Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 – Introdução
O conceito de energia pode ser considerado intuitivo. Não é algo que podemos tocar com as mãos,
porém podemos sentir suas manifestações. Ex.: sentimos calor quando a madeira é queimada. Para avaliar
quantitativamente a energia, devemos medir a transferência de energia de um corpo para outro, isto é, a
transformação de uma forma de energia em outra.
Para medir a quantidade de energia transferida de um corpo para outro vamos introduzir o conceito de
trabalho.
F=30N
=4 m
O trabalho de F no
No exemplo acima teremos: deslocamento AB é dado por: T F .d . cos
Neste exemplo temos que considerar o ângulo de 30º,
Exemplo
TAB F . d pois a força na horizontal Fx será menor, teremos:
T F . d . cos 30 o
TAB F . d
Exemplo T 30 . 4 . 0,86
T 30 . 4
T 120 . 0,86
TAB 120 J
T 103,2 J
motor > 0 (trabalho positivo, maior que zero) e resistente < 0 (trabalho negativo, menor que zero)
2
No exemplo acima (2º caso), o trabalho da componente Fy no deslocamento d é nulo, pois não há
deslocamento na direção y (vertical) logo, somente Fx realiza trabalho, dado por:
Fy
F
T F .d . cos
Fx
deslocamento d
Obs.:
1) se a força F for perpendicular à direção do deslocamento, o trabalho de F é nulo, pois cos90° = 0.
2) para calcularmos o trabalho total sobre um corpo (trabalho resultante), podemos proceder de 2 modos:
ou determinamos o trabalho de cada força, em particular, e efetuamos a soma algébrica de todos os
trabalhos; ou determinamos a resultante das forças (FR) e aplicamos a definição geral de trabalho
fazendo F = FR.
força F
Como o trabalho é T= F.d,
F coincide com o cálculo da
Área: A área do retângulo (A= base
vezes a altura H). Assim:
T= área = B.H
0 A B deslocamento d
Exercícios
1. Qual das equações abaixo é apropriada para se calcular trabalho?
a) T = m.a
b) EC = m.v2 / 2
c) T = m.d
d) T = F.d.cos
3. Um sorveteiro empurra o seu carrinho, cuja massa é igual a 40kg. Aplicando-lhe uma força horizontal de
30N e deslocando-o por 100m, qual o trabalho realizado por ele?
Dado:
T F .d
3
Exercícios
4. Um bloco de massa igual a 50kg é empurrado por uma força F = 10N conforme mostra a figura a seguir.
Considerando nulo o atrito entre o bloco e a superfície, é correto afirmar que o trabalho realizado pela força
F (em J) no percurso de 5m é de:
a) 70 F
b) 35 40°
c) 10
d) 50
d
Dados: T = Fdcos
cos40° 0,7
5. Tendo em vista a ilustração a seguir, pode-se dizer que o trabalho realizado pela força F = 50N, ao
empurrar o carrinho por uma distância de 2m é de (em J):
a) 25 F
b) 50 60°
c) 63
d) 87
Dados: T = Fdcos d
sen60° 0,87
cos60° = 0,50
6. Uma pessoa exerce uma força de 8,0N para puxar uma mala, enquanto esta sofre deslocamento de 10m. Se
o ângulo entre a força e o deslocamento é de 60°, então o trabalho realizado pela pessoa vale, em joules:
a) zero
b) 8,0
c) 40,0
d) 80,0
Dados: T = Fdcos60°
cos60° = 0,50
7. No gráfico a seguir, representa-se uma força constante sobre um corpo na direção do deslocamento, ao
longo de um percurso de 6,5m. Qual o trabalho realizado neste percurso?
F (N)
12
0 6,5 d(m)
8. Qual o trabalho realizado pela força mostrada no gráfico abaixo no deslocamento de 0 a 8m?
B.H F (N)
T Atriangulo
2
30
0 8 d(m)
4
1. Trabalho da força peso:
Quando um corpo de massa m é lançado do solo, verticalmente para cima, e atinge uma altura h ou quando
é abandonado da mesma altura em relação ao solo, num local onde a aceleração da gravidade é igual a g, o
mesmo fica sujeito à força peso P que realiza um trabalho resistente o trabalho do peso é negativo, se P
realiza um trabalho motor, o mesmo é positivo.
1º caso (A,B = - P • h = -mgh) e um motor (A,B = P • h =mgh) no 2º caso.
T = - P • h = -mgh T = P • h = mgh
Obs.: o trabalho da força peso independe da trajetória, isto é, depende somente das posições inicial e
final do corpo. Forças com essa característica são chamadas forças conservativas.
A força peso só realiza trabalho se houver deslocamento na vertical.
Exercícios
Exemplo-3 11. Uma pessoa realizou um trabalho de 9
Um bloco de massa 2 kg é tirado do solo e colocado a J para levantar verticalmente uma caixa
uma altura de 5 m. Determine o trabalho da força peso. que pesa 4 N. Quantos metros atingiu a
g= 10 m/s². altura da caixa?
Solução
Exemplo
T m.g .h
T 2.10.5
T 100 J
h
6m
5
4. Potência:
Considere dois motores usados para acionar bombas d’água, que sejam capazes de encher duas caixas,
realizando ambos o mesmo trabalho T= 20000 J. Suponha, entretanto que, que o primeiro motor encha a
caixa em um tempo t1 = 200 s (segundos) e que o outro gaste um tempo t 2 = 400 s para realizar o mesmo
trabalho. Na vida prática, se tivermos de escolher entre os dois motores, provavelmente daríamos
preferência ao primeiro, que realiza trabalho mais rapidamente.
Essa rapidez com que um trabalho é realizado, ou seja, da rapidez com que se transforma uma forma
de energia em outra é chamada de potência.
Define-se como potência média o quociente do trabalho desenvolvido por uma força e o tempo gasto
em realizá-lo:
Exemplo-4
Um motor de potência útil igual a 200W eleva a 10m de altura com velocidade constante, um peso de 80N. Para
fazer isso, esse motor gastará um tempo (em segundos) igual a:
Dados:
Solução
T T P.h T
P P
t
t T 80 .10
800
T 800 J 200
T = P•h t
800
Exemplo t
200
t 4s
Exercícios
13. Um motor de potência útil igual a 120 W eleva a 6 m de altura com velocidade constante, um peso de 60N.
Para fazer isso, esse motor gastará um tempo (em segundos) igual a:
a) 20 b) 2,5 c) 3 d) 4
6
Exercícios
14. Um motor de potência 50kW aciona um veículo durante 15. Uma força de 10N aplicada num corpo,
1,5h. O trabalho realizado pela força motora, em kWh, vale: produz um deslocamento de 5,0m em 20s.
Supondo-se que a força seja paralela ao
a) 50 Dados: deslocamento, conclui-se que a potência
T
b) 75 P desenvolvida é de (em W):
T
c) 100 t Dados:
P
d) 125 a) 2,5
b) 5,0
t
e) 150 c) 10
T = F•d
d) 20
e) 50
16. Um motor de potência igual a 125W deve erguer um peso de 50N, a uma altura de 10m. A operação estará
completa em quantos segundos?
a) 4,0
T T = F•d
b) 2,5 Dados:
P
c) 2,0 t
d) 1,0
e) 0,5
5. Rendimento:
Nenhuma máquina é perfeita. Durante um processo, nem toda energia despendida pela máquina é
convertida em trabalho de fato. Para enumerar essa eficiência de cada máquina foi criado o conceito de
rendimento, representado pela letra grega , é a relação entre a potência útil (efetivamente utilizada no
trabalho) e a potência total. Pu
Observe que como uma máquina não pode realizar
Pt
mais trabalho do que a energia total, essa escala de
rendimento está entre 0 e 1.
Com o rendimento se pode qualificar uma
máquina quanto à sua eficiência
Imaginemos uma máquina qualquer que deve realizar determinado trabalho; por exemplo, um trem elétrico.
Para o trem elétrico funcionar, devemos fornecer a ele uma potência denominada potência elétrica ou
potência total (Pt). Por outro lado, o trem desenvolve uma potência útil (Pu), que provoca o seu deslocamento.
Pu é sempre menor que Pt, pois uma parte de Pt é utilizada (perdida) para vencer as resistências passivas,
representadas principalmente pelo atrito. A parcela da Pt que é perdida (dissipada) é denominada potência
dissipada ou potência perdida (Pd).
A relação entre essas grandezas é: Pt Pu Pd ou Tt Tu Td
Exemplo-5
Numa lâmpada do tipo incandescente de 100W a energia usada para realizar
trabalho (em forma de luz) é somente em torno de 10W. Os 90 W restante são
perdidos ou dissipados em forma de calor. Uma lâmpada dessas portanto de potência
total Pt 100W , tem potência útil Pu 10 W e potência dissipada Pu 10 W . Seu
rendimento então seria:
Exemplo
Solução
Pu 10
0,1 em porcentagem : 0,1.100 % 10%
Pt 100
7
Exemplo-6
O rendimento de uma máquina é de 80%. Sabendo-se que ela realiza um trabalho de 500J em 25s,
determinar a potência total consumida pela máquina e a potência dissipada pela mesma.
Solução
T 500 20 Pt Pu Pd
Pu 20 W Pt
t 25 0,8
25 20 Pd
Exemplo
80% 0,8 Pt 25 w
Pd 25 20
P 20
u 0,8 Pd 5W
Pt Pt
Exercícios
17. O rendimento de uma máquina é de 80%. Sabendo-se que ela realiza um trabalho de 1000J em 20s,
determinar a potência total consumida pela máquina e a potência dissipada pela mesma.
18. A grandeza utilizada para qualificar uma máquina quanto à sua eficiência é:
19. O chuveiro elétrico apesar de ser um eletrodoméstico de alta potência, é o que possui maior rendimento,
superior a 95% da energia gerada é transformada em energia térmica. Sendo assim, considerando um
chuveiro de potência total de 6KW (6000W) e com este rendimento, calcule:
6. Energia:
A energia é algo com que convivemos constantemente. Para nos mantermos vivos, precisamos nos
alimentar e, para isso, extrair a energia dos alimentos. Historicamente, o homem se encontra em uma
busca constante por formas de energia. A queda das águas para gerar energia elétrica, a queima de
combustíveis para a geração de movimento e mais um enorme número de exemplos.
Desses todos, é importante observar que em nenhum deles ocorreu criação de energia, mas sim a sua
transformação. Um caso clássico que pode ser citado é o de uma usina hidrelétrica, onde ocorre a
transformação da energia mecânica em energia elétrica.
A energia manifesta-se sob várias formas, segundo o agente que a produz (energia mecânica, térmica,
elétrica etc.).
Podemos dizer que um sistema ou um corpo tem energia
quando tem a capacidade de realizar trabalho.
Nesta parte do programa estudaremos a energia mecânica, e esta pode se apresentar, basicamente, sob
duas formas:
8
a) Energia cinética: é aquela que os corpos têm devido ao movimento (esses corpos podem produzir
trabalho quando encontram um obstáculo; ex.: a bala que sai da boca de um canhão);
b) Energia potencial: é aquela que fica armazenada pelos corpos devido a suas posições (ex.: a água de
uma represa, ao cair, aciona a turbina de uma usina hidrelétrica; uma mola, ao deixar de ser comprimida,
pode lançar um corpo para cima etc.).
Temos duas energias potenciais
a Energia Potencial Gravitacional - E PG
a Energia Potencial Elástica - E PE
m.v 2
Energia Cinética Ec
2
As Equações usadas são:
Energia Potencial gravitacional E PG m . g . h
k . x2
Energia Potencial elástica E PE
2
Energia cinética
Obs.: o teorema da energia cinética é válido para quaisquer circunstâncias (mesmo aquelas em que a força
resultante que atua sobre o corpo não for constante).
Exercícios
20. Qual a equação usada para se calcular a energia cinética?
9
Exemplo-7 Exemplo-8
Determine em relação ao solo, a energia cinética Determine a energia cinética de um carro de
de um carro de massa m = 40kg, que possui uma massa 700kg que corre a uma velocidade de
velocidade de 15 m/s. 72km/h. (Verifique as unidades, precisa
transformar a velocidade para m/s).
Solução
20 Exemplo Solução
m . v 2 40 .152 Exemplo
E 72 km / h 3,6 20 m / s
2 2
m . v 2 700 . 20 2
Ec 20 . 225 E K=1000
2 2
Ec 4500 J ou Ec 4,5 kJ
E c 350 . 400
E c 140000 J ou E c 140 kJ
Exercícios
22. . Determine em relação ao solo, a energia cinética 23. Determine a energia cinética de um carro de
de um carro de massa m = 1000kg, que possui uma massa 800kg que corre a uma velocidade de
velocidade de 20m/s. 36km/h. (Verifique as unidades!)
Exemplo-9 Exemplo
Solução
Um objeto cai de uma determinada altura com
m .v 2 9000 m. 450 ou
velocidade de 30m/s e pára ao tocar o solo, E
libertando toda sua energia de 9000 J sob 2 m . 450 9000
diversas formas, como calor, som, deformação m . 30 2
etc. A massa desse objeto é, em kg: 9000 9000
2 m
450
m . 900
9000 m 20 kg
2
Exercícios
24. Um carro bate num obstáculo com velocidade de 20m/s e pára, liberando toda sua energia de 100.000J
sob diversas formas, como calor, som, deformação etc. A massa desse carro é, em kg:
a) 500 b) 750 c) 1000 d) 1500 e) 2000
Dado:
m.v 2
Ec
2
25. Um caminhão se movimenta com velocidade constante. O trabalho da força resultante é:
a) sempre positivo, pois há deslocamento.
b) sempre positivo, já que o trabalho é uma grandeza vetorial.
c) sempre negativo, pois existe força de atrito.
d) sempre nulo.
26. Um corpo de massa m = 4kg, inicialmente em repouso, sob a ação de uma força F, adquire a velocidade de
10m/s. O trabalho realizado pela força F é de (em J):
a) 20 b) 40 c) 200 d) 400
Um corpo ou um sistema de corpos possui energia quando é capaz de realizar um trabalho. Suponha,
então, um corpo situado a uma altura acima do solo, como na figura abaixo.
Exemplo:
O corpo possui energia potencial
A água contida numa gravitacional proporcional ao seu
represa a certa altura: peso e à na altura h. Maior a
abrindo-se as comportas, a altura, maior sua energia para
bater a estaca perfurando o solo
água atraída pela gravidade
coloca-se em movimento e
realiza trabalho;
A energia potencial é denominada também energia de posição, porque se deve à posição relativa que
ocupam as diversas partes do corpo ou do sistema.
A energia potencial devida à gravidade é chamada energia potencial gravitacional e aquela devida a uma
mola deformada é denominada energia potencial elástica.
E PG m . g . h
Obs.: para este cálculo adotamos o solo
E 7 .10 . 2 como nível de referência isto é, nesse nível
EPG = 0.
E P 140 J
Exercícios
27. Quanto mais alto está um corpo, é maior a sua energia cinética ou sua energia potencial gravitacional?
28. Marque a opção onde se encontra a equação usada para se calcular a energia potencial elástica.
a) EP = mgh b) EP = kx2 / 2 c) E = mg2 / 2 d) EC = mv2 / 2
11
Exercícios
29. Determine em relação ao solo, a energia potencial gravitacional de 1000 litros de água que está dentro de
uma caixa d’água a uma altura de 6m. Considere que 1litro de água possui massa de 1kg, e g=10m/s².
34. A mola representada a seguir tem constante elástica k = 16N/m e está esticada, desde sua posição de
equilíbrio até a posição em que seu comprimento aumenta 10cm. A energia potencial da mola esticada é:
Dados:
a) 5 • 10-2 J
100cm = 1m
b) 5 • 10-3 J
c) 8 • 10-2 J k . x2
d) 16 • 10-2 J E PE x
2
e) 16 • 10-3 J
X
35 Uma mola de constante elástica k = 400 N/m é comprimida de 50 cm. Determinar a sua energia potencial
elástica.
Dados:
100cm = 1m
k . x2
E PE x
2
Uma força é chamada conservativa, quando pode devolver o trabalho realizado para vencê-la. Desse modo, o
peso de um corpo e a força elástica são exemplos desse tipo de força. No entanto, a força de atrito cinético,
que não pode devolver o trabalho realizado para vencê-la, é uma força não-conservativa, ou dissipativa
(ocorre degradação da energia mecânica).
Isso quer dizer que, em um sistema no qual só
atuam forças conservativas (sistema conservativo), a Se apenas forças conservativas atuam num corpo
ENERGIA MECÂNICA (EM) se conserva, isto é, mantém- em movimento, a soma da energia cinética com a
se com o mesmo valor em qualquer momento, mas energia potencial do mesmo, permanece constante.
alternando-se nas suas formas cinética e potencial
(gravitacional ou elástica).
13
Exemplo-11 Solução
Exemplo
Um esquiador, de massa 60kg desliza de uma encosta,
partindo do repouso no ponto A, a 20 m de altura. EC EP escrevendo as equações :
Adotando g= 10 m/s² e desprezando as perdas, com qual
velocidade ele atinge o ponto A? m.v 2
m.g .h substituin do os dados
2
Como não há perdas, a energia
mecânica é conservada. De 60.v 2
60.10.20 simplificando
forma resumida podemos 2
considerar que a energia
v2
cinética no ponto B é igual a 200 v 2 2 . 200
energia potencial no ponto A. 2
v 2 400 v 400
v 20 m / s
h= 20m
Ele é libertado e a mola o projeta ao longo de uma superfície lisa e horizontal que termina numa rampa
inclinada conforme indica a figura. Dado g = 10 m/s2 e desprezando todas as formas de atrito, calcular a h
altura máxima atingida pelo corpo na rampa.
a) 1 Dados: ECB E PA B
b) 2 E PG m.g .h
c) 5
d) 10
m.v 2
EC
2
14
11. Princípio geral da conservação da energia
Alguns físicos do século passado, destacando-se entre eles James P. Joule, analisando um grande
número de experiências, chegaram a conclusão de que o calor é uma forma de energia. Por isso, acabaram
deduzindo que nos deslocamento do corpo sob a ação da força de atrito, o que ocorreu foi uma transformação
em calor da energia mecânica que desapareceu.
Esse resultado é observado sempre: se uma dada quantidade de energia de um certo tipo desaparece,
verifica-se o aparecimento de outro tipo de
energia em quantidade equivalente à energia Princípio geral de conservação da energia
desaparecida, isto é, nunca se observa o A energia pode ser transformada de uma forma em outra,
desaparecimento de energia, mas apenas a mas não pode ser criada nem destruída. A energia total do
transformação de uma forma de energia em universo é constante.
outra.
Nas usinas hidrelétricas, a energia potencial da água Nas usinas termoelétricas, a energia necessária para aquecer a
transforma-se em energia cinética e movimenta as água da caldeira, provém de combustível derivado de petróleo ou
turbinas acopladas a geradores elétricos produzindo carvão. O vapor d’água em alta pressão produz energia mecânica
energia elétrica. girando a turbina que, por sua vez, movimenta o gerador
produzindo energia elétrica.
A usina termoelétrica
A usina nuclear
Em uma usina nuclear, a energia proveniente da fissão* dos
núcleos atômicos, aquecem a água num vazo de pressão
produzindo vapor. Um dos elementos muito usado é o Urânio. O
vapor d’água em alta pressão produz energia mecânica girando a
turbina que, por sua vez, movimenta o gerador produzindo
energia elétrica. Observe no esquema ao lado que, o vapor após
passar pela turbina é resfriado e se liquefaz no condensador,
voltando a alimentar o processo.
15
12. Energia limpa
São cinco os principais tipos de energia limpa – aquela que não libera (ou libera poucos) gases ou
resíduos que contribuem para o aquecimento global, em sua produção ou consumo:
SOLAR
A energia luminosa do sol é transformada em eletricidade por um
dispositivo eletrônico, a célula fotovoltaica. Já as placas solares
usam o calor do sol para aquecer água. Maiores produtores: Japão e
EUA.
PRÓS: fonte inesgotável de energia; equipamentos de baixa
manutenção; abastece locais aonde a rede elétrica comum não
chega.
CONTRAS: produção interrompida à noite e diminuída em dias de
chuva, neve ou em locais com poucas horas de sol.
• EÓLICA
O vento gira as pás de um gigantesco cata-vento, que aciona um
gerador, produzindo corrente elétrica. Maiores produtores:
Alemanha, Espanha e EUA. Já presente também no Brasil.
PRÓS: fonte inesgotável de energia; abastece locais aonde a rede
elétrica comum não chega.
CONTRAS: poluição visual (um parque eólico pode ter centenas de
cata-ventos) e, às vezes, sonora (alguns cata-ventos são muito
barulhentos); morte de pássaros (que, muitas vezes, se chocam com
as pás dos cata-ventos).
• DAS MARÉS
As águas do mar movimentam uma turbina que aciona um
gerador de eletricidade, num processo similar ao da
energia eólica. Não existe tecnologia para exploração
comercial. Franca, Inglaterra e Japão são os pioneiros
na produção.
PRÓS: fonte de energia abundante capaz de abastecer
milhares de cidades costeiras.
CONTRAS: a diferença de nível das mares ao longo do
dia deve ser de ao menos 5 metros; produção irregular
devido ao ciclo da maré, que dura 12h30.
16
• BIOGÁS Transformação de excrementos
animais e lixo orgânico, como restos de
alimentos, em uma mistura gasosa, que
substitui o gás de cozinha, derivado do
petróleo. A matéria-prima é fermentada por
bactérias num biodigestor, liberando gás e
adubo.
PRÓS: substitui diretamente o petróleo; dá
um fim ecológico ao lixo orgânico; gera
fertilizante; os produtores rurais podem
produzir e até vender o gás, em vez de pagar.
Por ele.
•BIOCOMBUSTÍVEIS
Geração de etanol e biodiesel para veículos
automotores a partir de produtos agrícolas (como
semente de ma mona e cana-de-açúcar) e cascas,
galhos e folhas de árvores,que sofrem processos
físico-químicos. O Brasil está entre os maiores
produtores mundiais.
PRÓS: substitui diretamente o petróleo; os
vegetais usados na fabricação absorvem CO2 em
sua fase de crescimento.
CONTRA: produção da matéria-prima ocupa
terras destinadas a plantio de alimentos.
17
Bibliografia:
01 BONJORNO, Regina Azenha et al. Física Fundamental; 2º grau – volume único. São Paulo: FTD, 1993. 496p.
02 CARRON, Wilson, GUIMARÃES, Osvaldo. As faces da Física; volume único. São Paulo: Moderna, 1997. 672p.
03 FERRARO, Nicolau Gilberto, SOARES, Paulo Toledo. Física Básica; volume único. São Paulo: Atual Editora, s.d. 697p.
04 TASHIBANA, Armando T., FERREIRA, Gil M., ARRUDA, Miguel. Física; Novo Manual Nova Cultural. São Paulo: Nova Cultural,
1996. 256p.
Respostas
18
19