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1

Lista 3
Análise Vetorial e Tensorial
Spiegel, Vector Analysis 2ed, Coleção Schaum 2009
Cap 03 Diferenciação de vetores

Estude: 3.11, 3.18, 3.20, 3.23, 3.24, 3.26, 3.27, 3.28, 3.29, 3.30.
Entregue: 3.32(a,b), 3.35, 3.38, 3.39, 3.45, 3.47(a,b,c,d,e), 3.50, 3.61(a,b,c),
3.66, 3.68.
Problema 3.1 (3.32(a,b)) Suponha que uma partícula que se move ao longo da curva
x = 2 sen 3t; y = 2 cos 3t; z = 8t em qualquer momento t > 0:
(a) Encontre a velocidade e a aceleração da partícula.
(b) Encontre o módulo da velocidade e da aceleração.

Resolução: A equação horária do movimento é

r(t) = h 2 sen 3t; 2 cos 3t; 8t i

(a) A velocidade v(t) e a aceleração a(t) são obtidas derivando r(t)

v(t) = h 6 cos 3t; 6 sen 3t; 8 i


a(t) = h 18 sen 3t; 18 cos 3t; 0 i

Colocando a resposta como combinação linear dos vetores unitário i; j; k;

v(t) = 6 cos 3t i 6 sen 3t j + 8k;


a(t) = 18 sen 3t i 18 cos 3t j:

(b) Os módulos da aceleração e da velocidade são


p p
kv(t)k = (6 cos 3t)2 + ( 6 sen 3t)2 + 82 = 36 + 64 = 10;
p p
ka(t)k = ( 18 sen 3t)2 +( 18 cos 3t)2 = 182 = 18:

Problema 3.2 (3.35) Suponha que

A = sen u i + cos u j + uk; B = cos u i sen u j 3k; C = 2i + 3j k:


d
Encontre du
(A (B C)) em u = 0:
2

Resolução: Cálculo de

i j k
B C= cos u sen u 3 = hsen u + 9; cos u 6; 3 cos u + 2 sen ui
2 3 1

Cálculo de
i j k
A (B C) = sen u cos u u
sen u + 9 cos u 6 3 cos u + 2 sen u
e

A (B C) = [cos u(3 cos u + 2 sen u) u(cos u 6)] i


+ [u(sen u + 9) sen u(3 cos u + 2 sen u)] j
+ [sen u(cos u 6) cos u(sen u + 9)] k

Simpli…cando

A (B C) = 3 cos2 u + sen 2u + 6u u cos u i


+ u sen u + 9u (3=2) sen 2u 2 sen 2 u j
+ [ 6 sen u 9 cos u] k

Derivando
d
(A (B C)) =
dt
[6 cos u sen u + 2 cos 2u + 6 cos u + u sen u] i+
[sen u + u cos u + 9 3 cos 2u + 4 sen u cos u] j+
[ 6 cos u + 9 sen u] k :

Fazendo u = 0;
d
(A (B C)) = (2 + 6 1) i + (9 3) j + ( 6) k
dt
= 7i + 6j 6k:

Problema 3.3 (3.38) Considere que

d2 A
= 6t i 24t2 j + 4 sen t k :
dt2
dA
Encontre A; dado que A = 2i + j e dt
= i 3k em t = 0:
3

Resolução: Integrando d2 A=dt2 ; obtemos


Z
dA d2 A
= dt + B
dt dt2
Z
= 6t i 24t2 j + 4 sen t k dt + B

= 3t2 i 8t3 j 4 cos t k + B

Como dA=dt = i 3k quando t = 0; obtemos

i 3k = 4k + B ) B= i+k

Integrando dA=dt; obtemos

A = t3 i 2t4 j 4 sen t k + t B + C

Uma vez que A = 2i + j quando t = 0; temos

2i + j = C

Usando os valores calculados para B e C; chegamos ao resultado …nal

A = t3 i 2t4 j 4 sen t k + t ( i + k) + (2i + j)

Simpli…cando
A = t3 t + 2 i + (1 2t4 ) j + (t 4 sen t) k

Problema 3.4 (3.39) Mostre que r = e t (C1 cos 2t + C2 sen 2t); onde C1 e C2 são
vetores constantes, é uma solução da equação diferencial

d2 r dr
2
+ 2 + 5r = 0:
dt dt

Resolução: Como
t t
r = C1 e cos 2t + C2 e sen 2t
derivando obtemos
dr
= C1 e t cos 2t 2e t sen 2t + C2 e t sen 2t + 2e t
cos 2t
dt
= (2C2 C1 )e t cos 2t + ( C2 2C1 )e t sen 2t
4

Derivando novamente
d2 r
= (2C2 C1 ) e t cos 2t 2e t sen 2t
dt2
+( C2 2C1 ) e t sen 2t + 2e t cos 2t
= ( 2C2 + C1 2C2 4C1 ) e t cos 2t
+ ( 4C2 + 2C1 + C2 + 2C1 ) e t sen 2t
= ( 3C1 4C2 ) e t cos 2t
+ (4C1 3C2 ) e t sen 2t
Adicionando
d2 r dr
2
+ 2 + 5r =
dt dt
t t
( 3C1 4C2 ) e cos 2t + (4C1 3C2 ) e sen 2t+
( 2C1 + 4C2 )e t cos 2t + ( 4C1 2C2 )e t sen 2t+
5C1 e t cos 2t + 5C2 e t sen 2t = 0

Problema 3.5 (3.45) Se C1 e C2 são vetores constantes e é um escalar constante,


mostre que
H = exp( x)(C1 sen y + C2 cos y)
satisfaz a equação diferencial parcial
@ 2H @ 2H
+ = 0:
@x2 @y 2
Resolução: Vamos derivar
H = C1 exp( x) sen y + C2 exp( x) cos y:
Derivando em relação a x;
@H
= C1 exp( x) sen y C2 exp( x) cos y
@x
@ 2H 2 2
= C1 exp( x) sen y + C2 exp( x) cos y
@x2
2
= H
Derivando em relação a y;
@H
= C1 exp( x) cos y C2 exp( x) sen y
@y
@ 2H 2 2
= C1 exp( x) sen y C2 exp( x) cos y
@y 2
2
= H
5

Adicionando as derivadas segundas,


@ 2H @ 2H 2 2
+ = H H = 0:
@x2 @y 2

Problema 3.6 (3.47(a,b,c,d,e)) Encontre (a) a tangente unitária T; (b) a curvatura


; (c) a normal principal N; (d) a binormal B; e (e) a torção para a curva espacial
x=t t3 =3; y = t2 ; z = t + t3 =3:

Resolução: Uma parametrização da curva espacial é


r(t) = t t3 =3; t2 ; t + t3 =3
(a) Cálculo da tangente unitária
r0 (t) = 1 t2 ; 2t; 1 + t2
e
p p p
kr0 (t)k = (1 t2 )2 + (2t)2 + (1 + t2 )2 = 2 t4 + 2t2 + 1
p p p
= 2 (t2 + 1)2 = 2(t2 + 1)
e
r0 (t) (1 t2 )i + 2tj + (1 + t2 )k
T(t) = 0 = p
kr (t)k 2(1 + t2 )
(b) Cálculo da curvatura
dT
=
ds
Temos
1 1 t2 2t
T(t) = p 2
i+ j+k
2 1+t 1 + t2
e
dT 1 (1 + t2 )( 2t) (1 t2 )(2t) 2(1 + t2 ) 2t(2t)
(t) = p i+ j
dt 2 (1 + t2 )2 (1 + t2 )2
1 4t 2(1 t2 )
= p i + j
2 (1 + t2 )2 (1 + t2 )2
s
2 2
dT 1 4t 2(1 t2 )
= p +
dt 2 (1 + t2 )2 (1 + t2 )2
p
2 p 2
= p 2 2
(1 + t ) =
2(1 + t2 )2 1 + t2
6

dT dT dt T0 (t)
= = 0
ds dt ds kr (t)k
1
= 2t i + (1 t2 ) j
(1 + t2 )3

Finalmente,

dT 1 p
= = ( 2t)2 + (1 t2 )2
ds (1 + t2 )3
1
=
(1 + t2 )2

(c) Cálculo da normal principal

1 dT 1
N = = (1 + t2 )2 2t i + (1 t2 ) j
ds (1 + t2 )3
2t 1 t2
= i + j
1 + t2 1 + t2
(d) Cálculo da binormal B: Temos

1
T(t) = p (1 t2 ) i + 2t j + (1 + t2 ) k
2
2(1 + t )
1
N = 2t i + (1 t2 ) j
1 + t2
e calculamos
i j k
1
B=T N= p (1 t2 ) 2t (1 + t2 )
2(1 + t2 )2 2t (1 t2 ) 0

1
B = p (1 + t2 )(1 t2 ); 2t(1 + t2 ); (1 + t2 )2
2
2(1 + t ) 2

1
= p t2 1; 2t; (t2 + 1)
2
2(1 + t )
ou
(t2 1) i 2t j + (t2 + 1) k
B= p
2(1 + t2 )
(e) Cálculo da torção. Derivamos

(t2 1) 2t 1
B= p i p j+ k
2(1 + t2 ) 2(1 + t2 ) 2
7

para obter p
dB 2 2t p t2 1
= i + 2 j
dt (t2 + 1)2 (t2 + 1)2
e p
dB 1 p 2
= 2 2(t2 + 1)2 = 2 :
dt 2
(t + 1) (t + 1)
Como p
kr0 (t)k = 2(t2 + 1)
calculamos
dB dB dt dB dt 1 dB
= = = = 0
ds dt ds dt ds kr (t)k dt
usando os resultados acima
p
1 2 1
=p 2
=
2(t + 1) (t + 1)
2 (1 + t2 )2

Problema 3.7 (3.50) Mostre que para uma curva plana a torção = 0:

Resolução: Se a curva for plana, os vetores T e N permanecem no plano da curva e


o vetor unitário
B=T N
é sempre normal ao plano da curva e, portanto, é constante o que implica em

dB
= 0:
ds
Sabemos que
dB
= N
ds
o que implica em
dB
j j= = 0;
ds
mostrando assim que é igual a zero,

Problema 3.8 (3.61(a,b,c)) Encontre equações do (a) plano osculador, (b) plano nor-
mal e (c) plano reti…cador para a curva x = 3t t3 ; y = 3t2 ; z = 3t + t3 no ponto em
que t = 1:
8

Resolução: O plano que passa por um ponto P da curva e é perpendicular a T é


chamado de plano normal. Este plano é gerado por N e B: O plano que passa por P e
é perpendicular a N é chamado de plano reti…cador. Este plano é gerado por T e B:
O plano que passa por P e é normal a B é chamado de plano osculador. Este plano é
gerado por T e N: Vamos determinar os vetores T; N e B no ponto indicado e assim obter
a equação dos planos. Vamos resolver os itens do problema fora de ordem. Resolveremos
o item (b), depois o item (c) e, por último, o item (a)
(b) Uma parametrização da curva é

r(t) = hx(t); y(t); z(t)i = 3t t3 ; 3t2 ; 3t + t3 :

Derivando,
r0 (t) = 3 3t2 ; 6t; 3 + 3t2 :
e calculando a norma,
q
0
kr (t)k = 3t2 )2 + (6t)2 + (3 + 3t2 )2
(3
p p p
= 18(t4 + 2t2 + 1) = 3 2 (t2 + 1)2 :

Depois de simpli…car, p
kr0 (t)k = 3 2(t2 + 1)
Dividindo r0 (t) por kr0 (t)k ; obtemos

r0 (t) 1
T(t) = 0 =p 1 t2 ; 2t; 1 + t2 :
kr (t)k 2(t2 + 1)

Aproveitamos para calcular

1
T1 = T(1) = p h 0; 1; 1 i
2

Se denotarmos por v = h x; y; z i o vetor posição de um ponto P (x; y; z) do plano normal


que passa pelo ponto apontado por r1 = r(1) = h 2; 3; 4 i é

(v r1 ) T1 = 0

ou
1
hx 2; y 3; z 4 i p h 0; 1; 1 i = 0
2
Esta é a equação vetorial do plano que passa por r1 e é normal a T(1): p Para obter a
equação geral, basta executar o produto escalar e cancelar o fator 1=(2 2)

2(y 3) + 2(z 4) = 0 ou y+z 7=0


9

que é a equação geral do plano normal. Esta é a resposta do item (b). Uma nota: o plano
normal em t = 1 também é o plano gerado por N1 = N(1) e B1 = B(1) e sua equação
vetorial pode ser colocada na forma

v r1 = N1 + B1 ;

onde e são dois parâmetros reais. Igualando cada componente desta equação vetorial
iríamos obter as equações paramétricas do plano. Na continuação deste exercício vamos
calcular N(t) e B(t); através dos quais obteremos

N1 = N(1) = h 1; 0; 0 i
1
B1 = B(1) = p h 0; 1; 1 i
2
e a equação do plano normal que passa por r1 é
1
h x; y; z i h 2; 3; 4 i = h 1; 0; 0 i + p h 0; 1; 1 i:
2
A partir desta equação vetorial obtemos as equações paramétricas da reta normal

x=2 ; y=3 p ; z =4+ p ;


2 2
onde e são parâmetros reais. À medida que e percorrem o conjunto dos números
reais, o vetor posição v = h x; y; z i percorre os pontos P (x; y; z) do plano.
(c) Vamos agora determinar a equação do plano reti…cador que é normal a N; lem-
brando que
1
N(t) = 0
T0 (t):
kT (t)k
Já calculamos
1 1 t2 2t
T(t) = p ; ; 1
2 1 + t 1 + t2
2

e, derivando,

0 1 (1 + t2 ) ( 2t) (1 t2 ) (2t) 2(1 + t2 ) 2t(2t)


T (t) = p ; ; 0
2 (1 + t2 )2 (1 + t2 )2
ou
0 1 4t 2(1 t2 )
T (t) = p ; ; 0
2 (1 + t2 )2 (1 + t2 )2
e
1 1
T0 (1) = p h 1; 0; 0 i ; kT0 (1)k = p
2 2
Daí obtemos
1
N1 = N(1) = T0 (1) = h 1; 0; 0 i
kT0 (1)k
10

Se denotarmos por v = h x; y; z i o vetor posição de um ponto P (x; y; z) do plano


reti…cador que passa pelo ponto apontado por r1 = r(1) = h 2; 3; 4 i é
(v r 1 ) N1 = 0
ou
hx 2; y 3; z 4i h 1; 0; 0 i = 0
Esta é a equação vetorial do plano reti…cador. Efetuando o produto escalar obtemos sua
equação geral
x 2=0 ou x = 2:
Esta é a resposta do item (c). Como no caso do plano normal, o plano reti…cador em t
= 1 também é o plano gerado por T1 = T(1) e B1 = B(1) e sua equação vetorial pode
ser escrita na forma
v r1 = T1 + B1 ;
onde e são dois parâmetros reais. Igualando cada componente desta equação vetorial
iríamos obter as equações paramétricas do plano. Já determinamos T(t) e na continuação
deste exercício vamos calcular B(t); através dos quais obtemos
1
T1 = T(1) = p h 0; 1; 1 i
2
1
B1 = B(1) = p h 0; 1; 1 i
2
e a equação do plano reti…cador que passa por r1 é
1 1
h x; y; z i h 2; 3; 4 i = p h 0; 1; 1 i + p h 0; 1; 1 i:
2 2
A partir desta equação vetorial obtemos as equações paramétricas da reta normal

x = 2; y =3+ p p ; z =4+ p ;
2 2 2
onde e são parâmetros reais. À medida que e percorrem o conjunto dos números
reais, o vetor posição v = h x; y; z i percorre os pontos P (x; y; z) pdo plano. Podemos
p
simpli…car essas equações mudando os parâmetros, de…nindo r = = 2 e s = = 2 para
obter as equações paramétricas na forma
x = 2; y =3+r s; z = 4 + s;
onde r e s são os novos parâmetros.
(a) Vamos agora determinar a equação do plano osculador, que é ortogonal a B:
Iniciamos calculando o vetor
B1 = B(1) = T1 N1
1
= p h 0; 1; 1 i h 1; 0; 0 i
2
11

e
1
B1 = p h 0; 1; 1 i
2
Se denotarmos por v = h x; y; z i o vetor posição de um ponto P (x; y; z) do plano
osculador que passa pelo ponto apontado por r1 = r(1) = h 2; 3; 4 i é

(v r1 ) B1 = 0

ou
1
hx 2; y 3; z 4 i p h 0; 1; 1 i = 0
2
Esta é a equação vetorial do plano reti…cador. Efetuando o produto escalar obtemos sua
equação geral
(y 3) + (z 4) = 0 ou z y = 1:
Esta é a resposta do item (a). O plano reti…cador em t = 1 é gerado pelos vetores T1 e
N1 e sua equação vetorial pode ser escrita na forma

v r1 = T1 + N1 ;

onde e são dois parâmetros reais. Já determinamos

1
T1 = T(1) = p h 0; 1; 1 i
2
N1 = N(1) = h 1; 0; 0 i

e a equação do plano osculador que passa por r1 é

1
h x; y; z i h 2; 3; 4 i = p h 0; 1; 1 i + h 1; 0; 0 i:
2
A partir desta equação vetorial obtemos as equações paramétricas da reta normal

x=2 ; y =3+ p ; z =4+ p ;


2 2

onde e são parâmetros reais. À medida que e percorrem o conjunto dos números
reais, o vetor posição v = h x; y; z i percorre os pontos P (x; y; z) dopplano. Podemos
simpli…car essas equações mudando os parâmetros, de…nindo r = = 2 para obter as
equações paramétricas na forma

x=2 ; y = 3 + r; z = 4 + r;

onde r e são os novos parâmetros do plano.


12

Problema 3.9 (3.66) Uma partícula se move ao longo da curva

r = (t3 4t)i + (t2 + 4t)j + (8t2 3t3 )k;

onde t é o tempo. Encontre os módulos das componentes tangencial e normal de sua


aceleração quando t = 2:

Resolução: Sabemos que


a = aT + v 2 N
onde
ds
v= = k_r(t)k
dt
é a rapidez (speed em inglês) da partícula,

dv
aT =
dt
é a aceleração tangencial,
aN = v 2
é a aceleração normal e

dT dT dt 1 dT
= = =
ds dt ds v dt

é a curvatura, todas no instante t: Vamos calcular T e dT=dt: Se denotarmos as derivadas


em t por um ponto sobre a letra,

r_ = (3t2 4)i + (2t + 4)j + (16t 9t2 )k;


r = 6t i + 2 j + (16 18t)k;

1=2
v = k_rk = (3t2 4)2 + (2t + 4)2 + (16t 9t2 )2
(3t2 4)(6t) + (2t + 4) 2 + (16t 9t2 )(16 18t)
aT = v_ =
v(t)

No ponto t = 2;

r_ (2) = 8 i + 8 j 4 k;
r(2)
• = 12 i + 2 j 20 k;
p
v(2) = k_r(2)k = 82 + 82 + 42 = 12;
aT (2) = v(2)
_ = 16:

Obtivemos uma parte do que foi pedido. A aceleração tangencial em t = 2 é

aT (2) = 16:
13

Para calcular a aceleração normal v 2 ; precisamos de outras duas derivadas


dr dr dt 1
T = = = r_
ds dt ds v
dT 1 1 a 1
= 2
v_ r_ + • r= 2
r_ + •r
dt v v v v
Em t = 2;
1
T(2) = (2 i + 2 j k) ;
3
dT 4 1
(2) = 2
(2 i + 2 j k) + (6 i + j 10 k)
dt 3 6
1 13 11
= i j k;
9
s 18 9
2 2 2
dT 1 13 11 1p
(2) = + + = 73:
dt 9 18 9 6

Por de…nição,
dT dT dt 1 dT 1 dT
= = = = :
ds dt ds v dt v dt
No instante t = 2;
1 p
(2) = 73
12 6
1 p p
aN (2) = v 2 (2) (2) = 122 73 = 2 73;
12 6
que é a aceleração normal no instante t = 2:

Problema 3.10 (3.68) Um corpo é atraído para um ponto …xo O com uma força F =
f (r) r; chamada força central, onde r é o vetor posição do corpo relativo a O: Mostre
que r v = h; onde h é um vetor constante. Prove que a quantidade de movimento
angular é constante.

Resolução: Pela segunda lei de Newton, F = m a; onde a = v_ é a aceleração do


corpo e m é sua massa. Uma vez que F = f (r) r; temos

f (r) r = m v:
_

Vamos mostrar que a derivada de r v é nula, provando que este produto vetorial é con-
stante. Sabemos que o produto vetorial de dois vetores paralelos é igual a zero. Portanto,
d
(r v) = r_ v+r v_ = v v+r a
dt
f (r) f (r)
= r a=r r= r r=0
m m
14

Uma vez que a derivada de r v é o vetor nulo, este produto vetorial é constante que
chamamos de h: Em Mecânica, a grandeza p = m v é chamada de quantidade de
movimento ou momento linear e L = r (m v) é a quantidade de movimento
angular ou momento angular. Quando a força for central, como é o caso da força
gravitacional, o momento angular se conserva.

Nota: A partir da próxima folha estão os enunciados e algumas res-


oluções de problemas do Spiegel em sua primeira edição. Os números
originais são aqueles entre parêntesis. Alguns exercícios podem estar sem
a numeração original.
3.1. PROBLEMAS RESOLVIDOS 15

3.1 Problemas resolvidos


Problema 3.11 Dado o campo escalar (x; y; z) = 2xy + y 2 + x2 z; calcule (a) (0; 0; 0);
(b) (1; 2; 3); (c) (1; 3; 4):

Problema 3.12 Dado o campo escalar de…nido por (x; y; z) = 4yz 3 + 3xyz z 2 + 2:
Calcule (a) (1; 1; 2); (b) (0; 3; 1): Resposta: (a) 36; (b) 11:

Problema 3.13 Calcule os campos vetoriais abaixo em oito pontos equidistantes da cir-
cunferência de raio 2; começando com o ponto (2 cos( =6); 2 sen( =6)): Desenhe represen-
tantes desses vetores colocando seus pontos iniciais no ponto em que o campo foi calculado.
Se assim o desejar, use um computador. (a) v(x; y) = xi + yj; (b) v(x; p y) = xi yj;
(c) v(x; y) = xi yj; (d) v(x; y) = yi xj; (e) v(x; y) = (xi + yj)= x2 + y 2 :

Problema 3.14 (3.02) Dado R = (sen t)i + (cos t)j + t k; encontre:

dR d2 R dR d2 R
; ; ; :
dt dt2 dt dt2
p
Respostas: (a) (cos t)i + (sen t)j + k; (b) ( sen t)i (cos t)j; (c) 2; (d) 1:

Problema 3.15 (3.03) Uma partícula se move ao longo de uma curva cujas equações
paramétricas são x = e t ; y = 2 cos 3t; z = 2 sen 3t; onde t é o tempo. (a) Determine sua
velocidade e aceleração a qualquer momento. (b) Encontre a magnitudes da velocidade e
aceleração em t = 0:
Resolução: (a) O vetor de posição r da partícula é

r = xi + yj + zk = e t i + (2 cos 3t)j + (2 sen 3t)k:

A velocidade e a aceleração são dadas, respectivamente por


dr
v = = e t i (6 sen 3t)j + (6 cos 3t)k;
dt
dv
a = = e t i (18 cos 3t)j (18 sen 3t)k:
dt
Em t = 0;
dr
v = = i + 6k;
dt
dv
a = = i 18j:
dt
Neste instante as magnitudes da velocidade e aceleração são
p p p p
jvj = ( 1)2 + 62 = 37; jaj = 12 + ( 18)2 = 325:
16

Problema 3.16 (3.04) Uma partícula se move ao longo da curva x = 2t2 ; y = t2 4t;
z = 3t 5; onde t é o tempo. Encontre os componentes de sua velocidade e aceleração
no instante t = 1 na direção i 3j + 2k:
Resolução: A velocidade é igual a

dr
v= = 4ti + (2t 4)j + 3k = 4i 2j + 3k
dt
em t = 1: O vetor unitário na direção i 3j + 2k é

i 3j + 2k i 3j + 2k i 3j + 2k
=p = p :
ji 3j + 2kj 2 2
1 + ( 3) + 2 2 14

A componente da velocidade na direção dada é


p
(4i 2j + 3k) (i 3j + 2k) 8 14
p = :
14 7

Para a aceleração os cálculos são semelhantes.

Problema 3.17 (3.06) (a) Encontre o vetor tangente unitário em qualquer ponto da
curva x = t2 + 1; y = 4t 3; z = 2t2 6t: (b) Determine o vetor tangente unitário no
ponto onde t = 2:
Resolução: (a) Um vetor unitário tangente à curva em qualquer ponto é

dr d
= (t2 + 1)i + (4t 3)j + (2t2 6t)k = 2t i + 4 j + (4t 6)k
dt dt
A magnitude deste vetor é

dr p
= (2t)2 + 42 + (4t 6)2
dt

Então o vetor tangente unitário requerido é

2t i + 4j + (4t 6)k
T= p
(2t)2 + 42 + (4t 6)2

Note que, como


ds dr dr=dt dr
= ; T= = :
dt dt ds=dt ds
(b) Em t = 2; o vetor tangente unitário é

4 i + 4j + 2k 2 2 1
T= p = i + j + k:
42 + 42 + 22 3 3 3
3.1. PROBLEMAS RESOLVIDOS 17

Problema 3.18 (3.07) Se A e B são funções diferenciáveis de um escalar u; prove que


d dA dB
(A B) = B+A ;
du du du
d dA dB
(A B) = B+A :
du du du
Resolução: Primeiro método:
d (A +
A) (B + B) A B
(A B) = lim
du u!0 u
B A A
= lim A + B+ B
u!0 u u u
dB dA
= A + B:
du du
A prova de (b) é semelhante.
Segundo método: Seja (e1 ; e2 ; ek ) uma base ortonormal positiva. Se A = Ai ei e B =
Bj ej ; então A B = Ai Bi e
d d dAi dBi
(A B) = (Ai Bi ) = Bi + Ai
du du du du
dA dB
= B+A
du du
Para o produto vetorial, A B= ijk Ai Bj ek e
d d d
(A B) = ( ijk Ai Bj ek ) = ijk (Ai Bj ) ek
du du du
dAi dBj
= ijk Bj + Ai ek
du du
dAi dBj
= ijk Bj ek + ijk Ai ek
du du
dA dB
= B+A :
du du
Problema 3.19 (3.08) Se A = 5t2 i + tj t3 k e B = (sen t)i (cos t)j; determine
d d d
(a) dt (A B); (b) dt (A B); (c) dt (A A): Em (a) use dois métodos: 1. use a fórmula
da derivada de um produto (escalar no caso) e 2. calcule o produto escalar e calcule a
derivada. Repita o mesmo procedimento em (b) e (c).

Problema 3.20 (3.09) Se A tiver magnitude constante, mostre que A e dA=dt são per-
6 0: Resolução: Desde que A tem magnitude constante,
pendiculares, desde que jdA=dtj =
A A é constante e, por isso,
d dA dA dA
(A A) = A + A = 2A = 0:
dt dt dt dt
18

Assim,
dA
A =0
dt
e A é perpendicular a dA=dt; uma vez que jdA=dtj =
6 0:

Problema 3.21 (3.10) Use os resultados obtidos no Exercício (3.18) para mostrar que
d dA dB dC
(A B C) = B C+A C+A B :
du du du du
Problema 3.22 (3.11) Simpli…que
d dV d2 V
V :
dt dt dt2
Resolução: Pelo Problema 3.21,
d dV d2 V
V
dt dt dt2
dV dV d2 V d2 V d2 V dV d3 V
= + V +V
dt dt dt2 dt2 dt2 dt dt3
3
dV d V
= V :
dt dt3
Problema 3.23 (3.12) Uma partícula se move de modo que seu vetor de posição é dado
por r = (cos !t)i + (sen !t)j onde ! é uma constante. Mostre que (a) a velocidade v
da partícula é perpendicular a r; (b) a aceleração a é direcionada para a origem e tem
magnitude proporcional à distância da origem, (c) r v = um vetor constante.
Resolução: (a) Como r tem módulo constante,
dr
v= = ( ! sen !t)i + (! cos !t)j
dt
é ortogonal a r: Basta fazer o produto escalar entre r e v para obter r v = 0; mostrando
que r e v s~
ao perpendiculares. (b) A aceleração é dada por
dv
a= = ( ! 2 cos !t)i + ( ! 2 sen !t)j = ! 2 r:
dt
Então a aceleração é oposta à direção de r; sendo direcionado para a origem. Sua magni-
tude é proporcional a r; que é a distância da origem. (c) r v = [(cos !t)i + (sen !t)j]
[( ! sen !t)i + (! cos !t)j] = !k; um vetor constante. Fisicamente, o movimento é o de
uma partícula movendo-se na circunferência de um círculo com velocidade angular con-
stante !: A aceleração, direcionada para o centro do círculo, é a aceleração centrípeta.

Problema 3.24 (3.13) Prove que


d dB dA d2 B d2 A
(A B) = A B:
dt dt dt dt2 dt2
3.1. PROBLEMAS RESOLVIDOS 19

Problema 3.25 (3.14) Mostre que

dA dA 1d 2
A =A = (A )
dt dt 2 dt
onde A sem negrito é a magnitude de A:
Resolução: Sendo A = A1 i + A2 j + A3 k; temos A2 = A21 + A22 + A23 : Assim

d 2 dA1 dA2 dA3 dA


(A ) = 2A1 + 2A2 + 2A3 = 2A :
dt dt dt dt dt
Outro método
d d dA dA dA
A2 = (A A) = A + A = 2A :
dt dt dt dt dt
dA
Note que, se A é um vetor de magnitude A constante, A dt
= 0; como no Exercício
(??).

Problema 3.26 (3.15) Se A = (2x2 y x4 ) i + (exy y sen x)j + (x2 cos y)k; determine:

@A @A @ 2 A @ 2 A @ 2 A @ 2 A
; ; ; ; ; :
@x @y @x2 @y 2 @x@y @y@x

Note que
@ 2A @ 2A
=
@x@y @y@x
mostrando que a ordem da diferenciação é irrelevante. Isso é verdade, em geral, quando
A tem derivadas parciais contínuas da segunda ordem pelo menos.

Problema 3.27 (3.16) Se (x; y; z) = xy 2 z e A = (xz)i (xy 2 )j + yz 2 k; encontre

@3
( A)
@x2 @z
no ponto (2; 1; 1):

Problema 3.28 (3.17) Considere um campo vetorial F = F(x; y; t) onde x; y dependem


de t: Prove que
dF @F @F dx @F dy
= + + :
dt @t @x dt @y dt
sob pressupostos adequados de diferenciação.
Resolução: Suponha que

F = F1 (x; y; t)i + F2 (x; y; t)j + F3 (x; y; t)k:


20

Então

dF = dF1 i + dF2 j + dF3 k


@F1 @F1 @F1
= dt + dx + dy i
@t @x @y
@F2 @F2 @F2
+ dt + dx + dy j
@t @x @y
@F3 @F3 @F3
+ dt + dx + dy k
@t @x @y
ou
@F1 @F2 @F3
dF = i+ j+ k dt
@t @t @t
@F1 @F2 @F3
+ i+ j+ k dx
@x @x @x
@F1 @F2 @F3
+ i+ j+ k dy
@y @y @y
ou
@F @F @F
dF = dt + dx + dy
@t @x @y
ou
dF @F @F dx @F dy
= + + :
dt @t @x dt @y dt

3.2 Geometria diferencial


Problema 3.29 (3.18) Prove as fórmulas de Frenet-Serret (a)
dT
= N;
ds
(b)
dB
= N;
ds
(c)
dN
= B T:
ds
Resolução: (a) Uma vez que T T = 1; segue do Exercício ?? que T dT ds
= 0; isto
dT dT
é, ds é perpendicular a T: Se N é um vetor unitário na direção e sentido de ds ; então
dT
= N:
ds
Chamamos N de normal principal, de curvatura e = 1= de raio de curvatura.
3.2. GEOMETRIA DIFERENCIAL 21

(b) Seja B = T N; de modo que


dB dN dT
= T + N
ds ds ds
dN dN
= T + N N=T
ds ds
Então
dB dN
T =T T =0
ds ds
de modo que T é perpendicular a dB
ds
: Mas, a partir de B B = 1 segue B dB
ds
= 0 (Exercício
dB
??), de modo que ds é perpendicular a B e está no plano de T e N: Uma vez que dBds
está
no plano de T e N; sendo perpendicular a T deve ser paralelo a N; então
dB
= N:
ds
Chamamos B de binormal, de torção e = 1= de raio de torção.
(c) O triedro ordenado (T; N; B) forma uma base ortonormal positiva. Fazendo uma
permutação circular dos vetores em (T; N; B); obtemos (B; T; N); que também é uma
base ortonormal positiva, de modo que

N=B T:

Então
dN dT dB
= B + T=B ( N) N T
ds ds ds
= T+ B= B T:

Problema 3.30 (3.19) Esboce a curva espacial x = 3 cos t; y = 3 sen t; z = 4t e encontre


(a) a tangente unitária T; (b) a normal principal N; a curvatura e o raio de curvatura
; (c ) a binormal B; torsão e raio de torsão :
A curva do espaço é uma hélice circular. Uma vez que t = z=4; a curva possui
equações x = 3 cos(z=4); y = 3 sen(z=4) e, portanto, …ca no cilindro x2 + y 2 = 9:
(a) O vetor de posição de um ponto qualquer da curva é

r = (3 cos t)i + (3 sen t)j + 4tk:

Então
dr
= ( 3 sen t)i + (3 cos t)j + 4k
dt r q
ds dr dr dr
= = = ( 3 sen t)2 + (3 cos t)2 + 42 = 5
dt dt dt dt
Portanto,
dr dr=dt 3 3 4
T= = = sen t i + cos t j + k:
ds ds=dt 5 5 5
22

(b)

dT d 3 3 4 3 3
= sen t i + cos t j + k = cos t i + sen t j
dt dt 5 5 5 5 5

dT dT=dt 3 3
= = cos t i + sen t j
ds ds=dt 25 25
Desde 0;
s
2 2
dT 3 3 3
=j j= = cos t + sen t =
ds 25 25 25
e
1 25
= = :
3
De
dT
= N;
ds
obtemos
1 dT
N= = ( cos t)i + ( sen t)j:
ds
(c)
4 4 3
B=T N= sen t i + cos t j + k
5 5 5

dB 4 4
= cos t i + sen t j
dt 5 5
dB dB=dt 4 4
= = cos t i + sen t j
ds ds=dt 25 25

De dB=ds = N;

4 4
[( cos t)i + ( sen t)j] = cos t i + sen t j
25 25
ou
4 1 25
= e = = :
25 4
Problema 3.31 (3.20) Prove que o raio de curvatura da curva com equações paramétri-
cas x = x(s); y = y(s); z = z(s) é dado por
" # 1=2
2 2 2
d2 x d2 y d2 z
= + + :
ds2 ds2 ds2
3.2. GEOMETRIA DIFERENCIAL 23

O vetor de posição de qualquer ponto na curva é r = x(s)i + y(s)j + z(s)k: Então


dr dx dy dz
T = = i + j + k;
ds ds ds ds
dT d2 r d2 x d2 y d2 z
= = i + j + k:
ds ds2 ds2 ds2 ds2
Mas
dT
= N
ds
de modo que s
2 2 2
dT d2 x d2 y d2 z
= = + +
ds ds2 ds2 ds2
e o resultado desejado segue uma vez que = 1= :

Problema 3.32 (3.21) Mostre que


dr d2 r d3 r
= :
ds ds2 ds3 2

Resolução: Sabemos que


dr
= T;
ds
d2 r dT
2
= = N;
ds ds
d3 r dN d d
3
= + N= ( B T) + N
ds ds ds ds
2 d
= B T+ N
ds
e assim,
dr d2 r d3 r 2 d
= T N B T+ N
ds ds2 ds3 ds
2 3 d
= T N B N T+ N N
ds
2 3 2
= T ( T B) = = 2

O resultado pode ser escrito na forma

h i 1 x0 y 0 z 0
2 2 2
= (x00 ) + (y 00 ) + (z 00 ) x00 y 00 z 00
x000 y 000 z 000
onde as linhas denotam derivadas em relação a s; pelo uso do resultado do Exercício 3.31.
24

Problema 3.33 (3.22) Dada a curva espacial x = t; y = t2 ; z = t3 ; determine (a) a


curvatura ; (b) a torção :
Resolução: (a) O vetor de posição é r = ti + t2 j + 23 t3 k: Então

dr
= i + 2tj + 2t2 k
dt r
ds dr dr dr p 2
= = = 1 + (2t)2 + (2t2 )2 = 1 + t2
dt dt dt dt
e
dr dr=dt i + 2tj + 2t2 k
T= = = :
ds ds=dt 1 + t2
Calculamos

dT 4ti + (2 4t2 )j + 4tk


=
dt (1 + 2t2 )2
dT dT=dt 4ti + (2 4t2 )j + 4tk
= =
ds ds=dt (1 + 2t2 )3
dT
Como ds
= N;
dT 2
= =
ds (1 + 2t2 )2
(b) De (a),
1 dT 2ti + (1 2t2 )j + 2tk
N= =
ds 1 + 2t2
Então
2t2 i 2tj + k
B=T N=
1 + 2t2
Agora

dB 4ti + (4t2 2)j 4tk


=
dt (1 + 2t2 )2
dB dB=dt 4ti + (4t2 2)j 4tk
= =
ds ds=dt (1 + 2t2 )3
dB
Sabendo que ds
= N obtemos

2
= :
(1 + 2t2 )2

Observe que = para esta curva.


3.2. GEOMETRIA DIFERENCIAL 25

Problema 3.34 (3.23) Encontre equações em forma vetorial e cartesiana da (a) tan-
gente, (b) principal normal e (c) binormal para a curva do Exercício 3.33 no ponto em
que t = 1:
Resolução: Sejam T0 ; N0 e B0 a tangente, os vetores normal principal e binormal
no ponto requerido. Então, a partir do Exercício 3.33,
i + 2j + 2k 2i j + 2k 2i 2j + k
T0 = ; N0 = ; B0 = :
3 3 3
Se A denota um vetor dado enquanto r0 e r denotam respectivamente os vetores de posição
do ponto inicial e um ponto arbitrário de A; então r r0 é paralelo a A e, portanto, a
equação de A é (r r0 ) A = 0: Assim,
1. a equação de tangente é (r r0 ) T0 = 0;
2. a equação da normal principal é (r r0 ) N0 = 0;
3. a equação da binormal é (r r0 ) B0 = 0:
Na forma retangular, com r = xi + yj + zk; r0 = i + j + 32 k estas equações se
tornam, respectivamente,
x 1 y 1 2=3 z
= = ;
1 2 2
x 1 y 1 z 2=3
= = ;
2 1 2
x 1 y 1 z 2=3
= = :
2 2 1
Estas equações também podem ser escritas em forma paramétrica.
Problema 3.35 (3.24) Encontre as equações na forma vetorial e retangular para (a) o
plano osculador, (b) o plano normal e (c) o plano de reti…cante para a curva dos Exercícios
3.33 e 3.34 no ponto em que t = 1:
Resolução: (a) O plano osculador é o aquele que contém a tangente e a normal
principal. Se r é o vetor posição de qualquer ponto neste plano e r0 = r(1) é o vetor
posição do ponto t = 1; então r r0 é perpendicular a B0 ; a binormal no ponto t = 1;
(r r0 ) B0 = 0:
(b) O plano normal é o plano perpendicular ao vetor tangente no ponto dado. Então
sua equação é
(r r0 ) T0 = 0:
(c) O plano reti…cador é o plano perpendicular à normal principal no ponto dado e
sua equação é
(r r0 ) N0 = 0:
Em forma retangular as equações de (a), (b) e (c) se tornam respectivamente
2(x 1) 2(y 1) + 1(x 2=3) = 0;
1(x 1) + 2(y 1) + 2(x 2=3) = 0;
2(x 1) 1(y 1) + 2(x 2=3) = 0:
26

Problema 3.36 (3.25) (a) Mostre que a equação r = r(u; v) representa uma superfície.
(b) Mostre que
@r @r
@u @v
representa um vetor normal para a superfície.
(c) Determine um vetor normal unitário para a seguinte superfície, onde a > 0 :

r = (a cos u sen v)i + (a sen u sen v)j + (a cos v)k:

Resolução: (a) Se …xarmos o valor de u; digamo u = u0 ; então r = r(u0 ; v) representa


uma curva que pode ser denotada por u = u0 : Do mesmo modo, u = u1 de…ne outra curva
r = r(u1 ; v): Quando u varia, portanto, r = r(u; v) representa uma curva que se move
no espaço e gera uma superfície S: Então r = r(u; v) representa uma superfície S assim
gerada. As curvas u = u0 ; u = u1 ; : : : representam curvas de…nidas na superfície. Da
mesma forma, v = v0 ; v = v1 ; : : : representam curvas na superfície.
Ao atribuir valores de…nidos a u e v; obtemos um ponto na superfície. Assim, as
curvas u = u0 e v = v0 ; por exemplo, se cruzam e de…nem o ponto (u0 ; v0 ) na superfície.
Nós falamos do par de números (u; v) como de…nindo as coordenadas curvilíneas na
superfície. Se todas as curvas u = constante e v = constante são perpendiculares em cada
ponto de interseção, chamamos o sistema de coordenadas curvilíneas ortogonal. Por
uma discussão adicional sobre as coordenadas curvilíneas, veja o Capítulo 7.
(b) Considere o ponto P com coordenadas (u0 ; v0 ) na superfície S: O vetor @r=@u em
P é obtido diferenciando r em relação a u; mantendo v = v0 constante. A partir da teoria
das curvas espaciais, segue-se que @r=@u em P representa um vetor tangente à curva v
= v0 em P: Da mesma forma, @r=@v em P representa um vetor tangente à curva u =
u0 constante. Uma vez que @r=@u e @r=@v representam vetores em P tangentes a curvas
que se situam na superfície S em P; segue-se que esses vetores são tangentes à superfície
em P: Daí resulta que
@r @r
@u @v
é um vetor normal a S em P:
@r @r
(c) @u = ( a sen u sen v)i + (a cos u cos v)j; @v = (a cos u cos v)i + (a sin u cos v)j
(a sen v)k: Então
@r @r
= ( a2 cos u sen2 v)i + ( a2 sen u sen2 v)j + ( a2 sen u cos v)k
@u @v
representa um vetor normal à superfície em qualquer ponto (u; v): Um vetor normal
@r @r @r @r
unitário é obtido dividindo @u @v
por sua magnitude @u @v
dada por
p a2 sen v se sen v > 0;
a2 sen2 v =
a2 sen v se sen v < 0:
Então há duas normais unitárias dadas por

n= [(cos u sen v)i + (sen u sen v)j + (cos v)k]


3.3. MECÂNICA 27

Deve-se notar que a superfície dada é de…nida por x = a cos u sen u; y = a sen u sen v; z
= a cos v; equações a partir das quais se percebe que x2 + y 2 + z 2 = a2 ; que é uma esfera
de raio a: Como r = an; segue-se que

n = (cos u sen v)i + (sen u sen v)j + (cos v)k

é o vetor normal unitário desenhado para fora da esfera no ponto (u; v):

Problema 3.37 (3.26) Determine uma equação para o plano tangente à superfície z =
x2 + y 2 no ponto (1; 1; 2):
Resolução: Sejam x = u; y = v; z = u2 + v 2 as equações paramétricas da superfície.
O vetor posição para qualquer ponto na superfície é

r = ui + vj + (u2 + v 2 )k:

Então
@r @r
= i + 2uk = i + 2k; = j + 2vk = j 2k
@u @v
no ponto (1; 1; 2); onde u = 1 e v = 1: Pelo Exercício 3.36, um vetor normal n neste
ponto da superfície é

@r @r
n= = (i + 2k) (j 2k) = 2i + 2j + k:
@u @v
O vetor posição do ponto (1; 1; 2) é R0 = i j + 2k: O vetor posição de qualquer ponto
no plano é
R = xi + yj + zk:
Então, R R0 é perpendicular a n e a equação do plano é (R R0 ) n = 0 ou

[(xi + yj + zk) (i j + 2k)] [ 2i + 2j + k] = 0

isto é,
2(x 1) + 2(y + 1) + (z 2) = 0 ou 2x 2y z = 2:

3.3 Mecânica
Problema 3.38 (3.27) Mostre que a aceleração a de uma partícula que viaja ao longo
de uma curva espacial com velocidade v = vT; é dada por

dv v2
a= T + N;
dt

onde v = jvj ; T é o vetor tangente unitário à curva espacial, N é a normal unitária


principal e é o raio da curvatura.
28

Resolução: A velocidade v = vT é a magnitude de v multiplicada pela vetor tangente


unitário T: Obtemos a aceleração derivando v em relação ao tempo t
dv d dv dT
a= = (vT) = T + v
dt dt dt dt
Pelo Exercício 3.29
dT dT ds ds vN
= = N = vN = :
dt ds dt dt
Então
dv vN dv v2
a= T+v = T+ N
dt dt
Isso mostra que a componente da aceleração na direção tangente ao caminho é dv=dt e na
direção da normal principal ao caminho é v 2 = : Esta última aceleração é freqüentemente
chamada de aceleração centrípeta. Para um caso especial deste exercício, consulte o
Exercício 3.23.

Problema 3.39 (3.28) Se r é o vetor posição de uma partícula de massa m em relação


ao ponto O e F; a força externa aplicada na partícula, então r F = M é o torque ou
momento de F em relação a O: Mostre que M = dH=dt; onde H = r mv e v é o vetor
velocidade da partícula.

Resolução: Pela lei de Newton,


d
M=r F=r (mv):
dt
Mas
d d dr
(r mv) = r (mv) + mv
dt dt dt
d d
= r (mv) + v mv = r (mv)
dt dt
isto é,
d dH
M= (r mv) = :
dt dt
Note-se que a relação é satisfeita para m constante ou não. H é chamado de momento
angular ou quantidade de movimento angular.
Essa relação estabelece que o momento é a taxa de variação da quantidade de movi-
mento angular.
Este resultado é facilmente estendido para um sistema de n partículas de massas m1 ;
m2 ; : : : ; mn e cujos vetores de posição são r1 ; r2 ; : : : ; rn nas quais se aplicam as forças
externas F1 ; F2 ; : : : ; Fn : Neste caso,
X
n
H= mk rk vk
k=1
3.3. MECÂNICA 29

é a quantidade de movimento angular total,

X
n
M= rk Fk
k=1

é o momento resultante e o também M = dH=dt como antes.

Problema 3.40 (3.29) Um observador localizado num ponto …xo em relação a um sis-
tema de coordenadas Oxyz com origem 0; como mostra a …gura ao lado, observa um vetor
A = A1 i + A2 j + A3 k e veri…ca que a sua derivada em relação ao tempo é

dA1 dA2 dA3


i+ j+ k:
dt dt dt
Mais tarde, este observador descobriu que ele e seu sistema de coordenadas estão girando
em relação a um sistema de coordenadas OXY Z; …xo no espaço e tendo origem também
em O: Pergunta-se qual seria a derivada de A em relação ao tempo para um observador
que se mantivesse …xo em relação ao sistema de coordenadas XY Z:

Resolução: (a) Se dAdt f


e dA
dt m
designarem, respectivamente, as derivadas de A no
tempo em relação ao sistema …xo e ao sistema móvel, mostrar que existe uma grandeza
vetorial !; tal que
dA dA
= + ! A:
dt f dt m
(b) Se Df e Dm forem os simbolos dos operadores de derivada em relação ao tempo no
sistema …xo e no móvel respectivamente, demonstrar a

Df Dm + !

(a) Para o observador …xo, os vetores unitário i; j; k realmente mudam com o tempo.
Logo, tal observador calcularia a derivada de A como

dA dA1 dA2 dA3 di dj dk


= i+ j+ k + A1 + A2 + A3 (1)
dt dt dt dt dt dt dt
isto é,
dA dA di dj dk
= + A1 + A2 + A3 : (2)
dt f dt m dt dt dt
Como i é um vetor unitário, di=dt é perpendicular a i (veja o Problema 3.20) e deve,
portanto, estar no plano de j e k. Então (3)

di
= 1j + 2k (3)
dt
30

De modo semelhante,
dj
= 3k + 4j (4)
dt
dk
= 5i + 6j (5)
dt
dj di dj di
Como i j = 0; a derivada produz i dt + dt j = 0: Mas i dt = 4 de (4), e dt j = 1 de
(3); então 4 = 1:
Da mesma forma, como i k = 0; i dk dt
di
+ dt k=0e 5= dk
2 ; como j k = 0; j dt
dj
+ dt k=0e 6= 3:
Então
di dj dk
= 1 j + 2 k; = 3k 1 j; = 2i 3j
dt dt dt
e
di dj dk
A1 + A2 + A3 =
dt dt dt
( 2 A3 1 A2 ) i +( 1 A1 3 A3 ) i + ( 2 A1 + 3 A2 ) i

que pode ser escrito da seguinte maneira:


i j k
3 2 1
A1 A2 A3
Então, se …zermos 3 = !1; 2 = !2; 1 = ! 3 o determinante …ca igual a
i j k
!1 !2 !3 =! A
A1 A2 A3
onde ! = ! 1 i + ! 2 j +! 3 k: A grandez ! é o vetor velocidade angular do sistema móvel
em relação ao sistema …xo.
(b) Por de…nição,
dA
Df A = = derivada no sistema …xo
dt f

dA
Dm A = = derivada no sistema móvel
dt m
De (a),
Df A = Dm A + ! A = (Dm + ! )A
o que demostra a identidade
Df Dm + !
3.3. MECÂNICA 31

Problema 3.41 (3.30) Determine (a) o vetor velocidade e (b) a aceleração de uma
partícula em movimento tal como é vista pelos dois observadores no Problema 3.40.

Resolução: (a) Deixe o vetor A do Problema 3.40 ser o vetor posição r da partícula.
Empregando a notação de operadores do Problema 3.40 (b), temos:

Df r = (Dm + ! )r = Dm r + ! r (1)

Mas
Df r = vp=j = vetor velocidade da partícula relativa ao sistema …xo
Dm r = vp=m = vetor velocidade da partícula relativa ao sistema móvel
! r = vm=f = vetor velocidade do sistema móvel relativa ao sistema …xo
Logo, (1) pode ser escrita da seguinte maneira

vp=f = vp=m + ! r (2)

ou, na notação mais sugestiva


vp=f = vp=m + vm=f (3)
Note-se que os papéis dos observadores podem ser trocados. Assim, o observador …xo
pode considerar-se como se realmente estivesse se movendo em relação ao outro. Para
este caso, devemos trocar os índices m e f entre si e também mudar ! para !; e uma
vez que a rotação relativa está invertida. Se isso for feito, (2) se transforma em

vp=m = vp=f ! r ou vp=f = vp=m + ! r

e assim o resultado é válido para cada observador.


(b) A aceleração da partícula conforme determinado pelo observador …xo em O é Df2 r
= Df (Df r): Tomando Df de ambos os membros de (1) e empregando a equivalência de
operadores estabelecida no Problema 3.40 (b), teremos:

Df (Df r) = Df (Dm r + ! r)
= (Dm + ! )(Dm r + ! r)
= Dm (Dm r + ! r) + ! (Dm r + ! r)
2
= Dm r + Dm (! r) + ! Dm r + ! (! r)

ou
Df2 r = Dm
2
r + 2! Dm r + (Dm !) r+! (! r):
Façamos
ap=f = Df2 r
a aceleração da partícula em relação ao sistema …xo,
2
ap=m = Dm r

a aceleração da partícula em relação ao sistema móvel.


32

Logo,
am=f = 2! Dm r + (Dm !) r+! (! r):
é a aceleração do sistema móvel em relação ao sistema …xo e, então, podemos escrever

ap=f = ap=m + am=f :

Em muitos casos importantes, ! é um vetor constante, isto é, a rotação se processa


com velocidade angular constante. Então Dm ! = 0 e

am=f = 2! Dm r + ! (! r) = 2! vm + ! (! r):

A grandeza 2! vm é chamada de aceleração de Coriolis e ! (! r) é chamada de


aceleração centrípeta.
As leis de Newton são estritamente válidas apenas para sistemas inerciais, isto é,
sistemas que são …xos ou que se movem com velocidade constante em relação a um sistema
…xo. A Terra não é exatamente um sistema inercial e isso explica a presença das chamadas
forças extras …ctícias (Coriolis, etc. ), que devem ser consideradas. Se a massa de uma
partícula é uma constante M; a segunda lei de Newton torna-se
2
M Dm r=F 2M (! Dm r) M! (! r) (4)

onde Dm denota d=dt como seria calculada por um observador na terra, e F é o resultado
de todas as forças reais medidas pelo dito observador. Os dois últimos termos à direita
de (4) são desprezíveis na maioria dos casos e não são usados na prática.
A teoria da relatividade, devida a Einstein, modi…cou radicalmente os conceitos de
movimento absoluto que são subentendidos nos conceitos newtonianos e já provocou uma
revisão nas leis de Newton.

3.4 Problemas propostos


d2 r
Problema 3.42 (3.31) Se R = e t
i + ln(t2 + 1) j tan t k; encontre (a) dr ; (b) dt2
;
dR d2 R
p p dt
(c) dt
; (d) dt2
em t = 0: Resposta: (a) i k; (b) i + 2j; (c) 2 (d) 5:

Problema 3.43 (3.32) Encontre a velocidade e a aceleração de uma partícula que se


move ao longo da curva x = 2 sen 3t; y = 2 cos 3t; z = 8t em qualquer momento t >
0: Encontre o módulo do vetor velocidade e da aceleração. Resposta: v = 6 cos 3t i
6 sen 3t j + 8k; a = 18 sen 3t i 18 cos 3t j; kvk = 10; kak = 18:

Problema 3.44 (3.33) Encontre um vetor tangente unitário, num ponto qualquer da
curva x = a cos !t y = a sen !t; z = bt onde a; b; ! são constantes.
Resposta:
a! sen !t i + a! cos !t j + n k
p
a2 ! 2 + b 2
3.4. PROBLEMAS PROPOSTOS 33

Problema 3.45 (3.34) Se A = t2 i tj + (2t + 1)k e B = (2t 3)i + j tk; encontre


(a) dtd (A B); (b) dtd (A B); (c) dtd kA + Bk ; (d) dtd A dB
dt
para t = 1:
Resposta: (a) 6; (6) 7j + 3k; (c) 1; (d) i + 6j + 2k:
Problema 3.46 (3.35) Suponha que A = sen u i + cos u j + uk; B = cos u i sen u j
d
3k e C = 2i + 3j k: Encontre du (A (B C)) em u = 0: Resposta. 7i + 6j 6k:
Problema 3.47 (3.36) Encontre
d dB dA
A B
ds ds ds
se A e B são funções diferenciáveis de s: Resposta:
d2 B d2 A
A B
ds2 ds2
Problema 3.48 (3.37) Se A(t) = 3t2 i (t + 4) j + (t2 2t) k e B(t) = sen t i + 3e t
j
2
3 cos t k, encontre dtd 2 (A B) em t = 0: Resposta: 30 i + 14 j + 20k:
Problema 3.49 (3.38) Considere que
d2 A
= 6t i 24t2 j + 4 sen t k :
dt2
Encontre A; dado que A = 2i + j e dA
dt
= i 3k em t = 0:
3
Resposta: A = (t t + 2)i + (1 2t4 )j + (t 4 sen t)k:
Problema 3.50 (3.39) Mostre que r = e t (C1 cos 2t + C2 sen 2t); onde C1 e C2 são
vetores constantes, é uma solução da equação diferencial
d2 r dr
2
+ 2 + 5r = 0:
dt dt
Problema 3.51 (3.40) Mostre que a solução geral da equação diferencial
d2 r dr
2
+2 + ! 2 r = 0:
dt dt
onde e ! são constantes, é (a)
t
p p
r=e C1 exp 2 ! 2 t + C2 exp 2 !2t
2
se ! 2 > 0; (b)
t
p p
r=e C1 sen 2 ! 2 t + C2 cos 2 !2t
2
se ! 2 < 0 e (c)
t
r=e (C1 + C2 t)
2
se ! 2 = 0; onde C1 e C2 são vetores constantes arbitrários.
34

Problema 3.52 (3.41) Resolva (a)

d2 r dr
4 5r = 0 ;
dt2 dt
(b)
d2 r dr
2
+ 2 + r = 0;
dt dt
(c)
d2 r
+ 4r = 0 :
dt2
Resposta: (a) r = C1 e5t + C2 e t ; (b) r = e t (C1 + C2 ); (c) r = C1 cos 2t + C2 sen 2t:

Problema 3.53 (3.42) Resolva

dY dX
= X; = Y:
dt dt
Resposta: X = C1 cos t + C2 sen t; Y = C1 sen t C2 cos t:

Problema 3.54 (3.43) Se A = cos xy i + (3xy 2x2 )j (3x + 2y)k; encontre

@A @A @ 2A @ 2A @ 2A @ 2A
; ; ; ; ; :
@x @y @x2 @y 2 @x@y @y@x

Resposta:

@A
= y sen xy i + (3y 4x) j 3k
@x
@A
= x sen xy i + 3x j 2k
@y
@ 2A
= y 2 cos xy i 4j
@x2
@ 2A
= x2 cos xy i
@y 2
@ 2A @ 2A
= = (xy cos xy + sen xy)i + 3 j
@x@y @y@x

Problema 3.55 (3.44) Se A = x2 yz i 2xz 3 j + xz 2 k e B = 2z i + y j x2 k, ache

@2
(A B)
@x@y

em (1; 0; 2): Resposta. 4i 8 j:


3.5. GEOMETRIA DIFERENCIAL 35

Problema 3.56 (3.45) Se C1 e C2 são vetores constantes e é um escalar constante,


mostre que H = exp( x)(C1 sen y + C2 cos y) satisfaz a equação diferencial parcial

@ 2H @ 2H
+ = 0:
@x2 @y 2

Problema 3.57 (3.46) Prove que

1 h r i
A = p0 exp i! t ;
r C
p
onde p0 é um vetor constante, ! e c são escalares constantes e i = 1; satisfaz à equação

@ 2 A 2 @A 1 @ 2A
+ = 2 2 :
@r2 r @r c @t
Este resultado é muito importante na teoria eletromagnética.

3.5 Geometria diferencial


Problema 3.58 (3.47) Encontre (a) a tangente unitária T; (b) a curvatura ; (c) a
normal principal N; (d) a binormal B; e (e) a torção para a curva espacial

x=t t3 =3; y = t2 ; z = t3 =3:

Resposta: (a)
(1 t2 )i + 2tj + (1 + t2 )k
T= p
2(1 + t2 )
(b)
1
=
(1 + t2 )2
(c)
2t 1 t2
N= i + j
1 + t2 1 + t2
(d)
(t2 1)i 2tj + (t2 + 1)k
B= p
2(1 + t2 )
(e)
1
T = :
(1 + t2 )2
36

Problema 3.59 (3.48) Uma curva no espaço é de…nida nos termos do parâmetro s;
comprimento de arco, pelas equações:
1p
x = arctan s; y= 2 ln(s2 + 1); z=s arctan s:
2
Achar (a) T; (b) N; (c) B; (d) ; (e) ; (f) ; (g) :
Resposta: (a) p
i + 2s j + s2 k
T=
s2 + 1
(b) p p
2s i + (1 s2 ) j + 2s k
N=
s2 + 1
(c) p
s2 i 2s j + k
B=
s2 + 1
(d) p
2
= 2
s +1
(e) p
2
= 2
s +1
(f)
s2 + 1
= p
2
(g)
s2 + 1
= p :
2

Problema 3.60 (3.49) Encontre e para a curva espacial x = t; y = t2 ; z = t3


chamada cúbica reversa.
Resposta: p
2 9t4 + 9t2 + 1 3
= 4 2 3=2
; = 4 :
(9t + 4t + 1) 9t + 9t2 + 1

Problema 3.61 (3.50) Mostre que para uma curva plana a torção = 0:

Problema 3.62 (3.51) Mostre que o raio de curvatura de uma curva plana, cujas equações
são: y = f (x); z = 0; ou seja, a curva …ca no plano xy; é dado por
p
1 + (y 0 )2
ky 00 k
3.5. GEOMETRIA DIFERENCIAL 37

Problema 3.63 (3.52) Encontre a curvatura e o raio de curvatura da curva cujo vetor
posição é r = a cos u i + b sen u j; onde a e b são constantes positivas. Interprete o caso
onde a = b: Resposta:
ab 1
= 2 2 2 2 3=2
= ;
(a sen u + b cos u)
se a = b; a curva dada, que é uma elipse, se transforma numa circunferência de raio a e
seu raio de curvatura é = a:

Problema 3.64 (3.53) Mostre que as fórmulas Frenet-Serret podem ser escritas na forma
dT dN dB
=! T; =! N; =! B;
ds ds ds
e determine o !:Resposta: ! = T + B

Problema 3.65 (3.54) Prove que a curvatura da curva no espaço r = r(t) é dada nu-
mericamente por
k_r • rk
= 3
k_rk
onde os pontos signi…cam derivadas em relação a t:

Problema 3.66 (3.55) (a) Prove que


...
r_ •r r
=
rk2
k_r •
para a curva espacial r = r(t): (b) Se o parâmetro t for o comprimento s do arco, mostrar
que
1 dr d2 r d3 r
= 2 :
(d r=ds2 )2 ds ds2 ds3
Problema 3.67 (3.56) Se Q = r_ r; mostre que

...
Q Q r
= ; =
k_rk3 Q2

Problema 3.68 (3.57) Encontre e para a curva espacial x = sen ; y = 1


cos ; z = 4 sen( =2). Resposta:
1p (3 + cos ) cos( =2) + 2 sen sen( =2)
= 6 2 cos ; =
8 12 cos 4
Problema 3.69 (3.58) Encontre a torção da curva
2t + 1 t2
x= ; y= ; z = t + 2:
t 1 t 1
Explique a resposta obtida. Resposta: = 0: A curva …ca no plano x 3y + 3z = 5:
38

Problema 3.70 (3.59) Mostre que as equações da linha tangente, normal principal e
binormal para a curva espacial r = r(t) no ponto t = t0 podem ser escritas respectivamente
r = r0 + t T0 ; r = r0 + t N0 ; r = r0 + t B0 ; onde t é um parâmetro.
Problema 3.71 (3.60) Encontre as equações das retas (a) tangente, (b) normal princi-
pal e (c) binormal para a curva x = 3 cos t; y = 3 sen t; z = 4t no ponto em que t = :
Resposta: (a) Reta tangente:
3 4
r= 3i + 4 j + j+ k
5 5
onde é o parâmetro da reta ou
x= 3; y=4 (3=5) ; z = (4=5) :
(b) Reta normal: r = 3i + 4 j + i onde é o parâmetro ou
x= 3+ ; y=4 ; z = 0:
(c) Reta binormal: r = 3i + 4 j + ((4=5)j + (3=5)k) onde é o parâmetro ou
x= 3; y = 4 + (3=5) ; z = (3=5) :
Resolução: A curva é parametrizada por
r = 3 cos t i + 3 sen t j + 4t k:
Vamos calcular os vetores tangente, normal e binormal em um instante t qualquer
r_ = 3 sen t i + 3 cos t j + 4 k;
r =
• 3 cos t i 3 sen t j:
Temos q
ds
= k_rk = ( 3 sen t)2 + (3 cos t)2 + 42 = 5
dt
de modo que
r_ 3 3 4
T = = sen t i + cos t j + k;
k_rk 5 5 5
dT dT dt 1 dT 3 3
= = = cos t i sen t j;
ds dt ds k_rk dt 25 25
s
2 2
dT 3 3 3
= = cos t + sen t = :
ds 25 25 25
Daí,
1 dT
N = = cos t i sen t j;
ds
4 4 3
B = T N= sen t i cos t j + k:
5 5 5
3.5. GEOMETRIA DIFERENCIAL 39

Em t = ;
r0 = r( ) = 3i + 4 k
3 4
T0 = T( ) = j + k;
5 5
N0 = N( ) = i;
4 3
B0 = B( ) = j + k
5 5
Sendo r = (x; y; z) um ponto qualquer da reta desejada, temos, para a
(a) reta tangente: r = r0 + T0 = 3i + 4 j + (( 3=5)j + (4=5)k) onde éo
parâmetro ou
x = 3; y = 4 (3=5) ; z = (4=5) :
(b) Reta normal: r = r0 + N0 = 3i + 4 j + i onde é o parâmetro ou
x= 3+ ; y=4 ; z = 0:
(c) Reta binormal: r = r0 + B0 = 3i + 4 j + ((4=5)j + (3=5)k) onde é o
parâmetro ou
x = 3; y = 4 + (3=5) ; z = (3=5) :
Problema 3.72 (3.61) Encontre equações do (a) plano osculador, (b) plano normal e
(c) plano reti…cador para a curva x = 3t t3 ; y = 3t2 ; z = 3t + t3 no ponto em que t =
1: Resposta: (a) y z + 1 = 0; (b) y + z 7 = 0; (c) x = 2:
Problema 3.73 (3.62) (a) Mostre que o elemento do comprimento de arco ds na super-
fície r = r(u; v) é dado por
ds2 = E du2 + 2F dudv + G dv 2
onde
@r @r @r @r @r @r
E= ; F = ; G= :
@u @u @u @v @v @v
(b) Provar que uma condição necessária e su…ciente para que o sistema de coordenadas
curvilíneas u; v seja ortogonal é que F = 0:
Problema 3.74 (3.63) Encontre a equação do plano tangente à superfície z = xy no
ponto (2; 3; 6): Resposta: 3x + 2y z = 6:
Problema 3.75 (3.64) Encontre as equações do plano tangente e da linha normal à
superfície 4z = x2 y 2 no ponto (3; 1; 2): Resposta: 3x y 2z = 4; x = 3t + 3; y =
1 t; z = 2 2t:
Problema 3.76 (3.65) Provar que um vetor unitário normal à superfície r = r(u; v) é
1 @r @r
n= p
EG F @u
2 @v
onde E; F e G são de…nidos do mesmo modo que no Problema (3.73).
40

3.6 Mecânica
Problema 3.77 (3.66) Uma partícula se move ao longo da curva

r = (t3 4t)i + (t2 + 4t)j + (8t2 3t3 )k;

onde t é o tempo. Encontre os módulos das componentes tangencial


p e normal de sua
aceleração quando t = 2: Resposta: Tangencial, 16; normal, 2 73:
Resolução: Sabemos que
a = aT + v 2 N
onde
ds
v= = j_r(t)j
dt
é a rapidez (speed em inglês) da partícula,
dv
aT =
dt
é a aceleração tangencial e
dT dT dt 1 dT
= = =
ds dt ds v dt
é a curvatura, todas no instante t: Vamos calcular T e dT=dt: Se denotarmos as derivadas
em t por um ponto sobre a letra,

r_ = (3t2 4)i + (2t + 4)j + (16t 9t2 )k;


r = 6t i + 2 j + (16 18t)k;

1=2
v = k_rk = (3t2 4)2 + (2t + 4)2 + (16t 9t2 )2
(3t2 4)(6t) + (2t + 4) 2 + (16t 9t2 )(16 18t)
aT = v_ =
v(t)
No ponto t = 2;

r_ (2) = 8 i + 8 j 4 k;
r(2)
• = 12 i + 2 j 20 k;
p
v(2) = k_r(2)k = 82 + 82 + 42 = 12;
a(2) = v(2)
_ = 16:

Obtivemos uma parte do que foi pedido. A aceleração tangencial em t = 2 é 16:


Para calcular a aceleração normal v 2 ; precisamos de outras duas derivadas
dr dr dt 1
T = = = r_
ds dt ds v
dT 1 dv 1
= r_ + •r
dt v 2 dt v
3.6. MECÂNICA 41

Em t = 2;
1
T(2) = (2 i + 2 j k) ;
3
dT 4 1
(2) = 2
(2 i + 2 j k) + (6 i + j 10 k)
dt 3 6
1 13 11
= i j k;
9
s 18 9
2 2 2
dT 1 13 11 1p
(2) = + + = 73:
dt 9 18 9 6
Por de…nição,
dT dT dt 1 dT 1 dT
= = = = :
ds dt ds v dt v dt
No instante t = 2;
1 p
(2) = 73
12 6
1 p p
aN (2) = v 2 (2) (2) = 122 73 = 2 73;
12 6
que é a aceleração normal no instante t = 2:
Problema 3.78 (3.67) Se uma partícula se desloca ao longo de uma curva com veloci-
dade v e uma aceleração a; provar que o raio de curvatura da trajetória é dado numeri-
camente por
v3
=
jv aj
Problema 3.79 (3.68) Um corpo é atraído para um ponto …xo O com uma força F =
f (r)r; chamada força central, onde r é o vetor posição do corpo relativo a O: Mostre que
r v = h; onde h é um vetor constante. Prove que a quantidade de movimento angular
é constante.
Problema 3.80 (3.69) Prove que o vetor de aceleração de uma partícula que se move
ao longo de uma curva no espaço sempre está no plano osculador.
Problema 3.81 (3.70) (a) Encontre a aceleração de uma partícula que se move no plano
xy em termos de coordenadas polares ( ; ): (b) Quais são as componentes da aceleração
paralela e perpendicular a r:
Resposta: (a)
h i
r = (•
• _ 2 ) cos ( • + 2 _ _ ) sen i
h 2
i
+ (• _ • _
) sen + ( + 2 _ ) cos j:

(b)
ak = • _ 2; a? = • + 2 _ _ :

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