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O nosso roteiro de viagem na Jordânia

Dia 1: Amã – Jerash (tour privado 97€) – Mar Morto (tour privado 90€)
De manhã, partimos para Jerash, uma cidade que fica a 48 km a norte de Amã: 48 km que se
poderiam fazer em menos de uma hora, não fosse o trânsito caótico e demorado da capital.
Jerash foi uma surpresa para nós. Sabíamos que é um dos locais com as ruínas romanas mais
bem preservadas do mundo, mas são muito mais extensas e impressionantes do que estávamos
à espera.
Depois do almoço, seguimos viagem até ao local de menor altitude da Terra. Devido ao trânsito
que mais uma vez apanhámos em Amã, só chegámos ao Mar Morto ao final do dia. Enquanto
tirávamos fotografias, uma família convidou-nos para tomarmos chá com eles, convencendo-nos,
desse modo, que os jordanos são um povo simpático e hospitaleiro. Ao mesmo tempo,
guardávamos memórias do Mar Morto invadido pelas cores suaves do pôr-do-sol.
Para entrar no espírito fazer duas free walking tours uma sobre a cidade e outra sobre a comida.
Observe que o custo da alimentação durante o passeio, estimado entre (15_20 dinares
jordanianos por pessoa), não está incluído no custo do passeio.

Dia 2: Mar Morto – Reserva Natural de Mujib – Castelo de

Karak – Reserva da Biosfera de Dana – Petra


Situada a 410 metros abaixo do nível do mar, Mujib é a reserva natural a menor altitude do
planeta. As suas montanhas enrugadas – e tão estranhas que parecem irreais – ficam ao lado do
Mar Morto e são atravessadas por estreitos desfiladeiros (“siqs”), através dos quais corre água,
proporcionando as melhores experiências de aventura na Jordânia. Vale, sobretudo, a pena
percorrer o “Siq Trail” (2-3 horas, fácil a moderado), seguindo o curso do rio entre paredes
rochosas, desde o Centro de Visitantes até uma grande cascata.
Uma vez que a água estava gelada e não levávamos nem calçado nem roupa impermeáveis,
seguimos viagem até ao castelo dos Cruzados em Karak, onde fizemos uma curta paragem.
Depois fizemo-nos novamente à estrada por paisagens sempre secas até à Reserva da Biosfera
de Dana, uma zona de grandes montanhas áridas e remotas, onde coexistem espécies da
Europa, África e Ásia, incluindo animais e plantas muito raras. É um excelente local para quem
gosta de tranquilidade, de fazer caminhadas e de viver experiências únicas em alojamentos de
sonho, como a Dana Guesthouse e o Fenyan Ecolodge.
Depois do almoço na Dana Guesthouse, demos um passeio pela aldeia de Dana e o resto do dia
foi passado em viagem até Petra, onde passámos a noite.
Dia 3 e 4: Petra (tour privado 88€)
Petra é a antiga capital dos Nabateus, uma civilização perdida que, há 2000 anos, construiu uma
grandiosa metrópole e diversos túmulos monumentais entre as montanhas áridas e desertas da
Jordânia. No meio de uma dessas montanhas, há um “siq”, um desfiladeiro muito estreito que é
preciso atravessar para chegar ao Tesouro, na entrada dessa cidade. Depois, abre-se perante
nós todo um vale monumental com grutas e construções esculpidas em rochas alaranjadas, bem
como caminhos misteriosos para desbravar.
Ao contrário do que pensávamos, Petra é bastante grande e tem de se andar muito a pé. Por
isso, são precisos pelo menos dois dias para a explorar devidamente, havendo várias
caminhadas que se podem fazer. No primeiro dia, fizemos duas: uma até ao Altar-Mor do
Sacrifício e outra até ao miradouro do Tesouro. No segundo dia, fomos a pé até ao Mosteiro,
outro lugar emblemático desta maravilha do mundo, e vimos Petra à noite iluminada por milhares
de velas.
Mais sobre como visitar Petra aqui.

Dia 5: Petra – Deserto de Wadi Rum


A viagem de carro entre Wadi Musa (a cidade junto a Petra) e o centro de visitantes de Wadi Rum
demora quase duas horas. Foi neste último que marcámos encontro com o guia que nos
acompanharia naquele que é considerado por muitos como o deserto mais bonito do mundo.
Passámos aí todo o dia, empoleirados nas traseiras de uma pick-up. Vimos formações rochosas
impressionantes. Descemos dunas avermelhadas a correr. Subimos uma montanha para vermos
sozinhos o pôr-do-sol. Conversámos sobre a vida com dois beduínos e um australiano à volta de
uma fogueira sem qualquer rede de telemóvel ou distração. Escutámos o silêncio e vimos estrelas
mil antes de adormecermos num acampamento no coração do Wadi Rum. E nenhum sonho teria
sido melhor do que este dia.

Dia 6: Deserto de Wadi Rum – Amã


Despedimo-nos cedo do deserto e regressámos a Amã, com o carro a apitar sempre que
ultrapassávamos os 120 km/h. Remontando a 8500 A. C. e atualmente com 4 milhões de
habitantes, a capital da Jordânia é uma das mais antigas cidades continuamente habitadas do
mundo. Atravessámos a cidade de carro e, ao pôr-do-sol, fomos observá-la a partir de uma das
sete colinas que a rodeiam, no miradouro junto à cidadela romana, ouvindo os muezzins a
chamar os fiéis para a última oração nas mesquitas. Terminámos o dia na zona da Rainbow
Street, uma das ruas mais modernas e vibrantes de Amã, onde não faltam lojas, restaurantes e
cafés em que se pode fumar através de um cachimbo de água (shisha).
Dia 7: Amã e voo de regresso para Lisboa
O último dia da nossa viagem foi todo passado em Amã. De manhã, visitámos o Museu da
Jordânia e passeámos na baixa da cidade, cheia de pessoas e comércio. Bebemos sumo de
romã, entrámos numa pastelaria para experimentar bolinhos de pistacho e almoçámos
no Hashem, um dos restaurantes mais famosos da zona. À tarde, subimos a outra das colinas da
cidade para visitar Darat al Funun, um centro de exposições para artistas árabes
contemporâneos, rodeado por relaxantes jardins com boas vistas sobre Amã. O resto da tarde foi
passado na cidadela, a parte antiga da cidade outrora povoada pelos romanos. Para terminar o
dia, voltámos à Rainbow Street onde jantámos num dos restaurantes mais baratos (e um dos
nossos preferidos) de toda a viagem.

O que poderá visitar mais


Apesar de nós não termos ido, também poderá gostar de conhecer os seguintes locais na
Jordânia:
▪ Monte Nebo, mencionado na Bíblia como o local de onde Moisés viu a Terra Prometida;
▪ Rio Jordão, onde Jesus foi batizado;
▪ Um er-Rasas, um parque arqueológico declarado Património da Humanidade que contém
ruínas de civilizações romanas, bizantinas e muçulmanas;
▪ Madaba, uma cidade famosa pelos seus mosaicos, em especial o mapa mais antigo da
Terra Santa;
▪ Aqaba, uma cidade junto ao Mar Vermelho, espetacular para fazer mergulho e
“snorkelling”.

Um pouco de história
Os Nabateus eram um povo nómada, de quem pouco se sabe. Segundo os historiadores, terão
vivido há cerca de 2 mil anos. Nessa altura, Petra ficava numa encruzilhada de rotas comerciais
entre os mares Mediterrâneo e Arábico. Graças a isso e ao engenho dos Nabateus para
controlarem os recursos hídricos numa região desértica, a cidade prosperou.
Em 63 a. C., os Nabateus foram conquistados pelos romanos, seguindo-se uma nova era de
expansão e de construções grandiosas, como o teatro com 3000 lugares sentados, bem como
algumas das fachadas mais impressionantes de Petra, de que são exemplos o Tesouro e o
Mosteiro.
Um terramoto em 336 d. C. e a alteração das rotas comerciais levaram a que a cidade entrasse
em decadência. Os Nabateus acabaram por desaparecer e Petra foi esquecida pelo resto do
mundo, permanecendo vazia e em ruínas ao longo de séculos. Só em 1812, um explorador suíço
chamado Johann Burckhardt a redescobriu e mostrou ao mundo.
Em 1985, a antiga capital dos Nabateus foi declarada Património da Humanidade e, em 2007,
eleita uma das novas sete maravilhas do mundo.

Guia prático para visitar Petra


Petra fica a três horas de carro de Amman, a capital da Jordânia, e a duas de Aqaba, uma cidade
portuária junto ao Mar Vermelho. As estradas são seguras mas, se não quiser alugar carro, há
autocarros diários entre as três localidades, bem como excursões organizadas e táxis privados.

Quando visitar
Apesar de estar aberta toda o ano, a primavera e o outono são as melhores alturas para visitar a
mítica cidade dos Nabateus, já que as temperaturas são mais amenas.

Compra de bilhetes
Antes de viajarmos para a Jordânia, comprámos o “Jordan Pass”, um passe que inclui os custos
do visto turístico e dá acesso às principais atrações turísticas do país. Aquando da compra online
do “Jordan Pass”, tem de se selecionar se se quer visitar Petra em 1, 2 ou 3 dias.
Outra opção é comprar os bilhetes na entrada de Petra, nomeadamente no Centro de Visitantes.

Principais atrações de Petra


▪ “Siq”

▪ Tesouro

▪ Rua das Fachadas


▪ Teatro Romano
▪ Túmulos Reais
▪ Rua Colunada
▪ Grande Templo
▪ Mosteiro

▪ Altar-Mor de Sacrifício

Como visitar Petra


Como referimos anteriormente, Petra é uma cidade inteira. Além de ocupar uma grande área, a
melhor forma de a visitar é a pé. Seriam, pois, precisos vários dias para conhecer tudo, daí haver
bilhetes de entrada de 1, 2 ou 3 dias. Nós comprámos um de 2 dias e julgamos que foi uma boa
opção.
Petra: Itinerário de uma manhã ou uma tarde
Mesmo que só tenha uma manhã ou uma tarde disponível, poderá ficar com uma boa ideia da
cidade se percorrer a via principal, nomeadamente:
▪ Caminhe pelo “Siq”, a magnífica via de acesso a Petra;
▪ Contemple o Tesouro, esculpido para ser o túmulo de um importante rei Nabateu;
▪ Visite a baixa da cidade, onde se destacam a Rua das Fachadas, os Túmulos Reais, o
Teatro Romano, a Rua Colunada e o Grande Templo.
Distância: 4 km desde a Entrada/Centro de Visitantes até ao Grande Templo;
Grau de dificuldade: fácil (percurso plano).

Petra: Itinerário de 1 dia


Caso decida visitar Petra num dia, a nossa recomendação é que, além dos pontos anteriormente
referidos, visite o Mosteiro, o mais interessante dos locais afastados da via principal.
▪ De manhã: faça o itinerário descrito em cima (4 km).
▪ Almoço: caso não tenha levado consigo uma merenda (normalmente os hotéis preparam
uma “lunch box” mediante pedido prévio), poderá almoçar nas proximidades do Grande
Templo, onde há um café e um restaurante.
▪À tarde: suba os 822 degraus gravados na pedra até ao Mosteiro (4 km), um monumento
do séc. I a.C. semelhante ao Tesouro, mas ainda maior e imponente.
Distância total desde a Entrada/Centro de Visitantes até ao Mosteiro: 8 km.
Grau de dificuldade: exigente.

Petra: Itinerário de 2 dias


Dia 1: faça o Itinerário do dia 1 acima descrito.
Dia 2
▪ De manhã: visite o Altar-Mor de Sacrifício, um dos locais de sacrifício mais bem
preservados do mundo antigo, situado a 1035 m de altura. Faça um piquenique por aí,
com uma vista desafogada sobre Petra;Distância desde a Entrada/Centro de Visitantes
até ao Altar-Mor de Sacrifício: 6 km. Grau de dificuldade: exigente.
▪À tarde: com a ajuda de um guia ou vendedor local, siga para um ponto elevado, de onde
se tem uma vista de cima para baixo sobre o Tesouro. Caso não queira pagar a um guia,
poderá descer por onde subiu ou, então, pelo outro lado da montanha para ver mais
alguns túmulos interessantes. Uma vez na baixa da cidade, terá de subir mais uma
montanha para chegar a outro Miradouro do Tesouro.
Dicas para visitar Petra
▪ Leve água, alguma comida e um chapéu para se proteger do sol;
▪ Poderá pedir ao seu hotel para lhe preparar uma merenda (“lunch box”) para almoçar em
Petra. Além de não haver muita oferta, os preços são mais elevados na cidade antiga;
▪ Calce sapatos confortáveis;
▪ Recolha um mapa no Centro de Visitantes/Entrada;
▪ Se quiser poupar tempo e as pernas, poderá ir de cavalo, desde a Entrada/Centro de
Visitantes até ao início do “Siq”. Apesar de anunciarem que a viagem é gratuita, os
donos dos cavalos esperam uma gorjeta significativa no final;
▪ Se quiser continuar a poupar tempo e as pernas, poderá percorrer os 1,2 km do “Siq” numa
carruagem puxada por cavalos. O preço é negociado com o condutor.
▪ Poderá ainda alugar um burro para visitar a baixa da cidade e ir até ao Mosteiro, mas não
há de ser muito confortável.

Petra by night
Se tiver oportunidade, não perca este espetáculo de música tradicional à luz das velas em frente
ao Tesouro. A caminhada pelo “Siq” iluminado por velas também é inesquecível.
Dicas:
▪O espetáculo não se realiza todos os dias;
▪A entrada não está incluída nos bilhetes diários para visitar Petra;
▪ Os bilhetes podem ser comprados no Centro de Visitantes;
▪ Informação atualizada sobre os dias, horários e preços em: www.visitpetra.jo

5. O que fazer na Jordânia: Wadi Mujib


Bem perto do Mar Morto, você também pode explorar a região de Wadi Mujib, que é a
reserva natural com a menor altitude em todo o planeta. A reserva fica a aproximadamente
415 metros abaixo do nível do mar.
Em Wadi Mujib, há alguns passeios possíveis para serem feitos. Dentre os passeios mais
procurados pelos turistas, a paisagem mais procurada é a do cânion com o Rio Wadi Mujib
passando no meio. Além de ser um passeio bem refrescante, já que é possível mergulhar e
deixar se levar pela correnteza em alguns trechos, o visual faz a caminhada valer a pena.
O trajeto mais famoso é o Wadi Mujib Siq Trail.

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