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Aula 3 - 19/02/2024
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→ Preparação de medicamentos
● Para a preparação de medicamentos, são necessárias matérias-primas (Substâncias ativas, excipientes
e adjuvantes) e as operações farmacêuticas.
→ Matérias-primas
● Naturais;
● Sintéticas;
● Semi-sintéticas.
→ Farmacopeias
● Livros oficiais;
● Elaborados por uma comissão.
→ Dispensadores
● Farmacopeias antigas (dos tempos da monarquia, por exemplo) não oficiais editadas por conjuntos de
pessoas que não eram um organismo oficial do estado.
→ Antidotários
● Farmacopeias oficiais elaboradas por um único indivíduo;
● Nas farmacopeias podem encontrar-se monografias oficiais para cada matéria-prima com a qual se
prepara medicamentos, contém testes, métodos de análise e especificações. Os requisitos expostos
para as matériasprimas devem ser obedecidos para que a matéria-prima possa ser utilizada e
aprovada. Também se encontram requisitos para os materiais de embalagem (vidro para xarope, por
exemplo) e para os produtos acabados.
Farmacopeias
Aula 3 (Parte I)
→ Farmacopeias
● Nas farmacopeias, pode-se encontrar monografias que apresentam características (definição,
características, identificação, ensaio, doseamento, conservação) de substâncias juntamente com
requisitos que essas mesmas substâncias devem obedecer para que possam ser utilizadas na
preparação de medicamentos. Por exemplo, a secção de ensaios engloba um conjunto de testes que
irão dar informação relativamente à qualidade do ácido salicílico. O doseamento apresenta o método
analítico e a especificação encontra-se na secção definição;
● Após o tratamento dos resultados, deve-se registar em um certificado (ou boletim) de análise. Muitas
vezes, quando se estão a realizar ensaios em uma matéria-prima fazem-se mais ensaios para além dos
que são apresentados na farmacopeia para averiguar exigências próprias (testes adicionais).
# Exemplos de farmacopeias:
● Farmacopeia Portuguesa (FP): Como Portugal faz parte da União Europeia segue a Farmacopeia
Europeia, mas visto que possui a sua própria farmacopeia nacional, todo o conteúdo da Farmacopeia
Europeia está obrigatoriamente presente na FP. Contudo, a FP não é limitada a esse conteúdo, ou seja,
pode possuir informação adicional à apresentada na EP;
● European Pharmacopoeia (PH. Europe;
● British Pharmacopeia (BP);
● The United States Pharmacopeia/ National Formulary (USP-NF).
Formulários
Aula 3 (Parte II)
→ Formulários
● Atualmente, tem sido cada vez mais necessário por parte dos doentes medicamentos personalizados
que são chamados de medicamentos manipulados. Estes são preparados por farmacêuticos e as
fórmulas desses medicamentos podem ser encontradas nos formulários galénicos;
● Formulários galénicos: Livros que contêm a informação das farmacopeias mais antigas, tal como as
fórmulas de medicamentos. Estes apoiam a preparação de medicamentos em pequena escala. Este não
é imposto pelo estado português, como acontece com a FP;
● Formulários de uso geral: Incluem no seu conteúdo todos os medicamentos disponíveis no mercado
organizados pela classificação fármaco-terapêutica. Também não é imposto pelo estado português
(não oficial – entidades privadas financiadas pelas indústrias farmacêuticas que elaboram). O
prontuário terapêutico será um formulário de uso geral oficial editado pelo Infarmed;
● Formulários hospitalares: Contém os medicamentos utilizados ao nível hospitalar;
● Formulários destinados ao ambulatório: Contém os medicamentos utilizados ao nível ambulatório.
● O formulário nacional de medicamentos contém todos os medicamentos utilizados ao nível do SNS e é
elaborado e mantido atualizado pela comissão nacional de farmácia e terapêutica (constituída por
farmacêuticos e médicos);
● Ao nível de cada hospital, também existe uma comissão de farmácia e terapêutica que está
responsável por estabelecer quais outros medicamentos são aprovados para aquele hospital
(constituída por médicos e farmacêuticos), ou seja, fazem as adendas extra-formulário;
● Em cada ARS (5 em Portugal continental), existem também comissões de farmácia e terapêutica que
estão vocacionadas para a área do ambulatório e avaliam as prescrições médicas que têm sido feitas
(constituídas por médicos e farmacêuticos).
Prazo de validade
Aula 3 (Parte IV)
→ Prazo de validade
● Quando se estabelece um prazo de validade tem-se em consideração o seguinte:
● Não ocorrem alterações microbiológicas;
● Não ocorrem alterações físicas;
● Podem ocorrer alterações físicas até um determinado valor. Na prática, considera-se que um
medicamento perdeu a sua validade quando foi destruído mais de 10% do respetivo teor em substância
ativa.
Embalagem de medicamentos
Aula 3 (Parte V)
→ Embalagem de medicamentos
● Acondicionamento primário: “Recipiente ou qualquer outra forma de acondicionamento que esteja em
contacto direto com o medicamento”;
● Acondicionamento secundário: “Embalagem exterior em que o acondicionamento primário é colocado”;
● Rotulagem: “Menções contidas no acondicionamento secundário ou no acondicionamento primário”.
Proteção Risco
Materiais de acondicionamento
Aula 3 (Parte VI)
→ STRIP
● Formada por alimentação de duas tiras de uma pelicula flexível e termosselável através de um rolo de
uma platina aquecidos com movimento de vai-vém, que efetuam a selagem. O produto é colocado num
alvéolo formado antes da formação do conjunto de selos finais;
● Materiais: Laminados papel / Polietileno / Folha metálica.
→ Blister
● Formado por amolecimento a quente de uma folha de resina termoplástica amolecida por molde. Após
arrefecimento, a folha é libertada do molde passando para a estação de enchimento da máquina de
embalagem, apresentando um aspeto semi-rígido. É cheio com o produto e selado com um material
suporte termossensível;
● Materiais: Cloreto de polivinilo (PVC) / Alumínio; Laminados polietileno / PVC / Alumínio; Laminados
PVC / Aclar / Alumínio; Laminados PVC / PVdC / Alumínio; Poliestireno; Polipropileno.