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INSTITUTO POLITÉCNICO KINACHUCURU-CUAMBA

CURSO FARMÁCIA 11

CADEIRA: TEOLOGIA FARMACÊUTICA II

TRABALHO EM GRUPO

Tema: Injectáveis

Cuamba, Abril 2023


Tema: Injectáveis

Discentes:

Célia Guilhermino Boina nº 6


Donalda Paulino nº 8
Eguinaldo Cláudio nº 9
Elisa Carlos Raimundo nº 10

O presente trabalho é carácter avaliativo da


cadeira de Teologia Farmacêutica II por sua vê
leccionado pelo Docente: Nelson Inoque

Docente:

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Cuamba, Abril, 2023
Índice
Introdução...................................................................................................................................1

Objectivo geral............................................................................................................................1

Objectivos específicos................................................................................................................1

Conceito de injectáveis...............................................................................................................2

Diluição de injectáveis................................................................................................................2

Conceito de embalagem..............................................................................................................3

Tipos de embalagem...................................................................................................................4

Embalagem primária...................................................................................................................4

Embalagem secundária...............................................................................................................4

Ampola de vidro.........................................................................................................................5

Embalagens para medicamentos fotossensíveis..........................................................................5

Orientação para formas farmacêuticas injectáveis em embalagem multidose............................6

Orientação para formas farmacêuticas semi-sólidas (como cremes e pomadas) em..................6

Preparação de injectável.............................................................................................................7

Preparação da Água para Injectáveis..........................................................................................8

Indicações gerais para o preparo das Medicações Parenterais....................................................9

Esterilização..............................................................................................................................10

Conclusão..................................................................................................................................12

Referências................................................................................................................................13
Introdução
Actualmente os custos com a assistência médica hospitalar estão crescentes, estimulando a
procura por novas tecnologias e procedimentos que tragam eficiência e qualidade ao serviço
prestado, como alternativa aos atuais modelos utilizados. No universo hospitalar
medicamentos geram um gasto significativo, pois são a base para os tratamentos de saúde,
logo é importante garantir seu uso de forma racional e eficaz. Estudos demonstram que a
forma farmacêutica mais utilizada em hospitais, aproximadamente 40%, é a injectável.
Esse uso já é esperado, pois nessa via é possível à obtenção de uma resposta mais rápida ao
medicamento, uma vez que o mesmo é inserido directamente na corrente sanguínea, não
ocorrendo o efeito de primeira passagem, o que garante a terapia proposta e corrige algum
desequilíbrio electrolítico.
O problema dessa via é o grande risco de contaminação que existe tanto na preparação quanto
na administração dos medicamentos, sendo, portanto imprescindível à utilização de técnicas
assépticas em todas as etapas. Para diminuir esse risco foram estabelecidos procedimentos e
regras, alguns descritos inclusive em forma de lei, que devem ser executados por todos os
profissionais envolvidos nas fases da terapia medicamentosa: médicos, enfermeiros e
farmacêuticos.

Objectivo geral
 Compreender os injectáveis
Objectivos específicos
 Conhecer modo de preparo de injectáveis
 Descrever os tipos de embalagens de medicamentos injectáveis
 Definir os termos embalagem e injectáveis.

1
Conceito de injectáveis
Os medicamentos injectáveis apresentados em recipientes multidoses possuem uma rolha de
borracha que permite o fechamento após a perfuração com a agulha. As rolhas de borracha
possuem propriedades para permitir mais de uma perfuração desde que técnicas corretas de
manuseio sejam aplicadas, entretanto, a definição do prazo de validade após a primeira
perfuração da embalagem é de difícil determinação e ainda é necessário verificar a presença
de conservantes.

Diluição de injectáveis
As Misturas Intravenosas (MI) podem ser definidas como “preparações extemporâneas que se
obtêm a partir da incorporação de medicamentos para uso intravenoso (aditivo), ou mais, em
um recipiente que contém soluções para fluidoterapia IV (veículo) ” (Menéndez,1997 apud
Colomer, 1988).
As misturas intravenosas devem ser personalizadas terapeuticamente e farmacologicamente
O Conselho Federal de Farmácia (CFF) publicou, em 2001, a RES nº 357 que “Aprova o
Regulamento Técnico das Boas Práticas de Farmácia”. Em seu artigo 19 ele define as
atribuições do farmacêutico, que são, entre outras, de:
“...manter os medicamentos e substâncias medicamentosas em bom estado de conservação,
de modo a serem fornecidos nas devidas condições de pureza e eficiência, assegurar
condições para o cumprimento das atribuições gerais de todos envolvidos, visando
prioritariamente à qualidade, eficácia e segurança do produto, garantir a qualidade dos
procedimentos de manipulação, manter os medicamentos e demais produtos sob sua guarda
com controle de estoque que garanta no mínimo o reconhecimento do lote e do
distribuidor...”
Com o aprimoramento dos sistemas de distribuição e surgimento da dose unitária,
desenvolveram-se as centrais de diluição de injectáveis, ficando a cargo do farmacêutico a sua
gerência. O farmacêutico é responsável pela composição e dispensação dos produtos estéreis
com correta identificação e embalagem, prontos para serem directamente administrados
(Ashp, 2000).

Menéndez (1997) descreve a CDI como “o lugar no serviço de farmácia onde se realiza a
recepção da prescrição, a elaboração, condicionamento e distribuição das misturas
intravenosa”.

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Conceito de embalagem
Embalagem: invólucro, recipiente ou qualquer forma de acondicionamento removível, ou não,
destinado a cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter, especificamente ou não,
medicamentos. (Brasil, 2009).
Para Fiorentino et al. (2008), a embalagem é o resultado de compromisso com a qualidade,
representada por alguns factores, como a função física de manuseio e protecção do produtor,
consumidor e meio ambiente, a função competitiva de comunicação e a função económica,
relacionada ao custo total do produto.
Os profissionais de saúde e os pacientes precisam conhecer um grande e crescente número de
produtos, rótulos e formatos; no entanto, não há qualquer exigência para os fabricantes em
disponibilizar aos profissionais de saúde ilustrações das várias formas de embalagens desses
produtos (Bussières et al., 2009).
Segundo os autores, essa falta de padronização possibilita que alguns fabricantes
comercializem, como ocorre no Canadá, blisters cuja rotulagem não é considerada segura pela
unidade de saúde.
Segundo a Farmacopeia Europeia (Technical..., 2005), os fabricantes devem fornecer dados
de estabilidade, como o comportamento do material em exposição com o ar, os vários graus
de umidade, temperaturas diferentes e exposição à luz do dia.

As embalagens de medicamentos ainda apresentam diversos problemas relacionados à


interface, não somente a idosos, mas ao público em geral. Estes problemas vão desde baixa
legibilidade, identificação do produto, até problemas relacionados à segurança por falta de
dados que se perdem com a manipulação e dificuldade na abertura das embalagens.

Meier (2001) apresenta, em seus estudos sobre utilização de medicamentos e avaliação de


erros nas diversas fases do processo, que as embalagens de comprimidos ou injectáveis não
são sempre preservadas após manipulação para remoção do medicamento, fazendo com que
as datas de validade e número de lote deixem de ser identificáveis.
Embalagem É o invólucro, recipiente ou qualquer forma de acondicionamento, removível
ou não, destinada a cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter, especificamente ou não,
os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, os cosméticos, os
saneastes e outros produtos.

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Tipos de embalagem
Embalagem primária
É a que está em contacto directo com seu conteúdo durante todo o tempo. Considera-se
material de embalagem primária: ampola, bisnaga, envelope, estojo, flaconete, frasco de vidro
ou de plástico, frasco-ampola, cartucho, lata, pote, saco de papel e outros. Não deve haver
qualquer interacção entre o material de embalagem primária e o seu conteúdo capaz de alterar
a concentração, a qualidade ou a pureza do material acondicionado.

Embalagem secundária
É a embalagem externa do produto, que está em contacto com a embalagem primária ou
envoltório intermediário, podendo conter uma ou mais embalagens primárias, possibilitando
total protecção do material de acondicionamento nas condições usuais de transporte,
armazenagem e distribuição. Considera-se embalagem secundária: caixas de papelão,
cartuchos de cartolina, madeira ou material plástico ou estojo de cartolina e outros.
Para as formas farmacêuticas estéreis, acondicionadas em recipientes de doses múltiplas,
geralmente são adicionados conservantes antimicrobianos para inibir o crescimento de
microorganismos e assim permitir o uso repetido das doses individuais desde que normas
assépticas sejam seguidas. Para o uso dos frascos multidoses repetidas vezes é necessário que
seja estabelecido um prazo de validade para cada apresentação e nem sempre esse prazo é
possível de mensurar, devido à falta de informações do fabricante e ausência de testes de
estabilidade.
Os medicamentos injectáveis apresentados em recipientes multidoses possuem uma rolha de
borracha que permite o fechamento após a perfuração com a agulha. As rolhas de borracha
possuem propriedades para permitir mais de uma perfuração desde que técnicas corretas de
manuseio sejam aplicadas, entretanto, a definição do prazo de validade após a primeira
perfuração da embalagem é de difícil determinação e ainda é necessário verificar a presença
de conservantes. Assim, faz-se necessário estabelecer medidas de cuidados no manuseio dos
produtos em recipientes multidoses para garantir a estabilidade dessas preparações. A
estabilidade de um produto farmacêutico pode ser definida como a capacidade do produto de
manter, dentro dos limites especificados, por todo o período de utilização, as mesmas
propriedades e características que possuía no momento de sua fabricação (United States
Pharmacopeial – USP, 1999).

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Ampola de vidro
Segundo a Anvisa (2011), ampola é o “recipiente fechado hermeticamente, destinado ao
armazenamento de líquidos estéreis para uso por via parenteral e cujo conteúdo é utilizado em
dose única”. Os materiais regulamentados para aplicação são o plástico translúcido, o plástico
transparente, o vidro âmbar ou vidro transparente, embora seja mais comum encontrar
ampolas de vidro, tanto âmbar como transparente.
De acordo com Carraretto et al. (2012), o uso de ampolas de vidro tem sido extensamente
destinado ao acondicionamento de fármacos, em virtude de as características deste material o
permitirem compor embalagens de medicamentos e de outras substâncias estéreis.

Embalagens para medicamentos fotossensíveis


A FB 5 estabelece as exigências para o teste de transmissão de modo que a protecção, ou a
resistência deve ser devido às propriedades específicas do material de que o recipiente é
composto, incluindo qualquer revestimento aplicado a ele.
Um exemplo é o elixir, que é uma preparação farmacêutica, líquida, límpida, hidroalcóolica,
preparado por dissolução simples, devendo ser envasado em frascos de cor âmbar e mantido
em lugar fresco e ao abrigo da luz (ANVISA, 2010).

Alves et al. (2007) analisaram embalagens plásticas e de vidro quanto às propriedades de


barreira a luz e concluíram que a transmissão de luz no vidro depende de sua coloração e
espessura, que a pigmentação da embalagem de plástico interfere de forma significativa nas
propriedades de barreira à luz e que é comum a utilização de aditivos que atuam nas
embalagens plásticas como estabilizadores contra radiação ultravioleta – UV, visando
prevenir a fotodegradação causada pela luz solar e pela radiação UV artificial.

A estabilidade de um produto farmacêutico baseia-se em cinco parâmetros: químico, físico,


microbiológico, terapêutico e toxicológico (Gomes, 2003), conforme descrição a seguir:
Estabilidade Química: integridade química e da potência declarada, dentro dos limites
especificados, para cada ingrediente activo.
 Estabilidade Física: propriedades físicas originais, incluindo aparência, palatabilidade,
uniformidade, dissolução e suspensibilidade.

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 Estabilidade Microbiológica: esterilidade ou resistência ao crescimento microbiano, de
acordo com as especificações estabelecidas e efectividade dos agentes antimicrobianos
presentes.
 Estabilidade Terapêutica: efeito terapêutico inalterado.
 Estabilidade Toxicológica: não deve ocorrer aumento da toxicidade no período
estabelecido.
Orientação para formas farmacêuticas injectáveis em embalagem multidose
 Inspeccionar o frasco visualmente, pois medicamentos injectáveis devem apresentar-se
epirogénicos e isentos de materiais particulados (Gomes, 2003);
 Registrar a data, horário e o nome do responsável pela abertura do frasco;
 Preservar a identificação do medicamento quando colocar a etiqueta com registro de
abertura do frasco;
 Desinfecção da rolha de borracha com álcool 70%;
 Utilização de agulhas e seringas estéreis, cuidando para não contaminar a agulha antes
da perfuração, não recomendados mais de quatro perfurações;
 Utilização de agulhas de menor calibre ou agulha para a aspiração com ponta romba
25x12.
 Tanto para reconstituição com diluente apropriado de medicamentos injectáveis
quanto para retirada do medicamento é recomendado não utilizar agulhas 40x12, pois
pequenos fragmentos da rolha de borracha podem ser levados para dentro do frasco
durante o procedimento. Essa recomendação consta na maioria das bulas de
medicamentos que possuem sua apresentação em frasco-ampola;
 Manter o frasco multidose em áreas restritas de modo a centralizar o manuseio;
 Sempre que possível, reservar o frasco multidose para o mesmo paciente;
 Evitar a utilização de frascos multidoses que não contenham conservantes.

Orientação para formas farmacêuticas semi-sólidas (como cremes e pomadas) em


embalagem multidose
 Caso o produto venha em tubo, espremer pequena quantidade na gaze para aplicar;
 Caso o produto venha em pote, utilizar uma espátula para retirar o produto;
 Após aplicar o medicamento na lesão, não voltar a encostar a gaze ou espátula na boca
do tubo ou do pote para não contaminá-lo;

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 A embalagem deve ser mantida limpa, com a retirada dos resíduos do produto na
tampa ou rosca do pote;
 Nunca usar os dedos para retirar produtos no tubo ou pote;
 Manter o frasco multidose em áreas restritas de modo a centralizar o manuseio;
 Sempre que possível, reservar o frasco multidose para o mesmo paciente;
 Evitar a utilização de frascos multidoses que não contenham conservantes.

Orientações para formas farmacêuticas orais em embalagem multidose


 Ao destampar o frasco, colocar a parte interna da tampa virada para cima; recolocar a
tampa no frasco o mais rápido possível;
 Antes da administração, verificar se o conteúdo está homogéneo e sem grumos;
 Ao inclinar o frasco para retirar a quantidade desejada, o rótulo deve ficar virado para
cima, pois assim, se o líquido escorrer, não manchará o rótulo;
 Manter o frasco multidose em áreas restritas de modo a centralizar o manuseio;
 Sempre que possível, reservar o frasco multidose para o mesmo paciente;
 Evitar a utilização de frascos multidoses que não contenham conservantes.

Orientação para formas farmacêuticas oftalmológicas em embalagem multidose


 Ao destampar o frasco, colocar a parte interna da tampa virada para cima; recolocar a
tampa no frasco o mais rápido possível;
 Evitar o contacto do frasco com os dedos e/ou com as superfícies das pálpebras ou dos
olhos;
 Manter o frasco multidose em áreas restritas de modo a centralizar o manuseio;
 Sempre que possível, reservar o frasco multidose para o mesmo paciente;
 Evitar a utilização de frascos multidoses que não contenham conservantes.

Preparação de injectável
A preparação de um produto parenteral pode ser considerada como abrangendo quatro áreas
gerais:
1. Aquisição e acumulação numa área de depósito até liberação para a produção;
2. Processamento da forma farmacêutica em ambiente adequadamente projectado e
operado;

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3. Embalagem e identificação numa área de quarentena para garantir a integridade e o
acabamento do produto; 4. controle de qualidade do produto ao longo de todo o
processo (Monteiro, 2005).
Para preparação de produtos parenterais as indústrias farmacêuticas fazem uso de BPFs, que
para serem atingidas é necessário um esforço crescente por parte das indústrias farmacêuticas
que devem evoluir com os novos desenvolvimentos tecnológicos e novos entendimentos dos
princípios já existentes. Com isso a indústria farmacêutica demonstrou iniciativa e inovação
no extenso desenvolvimento tecnológico e melhoria na qualidade, segurança e eficácia das
formas farmacêuticas parenterais nos últimos anos, por exemplo, desenvolvimentos na
esterilização por filtração, tecnologia de processamento asséptico e controle de matérias em
partículas (Gennaro, 2000).
A aquisição limita-se a seleccionar e testar de acordo com as especificações dos ingredientes
de matéria-prima e os recipientes para os invólucros primários e secundários. O
processamento inclui limpar os recipientes e equipamentos para validar especificações,
manipular a solução, filtrar a solução, higienizar ou esterilizar os recipientes e equipamentos,
colocar as quantidades medidas do produto dentro de recipientes estéreis e, finalmente, seu
fechamento. A embalagem consiste normalmente em rotular e guardar em caixas os
recipientes primários cheios e fechados.

O veículo de maior importância e usado com mais frequência na preparação de produto


parenteral é a Água para Injectáveis, esta água pode ser obtida por destilação ou por osmose
reversa atendendo as especificações farmacopeicas.
Como a maioria das soluções parenterais é bem diluída, o componente presente em maior
proporção é o veículo. Um veículo normalmente não tem actividade terapêutica e não é
tóxico, contudo, é de grande importância na formulação, visto que se apresenta aos tecidos
corporais na forma do constituinte activo para absorção. (Lachman, 2001).

Preparação da Água para Injectáveis


A água para uso farmacêutico exige tratamento de alta pureza para assegurar que não haja
interferência de contaminantes que afectam a qualidade das formulações produzidas ou
injectadas. Esta qualidade é alcançada por meio de apropriada selecção, instalação, validação
e operação dos processos unitários de sua purificação, bem como dos sistemas de
armazenagem e distribuição. De todos os processos o mais eficaz e utilizado na indústria

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farmacêutica é a osmose reversa, a tecnologia tem como objectivo de reduzir o consumo de
água e energia e também o controle da poluição (Macedo, 2004).
O processo baseia-se no fenómeno natural de osmose, que consiste na passagem de água pura
de uma solução salina diluída, para uma mais concentrada, através de uma membrana
semipermeável, que separa as duas soluções. O fluxo de água ocorre até que seja atingido um
equilíbrio, que é representado pela pressão osmótica de equilíbrio. Este processo remove
material particulado, pirogénicos, microorganismos, material orgânico dissolvido e materiais
insolúveis (Grela, 2004).
Indicações gerais para o preparo das Medicações Parenterais
1. Reúna o material apropriado junto da prescrição médica.
2. Revise as informações pertinentes relacionadas com o medicamento, incluindo acção,
finalidade, dose, via, efeitos colaterais e as implicações da enfermagem.
3. Examine a história clínica, a história de alergias e a medicamentosa do paciente.
4. Examine a constituição corporal, o tamanho do músculo e o peso quando administrar
injecção subcutânea ou intramuscular.
5. Planeje a preparação para evitar a interrupção. Não faça ligações telefónicas ou
converse com outra pessoa.
6. Higienizar as mãos conforme técnica padronizada ANTES e ao TÉRMINO do
procedimento;
7. Realizar o sistema das 5 conferências durante preparo e administração das
medicações, conferindo os cinco certos (medicação, dose, horário, via, paciente).
8. As medicações parenterais são soluções estéreis, ou seja, todo o seu preparo deverá ser
realizado com técnica asséptica.

Preparação da ampola ou frasco ampola:


1. Percuta o ápice da ampola de maneira suave e rápida com o dedo até que o líquido
saia do colo da ampola ou realize movimentos circulares suaves.
2. Fazer desinfecção de toda a ampola com algodão embebido em álcool 70% e no
frasco-ampola, ao retirar a tampa metálica do frasco, a desinfecção da borracha;
3. Proteger os dedos com algodão ou gaze não estéril ao destacar o gargalo da ampola de
vidro ou ao retirar a tampa metálica do frasco-ampola.
4. Colocar a agulha na seringa com cuidado para não contaminar a seringa e ou a agulha.

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5. Segure o frasco-ampola de cabeça para baixo ou coloque-a sobre uma superfície plana
com a agulha no centro da abertura da ampola, ou centro da borracha do frasco. Não
permita que a extremidade ou corpo da agulha toquem na borda da ampola.
6. Aspirar a solução do frasco para dentro da seringa, puxando suavemente o êmbolo
para trás e introduzir o diluente no frasco (no caso de medicações liofilizadas),
homogeneizar o pó com o líquido sem sacudir e aspirar. No momento de aspirar o
líquido, mantenha o bisel da agulha imerso para evitar entrada de ar na seringa.
7. Quando as bolhas de ar são aspiradas, não expulse o ar dentro da ampola.
8. Para expelir o ar da seringa, retire a agulha da ampola, reencape passivamente (apenas
durante o preparo). Segure a seringa com a agulha reencapada apontada para cima.
Percuta o lado da seringa para fazer com que as bolhas subam no sentido da agulha.
Puxe ligeiramente para trás e empurre-o no sentido de ejectar o ar.
9. Não ejecte o líquido, pois pode haver perda de medicação.
10. Quando a seringa tem líquido em excesso, utilize o copinho ou outra área
especialmente designada para descarte de medicamento. Ejecte lentamente o excesso
de líquido. Torne a conferir o nível de líquido na seringa ao segurá-la verticalmente na
altura dos olhos.
11. Usar máscara e luvas para preparar medicamentos liofilizados que sejam
antimicrobianos.
12. 19. TROCAR a agulha de preparo por agulha própria para administrar medicações
parenterais (de acordo com a medicação a ser administrada, a VIA de administração e
o biotipo do paciente).

Esterilização
A carga de esterilização é montada com o mesmo produto, onde a carga máxima da autoclave
é de dez carrinhos suporte. Com a carga completa, este produto passa a estar liberado para
esterilização, os carrinhos são posicionados em uma plataforma que se movimenta
horizontalmente levando para dentro da autoclave.
Esterilização por calor húmido é o método de escolha para parte de produtos farmacêuticos,
como as SPGV. De todos os métodos utilizados para a destruição dos microrganismos é o
melhor e mais eficiente. É altamente letal para os germes, é de fácil obtenção e controlável.
Só não pode ser utilizado em substâncias que se alteram pelo calor e umidade (Prista, 2003).

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A maioria dos produtos farmacêuticos é negativamente afectada pelo calor e não pode ser
aquecida com segurança à temperatura necessária para esterilização com calor seco (±170ºC).
Quando existe umidade, as bactérias são coaguladas e destruídas em temperaturas
consideravelmente mais baixas do que quando não existe umidade. Os produtos parenterais
podem ser esterilizados de forma eficaz numa autoclave a 121ºC durante um tempo de
exposição de 20 minutos (Lachman, 2001).
A esterilização é o processo validado usado para prover um produto livre de todas as formas
de microrganismos viáveis.

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Conclusão
O uso de medicamentos injectáveis é muito comum nos dias de hoje, e representou um
grande avanço na medicina. Eficientes para diversos tipos de tratamentos, eles são
fundamentais para os pacientes há muito tempo.
Basicamente, os medicamentos injectáveis são aqueles administrados por injecção. Ela pode
ser intramuscular, intravenosa, subcutânea, subdural, intraperitoneal, dentre outros tipos. Esse
tipo de medicamento é, portanto, aquele que é aplicado na veia, na pele, no músculo e em
outras partes do corpo. Dentre os injectáveis mais conhecidos estão a morfina, a
benzilpenicilina benzatina e alguns anticoncepcionais.
Quando você precisar fazer uso de um medicamento injectável, é preciso tomar um primeiro
cuidado básico e muito importante para a sua saúde: esse tipo de medicamento só pode ser
preparado e administrado por profissionais qualificados. Por isso, não aceite que qualquer um
que trabalhe na farmácia, por exemplo, faça a aplicação.
Um dos cuidados que o profissional deve ter (e que você deve ficar de olho, pois é comum de
ser esquecido) é limpar a rolha do medicamento com álcool, assim que a peça plástica que o
protege é retirada. Esse procedimento serve para garantir que o medicamento seja injectado de
forma asséptica.

Preferencialmente, as agulhas utilizadas precisam medir 30 x 8 ou 25 x 8 (relativos ao


comprimento e ao calibre, respectivamente). Essa medição é recomendada pois assegura a
diluição dos medicamentos injectáveis com menor chance de fragmentar as rolhas do que, por
exemplo, as agulhas que medem 40 x 12.

Quanto aos diluentes, o profissional não pode utilizar aqueles que não tenham sido definidos
pelo fabricante. Os mais comuns são: água estéril para injecção, Glicose 5% e Cloreto de
Sódio 0,9%. É preciso verificar também se o produto se apresenta dentro das condições e
padrões, relativos ao descarte, à coloração e à aplicação, por exemplo. Caso haja dúvidas, o
melhor a fazer é ligar para o laboratório responsável.

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Referências
Colomer, J.J. y Colaboradores. Preparación y Dispensación de Unidades para Terapia
Intravenosa. En Mezclas Intravenosas y Nutrición Parenteral (Jiménez Torres, V.), Cap. II,
3ra. Edición, Ed. NAU llibres, Valencia, 1988, 25-26p.
Ansel, H. C. et al. Farmacotécnica, Formas Farmacêuticas & Sistemas de Liberação de
Fármacos. 6ª Edição. São Paulo: Premier, 2000. 568 p.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA (Resolução - RDC nº 17, de 16 de abril
de 2010). Disponível em: www.anvisa.gov.br, acesso em: 12 de agosto de 2010.
Alencar, J.R.B et al. Validação de Limpeza de Equipamentos numa Indústria de
Medicamentos: Estratégia para escolha do “pior caso”. Ver. Bras. Farm, vol 87 n.1, 2006.
AULTON, M. E., Delineamento de Formas Farmacêuticas. 2ª Edição. Porto Alegre:
Artmed, 2005. 677 p.
BARBER, T. A., Pharmaceutical Particulate Matter: Analysis and Control. Interpharm Press,
Bufalo Grove, 1993.

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