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35 e 36
Competências: 3, 5 e 6 Habilidades: 8, 17 e 23
t = F ∙ d ∙ cos q
<
Para um ângulo q obtuso, ou seja, 90º < q < 180º, tem-se cos q < 0, e o trabalho será negativo.
Para os valores de q = 0, q = 90º e q = 180º, as situações são ainda mais simplificadas. Observe a imagem a seguir:
6
Em geral, quando 0 ≤ q < 90º, o trabalho é positivo, e a
força age sobre o corpo de modo a aumentar sua veloci-
dade, ou seja, a força “ajuda” o movimento. Nesses casos,
afirma-se que se trata de um trabalho motor. Quando
90º < q ≤ 180º, o trabalho é negativo, e a força atua di-
minuindo a velocidade do corpo, isto é, a força “se opõe”
ao movimento. Nesses casos, afirma-se que se trata de um
trabalho resistente.
Quando o trabalho é nulo, o que ocorre para q = 90º, a for-
ça não contribui para o movimento do corpo. Nesse caso, a
força é perpendicular ao deslocamento.
Aplicação do conteúdo
1. A figura a seguir mostra um bloco apoiado em uma su-
perfície
__› horizontal, sendo puxado para a direita por uma
força F de intensidade
___› F = 100 N. Sob o bloco ___› também
atuam o peso P , a normal e a força de atrito FA . Supondo
P = 90 N, FA= 20 N, sen q = 0,60___› e cos q = 0,80, e que o
deslocamento do bloco foi de d = 5 N, calcule o traba-
lho de cada força e o trabalho total.
7
2. Trabalho quando a
força é variável ou a
trajetória é curva
No tópico anterior, o trabalho de uma força constante foi
definido para o movimento de um corpo em uma trajetória
retilínea. Caso a força não seja constante, ou a trajetória
não seja retilínea, ainda em ambos os casos, faz-se a se-
guinte aproximação: a trajetória é dividida em diversos se-
guimentos bem pequenos, de modo que cada trecho possa
ser aproximado por uma trajetória retilínea, em que a força
é aproximadamente constante. Assim, para cada trecho,
obtém-se o trabalho pela expressão:
Fx = F ∙ cos q = (100N)(0,80) = 80 N
Fy = F ∙ sen q = (100N)(0,60) = 60 N
t = F ∙ d ∙ cos q
A força resultante é dada pelas duas componentes hori- O trabalho na força em questão, na trajetória curva, é obti-
zontais: do pela soma do trabalho em cada trecho.
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Trabalho de um força - Mãozinha em Física
011
Ft = F ∙ cos q
8
tF = F ∙ d ∙ cos q = (F ∙ cos q) ∙ d = Ft ∙ d
_›_
Dessa forma,
_›_ o trabalho da força F
e o da sua componente
t são iguais. O produto Ft ⋅ d é numericamente
tangencial F
igual à área da região colorida na figura a seguir.
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Trabalhar como área sob a curva | Trabalho
e energia |...
tFt = Ft ∙ d
_›_
Para uma força F
variável, e qualquer formato de trajetória,
o trabalho pode ser obtido se o gráfico da componente
2.2. Força-peso
tangencial da força pela posição for conhecido. Nesse caso, Como exemplo, considere o movimento da partícula na
a área da região entre S1 e S2 e a curva da componente figura a seguir, de um ponto A para um ponto B, próximo
tangencial são numericamente iguais ao trabalho da força à superfície da Terra, ao longo de uma trajetória qualquer.
(como no caso anterior). Devido ao movimento ser próximo ___› à superfície, pode-se
considerar que o valor do peso P da partícula é constante.
Nesse caso, é___›possível demonstrar que o módulo do traba-
lho do peso P
durante o deslocamento é dado por:
|tAB| = P ∙ h
9
das posições inicial e final que determinam o valor de h. As resistente. Para realizar o exercício, o elástico pode ser
forças que têm essa característica são denominadas for- puxado tanto pelas mãos quanto pelas pernas.
__
›
ças conservativas. Observe a seguir a razão disso.
Quando o elástico começa a ser esticado ____›
com uma força
F
, o elástico exerce uma força elástica Fel de resistência, ou
2.3.1. Força centrípeta e força normal seja, essa força de resistência tenta impedir que o elástico
No caso da força centrípeta (resultante ou não) que atua seja ainda mais distendido. Assim, à medida que a força
sobre uma partícula em movimento circular, o trabalho pode que puxa o elástico aumenta, maior é a força de resistência
ser obtido pelo método exemplificado anteriormente. A tra- causada pelo elástico. Dessa forma, é cada vez mais difícil
jetória é dividida em pequenos trechos que podem ser consi- estender o elástico. Caso a força aplicada sobre o elástico
derados como aproximadamente retilíneos (figura a seguir). diminua, a força elástica fará com que o elástico retorne à
configuração inicial sem deformação. No caso do elástico,
a constante elástica k é a propriedade relacionada à “resis-
tência” do elástico, isto é, ela determina o quanto de força
é necessário para esticá-lo de uma certa quantidade.
O gráfico da força aplicada pela deformação é dado pela
lei de Hooke (F = kx). Considerando o exemplo do alonga-
mento do elástico e adotando o sentido da esquerda para
a direita como positivo, tem-se o gráfico:
__
›
No exemplo do elástico, o trabalho realizado pela força
F
Em cada trecho, a força normal é perpendicular ao movi- exercida pela pessoa corresponde à energia que fica arma-
mento; portanto, o trabalho é nulo. zenada na mola sob a forma de energia potencial elástica,
como será visto adiante.
10
Em geral, pode-se dizer que o trabalho exercido por uma
mola durante um deslocamento, em que inicialmente sua
deformação é x1 e depois x2, é dado por:
1 ∙ k ∙ (x 2 – x 2)
tFel = – __
2 2 1
11
A potência média da força nesse intervalo de tempo é:
8. Potência e energia
Foi considerado anteriormente o cálculo da potência por
meio do trabalho de uma força. Entretanto, o conceito de
potência aplica-se, em geral, a qualquer processo em que
exista fluxo de energia. Se uma quantidade de energia DE
for fornecida ou recebida por um sistema no intervalo de
tempo Dt, a potência média fornecida (ou recebida) por
( )
esse sistema será:
Pm = ___ F ⋅ d ⋅
τ =_________ cos u
=
d ∙ cos q
F ∙ ___
t t t E
Pm = F ∙ vm ∙ cos u Pm = ___
t
Em que vm é o módulo da velocidade média. A potência instantânea também é definida do mesmo modo
No caso de valores instantâneos, sendo P a potência ins- para um instante de tempo específico. Como anteriormente,
tantânea e v a velocidade instantânea, tem-se: nos casos em que a potência é constante, a fórmula é válida.
A propriedade gráfica vista para potência também pode ser
P = F ∙ v ∙ cos q utilizada nesse caso mais geral da potência.
Quando a força é paralela à velocidade, tem-se q = 0°,
e, nesse caso particular, como cos 0° = 1, a potência é Aplicação do conteúdo
dada por:
1. Um ferro elétrico de passar roupas tem a especifica-
P=F∙v ção de potência igual a 2.000 W. Caso esse ferro seja
utilizado durante 3,0 horas, qual será a energia elétrica
7. Propriedade gráfica
consumida?
Resolução:
Considere o gráfico a seguir da potência em função do
tempo. Nesse caso, a potência é constante ao longo do A indicação 2.000 W significa que a potência consumida é
tempo. A área da região colorida é numericamente igual ao 2.000 W, ou seja, lembrando que:
trabalho t realizado no intervalo de tempo Dt: 1 W = 1J / 1 s
A cada segundo são consumidos 2.000 joules de energia
elétrica (que é transformada em calor). Então:
Dt = 3,0 horas = (3,0)(3.600 s) = 10.800 segundos
Assim:
12
1 kWh = (1 kW)(1 h) = (103 W)(3.600s) = 3,6 uma massa de 50 gramas pendurada, em repouso, em
⋅ 106 W ⋅ s = 3,6 ⋅ 106 joules = 3,6 ∙ 106 J sua outra extremidade. O trabalho realizado pela fibra
sobre a massa, ao se contrair 10% erguendo a massa
1 k Wh = 3,6 ∙ 106 J até uma nova posição de repouso, é:
Se necessário, utilize g = 10 m/s2.
No exercício do ferro de passar roupas, a energia em kWh a) 5 ∙ 10-3 J.
consumida pelo ferro de passar é: b) 5 ∙ 10-4 J.
c) 5 ∙ 10-5 J.
DE = P ⋅ (Dt) = (2.000 W) (3 horas) d) 5 ∙ 10-6 J.
= (2 kW)(3 h) = 6 kWh
Resolução:
10. Rendimento
cujo gráfico está descrito na figura a seguir.
1. (Unicamp) Músculos artificiais feitos de nanotubos Pela segunda Lei de Newton da dinâmica:
de carbono embebidos em cera de parafina podem su-
FR = m ∙ a
portar até duzentas vezes mais peso que um músculo
natural do mesmo tamanho. Considere uma fibra de O trabalho de uma força para um deslocamento retilíneo é:
músculo artificial de 1 mm de comprimento, suspensa
verticalmente por uma de suas extremidades e com τ=F∙d
13
Para a força resultante: P = F ∙ vm = F ∙ ___ ∆v
2
τ=m∙a∙d E pela segunda Lei de Newton:
De acordo com a figura a seguir, a área amarela é compos- F = m ∙ a = m ∙ ___ ∆v
∆t
ta de dois triângulos de mesma área, sendo uma negativa
Assim,
e outra positiva. Essas áreas correspondem ao desloca- (∆v)2
mento do objeto de massa m. ∆v ∙ ___
P = m ∙ ___ ∆v [ P = m ∙ ____
∆t 2 2∆t
Então, substituindo os valores:
(30 m/s)2
P = 1450 kg ∙_______
P = 163 ∙ 125 W = 1,63 ∙ 105 W
[
2∙4s
Alternativa B
4. (Enem) Para irrigar sua plantação, um produtor rural
construiu um reservatório a 20 metros de altura a par-
tir da barragem de onde será bombeada a água. Para
alimentar o motor elétrico das bombas, ele instalou um
painel fotovoltaico. A potência do painel varia de acor-
do com a incidência solar, chegando a um valor de pico
Assim, o trabalho da força resultante entre t0 e t1 (W1) será de 80 W ao meio-dia. Porém, entre as 11 horas e 30
nulo devido aos deslocamentos opostos: minutos e as 12 horas e 30 minutos, disponibiliza uma
potência média de 50 W. Considere a aceleração da gra-
τ1 = m ∙ (- a) ∙ (d – d) = 0 vidade igual a 10 m/s2 e uma eficiência de transferência
energética de 100%.
Em que cada deslocamento refere-se à área de um triân-
Qual é o volume de água, em litros, bombeado para o
gulo, com os valores iguais em módulo, mas de sinais di-
reservatório no intervalo de tempo citado?
ferentes.
a) 150.
Já em relação à área azul, tem-se um movimento com ve- b) 250.
locidade constante, ou seja, a força resultante é nula e a c) 450.
aceleração também, resultando em trabalho nulo. d) 900.
e) 1.440.
τ2 = m ∙ (a) ∙ (d) = 0 (a = 0)
Resolução:
Portanto, em todo o trecho, o trabalho realizado pela força
resultante é nulo. A potência da bomba é usada na transferência de energia
potencial gravitacional para água.
Alternativa C Epot
Pm = ___
⇒ Epot = Pm∆t ⇒ mgh = Pm∆t ⇒
3. (IFBA) Uma campanha publicitária afirma que o veícu- ∆t
lo apresentado, de 1.450,0 kg, percorrendo uma distân- P ∆t ________
cia horizontal, a partir do repouso, atinge a velocidade m = _____
m
= 50 ∙ 3600
= 1800
____ ⇒ m = 900 kg ⇒
gh 10 ∙ 20 2
de 108,0 km/h em apenas 4,0 s. Desprezando as forças
dissipativas e considerando g = 10 m/s2, podemos afir- V = 900 L
mar que a potência média, em watts, desenvolvida pelo Alternativa D
motor do veículo, nesse intervalo de tempo é, aproxi-
madamente, igual a: 5. (UEL) Leia o texto a seguir.
Um dos principais impactos das mudanças ambientais
globais é o aumento da frequência e da intensidade de
fenômenos extremos, que quando atingem áreas ou re-
giões habitadas pelo homem, causam danos. Responsá-
veis por perdas significativas de caráter social, econô-
a) 1,47 ∙ 105. mico e ambiental, os desastres naturais são geralmente
b) 1,63 ∙ 105 . associados a terremotos, tsunamis, erupções vulcânicas,
c) 3,26 ∙ 105. furacões, tornados, temporais, estiagens severas, ondas
d) 5,87 ∙ 105. de calor etc.
e) 6,52 ∙ 105. (Disponível em: <www.inpe.br>. Acesso em: 20 maio 2015.)
Resolução: É possível relacionar o caos de um desastre natural com
o fenômeno de um terremoto. O sismógrafo vertical,
A potência média é dada pelo produto entre o módulo da representado na imagem a seguir, é um dos modelos
força e a velocidade escalar média: utilizados para medir a intensidade dos tremores.
14
A massa que está na ponta da haste tem 100 g e o com-
primento da haste, da ponta até o pivô de articulação,
é de 20 cm. Durante um tremor, a haste se move para
baixo e isso causa um deslocamento de π__ rad entre a
6
sua posição de equilíbrio e a nova posição.
15
VIVENCIANDO
Antes da Primeira Revolução Industrial, o processo industrial era artesanal, exigindo gasto energético do homem para
produzir todos os objetos manufaturados. A revolução industrial impulsionou e foi impulsionada por invenções de
máquinas capazes de realizar trabalhos de forma muito mais eficiente.
A palavra “trabalho”, quando utilizada no cotidiano, não possui o mesmo significado de quando é utilizada dentro
do vocabulário técnico das ciências exatas. Os dicionários definem o trabalho como:
1. conjunto de atividades, produtivas ou criativas, que o homem exerce para atingir determinado fim; e
2. atividade profissional regular, remunerada ou assalariada.
Entretanto, na Física o trabalho é definido como “uma medida da energia transferida pela aplicação de uma força ao
longo de um deslocamento”. Por isso, deve-se tomar cuidado com a utilização das palavras a depender do contexto
em que é empregada.
16
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
Habilidade
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implica-
23 ções éticas, ambientais, sociais e/ou econômicas.
A habilidade 23 é aqui empregada na identificação do tipo de trabalho, do cálculo da potência energética e do rendi-
mento, uma vez que potência e rendimento são grandezas relevantes no cotidiano moderno, repleto de equipamentos
eletrônicos.
Modelo
(Enem) Para reciclar um motor de potência elétrica igual a 200 W, um estudante construiu um elevador e verificou
que ele foi capaz de erguer uma massa de 80 kg a uma altura de 3 metros durante 1 minuto. Considere a aceleração
da gravidade 10,0 m/s2.
Qual a eficiência aproximada do sistema para realizar tal tarefa?
a) 10%
b) 20%
c) 40%
d) 50%
e) 100%
Análise expositiva - Habilidade 23: Essa é uma questão rápida para os moldes do Enem, mas nem por isso é
B fácil. O aluno deve ser capaz de encadear as passagens matemáticas para resolver a questão sobre rendimento.
Trabalho da força-peso realizado pelo motor:
t = mgh = 80 ⋅ 10 ⋅ 3 ⇒ t = 2400 J
Potência necessária para produzir o trabalho por 1 min:
t = _____
P = ___ 2400
⇒
P = 40 W
∆t 60
Portanto, a eficiência do sistema é de:
40
η = ____ = 0,2
200
∴ η = 20%
Alternativa B
17
DIAGRAMA DE IDEIAS
TRANSFORMA A
TRABALHO
ENERGIA MECÂNICA
FORÇA CENTRÍPETA t =0
t = − kx2
2
FORÇA ELÁSTICA
RAPIDEZ DE REALIZAÇÃO
POTÊNCIA
DO TRABALHO
POTÊNCIA MÉDIA PM = t
Dt
POTÊNCIA
P = F · v · cos θ
INSTANTÂNEA
1 HP j 746 W
CONVERSÕES 1 CV j 735 W
PU
RENDIMENTO h=
PT
18
AULAS Energias cinética, potencial e mecânica
37 e 38
Competências: 3, 5 e 6 Habilidades: 8, 17 e 23
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Energia – nerdologia
19
vA
O trabalho total tAB realizado pelas forças sobre a partícula, Pela equação, pode-se observar que, no SI, a unidade de
entre os pontos A e B, é: energia cinética e trabalho é a mesma, o joule (J).
mv 2 mv A2
tAB = ___
B – ___
Aplicação do conteúdo
2 2
1. Um automóvel tem massa de 800 kg e se move a 10
m/s. A energia cinética Ec do automóvel é (utilizando a
Na equação, é importante observar que o trabalho depen-
equação anterior):
de das velocidades apenas do início e do fim do trajeto.
A energia cinética (Ec) de uma partícula de massa m e
velocidade v é dada por:
mv
2
EC = ___
2
vA vB
F F
Pela equação de Torricelli, a aceleração do corpo e as velocidades nos ponto A e B estão relacionadas por:
v B 2 = v A 2 + 2ad
20
Então: EC – EC = tP + tN + tFat
mv 2 mv A 2
B A
τAB = ___
B – ___
128 – 18 = 200 + 0 + tFat
2 2
Essa última expressão é a fórmula que foi vista anterior- tFat = – 90 J
mente do teorema da energia cinética.
3. A figura ilustra o movimento de um bloco e o gráfico
mv 2 mv A 2 da força que age sobre o bloco em _função
_› da distância.
Se o trabalho tAB for positivo, significa que ___ B > ___
, ou A massa do bloco é m = 6,0 kg e F é a resultante de
2 2
seja, a energia cinética aumentará entre os pontos A e B. todas as forças que atuam no bloco. No ponto s = 0, a
mv 2 mv A 2 velocidade do bloco é v0 = 5 m/s.
Se o trabalho tAB for negativo, então ___ B < ___
, e nesse
2 2 v0 v
caso a energia cinética entre os pontos A e B diminuirá.
2. Um bloco de massa m = 4,0 kg é abandonado do alto F
de um tobogã. Ao passar pelo ponto A, a velocidade do
bloco é vA = 3,0 m/s. No final do tobogã, no ponto B, a
velocidade do bloco é vB = 8,0 m/s. A força-peso, a força
normal e a força de atrito agiram sobre o corpo durante
o movimento. Sendo g = 10 m/s2, calcule o trabalho da 0 2 4 6 8 s (m)
força de atrito no trecho AB. F(N)
A
60
vA
30
h=5m
B
vB
2 4 6 8 s (m)
60
P
30
21
trabalho nesse percurso. Sendo Fm constante e paralela ao O valor exato da energia potencial depende da diferença
deslocamento, tem-se: de energia potencial entre dois pontos. Nesse caso, o va-
lor foi calculado em relação ao ponto A, distante de h em
Fm ∙ d = tF → Fm ∙ (8,0) = 300 → Fm = 37,5 N
relação à superfície (solo). Contudo, outro plano de refe-
rência poderia ter sido escolhido. Na análise de um mo-
vimento, depois que um plano de referência for escolhido,
ele deverá ser mantido até o fim da análise do movimento.
Aplicação do conteúdo
1. Uma partícula de massa m = 5,0 kg está 6,0 m acima
de um plano a paralelo ao solo. O plano a, por sua vez,
está distante 3,0 m do solo. Calcule a energia potencial
gravitacional da partícula.
m
multimídia: vídeo
g
Fonte: Youtube
O Brasil que o Brasil Quer – ENERGIA SUS- 6,0 m
TENTÁVEL
α
3. Energia potencial
3,0 m
gravitacional solo
v0 = 0
3,0 m
A
g solo
22
A energia potencial gravitacional de um corpo é cal-
culada pelo trabalho da força-peso sobre o corpo no
movimento de um certo ponto até um referencial.
Uma característica importante é que o trabalho inde-
pende da trajetóri; dessa forma, em um dado ponto,
o valor da energia potencial é único em relação a esse
referencial. Isso não ocorreria caso o trabalho do peso
dependesse da trajetória. Ao longo do curso, serão
analisadas outras forças, cujo trabalho entre dois
pontos também não depende da trajetória. Para cada
uma delas é possível definir uma energia potencial.
multimídia: livros
Geração de energia elétrica: fundamentos, de
Paulo Cesar Marques de Carvalho e Manuel
Rangel Borges Neto
O livro apresenta as formas de geração de Pela Lei de Hooke, a força elástica e a deformação se rela-
energia comuns ao mundo atual, dando ên- cionam por:
___›
fase aos impactos sociais e ambientais acu- |F E | = k|x|
sados pelas fontes de energia não renováveis
Assim, o trabalho da força elástica para ir de xA até O
e às vantagens do uso de fontes de energia
(tA → 0) é dado pela área da região colorida na figura a
não convencionais.
seguir. Sendo EP a energia potencial em A, tem-se:
A
23
coeficiente de atrito cinético entre os pneus e o asfal- Admita 1 cal = 4 J e a aceleração da gravidade = 10 m/s2.
to é de 0,5 e considerando a aceleração da gravidade Com base nos dados, julgue as afirmativas.
igual a 10 m/s2, os peritos concluíram que a velocidade
( ) Se a quantidade de energia solar absorvida por esse
do veículo antes da frenagem era de 108 km/h.
painel em 2 minutos for de 20 kcal/cm2, a potência ge-
Considerando o atrito dos pneus com o asfalto como rada por ele será inferior a 200 W.
sendo a única força dissipativa, o valor medido para as ( ) A energia necessária para que o barco, partindo do re-
marcas de pneus foi de: pouso, atinja a velocidade de 20 m/s é superior a 3 . 105 J.
a) 30 m. ( ) Supondo-se que o painel de células solares forne-
b) 45 m. cesse 200 W para que o barco fosse acelerado a partir
c) 60 m. do repouso até atingir a velocidade de 72 km/h seriam
d) 75 m. necessários mais de 15 minutos.
e) 90 m. ( ) Para uma potência de 400 W gerada pelas células
solares, teremos uma energia correspondente de 100
Resolução: cal por segundo.
Pelo teorema da energia cinética, sabe-se que o trabalho ( ) O rendimento do painel solar prevê que, para cada
10 J de energia solar, 2,5 J são convertidos em energia
realizado pela força de atrito é igual à variação da ener-
elétrica.
gia cinética desenvolvida pelo corpo. Nesse caso, a força
é resistiva, ou seja, é contrária ao movimento do corpo e, Resolução:
portanto, tem sinal negativo.
mv0 2 Falsa. A potência é dada pela razão entre a energia e o
mv – ___
2
τ = ∆EC ⇒ - Fat ∙ d = ___ tempo: P = __ E
2 2 t
Como a velocidade final é nula, vem: Assim:
mv 2 mv0 2 mv0 2
–Fat ∙ d = – ___ 0 ⇒ d = ________
[ d = ______
P = E/t ⇒
2 2µC∙ m ∙ g 2 µC ∙ g
( )
2
kcal2 ∙______
10 cal 10 cm 4 J
3 2
Utilizando os dados do problema com a velocidade no SI, 20 ____ ∙ ______
∙ 2m2 ∙ ____
tem-se que a distância medida da frenagem será: cm 1 kcal
_____________________________
P =
1 m ∙ 0,25 1cal
60s
2 min ∙ _____
d = _____
2
v
0
(
⇒ d = _________________
1 m/s
108 km/h ∙ _______
3,6 km/h
⇒
) 2
1 min
[ P = 3,33 ∙ 106 W
2µC ∙ g 2 ∙ 0,5 ∙ 10 m/s2
Falsa. Desconsiderando os atritos:
900 m /s2
2 2
d = _______
[ d = 90 m
10 m/s 1000 kg ∙ (20 m/s)2
Alternativa E EC = mv2/2 ⇒ EC = ______________
[ EC = 2 ∙ 105 J
2
2. (Fepar) Um barco movido à energia solar tem gran- Verdadeira. A velocidade final no SI será:
des limitações para transportar passageiros e cargas. O 1 m/s
v = 72 km/h ∙ _______
= 20 m/s
maior dos problemas é o baixo rendimento das células 3,6 km/h
solares, que em sua maioria atingem 25% – convertem Usando a energia para esse valor de velocidade já calcu-
em energia elétrica apenas 25% da energia solar que lado:
absorvem. Outro grande problema é que a quantidade
2 ∙ 10 J
5
de energia solar disponível na superfície da Terra de- t = E/P ⇒ t =_______
[ t = 1000 s
200 W
pende da latitude e das condições climáticas. = 16,67 min = 16 min 40s
Verdadeira. P = 400 W = 400 J/s ∙ ____ 1 cal
[ P = cal/s
4J
Verdadeira. 25% de 10 J é 2,5 J
3. (Unisc) Um corpo de massa m1 e animado de uma ve-
locidade V1 possui uma energia cinética EC1 = 1
__ m V2 . Se
1
2
a massa inicial for quadruplicada enquanto que a velo-
cidade inicial for reduzida pela metade, a nova energia
cinética EC2 em relação à primeira, vale:
a) o dobro;
b) o triplo;
Considere um barco movido a energia solar, com massa
c) a metade;
de 1.000 kg e um painel de 2 m2 de células solares, com
rendimento de 25% localizado em sua proa. Desconsi- d) a mesma;
dere as perdas por atrito de qualquer espécie. e) o quádruplo.
24
Resolução: a) mgL.
E
___
__
2
C2 = ________
( )
1 4 m __
V 2
1 E
2 ___
⇒
1 4 m __
__
2
C2 = _______
V 2
1 E
4 [ ___
C2 = 1
Resolução:
EC1 __1
mV E __1
m V1 E
2 C1 2 C1 Pelo teorema da energia cinética, tem-se que τ = ∆EC.
2 1 2
Alternativa D Analisando a questão, verifica-se que existem 3 forças atu-
ando no sistema: tração, peso e atrito.
A tração faz a função da força centrípeta, portanto, não
executa trabalho.
O peso realiza trabalho e o seu módulo é exatamente a
variação da energia potencial do movimento.
O atrito também realiza trabalho.
Assim:
25
Como a questão pede somente a variação, pode-se assu-
mir o módulo do valor encontrado.
Alternativa D
multimídia: sites
www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/
Dinamica/energia2.php
multimídia: vídeo www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/
Fonte: Youtube Dinamica/energia.php
Como gerar energia só com água (Gerador www.coladaweb.com/fisica/mecanica/ener-
Termoelétrico) gia-cinetica-potencial-e-mecanica
VIVENCIANDO
A busca por fontes renováveis de energia é uma das grandes preocupações do século XXI e tema de discussão
entre os acadêmicos de todo o mundo, pois a obtenção de energia não renovável está relacionada ao alarmante
aquecimento global. Boa parte da matriz energética mundial funciona à base de combustíveis fósseis que, quando
utilizados, geram os chamados gases do “efeito estufa”.
Existe uma intensa pesquisa científica para a obtenção de uma matriz energética mais sustentável. O Brasil, em
comparação ao restante do mundo, possui uma matriz energética das mais sustentáveis.
26
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
Habilidade
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéti-
8 cos ou matérias-primas, considerando processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
A habilidade 8 é empregada na identificação correta do tipo de energia envolvida, podendo tratar dos diferentes tipos
de energia, como mecânica, química, elétrica, magnética, eólica, solar, etc.
Modelo 1
(Enem) A energia elétrica nas instalações rurais pode ser obtida pela rede pública de distribuição ou por dispositi-
vos alternativos que geram energia elétrica, como os geradores indicados no quadro.
Análise expositiva - Habilidade 8: Somente há formação de resíduos poluidores nos processos em que
C ocorrem reações químicas como subprodutos da combustão, como no caso da queima da gasolina e do carvão.
Alternativa C
Modelo 2
(Enem) A usina termelétrica a carvão é um dos tipos de unidades geradoras de energia elétrica no Brasil. Essas usinas
transformam a energia contida no combustível (carvão mineral) em energia elétrica.
Em que sequência ocorrem os processos para realizar essa transformação?
a) A usina transforma diretamente toda a energia química contida no carvão em energia elétrica, usando reações de fissão
em uma célula combustível.
b) A usina queima o carvão, produzindo energia térmica, que é transformada em energia elétrica por dispositivos deno-
minados transformadores.
c) A queima do carvão produz energia térmica, que é usada para transformar água em vapor. A energia contida no vapor
é transformada em energia mecânica na turbina e, então, transformada em energia elétrica no gerador.
d) A queima do carvão produz energia térmica, que é transformada em energia potencial na torre da usina. Essa energia
é então transformada em energia elétrica nas células eletrolíticas.
27
e) A queima do carvão produz energia térmica, que é usada para aquecer água, transformando-se novamente em energia
química, quando a água é decomposta em hidrogênio e oxigênio, gerando energia elétrica.
Análise expositiva - Habilidade 8: Nas usinas termelétricas (a diesel ou a carvão), é usada a energia térmica
C produzida na queima do combustível para aquecer água, gerando vapor a alta pressão, movimentando as turbi-
nas acopladas aos geradores de energia elétrica.
Alternativa C
DIAGRAMA DE IDEIAS
PRINCÍPIO DE
ENERGIA CONSERVAÇÃO
DA ENERGIA
ASSOCIADA AO
ENERGIA CINÉTICA
MOVIMENTO
PODE SE
ENERGIA POTENCIAL TRANSFORMAR EM
ENERGIA CINÉTICA
INTERAÇÃO COM
ENERGIA
UMA MOLA OU
POTENCIAL ELÁSTICA
ELASTÔMERO
TEC – TEOREMA DA
ENERGIA CINÉTICA
28
AULAS Energia mecânica
39 e 40
Competências: 3, 5 e 6 Habilidades: 8, 17 e 23
29
2. Forças conservativas Assim, igualando as equações e manipulando, tem-se:
Ec – Ec = Epg – Ep
Uma força é conservativa quando o trabalho realizado por 0 0 g
A 3. Energia mecânica
A energia mecânica (EM) de um corpo é igual à soma da
energia cinética com todas as energias potenciais do corpo:
P
EM = EC + EP
h II
Na equação, Ec é a energia cinética do corpo e Ep é a ener-
I gia potencial desse corpo (incluindo-se todas as energias
potenciais).
B
Quando o corpo está sujeito apenas à ação de forças con-
servativas, pode-se afirmar que o trabalho da força resul-
tante é igual à variação da energia cinética. No caso ante-
rior, a única força que atua no corpo é a força-peso, então
o trabalho da resultante é o trabalho da força-peso.
τFr = Ec – Ec
0
τp= Ec – Ec
0
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Energia Mecânica - Sistema Dissipativo de
Energia
30
numa região onde g = 10 m/s2. Ao passar pelo ponto A, mecânica não se conserva, pois, nesse caso, ocorre defor-
a velocidade vA do bloco é 4,0 m/s. Calcule a velocidade mação permanente do chão ao ser penetrado pela estaca,
do bloco ao passar pelo ponto B, sabendo que a altura
e as superfícies que se chocam sofrem aquecimento, além
h, entre o pontos A e B é igual 0,60 m.
dos ruídos produzidos no instante do choque.
Resolução:
Como não existe atrito, as únicas forças que atuam no bloco
são o peso e a força normal. No entanto, a força normal
não realiza trabalho e, desse modo, o trabalho é realizado
apenas pela força-peso, que é uma força conservativa. Nessa
situação, pode-se aplicar o princípio da conservação da ener-
gia mecânica: a energia mecânica em A é igual à energia
mecânica em B.
Para calcular a energia potencial, pode-se usar tanto o gando por um tobogã, não ocorre conservação da energia
ponto A como o ponto B como referência. No entanto, esse mecânica. A energia potencial gravitacional é transforma-
é um caso em que é mais vantajoso considerar o referencial da em calor e em energia cinética. O calor é devido à dissi-
da figura (altura do ponto B). Em relação a esse referencial, pação, em forma de calor, da energia térmica pelo atrito do
as alturas dos pontos A e B são hA = 0,60 m e hB = 0, res- garoto com a superfície do tobogã.
pectivamente. Assim, aplicando o princípio da conservação Se as forças de atrito não existirem, a conservação da ener-
da energia mecânica: gia mecânica se torna possível. Nesse caso, afirma-se que
o sistema é conservativo, ou seja, a variação de energia
EC + EP = EC + EP
v__2A
A A B
v2B
B cinética deve-se apenas ao trabalho realizado por forças
__
⇒ m · + m · g · hA = m · + m · g · hB
2 2 conservativas.
⇒ (4,0)2 + 2 · (10)(0,60) = v2B + 2 · (10)(0) Por exemplo, no vácuo, um corpo em queda livre está sujeito
v = 28
2 apenas à ação da força-peso, que é uma força conservativa.
B
O trabalho da força-peso, no trecho AB da trajetória, indica-
⇒ vB = 2dXX
7 m/s do na figura a seguir, pode ser calculado em função da va-
riação da energia cinética e da variação potencial do corpo.
Para as forças conservativas, o trabalho entre dois pon-
tos não depende da trajetória. Quando essas forças são
as únicas que realizam trabalho sobre um corpo, a
energia mecânica do corpo se conserva.
31
tAB = EC – EC ou tAB = EP – EP
B A A B
32
2. Na figura a seguir, o carrinho de uma montanha russa
tem velocidade igual a zero na posição 1, e desliza pelo
trilho, sem atrito, até a posição 3, depois de passar pelo
círculo.
33
250 g, ao longo2 de uma trajetória que é descrita pela energia potencial diminuía ou aumentava, respectivamen-
x2 + y__ = 1, onde x e y são medidos em metros.
equação ___ te. Graficamente, é possível representar essa transforma-
25 4
Se no ponto A de coordenada horizontal x = RA = – 3,0 m ção de energia da seguinte maneira.
o carro foi arremessado com velocidade inicial de
módulo vA = 3,0 m/s, qual é a velocidade do carro
no ponto B de coordenada horizontal xB = 0,0 m?
Considere que o carro pode ser tratado como partí-
cula e despreze os efeitos do atrito.
√
yA = _______
100 – 4(-3)2
25
∴
yA = 1,6 m ou
EC
EC
Para o ponto B: ________
√
0A B C v 0C B A h
100 – 4(0)2
yB = _______
∴ yB = 2 m
25 Seja em função da velocidade ou da altura, a energia me-
Substituindo os valores de g, de yA e de yB na equação de cânica permanece constante durante toda a queda. A ener-
vB, tem-se: gia potencial gravitacional começa com seu valor máximo
________________ _____ __
vB = √2
. 10 . (1,6 - 2) + 32 = √–8 + 9 = √1 = VB = 1 m/s caindo até o mínimo, e a energia cinética começa com seu
Alternativa B valor mínimo até atingir seu máximo.
Nota: no primeiro diagrama, a energia cinética e a ener-
34
4.2. Segundo caso: energia cinética Em que:
Muito parecido com o caso anterior, tem-se a transforma- § EmF é a energia mecânica final;
ção de energia cinética em energia potencial elástica, mas § tFat é o trabalho da força de atrito.
de tal modo que a energia mecânica do sistema permane-
Repare que o trabalho da força de atrito tFat está sendo
ça constante.
somado com a quantidade de energia mecânica inicial.
E E
EM EM Lembre-se de que todo trabalho das forças dissipativas
EC EC
é negativo, e, dessa forma, ao se somar esse trabalho ao
termo de correspondência da energia mecânica inicial,
ou
retira-se a energia dissipada da energia que havia inicial-
EPEI EPEI mente. A energia restante será igual à energia mecânica
0A B C v 0C B A x
final. Geralmente, a energia dissipada acaba por se trans-
formar em energia térmica, o que causa um aquecimento
Nota: no primeiro diagrama, a energia cinética e a ener- dos corpos.
gia potencial elástica estão em função da velocidade v;
como a energia cinética varia com v², fica fácil perceber
que o diagrama corresponde a um trecho de uma pará-
bola. No segundo diagrama, as energias variam com a
deformação x; uma vez que a energia potencial elástica
varia com x², o diagrama também será um trecho de pa-
rábola.
multimídia: livros
Processos de energias renováveis, de Aldo Viei-
ra da Rosa
Os temas energia sustentável e segurança
estão na linha de frente dos discursos públi-
cos em todo o mundo. Por isso, há uma pres-
são para que seja encontrado um entendi-
mento sobre fontes limpas e alternativas de
multimídia: vídeo energia, como energia solar e energia eólica.
Fonte: Youtube Esse livro contém os detalhes técnicos neces-
Trabalho da Força Peso e da força elástica sários para a compreensão dos princípios de
engenharia que governam as aplicações da
energia renovável em diferentes níveis.
35
Dessa forma:
m·v2
_____ m · vF2
0 + tfat = _____
2 2
(5)2 1 · (2)2
1 · ___
– m · N · 3 = ______
2 2
21
m · N · 3 = ___
2
Nesse caso, como N = P, tem-se:
m · 10 · 1 · 3 = ___ 21
2
m = 0,35
Considere a existência de atrito entre o bloco e o plano
2. (UERN) Um objeto de 200 g é abandonado do alto inclinado e despreze quaisquer outras formas de resis-
de uma torre e, durante a sua queda, a dissipação de tência ao movimento. Sabendo que o bloco retorna ao
energia devido à resistência do ar é constante e igual a ponto A, a velocidade com que ele passa por esse pon-
20 J. Se a velocidade do objeto ao atingir o solo é de 30 to, na descida, em m/s vale:
m/s, então a altura dessa torre é de:
a) 4. __
(Considere: g = 10 m/s2) b) 2√2 .
a) 38 m c) 2.__
b) 46 m d) √3 .
c) 51 m
d) 55 m
Resolução:
36
Assim, a força de atrito será:
Fat = FR – Px
Fat = –16 – (–12) ∴ Fat = –4 N
Usando a conservação de energia entre os pontos A e B na
descida, pode-se calcular a velocidade que o bloco passa
em A, pois a energia potencial gravitacional em B somada
à energia dissipada pelo atrito no trajeto AB é igual à ener-
gia cinética em A.
Ep(B) + Ed = Ec(A)
Sabendo que a energia dissipada é:
Ed = Fat . Ds ∴ Ed = –4 J
E a energia potencial gravitacional em B:
Ep(B) = m · g · h ⇒ Ep(B) = 2 · 10 · 0,6 ∴ Ep(B) = 12 J
Portanto, a energia cinética em A é:
EC(A) = 12 – 4 ∴ EC(A) = 8 J
E, finalmente: ______
m .
EC(A) = _____v2
2 √ 2 . Ec(A)
⇒ v = ______
m ∴
__
v = 2√2 m/s
Alternativa B
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
AES Eletropaulo nas Escolas apresenta: Os
impactos da geração de energia elétrica
37
VIVENCIANDO
O conceito de energia em Física é fundamental, sendo capaz de relacionar diferentes conteúdos num mesmo exercí-
cio. Pode ocorrer transformação de energia mecânica em energia térmica ou em energia elétrica, e vice-versa. Histo-
ricamente, o conceito de energia foi fundamentado durante o desenvolvimento da termodinâmica. Assim, a segunda
lei da termodinâmica permeia toda a Física.
“A energia não é criada, a energia não é perdida, a energia apenas se transforma de um tipo em outro, em quanti-
dades iguais.”
A frase acima, que deriva da frase original de Lavoisier, abrange uma ideia que remonta desde Tales de Mileto, na
Antiguidade, passando por Galileu, Laplace, Joule e tantos outros. A partir dela é possível perceber a importância do
conceito de energia.
A transformação de um tipo de energia em outro é o que possibilita as mudanças que ocorrem no Universo. Mesmo
agora, enquanto você lê este texto, em seu corpo ocorre a transformação de energia química, contida nos alimentos
que você ingeriu, em energia mecânica, utilizada nos batimentos de seu coração, ou ainda em impulsos elétricos em
seus neurônios.
Em busca de praticidade, a humanidade constrói máquinas capazes de realizar trabalhos com mais eficiência do que
um homem comum. Isso foi importante para a transformação da humanidade. Assim como as máquinas elétricas
foram e ainda são responsáveis por mudanças na vida cotidiana.
38
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
Habilidade
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implica-
23 ções éticas, ambientais, sociais e/ou econômicas.
A habilidade 23 é referente às transformações dos diferentes tipos de energia entre si, sendo o conceito de conversão
fundamental para esse tipo de relação.
Modelo 1
(Enem) Um garoto foi à loja comprar um estilingue e encontrou dois modelos: um com borracha mais “dura” e ou-
tro com borracha mais “mole”. O garoto concluiu que o mais adequado seria o que proporcionasse maior alcance
horizontal, D, para as mesmas condições de arremesso, quando submetidos à mesma força aplicada. Sabe-se que a
constante elástica kd (do estilingue mais “duro”) é o dobro da constante elástica km (do estilingue mais “mole”).
D
A razão entre os alcances ___
d, referentes aos estilingues com borrachas “dura” e “mole”, respectivamente, é igual a:
Dm
a) 1/4.
b) 1/2.
c) 1.
d) 2.
e) 4.
Considerando o sistema conservativo, toda essa energia potencial é transformada em cinética para o objeto lançado.
Assim:
Supondo lançamentos oblíquos, sendo q o ângulo com a direção horizontal, o alcance horizontal (D) é dado pela
expressão:
D = Vo² · sen(2θ)/2 · g
Dd/Dm = 1/2
Alternativa B
39
Modelo 2
(Enem) Um automóvel, em movimento uniforme, anda por uma estrada plana, quando começa a descer uma ladeira,
na qual o motorista faz com que o carro se mantenha sempre com velocidade escalar constante.
Durante a descida, o que ocorre com as energias potencial, cinética e mecânica do carro?
a) A energia mecânica mantém-se constante, já que a velocidade escalar não varia e, portanto, a energia cinética é constante.
b) A energia cinética aumenta, pois a energia potencial gravitacional diminui e quando uma se reduz, a outra cresce.
c) A energia potencial gravitacional mantém-se constante, já que há apenas forças conservativas agindo sobre o carro.
d) A energia mecânica diminui, pois a energia cinética se mantém constante, mas a energia potencial gravitacional diminui.
e) A energia cinética mantém-se constante, já que não há trabalho realizado sobre o carro.
Análise expositiva - Habilidade 23: Energia potencial: Ep = mgh. Sendo uma descida, a altura diminui, a energia
D potencial diminui.
mv
Energia cinética: EC =____
2
. Sendo constante a velocidade, a energia cinética também é constante.
2
Energia mecânica: EM = EC + Ep. Se a energia potencial diminui e a energia cinética é constante, a energia mecânica
diminui.
Alternativa D
40
DIAGRAMA DE IDEIAS
PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO
ENERGIA MECÂNICA
DA ENERGIA
ENERGIA MECÂNICA
FORÇAS CONSERVATIVAS
SE CONSERVA
41
AULAS Impulso e quantidade de movimento
41 e 42
Competências: 5e6 Habilidades: 17, 20 e 23
___› __›
Q
= m · v
___› _›_
_›_ Q
= m · v
___› _›_
___› a massa m é uma grandeza positiva, os vetores v
Como
O vetor Q
tem a mesma direção e sentido de v
e seu mó-
e Q
sempre terão a mesma direção e o mesmo sentido.
dulo é:
A quantidade de movimento também é denominada mo-
mento linear. Q = m · v = 800 kg · 10 m/s = 8.000 kg · m/s
A unidade de quantidade de movimento não tem uma de-
nominação específica. No SI, tem-se:
___ __
2. Quantidade de
[Q › ]= [m] · [ v › ]
___ movimento de um sistema
[Q › ]= kg · m · s–1
O conceito de quantidade de movimento é muito útil para
a análise de movimentos de um conjunto de corpos (ou
sistema), como será visto adiante.
A figura a seguir ilustra um sistema formado por n partícu-
las. No instante____t› qualquer,
____› ____› as____partículas
›
têm quantidades
de movimento Q 1 , Q 2 , Q
3 , ..., Q
n .
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Quantidade de movimento 1
Sistema formado por várias partículas.
42
A quantidade de _movimento
__› total do sistema, no
instante t, é o vetor Q
dado pela soma vetorial das quanti-
dades de movimento de cada partícula: ____
___ ____ ____ ____
› › › › ›
Q
= Q
1 + Q
2 + Q
3 + ... + Q
n
Aplicação do conteúdo
1. O sistema de partículas ilustrado na figura a seguir
é formado por duas partículas que se movem em ____ traje-
e perpendiculares. Supondo Q1 = 30
›
tórias retilíneas
____
kg · m/s e Q___2 = 40 kg · m/s, calcule a quantidade de
›
3. Impulso de uma
força constante
No estudo do conceito de impulso, considere inicialmente
Resolução: um caso particular de uma força constante agindo sobre
um corpo. Como exemplo, observe a situação representada
A quantidade de movimento do sistema é dada pela soma
na figura a seguir: um automóvel _›_ acelera em um trecho
das quantidades de movimento de cada partícula; assim,
retilíneo de uma estrada, sendo F a resultante das forças
deve-se ter:
___› ____› ____› que atuam no___›
automóvel. No instante t i , o automóvel
____› tem
Q
= Q
1 + Q
2 velocidade vi e quantidade de movimento Q i . Depois___de
____› ____› ›
A operação de adição dos vetores Q 1 e Q
2 está represen- um intervalo de tempo, no instante____› tf, a velocidade é vf e
a quantidade de movimento é Q i . Aplicando a segunda Lei
tada na figura a seguir.
___›
Pelo triângulo colorido, calcula-se o
de Newton nessa situação, obtém-se:
módulo do vetor Q :
_›_
___› ___› ____› ____› ___›
_›_ ___› m · v
– m · v Q
– Q
Q
Dv = ___________
D
F = m ___
= m · a f
i = ______
f i = ___
Dt Dt Dt Dt
Assim:
__› ___›
· Dt = DQ
F
_›_ ___›
Essa última equação relaciona o produto F · Dt com a variação da quantidade de movimento DQ .
_›_
Devido à importância
_›_
do conceito de quantidade de movimento, a quantidade dada pelo produto F · Dt recebeu o nome de
impulso da força F
durante o intervalo de tempo Dt. Assim:
_›_ _›_
O impulso (I ) de uma força constante F
, durante o intervalo de tempo Dt, é dado por:
_›_ __›
= F
I · Dt
_›_ _›_
Como o intervalo de tempo é positivo, Dt > 0, os vetores I
e F
devem ter a mesma direção e o mesmo sentido.
Com essa definição, a equação:
43
__› ___› _›_ ___›
·
F Dt = DQ ainda que o teorema do impulso I = DQ continua válido
Obtida acima, pode ser reescrita assim: quando a força é variável.
_›_ ___›
I = DQ
_›_
O impulso de uma força constante F
, em um intervalo
de tempo Dt, é igual à variação da quantidade de mo-
vimento, durante esse intervalo de tempo, produzida
por essa força.
44
____› ___›
Q
f = m · v f
Aplicação do conteúdo ____› ___›
Q
0 = m · v 0
1. Uma bola de beisebol de massa 150 gramas se apro-
xima do rebatedor, com velocidade de módulo v1 = 30 Assim, a equação anterior fica:
___ ___ _›_
m/s. Logo após a rebatida, o módulo da velocidade da _›_ m · v › – m · v › ___›
F = ___________
f
i
___v
= m · = m · a
D
bola é v2 = 50 m/s. Dt Dt
Nesse caso, considere que o tempo de contato entre a Portanto, a equação final é um caso particular da equação
bola e o taco foi de 0,002 s. Calcule o impulso da força
que o taco exerceu sobre a bola e o valor médio da
apresentada no início, valendo quando a massa do corpo
força exercida pelo taco sobre a bola. é constante. Entretanto, há situações em que a massa do
corpo é variável. O exemplo mais comum é o caso de um
Resolução: foguete. Durante seu movimento, a massa do foguete dimi-
Sendo Q1 e Q2 as quantidades de movimento da bola antes nui devido à queima de combustível. Nesse caso, o estudo
e depois da batida (considerando m = 150 gramas = 0,15 do movimento de um foguete deve ser feito utilizando-se a
kg), tem-se: equação dada pela quantidade de movimento.
____›
Q
1 = m · v1 = (0,15)(30) = 4,5 kg · m/s
____›
Aplicação do conteúdo
Q
2 = m · v2 = (0,15)(50) = 7,5 kg · m/s 1. (UPE-SSA) “Ao utilizar o cinto de segurança no ban-
Escolhendo o eixo orientado para a direita como referência, co de trás, o passageiro também está protegendo o
tem-se: motorista e o carona, as pessoas que estão na frente
do carro. O uso do cinto de segurança no banco da
frente e, principalmente, no banco de trás pode evitar
muitas mortes. Milhares de pessoas perdem suas vidas
no trânsito, e o uso dos itens de segurança pode re-
Q1 = 4,5 kg · m/s e Q2 = –7,5 kg · m/s duzir essa estatística. O Brasil também está buscando,
cada vez mais, fortalecer a nossa ação no campo da
Assim: prevenção e do monitoramento. Essa é uma discussão
I = DQ = Q2 – Q1 = (–7,5) – (4,5) = –12 kg · m/s que o Ministério da Saúde vem fazendo junto com ou-
tros órgãos do governo”, destacou o Ministro da Saú-
I = 12 kg · m/s de, Arthur Chioro.
Desprezando a ação do peso da bola, tem-se: Estudo da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego
(Abramet) mostra que o cinto de segurança no banco
I = Fm · Dt da frente reduz o risco de morte em 45% e, no banco
traseiro, em até 75%. Em 2013, um levantamento da
12 = Fm · 0,002
Rede Sarah apontou que 80% dos passageiros do ban-
Fm = 6 · 103 N co da frente deixariam de morrer, se os cintos do banco
de trás fossem usados com regularidade.
Lei de Newton
banco-detras Acesso em: 12 de julho de 2015.
45
Resolução: Admitindo que não há perdas no sistema, estime, em N ∙ s
a impulsão fornecida pela máquina no intervalo entre 5 e
Transformando a velocidade e o tempo para o Sistema In-
105 segundos.
ternacional de unidades:
1 m/s Resolução:
vi = 72 km/h · ________ = 20 m/s
3,6 km/h
No gráfico da força pelo tempo dado no enunciado, sa-
1 s
Dt = 400 ms · _______ = 0,4 s be-se que a área sob a curva é numericamente igual ao
1000 ms
impulso (I) gerado pela força (F) durante o tempo t.
Utilizando a definição de impulso e o teorema do impulso,
tem-se a relação entre a força média e a variação da quan- Como é pedido o impulso no intervalo de tempo compre-
tidade de movimento: endido entre 5 e 105 segundos, pode-se concluir que a
DQ m . (vf - vi) área do retângulo da figura a seguir é numericamente
I = DQ = Fm · Dt ⇒ Fm = ___ =________
Dt At igual ao impulso no mesmo intervalo de tempo.
80 kg . (0 – 20 m/s)
Fm =______________
∴ Fm = 4000 N
0,4s
E essa força média equivale a uma massa no campo gravi-
tacional terrestre de:
F
gm ⇒ m = 4000 N
m = ___ ______ ∴ m = 400 kg
10 m/s2
Alternativa B
2. (Mackenzie) Um móvel de massa 100 kg, inicialmente
em repouso, move-se sob a ação de uma força resultan-
te, constante, de intensidade 500 N, durante t = 4,00 s.
A energia cinética adquirida pelo móvel, no instante
t = 4,00 s em joule (J) é:
a) 2,00 ∙ 103. Assim, pode-se escrever:
b) 4,00 ∙ 103. I = área = 100 ∙ 100
c) 8,00 ∙ 103.
d) 2,00 ∙ 104. I = 10.000N ∙ s
e) 4,00 ∙ 104. 4. (FGV) Um brinquedo muito simples de construir, e que
Resolução: vai ao encontro dos ideais de redução, reutilização e
reciclagem de lixo, é retratado na figura.
Aplicando o teorema do impulso de uma força:
I = DQ
F ∙ Dt = m ∙ v
Assim, tem-se a velocidade ao final de 4 segundos: A brincadeira, em dupla, consiste em mandar o bólido
de 100 g, feito de garrafas plásticas, um para o outro.
v = F____
. Dt 500 N . 4s∴
________
m ⇒ v = 100 kg
v = 20 m/s Quem recebe o bólido, mantém suas mãos juntas, tor-
A energia cinética será, nando os fios paralelos, enquanto que, aquele que o
manda, abre com vigor os braços, imprimindo uma for-
100 kg ∙ (20m/s)2
Ec = m . v2
____
⇒ Ec = _____________
∴ Ec = 2,00 ∙ 104 J ça variável, conforme o gráfico.
2 2
Alternativa D
3. (UERJ) Observe o gráfico a seguir, que indica a força
exercida por uma máquina em função do tempo.
Considere que:
46
§ o tempo que o bólido necessita para deslocar-se de
um extremo ao outro do brinquedo seja igual ou su-
perior a 0,60 s.
Dessa forma, iniciando a brincadeira com o bólido em
um dos extremos do brinquedo, com velocidade nula,
a velocidade de chegada do bólido ao outro extremo,
em m/s, é de:
a) 16.
b) 20.
c) 24.
d) 28.
e) 32.
Resolução:
No gráfico da força pelo tempo apresentado no enunciado,
o impulso é numericamente igual à área do gráfico.
0,6(8)
I = _____
= 2,4 N ∙ s
2
Pelo teorema do impulso: o impulso da força resultante é
igual à variação da quantidade de movimento (DQ)
I = DQ = m Dv ⇒ 2,4 = 0,1 (v – 0) ⇒ v = 24 m/s.
Alternativa C
multimídia: sites
www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/
Dinamica/impulso.php
www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/
Dinamica/quantmov.php
brasilescola.uol.com.br/fisica/impulso.htm
47
DIAGRAMA DE IDEIAS
QUANTIDADE DE
MOMENTO LINEAR
MOVIMENTO
GRANDEZA VETORIAL
SOMATÓRIA DE QUANTIDADE
PARA UM SISTEMA
DE MOVIMENTOS
IMPULSO DE TEOREMA DO
UMA FORÇA IMPULSO
ALTERA A QUANTIDADE
DE MOVIMENTO
48
Conservação da quantidade
AULAS
de movimento
43 e 44
Competências: 5e6 Habilidades: 17, 20 e 23
em um sistema de partículas
Foi visto anteriormente que a quantidade de movimento de
um corpo é dada___
›
pelo___produto de sua massa e sua veloci-
›
dade vetorial: Q
= m ∙ v ; agora, considere uma situação em
que, num dado sistema, existem várias partículas. A quanti-
dade de movimento total do sistema em um dado instante
será igual à soma vetorial da quantidade de movimento de
cada partícula individual até a enésima.
___
› ___
› ___
› ___
› ___
›
sistema =
Q 1 +
Q
2 +
Q
3 + ... +
Q
n
Q
___
› multimídia: vídeo
1
Q
Fonte: Youtube
1 2 ___ Impulso e quantidade de movimento
›
2
Q
3
___›
2. Princípio da conservação
3
Q da quantidade de movimento
Assim, pode-se aplicar, numa situação em que esse sistema
A análise do movimento de um sistema de corpos exige a
passe por mudanças, o teorema do impulso.
__› ___
› ___
› ___
› separação das forças que atuam nos corpos em dois con-
= DQ
I sistema
sistema
=Q
– Q
0 juntos: um conjunto das forças internas e um conjunto
___
›
F ∙ Dt = Dt = DQ
sistema
das forças externas. Uma força é chamada de interna
quando é exercida por um corpo do sistema sobre outro
Analisando o primeiro membro da equação, a força res- corpo do mesmo sistema. Uma força é denominada ex-
ponsável pela mudança na quantidade de movimento du- terna quando é exercida por um corpo fora do sistema.
rante o intervalo de tempo é a soma das forças externas
desse sistema. Dessa forma, pode-se reescrever a equação Numa situação em que não existe nenhuma força externa,
da seguinte maneira: ou seja, a resultante das forças externas é nula, afirma-se
___
› que o sistema é isolado de forças externas ou simples-
Fexterna ∙ Dt = DQ
sistema
mente que o sistema é isolado.
No caso em que a força externa é nula, ou a soma vetorial
de todas as forças externas resulta no vetor nulo, ou ainda Em um sistema isolado, a quantidade de movimento é
se for desprezível, pode-se dizer que Fexterna = 0, e, conse- constante.
quentemente, a variação da quantidade de movimento
também é. Esse enunciado constitui o princípio da conservação
___
›
DQ
sistema
=0 da quantidade de movimento.
Ou seja, a quantidade de movimento do sistema perma- Em um sistema isolado, como não existe força externa, o
nece constante. impulso também é nulo, e, consequentemente, a variação
49
da quantidade de movimento também é nula, ou seja, a com velocidades vA = 6,0 m/s e vB = 4,0 m/s sobre uma
quantidade de movimento é constante. superfície horizontal, sem atrito. Sendo vA > vB, após um
certo intervalo de tempo, o carrinho A colide com o car-
rinho B e, durante a colisão, um dispositivo de engate faz
Aplicação do conteúdo com que os __carrinhos permaneçam unidos. Determine a
›
velocidade (v ) do conjunto (carrinhos A e B unidos) de-
1. Como mostra a figura a seguir, dois carrinhos, A e B, de
pois da colisão.
massas mA = 7,0 e mB = 3,0 kg, movem-se inicialmente
Resolução:
____
› __
› ____
›
Os carrinhos
__
›
A e B formam o sistema. No carrinho A, atuam o peso P A e a normal F N ; no carrinho B, atuam o peso P B e a
A
normal F N .
B
__
›
Durante a colisão, além dessas forças, o carrinho __A exerce a força F
sobre o carrinho B, e, pela ação e reação, o carrinho B
__› › __›
aplica a força –F sobre o carrinho A. Essas forças F
e – F
são forças internas
____ exercidas entre os carrinhos. As forças externas
› ____
›
são as forças exercidas por corpos que estão fora do sistema: os pesos P A e P B e as forças normais FN e FN são exercidas
A B
pela Terra.
Como a resultante das forças externas é nula, uma vez que a força normal anula a força-peso, o sistema é isolado. Adicio-
nalmente, o atrito também foi desprezado.
Assim, pode-se aplicar o princípio da conservação da quantidade de movimento: a quantidade de movimento total antes da
colisão deve ser igual à quantidade de movimento depois da colisão:
___› ___› ___›
Q
A + Q
B =
Q
__
› __
› __
›
mA · v A + mB · v B = (mA + mB) · v
Como todos os vetores têm mesmo sentido, pode-se trabalhar com os módulos:
(7,0)(6,0) + (3,0)(4,0) = (7,0 + 3,0) · v
42 + 12 = 10 · v
v = 5,4 m/s
2. As bolas A e B de massas mA = 12 kg e mB = 5,0 kg, sobre uma mesa, movem-se inicialmente uma em direção à
outra, com as velocidades indicadas na figura.
50
Depois de colidirem, as duas bolas continuam a se mo- energia cinética total é a mesma antes e depois da colisão;
vimentar sobre a mesma reta, mas de modo que a bola essas colisões são denominadas colisões elásticas. Um
B vai para a direita com velocidade 3,0 m/s. Determine exemplo de colisão elástica é a colisão entre duas bolas de
o módulo e o sentido da velocidade da bola A depois
da colisão.
marfim (como as bolas de bilhar).
Resolução:
Como as velocidades têm a mesma direção, pode-se traba-
lhar utilizando os módulos das velocidades.
Escolhendo uma orientação para a reta da direção de mo-
vimento das bolas e atribuindo sinais às velocidades:
multimídia: vídeo
Situação inicial → vA = +2,0 m/s e vB = –6,0 m/s Fonte: Youtube
Colisão Elástica e Coeficiente de Restituição
Situação final → v’A = ? e v’B = +3,0 m/s
A quantidade de movimento do sistema antes da colisão
deve ser igual à quantidade de movimento depois da colisão: Na colisão elástica, os corpos necessariamente se separam
depois da colisão. Se, depois de uma colisão, os corpos se
unirem, ocorrerá obrigatoriamente perda de energia cinética.
Dependendo da conservação ou não da energia cinética,
as colisões podem ser classificadas em três tipos:
§ colisão elástica: a energia cinética se conserva e os
corpos se separam depois da colisão;
mAvA + mBvB = mAv’A + mBv’B
§ colisão parcialmente elástica: os corpos se sepa-
(12)(2,0) + (5,0)(–6,0) = 12 · v’A + (5,0)(+3,0)
ram depois da colisão, mas existe perda de energia
v’A = –1,75 m/s cinética;
Como a velocidade v’A é negativa depois da colisão, a bola § colisão inelástica: os corpos permanecem unidos
A se move para a esquerda, ou seja, no sentido oposto à depois de colidirem e existe perda de energia cinéti-
orientação do eixo, como ilustra a figura a seguir. ca; esse tipo de colisão também é denominado colisão
anelástica.
51
4. Conservação em
sistemas não isolados
O princípio da conservação da quantidade de movimento
também pode ser aplicado em algumas situações em que a
resultante das forças externas não é nula. O princípio pode
ser utilizado, por exemplo, no caso de explosões, pois as
explosões ocorrem em um intervalo de tempo muito cur-
to e envolvem forças internas muito mais intensas do que
as forças externas. Assim, um instante um pouco antes da
explosão, a quantidade de movimento total é aproximada-
multimídia: vídeo
mente igual à quantidade de movimento total um pouco Fonte: Youtube
depois da explosão. Colisões elásticas e inelásticas - Mãozinha
Um outro caso em que é possível utilizar o princípio ocorre em Física 020
quando o sistema não é isolado, mas, em uma certa direção,
a resultante das forças externas é nula. Para essa direção em
que a resultante da forças externas é nula, pode-se aplicar o
princípio da conservação da quantidade de movimento.
52
6. Esfera que incide 02) Pode-se dizer que esse tipo de colisão é uma co-
lisão perfeitamente inelástica.
04) Tomando-se o referencial do piloto Felipe Mas-
perpendicularmente em sa, pode-se dizer que a velocidade da mola era de
–270 km/h.
uma superfície fixa 08) Considerando que o intervalo de tempo do
A figura a seguir ilustra uma bolinha lançada contra uma impacto (a duração do impacto) foi de 0,5 s, a
aceleração média da mola foi de 150 m/s2.
parede
__› S. Ao atingir a superfície, a velocidade da bolinha é
v i , perpendicular a S. Supondo que a bolinha não grude na 16) Considerando que, após o final da colisão, a ve-
locidade da mola em relação ao piloto é nula, e to-
parede, em um instante imediatamente posterior à colisão,
__› mando o referencial do piloto Felipe Massa, pode-se
a velocidade da bolinha é v f . Experimentalmente, Newton afirmar que a função horária da posição da mola,
descobriu que existe uma relação entre essas velocidades, após o final da colisão, foi de segundo grau.
e essa relação depende dos materiais de que são feitos
os corpos que colidem. Essa relação é denominada coefi- Resolução:
ciente de restituição (e) e é dada por: Analisando as afirmações, tem-se:
|v | 01) Incorreta. Dados: m = 800 g = 0,8 kg; v0 = 0;
e = ___
f v = 270 km/h = 75 m/s
|vi|
Depois da colisão, a mola tem velocidade igual à do
capacete.
Q = m(v – v0) = 0,8(75 – 0) = 60 kg · m/s
02) Correta. A mola fica incrustada no capacete
após a colisão, caracterizando uma colisão perfeita-
mente inelástica.
__ __ 04) Correta. As velocidades relativas entre dois
› ›
No caso em que v i = v f , a colisão é elástica e tem-se e corpos têm mesma intensidade de sentidos opostos.
= 1. Se a colisão for parcialmente elástica, ocorrerá per- 08) Correta. Dados: v0 = 0; v = 270 km/h = 75 m/s;
__
› __
› Dt = 0,5 s
da de energia cinética e, como consequência, v i > v f , e, am = ___
Dv = 75/0,5 = 150 m/s2
__
› Dt
assim, 0 < e < 1. No caso de colisão inelástica, v f = 0, e,
16) Incorreta. A função somente seria do segundo
portanto, e = 0. grau se o módulo da aceleração da mola fosse cons-
Para o caso de colisão entre duas esferas A e B, o coefi- tante, e isso não se pode afirmar.
ciente de restituição pode ser calculado da seguinte forma: 2. (UPE) Na figura a seguir, observa-se que o blo-
co A de massa ma = 2,0 kg, com velocidade de 5,0
vf – vf v (afastamento) m/s, colide com um segundo bloco B de massa mb =
e = ______
B A
vi – vi
= _______________
rel
8,0 kg, inicialmente em repouso. Após a colisão, os
A B vrel (aproximação)
blocos A e B ficam grudados e sobem juntos, numa
rampa até uma altura h em relação ao solo. Despre-
ze os atritos.
Aplicação do conteúdo
1. (UEM) Durante o treino classificatório para o Gran-
de Prêmio da Hungria de Fórmula 1, em 2009, o pilo-
to brasileiro Felipe Massa foi atingido na cabeça por
uma mola que se soltou do carro que estava logo à sua
frente. A colisão com a mola causou fratura craniana,
uma vez que a mola ficou ali alojada, e um corte de 8
cm no supercílio esquerdo do piloto. O piloto brasileiro Analise as proposições a seguir e conclua.
ficou inconsciente e seu carro colidiu com a proteção de
pneus. A mola que atingiu o piloto era de aço, media 12 ( ) A velocidade dos blocos, imediatamente após a coli-
são, é igual a 1,0 m/s.
cm de diâmetro e tinha, aproximadamente, 800 g. Consi-
derando que a velocidade do carro de Felipe era de 270 ( ) A colisão entre os blocos A e B é perfeitamente
km/h, no instante em que ele foi atingido pela mola, e inelástica.
desprezando a velocidade da mola e a resistência do ar, ( ) A energia mecânica do sistema formado pelos blocos
assinale o que for correto. A e B é conservada durante a colisão.
01) A quantidade de movimento (momento linear) ( ) A quantidade de movimento do bloco A é conserva-
transferida do piloto para a mola foi de, aproximada- da durante a colisão.
mente, 75 kg ∙ m ∙ s-1. ( ) A altura h em relação ao solo é igual a 5 cm.
53
Resolução: 4. (Espcex) Dois caminhões de massa m1 = 2,0 ton e m2
= 4,0 ton, com velocidades v1 = 30 m/s e v2 = 20 m/s,
As figuras mostram as situações inicial e final dos blocos, respectivamente, e trajetórias perpendiculares entre si,
antes e após a colisão, perfeitamente inelástica, e colidem em um cruzamento no ponto G e passam a se
após terem subido a rampa. movimentar unidos até o ponto H, conforme a figura a
seguir. Considerando o choque perfeitamente inelásti-
co, o módulo da velocidade dos veículos imediatamen-
te após a colisão é:
{ }
Qa = 0 Dessa forma, é possível encontrar a velocidade dos dois
Q = mv
m .
Qc = 10 x 10-3 ∙ 20 ⇒ Qc = 0,2 kg __
s
caminhões após a colisão.
b) Considerando o sistema mecanicamente isolado, Qi = Qf
pela conservação da quantidade de movimento, vem:
Qi = Qf ⇒ mc vc = (ma + mc) · vf ⇒ vf 10(20) Qf = m · vf
Qi
200 ⇒ vf = 15,4 m/s
= 13vf ⇒ vf = ___ vf = ________
13 (m1 + m2)
54
100 . 10
3
vf =_______
6 . 10 3
100
vf = ___ m/s
6
ou
vf = 60 km/h
Alternativa C
5. (UFG) Uma experiência comum utilizando um acele-
rador de partículas consiste em incidir uma partícula
conhecida sobre um alvo desconhecido e, a partir da
análise dos resultados do processo de colisão, obter in- a) 3.000 km/h
formações acerca do alvo. Um professor, para ilustrar de b) 3.200 km/h
forma simplificada como esse processo ocorre, propôs a c) 34.000 km/h
seguinte situação em que uma partícula de massa m1 = d) 3.600 km/h
0,2 kg colide com um alvo que, inicialmente, estava em e) 3.800 Km/h
repouso, conforme a figura.
Resolução:
Pela conservação do momento linear, tem-se que:
Qfog = Qest + Qcap.
M ∙ vfog. = mest. ∙ vest. + mcap. ∙ vcap.
Em que:
vfog = 3.000 km/h
mest. = 0,75 ∙ M
vest. = V – 800
Após a colisão, obteve-se como resultado que as compo-
nentes y das velocidades são respectivamente v1y = 5m/s mcap. = 0,25 ∙ M
e v2y = –2 m/s. Nesse caso, a massa do alvo, em kg, é:
vcap. = v
a) 0,08.
b) 0,2. Assim:
c) 0,5. 3.000 ∙ m = 0,75 ∙ (v – 800) + (0,25 ∙ M) ∙ v
d) 0,8.
3.000 = 0,75 ∙ v – 600 + 0,25 ∙ v
e) 1,25.
v = 3.600 km/h
Resolução:
Alternativa D
Como o movimento, antes da colisão, era estritamente
sobre o eixo x, a componente da quantidade de movi- 7. (IFCE) Uma esfera A é largada, a partir do repouso, do
mento no eixo y é nula. Pela conservação da quantidade ponto mais alto de uma calha, cujo trilho possui uma
de movimento, tem-se, então: parte em forma de “looping” (círculo), como mostra a
figura 1.
Qyfinal = Qyinicial ⇒ m1v1y + m2V2y = 0 ⇒ 0,2 ∙ 5 + m2 (–2) =
0 ⇒ m2 = 0,5 kg
Alternativa C
6. (PUC-PR) Um foguete, de massa M, encontra-se no
espaço___
›e na ausência de gravidade com uma veloci-
dade (V 0) de 3.000 km/h em relação a um observador
na Terra, conforme ilustra a figura a seguir. Num dado
momento da viagem, o estágio, cuja massa representa
75% da massa do foguete, é desacoplado da cápsula.
Devido a essa separação, a cápsula do foguete passa a
viajar 800 km/h mais rápido que o estágio.
Qual a velocidade da cápsula do foguete, em relação a
um observador na Terra, após a separação do estágio?
55
A distância horizontal atingida pela esfera A até tocar o
solo é X0 = 1 m. Em seguida, a mesma esfera A é largada
do mesmo ponto anterior, a partir do repouso, e colide
frontalmente com uma segunda esfera B colocada em
repouso na extremidade horizontal da calha (ponto C
na figura 1). Ambas atingem as distâncias horizontais
XA = 0,3 m e XB = 0,6 m, respectivamente.
Desprezando-se a resistência do ar e considerando-se a
aceleração da gravidade g constante, o coeficiente de
restituição do choque, entre as duas esferas, vale:
a) 0,3.
b) 0,5.
c) 0,7.
multimídia: vídeo
d) 0,9. Fonte: Youtube
e) 1,0. Teorema do Impulso - Mãozinha em Física
Resolução: 018
O tempo de queda é o mesmo nos três casos, pois inde-
pende da massa e da velocidade inicial, como mostrado
a seguir: ___
1 g Dt2 ⇒ Dt = ___
h = __
2
2h
g √
Depois de abandonar a calha, a velocidade horizontal de
cada esfera permanece constante para os três lançamen-
tos, sendo igual a razão entre a distância horizontal percor-
rida e o tempo de queda.
Assim, tem-se:
{ }
X
v0 = ___
0 = ___
Dt
1 ;
Dt
multimídia: sites
X 0,3
va = ___
= ___
0
;
Dt Dt
guiadoestudante.abril.com.br/estudo/
X 0,6
vB = ___
0 = ___
resumo-de-fisica-quantidade-de-movimen-
Dt Dt
to-impulso-e-colisoes/
O coeficiente de restituição no choque é dado pela razão
mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/teo-
entre velocidades relativas de afastamento (vB – vA) e de
rema-impulso.htm
aproximação (v0).
alunosonline.uol.com.br/fisica/teorema-im-
___ 0,6 0,3
v_____ – ___
– vA _______ 0,3 pulso.html
B
= Dt =
e = v Dt
___
⇒ e = 0,3 brasilescola.uol.com.br/fisica/colisoes.htm
0 __1
1
Dt www.infoescola.com/mecanica/colisoes/
mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/coli-
Alternativa A
soes-elasticas-inelasticas.htm
56
VIVENCIANDO
O estudo sistematizado de colisões não tem aplicabilidade somente na teoria de partículas. No “mundo macroscópi-
co”, a colisão entre veículos, infelizmente, é questão de utilidade e segurança pública.
Durante um impacto, a utilização do cinto de segurança passa a ser questão vital para a sobrevivência dos ocupantes
de um veículo. Sua utilização interfere na diminuição do impulso atuante no corpo dos passageiros.
57
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
Habilidade
20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
No estudo de colisões entre os corpos, emprega-se a habilidade 20 tanto pela caracterização da causa quanto pela
descrição dos efeitos do movimento em si.
Modelo 1
(Enem) O trilho de ar é um dispositivo utilizado em laboratórios de física para analisar movimentos em que corpos de
prova (carrinhos) podem se mover com atrito desprezível. A figura ilustra um trilho horizontal com dois carrinhos (1
e 2) em que se realiza um experimento para obter a massa do carrinho 2. No instante em que o carrinho 1, de massa
150,0 g, passa a se mover com velocidade escalar constante, o carrinho 2 está em repouso. No momento em que o
carrinho 1 se choca com o carrinho 2, ambos passam a se movimentar juntos com velocidade escalar constante. Os
sensores eletrônicos distribuídos ao longo do trilho determinam as posições e registram os instantes associados à
passagem de cada carrinho, gerando os dados do quadro.
Carrinho 1 Carrinho 2
Posição (cm) Instante (s) Posição (cm) Instante (s)
15,0 0,0 45,0 0,0
30,0 1,0 45,0 1,0
75,0 8,0 75,0 8,0
90,0 11,0 90,0 11,0
58
Análise expositiva - Habilidade 20: A velocidade do carrinho 1 antes do choque é:
C
O carrinho 2 está em repouso: v2 = 0.
Depois da colisão, os carrinhos seguem juntos com velocidade v12, dada por:
:
Alternativa C
Modelo 2
(Enem) Durante um reparo na Estação Espacial Internacional, um cosmonauta, de massa 90 kg, substitui uma bomba
do sistema de refrigeração, de massa 360 kg, que estava danificada. Inicialmente, o cosmonauta e a bomba estão em
repouso em relação à estação. Quando ele empurra a bomba para o espaço, ele é empurrado no sentido oposto. Nesse
processo, a bomba adquire uma velocidade de 0,2 m/s em relação à estação.
Qual é o valor da velocidade escalar adquirida pelo cosmonauta, em relação à estação, após o empurrão?
a) 0,05 m/s
b) 0,20 m/s
c) 0,40 m/s
d) 0,50 m/s
e) 0,80 m/s
Análise expositiva - Habilidade 20: Quando se trata de um sistema mecanicamente isolado, ocorre conserva-
E ção da quantidade de movimento.
Assim:
Alternativa E
59
DIAGRAMA DE IDEIAS
CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE
DO MOVIMENTO
SE CONSERVA
QUANTIDADE DE
SISTEMA ISOLADO MOVIMENTO CONSTANTE
COLISÕES
ENERGIA CINÉTICA
ELÁSTICA
SE CONSERVA
PARCIALMENTE HÁ PERDA DE
ELÁSTICA ENERGIA CINÉTICA
60