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Porto Alegre - RS
2024
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 3
2- O EFEITO DO PEDAL PHASER......................................................................................... 4
3- COMPONENTES UTILIZADOS........................................................................................... 5
4- ESQUEMÁTICO DO CIRCUITO UTILIZADO COMERCIALMENTE PELA MXR PHASE
90............................................................................................................................................. 6
5- ALIMENTAÇÃO DO CIRCUITO........................................................................................... 7
6- OSCILADOR DE BAIXA FREQUÊNCIA.............................................................................. 8
7- ENTRADA DO PEDAL......................................................................................................... 9
8- ESTÁGIO DE MUDANÇA DE FASE.................................................................................. 10
8.1 - The Elementary Shifting Unit....................................................................................11
8.2 MXR Phase 90 Shifting Unit....................................................................................... 13
8.2.1 Como mover os “NOTCHES”?.......................................................................... 14
8.3 Usando um JFET (2N5952) como resistor variável................................................... 14
8.4 Frequência de “notches” do MXR Fase 90................................................................ 16
9- SAÍDA DO PEDAL............................................................................................................. 18
9.1 - DETERMINANDO R27............................................................................................ 18
9.2 - DETERMINANDO R_POT3..................................................................................... 20
10- PROJETO DA PLACA DE CIRCUITO IMPRESSO....................................................... 21
11- MONTAGEM E FINALIZAÇÃO....................................................................................... 23
12- ESQUEMÁTICO AMPLIADO.......................................................................................... 29
13- CONCLUSÃO.................................................................................................................. 31
1- INTRODUÇÃO
Este relatório tem como objetivo aprofundar-se nas complexidades desse lendário
pedal de phaser, desvendando os seus componentes internos e destacando as
características que o tornam uma escolha indispensável para aqueles que buscam
expandir suas possibilidades sonoras. Ao analisar o intricado circuito e a engenharia
sonora do MXR Phase 90, embarcamos em uma jornada para compreender como
esse dispositivo singular continua a deixar sua marca no mundo da música.
2- O EFEITO DO PEDAL PHASER
Este foi o bloco que mais sofreu modificações. Como se está trabalhando como uma fonte
assimétrica, ou seja, 0V ~ 9V, é necessário criar uma tensão de referência para o sinal e
para o AMPOP, onde será essa tensão que simulará um Terra Virtual. A bateria a qual
alimentará o circuito possui 9V. Logo, a tensão de referência deve estar no meio dessa
tensão (4,5 V). O esquemático original utilizou um diodo zener de 5,1V. Isso foi alterado
para um divisor de tensão com R1 e R2 iguais dividindo a tensão pela metade. O capacitor
C2 foi usado para filtrar oscilações da bateria.
O buffer do AMPOP fará de tudo para segurar essa tensão e “jogá-la” para o restante do
circuito. Na saída do Buffer temos um trimpot (Rtrimmer) que servirá para regular a tensão
+Vbias que estará no gate dos JFET’S, buscando maior efeito. Isso será melhor visto
adiante.
O R3 possui valor de resistência elevado para passar apenas tensão aos JFET’S. O
capacitor C2 serve para filtrar oscilações entre Vref e Vbias.
7- ENTRADA DO PEDAL
Sendo o 𝑍
𝑖𝑛−𝐴𝑀𝑃𝑂𝑃
, a impedância de entrada do AMPOP. Como ela possui valor
muito maior que a impedância de R10, seu paralelo dá aproximadamente R10.
O resistor R10 de 470K realiza a polarização da entrada para o terra virtual (+Vref =
4,5V). Essa configuração não apenas estabelece a referência adequada, mas
também contribui para manter a estabilidade e o desempenho eficaz do circuito. A
escolha desses componentes e a consideração da frequência de corte são cruciais
para otimizar a resposta do buffer de entrada, garantindo a fidelidade do sinal e
minimizando interferências indesejadas.
Figura 9: Configuração RC
Essa estrutura pode ser analisada como um filtro, podendo operar tanto como um
passa-alta quanto como um passa-baixa. A fase no diagrama de bode para essa
configuração fica:
ϕ
ϕ −1 𝑡𝑎𝑛( 2 )
2
= 𝑡𝑎𝑛 (2π . 𝑓. 𝑅𝐶) ⇔ 𝑓 = 2π .𝑅𝐶
Nota: A fase no fcut-off não é de 45°, como em um filtro RC passivo padrão, mas é
dobrada para 90°.
Ao conectar duas dessas redes RC em série, a fase em fphaser é deslocada até 90°
+ 90° = 180°. Se o sinal processado (com deslocamento de fase de 180°) for
somado ao original, o resultado será um sinal com cancelamento de amplitude
apenas em fphaser, criando um “notch” nessa frequência.
A forma de onda Vin em azul representa o sinal de entrada, sendo utilizado, por
exemplo, um sinal unitário (módulo 1, fase 0°). A forma de onda Vx em verde
corresponde ao sinal nas entradas do amplificador operacional (-) ou (+). A tensão é
a mesma nos dois terminais devido a presença de uma realimentação negativa no
AMPOP.
Ao considerar o RC como um filtro passa-alta convencional, uma vez que +Vref atua
como um aterramento virtual e pode ser tratado como um ponto de referência GND,
1
o fcut-off é igual a 2π .𝑅𝐶
com uma fase de 45°, e a amplitude é Vin = -3dB, ou
1
seja, (o que explica por que a forma de onda verde é menor que as formas de
2
onda azul e vermelha).
Neste caso, o MXR Phase90 emprega um FET como resistor variável, colocado em
paralelo a R. O valor do resistor variável está diretamente relacionado à tensão LFO
na porta FET.
O 𝑟𝐷𝑆 varre uma ampla faixa de valores de resistência, de modo que os “notches”
podem ser alterados de maneira justa. O corte VGS deve ser o maior possível,
proporcionando uma amplitude de varredura LFO mais ampla.
Com essas premissas e assumindo que o divisor de tensão de 4,5V está sendo
utilizado (𝑉𝐺=4,5V), a polarização correta do FET deve fazer com que o 𝑉𝐺𝑆 varie de
0 até o corte do 𝑉𝐺𝑆.
A onda triangular gerada pelo LFO é aplicada ao 𝑉𝐺 e deve ser alinhada com este
ponto de polarização utilizando o Rtrimmer de 250K.
ϕ
𝑡𝑎𝑛( 2 )
𝑓 = 2π .𝑅𝐶
Observação: O potenciômetro deve ter seu conector central em +Vref e não no GND
(groud), pois +Vref é a tensão de referência do circuito, devido a fonte de
alimentação ser assimétrica (0~9V). Assim, todo o sinal tem +Vref como referência.
Substituir por GND fará que todo o sinal seja drenado pela bateria e não haverá
sinal de saída.
O cálculo para determinar o valor de R27 foi considerando exatamente a soma por
igual de ambos os sinais vindos de Va e Vb. Portanto:
Figura 18: Esquemático para determinar R27
𝑅𝐴 .𝑅𝐵 + 𝑅𝐴 . 𝑅𝐶 + 𝑅𝐵 . 𝑅𝐶
𝑅𝑒𝑞𝑢𝑖 = 𝑅𝐶
Portanto:
𝑅𝑒𝑞𝑢𝑖 = 220kΩ
Agora, temos o seguinte circuito:
𝑉 𝑉𝐵
⎡ 𝐴 ⎤ 2.𝑉
𝑉𝑜 = − 𝑅27 ⎢ 𝑅𝑒𝑞 + ⎥ ⇒ 𝑉𝑜 = − 𝑅27 ⎡ ⎤; 𝑉𝐴 = 𝑉𝐵 = 𝑉
⎢ 𝑅𝑒𝑞 ⎥ ⎣ 𝑅𝑒𝑞 ⎦
⎣ ⎦
𝑉𝑂
𝑅𝑒𝑞
𝑉𝑖
= 1 ⇔ 𝑅27 = − 2
= 110𝑘Ω
Não deve existir componente DC na saída do Pedal, portanto foi colocado um capacitor em
série entre a saída do AMPOP com a saída do conector de guitarra. O capacitor escolhido
foi de 47nF. Agora, é necessário projetar um passa-altas para atenuar frequências que não
serão ouvidas. Considerando uma frequência de corte (-3dB no diagrama de bode) em
80Hz, precisamos de um potenciômetro de:
1
𝑓 = 2π .𝑅𝐶
1 1
𝑅 = 2π .𝑓.𝐶
⇒ 2π .(80) . (47𝑛)
Assim, quando o cursor central do volume estiver na posição A, o sinal será drenado
para o ground. Logo, não há volume. Caso contrário, quando estiver na posição B,
todo sinal irá para a saída. Dessa forma, é possível regular o volume do Pedal.
Foi utilizado o software EasyEDA para modelar e projetar a placa. A placa possui
duas camadas de trilha de cobre, cuja dimensão é 7cm x 9cm. A placa foi projetada
de modo que ficasse evidente os módulos principais do circuito e uma melhor
identificação de cada componente.
Figura 22: Projeto da PCB
Na conclusão desta análise aprofundada sobre o pedal MXR Phase 90, é possível
desenvolvimento.
contemporânea.