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Cássia
FMS Teresina (Odontólogo)
Conhecimentos Específicos
Autor:
Cássia Reginato, Larissa Oliveira
Ramos Silva, Mirela Sangoi
Barreto, Renata Pereira de Sousa
Barbosa, Stefania Maria Bernardi
25 11:16:34 de Março de 2023
Possamai Marques
Índice
1) Cariologia ART
..............................................................................................................................................................................................3
2) Cariologia Selantes
..............................................................................................................................................................................................7
5) Flúor intoxicação
..............................................................................................................................................................................................
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A abordagem ART segue o princípio da máxima prevenção e mínima invasão e busca deter a progressão da
doença cárie. Essa técnica consiste em remoção do tecido cariado amolecido e completamente
desmineralizado, com auxílio de instrumentais manuais, e posterior restauração da cavidade.
Por ter sido criado para atender comunidades carentes em lugares remotos, apresenta a vantagem de
dispensar aparelhos elétricos como o micromotor e a alta-rotação. A técnica também dispensa o emprego
de anestesia (apenas o tecido morto é removido) e o uso de isolamento absoluto reduzindo o tempo de
trabalho. Dentro desse contexto, a remoção do tecido cariado é realizada manualmente, através de
instrumentos cortantes como curetas, pela técnica de escavação em massa. Preconiza-se a remoção da
dentina infectada (aquela massa de consistência umedecida fácil de remover com a cureta) e manutenção
da afetada passível de remineralização (dentina de maior consistência que sai na forma de lascas/ a dentina
descolorida ou pigmentada que estiver endurecida deve ser mantida).
Essa técnica é indicada para pacientes com alto risco ou atividade de cárie, que possuam cavidades de
profundidade média ou rasa, com envolvimento de dentina, que não possuam sinais como fístula, abcesso
ou dor espontânea. São contraindicações para o uso da técnica a presença de patologias pulpares, pulpites
crônicas ou irreversíveis, exposição pulpar, presença de abscesso ou fístula, histórico de dor, necrose pulpar
e cavidades que não permitam o acesso aos instrumentos manuais para remoção dentinária.
Materiais utilizados:
Espelho = visualização indireta das superfícies dentárias e afastamento dos tecidos moles.
Sonda exploradora = usada para determinar a maciez da dentina cariada antes e durante o
preparo cavitário; remoção de placa das fissuras antes do condicionamento para restaurar
ou selar. Não deve ser usada para pequenas lesões de cárie (têm a possibilidade de
remineralizar) e no fundo de cavidades profundas com risco de exposição pulpar (não
exercer pressão excessiva no assoalho). Deve ser escolhida a maior cureta possível.
Curetas = a que possui o formato de colher é a mais útil para as restaurações ART.
O ART também pode ser empregado no atendimento de pessoas idosas, debilitadas e internadas em
hospitais, pacientes com necessidades especiais, gestantes e como forma de condicionamento
comportamental em crianças na primeira consulta.
A técnica consiste em isolamento relativo com roletes de algodão, remoção do biofilme ou restos
alimentares com sonda de ponta romba e limpeza da superfície dentária com algodão molhado. A remoção
de tecido cariado é realizada por meio de curetas de dentina com base na consistência dentinária. A técnica
de remoção dentinária do ART preconiza a remoção da dentina amolecida (infectada) e permanência da
afetada. ==2d592b==
Feita a remoção do tecido cariado é realizado um pré-tratamento da superfície com ácido poliacrílico a 10%
por 15 segundos, seguido de lavagem com água e algodão da superfície, para remoção do ácido e inserção
do material restaurador. Recomenda-se a inserção do cimento de ionômero de vidro de alta viscosidade
ainda com brilho na cavidade, seguida de compressão digital ou com matriz (para melhorar o escoamento e
diminuir as bolhas) e proteção do material com verniz ou esmalte incolor (para evitar perda ou ganho de
água).
O cimento de ionômero de vidro (CIV) é o material de eleição para realização do ART por
apresentar as propriedades que você visualizará no esquema!
Biocompatibilidade
Adesão química
Liberação de flúor
Retentividade
Pela facilidade da técnica o ART passou a ser adaptado para utilização em consultórios e no serviço público
sendo chamado de tratamento restaurador atraumático modificado. Nessa técnica a abertura inicial do
esmalte é feita com instrumentos rotatórios e seguida de remoção dentinária com curetas. É feita com o
auxílio de isolamento relativo acrescido de sugador e podem ser utilizados outros materiais restauradores
como o CIV modificado por resina ou o CIV encapsulado.
a) Em odontopediatria, está especialmente indicado para dentes com sinais ou sintomas de pulpite
irreversível.
Comentário:
O ART é contraindicado para casos de pulpite irreversível, dispensa uso de anestesia e pode ser usada em
qualquer local. Alternativa correta letra D.
SELANTES
São considerados um método de prevenção seguro e eficaz, indicados para obliteração de fóssulas
e fissuras (hígidas ou com lesão), em pacientes cujos fatores determinantes da doença são passíveis
de controle. Por apresentarem a propriedade de liberação de flúor atuam na prevenção da progressão
das lesões cariosas não cavitadas.
Exercem o efeito de obliteração mecânica da entrada da fissura, impedindo que a as bactérias contidas
na cavidade tenham acesso aos carboidratos fermentáveis da dieta. Nesse sentido, cabe destacar que as
lesões de cárie iniciam nas paredes laterais e na entrada das fissuras, onde se encontram as bactérias
viáveis, sendo essas regiões mais importantes que a base da fissura. Portanto, a inserção do selante não
necessita de preenchimento da fissura em toda sua profundidade.
A indicação tem como critérios o tipo de dente a ser selado, o estágio de erupção e risco de cárie. A
identificação do risco de cárie é realizada com base na experiência anterior de cárie do paciente (ex: um
paciente candidato a realizar o selamento oclusal é aquele que apresenta um dente em processo
eruptivo e tem histórico de diversas lesões cariosas).
Tradicionalmente os selantes são indicados para dentes hígidos (sem lesão) ou que contenham lesão
limitada ao esmalte.
Atenção: você encontrará algumas questões que trazem a indicação de selamento de lesões
de cárie sem remoção prévia de dentina cariada. A indicação nestes casos é para lesões
restritas à metade externa da espessura da dentina. Esta técnica seria uma alternativa
para casos em que a remoção completa de dentina cariada em sessão única estaria indicada.
O método de inserção deve incluir profilaxia cuidadosa (pode ser realizada com escova de Robson ou
com sonda exploradora) para remoção do biofilme da superfície dentária, seguida de condicionamento
ácido da superfície (pelo tempo de 20 a 30 segundos) para obtenção do embricamento mecânico. O
selante deve ser aplicado na superfície e a retenção deve ser avaliada através de exame tátil com sonda
exploradora. No que se refere aos materiais utilizados, o cimento de ionômero de vidro pode ser
empregado como selante temporário e os selantes resinosos como definitivos.
A efetividade dos selantes está na dependência de fatores como correta inserção, controle periódico
e resselamento quando necessário. Apresentam benefício aumentado quando utilizados em superfície
de alto risco ou em lesões cariosas incipientes; podendo ser indicados para qualquer superfície
oclusal e em qualquer idade.
I - Atualmente tem sido preconizado o selamento de lesões de cárie em dentina, mesmo estando
cavitadas e localizadas no seu terço interno.
II- Os selantes resinosos exibem maiores taxas de retenção e, portanto, devem ser o material de escolha
no selamento de cicatrículas e fissuras de dentes permanentes hígidos ou com lesões de cárie
incipientes.
III- A abordagem restauradora invasiva pode ser substituída pela técnica de selamento das cicatrículas
e fissuras, como forma de tratamento para lesões de cárie em dentina, não cavitadas, e localizadas no
terço externo desse tecido.
IV- Os selantes a base de resina estão indicados para os casos clínicos de hipomineralização molar
incisivo, visto que a aplicação prévia do ácido fosfórico favorece a adesão nessas situações.
a) II e III
b) I e IV
c) II e IV
d) I e III
Comentários:
A alternativa I está incorreta pois a indicação de selantes restringe-se à lesões que atingem o terço
externo. Dentes com hipomineralização molar incisivo é um defeito de origem sistêmica e tem como
b) São efetivos na paralisação de lesões de cáries ativas não cavitadas em esmalte e em lesões cavitadas
em dentina (localizadas na metade externa), desde que permaneçam intactos.
e) A retenção dos selantes ionoméricos é equiparada `dos selantes resinosos, porém, a respectiva
efetividade é maior em função da capacidade de liberar e reincorporar flúor.
Comentários:
A efetividade dos selantes está intimamente relacionada à sua retentividade, devendo por isso ser o
dente selado reavaliado após um período de 6 meses. A indicação para dentes parcialmente irrompidos
está correta por fatores como: infraoclusão durante a erupção e ausência de atrito com o antagonista
que favorece a limpeza, maturação pós-eruptiva com duração de até dois anos e dificuldade de
higienização pelo paciente. A relação custo-efetividade é superior a algumas medidas. A efetividade é
considerada inferior pois o cimento de ionômero de vidro é considerado um selante provisório,
devendo, quando possível ser substituído pelo resinoso. A alternativa correta é a letra B.
O infiltrante nada mais é do que uma resina de baixa viscosidade que tem como função penetrar a
camada porosa das lesões de mancha branca a fim de criar uma barreira dentro do corpo da lesão e,
desta forma, impedir a progressão da lesão.
Veja na tabela abaixo o protocolo de tratamento proximal de superfícies lisas e oclusais de manchas
brancas.
O Governo Federal em 2004, lançou o Programa Brasil Sorridente – a saúde bucal levada a
sério, cabendo à Funasa a implantação do subcomponente: Fluoretação da água de
sistemas públicos de abastecimento (Manual de fluoretação da água para consumo
humano).
No Brasil os produtos mais utilizados na fluoretação das águas são: fluorsilicato de sódio e
ácido fluorsilícico. A adição de compostos fluorados à água é feita na etapa final do
tratamento da água.
Dose de flúor ideal na água de abastecimento de países de clima tropical é em média de 0,7
a 1,0 ppm (de acordo com as temperaturas médias da região).
A portaria MS-GM-518 de 25/03/2004 fixou o teor máximo de fluoreto em 1,5 ppm (teor
prejudicial aos menores de 9 anos de idade). O teor ideal de flúor na água é de 0,7 ppm, na
maior parte do território brasileiro. Na maior parte da Região Sul, o teor ideal é 0,8 ppm
ou 0,8 mg de flúor por litro.
São produtos recomendados pelo Ministério da Saúde no Brasil para a fluoretação das águas:
Fluoreto de Sódio: é encontrado na forma de pó ou cristal com pureza de 90% a 98%, armazenado em sacos
ou tambores, cujo manuseio requer pesagem, mistura e medição. Apresenta alto custo e é aplicado no
efluente do filtro.
Fluoreto de cálcio: é encontrado na forma de pó com pureza de 85% a 98%, apresenta menor toxicidade
quando comparado aos demais, possui baixo custo e é aplicado na entrada da estação de tratamento
juntamente com o sulfato de alumínio.
Ácido fluossilícico: é encontrado na forma líquida com a pureza de 20% a 30%. É aplicado no efluente do
filtro. Apresenta elevada toxicidade, sendo corrosivo em recipientes cerâmicos e vidro.
Fluossilicato de sódio: é encontrado na forma de pó na pureza de 98,5%. é aplicado no efluente do rio. Pode
produzir soluções corrosivas.
A concentração ótima de flúor varia de acordo com a temperatura média anual da região. A concentração
ótima de Flúor na água de abastecimento deve possuir um nível que ofereça o mínimo de risco de Fluorose
dentária e melhore significativamente o controle da cárie, ou seja, proporcionar o maior benefício com o
menor risco (Murray, 1992). Para o cálculo deve ser levada em conta a média das temperaturas máximas
diárias, uma vez que, o consumo está diretamente relacionado às temperaturas. Sabe-se que em regiões de
clima tropical, em que a temperatura média anual é mais alta, o consumo de água é maior, devendo a
concentração ótima de flúor na água de consumo ser menor.
A concentração ideal de flúor na água varia de 0,7 a 0,8ppm F, sendo 1,5ppm F o valor máximo admitido.
Média das temperaturas Limites recomendados para a concentração do íon fluoreto em mg/l
máximas diárias do ar Mínimo Máximo Ótimo
10,0 - 12,1 0,9 1,7 1,2
12,2 - 14,6 0,8 1,5 1,1
14,7 - 17,7 0,8 1,3 1,0
17,8 - 21,4 0,7 1,2 0,9
21,5 - 26,3 0,7 1,0 0,8
26,8 -32,5 0,6 0,8 0,7
c) Teor ideal de íon fluoreto a ser aplicado - Deverá ser calculado em função da média de
temperaturas máximas diárias do ar observadas durante um período mínimo de um ano
considerando a recomendação de cinco anos.
d) Escolha do produto - teoricamente, qualquer composto de Flúor que seja solúvel, liberando,
portanto, íons fluoreto em solução aquosa, pode ser utilizado como agente fluoretante.
f) Definição do ponto de aplicação - O ponto de aplicação deverá ser definido de acordo com o
produto químico a ser utilizado e as características técnicas do sistema de abastecimento de
água. Geralmente os pontos escolhidos para aplicação do composto devem ser na saída dos
filtros, no reservatório de contato ou reservatório de distribuição. Nos sistemas de captação
subterrânea a aplicação é feita diretamente no tubo de recalque da água em ponto que garanta
a sua melhor mistura e difusão. No caso de sistemas compostos de várias captações deverá ser
aplicado o produto no reservatório de reunião. Nas situações supracitadas, o local de aplicação
do produto deverá ser o de maior turbilhonamento da água, conseguindo-se dessa maneira uma
maior eficiência da mistura.
número e do potencial cariogênico dos microrganismos. Para que se possa implantar a fluoretação das
águas de um sistema de abastecimento os seguintes fatores devem ser observados, EXCETO:
a) Levantamento do índice de CPO-D (C=Cariados; P=Perdidos; O=Obturados; D=Dentes).
b) Teor ideal de íon fluoreto a ser aplicado. Deverá ser calculado em função da média de temperaturas
máximas diárias observadas durante um período mínimo de oito anos.
c) Informações técnicas do sistema de abastecimento de água.
d) Escolha do equipamento – Basicamente são utilizadas bombas dosadoras, dosadores de nível
constantes, cone de saturação e cilindros de saturação.
e) Definição do ponto de aplicação – O ponto de aplicação deverá ser definido de acordo com o produto
químico a ser utilizado e as características técnicas do sistema de abastecimento de água.
Comentários:
A letra B está incorreta, o teor ideal de íon fluoreto a ser aplicado deverá ser calculado em função da média
de temperaturas máximas diárias do ar observadas durante um período mínimo de um ano considerando a
recomendação de cinco anos.
Outros métodos sistêmicos de fornecimento de flúor são a fluoretação do sal e o uso de suplementos. A
fluoretação do sal possui como ressalva o fato de o consumo excessivo, que varia conforme os hábitos
alimentares e paladar, poder resultar em maior risco de desenvolvimento de fluorose. A indicação de
medicamentos como forma de suplementação de flúor, em especial nas gestantes, não possui comprovação
científica quanto aos eventuais benefícios. Sabe-se que o flúor importante é aquele presente
constantemente na cavidade bucal. E nesse sentido, a ingestão de suplementos durante o desenvolvimento
dentário não torna a estrutura imune ao processo cariogênico.
Dentifrícios
Os dentifrícios fluoretados são considerados um dos métodos mais racionais de prevenção das cáries, pois
aliam a remoção do biofilme dental à exposição constante ao flúor. Embora o produto comercial seja
adquirido pelos indivíduos e famílias no mercado, é considerado um meio coletivo de obtenção de flúor, uma
vez que a possibilidade da aquisição do produto, independentemente do poder aquisitivo dos indivíduos e
famílias, depende de decisões governamentais, no âmbito das políticas públicas, relacionadas com a
regulamentação da medida pelas respectivas autoridades, em cada país.
Por quanto tempo a concentração de flúor permanece elevada após a escovação com dentifrício
fluoretado?
O Guia de recomendações para o uso de fluoretos no Brasil afirma que por 40 minutos
Além disso, é importante saber que após a escovação, o F se deposita na superfície dentária na
forma de reservatório, aumentando os níveis de flúor na cavidade bucal.
No que se refere à sua formulação dos dentifrícios, a portaria nº 22 de 20 de dezembro de 1989 da Secretaria
Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (Brasil) regulamentou a incorporação do flúor na
composição dos dentifrícios. No Brasil, as normas que regulamentam os dentifrícios (Resolução nº 79 de 28
de agosto de 2000) (BRASIL, 2000) determinam apenas que eles tenham no máximo 0,15% de F (1.500 ppm
de F). Infelizmente, a legislação não requer que esse flúor esteja potencialmente ativo contra a cárie, ou seja,
na forma solúvel de íon flúor (fluoreto) ou íon monofluorfosfato (FPO3 -), condições que têm importância
para a prevenção.
O dentifrício fluoretado deve conter no mínimo 1.000 ppm F (µg F/g) na forma solúvel para que
ele tenha o seu máximo efeito anticárie reduzindo a desmineralização e promovendo a
remineralização, tanto para a dentição decídua como para a permanente.
Podem ser usados como ingredientes ativos o monofluorfosfato de sódio (Na2FPO3) e o fluoreto de sódio
(NaF) na composição dos dentifrícios. Independentemente do composto utilizado, a ação na cavidade bucal
será a mesma, pois ambos liberam o íon fluoreto na cavidade bucal, o primeiro por ionização quando em
contato com água e o MFP pela ação de enzimas chamadas fosfatases, que estão presentes na cavidade
bucal.
NaF não deve ser agregado a dentifrícios contendo Ca como abrasivo, por exemplo, carbonato de cálcio,
pois ocorre a ligação do flúor com o cálcio do abrasivo, formando-se fluoreto de cálcio (CaF2) dentro do
tubo e não no dente.
Os produtos que contenham fluoreto de sódio (NaF) devem possuir em sua formulação abrasivos inertes
como o pirofosfato de cálcio ou sílica gel (NaF não apresenta compatibilidade com abrasivos à base de
carbonato e o dentifrício pode ter seu efeito inativado).
O carbonato de cálcio pode ser utilizado como abrasivo nos dentifrícios que utilizam o MFP, pois esse
último só libera o fluoreto quando na cavidade bucal, não permitindo sua reação com o cálcio do abrasivo
dentro do tubo.
MONOFLUORFOSFATO DE
SÓDIO CARBONATO DE CÁLCIO
(Na2FPO3)
PIROFOSFATO DE CÁLCIO
FLUORETO DE SÓDIO
OU
(NaF)
SÍLICA GEL
COMPOSIÇÃO DENTIFRÍCIOS
➢ AGENTES TERAPÊUTICOS: podem ser anticárie (flúor), antiplaca (triclosan, cloreto de cetilperidíneo
e óleos essenciais), antissensibilidade dentinária (nitrato de potássio e cloreto de estrôncio)
Triclosan, isoladamente tem um efeito antiplaca moderado, por isto as formulações ativas
apresentam a associação com gantrez ou zinco. O primeiro potencializaria o efeito do
triclosan, por aumentar sua retenção na cavidade bucal e o segundo por sinergismo de
efeito antibacteriano.
Em pacientes com maior risco de cárie (aparelho ortodôntico) a associação flúor mais
substâncias antibacterianas pode ser mais eficaz que o uso só de flúor (Cury).
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➢ FLAVORIZANTE: são utilizados para dar um sabor diferencial ao dentifrício, sendo responsáveis pelo
“bom hálito” que perdura por algum tempo após a escovação.
➢ DETERGENTES: facilitam a limpeza mecânica dos dentes. O detergente utilizado mundialmente tem
sido o LSS (laurilsulfato de sódio). O LSS tem sido associado a sintomas de irritabilidade de mucosa
bucal e ao aparecimento de aftas bucais
➢ UMECTANTE: tem a função de manter úmido o conteúdo da pasta de dentes (ex: sorbitol, glicerol)
Segundo o pprofessor Jaime Cury " um agente abrasivo deve ser indispensável em um dentifrício
para garantir limpeza e polimento dental e satisfazer o usuário do ponto de vista estético. O
acúmulo de manchas nos dentes está relacionado com a pigmentação da camada de proteínas
salivares (película adquirida) que se forma continuamente na superfície dental. Enquanto a placa
dental pode ser removida somente com escova, para a remoção de película dental é necessário
um abrasivo."
Internacionalmente for estabelecido que o valor máximo de aceito do RDA (Radioactive Dentin
Abrasion) de um dentifrício deve ser 250.
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Os detergentes reduzem a tensão da superfície e aumentam a remoção dos debris que estão
sobre a superfície dental. Ex: lauril sulfato de sódio
PMV/MA: copolímero de éter de polimetilvinil e ácido maleico; CAPB: cocoamidopropilbetaína; PEG: polietilenoglicol; CI: color index (índice de cor). Adaptada por
Alessandra Reis de Subramanian et al., 2017.
(INSTITUTO AOCP/PM DF/2023) Em relação à composição dos dentifrícios no Brasil, assinale a alternativa
correta.
A concentração total de flúor nos dentifrícios no Brasil não pode ser superior a 1.100ppm de flúor para que
possam ser vendidos livremente nas prateleiras.
Quando o dentifrício contém cálcio no abrasivo, ele não pode conter fluoreto de sódio ou fluoreto estanhoso
ou fluoreto de amina como agentes terapêuticos.
A função dos espessantes contidos nos dentifrícios é evitar o ressecamento do produto dentro da
embalagem. O sorbitol é um exemplo.
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Os detergentes podem representar até 10% do conteúdo dos dentifrícios. Sua função é melhorar o
desempenho da escovação através da redução da tensão superficial.
Os abrasivos podem representar até 30% do conteúdo dos dentifrícios, sendo representados pelo MFP.
Comentários:
A letra A está errada. A concentração que não pode ser livremente vendida é a de 5000ppm F
A letra B está correta. Dentifrícios com NaF, F-Am e SnF2 liberam o íon fluoreto quando em contato com a
água. Eles normalmente contêm sílica como abrasivo e não podem ser formulados com abrasivos contendo
cálcio. Isso, porque a reação do íon F- com o cálcio, dentro do tubo, gera compostos insolúveis (não
BIOdisponíveis e, portanto, inativos)
A letra C está incorreta: Os umectantes que possuem a função de manter úmido o conteúdo da pasta de
dentes (ex: sorbitol, glicerol)
A letra D e E estão incorretas. Os abrasivos compõem representam 20-50% da composição do dentifrício.
São exemplos de abrasivos o pirofosfato de cálcio, fosfato de cálcio, carbonato de cálcio, sílica hidratada e
bicarbonato de sódio.
DETERGENTES: facilitam a limpeza mecânica dos dentes. O detergente utilizado mundialmente tem sido o
LSS (laurilsulfato de sódio). O LSS tem sido associado a sintomas de irritabilidade de mucosa bucal e ao
aparecimento de aftas bucais
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Toda a população, em especial crianças menores de nove anos de idade, deve usar em pequenas quantidades
(cerca de 0,3 gramas, equivalente a um grão de arroz), devido ao risco de fluorose dentária.
Dentifrícios com baixa concentração de fluoretos ou não fluoretados não são recomendados
CUIDADOS:
Crianças em idade pré-escolar, na fase de desenvolvimento do esmalte dentário dos dentes permanentes,
apresentam risco para o desenvolvimento de fluorose dentária.
Dentifrícios: Do ponto de vista cosmético, são recomendados para todos os pacientes objetivando limpeza e
polimento dental.
Dentifrícios Anti-placa: Particularmente indicados para pacientes com dificuldade de manter saúde
periodontal através do controle mecânico de placa dental. Quando fluoretados podem aperfeiçoar o efeito
anti-cárie do flúor e seriam indicados para pacientes de alto risco. Seriam também indicados para pacientes
com mau hálito;
Dentifrícios Anti-Tártaro: Especificamente indicados para pacientes que apresentam grande formação de
cálculo dental;
Dentifrícios para Hipersensibilidade Dentinária: Particularmente indicados para pacientes apresentando esta
sintomatologia.
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A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda uso de creme dental fluoretado com, no mínimo, 1.000 ppm
de flúor, 2 vezes/dia, como coadjuvante da limpeza dos dentes de todas as crianças; enquanto a criança não
tiver condições de se autocuidar,
Recomenda-se que sejam utilizadas quantidades similares a um "grão de arroz cru" ou apenas uma
"lambuzadela" (0,15 g) de dentifrício fluoretado para a limpeza dos dentes de crianças menores de 2 anos
de idade.
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Partículas bioativas como o complexo cálcio fosfato amorfo fosfopeptídio de caseína (CPP-A-CP, MI Paste® e
MI Paste Plus®, GC Americ, Alsip, IL) e tricálcio fosfato (Clinpro 5000, 3M ESPE) têm sido incorporados aos
dentifrícios como forma de estratégia remineralizante. Estes compostos visam atuar na prevenção da
instalação da doença cárie e intervir na sensibilidade dentinária.
➢ O Clinpro 5000 apresenta formulação exclusiva com tricálcio fosfato e fluoreto de sódio a 1,1%.
➢ O Regenerate Enamel Science® possui em sua formulação silicato de cálcio, fosfato de sódio e sais de
fluoreto, tem como ação a remineralização em casos de erosão dentária.
➢ O Elmex® Erosion Protection Enamel Toothpaste é composto por fluoreto de amina (AmF), fluoreto
de sódio (NaF) e cloreto de estanho (SnCl2).
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Em pacientes que apresentam alto risco à cárie e presença de lesões de mancha branca ativas em esmalte
(alta atividade de cárie), recomenda se uma aplicação tópica dos cremes remineralizadores no consultório e
orientação aos pais para aplicar uma vez por dia durante 30 dias (são cremes que podem ser indicados MI
Paste®, MI Paste Plus® e Clinpro 5000).
Os dentifrícios para crianças contêm, em geral, 1.100 ppm de flúor e os de adultos cerca de 1.450 ppm de
flúor.
Existem os chamados dentifrícios com alto teor de flúor (2.500 ppm a 5.000ppm).
O creme remineralizador Clinpro™ 5.000 tem na sua formulação tricálcio fosfato e fluoreto de sódio 1%
(5.000 ppm de flúor).
Indicação: pacientes com risco elevado de desenvolvimento de lesões de cárie (ex: idosos com lesões
radiculares, pacientes portadores de aparelhos ortodônticos fixos).
Seis horas após a escovação com dentifrícios de alto teor de flúor, a concentração de flúor na saliva é 1,4
vezes maior do que com dentifrício de 1.450 ppm, havendo maior depósito de fluoreto de cálcio.
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O Guia de recomendações para o uso de fluoretos no Brasil (2009), afirma que as ações de escovação dental
supervisionada são um importante meio para obtenção coletiva de flúor, em várias localidades brasileiras.
b) escovação dental supervisionada direta: o agente direto da ação é o profissional de saúde e o objetivo
da atividade é essencialmente qualitativo visando aprimorar as habilidades do sujeito no uso da escova para
desorganizar o biofilme dental. Nesses casos, o biofilme deve ser evidenciado e o sujeito deve ser incentivado
a complementar a escovação sem o uso de dentifrício nas áreas necessárias.
As diferentes modalidades de escovação dental supervisionada, indireta e direta, estão indicadas para
grupos em situação de risco, definidos como aqueles:
2) expostos à água de abastecimento com teores de fluoretos abaixo da concentração indicada (até 0,54
ppm F);
4) em que menos de 30% dos indivíduos do grupo sejam livres de cárie aos 12 anos de idade; e
5) residentes em áreas de pobreza onde se estima serem menores os níveis de exposição geral aos fluoretos.
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Enxaguatórios bucais
FLUORETO DE SÓDIO:
As formulações com flúor para bochecho são indicadas para pacientes com aparelhos ortodônticos,
pacientes com xerostomia e os que apresentam atividade de cárie.
De acordo com O Guia de recomendações para o uso de fluoretos no Brasil (2009), é recomendado o
bochecho nas seguintes situações:
Periodicidade semanal (NAF 0,2%) é recomendada para populações nas quais se constate uma
ou mais das seguintes situações:
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Géis
Os géis fluoretados são agentes tixotrópicos, ou seja, quando você coloca o gel na moldeira e manda o
paciente morder eles escoam e penetram nos dentes pela pressão realizada.
O Guia de recomendações para o uso de fluoretos no Brasil (2009) traz como exemplo o flúor-
fosfato acidulado (FFA) com concentração de 1,23% em ácido ortofosfórico a 0,1M.
Existem três tipos: o flúor fosfato acidulado (FFA) 1,23%, o fluoreto de sódio (NaF) a 2% e o fluoreto
estanhoso 8%.
Como é feita a aplicação? Aplica-se o gel nas superfícies dentárias, através de moldeiras ou escovação, sem
necessidade de profilaxia prévia, por um intervalo de 4 minutos. Ao finalizar aconselha-se que o paciente
não beba água ou coma por até 30 minutos após a aplicação. Em caso de necessidade, a aplicação deve ser
feita de duas a três vezes por ano. Os autores ressaltam que não há risco de fluorose, pois apesar da alta
concentração, a frequência é baixa.
20
Não esqueça:
Para géis: Podem ser usados em moldeiras ou através de escovação sem necessidade de
profilaxia prévia.
Para vernizes: É necessária a limpeza prévia dos dentes, por meio da escovação, posterior
secagem, isolamento
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São indicados para pacientes com alto risco ou atividade de cárie que não estão conseguindo controlar
a cárie com meios convencionais de uso de flúor, por exemplo, aqueles usando aparelhos ortodônticos
fixos.
Por falta de evidências científicas, não há indicação de uso de suplementos de F pré-natal. Suplementos
de F pós-natal têm indicação individual limitada, sendo contraindicados como medidas de saúde
pública/coletiva
Vernizes
O verniz de fluoreto de sódio contém alto nível de flúor em sua composição, no entanto, apresenta
segurança por apresentar liberação lenta na cavidade bucal.
O verniz que possui a evidência anticárie documentada é o NaF a 2,26% (23000 ppm F) em meio
alcoólico (Fonte: Guia Fluoretos).
O verniz permite aplicar o flúor só nas faces com atividade ou risco de cárie
Dúvida frequente, sobre a correta utilização dos vernizes, é a realização ou não de profilaxia prévia a
aplicação do produto. No caso dos vernizes é recomendada a profilaxia para remoção de placa e
restos alimentares para melhor adesão do produto nas superfícies. Após secagem e aplicação, o
verniz assume uma consistência endurecida que permite um maior tempo de permanência e liberação
gradual. O paciente deve ser alertado que a coloração amarelada ou marrom desaparece com a liberação
do produto após 24 a 48h.
Em pacientes com atividade de cárie ou com história passada de alta experiência de cárie, o verniz deve
ser aplicado no mínimo duas vezes ao ano. Em âmbito de programas de saúde pública/coletiva,
recomendam-se de duas a quatro aplicações anuais.
Protocolo de vernizes
Este protocolo une o efeito antimicrobiano da clorexidina com o efeito remineralizador do flúor.
É indicado para molares permanentes em irrompimento de pacientes com alta atividade de doença
cárie e pacientes com lesões de cárie da primeira infância.
Nesta etapa do tratamento pode ser realizado o que Walter e col. chamam de "tratamento de choque"
(já foi questão de prova).
TRATAMENTO DE CHOQUE
Durante o primeiro mês de atendimento da criança, são realizadas consultas semanais.
O diamino fluoreto de prata (DPF) é um agente cariostático, fluoretado, de baixo custo e fácil aplicação
utilizado na prevenção e paralisação de lesões de cárie avançadas. É composto por fluoreto de sódio e
nitrato de prata (na porcentagem de 38% possui 253.870 ppm de prata e 44.800 ppm F). No Brasil a
maior concentração é de 30%.
A sua composição contém 38% de diamino fluoreto de prata, o que equivale a 45.000 ppm de F.
Seu mecanismo de ação se baseia na ação dos íons flúor sobre a estrutura dentária e dos íons prata
sobre o biofilme. É um produto que mistura o efeito anticárie do fluoreto e antimicrobiano da prata.
Indicações:
"Este material está sendo novamente recomendado para uso clínico, em especial na
situação proximal, como manobra não operatória."
Forma de aplicação:
A aplicação deve ser realizada sob isolamento relativo do campo operatório, tomando-
se o cuidado de aplicar vaselina nos tecidos moles. Deve ser realizada a aplicação com
um pincel ou microbrush, por 3 min, seguida de lavagem abundante por 30 s.
Estudos mostram que a aplicação anual tem sido suficiente para inativar lesões cavitadas em dentina.
Uma desvantagem tem sido a pigmentação escurecida após a sua aplicação. O escurecimento da
superfície ocorre pela precipitação de íons de prata sobre a lesão, que ao ser exposta à luz, escurece. Por
isso, tem sido utilizado em regiões que não comprometam a estética de forma significativa.
Intoxicação crônica:
Também chamada de fluorose, a intoxicação crônica ocorre quando o indivíduo é exposto a concentrações
de flúor acima das aceitáveis por períodos prolongados.
Na clínica odontológica presenciamos muitos casos de fluorose dentária, mas você sabia que existe um outro
tipo? Eu confesso para você que até estudar para concursos só conhecida a fluorose dentária! Com certeza
devem ter falado durante a faculdade que existia outra forma de intoxicação crônica, a fluorose esquelética,
mas não devo ter prestado muita atenção kkkkk. De qualquer forma, vem comigo que eu vou te explicar!
A fluorose esquelética ocorre quando uma quantidade de flúor acima de 8 ppm é ingerida durante anos.
Como característica clínica percebe-se um aumento da densidade óssea, uma diminuição da mobilidade
das articulações acompanhada de queixa de dores articulares (podendo evoluir para limitação dos
movimentos); e possível calcificação dos ligamentos e músculos. É difícil vermos questões sobre fluorose
esquelética na prova específica de odontologia, mas fica aqui a explicação para que você não seja pego de
surpresa!
A fluorose dentária pode ocorrer apenas quando os dentes estão em formação, afetando principalmente
os dentes permanentes (alguns autores afirmam que a fluorose ocorre somente durante a época de
mineralização dos dentes sendo o período de maior risco até os 10 anos). Ela é causada pela ingestão de
pequenas doses durante um período prolongado. O risco de fluorose é dose-dependente (depende da dose
geral de flúor ingerido), enquanto o benefício para a cárie parece depender da concentração.
De acordo com Fejerskov & Kidd, mesmo em níveis muito baixos de ingestão de flúor (0,02
mg de F/kg de peso corpóreo) há a presença de um pequeno risco de fluorose dental.
Sua aparência clínica pode variar desde pequenas linhas esbranquiçadas a um esmalte quebradiço e opaco.
A gravidade das manifestações clínicas depende da quantidade de flúor ingerida, da duração da exposição
e do estágio da amelogênese no período de exposição ao flúor.
Atenção especial deve ser dada a quantidade de flúor ingerida entre 15 e 30 meses, período que
corresponde a época de formação dos incisivos centrais.
De acordo com o Guia de recomendações para o uso de fluoretos no Brasil, crianças menores de
9 anos devem usar pequenas quantidades => cerca de 0,3 gramas - equivalente a um grão de
arroz.
De acordo com Fejerskov e Kidd (2011), com o decorrer do crescimento e ganho de peso pelas crianças, o
risco de fluorose passa a ser maior nos dentes posteriores.
Com a exposição prolongada ao flúor, esse íon substitui o grupo hidroxila da hidroxiapatita. Observa-se o
aumento da porosidade do esmalte e acúmulo de água na região interprismática. A primeira manifestação
da fluorose é um aumento na porosidade do esmalte ao longo das estrias de Retzius. Clinicamente evidencia-
se a maior porosidade através da opacidade (manchas da fluorose).
Como resultado tem-se um esmalte hipomineralizado. A fluorose dentária é vista em dentes que se
formaram na mesma época (bilateral) e apresenta distribuição simétrica. As manifestações variam desde
linhas opacas finas e esbranquiçadas, correspondendo às periquimáceas até uma superfície com aspecto de
giz branco.
Aspectos biológicos individuais como os apontados abaixo, são sugeridos como possíveis fatores que
interferem na severidade da fluorose dentária:
No entanto, é importante saber diferenciar clinicamente as opacidades que ocorrem de forma isolada (ex:
hipoplasia de Turner) e a fluorose dentária.
A tabela extraída do livro do professor Antonio Carlos Pereira é muito didática e de grande auxílio para o
diagnóstico diferencial:
Para classificar os diferentes níveis de fluorose dentária foram criados índices, sendo os mais conhecidos o
Dean e o de Thystrup & fejerskov. Veja as características de cada índice!
INDÍCE DE FLUOROSE DE DEAN (1942): é o índice recomendado pela OMS, foi utilizado nos estudos
epidemiológicos de saúde bucal nacional (SB Brasil). Tem como critérios a escolha dos dois dentes mais
afetados e exame sem a realização de secagem.
CÓDIGO CLASSIFICAÇÃO
0 Translucidez normal do esmalte permanece após a limpeza e secagem da superfície
1 Linhas brancas estreitas correspondendo ao periquimata
2 Linhas mais pronunciadas de opacidade que ocasionalmente se fundem formando pequenas
áreas nebulosas. A "cobertura de neve" nas pontas de cúspides e incisais é comum.
3 Linhas brancas fundidas com áreas nebulosas de opacidade espalhando-se por muitas partes da
superfície
4 A superfície inteira exibe opacidade marcada ou parede branca calcária (chalky). Locais sujeitos
à atrição parecem menos afetados
5 A superfície inteira apresenta marcada opacidade com perda focal de esmalte mais externo,
menor que 2mm de diâmetro, formando depressão (pits)
6 As depressões estão regularmente arranjadas em faixas horizontais menores que 2mm em
extensão vertical
7 Perda de esmalte externo em áreas irregulares envolvendo menos que a metade da superfície.
O esmalte intacto restante é opaco
8 Perda de esmalte externo envolvendo mais que a metade da superfície, com restante intacto e
opaco
9 Perda da maior parte da camada de esmalte com mudança da anatomia dentária. A margem
cervical de esmalte quase intacta e opaca é frequentemente notada.
4
FLUOROSE
DENTES FORMADOS
BILATERALIDADE SIMETRIA OPACIDADES
NA MESMA ÉPOCA
Atualmente considera-se que o principal fator de risco associado à fluorose dentária é o aumento da ingestão
média de fluoretos por meio de múltiplas fontes. O uso de água fluoretada, dentifrício fluoretado,
suplementos com flúor e bebidas ou alimentação infantil em pó contendo fluoretos antes dos seis anos de
idade têm sido considerados fatores mais importantes.
De acordo com o Guia de recomendações para o uso de fluoretos no Brasil, crianças menores de
9 anos devem usar pequenas quantidades => cerca de 0,3 gramas - equivalente a um grão de
arroz.
➢ Considerando que água fluoretada e o uso de dentifrício fluoretado são as formas mais eficientes e
custo-efetivas para a prevenção de cáries, outras formas de utilização deveriam ser indicadas apenas
para pessoas com alto risco à cárie ou atividade da doença.
➢ Crianças abaixo de seis anos de idade, especialmente aquelas menores de dois anos, têm risco
aumentado para o desenvolvimento de fluorose pelo inadequado desenvolvimento do controle
reflexo de deglutição. Pais e cuidadores devem ser aconselhados sobre os cuidados necessários para
o uso de dentifrícios fluoretados para crianças pequenas (limitar a frequência de escovação a duas
vezes ao dia, aplicar uma quantidade de dentifrício equivalente a uma ervilha ou grão de arroz (no
máximo 0,3 g por escovação), supervisionar a escovação e encorajar a criança a cuspir todo o excesso
de dentifrício.
➢ Para crianças abaixo de dois anos, o profissional de saúde deve considerar o nível de fluoreto na água
de abastecimento, outras fontes de fluoretos e outros fatores que podem afetar a suscetibilidade à
cárie para indicar ou não o uso de dentifrício fluoretado.
5
➢ Crianças abaixo de seis anos não devem utilizar bochechos com soluções fluoretadas pelo risco de
ingestão repetida;
➢ Suplementos com fluoretos não são indicados como medida de saúde coletiva;
➢ O aleitamento materno por um período maior que seis meses pode ser um fator de proteção ao
desenvolvimento de fluorose dentária, evitando assim o uso de fórmulas para o aleitamento artificial;
➢ Promover o uso de pequena quantidade de dentifrício para crianças abaixo de seis anos e colaborar
com a educação de profissionais e público sobre o uso correto de produtos com flúor;
➢ A escovação por crianças pequenas deve ser supervisionada até que compreendam o significado e
usem pequena quantidade de dentifrício;
➢ O dentifrício não deve ficar ao alcance de crianças de pequena idade, para não incentivar a ingestão
voluntária;
➢ A criança deve ser estimulada a cuspir para adquirir este reflexo o mais cedo possível;
➢ Os pais ou responsáveis devem ser orientados da importância de usar uma pequena quantidade de
dentifrício. Deve ser enfatizado que é mais importante escovar os dentes 3 vezes por dia usando 0,1
g de pasta fluoretada do que utilizar uma quantidade 10 vezes maior (1,0 g), porém só 1 vez por dia.
➢ A fluorose é um efeito sistémico da fração do flúor ingerido que é absorvido, isto é, depende da
biodisponibilidade do fluoreto presente na formulação do creme dental. Os cremes dentais usados
pela família são formulados com MFP/CaCO, e contém 1.500 ppm de F total, e os dirigidos ao público
infantil contêm 1.100 ppm Fe são formulados com NaF/SiO. Embora os cremes dentais familiares
contenham maior concentração de flúor total, eles possuem a mesma concentração de flúor solúvel
(biodisponível) e, portanto, a segurança quanto ao risco de fluorose é a mesma.
➢ Para o risco de fluorose é o intervalo entre a ingestão de alimentos e a escovação com dentifrício
fluoretado, porque se fluoreto for ingerido com o estômago vazio, haverá 100% de absorção. Se
ingerido até 15 minutos após o café da manhã ou do almoço/jantar, a absorção é reduzida de 30 a
40%.
TRATAMENTO DA FLUOROSE
Intoxicação aguda:
A intoxicação aguda é caracterizada por uma alta dose de ingestão de flúor. Rapidamente absorvido pelo
organismo, atinge o pico de concentração plasmática em 30 minutos. O ácido fluorídrico, produto de sua
transformação no estomago, é o responsável pelos sintomas gástricos.
De acordo com Andrade (2011), a consequência mais séria da sobredose de flúor a queda nos níveis
sanguíneos de cálcio, conhecida como hipocalcemia.
São sintomas associados a uma superdosagem de flúor: vômito, dor abdominal, aumento da salivação,
diarreia, dor de cabeça, convulsões, arritmia cardíaca, coma.
O paciente sempre deve ser orientado sobre o uso racional e correto dos fluoretos. Quando houver a
necessidade de utilização tópica do flúor devem ser tomados alguns cuidados. Nesse sentido, a dose
provavelmente tóxica informa que acima do valor de 5mg/Kg de peso deve ser redobrada atenção na
utilização.
No caso de ingestão acidental de quantidade excessiva de flúor, a primeira medida emergencial a ser tomada
é tentar reduzir a absorção do flúor pelo organismo!
São medidas emergenciais para reversão do quadro de intoxicação a indução do vômito, fornecimento de
leite ou hidróxido de alumínio (se ligam ao flúor diminuindo a sua absorção) e lavagem gástrica.
O tratamento da intoxicação aguda por flúor deve ser imediato e seguir os seguintes passos:
Muitas provas trazem questões sobre a quantidade ingerida por uma criança durante a aplicação tópica de
flúor no consultório.
Veja no exemplo como calcular: Se uma criança com 3 anos de idade, pesando 15 kg,
deglutir 10g de gel (1,23% de F), durante uma aplicação tópica no consultório.
10
a) É uma doença multifatorial que engloba fatores necessários (acúmulo de biofilme), determinantes
(negativo: exposição a açucares; positivo: exposição a fluoretos) e moduladores (biológico: saliva; social:
contexto socioeconômico cultural de inserção dos indivíduos)
b) No Brasil, os produtos mais utilizados para a fluoretação das águas de abastecimento são o fluorsilicato
de cálcio e o ácido fluorídrico.
c) Os microrganismos podem ser transmitidos entre as pessoas por meio de contato direto boca a boca ou
de objetos contaminados. Entretanto, a transmissibilidade reporta-se apenas aos microrganismos, e não à
doença cárie.
d) A fluoretação das águas de abastecimento público é uma das medidas de controle da doença cárie, pois
tem uma excelente relação custo-benefício, tem grande abrangência perante a população e traz benefícios
a todos os grupos socioeconômicos existentes.
e) O principal mecanismo de ação do dentifrício fluoretado, além da remoção mecânica feita pela escova,
reside no fato de proporcionar altas concentrações de fluoreto no biofilme e na saliva por cerca de 40
minutos após a escovação.
Comentários:
A letra A está correta. Para sua ocorrência são necessários os fatores determinantes e os modificadores que
influenciam sua ocorrência.
A letra B está errada. No Brasil os produtos mais utilizados são o fluorsilicato de sódio e o ácido fluossilícico.
A letra C está correta. A doença cárie possui como uma de suas características a transmissibilidade, mas por
ter etiologia multifatorial precisa da ocorrência de outros fatores como hospedeiro com dentes suscetíveis
e dieta cariogênica.
A letra D está correta. A fluoretação das águas é uma medida de saúde pública prática e efetiva, em um país
como o brasil, de extensão territorial continental, possibilita o alcance dos benefícios do flúor independente
da condição socioeconômica da população.
A letra E está correta. O dentifrício fluoretado apresenta uma ação benéfica na prevenção das cáries porque
além de provocar o aumento da concentração de flúor na saliva por cerca de 40 minutos após a escovação
auxilia na remoção mecânica do biofilme.
1
d) dentária só ocorre quando os níveis de ingestão de flúor estão acima dos 5,0 ppm (ou mg/L)
e) óssea só ocorre quando há ingestão excessiva de fluoreto durante o período de formação dentária.
A alternativa A está errada. A toxicidade crônica pode ter duas manifestações: a fluorose óssea e a dentária.
A alternativa B está correta. O flúor pode ser incorporado durante toda vida nos tecidos mineralizados
A alternativa D está errada. O limite de ingestão de flúor para que o risco de fluorose seja aceitável vai de
0,05 - 0,07 mg F/dia/ Kg de peso corporal
A alternativa E está errada. A fluorose é um distúrbio que ocorre durante a amelogênese causada pela
ingestão excessiva e prolongada do flúor durante a formação do esmalte.
Comentários:
A alternativa A está errada. A redução da formação do biofilme é obtida através da remoção mecânica
realizada pela escovação.
A alternativa B está errada. O flúor não reduz a formação de ácidos pelas bactérias cariogênicas. A presença
do flúor altera o pH crítico (na presença de flúor ele deve estar mais ácido, mais baixo para causar a perda
de minerais do dente). O flúor reduz a perda mineral e potencializa a remineralização (ocorre de forma mais
rápida).
A alternativa C está errada. A ação do flúor ocorre pela atividade tópica na cavidade bucal. O flúor
importante é o presente sob o regime de baixa concentração e alta frequência. O flúor incorporado ao
esmalte não o torna mais resistente ao desafio cariogênico.
A alternativa D está correta. O flúor além de alterar o nível do pH crítico tem o potencial de reduzir a perda
dentária.
a) Verniz fluoretado
b) Dentifrício fluoretado
d) Gel fluoretado
A alternativa B está errada. O dentifrício fluoretado é um meio tópico de uso caseiro do flúor (autoaplicável).
A alternativa C está errada. O enxaguatório bucal fluoretado é um meio tópico de uso caseiro do flúor
(autoaplicável).
a) O subproduto de reação do fluoreto com a estrutura dental é apenas o flúor fracamente ligado ao mineral,
também chamado de mineral tipo fluoreto de cálcio. Ele representa a reação do fluoreto com o mineral
dental em nível ultraestrutural, incorporando-se ao mineral na forma de fluorapatita.
b) O pH dos fluidos bucais não influencia na perda ou ganho de minerais pelos dentes, já que a solubilidade
do mineral da estrutura dental não é função do pH.
3
c) As lesões iniciais de cárie apresentam uma região subsuperficial menos desmineralizada, gerando apenas
o amolecimento da dentina.
d) A remineralização de lesões iniciais de cárie em esmalte e dentina não é possível, mesmo que seja
mediante a remoção de fatores causais da cárie e uso de fluoretos.
e) Esmalte e dentina perdem ou ganham minerais da estrutura dental de acordo com as condições de
saturação dos fluidos do meio bucal – saliva ou fluido do biofilme dental.
Comentários:
COMENTÁRIO LETRA A:
Dois tipos de interação entre a hidroxiapatita e o íon flúor ocorrem quando se realiza uma aplicação tópica:
ligação do íon flúor na superfície do cristal (fluoreto fracamente ligado = fluoreto de cálcio ou CaF2) e
incorporação do íon flúor na estrutura do cristal (o fluoreto firmemente ligado = fluorapatita ou FA). O
fluoreto firmemente ligado representa a reação do fluoreto com o mineral dental a nível ultraestrutural,
incorporando-se no mineral na forma de fluorapatita. Novamente, não há a forma- ção de novos cristais de
fluorapatita no dente, mas sim a incorporação do íon flúor aos cristais preexis- tentes. Já o fluoreto
fracamente ligado é resultado da reação do fluoreto com íons cálcio, formando precipitações sobre a
superfície dental e no interior de lesões de cárie de um mineral tipo fluoreto de cálcio (“CaF2”). Esses dois
produtos de reação também podem ser chamados, respectivamente, de “F in” (incorporado ao mineral
dental) e “F on” (formado sobre a superfície). A grande diferença entre eles é que o (“CaF2”) funciona como
um reservatório de fluoreto, dissolvendo-se ao longo de semanas ou meses e fornecendo íon flúor para atuar
na des-remineralização dental. Já a fluorapatita permanece incorporada ao mineral (Fonte: Série ABENO
cariologia)
No primeiro caso, o íon flúor se fixa à superfície do esmalte/ou dentina formando o fluoreto de cálcio (CaF2),
um flúor fracamente ligado. A formação de CaF 2 ocorre quando a concentração de flúor está acima de 100
ppm (quanto mais alta a concentração do produto utilizado para uma aplicação tópica, mais fluoreto de
cálcio é formado). Devido à baixa velocidade de dissolução e retenção prolongada sobre a superfície
dentária, o CaF2 age como um reservatório de íons flúor a ser liberado no ambiente bucal (quando ele está
presente e ocorre um desafio cariogênico a perda mineral é menor).
COMENTÁRIO LETRA B:
Vemos uma a menor solubilidade da fluorapatita em relação à hidroxiapatita; e maior solubilidade da dentina
(pelo maior conteúdo de carbonato) em relação ao esmalte.
COMENTÁRIO LETRA C:
As lesões de cárie em esmalte são, em geral, subsuperficiais, havendo uma maior desmineralização no
interior do esmalte que na superfície. Elas se iniciam por uma desmineralização dos cristais de hidroxiapatita
biológica localizados na superfície do esmalte, resultando clinicamente em aspecto poroso e com perda de
brilho. Teorias explicam o motivo para a manutenção da camada superficial mais mineralizada com a lesão
ocorrendo na subsuperfície. Uma delas seria a de que um grupo de proteínas salivares ricas em prolina
seriam inibidoras da desmineralização. Sendo macromoléculas, estas proteínas não alcançariam as camadas
mais profundas da lesão e teriam ação somente sobre a camada superficial. Outro mecanismo seria o
processo químico dinâmico que ocorre na interface fluida do esmalte que permite a troca ativa e rápida com
os elementos do meio. Quando baixa o pH e consequentemente há a desmineralização do esmalte dentário,
ocorre a desmineralização dos cristais mais solúveis. Entretanto, quando o pH do meio tende a voltar ao pH
neutro, ocorre a precipitação de cristais com índice de solubilidade menor. Este processo de des-
remineralização faz a camada superficial ficar mais resistente a novos processos de desmineralização. O
ácido gerado pelas bactérias do biofilme penetra no interior da lesão por meio dos poros da camada
superficial, ocorrendo desmineralização da camada mais interna da lesão.
Nos primeiros estágios das alterações decorrentes da doença cárie (desmineralização) no esmalte já se
observa os seus efeitos na dentina. Existe uma reação em cadeia como resposta ao dano em todo o órgão
dental. Quando a agressão se dá inicialmente na superfície do esmalte, o líquido intercristalino transmite o
dano ao tecido dentinário que responde prontamente. As primeiras reações observadas são inflamação
pulpar e esclerose da dentina. A esclerose ou obliteração dos túbulos dentinários tem o objetivo de bloquear
o dano à polpa dentária. Ela já é observada quando a lesão de cárie (processo de desmineralização) atinge a
metade da espessura do esmalte. Quando a lesão (tecido desmineralizado) alcança a junção ameloden-
tinária, ocorrem os primeiros sinais de desmineralização da dentina, mesmo ainda sem a presença da
cavidade de cárie. Em uma lesão de evolução rápida, pode ocorrer perda de odontoblastos, e a dentina
terciária será formada. (Série Abeno de Cariologia)
( ) O uso de solução ou gel de flúor em elevada concentração é uma opção vantajosa de tratamento dos
pacientes cárie ativos, sendo de uso exclusivamente profissional.
( ) O gel de flúor pode ser aplicado com algodão, sob isolamento relativo, com moldeira ou com escova. O
modo de aplicação não influencia no potencial de inativação de uma lesão cariosa ativa.
( ) A concentração de flúor em um gel de flúor com pH neutro para aplicação profissional é de 1,23%. As
afirmativas são, respectivamente,
a) V, V e V.
b) V, F e V.
c) F, V e V.
d) V, F e F.
e) V, V e F.
5
Comentários:
a) aplicações tópicas de fluoreto em gel no consultório odontológico não são passíveis de causar sintomas
de toxicidade aguda;
b) a toxicidade crônica ocorre pela ingestão de pequenas quantidades diárias, afetando tecidos
mineralizados, particularmente o osso e o esmalte dentário;
c) existe risco de toxicidade aguda pela escovação com dentifrícios fluoretados com até 1500 ppm de
fluoreto;
d) o risco de toxicidade crônica no esmalte dental (fluorose dental) aumenta com a idade do paciente;
e) suplementos de fluoreto pós-natal não aumentam o risco de toxicidade crônica, pois sua dosagem é muito
pequena.
Comentários:
As aplicações tópicas de fluoreto em gel no consultório odontológico são passíveis de causar sintomas de
toxicidade aguda; por isso recomenda-se a utilização de sugador de alta potência e que o paciente fique em
posição sentada/ tronco ereto e alguns autores recomendam, após a aplicação, cuspir o excesso.
Não existem benefícios na prescrição de suplementos de fluoreto pós-natal, por isso, eles não são
recomendados.
O risco de toxicidade crônica no esmalte dental (fluorose dental) diminui com a idade do paciente.
8- (FGV/SES-AM/DENTISTA/2014) Quando o flúor tópico é utilizado, ocorre uma reação química com a
estrutura mineralizada dos dentes, formando produtos que interferem com a progressão da lesão cariosa.
Assinale a opção que indica o produto dessa reação química.
b) Fluoreto de sódio.
c) Fosfato de cálcio.
d) Fluoreto de cálcio.
e) Cloreto de estrôncio
Comentários:
Quando a concentração de flúor está acima de 100 pmm na cavidade bucal podem ocorrer dois tipos de
interação desse íon com a hidroxiapatita da estrutura dentária: a ligação do íon flúor (altamente reativo) na
superfície do cristal formando o fluoreto de cálcio (CaF 2) e a incorporação do íon flúor na estrutura do cristal
formando a fluorapatita (FA). O fluoreto de cálcio é uma espécie de reservatório de flúor. Ele possui baixa
velocidade de dissociação e alta retentividade na superfície dentária agindo como um reservatório de íons
flúor.
Comentários:
Comentários:
11- (FGV/SES-AM/DENTISTA/2014) Um creme dental, para ser considerado eficaz na prevenção das cáries
em crianças, deve ter uma concentração de flúor entre
a) 500‐600 ppm.
b) 600‐700 ppm.
c) 700‐800 ppm.
d) 850‐950 ppm.
e) 1000‐1100 ppm.
Comentários:
8
A maioria dos dentifrícios comercializados apresenta de 1000 a 1500 ppm de flúor. A recomendação atual é
que desde a erupção do 1º dente seja utilizado dentifrício contendo 1100ppm de F e que a dosagem seja
controlada. A letra E está correta.
Comentários:
I. Esse tipo de aplicação não é indicado para grupo etário com prevalência mais elevada.
II. Uma das vantagens é a possibilidade de utilizar essa técnica fora do ambiente clínico, como, por exemplo,
em uma escola ou creche.
a) I, II e III.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
9
d) II e III, apenas.
Comentários:
De acordo com o Guia de Fluoretos os enxaguatórios, normalmente a base de fluoreto de sódio, podem ser
bochechados de forma diária (NaF a 0,05%), semanal ou quinzenalmente (NaF a 0,2%). Mesmo no caso do
emprego diário da técnica, mais recomendado para uso individual (domiciliar), o bochecho pode ser
considerado, de modo análogo aos dentifrícios, como um meio de repercussão coletiva de uso de flúor. Essa
característica fica ainda mais acentuada quando se considera o emprego do método no contexto dos
programas de saúde pública, situação em que o uso ocorre semanal ou quinzenalmente.
São recomendados, de forma semanal (NAF 0,2%), para populações nas quais se constate uma ou mais das
seguintes situações: a) exposição à água de abastecimento sem flúor; b) exposição à água de abastecimento
com teores de fluoretos abaixo da concentração indicada (até 0,54 ppm F); c) CPOD médio maior que 3 aos
12 anos de idade; d) menos de 30% dos indivíduos do grupo são livres de cárie aos 12 anos de idade; e e)
populações com condições sociais e econômicas que indiquem baixa exposição a dentifrícios fluoretados.
Os bochechos são indicados para pacientes que possuem um desafio cariogênio alto e que não conseguem
controlar a cárie apenas com o dentifrício.
A letra D foi dada como a alternativa correta, apesar de ser passível recurso já que os bochechos não são
indicados antes dos 6 anos e a questão menciona creches.
a) Abrasivo.
b) Espessante.
c) Umectante.
d) Detergente
Comentários:
A letra A está correta. Os abrasivos auxiliam na remoção da placa bacteriana, de manchas aderidas e de
depósitos de cálculo. Um dentifrício precisa ter abrasividade, mas ao mesmo tempo deve haver um limite.
Internacionalmente foi estabelecido que o valor máximo de aceito do RDA de um dentifrício deve ser 250.
Os abrasivos compõem representam 20-50% da composição do dentifrício. São exemplos de abrasivos o
pirofosfato de cálcio, fosfato de cálcio, carbonato de cálcio, sílica hidratada e bicarbonato de sódio.
a) Após sua absorção o flúor é distribuído para os tecidos duros e moles do corpo, porém não alcança as
glândulas salivares.
b) A combinação do flúor com alguns elementos químicos presentes na alimentação, como magnésio,
alumínio e cálcio aumenta sua absorção.
c) Após a sua ingestão o flúor é absorvido pelo trato gastrointestinal e a secreção de ácido gástrico
proporciona diminuição na absorção de flúor.
Comentários:
Além do pH, outros fatores que podem influenciar a absorção de fluoreto ingerido oralmente são os
seguintes:
A ingestão de alguns cátions, como cálcio, magnésio e alumínio, concomitantemente à ingestão de fluoreto
resulta na formação de sais de baixa solubilidade, reduzindo a taxa de absorção gastrintestinal do fluoreto.
A absorção de fluoreto é reduzida pela presença de alimentos no estomago. A solubilidade do sal de F
ingerido por via oral também é um fator que influencia na absorção gastrintestinal do fluoreto. Compostos
solúveis como o fluoreto de sódio (NaF), presentes em soluções, dentifrícios, comprimidos e alimentos – são
quase completamente absorvidos quando ingeridos. (Fonte: ABENO)
A maior parte do fluoreto presente nos alimentos é ingerida, absorvida no trato gastrintestinal e
disponibilizada no sangue, a partir do qual pode ser tanto excretada pela urina quanto incorporada nos
tecidos mineralizados do corpo: dentes (durante o desenvolvimento dental) e osso.
O fluoreto ingerido é absorvido principalmente no estômago (na forma de HF) e, em menor escala, no
intestino. O sangue é o compartimento central a partir do qual o F− será distribuído pelo organismo,
retornando à cavidade bucal via glândulas salivares, ou se incorporando aos tecidos duros. (Fonte: Série
ABENO). A letra D está correta.
a) 2,5 mgF/Kg
b) 5 mgF/Kg
c) 7,5 mgF/Kg
d) 10 mgF/Kg
e) 15 mgF/Kg
Comentários:
a) 1.100 ppm
b) 9.000 ppm
c) 12.000 ppm
d) 15.000 ppm
e) 22.600 ppm
Comentários:
A letra E está correta. Os vernizes são materiais aderentes à superfície dentária com o objetivo de reagir
com a superfície dental e manter uma liberação de F para o ambiente bucal por um período maior de tempo.
No guia sobre os fluoretos você encontrará que a evidência anticárie está bem documentada somente para
NaF a 2,26% (23.000 ppm F) em verniz de colofôneo em meio alcoólico.
12
Os produtos de uso profissional (ex. os vernizes) quando aplicados nas superfícies dentais em alta
concentração (geralmente > 9.000 ppm F), reagem com o mineral da estrutura dental, formando
reservatórios solúveis de fluoreto de cálcio.
b) Doses similares de ingestão de flúor em indivíduos diferentes podem levar a diferentes níveis de
manifestações clínicas
d) O período crítico de exposição a doses excessivas de flúor para as duas dentições é do nascimento até os
8 anos de idade
e) A bilateralidade e a simetria das lesões são dois aspectos clínicos muito importantes a serem considerados
no diagnóstico da fluorose.
Comentários:
A fluorose dentária é o resultado da ingestão crônica de flúor durante o desenvolvimento dental que se
manifesta como mudanças visíveis de opacidade do esmalte devido a alterações no processo de
mineralização. O grau dessas alterações é função direta da dose de F à que a criança está sujeita (mg F/kg/dia)
e do tempo de duração da dose. Como se trata de um efeito sistêmico, as alterações distribuem-se
simetricamente dentro da boca, afetando os dentes em formação no período de ingestão de flúor.
O parâmetro mais aceito atualmente sobre a dose limite de ingestão de fluoretos capaz de produzir uma
fluorose clinicamente aceitável do ponto de vista estético foi sugerido por Burt (1992) como uma dose entre
0,05 e 0,07 mg F/dia/kg de peso corporal. O período crítico de exposição a dosagens excessivas de flúor para
as duas dentições é do nascimento até oito anos de idade.
Aspectos biológicos individuais como baixo peso corporal, taxa de crescimento esquelético, períodos de
remodelamento ósseo, estado nutricional, alterações da atividade renal e homeostase do cálcio são ainda
sugeridos como possíveis fatores que interferem na severidade da fluorose dentária.
Uma curiosidade: os alunos sempre questionam a referência utilizada pela banca para elaborar a questão,
esta questão foi extraída do Guia de recomendações para o uso de fluoretos no Brasil / Ministério da Saúde
e todas as justificativas citadas acima foram extraídas do Guia.
19-(IBFC/FUNDAÇÃO HEMOMINAS/2012) Paciente F.G.F, 10 anos, gênero masculino, baixo peso corporal
e com história de escovação dentária sem supervisão, uso contínuo de dentifrício fluoretado desde a
13
primeira infância e ingestão de água de abastecimento fluoretada. Após realizada a profilaxia, e sob boa
iluminação, as seguintes características clínicas foram observadas: manchas brancas, opacas, porosas nas
bordas incisais de todos os dentes anteriores e nas pontas de cúspides dos primeiros molares, atingindo
menos de 25% da superfície dentária vestibular. As características clínicas descritas acima são compatíveis
com o quadro clínico de:
a) cárie de mamadeira
c) dentinogênese imperfeita
d) fluorose
Comentários:
A fluorose dental é considerada o único efeito colateral da exposição crônica ao fluoreto a partir dos meios
utilizados para o controle de cárie (água fluoretada, dentifrício fluoretado). Ela ocorre pela ingestão de
fluoreto em pequenas quantidades, diariamente, durante o período da amelogênese, ou seja, apenas dentes
em formação durante o período da exposição são afetados. Clinicamente, a fluorose se caracteriza por uma
hipomineralização do esmalte, que pode apresentar desde um aumento de opacidades difusas pela coroa
dos dentes, nos casos mais brandos, até um aspecto esbranquiçado e com perda de estrutura, nos casos
mais graves. A letra D está correta.
a) diária
b) quinzenal
c) mensal
d) semestral
e) anual
Comentários:
A questão merece destaque por apresentar a concentração de 0,5%, a banca deu como alternativa correta
a letra B. Lembre-se que as provas costumam perguntar a frequência nas concentrações NaF a 0,05% para
bochecho diário e NaF a 0,2% para bochecho semanal ou quinzenal.
14
a) 5 mg F/Kg
b) 16 mg F/Kg
c) 24 mg F/Kg
d) 32 mg F/Kg
e) 64 mg F/Kg
Comentários: ==2d592b==
A letra A está correta. Por segurança, nos procedimentos clínicos de uso de fluoretos, os pacientes não
poderão estar sujeitos a doses superiores à DPT de 5 mg F−/kg de peso corporal. Tendo em vista que a DPT
leva em consideração o peso do indivíduo, crianças estão expostas a uma dose proporcionalmente maior se
ingerirem a mesma quantidade de flúor que adultos, devido a sua menor massa corporal. (Fonte: Série
Abeno).
a) 2 de Dean
b) 3 de Dean
c) 4 de Dean
d) 5 de Dean
d) 6 de Dean
Comentários:
INDÍCE DE FLUOROSE DE DEAN (1942): é o índice recomendado pela OMS, foi utilizado nos estudos
epidemiológicos de saúde bucal nacional (SB Brasil). Tem como critérios a escolha dos dois dentes mais
afetados e exame sem a realização de secagem.
15
a) Em regiões mais quentes, a exemplo do nordeste brasileiro, a concentração de flúor na água deve ser
maior, já que estas áreas apresentam uma maior vulnerabilidade social à cárie.
b) O teor adequado e a variação aceitável de flúor na água não apresentam correlação com a variação da
temperatura no local.
c) O efeito preventivo obtido durante o período de exposição à água fluoretada é perene, ou seja, a
interrupção da fluoretação não cessa o seu benefício.
e) Desde 1974 a agregação de flúor ao tratamento das águas de abastecimento público (fluoretação das
águas) é obrigatória no Brasil.
Comentários
A letra E está correta, a questão foi extraída do Guia de recomendações para o uso de fluoretos no Brasil /
Ministério da Saúde.
Desde 1974 a agregação de F ao tratamento das águas de abastecimento (fluoretação das águas) é
obrigatória no Brasil, “onde exista estação de tratamento de água”, com base na Lei Federal nº 6.050, de
24/5/1974 (BRASIL, 1974), regulamentada pelo Decreto nº 76.872, de 22/12/1975. Os produtos mais
frequentemente empregados no Brasil são o fluorsilicato de sódio e o ácido fluorsilícico. A adição de
compostos fluorados à água é feita na etapa final do tratamento da água.
16
O teor adequado e a variação aceitável são definidos de acordo com a variação da temperatura no local. Na
fórmula empregada para essa finalidade proposta por Gallagan e Vermillion (1957), leva-se em conta,
sobretudo, a média das temperaturas máximas diárias da localidade, obtidas no período de um ano, para o
cálculo da concentração ótima e seus limites mínimos e máximos. No Brasil o assunto foi regulamentado
pela Resolução MS-GM-518, de 25/3/2004 (BRASIL, 2004a). O Valor Máximo Permitido – VMP de fluoreto é
1,5 ppm, ou seja, 1,5 mg de fluoreto por litro de água. Na maior parte do território brasileiro, contudo, o teor
ideal de flúor na água é 0,7 ppm ou 0,7 mg de flúor por litro
Não sendo perene o efeito preventivo obtido durante o período de exposição, a interrupção da fluoretação
faz cessar o benefício.
a) 0,05%.
b) 0,1%.
c) 0,2%.
d) 0,6%.
e) 0,10%.
Comentários:
FLUORETO DE SÓDIO:
17
Comentários:
A banca deu como gabarito a letra D. A escovação supervisionada pode ocorrer de forma direta e indireta.
A escovação direta tem a preocupação com os aspectos qualitativos e deve ser realizada duas, três ou quatro
vezes ao ano (semestral, quadrimestral ou trimestral).
a) O Ministério da Saúde não recomenda a utilização de dentifrícios com baixas concentrações de fluoretos
mesmo para crianças na idade pré-escolar.
b) A presença de abrasivos nos dentifrícios facilita a remoção de placa e pigmentos sem produzir recessão
gengival.
c) Ainda que dentifrícios fluoretados sejam benéficos para a prevenção da cárie, eles não têm demonstrado
rotineiramente eficácia no controle da inflamação gengival.
d) A abrasão da cervical dos dentes tem etiologia multifatorial, mas em muitos casos é resultado da
escovação com excesso de pressão da escova.
e) Visto que a higiene bucal é fundamental para a manutenção da saúde bucal, os profissionais devem se
esforçar para que os pacientes realizem técnicas de escovação com respaldo científico e, ainda que a forma
com que escovam seus dentes seja satisfatória, se não for uma técnica descrita em literatura, devem ser
incentivados a modificá-la
Comentários:
Crianças em idade pré-escolar, na fase de desenvolvimento do esmalte dentário dos dentes permanentes,
apresentam risco para o desenvolvimento de fluorose dentária. Pequenas quantidades de dentifrício
colocadas na escova (técnica transversal) e monitoramento de adultos são altamente recomendáveis,
principalmente em regiões com água fluoretada.
O carbonato de cálcio, um abrasivo comumente utilizado em cremes dentais, tem dureza em torno de 135
kg/mm2, e, portanto, é capaz de desgastar tecido dentinário exposto na cavidade bucal. Dessa forma,
indivíduos que aplicam grande pressão para realizar a escovação dental de superfícies radiculares expostas
na cavidade bucal estão sujeitos ao desgaste de cemento e dentina radiculares.
A abrasão consiste na perda patológica da estrutura dentária ou restauração pela ação mecânica de um
agente externo. A causa mais comum da abrasão é a escovação dentária que combina elementos abrasivos
nos dentifrícios e escovação com pressão e horizontal. A abrasão por escovação dentária apresenta-se,
caracteristicamente, como fendas cervicais horizontais na superfície vestibular expondo dentina e cemento.
a) Hidróxido de cálcio.
b) Cerômero.
c) Amálgama.
d) Resina composta.
e) Ionômero de vidro.
Comentários:
A letra E está correta, os materiais de maior potencial anticárie são classificados como cimentos de ionômero
de vidro (CIV) e cimentos de ionômero de vidro modificados por resina (CIVMR). A grande vantagem desses
materiais é a liberação de F constantemente, mantendo baixas concentrações de F no meio bucal
controlando a cárie, independentemente do autouso de F pelos indivíduos, por exemplo, na forma de
dentifrício fluoretado. (Guia de Fluoretos - MS).
a) Após a aplicação tópica de flúor em consultório, é altamente recomendável que o paciente fique, ao
menos, 30 minutos sem comer ou tomar nada para que o flúor seja efetivamente incorporado à estrutura
dentária.
b) A aplicação tópica de flúor gel pode ser realizada por apenas 1 minuto, pois não há evidências de que
tempos superiores de aplicação sejam mais eficientes.
c) Não há base científica para a necessidade de profilaxia prévia à aplicação de flúor em gel, somente para a
aplicação de verniz fluoretado.
d) Estudos clínicos têm demonstrado que a aplicação de flúor em consultório a cada 3 meses resulta em
maior benefício anticárie
Comentários:
Gel de flúor-fosfato acidulado (FFA) com concentração de 1,23% de fluoreto em ácido ortofosfórico a 0,1 M
durante quatro minutos. O tempo de aplicação de quatro minutos e as recomendações de não beber água
ou comer por até 30 minutos após a aplicação têm sido seguidos, embora não haja evidência da sua
relevância anticárie. Podem ser usados em moldeiras ou através de escovação sem necessidade de profilaxia
prévia. Como método populacional, recomenda-se aplicação semestral ou quadrimestral.
19
Para a aplicação do verniz é necessária a limpeza prévia dos dentes, por meio da escovação, posterior
secagem, isolamento relativo.
Para aplicação do gel: Podem ser usados em moldeiras ou através de escovação sem necessidade de profilaxia
prévia. Embora a necessidade de profilaxia prévia para a aplicação parece não ser relevante, essa deve ser
considerada para grupos de alto risco de cárie, possibilitando a formação de reservatórios de F na
superfície dental, e não só na placa dental.
a) O agente responsável por essa atividade é o pai ou responsável pelo paciente, supervisionado pelo técnico
em saúde bucal.
c) Essas atividades devem ocorrer idealmente com uma frequência de duas, três ou quatro vezes por ano.
d) A finalidade dessas atividades é fundamentalmente levar flúor à cavidade bucal, sem grandes
preocupações em relação à técnica
Comentários:
A escovação dental supervisionada direta: o agente direto da ação é o profissional de saúde e o objetivo
da atividade é essencialmente qualitativo visando aprimorar as habilidades do sujeito no uso da escova para
desorganizar o biofilme dental. Nesses casos, o biofilme deve ser evidenciado e o sujeito deve ser incentivado
a complementar a escovação sem o uso de dentifrício nas áreas necessárias.
A frequência de realização da “escovação dental supervisionada direta” pode ser semestral, quadrimestral
ou trimestral – as “duas, três ou quatro vezes por ano” a que se refere a Portaria 95/06 (BRASIL, 2006).
Não há evidência científica da efetividade quando o intervalo de tempo é superior a 12 meses. Por outro
lado, realizá-la numa frequência maior do que quatro vezes por ano não implica ganhos adicionais relevantes
no processo educativo. A letra C está correta.
Comentários:
A letra B está correta, a frequência de realização da “escovação dental supervisionada direta” pode ser
semestral, quadrimestral ou trimestral – as “duas, três ou quatro vezes por ano” a que se refere a Portaria
95/06 (BRASIL, 2006).
a) 250 ppm F.
b) 500 ppm F.
c) 1.000 ppm F.
d) 1.100 ppm F.
e) 1.500 ppm F
Comentários:
A letra C está correta, o dentifrício fluoretado deve conter no mínimo 1.000 ppm F (µg F/g) na forma solúvel
para que ele tenha o seu máximo efeito anticárie, reduzindo a desmineralização e promovendo a
remineralização, tanto para a dentição decídua como para a permanente.
a) Questionável.
b) Muito leve.
c) Leve.
d) Moderado.
21
e) Severo.
Comentários:
INDÍCE DE FLUOROSE DE DEAN (1942): é o índice recomendado pela OMS, foi utilizado nos estudos
epidemiológicos de saúde bucal nacional (SB Brasil). Tem como critérios a escolha dos dois dentes mais
afetados e exame sem a realização de secagem.
33- (INSTITUTO AOCP/PM DF/2023) Considerando o controle da cárie em pacientes sem risco aumentado
para o desenvolvimento de lesões de cárie ou de doença periodontal, quantas escovações, com dentifrício
fluoretado minimamente, devem ser feitas por dia?
Comentários:
A letra B está correta. Para controle de inflamação gengival e cárie, a recomendação universal é que sejam
feitas, pelo menos, duas escovações por dia, com dentifrício fluoretado (sendo uma delas à noite).
22
9 - GABARITO
1. LETRA B
2. LETRA B
3. LETRA D
4. LETRA E
5. LETRA E
6. LETRA E
7. LETRA B
8. LETRA D
9. LETRA C
10. LETRA C
11. LETRA E
12. LETRA D
13. LETRA D
14. LETRA A
15. LETRA D
16. LETRA B
17. LETRA E
18. LETRA A
19. LETRA D
20. LETRA B
21. LETRA A
22. LETRA C
23. LETRA E
24. LETRA A
25. LETRA D
26. LETRA E
27. LETRA E
28. LETRA B
29. LETRA C
30. LETRA B
31. LETRA C
32. LETRA B
33. LETRA B
23
a) É uma doença multifatorial que engloba fatores necessários (acúmulo de biofilme), determinantes
(negativo: exposição a açucares; positivo: exposição a fluoretos) e moduladores (biológico: saliva; social:
contexto socioeconômico cultural de inserção dos indivíduos)
b) No Brasil, os produtos mais utilizados para a fluoretação das águas de abastecimento são o fluorsilicato
de cálcio e o ácido fluorídrico.
c) Os microrganismos podem ser transmitidos entre as pessoas por meio de contato direto boca a boca ou
de objetos contaminados. Entretanto, a transmissibilidade reporta-se apenas aos microrganismos, e não à
doença cárie.
d) A fluoretação das águas de abastecimento público é uma das medidas de controle da doença cárie, pois
tem uma excelente relação custo-benefício, tem grande abrangência perante a população e traz benefícios
a todos os grupos socioeconômicos existentes.
e) O principal mecanismo de ação do dentifrício fluoretado, além da remoção mecânica feita pela escova,
reside no fato de proporcionar altas concentrações de fluoreto no biofilme e na saliva por cerca de 40
minutos após a escovação.
d) dentária só ocorre quando os níveis de ingestão de flúor estão acima dos 5,0 ppm (ou mg/L)
e) óssea só ocorre quando há ingestão excessiva de fluoreto durante o período de formação dentária.
a) Verniz fluoretado
b) Dentifrício fluoretado
d) Gel fluoretado
a) O subproduto de reação do fluoreto com a estrutura dental é apenas o flúor fracamente ligado ao mineral,
também chamado de mineral tipo fluoreto de cálcio. Ele representa a reação do fluoreto com o mineral
dental em nível ultraestrutural, incorporando-se ao mineral na forma de fluorapatita.
b) O pH dos fluidos bucais não influencia na perda ou ganho de minerais pelos dentes, já que a solubilidade
do mineral da estrutura dental não é função do pH.
c) As lesões iniciais de cárie apresentam uma região subsuperficial menos desmineralizada, gerando apenas
o amolecimento da dentina.
d) A remineralização de lesões iniciais de cárie em esmalte e dentina não é possível, mesmo que seja
mediante a remoção de fatores causais da cárie e uso de fluoretos.
e) Esmalte e dentina perdem ou ganham minerais da estrutura dental de acordo com as condições de
saturação dos fluidos do meio bucal – saliva ou fluido do biofilme dental.
( ) O uso de solução ou gel de flúor em elevada concentração é uma opção vantajosa de tratamento dos
pacientes cárie ativos, sendo de uso exclusivamente profissional.
( ) O gel de flúor pode ser aplicado com algodão, sob isolamento relativo, com moldeira ou com escova. O
modo de aplicação não influencia no potencial de inativação de uma lesão cariosa ativa.
( ) A concentração de flúor em um gel de flúor com pH neutro para aplicação profissional é de 1,23%. As
afirmativas são, respectivamente,
a) V, V e V.
b) V, F e V.
c) F, V e V.
d) V, F e F.
e) V, V e F.
a) aplicações tópicas de fluoreto em gel no consultório odontológico não são passíveis de causar sintomas
de toxicidade aguda;
b) a toxicidade crônica ocorre pela ingestão de pequenas quantidades diárias, afetando tecidos
mineralizados, particularmente o osso e o esmalte dentário;
c) existe risco de toxicidade aguda pela escovação com dentifrícios fluoretados com até 1500 ppm de
fluoreto;
d) o risco de toxicidade crônica no esmalte dental (fluorose dental) aumenta com a idade do paciente;
e) suplementos de fluoreto pós-natal não aumentam o risco de toxicidade crônica, pois sua dosagem é muito
pequena.
8- (FGV/SES-AM/DENTISTA/2014) Quando o flúor tópico é utilizado, ocorre uma reação química com a
estrutura mineralizada dos dentes, formando produtos que interferem com a progressão da lesão cariosa.
Assinale a opção que indica o produto dessa reação química.
b) Fluoreto de sódio.
c) Fosfato de cálcio.
d) Fluoreto de cálcio.
e) Cloreto de estrôncio
11- (FGV/SES-AM/DENTISTA/2014) Um creme dental, para ser considerado eficaz na prevenção das cáries
em crianças, deve ter uma concentração de flúor entre
a) 500‐600 ppm.
b) 600‐700 ppm.
c) 700‐800 ppm.
d) 850‐950 ppm.
e) 1000‐1100 ppm.
I. Esse tipo de aplicação não é indicado para grupo etário com prevalência mais elevada.
II. Uma das vantagens é a possibilidade de utilizar essa técnica fora do ambiente clínico, como, por exemplo,
em uma escola ou creche.
a) I, II e III.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
a) Abrasivo.
b) Espessante.
c) Umectante.
d) Detergente
a) Após sua absorção o flúor é distribuído para os tecidos duros e moles do corpo, porém não alcança as
glândulas salivares.
b) A combinação do flúor com alguns elementos químicos presentes na alimentação, como magnésio,
alumínio e cálcio aumenta sua absorção.
c) Após a sua ingestão o flúor é absorvido pelo trato gastrointestinal e a secreção de ácido gástrico
proporciona diminuição na absorção de flúor.
a) 2,5 mgF/Kg
b) 5 mgF/Kg
c) 7,5 mgF/Kg
d) 10 mgF/Kg
e) 15 mgF/Kg
a) 1.100 ppm
b) 9.000 ppm
c) 12.000 ppm
d) 15.000 ppm
e) 22.600 ppm
b) Doses similares de ingestão de flúor em indivíduos diferentes podem levar a diferentes níveis de
manifestações clínicas
d) O período crítico de exposição a doses excessivas de flúor para as duas dentições é do nascimento até os
8 anos de idade
e) A bilateralidade e a simetria das lesões são dois aspectos clínicos muito importantes a serem considerados
no diagnóstico da fluorose.
19-(IBFC/FUNDAÇÃO HEMOMINAS/2012) Paciente F.G.F, 10 anos, gênero masculino, baixo peso corporal
e com história de escovação dentária sem supervisão, uso contínuo de dentifrício fluoretado desde a
primeira infância e ingestão de água de abastecimento fluoretada. Após realizada a profilaxia, e sob boa
iluminação, as seguintes características clínicas foram observadas: manchas brancas, opacas, porosas nas
bordas incisais de todos os dentes anteriores e nas pontas de cúspides dos primeiros molares, atingindo
menos de 25% da superfície dentária vestibular. As características clínicas descritas acima são compatíveis
com o quadro clínico de:
a) cárie de mamadeira
c) dentinogênese imperfeita
d) fluorose
a) diária
b) quinzenal
c) mensal
d) semestral
a) 5 mg F/Kg
b) 16 mg F/Kg
c) 24 mg F/Kg
d) 32 mg F/Kg
e) 64 mg F/Kg
a) 2 de Dean
b) 3 de Dean
c) 4 de Dean
d) 5 de Dean
d) 6 de Dean
a) Em regiões mais quentes, a exemplo do nordeste brasileiro, a concentração de flúor na água deve ser
maior, já que estas áreas apresentam uma maior vulnerabilidade social à cárie.
b) O teor adequado e a variação aceitável de flúor na água não apresentam correlação com a variação da
temperatura no local.
c) O efeito preventivo obtido durante o período de exposição à água fluoretada é perene, ou seja, a
interrupção da fluoretação não cessa o seu benefício.
e) Desde 1974 a agregação de flúor ao tratamento das águas de abastecimento público (fluoretação das
águas) é obrigatória no Brasil.
a) 0,05%.
b) 0,1%.
c) 0,2%.
d) 0,6%.
e) 0,10%.
a) O Ministério da Saúde não recomenda a utilização de dentifrícios com baixas concentrações de fluoretos
mesmo para crianças na idade pré-escolar.
b) A presença de abrasivos nos dentifrícios facilita a remoção de placa e pigmentos sem produzir recessão
gengival.
c) Ainda que dentifrícios fluoretados sejam benéficos para a prevenção da cárie, eles não têm demonstrado
rotineiramente eficácia no controle da inflamação gengival.
d) A abrasão da cervical dos dentes tem etiologia multifatorial, mas em muitos casos é resultado da
escovação com excesso de pressão da escova.
e) Visto que a higiene bucal é fundamental para a manutenção da saúde bucal, os profissionais devem se
esforçar para que os pacientes realizem técnicas de escovação com respaldo científico e, ainda que a forma
com que escovam seus dentes seja satisfatória, se não for uma técnica descrita em literatura, devem ser
incentivados a modificá-la
a) Hidróxido de cálcio.
9
b) Cerômero.
c) Amálgama.
d) Resina composta.
e) Ionômero de vidro.
a) Após a aplicação tópica de flúor em consultório, é altamente recomendável que o paciente fique, ao
menos, 30 minutos sem comer ou tomar nada para que o flúor seja efetivamente incorporado à estrutura
dentária.
==2d592b==
b) A aplicação tópica de flúor gel pode ser realizada por apenas 1 minuto, pois não há evidências de que
tempos superiores de aplicação sejam mais eficientes.
c) Não há base científica para a necessidade de profilaxia prévia à aplicação de flúor em gel, somente para a
aplicação de verniz fluoretado.
d) Estudos clínicos têm demonstrado que a aplicação de flúor em consultório a cada 3 meses resulta em
maior benefício anticárie
a) O agente responsável por essa atividade é o pai ou responsável pelo paciente, supervisionado pelo técnico
em saúde bucal.
c) Essas atividades devem ocorrer idealmente com uma frequência de duas, três ou quatro vezes por ano.
d) A finalidade dessas atividades é fundamentalmente levar flúor à cavidade bucal, sem grandes
preocupações em relação à técnica
a) 250 ppm F.
b) 500 ppm F.
c) 1.000 ppm F.
d) 1.100 ppm F.
e) 1.500 ppm F
a) Questionável.
b) Muito leve.
c) Leve.
d) Moderado.
e) Severo.
11
9 - GABARITO
1. LETRA B
2. LETRA B
3. LETRA D
4. LETRA E
5. LETRA E
6. LETRA E
7. LETRA B
8. LETRA D
9. LETRA C
10. LETRA C
11. LETRA E
12. LETRA D
13. LETRA D
14. LETRA A
15. LETRA D
16. LETRA B
17. LETRA E
18. LETRA A
19. LETRA D
20. LETRA B
21. LETRA A
22. LETRA C
23. LETRA E
24. LETRA A
25. LETRA D
26. LETRA E
27. LETRA E
28. LETRA B
29. LETRA C
30. LETRA B
31. LETRA C
32. LETRA B
12
Comentários:
A letra A está errada. Se a lesão não foi detectada através de exames radiográficos significa que ainda se
encontra nos estágios iniciais, desta forma, pode ser tratada através de remoção de biofilme e aplicação
tópica de flúor.
A letra C está correta. A alternativa apresenta abordagens conservadoras no tratamento da doença cárie.
A letra D está errada. A cárie é uma doença de caráter progressivo, ou seja, se os fatores determinantes não
forem modificados (ex: dieta cariogênica, acúmulo de biofilme) progredirá até a cavitação (e possível perda
dentária).
a) I e III
b) I e IV
c) I e II
d) II e III
e) II e IV
Comentários:
Considera-se que os estágios anteriores da doença antes da cavidade podem ser paralisados por ações como
promoção e prevenção de saúde. Somente o tratamento restaurador da cavidade resultante do processo
carioso não garante o controle da doença, sendo necessário também intervir sobre os fatores determinantes
para evitar novas lesões cariosas e recidivas nas restaurações. O manual de Saúde Bucal (caderno 17 do
Ministério da Saúde) traz dois tipos de abordagens: a coletiva e a individual (estudaremos mais na aula de
SUS). No nível individual, o tratamento compreende as seguintes ações:
- Adequação do meio bucal (remoção de placa, remoção de dentina cariada e selamento de cavidades,
remoção de restos radiculares e cálculo que podem reter placa);
- Controle da atividade de doença (ações educativas, uso tópico de flúor conforme risco, aconselhamento
dietético e estímulo do fluxo salivar).
No livro Promoção de Saúde Bucal em odontopediatria os autores classificam como medidas de tratamento
consideradas não invasivas:
- controle de placa bacteriana: a placa é o principal fator etiológico da cárie, segundo os autores ela não se
desenvolve sem os microrganismos. Deve ser dada ênfase na qualidade da higienização e à higiene noturna
pela redução do fluxo salivar.
- Aconselhamento dietético: a dieta influencia na produção de ácidos, tipo e qualidade de placa dentária, na
composição de micro-organimos e na qualidade e quantidade de secreção salivar. Os fatores da dieta que
podem influenciar na atividade de cárie são o tipo de carboidrato, a frequência de ingestão e a forma física
(consistência). Aconselha-se a introdução tardia da sacarose na alimentação das crianças, estabelecer o
máximo de 5 a 6 refeições por dia (frequência é um fator importante) e consumo racional de sacarose (de
preferência junto às refeições). Mais importante do que eliminar, deve ser modificar o padrão de consumo,
buscando o uso racional do açúcar. Sempre considerando risco e atividade do paciente no aconselhamento.
- Uso racional de flúor: sabemos que os dentifrícios fluoretados são, atualmente, recomendados desde a
erupção do primeiro dente, eles complementam deficiências mecânicas, controlando fisico-quimicamente a
cárie. Os dentifrícios fluoretados são considerados a forma mais racional de uso de fluoretos e sua
administração diária origina níveis ótimos de flúor na cavidade bucal (sabemos que o flúor deve estar
presente na cavidade bucal para que seu efeitos seja benéfico)
2
- Selantes
b) As lesões cariosas restritas ao esmalte dentário são tratadas, na maioria das vezes, de forma não-invasiva.
c) A evolução da odontologia adesiva possibilitou o tratamento minimamente invasivo das lesões cariosas.
d) Mesmo pacientes sem atividade de cárie devem, idealmente, receber orientações com relação às medidas
para manutenção de saúde e receber acompanhamento profissional.
==2d592b==
Comentários:
A letra A está incorreta, o tratamento restaurador apenas interfere nas sequelas da doença cárie. Você deve
lembrar que a doença cárie é multifatorial e para que o paciente não apresente novas lesões é necessário
atitudes como, por exemplo, possuir uma dieta equilibrada (ex: consumo racional de açúcar), realizar a
remoção do biofilme e ter a presença constante de flúor na cavidade bucal. Um exemplo de tratamento
forma não-invasivo é o uso de selantes em lesões incipientes em esmalte.
Em relação à odontologia minimamente invasiva e a odontologia adesiva lembre-se que existem os selantes
resinosos.
Os pacientes devem ser acompanhados, no entanto, o livro da série abeno de cariologia orienta que eles não
devem ter, por exemplo, a dieta modificada, caso não apresentem lesões de cárie.
c) O equilíbrio fisiológico do processo des-re pode ser restaurado e levar clinicamente à inativação da lesão
cariosa.
d) O pH da placa bacteriana é considerado crítico quando estiver abaixo de 4,5 em condições de ausência de
flúor na cavidade oral.
e) Dietas com alta frequência de ingestão de carboidratos levam à alta atividade cariogênica,
independentemente do padrão de higiene oral e da composição do biofilme supragengival.
Comentários:
O padrão de evolução das lesões nas superfícies oclusais e lisas é diferente. O tratamento restaurador não
devolve saúde ao paciente, se não forem modificadas atitudes e condições relacionadas aos fatores
primários o paciente entrará em um ciclo restaurador repetitivo.
O pH da placa bacteriana é considerado crítico quando estiver abaixo de 4,5 em condições de presença de
flúor na cavidade oral.
Dietas com alta frequência de ingestão de carboidratos levam à alta atividade cariogênica,
independentemente do padrão de higiene oral e da composição do biofilme supragengival. Apesar de
parecer incorreta, se o paciente faz um alto consumo de açucares mas consegue realizar a remoção do
biofilme de forma eficaz ele pode não desenvolver lesões cariosas. Lembre-se que a doença cárie é
multifatorial e é preciso que os três fatores principais estejam presentes em desequilíbrio a ponto de
selecionar as bactérias cariogênicas.
I- O protocolo preconiza a utilização de verniz de flúor e verniz de clorexidina durante quatro meses.
II- A dose de ataque, realizada no primeiro mês, consiste em quatro aplicações intercaladas de verniz de
flúor e verniz de clorexidina, uma a cada semana.
III- O uso de verniz de flor e verniz de clorexidina no protocolo tem por finalidade associar o
efeitoantibacteriano da clorexidina ao potencial remineralizador do flúor.
IV- Nos meses subsequentes à dose de ataque, deverão ser realizadas aplicações de verniz de flúor e de
verniz de clorexidina, em intervalos de quinze dias.
Comentários:
O erro da primeira alternativa seria os 6 meses, pois a questão seguiu um protocolo de um livro de
odontopediatria de Bussadori et al. (2021) Segue abaixo tabela do livro para conhecimento do protocolo.
Trata-se de um protocolo com verniz preventivo indicado especialmente para molares permanentes em
irrompimento de pacientes com alta atividade de doença cárie e pacientes com lesões de cárie da primeira
infância. A letra C está correta.
II. O aconselhamento sobre os cuidados de higiene oral deve ser feito para os pais e para as crianças, entre
os 2 e os 6 anos de idade.
III. O aconselhamento sobre à ação cariogênica da dieta deve ser feito entre os 6 e os 12 meses de vida do
bebê.
a) II, somente.
b) III, somente.
c) I e II, somente.
d) I e III, somente.
e) II e III, somente.
Comentários:
A letra E está correta. A melhor fase para realizar ações preventivas e de esclarecimento é durante a
gestação, quando os pais estão interessados em aprender e possuem mais tempo disponível para ações
educativas.
c) Esse tratamento é realizado pela aplicação 1X por semana, durante 2 semanas, de safluoride, que tem
propriedades cariostáticas.
e) Alternativas A e B corretas.
Comentários:
Esta é uma questão antiga, mas trago para discussão. O gabarito foi letra E, no entanto, gostaria de mostrar
através da questão o chamado "tratamento de choque" do livro de Odontopediatria Manual de Odontologia
para bebês de Walter e col.
TRATAMENTO DE CHOQUE
Durante o primeiro mês de atendimento da criança, são realizadas consultas semanais.
GABARITO
1. LETRA C
2. LETRA C
3. LETRA A
4. LETRA C
5. LETRA C
6. LETRA E
7. LETRA E
a) I e III
b) I e IV
c) I e II
d) II e III
e) II e IV
b) As lesões cariosas restritas ao esmalte dentário são tratadas, na maioria das vezes, de forma não-invasiva.
c) A evolução da odontologia adesiva possibilitou o tratamento minimamente invasivo das lesões cariosas.
d) Mesmo pacientes sem atividade de cárie devem, idealmente, receber orientações com relação às medidas
para manutenção de saúde e receber acompanhamento profissional.
c) O equilíbrio fisiológico do processo des-re pode ser restaurado e levar clinicamente à inativação da lesão
cariosa.
d) O pH da placa bacteriana é considerado crítico quando estiver abaixo de 4,5 em condições de ausência de
flúor na cavidade oral.
e) Dietas com alta frequência de ingestão de carboidratos levam à alta atividade cariogênica,
independentemente do padrão de higiene oral e da composição do biofilme supragengival.
I- O protocolo preconiza a utilização de verniz de flúor e verniz de clorexidina durante quatro meses.
II- A dose de ataque, realizada no primeiro mês, consiste em quatro aplicações intercaladas de verniz de
flúor e verniz de clorexidina, uma a cada semana.
III- O uso de verniz de flor e verniz de clorexidina no protocolo tem por finalidade associar o
efeitoantibacteriano da clorexidina ao potencial remineralizador do flúor.
IV- Nos meses subsequentes à dose de ataque, deverão ser realizadas aplicações de verniz de flúor e de
verniz de clorexidina, em intervalos de quinze dias.
II. O aconselhamento sobre os cuidados de higiene oral deve ser feito para os pais e para as crianças, entre
os 2 e os 6 anos de idade.
III. O aconselhamento sobre à ação cariogênica da dieta deve ser feito entre os 6 e os 12 meses de vida do
bebê.
a) II, somente.
b) III, somente.
c) I e II, somente.
d) I e III, somente.
e) II e III, somente.
c) Esse tratamento é realizado pela aplicação 1X por semana, durante 2 semanas, de safluoride, que tem
propriedades cariostáticas.
e) Alternativas A e B corretas.
GABARITO
1. LETRA C
2. LETRA C
3. LETRA A
4. LETRA C
5. LETRA C
6. LETRA E
7. LETRA E
d) Os princípios do ART são semelhantes aos do PSF (Programa de Saúde da Família), incluindo promoção de
saúde bucal, prevenção e tratamento.
Comentários.
A letra B está correta. A remoção da lesão cariosa realizada exclusivamente com instrumentos manuais,
quando a técnica era empregada somente em campo, passou a ser utilizada nos consultórios com emprego
de recursos tecnológicos.
a) O tratamento restaurador atraumático (TRA) pode ser empregado para a restauração de lesões ativas
profundas em dentina, a fim de evitar a exposição pulpar, desde que o diagnóstico de pulpite irreversível ou
necrose pulpar seja afastado.
c) A escavação gradativa é uma técnica de mínima intervenção para lesões cariosas profundas de dentina,
que pode ser utilizada em dentes decíduos e dentes permanentes jovens e que deve ser realizada em sessão
única, por meio da remoção da dentina infectada.
d) O capeamento pulpar indireto é uma técnica indicada em caso de pacientes que não apresentam
adequação comportamental para se submeterem a procedimentos mais complexos e quando há dúvida na
determinação do diagnóstico pulpar.
Comentários:
A alternativa A está correta. O termo atraumático refere-se à técnica restauradora empregada em lesões
dentinárias, que dispensa o uso de anestesia, isolamento absoluto e instrumentos rotatórios. Apenas
instrumentos manuais são utilizados para a remoção da maior parte do tecido alterado (amolecido,
desmineralizado e irreversivelmente lesado) pela doença cárie. È uma abordagem de mínima intervenção
que procura preservar o máximo de estrutura dentária e emprega materiais adesivos nas restaurações,
rotineiramente os cimentos ionoméricos. Nas lesões ativas profundas, ou seja, aquelas que atingem o terço
interno da espessura de dentina, o ART é uma importante terapia indireta, que evita a exposição pulpar e a
conseqüente necessidade de procedimentos mais invasivos como capeamento direto e pulpotomia.
A alternativa B está errada. A perda do diâmetro mesiodistal pode resultar em diminuição do comprimento
do arco com surgimento de maloclusões (veremos isso em breve na aula de ortodontia).
A alternativa C está errada. Escavação Gradativa: também conhecida como tratamento expectante, é uma
técnica de mínima intervenção para lesões cariosas profundas ativas de dentina, onde se faz a remoção
parcial de dentina cariada, realizada em duas ou mais sessões. Tem com o objetivo propiciar condições para
uma resposta biológica da polpa, pela produção de dentina terciária (esclerórica e reacional), evitando-se
assim a exposição pulpar. A escavação gradativa está indicada para lesões profundas em ambas as dentições,
nos casos de pacientes que ainda não apresentam adaptação comportamental para se submeterem a
procedimentos mais complexos ou quando se tem dúvida do diagnóstico pulpar.
A alternativa D está errada. Capeamento Pulpar Indireto é uma técnica de mínima intervenção onde se faz
a remoção parcial de dentina cariada, realizada em uma única sessão. Importante ressaltar que,
anteriormente, esta técnica era realizada em duas sessões. No entanto, evidências científicas atuais
demonstram que a reabertura do dente tratado é desnecessária. Está indicado para lesões cariosas
profundas ativas de dentina em ambas as dentições, nos casos de pacientes com adaptação comportamental
para receberem anestesia e se submeterem a procedimentos mais complexos e quando os exames pré-
operatórios clínicos e radiográficos confirmam ausência de alterações pulpares irreversíveis
A alternativa E está errada. Apesar de não ser uma prática comum em crianças, a separação interproximal
pode ser realizada. Havendo a presença de cavidade, com profundidade detectada em dentina, o dente deve
ser restaurado.
http://www.abodontopediatria.org.br/
a) Nessa técnica, as camadas mais profundas do tecido cariado são deixadas sob o material restaurador,
sendo a determinação da quantidade de dentina a ser escavada guiada pela sintomatologia do paciente.
b) Nessa técnica, nenhuma remoção de dentina cariada é realizada, e esse tecido é apenas isolado do meio
bucal por meio do bloqueio da superfície com materiais restauradores.
c) Nessa técnica, recomenda-se a utilização de cimento de ionômero de vidro para o selamento temporário
da cavidade, já que ele deverá ser substituído por material restaurador futuramente.
d) Essa técnica é indicada para dentes com lesões de cárie tanto rasas quanto as que estejam próximas à
polpa, em dentes permanentes, não sendo aplicada em dentes decíduos.
Comentários:
A técnica do ART é indicada para pacientes com alto risco ou atividade de cárie, que possuam cavidades de
profundidade média ou rasa, com envolvimento de dentina, que não possuam sinais como fístula, abcesso
ou dor espontânea.
Na técnica do ART a remoção do tecido cariado é realizada manualmente, através de instrumentos cortantes
como curetas, pela técnica de escavação em massa. Preconiza-se a remoção da dentina infectada (aquela
massa de consistência umedecida fácil de remover com a cureta) e manutenção da afetada passível de
remineralização (dentina de maior consistência que sai na forma de lascas).
a) cimento de silicato.
Comentários:
O cimento de ionômero de vidro (CIV) é o material de eleição para realização do ART por
apresentar as propriedades que você visualizará no esquema!
Biocompatibilidade
Adesão química
Liberação de flúor
Retentividade
a) A estratégia ART (Tratamento Restaurador Atraumático) é indicada em preparos cavitários de classe I tanto
em dentes decíduos quanto em dentes permanentes, desde que a cavidade seja de média profundidade,
sem histórico de dor espontânea, fístula, edema e mobilidade patológica
b) As lesões de cárie ativas, ainda que não cavitadas, sempre requerem tratamento operatório.
c) A remoção parcial de dentina cariada está indicada em lesões nas quais a remoção total de dentina cariada
resultaria em exposição pulpar.
d) O tratamento pulpar indireto é uma alternativa para tratamento de lesões profundas de cárie, em dentes
decíduos ou permanentes, em sessão única.
Comentários:
A letra B está incorreta, atualmente preconiza-se tratamento que adotem a mínima intervenção.
c) dentes permanentes.
Comentários:
A letra D está correta, são contraindicações para o uso da técnica a presença de patologias pulpares, pulpites
crônicas ou irreversíveis, exposição pulpar, presença de abscesso ou fístula, histórico de dor, necrose pulpar
e cavidades que não permitam o acesso aos instrumentos manuais para remoção dentinária.
a) Uma restauração de ART envolve a remoção superficial do tecido cariado amolecido e totalmente
desmineralizado (decomposto) com instrumentos manuais. Esse procedimento é seguido pela restauração
da cavidade.
b) O equipamento básico para o ART inclui um suporte apropriado para o paciente e para o operador, uma
fonte de luz intrabucal, instrumentais odontológicos, materiais restauradores e de consumo relevantes para
a técnica.
c) A restauração da cavidade no ART deve ser realizada com um material adesivo que deverá ficar restrito à
área da lesão cariosa, sem invadir as áreas de fóssulas e fissuras remanescentes, sob o risco de aumentar a
probabilidade do surgimento de novas lesões de cárie.
e) A partir de 2010, o material restaurador recomendado para no ART foi o cimento de ionômero de vidro
(CIV) de média viscosidade, de preferência um que tenha sido testado por meio de estudos clínicos e que
tenha apresentado altas taxas de sobrevida.
Comentários:
A referência utilizada na questão pode não "cair" no seu concurso mas utilizaremos ela para explicar a
questão pois se aplica a outras possíveis questões.
A definição de ART inclui todos os materiais restauradores adesivos e sistema adesivos. O CIV recomendado
para uso na técnica é o de alta viscosidade.
O autor afirma que para sua realização necessitamos apenas equipamento odontológico básico que incluiria:
um suporte apropriado para o paciente e para o operador, uma fonte de luz intrabucal, instrumentais
odontológicos, materiais restauradores e outros de consumo relevantes, ou seja, os mesmos que são comuns
em uma clínica bem equipada. A letra B está correta
a) Previamente ao selamento de lesões de cárie iniciais com cimento resinoso é necessário realizar profilaxia
profissional com pedra-pomes e água e isolamento relativo do campo operatório.
b) O selamento com cimento de ionômero de vidro pode ser realizado em dentes que estejam erupcionados
ou em fase de erupção, sendo indicado um material de baixa viscosidade.
c) O uso de diamino fluoreto de prata (DFP) apresenta como vantagem ter baixo custo, e sua ação está
baseada na ação dos ións fluoreto e prata; este último se liga à proteína do dente tomando-o mais resistente
à ação dos ácidos bacterianos com mais densidade mineral e dureza.
d) Em caso de tratamento de lesões ocultas ou lesões moderadas, a decisão deve ser baseada na
profundidade da lesão, sendo que lesões moderadas em metade externa da dentina não podem receber
==2d592b==
e) O uso de técnicas não invasivas requer, na maior parte das vezes, mais tempo para o atendimento, bem
como maior desconforto à criança.
Comentários:
A letra A está incorreta. Se realizarmos selamento de lesões de cárie iniciais com cimento resinoso o ideal
seria realizar profilaxia profissional e isolamento absoluto do campo operatório.
A letra B está incorreta. O selamento com cimento de ionômero de vidro pode ser realizado em dentes que
estejam erupcionados ou em fase de erupção, sendo indicado um material de alta viscosidade.
A letra D está incorreta. Em caso de tratamento de lesões ocultas ou lesões moderadas, a decisão deve ser
baseada na profundidade da lesão, sendo que lesões moderadas em metade externa da dentina podem
receber abordagens não invasivas como meio de paralisação.
ATENÇÃO: Os selantes de fóssulas e fissuras são indicados para pacientes considerados de risco e em
fóssulas e fissuras estreitas e profundas, hígidas ou com lesão de cárie limitada ao esmalte
Lesões ocultas ou moderadas em metade externa de dentina podem receber abordagens não invasivas
como o SELAMENTO. Seu uso está indicado em lesões em metade externa que clinicamente já apresente
cavidade visível em dentina, desde que esta cavidade não tenha abertura superior a 3mm de diâmetro em
esmalte e sem histórico de sensibilidade dolorosa.
A letra E está incorreta. O uso de técnicas não invasivas requer, na maior parte das vezes, menos tempo
para o atendimento, bem como maior conforto à criança.
GABARITO
1. LETRA B
2. LETRA A
3. LETRA A
4. LETRA C
5. LETRA B
6. LETRA D
7. LETRA B
8. LETRA C
d) Os princípios do ART são semelhantes aos do PSF (Programa de Saúde da Família), incluindo promoção de
saúde bucal, prevenção e tratamento.
a) O tratamento restaurador atraumático (TRA) pode ser empregado para a restauração de lesões ativas
profundas em dentina, a fim de evitar a exposição pulpar, desde que o diagnóstico de pulpite irreversível ou
necrose pulpar seja afastado.
c) A escavação gradativa é uma técnica de mínima intervenção para lesões cariosas profundas de dentina,
que pode ser utilizada em dentes decíduos e dentes permanentes jovens e que deve ser realizada em sessão
única, por meio da remoção da dentina infectada.
d) O capeamento pulpar indireto é uma técnica indicada em caso de pacientes que não apresentam
adequação comportamental para se submeterem a procedimentos mais complexos e quando há dúvida na
determinação do diagnóstico pulpar.
a) Nessa técnica, as camadas mais profundas do tecido cariado são deixadas sob o material restaurador,
sendo a determinação da quantidade de dentina a ser escavada guiada pela sintomatologia do paciente.
b) Nessa técnica, nenhuma remoção de dentina cariada é realizada, e esse tecido é apenas isolado do meio
bucal por meio do bloqueio da superfície com materiais restauradores.
c) Nessa técnica, recomenda-se a utilização de cimento de ionômero de vidro para o selamento temporário
da cavidade, já que ele deverá ser substituído por material restaurador futuramente.
d) Essa técnica é indicada para dentes com lesões de cárie tanto rasas quanto as que estejam próximas à
polpa, em dentes permanentes, não sendo aplicada em dentes decíduos.
a) cimento de silicato.
a) A estratégia ART (Tratamento Restaurador Atraumático) é indicada em preparos cavitários de classe I tanto
em dentes decíduos quanto em dentes permanentes, desde que a cavidade seja de média profundidade,
sem histórico de dor espontânea, fístula, edema e mobilidade patológica
b) As lesões de cárie ativas, ainda que não cavitadas, sempre requerem tratamento operatório.
c) A remoção parcial de dentina cariada está indicada em lesões nas quais a remoção total de dentina cariada
resultaria em exposição pulpar.
d) O tratamento pulpar indireto é uma alternativa para tratamento de lesões profundas de cárie, em dentes
decíduos ou permanentes, em sessão única.
c) dentes permanentes.
a) Uma restauração de ART envolve a remoção superficial do tecido cariado amolecido e totalmente
desmineralizado (decomposto) com instrumentos manuais. Esse procedimento é seguido pela restauração
da cavidade.
b) O equipamento básico para o ART inclui um suporte apropriado para o paciente e para o operador, uma
fonte de luz intrabucal, instrumentais odontológicos, materiais restauradores e de consumo relevantes para
a técnica.
c) A restauração da cavidade no ART deve ser realizada com um material adesivo que deverá ficar restrito à
área da lesão cariosa, sem invadir as áreas de fóssulas e fissuras remanescentes, sob o risco de aumentar a
probabilidade do surgimento de novas lesões de cárie.
e) A partir de 2010, o material restaurador recomendado para no ART foi o cimento de ionômero de vidro
(CIV) de média viscosidade, de preferência um que tenha sido testado por meio de estudos clínicos e que
tenha apresentado altas taxas de sobrevida.
a) Previamente ao selamento de lesões de cárie iniciais com cimento resinoso é necessário realizar profilaxia
profissional com pedra-pomes e água e isolamento relativo do campo operatório.
b) O selamento com cimento de ionômero de vidro pode ser realizado em dentes que estejam erupcionados
ou em fase de erupção, sendo indicado um material de baixa viscosidade.
c) O uso de diamino fluoreto de prata (DFP) apresenta como vantagem ter baixo custo, e sua ação está
baseada na ação dos ións fluoreto e prata; este último se liga à proteína do dente tomando-o mais resistente
à ação dos ácidos bacterianos com mais densidade mineral e dureza.
d) Em caso de tratamento de lesões ocultas ou lesões moderadas, a decisão deve ser baseada na
profundidade da lesão, sendo que lesões moderadas em metade externa da dentina não podem receber
abordagens não invasivas como meio de paralisação.
e) O uso de técnicas não invasivas requer, na maior parte das vezes, mais tempo para o atendimento, bem
como maior desconforto à criança.
==2d592b==
GABARITO
1. LETRA B
2. LETRA A
3. LETRA A
4. LETRA C
5. LETRA B
6. LETRA D
7. LETRA B
8. LETRA C