pasta de solo passante na peneira 40, um
cilindro de 3mm de diâmetro e cerca de 10 cm de comprimento.

(i) o cilindro rompe antes de f = 3mm: w < LP (acrescentar água);


(ii) o cilindro rompe para f = 3mm: w = LP;
(iii) o cilindro atinge f = 3mm sem fissuramento: w > LP

ABNT – NBR 7180/84, Solo – Determinação do Limite de Plasticidade

21 08/08/2014
Limite de Plasticidade

22 08/08/2014
Limite de Contração
 LC é o teor de umidade no qual o volume da massa de solo se mantém constante.

𝑀1 − 𝑀2 𝑉𝐼 − 𝑉𝑓
𝐿𝐶 = 100 − (𝜌𝑤 ) 100
𝑀2 𝑀2

 ABNT – NBR 7183/84, Determinação do limite e relação de contração de solos


23 08/08/2014
Valores típicos

LL LP Limite de
contração

24 08/08/2014
Índice de plasticidade

𝐼𝑃 = 𝐿𝐿 − 𝐿𝑃

25 08/08/2014
Gráfico de Plasticidade de Casagrande

26 08/08/2014
Índice de Consistência
 A consistência relativa de um solo coesivo em estado natural pode
ser definida pela relação denominada índice de consistência (IC)

𝐿𝐿 − 𝑤
𝐼𝐶 =
𝐿𝐿 − 𝐿𝑃

𝑤 − 𝑡𝑒𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑜 𝑖𝑛 𝑠𝑖𝑡𝑢

27 08/08/2014
Atividade
 Índice utilizado para identificar o potencial de expansão de solos argilosos.

𝐼𝑃
𝐴=
% 𝑑𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑎𝑟𝑔𝑖𝑙𝑎 (𝑒𝑚 𝑝𝑒𝑠𝑜)

28 08/08/2014
Sensibilidade das argilas

𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑖𝑛𝑑𝑒𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑎
𝑆𝑡 =
𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑙𝑔𝑎𝑑𝑎

29 08/08/2014
Referências
 ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6508
Grãos de solos que passam na peneira de 4,8 mm – Determinação de
massa específica – Procedimento. Rio de Janeiro:ABNT, 1984.

 Das, Braja M. Fundamentos de Engenharia Geotécnica. São Paulo: Thomson


Learning, 2007.

 Craig, R. F. Mecânica dos Solos; tradução Amir Kurban, 7º ed. Rio de Janeiro:
Gen, 2012.

 Gomes, R. C. – Mecânica dos solos (notas de aula do metrado acadêmico).


NUGEO/UFOP

 Pinto, C. S. Curso Básico de Mecânica dos Solos em 16 Aulas/2ªEdição. São


Paulo: Oficina de Textos, 2002.

30 08/08/2014

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