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DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA
CURSO ENGENHARIA CIVIL
____________________________________________________________
Prof. Cristóvão César Carneiro Cordeiro – Orientador
Mestre pela Universidade Federal Fluminense
____________________________________________________________
Prof.ª Thayse Gama de Carvalho
Especialista pela Fundação Getúlio Vargas
____________________________________________________________
Prof. Koji de Jesus Nagahama
Doutor pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................... v
SUMÁRIO ...............................................................................................................................viii
RESUMO ................................................................................................................................. xv
1.INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1
1.1.JUSTIFICATIVA ................................................................................................................. 2
1.2.OBJETIVOS ......................................................................................................................... 5
1.4.MÉTODO ............................................................................................................................. 7
2.6.1.Definição ......................................................................................................................... 33
3.MÉTODO ............................................................................................................................. 38
3.3.2.Preparação ....................................................................................................................... 44
3.3.3.Intervenção ...................................................................................................................... 48
4.3.RITMO ............................................................................................................................... 51
4.8.DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO......................................................................... 58
5.RESULTADOS .................................................................................................................... 59
7.REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 81
xi
LISTA DE FIGURAS
Figura 01: Modelo de processo de produção com transformação (KOSKELA, 2000) ............ 16
Figura 03: Modelo de produção como geração de valor (KOSKELA, 2000) .......................... 19
Figura 04: Planejamento interligação entre projeto e construção, ASSUMPÇÃO (1998) ...... 24
Figura 05: As cinco fases do ciclo de planejamento (LAUFER e TUCKER, 1987) ............... 28
Figura 11: Programação de longo prazo do empreendimento (Fornecido pela empresa). ....... 43
Figura 12: Fluxograma de aplicação do método da linha de balanço (Maziero, 1990) ........... 45
Figura 14: Planilha de Planejamento de Curto Prazo (Adaptada pelo autor) ........................... 48
Figura 16: Exibição da duração da unidade básica no MS Project (Elaborado pelo autor) ..... 50
Figura 17: Ritmo de trabalho para a conclusão da obra no prazo (Maziero, 1990) ................. 51
Figura 18: Tempo de espera de uma equipe numa operação (Maziero, 1990) ......................... 54
Figura 19: Ponto de balanço com ritmos diferentes (anterior < posterior) ............................... 56
Figura 20: Ponto de balanço com ritmos diferentes (anterior > posterior) ............................... 57
Figura 21: Trecho 01 - Rede lógica da unidade básica (Elaborada pelo autor) ....................... 62
Figura 22: Trecho 02 - Rede lógica da unidade básica (Elaborada pelo autor) ...................... 62
Figura 23: Trecho Final - Rede lógica da unidade básica (Elaborada pelo autor) .................. 63
Figura 26: Variáveis para traçado gráfico da LDB (Elaborada pelo autor) ............................ 71
xii
Figura 27: Linha de Balanço com Histograma de Mão de Obra (Elaborada pelo autor)........ 72
Figura 29: Trecho do algoritmo em VBA para traçado do LDB (Elaborada pelo autor) ....... 74
Figura 30: Traçado dos serviços executados (Elaborada pelo autor) ...................................... 75
Figura 31: Linha de Balanço, Histograma e Executado (Elaborada pelo autor) ..................... 75
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SIGLAS
RESUMO
ABSTRACT
The use of planning techniques has aided the spread of work’s planning in Civil
Construction, especially those using strong computational basis. Among the three major
work's planning techniques, the Line of Balance is which uses less of this computerized
base. This work demonstrates a practical computational application of Line of Balance
as an auxiliary tool for making decisions of long term planning based in visual feature
that this technique allows. It was utilized a roadmap to demonstrate the ease of use of
the technique and the importance of outputs that can be obtained quickly, enabling the
forecast scenarios of practice and quickly way, such as production rate, period of
completion, size teams, histogram employees, forecasting services on a certain date in
desired unit of production. To determine the reliability of the use of the technique of
the line of balance of this work, the study was conducted with real data from a
local enterprise during the first months of implementation of the project. Techniques
and software tools such as MS Access, MS Project, MS Excel, VBA programming were
used to design a model in Excel spreadsheet, allowing visualization of the layout of the
balance line and the generation of information and programming services. The paper
concludes that although the technique is easy to apply is necessary to have a source of
assertive data on the representation of the parameters used, and the technique, although
is known, is not yet widespread and used by managers to assist in their decision-making.
1. INTRODUÇÃO
1.1. JUSTIFICATIVA
ser uma ferramenta eficaz, mas ainda pouco utilizada entre os profissionais de
engenharia civil.
5
1.2. OBJETIVOS
1.4. MÉTODO
O método utilizado tem como princípio uma revisão bibliográfica dos conceitos
necessários para o desenvolvimento do tema, seguido do estudo de caso que é dividido
em destaque da oportunidade de melhoria e coleta de informações. Uma ferramenta é
desenvolvida a partir de uma situação real onde a técnica abordada nesse estudo será
utilizada de forma prática.
8
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Farah (1992) apud Kern (2005) define o processo de produção de edificações como
uma sucessão de etapas constituídas por atividades consideravelmente diversificadas,
que envolvem a incorporação ao processo produtivo de uma grande variedade de
materiais e componentes. Turin (1972) salienta que se trata de um dos processos de
produção mais longos da indústria, sendo que o produto apenas se torna efetivo após a
conclusão final do processo de produção.
Ainda segundo Farah (1992) apud Kern (2002), num canteiro de obras são
identificados três tipos básicos de atividades:
Formoso (1991) faz referência ao caráter descontínuo dos serviços que compõem
as variadas tarefas do processo produtivo da construção civil que, segundo Nuttal (1965)
apud Kern (2005), também acontece devido aos muitos serviços necessários para fazer
o produto final, gerando um elevado número de interdependências entre as diferentes
equipes. Essa descontinuidade cria uma complexidade adicional ao processo de
construção referente à existência de paradas e recomeço num mesmo posto de trabalho,
resultando num estoque de produtos inacabados durante o processo (FORMOSO, 1991;
KOSKELA, 2000).
Tipo de construção;
Local da obra;
Requisitos dos clientes;
Produtividade das equipes e tipo do contrato;
Produto a ser construído;
Técnica construtiva;
Qualidade requerida pela produção e pelo projeto;
Complexidade envolvida;
Habilidade, motivação (da mão de obra);
Sistemas de gerenciamento;
Estrutura da empresa;
Equipamentos;
Canteiro de obras;
Nível de tecnologia empregado;
Risco envolvido;
Modalidade do pagamento acordado (contratos).
11
Do exposto, como já foi citado anteriormente, fica clara a dificuldade em lidar com
as incertezas no ambiente da construção civil, que, condicionado por fatores controláveis
(materiais, equipamentos, etc.) e não-controláveis (clima, motivação da mão-de-obra,
etc.) requer constante aperfeiçoamento na gestão de seus processos produtivos.
Buscando contribuir para o estabelecimento de uma base teórica mais robusta para
a gestão de produção na construção civil, Koskela (2000) propôs uma teoria de
produção, denominada de “Teoria TFV” (transformação, fluxo e valor), que visa uma
maior compreensão dos fenômenos da produção. Nessa teoria, o conceito de produção
foi ampliado, sendo entendido como um processo que consiste em transformação, fluxo
e geração de valor (KOSKELA, 2000). Os esforços de aplicação dessa nova teoria de
produção surgiram em 1990, principalmente através dos trabalhos do International
Group of Lean Construction (IGLC, 2003).
Mais adiante, a Teoria TFV será aprofundada e a sua relação com os processos
produtivos existentes em um canteiro de obras será explicada.
12
Mattos (2010) cita que a indústria da construção tem sido um dos ramos produtivos
que mais vem sofrendo alterações substanciais nos últimos anos. Com a intensificação
da competitividade, a globalização dos mercados, a demanda por bens mais modernos,
a velocidade com que surgem novas tecnologias, o aumento do grau de exigência dos
clientes – sejam os usuários finais ou não – e a reduzida disponibilidade de recursos
financeiros para a realização de empreendimentos, as empresas se deram conta de que
investir em gestão e controle de processos é inevitável, pois sem essa sistemática
gerencial os empreendimentos perdem de vista seus principais indicadores: o prazo, o
custo, o lucro, o retorno sobre investimento e o fluxo de caixa.
Já foi discutido que a indústria da construção civil possui detalhes específicos, que
diferem substancialmente das demais industrias de produção seriada. Dessa forma, sua
lógica operacional e administrativa também deve ser específica para a dinâmica de um
canteiro de obras, que segundo Bertelsen e Koskela (2004). Por ser um sistema
complexo, possui características que não podem ser deduzidas na análise de partes: o
sistema se auto organiza, criando e desfazendo ordens que afetam o todo. Desta forma,
o todo é afetado por seus elementos, e os elementos são afetados pelo todo.
Segundo Bornia (2002) apud Kern (2005), também pode-se citar a maior exigência
legal quanto à segurança do trabalho, proteção ambiental, normatização e certificação
de qualidade de produtos e processos. Aliado a isso, o perfil do cliente também se
modificou, passando a ser muito mais informado e a exigir produtos diferenciados em
termos de qualidade, rapidez de entrega e custo. Todos esses fatores somam um novo
cenário de mercado e obrigam as organizações a se adaptarem às novas regras, visando
a sobrevivência e crescimento.
15
Womack (1990) apud Kern (2005) caracteriza a produção enxuta por utilizar
menos de tudo que a produção em massa: metade da mão de obra, metade do espaço, a
metade do investimento em ferramentas, a metade do tempo de engenheiros para
desenvolver um novo produto.
Koskela (2000), por sua vez, amplia o conceito de produção enxuta, passando a
ser entendido como uma série de atividades de transformação, fluxo, e geração de valor.
Na teoria TFV, existem três conceitos básicos para a produção, os quais devem ser
utilizados simultaneamente, de forma integrada e balanceada: produção como
transformação, produção como fluxo e produção como geração de valor. Koskela
(1992), também propôs onze princípios para melhorar a eficiência do processo
construtivo:
Matéria
Prima Retrabalhos
Transforma
Movimento Espera Inspeção
ção
Rejeitos Produto
Final
Koskela (2000) apud Kern (2005) destaca que o tempo passa a ser considerado
como um recurso da produção, que pode ser explicado ou entendido pela variabilidade
inerente a qualquer processo de produção. E que o tempo pode ser consumido por dois
tipos de atividades: atividades de transformação e atividades de fluxo. As atividades de
fluxo são desnecessárias sob o ponto de vista da transformação, pois não agregam valor
ao produto.
Segundo Formoso et ali (2002), na construção civil a maior parte das perdas
ocorre nas atividades de fluxo, sendo que as operações que não agregam valor
correspondem a um elevado percentual de tempo gasto pela mão de obra.
Ainda sobre o processo de produção como fluxo, Marchesan (2001) apud Kern
(2005) lista sete tipos de perdas num sistema de produção:
1. Por superprodução;
2. Por correção;
3. Por movimento de material;
4. Por processamento;
19
5. Por estoque;
6. Por espera;
7. Por movimentação de trabalhadores.
Ainda há um oitavo tipo de perda defendido por Koskela (2004) definido por making-
do, que se refere às situações onde uma tarefa é iniciada sem que todos os recursos
necessários à sua realização estejam disponíveis.
Essa característica afeta o processo como um todo, desde a seleção das matérias-
primas, pois os insumos utilizados agora dependem das informações dos clientes, até o
controle das atividades de transformação e fluxo, que passam a ser o enfoque do modelo
de geração de valor. Uma ligação mais estreita entre cliente e fornecedor é estabelecida,
já que do primeiro são provenientes os requisitos e do segundo, o valor.
1. Assegurar que todos os requisitos dos clientes, tanto explícitos quanto implícitos,
sejam capturados dentro dos seguintes agrupamentos: necessidades básicas,
necessidades esperadas e requisitos não esperados;
2. Assegurar que as informações sobre os requisitos relevantes sejam disponíveis
em todas as fases da produção, para que essas não sejam perdidas ao longo do
processo.
3. Assegurar que os requisitos sejam satisfeitos em: produto, serviço e entrega;
4. Assegurar que o sistema de produção seja capaz de gerar produtos de acordo com
os objetivos;
5. Assegurar através de indicadores, que o valor para o cliente seja gerado, sendo
necessário captação de informações referentes à satisfação do cliente.
Koskela (2004) define que os três conceitos de produção definidos nos itens
anteriores podem ser resumidos da seguinte forma:
Por fim, conclui-se que os conceitos defendidos por Koskela apontam para uma
visão mais ampla do processo de produção, sendo mais apropriado para o ambiente não-
linear e instável de um canteiro de obras, comparado ao chão de fábrica de uma indústria
seriada.
21
A forma mais comum utilizada para listar as tarefas previstas que constituem um
empreendimento de construção civil é realizada com a técnica da orçamentação, que
consiste em agrupar as atividades conforme sua etapa no processo. A orçamentação tem
como produto final o orçamento de obras, em que informações sobre quantitativos,
serviços e insumos são balanceadas de forma a se ter um panorama do que será
executado e quanto vai custar. Quanto mais detalhado for um orçamento maior é o seu
grau de precisão.
BRASIL (1998) Uma das exigências da Caixa Econômica Federal para liberação de
recursos de financiamento está diretamente ligado a necessidade de elaboração de
orçamentos e cronogramas dos empreendimentos. Com esse comportamento, são
verificadas constantes distorções entre o planejamento previsto e o realizado.
Ainda segundo Prado (2008), muitos autores afirmam que para planejar com
eficiência é necessária a disponibilidade contínua e abrangente de informações sobre a
obra. O desenvolvimento de uma programação bem detalhada, aproximando-se ao
máximo da realidade que será encontrada quando da sua execução, baseada em dados
estatísticos e na experiência dos profissionais envolvidos na execução, é defendido
como uma diretriz para implementação de um novo sistema de administração da
produção do setor da construção civil.
Construção
Segundo Goldman (2004), o planejamento deve ser todo elaborado antes da obra
ser iniciada, o que ainda não é o que se prevalece na prática das construções de hoje. A
fase de controle do empreendimento se dá durante a sua execução. A qualidade deste
controle está diretamente ligada à qualidade do planejamento previamente elaborado e
à qualidade do acompanhamento físico-financeiro do empreendimento.
Fica claro que o processo de planejamento envolve uma complexidade que requer
uma dedicada atenção devido a sua relação direta com a concepção e o custo do produto
final fruto do seu objetivo. Na construção civil, sua finalidade então determina como um
empreendimento deve ser feito, considerando sua sequência executiva, custos
necessários e recursos envolvidos, sendo efetivo somente se acompanhado do controle
dos processos (Prado, 2008).
Ghinato (1996) apud Bernardes (2001), salienta que existe uma diferença entre
controle e monitoramento. O controle pode ser encarado como um processo de
supervisão exercido pela chefia sobre os trabalhadores. Esta função inclui ações
corretivas, em tempo real, nos postos de trabalho. Já no monitoramento, ocorre apenas
a comparação do executado com o planejado e a determinação das causas fundamentais
da ocorrência de falhas.
Ciclo do Planejamento
Planejamento do Avaliação do
Coleta de Preparação Difusão da
Processo de Processo de
Informações de Planos informação
Planejamento Planejamento
Ação
1. Decisão;
2. Informação gerencial;
29
3. Controlado.
Sistema de Decisão
Ação Informação
Informação Dados
Bernardes (2001) salienta que nas empresas construtoras a primeira e última etapa
do processo de planejamento (figura 5) comumente inexistem e as restantes são
desenvolvidas de forma deficiente, e aponta as seguintes causas:
Obra
Segundo Maziero, 1990, o método da linha de balanço é baseado no fato que toda
construção tem um ritmo natural no qual será construída e qualquer alteração nesse ritmo
resulta em subaproveitamento dos recursos, (mão de obra e tempo). O seu princípio é
determinar os recursos necessários para cada operação de modo que as operações
seguintes não sofram interferências e que uma razão de construção (ritmo) seja obtida.
Tempo
Ainda citando GIARETTA (2006, p. 16), “como cada equipe tem sua função
dentro de um planejamento, não representa importância saber quem fará o serviço, mas
sim, qual a atividade estará sendo executada, qual o andar e em que tempo”.
35
Vargas (1999) salienta que de acordo com a tecnologia utilizada “...o programa
permite trabalhar com qualquer tipo de rede, inclusive as mais complexas, mesmo que
tenham atividades em paralelo”
Unidade de repetição
Buffer
Tempo
3. MÉTODO
Hirota et al. (2003) indica o estudo de caso em situações nas quais pode haver
necessidade de algum tipo de intervenção, mas cujo objetivo principal é o
desenvolvimento de um produto, aplicação ou experimento de um modelo, método,
ferramenta ou instrumento.
Sendo assim, a estratégia adotada para este trabalho foi o estudo de caso para a
experimentação de um modelo, que é a mais apropriada quando o pesquisador se
defronta com questões do tipo “como” e “por que”, quando tem pouco controle sobre os
eventos e o foco se encontra em fenômenos inseridos em algum contexto da via real.
1. As questões de um estudo;
2. Suas proposições, se houver;
3. Sua(s) unidade(s) de análise;
40
Conforme Yin (2001), cada proposição destina atenção a alguma coisa que
deveria ser examinada dentro do escopo do estudo, e que, além de refletir uma
importante questão teórica também sugere onde as evidências relevantes devem ser
procuradas.
A pesquisa foi realizada em dois contextos: (1) Prático e (2) Teórico, conforme a
figura 10.
Definição do
Coleta de Dados
Estudo de Caso
Revisão da
Preparação
Literatura
Resultados
Traçado gráfico da
Linha de Balanço
3.3.2. Preparação
Cada uma dessas variáveis deve ser definida de acordo com as peculiaridades do
empreendimento em questão. Em muitos casos, esse procedimento dificilmente é
realizado de forma precisa devido à ausência de uma estrutura gerencial que forneça
dados estatísticos específicos, tais como, índices de produtividade, planejamento de
longo prazo, Estrutura Analítica do Projeto e outros fatores que viabilizam a aplicação
da técnica.
Unidade
Básica
Operações
Construção
da Rede
Equipes Recursos
Prazo da
Duração
Obra
Ritmo
Fator de
Multiplicação
de Recursos
Estratégia de
Ataque
Traçado do
Gráfico da
LDB.
A unidade básica representa o tipo de unidade que compõe o projeto e deve ser
repetida até a sua conclusão. Na construção de um conjunto habitacional horizontal, a
unidade básica pode ser uma casa, uma quadra ou um grupo de casa, ou seja, a menor
unidade repetitiva.
Ainda com base no trabalho desenvolvido por Maziero (1990), operação é o nome
dado ao conjunto de trabalhos realizados continuamente e executados por uma mesma
equipe de profissionais, como por exemplo, a execução de formas, concretagem e
alvenaria.
Com a posse dos dados coletados, foi dado início à construção da rede lógica com
software MS Project®, bem como a criação de rotinas para a exportação de dados para
planilhas em Excel®.
3.3.3. Intervenção
= (1)
×
onde:
di = duração da operação i;
= ∑ (2)
=
onde:
di = duração da operação i;
no = número de operações.
Figura 16: Exibição da duração da unidade básica no MS Project (Elaborado pelo autor)
51
4.3. RITMO
−
�= (3)
−
onde:
10
8
Unidades - N
2 Ritmo
0
DU DT
Tempo
Figura 17: Ritmo de trabalho para a conclusão da obra no prazo (Maziero, 1990)
52
� = �+ (4)
Onde:
R = ritmo de trabalho;
=� × (5)
onde:
�= �� + �� (5)
onde:
�� = × × (6)
Onde:
di = duração da operação i;
Te
Te
Te
Te
Tempo
Figura 18: Tempo de espera de uma equipe numa operação (Maziero, 1990)
Vale observar que para diferentes EAP de um mesmo empreendimentos pode ser
encontrado diferentes valores para NTR, e consequentemente para NRI, sendo esse um
dos critérios de escolha para rede lógica a ser adotada para as operações do
empreendimento.
55
�� = � − �� (7)
onde:
− � (8)
� = × × �
�+
�� = �+ (9)
− � × (10)
�� = ∑
� ×
=
56
Para situações em que for verificado que o ritmo da operação anterior for menor
que o ritmo da operação para o qual se deseja encontrar o ponto de balanço deve-se
seguir a figura 19 e a equação 11.
DT(i-1) TE DB
Unidades
Figura 19: Ponto de balanço com ritmos diferentes (anterior < posterior)
�� = �� − + − + + � − (11)
Onde:
Para situações em que for verificado que o ritmo da operação anterior for maior
ou igual ao ritmo da operação para o qual se deseja encontrar o ponto de balanço deve-
se seguir a figura 20 e a equação 12.
Unidades
Figura 20: Ponto de balanço com ritmos diferentes (anterior > posterior)
�� = �� − + � − + (12)
Onde:
A obra se trata de um residencial composto por 103 unidades de 76m² com três
quartos, suíte e laje, em terrenos a partir de 175m². A área de lazer é formada por piscina,
brinquedoteca, quadra poliesportiva, quadra de tênis, um quiosque e um clube.
5. RESULTADOS
A unidade básica representa o tipo de unidade que compõe o projeto e deve ser
repetida até a sua conclusão. Para o estudo de caso desse trabalho, a unidade básica foi
definida considerando as particularidades do empreendimento em questão. Cada
residência então é definida como sendo uma unidade básica por ser a menor unidade
que representa um conjunto de tarefas repetidas.
Figura 21: Trecho 01 - Rede lógica da unidade básica (Elaborada pelo autor)
Figura 22: Trecho 02 - Rede lógica da unidade básica (Elaborada pelo autor)
63
Figura 23: Trecho Final - Rede lógica da unidade básica (Elaborada pelo autor)
64
−
�= = , (3)
−
FRM (Nº
Item Operação Duração (h) Duração (dias) R x di
Equipes)
1 LOCAÇÃO 8,00 0,89 1,98 2,00
2 FUNDAÇÃO 8,00 0,89 28,72 2,00
3 IMPERMEABILIZAÇÃO DE BASE 6,70 0,74 1,98 1,00
4 MARCAÇÃO DE ALVENARIA 4,00 0,44 1,98 1,00
5 LEVANTE DE ALVENARIA 73,60 8,18 9,90 10,00
6 LAJE 90,00 10,00 37,63 12,00
7 EMPENA 52,26 5,81 6,93 7,00
8 MESTRAS (INTERNO E EXTERNO 20,30 2,26 3,96 3,00
9 IMPERMEABILIZAÇÃO DE PAREDE 23,44 2,60 3,96 3,00
10 CHAPISCO 26,32 2,92 16,83 4,00
11 SOLEIRAS E PEITORIS 7,64 0,85 1,98 1,00
12 ASSENTAMENTO DE ESQUADRIAS 26,40 2,93 3,96 4,00
CHUMBAMENTO ESQUADRIAS E CAIXA DE
13 40,00 4,44 5,94 6,00
PORTA
REBOCO INTERNO, EMBOÇO E REBOCO EXTERNO,
14 136,52 15,17 43,57 18,00
FRISO, ARESTAMENTO
15 REVESTIMENTO (COZINHA E WC) 68,97 7,66 8,91 9,00
16 FORRO DE GESSO 22,00 2,44 3,96 3,00
17 MESTRA DE PISO 4,98 0,55 1,98 1,00
18 CONTRAPISO 47,95 5,33 33,67 7,00
19 ASSENTAMENTO CERÂMICO DE PISO 88,00 9,78 10,89 12,00
29 REJUNTAMENTO CERÂMICO 18,26 2,03 3,96 3,00
21 SELADOR ACRÍLICO 42,93 4,77 32,68 6,00
PINTURA INTERNA (EMASSAMENTO 2 DEMÃOS +
22 42,00 4,67 32,68 6,00
1ª DEMÃO)
23 TEXTURA EXTERNA 56,38 6,26 34,66 8,00
24 PINTURA INTERNA 2ª DEMÃO 42,00 4,67 32,68 6,00
25 TOMADAS E INTERRUPTORES 21,00 2,33 3,96 3,00
26 MURETAS 36,00 4,00 4,95 5,00
27 HIDRÁULICA FRENTE CASAS 6,00 0,67 1,98 1,00
28 ASSENTAMENTO DE BANCADA DE GRANITO 10,40 1,16 2,97 2,00
29 LOUÇAS, METAIS E ACAB. DE REGISTROS 9,60 1,07 2,97 2,00
30 LIMPEZA DAS CASAS 8,80 0,98 1,98 2,00
31 NUMERAÇÃO DAS CASAS 3,00 0,33 1,98 1,00
TOTAL 1.051,45 116,83
À medida que os dados são inseridos, todas as variáveis necessárias para o traçado
da linha de balanço são automaticamente calculadas (Figura 26), a saber:
Figura 26: Variáveis para traçado gráfico da LDB (Elaborada pelo autor)
72
Figura 27: Linha de Balanço com Histograma de Mão de Obra (Elaborada pelo autor)
Com o controle de obras, é possível traçar o gráfico das linhas do andamento real
dos serviços da obra. Dessa forma, pode se verificar as projeções de ritmos, quebras de
fluxo de trabalho, prever operações críticas e realizar intervenções necessárias para
ajustes de prazo quando for necessário.
Figura 29: Trecho do algoritmo em VBA para traçado do LDB (Elaborada pelo autor)
Durante o tempo em que este trabalho foi desenvolvido, foi realizado o registro
dos serviços executados semanalmente conforme a figura 28. De posse desses dados, é
possível verificar o comportamento das linhas. As intepretações quanto à estratégia de
execução da obra bem como análise do andamento real foram desconsideradas por não
fazer parte do objetivo desse trabalho. Os traçados das linhas das operações registradas
estão na figura 30.
75
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. REFERÊNCIAS
CARLBERG, Conrad. Gerenciando dados com Excel. 1ª ed., São Paulo: Pearson
Makron Books, 2005.
FORMOSO C.T (b). Gestão da qualidade na construção civil: estratégias, v.5. Porto
Alegre: PPGEC/UFRGS, 2000. (Relatório de pesquisa).
LAUFER, A.; TUCKER, R. L. Is construction project planning really doing its job? A
critical examination of focus, role and process. Construction management and
economics, v. 5, n. 3, May, p. 243-266, 1987.
TURIN, D.A., Study of the building timetable. Building Economics Research Unit,
January, 1972.
VARGAS, Carlos L.S, MENDE JR. Ricardo. Programação de Obras com a Técnica
de Linha de Balanço. Apostila do Curso de Especialização de Engenharia Civil,
Curitiba, 1999.
WOMACK, J.; JONES, D.; ROSS, D. A Máquina que Mudou o Mundo. Rio de
Janeiro: Campus, 1992. 347p.