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INTERPRETAÇÃO

TEXTUAL COM

Poemas Brasileiros

Ensino Fundamental 2

BL APOIO PEDAGÓGICO
Interpretação Textual com Poemas Brasileiros

Copyright © Bruna Lucas Apoio Pedagógico


Todos os direitos reservados.
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer
forma ou por qualquer meio eletrônico, mecânico, inclusive por
meio de processo xerográfico, incluindo ainda o uso da internet,
sem a permissão expressa do autor. (Lei n.º 9.610, de 19.2.98).

Revisão: Kátia dos Santos Vilela.


Revisão ortográfica: Kátia dos Santos Vilela.
Diagramação: Ana Paula de Sousa Cunha.
Capa: Ana Paula de Sousa Cunha.
Contato: contato@apoiopedagogico.com
INTRODUÇÃO

Conhecer os poemas brasileiros é importante por vários motivos.


Alguns deles são:

A poesia brasileira faz parte da nossa cultura e da nossa história,


pois mostra como os poetas expressaram seus sentimentos,
emoções, ideias e imagens sobre o Brasil e o mundo em diferentes
épocas e contextos.

A poesia brasileira é uma forma de arte que valoriza a linguagem,


pois usa recursos como rima, ritmo, sonoridade, metáfora,
comparação, ironia, humor, etc. para criar efeitos de sentido e
beleza nos textos.

A poesia brasileira é uma forma de educação que desenvolve a


sensibilidade, a criatividade, a interpretação, a memorização e a
oralidade, pois estimula o leitor a apreciar, compreender, produzir
e declamar poemas.

A poesia brasileira é uma forma de prazer que proporciona


diversão, emoção, reflexão e encantamento, pois convida o leitor a
entrar em contato com o poético que existe no mundo, nas artes e
nas palavras.
SOBRE O MATERIAL

A poesia é uma forma de arte que expressa sentimentos, emoções,


ideias e imagens através da linguagem.

A poesia brasileira é rica e diversa, refletindo a cultura, a história e a


identidade do nosso país. Neste material, você vai conhecer alguns
dos principais poetas brasileiros, que marcaram a literatura nacional
com seus versos e estilos.

Você vai ler poemas de Vinicius de Moraes, Carlos Drummond de


Andrade, Manuel Bandeira, Casimiro de Abreu, Cecília Meireles, Adélia
Prado, Ana Cristina César, Fernando Pessoa, Mário Quintana, Hilda
Hilst, Augusto dos Anjos, João Cabral de Melo Neto, Manoel de Barros
e Ferreira Gullar.

Além disso, você vai desenvolver sua capacidade de interpretação


textual, respondendo a questões sobre os poemas lidos. Ao final de
cada atividade, você poderá conferir o gabarito com as respostas
corretas e as justificativas.

Esperamos que você aproveite este material e se encante com a


poesia brasileira!
Nome: Data:
Turma: Professor:

SONETO DE FIDELIDADE
Vinícius de Moraes
D e tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento


E em louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure


Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):


Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Imagem: https://gauchazh.clicrbs.com.br
Perguntas:

1) Qual é o tema do soneto?

2) Qual é a ideia principal do primeiro quarteto?

3) Como o poeta expressa seu amor no segundo quarteto?

4) O que o poeta imagina no primeiro terceto?

5) Qual é a contradição que o poeta revela no segundo terceto?


6) Qual é o tema principal do soneto?
a) A morte do amor.
b) A fidelidade ao amor.
c) A solidão do amor.
d) A imortalidade do amor.

7) O que significa a expressão “em face do maior encanto” no primeiro


quarteto?
a) Diante da maior beleza.
b) Diante da maior magia.
c) Diante da maior tentação.
d) Diante da maior felicidade.

8) O que o poeta quer dizer com “E rir meu riso e derramar meu pranto” no
segundo quarteto?
a) Que ele quer compartilhar sua alegria e sua tristeza com o seu amor.
b) Que ele quer rir de si mesmo e chorar pelo seu amor.
c) Que ele quer se divertir e se emocionar com o seu amor.
d) Que ele quer ironizar sua felicidade e lamentar seu sofrimento pelo seu amor.

9) Quem são os possíveis candidatos a procurar o poeta no primeiro terceto?


a) A morte e a solidão.
b) O amor e a paixão.
c) A vida e a esperança.
d) O tempo e a lembrança.

10) Qual é a conclusão do poeta sobre o amor no último verso?


a) Que o amor não é eterno, mas é intenso enquanto existe.
b) Que o amor é uma chama que se apaga com o tempo.
c) Que o amor é infinito, mesmo que não dure para sempre.
d) Que o amor é uma ilusão que se desfaz com a morte.
Nome: Data:
Turma: Professor:

NO MEIO DO CAMINHO
Carlos Drummond de Andrade
N o meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

Imagem: https://circuitodoouro.tur.br
Perguntas:

1) Qual é o tema do poema?

2) Qual é o efeito da repetição dos versos no poema?

3) Qual é a função da palavra “nunca” no poema?

4) Por que o poeta usa a expressão “minhas retinas tão fatigadas”?

5) Qual é o significado da pedra no meio do caminho para o poeta?


6) Qual é a relação entre o título do poema e o seu conteúdo?

a) O título resume o assunto do poema, que é a presença de uma pedra no


caminho do eu lírico.
b) O título antecipa o problema do poema, que é a dificuldade de lidar com a
pedra no caminho do eu lírico.
c) O título contradiz o poema, que não fala de uma pedra, mas de uma
metáfora para a vida.
d) O título ironiza o poema, que não tem um assunto definido, mas apenas
uma repetição de palavras.

7) O poema ''No Meio do Caminho'' tem quantos versos?


a) 4
b) 8
c) 10
d) 16

8) Qual é a intenção do eu lírico ao dizer que nunca se esquecerá desse


acontecimento?
a) Mostrar que esse acontecimento foi muito importante e marcante para
ele.
b) Revelar que esse acontecimento foi muito traumático e doloroso para ele.
c) Questionar se esse acontecimento foi realmente significativo ou apenas
um detalhe.
d) Sugerir que esse acontecimento foi tão banal e repetitivo que se tornou
inesquecível.

9) Qual é a estrutura do poema?

a) Única estrofe com dez versos, sem rimas ou sílabas métricas.


b) Única estrofe com dez versos, com rimas e sílabas métricas.
c) Única estrofe com dez versos, sem rimas e com sílabas métricas.
d) Única estrofe com dez versos, com rimas e sem sílabas métricas.

10) Qual é o tipo de linguagem utilizado no poema?


a) Linguagem denotativa, que expressa o sentido literal das palavras.
b) Linguagem conotativa, que expressa o sentido figurado das palavras.
c) Linguagem mista, que combina o sentido literal e o sentido figurado das
palavras.
d) Linguagem ambígua, que permite mais de um sentido para as palavras.
Nome: Data:
Turma: Professor:

VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA


Manuel Bandeira
V
ou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada Mando chamar a mãe - d’água.
Pra me contar as histórias
Vou-me embora pra Pasárgada Que no tempo de eu menino
Aqui eu não sou feliz Rosa vinha me contar
Lá a existência é uma aventura Vou-me embora pra Pasárgada
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Em Pasárgada tem tudo
Rainha e falsa demente
É outra civilização
Vem a ser contraparente
Tem um processo seguro
Da nora que nunca tive
De impedir a concepção
Tem telefone automático
E como farei ginástica
Tem alcalóide à vontade
Andarei de bicicleta
Tem prostitutas bonitas
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo Para a gente namorar
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado E quando eu estiver mais triste
Deito na beira do rio Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
- Lá sou amigo do rei -
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

Imagem: https://www.livrobingo.com.br
Perguntas:

1) Qual é o tema do poema?

2) Que elementos do poema revelam a insatisfação do eu lírico com a sua


vida atual?

3) Que aspectos da vida em Pasárgada atraem o eu lírico?

4) Que recursos estilísticos o poeta utiliza para criar um contraste entre


Pasárgada e a realidade?

5) Que sentimento predomina no poema?


6) O que significa a expressão “Lá sou amigo do rei”?

a) O eu lírico tem uma relação de amizade com o monarca de Pasárgada.


b) O eu lírico usa uma figura de linguagem para indicar que tem privilégios
em Pasárgada.
c) O eu lírico se refere ao rei Salomão, que teria construído Pasárgada.
d) O eu lírico se identifica com o rei Ciro, que fundou Pasárgada.

7) Que elementos do poema indicam que Pasárgada é uma utopia?

a) A repetição do verso “Vou-me embora pra Pasárgada”.


b) A contraposição entre a realidade triste e a existência aventureira.
c) A presença de elementos fantásticos e contraditórios.
d) Todas as alternativas anteriores.

8) Que aspectos da vida moderna são criticados pelo eu lírico no poema?

a) A falta de liberdade e de amor.


b) A violência e a poluição.
c) A solidão e o suicídio.
d) A concepção e o telefone.

9) Que valor semântico tem a conjunção “mas” no verso “Mas triste de não ter
jeito”?

a) Adição.
b) Oposição.
c) Conclusão.
d) Concessão.

10) Que efeito de sentido é produzido pelo uso do hífen no verso “Mando
chamar a mãe - d’água”?

a) Indicar uma pausa ou suspensão.


b) Marcar uma ênfase ou destaque.
c) Sinalizar uma mudança de assunto.
d) Criar uma ambiguidade ou duplo sentido.
Nome: Data:
Turma: Professor:

SAUDADES
Casimiro de Abreu
N as horas mortas da noite
Como é doce o meditar
Quando as estrelas cintilam
Nas ondas quietas do mar;
Quando a lua majestosa
Surgindo linda e formosa,
Como donzela vaidosa
Nas águas se vai mirar!

Nessas horas de silêncio,


De tristezas e de amor,
Eu gosto de ouvir ao longe,
Cheio de mágoa e de dor,
O sino do campanário
Que fala tão solitário
Com esse som mortuário
Que nos enche de pavor.

Então – proscrito e sozinho –


Eu solto aos ecos da serra
Suspiros dessa saudade
Que no meu peito se encerra.
Esses prantos de amargores
São prantos cheios de dores:
– Saudades – dos meus amores,
– Saudades – da minha terra!

Imagem: https://www.todamateria.com.br
Perguntas:

1) Qual é o tema do poema?

2) Que elementos da natureza são usados pelo poeta para criar um cenário
noturno e melancólico? Cite exemplos do texto.

3) Que contraste existe entre o eu lírico e a natureza no poema? Explique


com suas palavras.

4) Que significado tem o sino do campanário para o eu lírico? Cite exemplos


do texto.

5) Qual é o cenário descrito pelo poeta nos primeiros versos do poema?


6) Que contraste existe entre o eu lírico e o sino do campanário na
segunda estrofe?

a) O eu lírico está feliz e o sino está triste.


b) O eu lírico está proscrito e o sino está solitário.
c) O eu lírico está cheio de mágoa e o sino está cheio de dor.
d) O eu lírico está vivo e o sino está morto.

7) Que sentido tem a repetição da palavra ''saudades'' na última estrofe?

a) Reforçar a intensidade do sentimento do poeta.


b) Indicar a variedade das coisas que o poeta sente falta.
c) Mostrar a impossibilidade de superar a dor do poeta.
d) Expressar a ironia do destino do poeta.

8) Que imagem o poeta usa para representar os seus prantos de amargores na


última estrofe?

a) Suspiros.
b) Lágrimas.
c) Gritos.
d) Sangue.

9) Qual é a figura de linguagem mais usada no poema?

a) Metáfora.
b) Comparação.
c) Personificação.
d) Hipérbole.

10) Que efeito o poeta busca ao usar a rima em seu poema?

a) Criar um ritmo musical e harmonioso.


b) Gerar um contraste entre as palavras rimadas.
c) Enfatizar as ideias principais e secundárias.
d) Produzir um jogo de sons e sentidos.
Nome: Data:
Turma: Professor:

OS OMBROS SUPORTAM O MUNDO


Carlos Drummond de Andrade
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.


Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.

Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?


Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.

Imagem: https://www1.folha.uol.com.br
Perguntas:

1) Qual é o tema do poema?

2) O que significa a expressão “tempo de absoluta depuração” no segundo


verso?

3) Por que o eu lírico diz que o amor resultou inútil?

4) Como é a relação do eu lírico com os outros seres humanos?

5) Qual é o contraste entre os ombros que suportam o mundo e a mão de


uma criança?
6) Qual é o sentimento predominante do eu lírico no poema?
a) Alegria.
b) Raiva.
c) Tristeza.
d) Indiferença.

7) Qual é o efeito da repetição da palavra “tempo” no início do poema?


a) Cria um ritmo.
b) Cria uma rima.
c) Cria uma ênfase.
d) Cria uma comparação.

8) Qual é o sentido da palavra “mistificação” no último verso do poema?


a) Engano.
b) Religião.
c) Magia.
d) Criação.

9) Qual é a relação entre os versos “E as mãos tecem apenas o rude trabalho” e


“Teus ombros suportam o mundo”?
a) São sinônimos.
b) São antônimos.
c) São complementares.
d) São contraditórios.

10) Qual é o sentido da expressão “os delicados” na última estrofe do poema?


a) Os que são sensíveis e sofrem com o mundo.
b) Os que são fracos e covardes diante do mundo.
c) Os que são elegantes e refinados no mundo.
d) Os que são gentis e bondosos com o mundo.
Nome: Data:
Turma: Professor:

RETRATO
Cecília Meireles

E u não tinha este rosto de hoje,


Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,


Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,


Tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?

Imagem: https://www.multirio.rj.gov.br
Perguntas:

1) Qual é o tema do poema?

2) Como a pessoa que fala se sente em relação à sua mudança?

3) Qual é o significado da última estrofe do poema?

4) Qual é o tom do poema?

5) Que recursos linguísticos o poeta usa para transmitir a sua mensagem?


6) Que efeito a forma fixa do poema cria na sua leitura?
a) Um efeito de harmonia, de equilíbrio, de simetria e de regularidade.
b) Um efeito de desordem, de desarmonia, de assimetria e de irregularidade.
c) Um efeito de contraste entre a forma e o conteúdo do poema.
d) Ambas a) e c)

7) O que significa a expressão “em que espelho ficou perdida a minha face”?
a) O eu lírico não se reconhece mais no espelho.
b) O eu lírico perdeu o seu espelho favorito.
c) O eu lírico está procurando a sua verdadeira face.
d) O eu lírico está questionando a sua existência.

8) Que sentimento é transmitido pelo uso do lábio amargo no quarto verso


da primeira estrofe?
a) Raiva.
b) Desgosto.
c) Medo.
d) Dor.

9) Qual é o sentimento predominante do eu lírico no poema?


a) Alegria.
b) Raiva.
c) Medo.
d) Tristeza.

10) Qual é o efeito de sentido produzido pelo uso da palavra “nem” no


poema?
a) Negação.
b) Adição.
c) Comparação.
d) Concessão.
Nome: Data:
Turma: Professor:

COM LICENÇA POÉTICA


Adélia Prado
Q uando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas, o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida, é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.

Imagem: https://oglobo.globo.com
Perguntas:

1) Qual é o significado da frase “vai carregar bandeira” no


terceiro verso do poema?

2) Como a mulher se relaciona com os “subterfúgios que me cabem” no


sexto verso do poema?

3) O que significa a expressão “dor não é amargura” no poema?

4) Como a mulher se diferencia do homem na última frase do poema?

5) Qual é o papel da trombeta no segundo verso do poema?


6) Qual é o tema principal do poema?
(a) A vida amorosa da mulher.
(b) A identidade e a expressão da mulher.
(c) A religiosidade e a fé da mulher.
(d) A beleza e a arte da mulher.

7) Qual é o sentido da palavra “sina” no décimo primeiro verso do poema?


(a) Destino, missão, vocação.
(b) Pecado, culpa, castigo.
(c) Sorte, acaso, oportunidade.
(d) Sabedoria, conhecimento, aprendizado.

8) Qual é o efeito da repetição da palavra “ora” no décimo verso do poema?


(a) Indicar dúvida, hesitação, indecisão.
(b) Indicar alternância, contraste, oposição.
(c) Indicar ênfase, intensidade, reforço.
(d) Indicar causa, consequência, explicação.

9) Qual é o sentido da palavra “desdobrável” no último verso do poema?


(a) Que se pode dobrar, encurtar, reduzir.
(b) Que se pode abrir, estender, ampliar.
(c) Que se pode adaptar, transformar, multiplicar.
(d) Que se pode rasgar, romper, separar.

10) Qual é a função da palavra “esbelto” no primeiro verso do poema?


(a) Qualificar o anjo como bonito, elegante, atraente.
(b) Qualificar o anjo como alto, magro, fino.
(c) Qualificar o anjo como forte, poderoso, imponente.
(d) Qualificar o anjo como leve, delicado, sutil.
Nome: Data:
Turma: Professor:

DESPEDIDA
Cecília Meireles
Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranquilo:
quero solidão.

Meu caminho é sem marcos nem paisagens.


E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.

Que procuras? - Tudo. Que desejas? - Nada.


Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.

A memória voou da minha fronte.


Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?

Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.


(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra...)

Quero solidão.

Imagem: https://soutijuca.com.br
Perguntas:

1) Qual é o tema do poema?

2) Que contraste existe entre o mar bravo e o céu tranquilo na primeira


estrofe?

3) Como a voz poética define o seu caminho na segunda estrofe?

4) Que sentido tem a expressão “desencontrada” na terceira estrofe?

5) Que imagem final é criada na quinta estrofe?


6) Que efeito de sentido é produzido pelo uso do travessão na segunda
estrofe?
a) Indicar uma fala direta.
b) Introduzir uma pergunta retórica.
c) Marcar uma mudança de interlocutor.
d) Sinalizar uma pausa dramática.

7) Que ideia é sugerida pela expressão “onde as outras coisas nunca estão” na
primeira estrofe?

a) A voz poética busca algo inatingível e incomum.


b) A voz poética se sente excluída e diferente das demais pessoas.
c) A voz poética tem uma visão crítica e negativa da realidade.
d) A voz poética se refere a um lugar misterioso e desconhecido.

8) Que relação existe entre a primeira e a última estrofe do poema?


a) Uma relação de oposição.
b) Uma relação de causa e consequência.
c) Uma relação de continuidade.
d) Uma relação de síntese.

9) Que aspecto da voz poética é revelado pelo uso do pronome “meu” na


terceira estrofe?
a) Um aspecto possessivo e egoísta.
b) Um aspecto subjetivo e pessoal.
c) Um aspecto afetivo e carinhoso.
d) Um aspecto irônico e sarcástico.

10) Que sentimento é transmitido pelo poema?


a) Alegria.
b) Angústia.
c) Esperança.
d) Revolta.
Nome: Data:
Turma: Professor:

CONTAGEM REGRESSIVA
Ana Cristina César

(...) A creditei que se amasse de novo


esqueceria outros
pelo menos três ou quatro rostos que amei
Num delírio de arquivística
organizei a memória em alfabetos
como quem conta carneiros e amansa
no entanto flanco aberto não esqueço
e amo em ti os outros rostos.

Imagem: https://ims.com.br/
Perguntas:

1) Qual é o tema do poema?

2) Que sentido tem a expressão “flanco aberto” no verso “no entanto flanco
aberto não esqueço”?

3) Que efeito tem a repetição da palavra “rostos” no poema?

4) Que contraste existe entre os versos “Acreditei que se amasse de novo /


esqueceria outros” e “e amo em ti os outros rostos”?

5) Que imagem o eu lírico cria ao comparar a sua memória a um alfabeto?


6) Qual é o tipo de texto do poema?
(a) Narrativo.
(b) Descritivo.
(c) Dissertativo.
(d) Lírico.

7) Qual é o efeito de sentido produzido pelo uso da conjunção “no entanto” no


verso “no entanto flanco aberto não esqueço”?

(a) Adição.
(b) Oposição.
(c) Causa.
(d) Conclusão.

8) Qual é o tema principal do poema?

a) A nostalgia do passado.
b) A dificuldade de esquecer.
c) A multiplicidade do amor.
d) A organização da memória.

9) Qual é a figura de linguagem presente na expressão “flanco aberto”?

a) Metáfora
b) Comparação
c) Hipérbole
d) Antítese

10) Qual é o efeito da enumeração “outros / pelo menos três ou quatro rostos
que amei” no segundo e no terceiro verso?
a) Cria um contraste entre o amor atual e os anteriores.
b) Mostra uma indiferença pelos amores passados.
c) Revela uma confusão sobre os sentimentos do eu lírico.
d) Sugere uma intensidade e uma variedade de experiências amorosas.
Nome: Data:
Turma: Professor:

AUTOPSICOGRAFIA
Fernando Pessoa

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que leem o que escreve,


Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda


Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Imagem: https://guiadoestudante.abril.com.br
Perguntas:

1) Qual é o tema do poema?

2) Como o poeta se refere ao seu coração na última estrofe do poema?

3) Que função têm os derivados da palavra “fingir” na primeira estrofe?

4) Que sentido tem a expressão “calhas de roda” na última estrofe do


poema? Como ela se relaciona com a metáfora do coração-comboio?

5) Que papel tem o leitor na interpretação do poema? Como o poeta se dirige


a ele na segunda estrofe do poema?
6) Que imagem o poeta usa para se referir ao seu coração no poema?
a) Um brinquedo mecânico.
b) Um animal selvagem.
c) Uma flor delicada.
d) Uma pedra preciosa.

7) Que efeito tem a contradição entre a forma e o fundo do poema?


a) Efeito de harmonia e equilíbrio.
b) Efeito de tensão e conflito.
c) Efeito de beleza e elegância.
d) Efeito de clareza e simplicidade.

8) Que sentido tem a palavra “deveras” na primeira estrofe do poema?

a) Sentido de intensidade e exagero.


b) Sentido de verdade e sinceridade.
c) Sentido de dúvida e incerteza.
d) Sentido de negação e contrariedade.

9) Que função tem a metáfora do coração-comboio no poema?

a) Função de ilustrar e enfeitar o poema.


b) Função de explicar e esclarecer o poema.
c) Função de sugerir e simbolizar o poema.
d) Função de comparar e relacionar o poema.

10) Que título alternativo poderia ser dado ao poema?

a) O fingimento poético.
b) A dor fingida.
c) O coração de corda.
d) Todas as alternativas anteriores.
Nome: Data:
Turma: Professor:

O TEMPO
Mário Quintana
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal…
Quando se vê, já terminou o ano…
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 60 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado…
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca
dourada e inútil das horas…
Seguraria o amor que está à minha frente e diria que eu o amo…
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de
tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca
mais voltará.

Imagem: https://www.figuradelinguagem.com
Perguntas:

1) Qual é o tema do poema?

2) Que sentido tem a repetição da expressão “Quando se vê” no poema?

3) Que mensagem o poema transmite sobre a relação entre o tempo e a


vida?

4) Que relação existe entre o título do poema e o seu conteúdo?

5) Que visão de mundo o poema revela: otimista ou pessimista? Explique sua


resposta com base em elementos textuais.
6) Que efeito de sentido tem o uso da elipse (omissão de um termo) na
expressão “há tempo”?

a) Cria uma ambiguidade entre o tempo cronológico e o tempo psicológico.


b) Cria uma ênfase na ideia de urgência e de pressa.
c) Cria uma ironia entre o que se diz e o que se quer dizer.
d) Cria uma redundância entre o que se expressa e o que se subentende.

7) Que tipo de narrador é usado no poema?

a) Narrador-personagem.
b) Narrador-observador.
c) Narrador-onisciente.
d) Narrador-onipresente.

8) O que o sujeito lírico faria se tivesse outra oportunidade de viver, segundo os


versos 9 e 10 do poema?
a) Não olharia o relógio.
b) Seguiria sempre em frente.
c) Jogaria pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
d) Todas as alternativas anteriores.

9) O que significa a expressão “a casca dourada e inútil das horas”?

a) Uma metáfora para o dinheiro que se gasta com o tempo.


b) Uma ironia para o valor que se dá ao tempo.
c) Uma comparação entre o tempo e uma fruta.
d) Uma personificação do tempo como algo vivo.

10) Qual é o recurso estilístico que o poeta usa para mostrar a rapidez com que
o tempo passa no poema?

a) A aliteração.
b) A anáfora.
c) A antítese.
d) A assonância.
Nome: Data:
Turma: Professor:

AMAVISSE
Hilda Hilst
C omo se te perdesse, assim te quero.
Como se não te visse (favas douradas
Sob um amarelo) assim te apreendo brusco
Inamovível, e te respiro inteiro

Um arco-íris de ar em águas profundas.

Como se tudo o mais me permitisses,


A mim me fotografo nuns portões de ferro
Ocres, altos, e eu mesma diluída e mínima
No dissoluto de toda despedida.

Como se te perdesse nos trens, nas estações


Ou contornando um círculo de águas
Removente ave, assim te somo a mim:
De redes e de anseios inundada.

Imagem: https://artebrasileiros.com.br
Perguntas:

1) Qual é o tema do poema?

2) Como o eu lírico se relaciona com o ser amado ao longo do poema?

3) Que imagens sensoriais são utilizadas pelo eu lírico para expressar seus
sentimentos?

4) Que efeito de sentido é produzido pela repetição da conjunção “como se”


ao longo do poema?

5) Que relação há entre o título do poema e o seu último verso?


6) O que significa a expressão “favas douradas” no segundo verso?
a) Uma metáfora para os olhos do amado.
b) Uma alusão a um conto de fadas.
c) Uma imagem de riqueza e prosperidade.
d) Uma ironia para a falta de sorte.

7) O que representa o “arco-íris de ar em águas profundas” no quinto verso?

a) Uma ilusão de ótica causada pela luz solar.


b) Uma fantasia de beleza e harmonia.
c) Uma contradição entre o visível e o invisível.
d) Uma síntese entre o céu e o mar.

8) Por que a voz poética se fotografa “nuns portões de ferro ocres, altos” no
sétimo e no oitavo verso?

a) Para mostrar a sua solidão e insignificância.


b) Para registrar a sua passagem por um lugar histórico.
c) Para contrastar a sua fragilidade com a força do metal.
d) Para simbolizar a sua prisão e isolamento.

9) O que sugere o uso da palavra “dissoluto” no nono verso?

a) Uma ideia de pecado e culpa.


b) Uma sensação de desgaste e fim.
c) Uma crítica à moral e aos costumes.
d) Uma referência à arte e à cultura.

10) O que significa o verbo “apreendo” no terceiro verso?

a) Eu aprendo algo novo.


b) Eu prendo algo com força.
c) Eu compreendo algo difícil.
d) Eu receio algo perigoso.
Nome: Data:
Turma: Professor:

VERSOS ÍNTIMOS
Augusto dos Anjos
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de sua última quimera.
Somente a Ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!


O homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!


O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se alguém causa inda pena a tua chaga,


Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

Imagem: https://leopoldinense.com.br
Perguntas:

1) Qual é o tema do poema?

2) Que contraste existe entre o título do poema e o seu conteúdo? O que isso
revela sobre a intenção do poeta?

3) Que conselho o poeta dá ao seu interlocutor na segunda quadra? Por que


ele faz isso?

4) Que significado tem o fósforo e o cigarro na primeira terceta? O que eles


representam?

5) Que atitude o poeta sugere ao seu interlocutor na segunda terceta? Qual


é o tom dessa sugestão?
6) O que significa a expressão “última quimera” no segundo verso?
a) Um animal fantástico que representa a imaginação do poeta.
b) Um sonho impossível que representa a ilusão do poeta.
c) Uma doença incurável que representa o sofrimento do poeta.
d) Uma obra de arte que representa a criação do poeta.

7) O que o poeta quer dizer com o conselho “Acostuma-te à lama que te


espera”?
a) Que o poeta deve se conformar com a vida miserável que tem.
b) Que o poeta deve se preparar para a morte inevitável que vem.
c) Que o poeta deve se adaptar à realidade cruel que vive.
d) Que o poeta deve se sujar com os vícios que o cercam.

8) Qual é o sentido da contradição entre o beijo e o escarro, a mão que afaga e


a mão que apedreja?

a) Mostrar que as pessoas são falsas e traiçoeiras.


b) Mostrar que as pessoas são complexas e contraditórias.
c) Mostrar que as pessoas são ingênuas e iludidas.
d) Mostrar que as pessoas são violentas e agressivas.

9) Qual é o efeito da linguagem coloquial usada pelo poeta na terceira


estrofe?
a) Criar uma proximidade com o leitor e um tom de ironia.
b) Criar uma distância com o leitor e um tom de formalidade.
c) Criar uma confusão com o leitor e um tom de ambiguidade.
d) Criar uma surpresa com o leitor e um tom de humor.

10) Qual é a principal característica da poesia de Augusto dos Anjos?

a) O uso de uma linguagem erudita e culta.


b) O uso de uma linguagem simples e popular.
c) O uso de uma linguagem híbrida e original.
d) O uso de uma linguagem lírica e musical.
Nome: Data:
Turma: Professor:

ÚLTIMO POEMA
Manuel Bandeira
A ssim eu queria o meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

Imagem: https://pt.wikipedia.org
Perguntas:

1) Qual é o tema do poema?

2) Que efeito é produzido pelo uso da palavra “último” no primeiro verso?

3) Que contraste existe entre as coisas simples e menos intencionais e as


coisas ardentes, belas, puras e apaixonadas que o eu lírico deseja para o seu
poema?

4) Que sentido tem a expressão “sem explicação” no último verso?

5) Que impressão você teve do eu lírico após ler o poema?


6) O que significa a expressão “as coisas mais simples e menos intencionais”?
a) As coisas que não têm importância nem propósito.
b) As coisas que são sinceras e espontâneas.
c) As coisas que são fáceis e óbvias.
d) As coisas que são triviais e aleatórias.

7) Por que o poeta compara a beleza das flores com o perfume?


a) Porque ele quer mostrar que a beleza é mais importante do que o aroma.
b) Porque ele quer sugerir que a beleza é algo sutil e delicado.
c) Porque ele quer contrastar a beleza com a falta de perfume.
d) Porque ele quer indicar que a beleza é algo efêmero e passageiro.

8) O que representa a chama em que se consomem os diamantes mais


límpidos?
a) A paixão ardente que destrói tudo o que é precioso e puro.
b) A pureza da alma que se eleva acima de tudo o que é material e mundano.
c) A beleza da luz que ilumina tudo o que é transparente e cristalino.
d) A força da vida que supera tudo o que é duro e resistente.

9) Por que o poeta se refere aos suicidas que se matam sem explicação?
a) Porque ele quer expressar o seu desespero e angústia diante da vida.
b) Porque ele quer demonstrar o seu desprezo e indiferença pela morte.
c) Porque ele quer revelar o seu mistério e enigma como poeta.
d) Porque ele quer imitar o seu gesto extremo e irracional como artista.

10) Qual é a intenção do poeta ao escrever o seu último poema?


a) Fazer uma homenagem aos seus leitores e admiradores.
b) Fazer uma crítica aos seus rivais e detratores.
c) Fazer uma confissão dos seus sentimentos e desejos.
d) Fazer uma despedida da sua vida e obra.
Nome: Data:
Turma: Professor:

OS TRÊS MAL-AMADOS
João Cabral de Melo Neto
O amor comeu meu nome, minha identidade,
meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade,
minha genealogia, meu endereço. O amor
comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos
os papéis onde eu escrevera meu nome.
O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas
camisas. O amor comeu metros e metros de
gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o
número de meus sapatos, o tamanho de meus
chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a
cor de meus olhos e de meus cabelos.
O amor comeu meus remédios, minhas receitas
médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas,
minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus
testes mentais, meus exames de urina.

Imagem: https://mundoeducacao.uol.com.br
Perguntas:

1) Qual é o tema do poema?

2) Que contraste existe entre o amor e os objetos que ele come no poema? O
que isso revela sobre a visão do eu lírico sobre o amor?

3) Que efeito o uso da repetição da palavra “comeu” tem no poema? Como


isso contribui para a expressão dos sentimentos do eu lírico?

4) Que relação existe entre o título do poema e o seu conteúdo? Como o


título pode ser interpretado?

5) Que tom o eu lírico usa para falar do amor no poema? Ele expressa algum
sentimento positivo em relação ao amor?
6) O que o amor comeu nos primeiros versos do poema?
a) O nome do eu lírico.
b) O retrato do eu lírico.
c) A identidade do eu lírico.
d) Todas as alternativas anteriores.

7) Que tipo de amor o eu lírico expressa no poema?


a) Um amor platônico e idealizado.
b) Um amor carnal e sensual.
c) Um amor possessivo e ciumento.
d) Um amor submisso e dependente.

8) Qual é a figura de linguagem presente na expressão “o amor comeu”?


a) Prosopopeia.
b) Metonímia.
c) Eufemismo.
d) Sinestesia.

9) Que sentido tem a repetição da expressão “O amor comeu” ao longo do


poema?
a) Reforça a ideia de que o amor é um ato de devorar e aniquilar o outro.
b) Cria um ritmo e uma musicalidade que imitam o movimento do amor.
c) Mostra a progressão e a intensidade do amor na vida do eu lírico.
d) Todas as alternativas anteriores.

10) Que imagem do eu lírico emerge do poema?


a) Um eu lírico feliz e realizado pelo amor.
b) Um eu lírico angustiado e insatisfeito pelo amor.
c) Um eu lírico vazio e despersonalizado pelo amor.
d) Um eu lírico rebelde e crítico pelo amor.
Nome: Data:
Turma: Professor:

TOMARA
Vinícius de Moraes
T
omara
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho

Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz

E a coisa mais divina


Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...

Imagem: https://www.revistabula.com
Perguntas:

1) Qual é o tema do poema?

2) Que recurso sonoro é usado na primeira e na segunda estrofe do poema,


quando o eu lírico repete a palavra “Tomara” no início de cada verso?

3) Que relação existe entre o título do poema e o seu conteúdo?

4) Que efeito de sentido é produzido pelo uso da conjunção “e” na segunda


estrofe do poema, quando o eu lírico enumera as consequências da saudade
e da ausência do ser amado?

5) Que imagem é evocada na terceira estrofe do poema, quando o eu lírico


diz “E a coisa mais divina / Que há no mundo / É viver cada segundo / Como
nunca mais”?
6) O que significa a expressão “tece a mesma antiga trama”?
a) Que o amor verdadeiro é sempre igual e não muda.
b) Que o amor verdadeiro é feito de histórias e lembranças.
c) Que o amor verdadeiro é uma armadilha que se repete.
d) Que o amor verdadeiro é uma obra de arte que se constrói.

7) Qual é o sentido da palavra “divina” na última estrofe?


a) Que há algo sagrado e sublime na vida.
b) Que há algo misterioso e incompreensível na vida.
c) Que há algo belo e admirável na vida.
d) Que há algo raro e precioso na vida.

8) O que o eu lírico deseja que aconteça com a pessoa amada?


a) Que ela volte depressa e não se despeça.
b) Que ela chore, se arrependa e pense muito.
c) Que ela convença a tristeza e não compense a saudade.
d) Todas as alternativas anteriores.

9) O que o eu lírico compara com a ausência?


a) A saudade.
b) A tristeza.
c) A paz.
d) Nenhuma das alternativas anteriores.

10) O que o eu lírico considera como a coisa mais divina que há no mundo?
a) Viver cada segundo como nunca mais.
b) Tece a mesma antiga trama que não se desfaz.
c) Sofrer junto com quem se ama.
d) Viver feliz sozinho.
Nome: Data:
Turma: Professor:

MATÉRIA DE POESIA
Manoel de Barros
Todas as coisas cujos valores podem ser
disputados no cuspe à distância
servem para poesia

O homem que possui um pente


e uma árvore serve para poesia

Terreno de 10 x 20, sujo de mato — os que


nele gorjeiam: detritos semoventes, latas
servem para poesia

Um chevrolé gosmento
Coleção de besouros abstêmios
O bule de Braque sem boca
são bons para poesia

As coisas que não levam a nada


têm grande importância

Cada coisa ordinária é um elemento de estima


Cada coisa sem préstimo tem seu lugar
na poesia ou na geral

Imagem: https://leiturinha.com.br
Perguntas:

1) Qual é o tema do poema?

2) Como o poeta define o que serve para poesia no poema? Dê exemplos


retirados do texto.

3) Que relação há entre o bule de Braque sem boca e a poesia, segundo o


autor?

4) Como você interpreta os últimos versos do poema: “Cada coisa sem


préstimo tem seu lugar na poesia ou na geral”?

5) Que sentido tem a repetição da expressão “servem para poesia” ao longo


do poema?
6) O que significa a expressão “disputados no cuspe à distância”?
a) Que as coisas são tão insignificantes que podem ser cuspidas.
b) Que as coisas são tão desejadas que podem gerar brigas.
c) Que as coisas são tão variadas que podem ter diferentes valores.
d) Que as coisas são tão distantes que podem ser ignoradas.

7) O que o poeta quer dizer com “As coisas que não levam a nada / têm
grande importância”?

a) Que as coisas que não têm utilidade prática podem ter valor estético ou
simbólico.
b) Que as coisas que não têm sentido ou propósito podem gerar reflexão ou
questionamento.
c) Que as coisas que não têm destino ou direção podem inspirar liberdade ou
aventura.
d) Que as coisas que não têm origem ou explicação podem provocar
curiosidade ou mistério.

8) O que o poeta faz ao citar exemplos concretos de coisas que servem para
poesia, como “um pente”, “um chevrolé gosmento” e “o bule de Braque sem
boca”?

a) Cria imagens sensoriais e visuais que aproximam o leitor da realidade.


b) Cria contrastes irônicos e humorísticos que surpreendem o leitor.
c) Cria referências culturais e históricas que enriquecem o texto.
d) Cria metáforas simbólicas e significativas que revelam o sentido do texto.

9) Qual é o efeito da ausência de pontuação e de maiúsculas no poema?


a) Cria um ritmo mais rápido e dinâmico para a leitura.
b) Cria uma forma mais simples e direta de expressão.
c) Cria uma sensação de continuidade e fluidez entre as ideias.
d) Cria uma impressão de informalidade e espontaneidade na escrita.

10) Qual é o sentido da palavra “geral” no último verso do poema?


a) Refere-se ao mundo em geral, fora da poesia.
b) Refere-se ao gênero literário da prosa, oposto à poesia.
c) Refere-se ao público em geral, que lê ou ouve a poesia.
d) Refere-se ao sentido geral, que abrange todas as coisas.
Nome: Data:
Turma: Professor:

HOMEM COMUM
Ferreira Gullar
Sou um homem comum
de carne e de memória
de osso e esquecimento.
Ando a pé, de ônibus, de táxi, de avião
e a vida sopra dentro de mim
pânica
feito a chama de um maçarico
e pode
subitamente
cessar.
Sou como você
feito de coisas lembradas
e esquecidas
rostos e
mãos, o guarda-sol vermelho ao meio-dia
em Pastos-Bons,
defuntas alegrias flores passarinhos
facho de tarde luminosa
nomes que já nem sei

Imagem: https://www.revistabula.com
Perguntas:

1) Qual é o tema do poema?

2) Como o eu lírico se compara com o leitor?

3) Que imagem o eu lírico usa para expressar a vida?

4) Que elementos o eu lírico usa para evocar a memória e o esquecimento?

5) Que sentido tem a palavra “pânica” no verso “e a vida sopra dentro de


mim/pânica”?
6) O que o eu lírico quer dizer com “feito a chama de um maçarico”?
a) Que a vida é quente e luminosa.
b) Que a vida é intensa e instável.
c) Que a vida é perigosa e destrutiva.
d) Que a vida é bela e criativa.

7) O que o eu lírico evoca ao mencionar “Pastos-Bons”?


a) Uma cidade que ele visitou.
b) Um lugar onde ele nasceu.
c) Um cenário que ele imaginou.
d) Um filme que ele assistiu.

8) O que o eu lírico expressa ao dizer “nomes que já nem sei”?


a) Uma confusão mental.
b) Uma perda de memória.
c) Uma indiferença afetiva.
d) Uma crítica social.

9) Qual é o tom predominante do poema?

a) Lírico e nostálgico.
b) Épico e heroico.
c) Dramático e trágico.
d) Satírico e irônico.

10) O que o eu lírico valoriza ao usar a palavra “comum”?


a) Uma simplicidade e uma humildade.
b) Uma normalidade e uma banalidade.
c) Uma igualdade e uma solidariedade.
d) Uma diversidade e uma originalidade.
Nome: Data:
Turma: Professor:

VIA LÁCTEA
Olavo Bilac

O ra (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto…

E conversamos toda a noite, enquanto


A Via Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: “Tresloucado amigo!


Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”

E eu vos direi: “Amai para entendê-las!


Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.”

Imagem: https://www.coladaweb.com
Perguntas:

1) Qual é o tema do poema?

2) Como o poeta descreve a sua experiência de ouvir as estrelas na primeira


estrofe?

3) Qual é a pergunta que o poeta antecipa na terceira estrofe?

4) Qual é a resposta que o poeta dá na última estrofe?

5) Como o poeta se refere à Via Láctea na segunda estrofe do poema?


6) O que significa a expressão “Perdeste o senso” no segundo verso?
a) Que o poeta perdeu a razão e ficou louco.
b) Que o poeta perdeu o sentido da audição e não pode ouvir as estrelas.
c) Que o poeta perdeu o senso comum e se tornou diferente dos outros.
d) Que o poeta perdeu a sensibilidade e não pode apreciar as estrelas.

7) O que o poeta faz para ouvir as estrelas?

a) Ele desperta muitas vezes e abre as janelas.


b) Ele conversa com elas toda a noite.
c) Ele procura por elas pelo céu deserto.
d) Todas as alternativas anteriores.

8) Qual é a condição necessária para ouvir e entender as estrelas, segundo o


poeta?
a) Ter um ouvido sensível e uma mente aberta.
b) Ter uma janela ampla e uma vista privilegiada.
c) Ter um coração puro e uma alma elevada.
d) Ter um amor verdadeiro e uma paixão ardente.

9) Qual é o efeito de sentido produzido pelo uso da palavra “pálido” no quarto


verso?
a) Causar uma impressão de medo, pois o poeta teme as estrelas que falam
com ele.
b) Causar uma impressão de admiração, pois o poeta se maravilha com as
estrelas que brilham no céu.
c) Causar uma impressão de tristeza, pois o poeta se entristece com as
estrelas que se afastam dele.
d) Causar uma impressão de surpresa, pois o poeta se espanta com as
estrelas que ouve.

10) Qual é a condição para entender as estrelas, segundo o poeta?

a) Amar, pois só quem ama pode ter ouvido capaz de ouvir e de entender as
estrelas.
b) Conversar, pois só quem conversa com elas pode saber o que dizem
quando estão contigo.
c) Despertar, pois só quem desperta muita vez pode abrir as janelas e ver as
estrelas.
d) Procurar, pois só quem procura pelo céu deserto pode encontrar as
estrelas ao vir do sol.
Nome: Data:
Turma: Professor:

AS POMBAS
Raimundo Corrêa
V ai-se a primeira pomba despertada…
Vai-se outra mais… mais outra… enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada.

E à tarde, quando a rígida nortada


Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada.

Também dos corações onde abotoam,


Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;

No azul da adolescência as asas soltam,


Fogem… Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais.

Imagem: https://brasilescola.uol.com.br
Perguntas:

1) Qual é o tema do poema?

2) Que efeito de sentido é produzido pelo contraste entre a “raia sanguínea e


fresca a madrugada” e a “rígida nortada”?

3) Que significado tem o uso do verbo “abotoar” para se referir aos sonhos
que nascem nos corações?

4) Que efeito de sentido é produzido pelo contraste entre a madrugada e a


tarde nas duas primeiras estrofes?

5) Que mensagem o poeta quer transmitir com os últimos versos do poema?


6) O que significa a expressão “Raia sanguínea e fresca a madrugada” no
primeiro quarteto?
a) O nascer do sol que ilumina o céu.
b) O sangue derramado pelas pombas.
c) O frio da manhã que congela as penas.
d) O vermelho da paixão que acende os corações.

7) Qual é o significado da expressão “ruflando as asas” no segundo quarteto?


a) Fazendo barulho com as asas.
b) Batendo as asas rapidamente.
c) Espalhando as penas das asas.
d) Abrindo e fechando as asas.

8) Qual é o efeito de sentido produzido pelo uso da palavra “mais” no


segundo verso?
a) Indica a progressão e a intensidade do despertar das pombas.
b) Sugere a repetição e a monotonia da rotina dos pombais.
c) Mostra a adição e a variedade das pombas que saem dos pombais.
d) Todas as alternativas anteriores.

9) Qual é o efeito de sentido produzido pelo uso da palavra “rígida” para se


referir à nortada no segundo quarteto?
a) Indica a força e a violência do vento.
b) Sugere a rigidez e a inflexibilidade da vida adulta.
c) Mostra a dificuldade e a resistência das pombas.
d) Todas as alternativas anteriores.

10) Qual é o movimento literário a que o poema pertence?

a) Romantismo
b) Realismo
c) Parnasianismo
d) Simbolismo
GABARITO
SONETO DE FIDELIDADE
1) Qual é o tema do soneto?

O tema do soneto é o amor fiel e eterno, que se mantém forte e constante diante
de qualquer circunstância. O eu lírico expressa sua devoção e seu compromisso
com a pessoa amada, desejando que o amor dure o máximo possível, mesmo
sabendo que ele não é imortal.

2) Qual é a ideia principal do primeiro quarteto?

A ideia principal do primeiro quarteto é que o eu lírico tem um amor muito forte e
fiel pelo seu amado, e que ele não se deixa seduzir por nenhuma outra coisa.

3) Como o poeta expressa seu amor no segundo quarteto?

O poeta expressa seu amor no segundo quarteto de forma intensa e devotada,


dizendo que quer vivê-lo em cada momento, seja de alegria ou de tristeza, e que
em seu louvor vai espalhar seu canto. Ele mostra que o amor é o motivo de sua
expressão artística e de sua emoção.

4) O que o poeta imagina no primeiro terceto?

No primeiro terceto do soneto de Vinicius de Moraes, o poeta imagina uma


situação futura em que ele possa se lembrar do amor que viveu com a pessoa
amada. Ele pensa na possibilidade de morrer, de ficar sozinho ou de perder o amor,
mas afirma que, mesmo assim, terá valido a pena amar enquanto durou.

5) Qual é a contradição que o poeta revela no segundo terceto?

A contradição que o poeta revela no segundo terceto é a de que o amor que ele
sente pela amada não é imortal, pois é chama, mas é infinito enquanto dura. Ou
seja, ele reconhece que o amor é um sentimento efêmero, que pode se apagar
como o fogo, mas que enquanto existe é intenso e absoluto.
6) Qual é o tema principal do soneto?

a) A morte do amor
b) A fidelidade ao amor
c) A solidão do amor
d) A imortalidade do amor

7) O que significa a expressão “em face do maior encanto” no primeiro quarteto?

a) Diante da maior beleza


b) Diante da maior magia
c) Diante da maior tentação
d) Diante da maior felicidade

8) O que o poeta quer dizer com “E rir meu riso e derramar meu pranto” no
segundo quarteto?
a) Que ele quer compartilhar sua alegria e sua tristeza com o seu amor
b) Que ele quer rir de si mesmo e chorar pelo seu amor
c) Que ele quer se divertir e se emocionar com o seu amor
d) Que ele quer ironizar sua felicidade e lamentar seu sofrimento pelo seu amor

9) Quem são os possíveis candidatos a procurar o poeta no primeiro terceto?

a) A morte e a solidão
b) O amor e a paixão
c) A vida e a esperança
d) O tempo e a lembrança

10) Qual é a conclusão do poeta sobre o amor no último verso?


a) Que o amor não é eterno, mas é intenso enquanto existe
b) Que o amor é uma chama que se apaga com o tempo
c) Que o amor é infinito, mesmo que não dure para sempre
d) Que o amor é uma ilusão que se desfaz com a morte
NO MEIO DO CAMINHO
1) Qual é o tema do poema?

O tema do poema é a presença de obstáculos na vida, representados pela pedra


no meio do caminho, que marcam a memória e o sentimento do poeta.

2) Qual é o efeito da repetição dos versos no poema?

A repetição dos versos cria um efeito de insistência, monotonia e enfatização da


ideia central do poema, que é a dificuldade de superar a pedra no meio do
caminho.

3) Qual é a função da palavra “nunca” no poema?

A palavra “nunca” reforça a ideia de que a pedra no meio do caminho foi um


acontecimento marcante e inesquecível na vida do poeta, que ficou gravado em
suas retinas.

4) Por que o poeta usa a expressão “minhas retinas tão fatigadas”?

O poeta usa a expressão “minhas retinas tão fatigadas” para indicar o seu
cansaço diante dos problemas da vida, que o impedem de ver as coisas com
clareza e otimismo.

5) Qual é o significado da pedra no meio do caminho para o poeta?

O significado da pedra no meio do caminho para o poeta pode variar de acordo


com a interpretação do leitor, mas algumas possibilidades são: um obstáculo
intransponível, uma frustração, uma tragédia, uma decepção, uma lembrança
dolorosa, etc.
6) Qual é a relação entre o título do poema e o seu conteúdo?

a) O título resume o assunto do poema, que é a presença de uma pedra no


caminho do eu lírico.
b) O título antecipa o problema do poema, que é a dificuldade de lidar com a
pedra no caminho do eu lírico.
c) O título contradiz o poema, que não fala de uma pedra, mas de uma
metáfora para a vida.
d) O título ironiza o poema, que não tem um assunto definido, mas apenas
uma repetição de palavras.

7) O poema ''No Meio do Caminho'' tem quantos versos?


a) 4
b) 8
c) 10
d) 16

8) Qual é a intenção do eu lírico ao dizer que nunca se esquecerá desse


acontecimento?

a) Mostrar que esse acontecimento foi muito importante e marcante para


ele.
b) Revelar que esse acontecimento foi muito traumático e doloroso para ele.
c) Questionar se esse acontecimento foi realmente significativo ou apenas
um detalhe.
d) Sugerir que esse acontecimento foi tão banal e repetitivo que se tornou
inesquecível.

9) Qual é a estrutura do poema?

a) Única estrofe com dez versos, sem rimas ou sílabas métricas.


b) Única estrofe com dez versos, com rimas e sílabas métricas.
c) Única estrofe com dez versos, sem rimas e com sílabas métricas.
d) Única estrofe com dez versos, com rimas e sem sílabas métricas.

10) Qual é o tipo de linguagem utilizado no poema?


a) Linguagem denotativa, que expressa o sentido literal das palavras.
b) Linguagem conotativa, que expressa o sentido figurado das palavras.
c) Linguagem mista, que combina o sentido literal e o sentido figurado das
palavras.
d) Linguagem ambígua, que permite mais de um sentido para as palavras.
VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA
1) Qual é o tema do poema?

O tema do poema é o desejo de escapar da realidade insatisfatória e buscar um


lugar imaginário onde se possa ser feliz e livre.

2) Que elementos do poema revelam a insatisfação do eu lírico com a sua


vida atual?

Alguns elementos que revelam a insatisfação do eu lírico são: a repetição do verso


“Vou-me embora pra Pasárgada”, que indica a vontade de partir; a afirmação de
que “aqui eu não sou feliz”; a contraposição entre a existência “aventura” e
“inconseqüente” de Pasárgada e a realidade “triste” e “sem jeito” do presente; e a
alusão ao suicídio como uma possível solução para o sofrimento.

3) Que aspectos da vida em Pasárgada atraem o eu lírico?

Alguns aspectos da vida em Pasárgada que atraem o eu lírico são: a amizade com o
rei, que lhe garante privilégios e proteção; a possibilidade de ter a mulher que
quiser, sem se preocupar com a concepção; o acesso à tecnologia, aos prazeres e às
drogas; e a oportunidade de resgatar as memórias da infância, através das histórias
da mãe-d’água e de Rosa.

4) Que recursos estilísticos o poeta utiliza para criar um contraste entre


Pasárgada e a realidade?

Alguns recursos estilísticos que o poeta utiliza são: o uso de rimas toantes, que
conferem musicalidade e leveza ao poema; a alternância entre versos longos e
curtos, que criam um ritmo variado e dinâmico; a presença de anáforas, que
reforçam a ideia de fuga e repetição; e a mistura de elementos históricos,
mitológicos, populares e modernos, que evidenciam a fantasia e a diversidade de
Pasárgada.

5) Que sentimento predomina no poema?

O sentimento que predomina no poema é a tristeza, pois o eu lírico expressa o seu


descontentamento com a realidade e a sua impossibilidade de realizar os seus
sonhos. A alegria que aparece em alguns momentos é apenas uma fuga
momentânea e irreal, que não consegue superar a angústia existencial do poeta.
6) O que significa a expressão “Lá sou amigo do rei”?
a) O eu lírico tem uma relação de amizade com o monarca de Pasárgada.
b) O eu lírico usa uma figura de linguagem para indicar que tem privilégios
em Pasárgada.
c) O eu lírico se refere ao rei Salomão, que teria construído Pasárgada.
d) O eu lírico se identifica com o rei Ciro, que fundou Pasárgada.

7) Que elementos do poema indicam que Pasárgada é uma utopia?


a) A repetição do verso “Vou-me embora pra Pasárgada”.
b) A contraposição entre a realidade triste e a existência aventureira.
c) A presença de elementos fantásticos e contraditórios.
d) Todas as alternativas anteriores.

8) Que aspectos da vida moderna são criticados pelo eu lírico no poema?


a) A falta de liberdade e de amor.
b) A violência e a poluição.
c) A solidão e o suicídio.
d) A concepção e o telefone.

9) Que valor semântico tem a conjunção “mas” no verso “Mas triste de não
ter jeito”?
a) Adição.
b) Oposição.
c) Conclusão.
d) Concessão.

10) Que efeito de sentido é produzido pelo uso do hífen no verso “Mando
chamar a mãe - d’água”?
a) Indicar uma pausa ou suspensão.
b) Marcar uma ênfase ou destaque.
c) Sinalizar uma mudança de assunto.
d) Criar uma ambiguidade ou duplo sentido.
SAUDADES
1) Qual é o tema do poema?

O tema central do poema é a saudade, que o eu lírico sente dos seus amores e da
sua terra natal. Ele expressa esse sentimento nas horas mortas da noite, quando
contempla a natureza e ouve o sino do campanário.

2) Que elementos da natureza são usados pelo poeta para criar um cenário
noturno e melancólico? Cite exemplos do texto.

O poeta usa elementos como as estrelas, as ondas, a lua, o silêncio e o sino para
criar um cenário noturno e melancólico. Por exemplo, ele diz que as estrelas
cintilam nas ondas quietas do mar, que a lua surge linda e formosa como uma
donzela vaidosa, que nessas horas de silêncio ele ouve ao longe o sino do
campanário, que fala tão solitário com um som mortuário.

3) Que contraste existe entre o eu lírico e a natureza no poema? Explique


com suas palavras.

Existe um contraste entre o eu lírico e a natureza no poema, pois enquanto a


natureza é bela, harmoniosa e luminosa, o eu lírico é triste, solitário e saudoso. Ele
se sente proscrito e sozinho, enquanto a natureza se mostra majestosa e formosa.

4) Que significado tem o sino do campanário para o eu lírico? Cite exemplos


do texto.

O sino do campanário tem um significado de lembrança e de dor para o eu lírico,


pois ele associa o seu som ao seu passado e à sua terra natal. Ele diz que o sino fala
tão solitário com um som mortuário, que nos enche de pavor, e que nessas horas
de saudade ele solta aos ecos da serra suspiros dessa saudade que no seu peito se
encerra.

5) Qual é o cenário descrito pelo poeta nos primeiros versos do poema?

O cenário descrito pelo poeta nos primeiros versos do poema é o da noite, quando
as estrelas cintilam, o mar está calmo e a lua surge majestosa. Esse cenário se
relaciona com o estado de espírito do autor, pois ele aproveita esse momento de
silêncio e solidão para meditar sobre as suas saudades, que são intensificadas pela
beleza e pela melancolia da natureza.
6) Que contraste existe entre o eu lírico e o sino do campanário na segunda
estrofe?
a) O eu lírico está feliz e o sino está triste.
b) O eu lírico está proscrito e o sino está solitário.
c) O eu lírico está cheio de mágoa e o sino está cheio de dor.
d) O eu lírico está vivo e o sino está morto.

7) Que sentido tem a repetição da palavra saudades na última estrofe?

a) Reforçar a intensidade do sentimento do poeta.


b) Indicar a variedade das coisas que o poeta sente falta.
c) Mostrar a impossibilidade de superar a dor do poeta.
d) Expressar a ironia do destino do poeta.

8) Que imagem o poeta usa para representar os seus prantos de amargores na


última estrofe?
a) Suspiros.
b) Lágrimas.
c) Gritos.
d) Sangue.

9) Qual é a figura de linguagem mais usada no poema?

a) Metáfora.
b) Comparação.
c) Personificação.
d) Hipérbole.

10) Que efeito o poeta busca ao usar a rima em seu poema?


a) Criar um ritmo musical e harmonioso.
b) Gerar um contraste entre as palavras rimadas.
c) Enfatizar as ideias principais e secundárias.
d) Produzir um jogo de sons e sentidos.
OS OMBROS SUPORTAM O MUNDO
1) Qual é o tema do poema?
O tema central do poema é a solidão e a desilusão do eu lírico diante de um
mundo caótico e sem sentido.

2) O que significa a expressão “tempo de absoluta depuração” no segundo


verso?
A expressão significa que o eu lírico chegou a um estágio de sua vida em que não
há mais ilusões, sentimentos ou esperanças. Ele se depurou de tudo o que era
supérfluo ou falso.

3) Por que o eu lírico diz que o amor resultou inútil?

O eu lírico diz que o amor resultou inútil porque ele não encontrou ninguém que o
correspondesse ou que o compreendesse. Ele se sente isolado e indiferente ao
afeto.

4) Como é a relação do eu lírico com os outros seres humanos?

A relação do eu lírico com os outros seres humanos é de distanciamento e


desconfiança. Ele não abre a porta para as mulheres que batem, ele não espera
nada de seus amigos, ele não se comove com as tragédias do mundo.

5) Qual é o contraste entre os ombros que suportam o mundo e a mão de


uma criança?

O contraste é entre a força e a fragilidade, entre a responsabilidade e a inocência,


entre o peso e a leveza. O eu lírico carrega o mundo em seus ombros, mas ele não
sente esse fardo como algo pesado, pois ele já não se importa mais com nada. Ele
se compara a uma criança, que brinca sem se preocupar com as consequências.
6) Qual é o sentimento predominante do eu lírico no poema?
a) Alegria.
b) Raiva.
c) Tristeza.
d) Indiferença.

7) Qual é o efeito da repetição da palavra “tempo” no início do poema?


a) Cria um ritmo.
b) Cria uma rima.
c) Cria uma ênfase.
d) Cria uma comparação.

8) Qual é o sentido da palavra “mistificação” no último verso do poema?


a) Engano.
b) Religião.
c) Magia.
d) Criação.

9) Qual é a relação entre os versos “E as mãos tecem apenas o rude trabalho” e


“Teus ombros suportam o mundo”?
a) São sinônimos.
b) São antônimos.
c) São complementares.
d) São contraditórios.

10) Qual é o sentido da expressão “os delicados” na última estrofe do poema?


a) Os que são sensíveis e sofrem com o mundo.
b) Os que são fracos e covardes diante do mundo.
c) Os que são elegantes e refinados no mundo.
d) Os que são gentis e bondosos com o mundo.
RETRATO
1) Qual é o tema do poema?

O tema central do poema é a passagem do tempo e seus efeitos na aparência e na


personalidade da pessoa que fala.

2) Como a pessoa que fala se sente em relação à sua mudança?

A pessoa que fala se sente triste, amarga, vazia, sem força, sem vida e sem
identidade. Ela não reconhece mais o seu rosto, seus olhos, seu lábio, suas mãos e
seu coração.

3) Qual é o significado da última estrofe do poema?

A última estrofe do poema expressa a ideia de que a pessoa que fala não percebeu
a sua mudança gradualmente, mas de repente, como se tivesse perdido a sua face
em um espelho. Isso sugere uma ruptura entre o seu passado e o seu presente,
entre a sua imagem e a sua essência.

4) Qual é o tom do poema?

O tom do poema é de lamentação, de resignação, de desilusão e de nostalgia. A


pessoa que fala não demonstra revolta, indignação ou esperança diante da sua
mudança, mas sim uma aceitação triste e conformada. Ela também parece sentir
saudade do seu rosto de antes, que ficou perdido em algum lugar do passado.

5) Que recursos linguísticos o poeta usa para transmitir a sua mensagem?

O poeta usa recursos linguísticos como a repetição, a antítese, o paradoxo, a


metáfora e a aliteração. Por exemplo, ele repete as palavras “eu não tinha” e “nem”
para enfatizar a diferença entre o seu antes e o seu depois; ele usa antíteses como
“calmo” e “triste”, “paradas” e “mortas”, “simples” e “certa” para mostrar o contraste
entre os sentimentos e as sensações da pessoa que fala; ele usa paradoxos como
“olhos tão vazios” e “lábio amargo” para expressar a sua falta de sentido e de sabor
na vida; ele usa metáforas como “espelho” e “face” para representar a sua
identidade e a sua autoimagem; ele usa aliterações como “calmo”, “triste”, “magro”,
“vazios”, “amargo”, “paradas”, “frias”, “mortas” para criar um som melancólico e
sombrio.
6) Que efeito a forma fixa do poema cria na sua leitura?
a) Um efeito de harmonia, de equilíbrio, de simetria e de regularidade.
b) Um efeito de desordem, de desarmonia, de assimetria e de irregularidade.
c) Um efeito de contraste entre a forma e o conteúdo do poema.
d) Ambas a) e c)

7) O que significa a expressão “em que espelho ficou perdida a minha face”?
a) O eu lírico não se reconhece mais no espelho.
b) O eu lírico perdeu o seu espelho favorito.
c) O eu lírico está procurando a sua verdadeira face.
d) O eu lírico está questionando a sua existência.

8) Que sentimento é transmitido pelo uso do lábio amargo no quarto verso


da primeira estrofe?
a) Raiva.
b) Desgosto.
c) Medo.
d) Dor.

9) Qual é o sentimento predominante do eu lírico no poema?


a) Alegria.
b) Raiva.
c) Medo.
d) Tristeza.

10) Qual é o efeito de sentido produzido pelo uso da palavra “nem” no


poema?
a) Negação.
b) Adição.
c) Comparação.
d) Concessão.
COM LICENÇA POÉTICA
1) Qual é o significado da frase “vai carregar bandeira” no terceiro verso do
poema?
A frase significa que a mulher terá uma missão importante e desafiadora na vida,
que é a de se expressar e se afirmar como indivíduo e como escritora, enfrentando
as limitações e os preconceitos da sociedade.

2) Como a mulher se relaciona com os “subterfúgios que me cabem” no


sexto verso do poema?

A mulher aceita os subterfúgios, ou seja, as estratégias de disfarce ou de fuga, que


lhe são possíveis, sem precisar mentir sobre si mesma ou sobre seus sentimentos.
Ela reconhece que não é tão feia que não possa casar, que aprecia a beleza do Rio
de Janeiro e que às vezes crê em parto sem dor, mas isso não a impede de escrever
o que sente e de cumprir sua sina de inaugurar linhagens e fundar reinos com sua
arte.

3) O que significa a expressão “dor não é amargura” no poema?

A expressão significa que a mulher não se deixa abater ou amargurar pela dor que
sente, seja ela física, emocional ou existencial. Ela transforma sua dor em poesia,
em criação, em alegria. Ela tem uma vontade de alegria que vem de sua
ancestralidade, de seu mil avô, e que supera sua tristeza sem pedigree, ou seja, sem
origem nobre ou definida.

4) Como a mulher se diferencia do homem na última frase do poema?

A mulher se diferencia do homem ao afirmar que é desdobrável, ou seja, que tem a


capacidade de se adaptar, de se transformar, de se multiplicar em diferentes papéis
e funções na vida. Ela contrasta essa característica com a de ser coxo, que é uma
maldição para o homem, pois implica em uma limitação, em uma deficiência, em
uma falta de equilíbrio ou de harmonia.

5) Qual é o papel da trombeta no segundo verso do poema?

A trombeta é um instrumento musical que produz um som forte e agudo, que


serve para anunciar algo importante ou para chamar a atenção. No poema, a
trombeta é tocada por um anjo esbelto, que representa uma figura celestial, divina
ou superior, que comunica à mulher sua missão de carregar bandeira. A trombeta
simboliza, portanto, a importância e a urgência dessa missão, bem como a origem
transcendente da vocação da mulher.
6) Qual é o tema principal do poema?
(a) A vida amorosa da mulher
(b) A identidade e a expressão da mulher
(c) A religiosidade e a fé da mulher
(d) A beleza e a arte da mulher

7) Qual é o sentido da palavra “sina” no décimo primeiro verso do poema?


(a) Destino, missão, vocação
(b) Pecado, culpa, castigo
(c) Sorte, acaso, oportunidade
(d) Sabedoria, conhecimento, aprendizado

8) Qual é o efeito da repetição da palavra “ora” no décimo verso do poema?


(a) Indicar dúvida, hesitação, indecisão
(b) Indicar alternância, contraste, oposição
(c) Indicar ênfase, intensidade, reforço
(d) Indicar causa, consequência, explicação

9) Qual é o sentido da palavra “desdobrável” no último verso do poema?


(a) Que se pode dobrar, encurtar, reduzir
(b) Que se pode abrir, estender, ampliar
(c) Que se pode adaptar, transformar, multiplicar
(d) Que se pode rasgar, romper, separar

10) Qual é a função da palavra “esbelto” no primeiro verso do poema?


(a) Qualificar o anjo como bonito, elegante, atraente
(b) Qualificar o anjo como alto, magro, fino
(c) Qualificar o anjo como forte, poderoso, imponente
(d) Qualificar o anjo como leve, delicado, sutil
DESPEDIDA
1) Qual é o tema do poema?
O tema central do poema é a solidão, expressa pela voz poética que se afasta do
mundo exterior e busca um caminho interior, sem referências nem vínculos.

2) Que contraste existe entre o mar bravo e o céu tranquilo na primeira


estrofe?
O contraste entre o mar bravo e o céu tranquilo na primeira estrofe sugere a
oposição entre o movimento e a agitação da vida social e a calma e a paz da
solidão.

3) Como a voz poética define o seu caminho na segunda estrofe?


A voz poética define o seu caminho como sem marcos nem paisagens, ou seja, sem
elementos que possam orientar ou distrair a sua busca interior. Ela também afirma
que o seu caminho não tem palavras nem imagens, indicando que se trata de uma
experiência muda e abstrata.

4) Que sentido tem a expressão “desencontrada” na terceira estrofe?

A expressão “desencontrada” na terceira estrofe significa que a voz poética não se


encontra com ninguém nem consigo mesma, pois está em um estado de
desapego e de indiferença.

5) Que imagem final é criada na quinta estrofe?

A imagem final criada na quinta estrofe é a de um corpo abandonado entre o sol e


a terra, como um estandarte triste de uma estranha guerra, simbolizando a
renúncia da voz poética à sua existência material e ao seu conflito com o mundo.
6) Que efeito de sentido é produzido pelo uso do travessão na segunda
estrofe?
a) Indicar uma fala direta.
b) Introduzir uma pergunta retórica.
c) Marcar uma mudança de interlocutor.
d) Sinalizar uma pausa dramática.

7) Que ideia é sugerida pela expressão “onde as outras coisas nunca estão” na
primeira estrofe?

a) A voz poética busca algo inatingível e incomum.


b) A voz poética se sente excluída e diferente das demais pessoas.
c) A voz poética tem uma visão crítica e negativa da realidade.
d) A voz poética se refere a um lugar misterioso e desconhecido.

8) Que relação existe entre a primeira e a última estrofe do poema?


a) Uma relação de oposição.
b) Uma relação de causa e consequência.
c) Uma relação de continuidade.
d) Uma relação de síntese.

9) Que aspecto da voz poética é revelado pelo uso do pronome “meu” na


terceira estrofe?
a) Um aspecto possessivo e egoísta.
b) Um aspecto subjetivo e pessoal.
c) Um aspecto afetivo e carinhoso.
d) Um aspecto irônico e sarcástico.

10) Que sentimento é transmitido pelo poema?


a) Alegria.
b) Angústia.
c) Esperança.
d) Revolta.
CONTAGEM REGRESSIVA
1) Qual é o tema do poema?

O tema do poema é o amor e a memória. O eu lírico expressa a dificuldade de


esquecer os amores passados, mesmo amando alguém no presente. Ele usa a
metáfora do arquivista para mostrar como tenta organizar as lembranças em
ordem alfabética, mas não consegue apagar os rostos que amou.

2) Que sentido tem a expressão “flanco aberto” no verso “no entanto flanco
aberto não esqueço”?

A expressão “flanco aberto” significa uma vulnerabilidade, uma ferida, uma


exposição. O eu lírico revela que ainda sofre pelos amores que não deram certo,
que ainda sente a dor da perda e da saudade. Ele não consegue fechar essa brecha
em seu coração, por mais que tente amar novamente.

3) Que efeito tem a repetição da palavra “rostos” no poema?

A repetição da palavra “rostos” reforça a ideia de que o eu lírico não esquece as


pessoas que amou, mas apenas as suas aparências físicas. Ele não menciona os
nomes, as personalidades, os sentimentos dos seus antigos amores, mas apenas os
seus rostos. Isso pode sugerir uma certa superficialidade, uma falta de
profundidade, uma idealização dos seus relacionamentos passados.

4) Que contraste existe entre os versos “Acreditei que se amasse de novo /


esqueceria outros” e “e amo em ti os outros rostos”?
O contraste entre esses versos é que o eu lírico mostra que mudou de expectativa
em relação ao seu amor atual. No início, ele acreditava que se amasse de novo,
esqueceria os outros, ou seja, que o seu amor seria suficiente para superar o
passado. No final, ele admite que ama em ti os outros rostos, ou seja, que o seu
amor é uma projeção dos seus antigos amores, que ele não consegue se
desvincular das suas lembranças.

5) Que imagem o eu lírico cria ao comparar a sua memória a um alfabeto?


O eu lírico cria uma imagem de ordem, de racionalidade, de controle. Ele compara
a sua memória a um alfabeto, como se fosse possível classificar as suas lembranças
em categorias, em ordem cronológica ou alfabética. Ele também usa a palavra
“arquivística”, que remete a uma profissão que lida com documentos e registros
históricos. Ele tenta dar um sentido ao seu passado, mas não consegue apagar os
seus sentimentos.
6) Qual é o tipo de texto do poema?
(a) Narrativo.
(b) Descritivo.
(c) Dissertativo.
(d) Lírico.

7) Qual é o efeito de sentido produzido pelo uso da conjunção “no entanto” no


verso “no entanto flanco aberto não esqueço”?

(a) Adição.
(b) Oposição.
(c) Causa.
(d) Conclusão.

8) Qual é o tema principal do poema?

a) A nostalgia do passado.
b) A dificuldade de esquecer.
c) A multiplicidade do amor.
d) A organização da memória.

9) Qual é a figura de linguagem presente na expressão “flanco aberto”?

a) Metáfora
b) Comparação
c) Hipérbole
d) Antítese

10) Qual é o efeito da enumeração “outros / pelo menos três ou quatro rostos
que amei” no segundo e no terceiro verso?
a) Cria um contraste entre o amor atual e os anteriores.
b) Mostra uma indiferença pelos amores passados.
c) Revela uma confusão sobre os sentimentos do eu lírico.
d) Sugere uma intensidade e uma variedade de experiências amorosas.
AUTOPSICOGRAFIA
1) Qual é o tema do poema?

O tema central do poema é a relação entre o poeta e a sua obra, entre a realidade e
a ficção, entre o sentimento e a expressão. O poeta afirma que ele finge a dor que
sente, ou seja, ele transforma a sua experiência pessoal em arte, criando uma
distância entre ele e o seu público.

2) Como o poeta se refere ao seu coração na última estrofe do poema?

O poeta se refere ao seu coração como “esse comboio de corda que se chama
coração”. Essa metáfora sugere que o seu coração é um brinquedo mecânico, que
funciona por meio de uma corda que precisa ser enrolada.

3) Que função têm os derivados da palavra “fingir” ao longo do poema?

Os derivados da palavra “fingir” têm a função de enfatizar o tema central do poema,


que é a relação entre o poeta e a sua obra, entre a realidade e a ficção, entre o
sentimento e a expressão. Eles também criam um efeito de sonoridade e de ritmo
no poema, marcando as rimas e as cesuras dos versos.

4) Que sentido tem a expressão “calhas de roda” na última estrofe do


poema? Como ela se relaciona com a metáfora do coração-comboio?

A expressão “calhas de roda” significa “trilhos de trem”, que são as estruturas


metálicas por onde os comboios circulam. Ela se relaciona com a metáfora do
coração-comboio, pois indica que o coração do poeta segue um caminho pré-
determinado e limitado, que não permite desvios ou surpresas.

5) Que papel tem o leitor na interpretação do poema? Como o poeta se


dirige a ele na segunda estrofe do poema?

O leitor tem um papel importante na interpretação do poema, pois ele é quem dá


sentido e valor à obra do poeta. O poeta se dirige a ele na segunda estrofe do
poema, usando o pronome “os” e o verbo “ler”. Ele diz que os leitores sentem a dor
lida, não a dor que ele teve, ou seja, eles interpretam o poema de acordo com as
suas próprias vivências e emoções, não com as do autor.
6) Que imagem o poeta usa para se referir ao seu coração no poema?
a) Um brinquedo mecânico.
b) Um animal selvagem.
c) Uma flor delicada.
d) Uma pedra preciosa.

7) Que efeito tem a contradição entre a forma e o fundo do poema?


a) Efeito de harmonia e equilíbrio.
b) Efeito de tensão e conflito.
c) Efeito de beleza e elegância.
d) Efeito de clareza e simplicidade.

8) Que sentido tem a palavra “deveras” na primeira estrofe do poema?

a) Sentido de intensidade e exagero.


b) Sentido de verdade e sinceridade.
c) Sentido de dúvida e incerteza.
d) Sentido de negação e contrariedade.

9) Que função tem a metáfora do coração-comboio no poema?

a) Função de ilustrar e enfeitar o poema.


b) Função de explicar e esclarecer o poema.
c) Função de sugerir e simbolizar o poema.
d) Função de comparar e relacionar o poema.

10) Que título alternativo poderia ser dado ao poema?

a) O fingimento poético.
b) A dor fingida.
c) O coração de corda.
d) Todas as alternativas anteriores.
O TEMPO
1) Qual é o tema do poema?

O tema do poema é a passagem do tempo e a sensação de desperdício da vida.

2) Que sentido tem a repetição da expressão “Quando se vê” no poema?

A repetição da expressão “Quando se vê” reforça a ideia de que o tempo passa


rápido e de forma imperceptível.

3) Que mensagem o poema transmite sobre a relação entre o tempo e a


vida?

O poema transmite a mensagem de que o tempo é um recurso valioso e escasso,


que deve ser aproveitado ao máximo, pois não há como voltar atrás.

4) Que relação existe entre o título do poema e o seu conteúdo?

A relação entre o título do poema e o seu conteúdo é de ironia, pois o autor usa a
expressão “deveres de casa” para se referir à vida, sugerindo que ela é uma
obrigação imposta e não uma escolha livre.

5) Que visão de mundo o poema revela: otimista ou pessimista? Explique sua


resposta com base em elementos textuais.

O poema revela uma visão de mundo pessimista, pois o autor mostra uma
insatisfação com a sua vida, uma sensação de vazio e de desperdício do tempo, e
uma falta de esperança em mudar a sua situação.
6) Que efeito de sentido tem o uso da elipse (omissão de um termo) na
expressão “há tempo”?

a) Cria uma ambiguidade entre o tempo cronológico e o tempo psicológico.


b) Cria uma ênfase na ideia de urgência e de pressa.
c) Cria uma ironia entre o que se diz e o que se quer dizer.
d) Cria uma redundância entre o que se expressa e o que se subentende.

7) Que tipo de narrador é usado no poema?

a) Narrador-personagem.
b) Narrador-observador.
c) Narrador-onisciente.
d) Narrador-onipresente.

8) O que o sujeito lírico faria se tivesse outra oportunidade de viver, segundo os


versos 9 e 10 do poema?
a) Não olharia o relógio.
b) Seguiria sempre em frente.
c) Jogaria pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
d) Todas as alternativas anteriores.

9) O que significa a expressão “a casca dourada e inútil das horas”?

a) Uma metáfora para o dinheiro que se gasta com o tempo.


b) Uma ironia para o valor que se dá ao tempo.
c) Uma comparação entre o tempo e uma fruta.
d) Uma personificação do tempo como algo vivo.

10) Qual é o recurso estilístico que o poeta usa para mostrar a rapidez com que
o tempo passa no poema?

a) A aliteração.
b) A anáfora.
c) A antítese.
d) A assonância.
AMAVISSE
1) Qual é o tema do poema?

O tema central do poema é o amor que se vive na iminência da perda, na angústia


da separação e na nostalgia da ausência.

2) Como o eu lírico se relaciona com o ser amado ao longo do poema?


O eu lírico se relaciona com o ser amado de forma paradoxal, pois o deseja como se
já o tivesse perdido, o apreende como se não o visse, o respira como se fosse ar e o
soma a si como se fosse água.

3) Que imagens sensoriais são utilizadas pelo eu lírico para expressar seus
sentimentos?

O eu lírico utiliza imagens sensoriais visuais (favas douradas, amarelo, arco-íris,


portões de ferro, ocres), auditivas (brusco, respiro) e táteis (apreendo, respiro, somo)
para expressar seus sentimentos de amor, saudade e angústia.

4) Que efeito de sentido é produzido pela repetição da conjunção “como se”


ao longo do poema?

A repetição da conjunção “como se” ao longo do poema produz um efeito de


sentido de irrealidade, de ilusão, de fantasia, pois mostra que o eu lírico vive um
amor idealizado, que não corresponde à realidade concreta.

5) Que relação há entre o título do poema e o seu último verso?

A relação entre o título do poema e o seu último verso é de complementaridade,


pois ambos expressam a ideia de que o eu lírico está inundado de amor, mas
também de dor, pela iminência da perda do ser amado.
6) O que significa a expressão “favas douradas” no segundo verso?
a) Uma metáfora para os olhos do amado.
b) Uma alusão a um conto de fadas.
c) Uma imagem de riqueza e prosperidade.
d) Uma ironia para a falta de sorte.

7) O que representa o “arco-íris de ar em águas profundas” no quinto verso?

a) Uma ilusão de ótica causada pela luz solar.


b) Uma fantasia de beleza e harmonia.
c) Uma contradição entre o visível e o invisível.
d) Uma síntese entre o céu e o mar.

8) Por que a voz poética se fotografa “nuns portões de ferro ocres, altos” no
sétimo e no oitavo verso?

a) Para mostrar a sua solidão e insignificância.


b) Para registrar a sua passagem por um lugar histórico.
c) Para contrastar a sua fragilidade com a força do metal.
d) Para simbolizar a sua prisão e isolamento.

9) O que sugere o uso da palavra “dissoluto” no nono verso?

a) Uma ideia de pecado e culpa.


b) Uma sensação de desgaste e fim.
c) Uma crítica à moral e aos costumes.
d) Uma referência à arte e à cultura.

10) O que significa o verbo “apreendo” no terceiro verso?

a) Eu aprendo algo novo.


b) Eu prendo algo com força.
c) Eu compreendo algo difícil.
d) Eu receio algo perigoso.
VERSOS ÍNTIMOS
1) Qual é o tema do poema?

O tema central do poema é a descrença na humanidade e na possibilidade de


relações sinceras e leais entre as pessoas. O poeta mostra como o mundo é cruel e
ingrato, como as pessoas são falsas e traiçoeiras, e como os sonhos e ideais são
enterrados na lama da realidade.

2) Que contraste existe entre o título do poema e o seu conteúdo? O que isso
revela sobre a intenção do poeta?

Existe um contraste entre o título do poema, Versos Íntimos, que sugere uma
confissão pessoal, sentimental e romântica, e o seu conteúdo, que é amargo,
pessimista e violento. Isso revela que o poeta quer surpreender o leitor, quebrar as
expectativas e criticar o romantismo exagerado e idealista de outros poetas da
época. O poeta quer mostrar a sua visão realista e crítica da vida e das relações
humanas.

3) Que conselho o poeta dá ao seu interlocutor na segunda quadra? Por que


ele faz isso?
O poeta dá o conselho de se acostumar à lama que o espera, ou seja, de se
conformar com a miséria e a sujeira do mundo. Ele faz isso porque acredita que o
homem, que vive entre feras, tem a necessidade inevitável de também ser fera, ou
seja, de se adaptar à violência e à maldade do ambiente em que vive.

4) Que significado tem o fósforo e o cigarro na primeira terceta? O que eles


representam?
O fósforo e o cigarro têm um significado simbólico na primeira terceta. Eles
representam a efemeridade da vida, a fragilidade dos sentimentos e a proximidade
da morte. O fósforo é um elemento que se acende e se apaga rapidamente, assim
como a chama da esperança e do amor. O cigarro é um vício que prejudica a saúde
e antecipa o fim, assim como as relações falsas e nocivas.

5) Que atitude o poeta sugere ao seu interlocutor na segunda terceta? Qual


é o tom dessa sugestão?
O poeta sugere ao seu interlocutor que reaja com violência e desprezo a quem lhe
causa pena ou lhe oferece afeto, pois ele considera essas atitudes como falsas e
interesseiras. Ele diz para apedrejar a mão vil que afaga e escarrar na boca que
beija. O tom dessa sugestão é de revolta, amargura e desespero, pois o poeta não
vê saída para a situação de desilusão e solidão em que se encontra.
6) O que significa a expressão “última quimera” no segundo verso?
a) Um animal fantástico que representa a imaginação do poeta.
b) Um sonho impossível que representa a ilusão do poeta.
c) Uma doença incurável que representa o sofrimento do poeta.
d) Uma obra de arte que representa a criação do poeta.

7) O que o poeta quer dizer com o conselho “Acostuma-te à lama que te


espera”?
a) Que o poeta deve se conformar com a vida miserável que tem.
b) Que o poeta deve se preparar para a morte inevitável que vem.
c) Que o poeta deve se adaptar à realidade cruel que vive.
d) Que o poeta deve se sujar com os vícios que o cercam.

8) Qual é o sentido da contradição entre o beijo e o escarro, a mão que afaga e


a mão que apedreja?

a) Mostrar que as pessoas são falsas e traiçoeiras.


b) Mostrar que as pessoas são complexas e contraditórias.
c) Mostrar que as pessoas são ingênuas e iludidas.
d) Mostrar que as pessoas são violentas e agressivas.

9) Qual é o efeito da linguagem coloquial usada pelo poeta na terceira


estrofe?
a) Criar uma proximidade com o leitor e um tom de ironia.
b) Criar uma distância com o leitor e um tom de formalidade.
c) Criar uma confusão com o leitor e um tom de ambiguidade.
d) Criar uma surpresa com o leitor e um tom de humor.

10) Qual é a principal característica da poesia de Augusto dos Anjos?

a) O uso de uma linguagem erudita e culta.


b) O uso de uma linguagem simples e popular.
c) O uso de uma linguagem híbrida e original.
d) O uso de uma linguagem lírica e musical.
ÚLTIMO POEMA
1) Qual é o tema do poema?
O tema do poema é o desejo do eu lírico de escrever um último poema que
expresse os seus sentimentos mais profundos e sinceros, sem artifícios ou
explicações.

2) Que efeito é produzido pelo uso da palavra “último” no primeiro verso?


O uso da palavra “último” no primeiro verso produz um efeito de dramaticidade e
urgência, sugerindo que o eu lírico está prestes a morrer ou a desistir da poesia, e
que esse seria o seu testamento poético.

3) Que contraste existe entre as coisas simples e menos intencionais e as


coisas ardentes, belas, puras e apaixonadas que o eu lírico deseja para o seu
poema?

O contraste existe entre as coisas simples e menos intencionais e as coisas


ardentes, belas, puras e apaixonadas que o eu lírico deseja para o seu poema
mostra que ele quer expressar a sua essência sem recorrer a adornos ou
justificativas, mas que essa essência é intensa e sublime, capaz de provocar
emoções fortes e contraditórias.

4) Que sentido tem a expressão “sem explicação” no último verso?


A expressão “sem explicação” no último verso tem o sentido de reforçar a ideia de
que o eu lírico não quer dar razões ou motivos para os seus sentimentos ou para o
seu ato de escrever o último poema, mas apenas manifestá-los de forma
espontânea e autêntica.

5) Que impressão você teve do eu lírico após ler o poema?

Resposta pessoal.
6) O que significa a expressão “as coisas mais simples e menos intencionais”?
a) As coisas que não têm importância nem propósito.
b) As coisas que são sinceras e espontâneas.
c) As coisas que são fáceis e óbvias.
d) As coisas que são triviais e aleatórias.

7) Por que o poeta compara a beleza das flores com o perfume?


a) Porque ele quer mostrar que a beleza é mais importante do que o aroma.
b) Porque ele quer sugerir que a beleza é algo sutil e delicado.
c) Porque ele quer contrastar a beleza com a falta de perfume.
d) Porque ele quer indicar que a beleza é algo efêmero e passageiro.

8) O que representa a chama em que se consomem os diamantes mais


límpidos?

a) A paixão ardente que destrói tudo o que é precioso e puro.


b) A pureza da alma que se eleva acima de tudo o que é material e mundano.
c) A beleza da luz que ilumina tudo o que é transparente e cristalino.
d) A força da vida que supera tudo o que é duro e resistente.

9) Por que o poeta se refere aos suicidas que se matam sem explicação?
a) Porque ele quer expressar o seu desespero e angústia diante da vida.
b) Porque ele quer demonstrar o seu desprezo e indiferença pela morte.
c) Porque ele quer revelar o seu mistério e enigma como poeta.
d) Porque ele quer imitar o seu gesto extremo e irracional como artista.

10) Qual é a intenção do poeta ao escrever o seu último poema?


a) Fazer uma homenagem aos seus leitores e admiradores.
b) Fazer uma crítica aos seus rivais e detratores.
c) Fazer uma confissão dos seus sentimentos e desejos.
d) Fazer uma despedida da sua vida e obra.
OS TRÊS MAL-AMADOS
1) Qual é o tema do poema?

O tema central do poema é o amor que devora tudo na vida do eu lírico. Ele usa a
metáfora do amor como um ser voraz que come tudo o que representa sua
identidade, sua história, seu corpo e sua saúde.

2) Que contraste existe entre o amor e os objetos que ele come no poema? O
que isso revela sobre a visão do eu lírico sobre o amor?

Existe um contraste entre o amor, que é um sentimento abstrato, imaterial e


intenso, e os objetos que ele come no poema, que são concretos, materiais e
triviais. Isso revela que o eu lírico vê o amor como algo que não se encaixa na sua
realidade cotidiana, que não respeita seus limites e que não lhe deixa espaço para
ser ele mesmo.

3) Que efeito o uso da repetição da palavra “comeu” tem no poema? Como


isso contribui para a expressão dos sentimentos do eu lírico?
O uso da repetição da palavra “comeu” tem um efeito de intensificação e de
exaustão no poema. Isso contribui para a expressão dos sentimentos do eu lírico,
que se sente dominado, esvaziado e anulado pelo amor.

4) Que relação existe entre o título do poema e o seu conteúdo? Como o


título pode ser interpretado?

O título do poema é “O amor comeu”. Esse título pode ser interpretado de duas
formas: uma literal, que indica que o amor consumiu tudo o que o eu lírico tinha, e
uma figurada, que sugere que o amor acabou, morreu ou desapareceu. O título
resume o conteúdo do poema, que mostra as consequências negativas do amor na
vida do eu lírico.

5) Que tom o eu lírico usa para falar do amor no poema? Ele expressa algum
sentimento positivo em relação ao amor?

O eu lírico usa um tom de desilusão, de amargura e de resignação para falar do


amor no poema. Ele não expressa nenhum sentimento positivo em relação ao
amor, apenas a sensação de perda, de vazio e de impotência diante do amor que o
devorou.
6) O que o amor comeu nos primeiros versos do poema?
a) O nome do eu lírico.
b) O retrato do eu lírico.
c) A identidade do eu lírico.
d) Todas as alternativas anteriores.

7) Que tipo de amor o eu lírico expressa no poema?


a) Um amor platônico e idealizado.
b) Um amor carnal e sensual.
c) Um amor possessivo e ciumento.
d) Um amor submisso e dependente.

8) Qual é a figura de linguagem presente na expressão “o amor comeu”?


a) Prosopopeia
b) Metonímia
c) Eufemismo
d) Sinestesia

9) Que sentido tem a repetição da expressão “O amor comeu” ao longo do


poema?
a) Reforça a ideia de que o amor é um ato de devorar e aniquilar o outro.
b) Cria um ritmo e uma musicalidade que imitam o movimento do amor.
c) Mostra a progressão e a intensidade do amor na vida do eu lírico.
d) Todas as alternativas anteriores.

10) Que imagem do eu lírico emerge do poema?


a) Um eu lírico feliz e realizado pelo amor.
b) Um eu lírico angustiado e insatisfeito pelo amor.
c) Um eu lírico vazio e despersonalizado pelo amor.
d) Um eu lírico rebelde e crítico pelo amor.
TOMARA
1) Qual é o tema do poema?

O tema central do poema é o amor e a saudade de um amor que se foi. O eu lírico


expressa o seu desejo de que a pessoa amada volte e se arrependa de ter deixado o
relacionamento. Ele também afirma que a felicidade solitária não é verdadeira e
que a ausência do ser amado causa dor e tristeza.

2) Que recurso sonoro é usado na primeira e na segunda estrofe do poema,


quando o eu lírico repete a palavra “Tomara” no início de cada verso?

O recurso sonoro usado na primeira e na segunda estrofe do poema é a anáfora,


que consiste na repetição de uma palavra ou expressão no início de versos ou
frases consecutivas. Nesse caso, o eu lírico usa a anáfora para reforçar o seu desejo
e a sua expectativa de que a pessoa amada volte para ele.

3) Que relação existe entre o título do poema e o seu conteúdo?

A relação entre o título do poema e o seu conteúdo é de uma correspondência ou


adequação, pois o título resume ou sintetiza a ideia principal do poema. O título
“Tomara” expressa o desejo ou a vontade do eu lírico de que a pessoa amada
retorne para ele, que é o mesmo tema desenvolvido ao longo dos versos do poema.

4) Que efeito de sentido é produzido pelo uso da conjunção “e” na segunda


estrofe do poema, quando o eu lírico enumera as consequências da saudade
e da ausência do ser amado?
O efeito de sentido produzido pelo uso da conjunção “e” na segunda estrofe do
poema é o de uma acumulação ou adição de argumentos, que visa a persuadir ou
convencer o interlocutor. Nesse caso, o eu lírico usa a conjunção “e” para enumerar
as razões pelas quais a pessoa amada deveria voltar para ele, mostrando que a
saudade, a ausência e a tristeza são sentimentos negativos e prejudiciais.

5) Que imagem é evocada na terceira estrofe do poema, quando o eu lírico


diz “E a coisa mais divina / Que há no mundo / É viver cada segundo / Como
nunca mais”?
A imagem evocada na terceira estrofe do poema é a de uma intensidade e uma
plenitude do amor, que transcende o tempo e o espaço. O eu lírico usa a palavra
“divina” para indicar que o amor é algo sagrado e sublime, que eleva o ser humano
a um estado de graça e harmonia. Ele também usa a expressão “como nunca mais”
para sugerir que o amor é único e irrepetível, que cada momento vivido com a
pessoa amada é precioso e inesquecível.
6) O que significa a expressão “tece a mesma antiga trama”?
a) Que o amor verdadeiro é sempre igual e não muda.
b) Que o amor verdadeiro é feito de histórias e lembranças.
c) Que o amor verdadeiro é uma armadilha que se repete.
d) Que o amor verdadeiro é uma obra de arte que se constrói.

7) Qual é o sentido da palavra “divina” na última estrofe?


a) Que há algo sagrado e sublime na vida.
b) Que há algo misterioso e incompreensível na vida.
c) Que há algo belo e admirável na vida.
d) Que há algo raro e precioso na vida.

8) O que o eu lírico deseja que aconteça com a pessoa amada?


a) Que ela volte depressa e não se despeça.
b) Que ela chore, se arrependa e pense muito.
c) Que ela convença a tristeza e não compense a saudade.
d) Todas as alternativas anteriores.

9) O que o eu lírico compara com a ausência?


a) A saudade.
b) A tristeza.
c) A paz.
d) Nenhuma das alternativas anteriores.

10) O que o eu lírico considera como a coisa mais divina que há no mundo?
a) Viver cada segundo como nunca mais.
b) Tece a mesma antiga trama que não se desfaz.
c) Sofrer junto com quem se ama.
d) Viver feliz sozinho.
MATÉRIA DE POESIA
1) Qual é o tema do poema?
O tema central do poema é a valorização da poesia nas coisas simples, ordinárias e
sem préstimo, que podem ser disputadas no cuspe à distância.

2) Como o poeta define o que serve para poesia no poema? Dê exemplos


retirados do texto.

O poeta define que serve para poesia tudo aquilo que é ordinário, sem préstimo,
sem valor, que pode ser disputado no cuspe à distância. Ele valoriza as coisas
simples, cotidianas, desprezadas, que ele observa com atenção e ressignifica com
sua linguagem. Alguns exemplos retirados do texto são: um pente, uma árvore, um
terreno sujo de mato, detritos semoventes, latas, um chevrolé gosmento, uma
coleção de besouros abstêmios, um bule de Braque sem boca.

3) Que relação há entre o bule de Braque sem boca e a poesia, segundo o


autor?

A relação entre o bule de Braque sem boca e a poesia é de analogia, pois o autor
associa uma obra de arte abstrata, que não tem uma função prática, com a poesia,
que também não tem um objetivo utilitário, mas sim estético e expressivo.

4) Como você interpreta os últimos versos do poema: “Cada coisa sem


préstimo tem seu lugar na poesia ou na geral”?

Resposta pessoal.

5) Que sentido tem a repetição da expressão “servem para poesia” ao longo


do poema?
A repetição da expressão “servem para poesia” tem o sentido de reforçar a ideia
central do poema, que é a de que a poesia pode ser encontrada em qualquer coisa,
por mais insignificante que pareça.
6) O que significa a expressão “disputados no cuspe à distância”?
a) Que as coisas são tão insignificantes que podem ser cuspidas.
b) Que as coisas são tão desejadas que podem gerar brigas.
c) Que as coisas são tão variadas que podem ter diferentes valores.
d) Que as coisas são tão distantes que podem ser ignoradas.

7) O que o poeta quer dizer com “As coisas que não levam a nada / têm
grande importância”?

a) Que as coisas que não têm utilidade prática podem ter valor estético ou
simbólico.
b) Que as coisas que não têm sentido ou propósito podem gerar reflexão ou
questionamento.
c) Que as coisas que não têm destino ou direção podem inspirar liberdade ou
aventura.
d) Que as coisas que não têm origem ou explicação podem provocar
curiosidade ou mistério.

8) O que o poeta faz ao citar exemplos concretos de coisas que servem para
poesia, como “um pente”, “um chevrolé gosmento” e “o bule de Braque sem
boca”?

a) Cria imagens sensoriais e visuais que aproximam o leitor da realidade.


b) Cria contrastes irônicos e humorísticos que surpreendem o leitor.
c) Cria referências culturais e históricas que enriquecem o texto.
d) Cria metáforas simbólicas e significativas que revelam o sentido do texto.

9) Qual é o efeito da ausência de pontuação e de maiúsculas no poema?


a) Cria um ritmo mais rápido e dinâmico para a leitura.
b) Cria uma forma mais simples e direta de expressão.
c) Cria uma sensação de continuidade e fluidez entre as ideias.
d) Cria uma impressão de informalidade e espontaneidade na escrita.

10) Qual é o sentido da palavra “geral” no último verso do poema?


a) Refere-se ao mundo em geral, fora da poesia.
b) Refere-se ao gênero literário da prosa, oposto à poesia.
c) Refere-se ao público em geral, que lê ou ouve a poesia.
d) Refere-se ao sentido geral, que abrange todas as coisas.
HOMEM COMUM
1) Qual é o tema do poema?
O tema do poema é a condição humana, marcada pela fragilidade, pela memória e
pelo esquecimento.

2) Como o eu lírico se compara com o leitor?

O eu lírico se compara com o leitor ao afirmar que é “como você”, ou seja, um


homem comum, que vive as mesmas experiências e sentimentos.

3) Que imagem o eu lírico usa para expressar a vida?

O eu lírico usa a imagem da “chama de um maçarico”, que é uma metáfora para a


intensidade, a instabilidade e a brevidade da vida, que pode “subitamente/cessar”.

4) Que elementos o eu lírico usa para evocar a memória e o esquecimento?

O eu lírico usa elementos como “rostos e/mãos”, “o guarda-sol vermelho ao meio-


dia/em Pastos-Bons”, “defuntas alegrias flores passarinhos” e “facho de tarde
luminosa”, que são lembranças pessoais, afetivas e sensoriais, mas também diz que
há “nomes que já nem sei”, que indicam o esquecimento.

5) Que sentido tem a palavra “pânica” no verso “e a vida sopra dentro de


mim/pânica”?

A palavra “pânica” tem o sentido de angústia, de medo, de insegurança, que o eu


lírico sente diante da possibilidade da morte.
6) O que o eu lírico quer dizer com “feito a chama de um maçarico”?
a) Que a vida é quente e luminosa.
b) Que a vida é intensa e instável.
c) Que a vida é perigosa e destrutiva.
d) Que a vida é bela e criativa.

7) O que o eu lírico evoca ao mencionar “Pastos-Bons”?


a) Uma cidade que ele visitou.
b) Um lugar onde ele nasceu.
c) Um cenário que ele imaginou.
d) Um filme que ele assistiu.

8) O que o eu lírico expressa ao dizer “nomes que já nem sei”?


a) Uma confusão mental.
b) Uma perda de memória.
c) Uma indiferença afetiva.
d) Uma crítica social.

9) Qual é o tom predominante do poema?

a) Lírico e nostálgico.
b) Épico e heroico.
c) Dramático e trágico.
d) Satírico e irônico.

10) O que o eu lírico valoriza ao usar a palavra “comum”?


a) Uma simplicidade e uma humildade.
b) Uma normalidade e uma banalidade.
c) Uma igualdade e uma solidariedade.
d) Uma diversidade e uma originalidade.
VIA LÁCTEA
1) Qual é o tema do poema?

O tema do poema é a comunhão entre o amor e a poesia, expressa pela metáfora


de ouvir e entender as estrelas.

2) Como o poeta descreve a sua experiência de ouvir as estrelas na primeira


estrofe?

O poeta descreve a sua experiência de ouvir as estrelas como uma conversa íntima
e misteriosa, que ocorre durante a noite, sob a luz da Via Láctea, e que termina com
a saudade e a busca pelo céu deserto ao amanhecer.

3) Qual é a pergunta que o poeta antecipa na terceira estrofe?

O poeta antecipa a pergunta que os seus interlocutores lhe fariam sobre a sua
loucura de conversar com as estrelas e o sentido do que elas dizem.

4) Qual é a resposta que o poeta dá na última estrofe?

O poeta dá uma resposta que resume a sua tese: só quem ama pode ter ouvido
capaz de ouvir e de entender as estrelas, ou seja, só quem ama pode compreender
a essência da poesia.

5) Como o poeta se refere à Via Láctea na segunda estrofe do poema?

O poeta se refere à Via Láctea como um “pálio aberto”, que é uma espécie de manto
ou véu usado para cobrir algo sagrado ou nobre, indicando a sua visão elevada e
sublime do céu estrelado.
6) O que significa a expressão “Perdeste o senso” no segundo verso?
a) Que o poeta perdeu a razão e ficou louco.
b) Que o poeta perdeu o sentido da audição e não pode ouvir as estrelas.
c) Que o poeta perdeu o senso comum e se tornou diferente dos outros.
d) Que o poeta perdeu a sensibilidade e não pode apreciar as estrelas.

7) O que o poeta faz para ouvir as estrelas?

a) Ele desperta muitas vezes e abre as janelas.


b) Ele conversa com elas toda a noite.
c) Ele procura por elas pelo céu deserto.
d) Todas as alternativas anteriores.

8) Qual é a condição necessária para ouvir e entender as estrelas, segundo o


poeta?
a) Ter um ouvido sensível e uma mente aberta.
b) Ter uma janela ampla e uma vista privilegiada.
c) Ter um coração puro e uma alma elevada.
d) Ter um amor verdadeiro e uma paixão ardente.

9) Qual é o efeito de sentido produzido pelo uso da palavra “pálido” no quarto


verso?

a) Causar uma impressão de medo, pois o poeta teme as estrelas que falam
com ele.
b) Causar uma impressão de admiração, pois o poeta se maravilha com as
estrelas que brilham no céu.
c) Causar uma impressão de tristeza, pois o poeta se entristece com as
estrelas que se afastam dele.
d) Causar uma impressão de surpresa, pois o poeta se espanta com as
estrelas que ouve.

10) Qual é a condição para entender as estrelas, segundo o poeta?

a) Amar, pois só quem ama pode ter ouvido capaz de ouvir e de entender as
estrelas.
b) Conversar, pois só quem conversa com elas pode saber o que dizem
quando estão contigo.
c) Despertar, pois só quem desperta muita vez pode abrir as janelas e ver as
estrelas.
d) Procurar, pois só quem procura pelo céu deserto pode encontrar as
estrelas ao vir do sol.
AS POMBAS
1) Qual é o tema do poema?

O tema do poema é a fugacidade dos sonhos da juventude, que se vão como as


pombas dos pombais e não voltam mais.

2) Que efeito de sentido é produzido pelo contraste entre a “raia sanguínea e


fresca a madrugada” e a “rígida nortada”?

O efeito de sentido é produzido pelo contraste entre a madrugada, que representa


o início da vida, cheia de cor e vitalidade, e a nortada, que representa o fim da vida,
marcado pelo frio e pela rigidez.

3) Que significado tem o uso do verbo “abotoar” para se referir aos sonhos
que nascem nos corações?

O uso do verbo “abotoar” tem o significado de sugerir que os sonhos são como
botões de flores que se abrem na primavera, simbolizando a beleza e a esperança.

4) Que efeito de sentido é produzido pelo contraste entre a madrugada e a


tarde nas duas primeiras estrofes?

O efeito de sentido é produzido pelo contraste entre a madrugada e a tarde é o de


marcar a passagem do tempo e a mudança de estado dos sonhos, que saem dos
corações na madrugada, cheios de vida e esperança, e voltam aos pombais na
tarde, frios e resignados.

5) Que mensagem o poeta quer transmitir com os últimos versos do poema?

A mensagem que o poeta quer transmitir é que os sonhos da juventude são


irreversíveis e inalcançáveis, pois eles não voltam mais aos corações que os
perderam, deixando um vazio e uma nostalgia.
6) O que significa a expressão “Raia sanguínea e fresca a madrugada” no
primeiro quarteto?
a) O nascer do sol que ilumina o céu.
b) O sangue derramado pelas pombas.
c) O frio da manhã que congela as penas.
d) O vermelho da paixão que acende os corações.

7) Qual é o significado da expressão “ruflando as asas” no segundo quarteto?


a) Fazendo barulho com as asas.
b) Batendo as asas rapidamente.
c) Espalhando as penas das asas.
d) Abrindo e fechando as asas.

8) Qual é o efeito de sentido produzido pelo uso da palavra “mais” no


segundo verso?
a) Indica a progressão e a intensidade do despertar das pombas.
b) Sugere a repetição e a monotonia da rotina dos pombais.
c) Mostra a adição e a variedade das pombas que saem dos pombais.
d) Todas as alternativas anteriores.

9) Qual é o efeito de sentido produzido pelo uso da palavra “rígida” para se


referir à nortada no segundo quarteto?

a) Indica a força e a violência do vento.


b) Sugere a rigidez e a inflexibilidade da vida adulta.
c) Mostra a dificuldade e a resistência das pombas.
d) Todas as alternativas anteriores.

10) Qual é o movimento literário a que o poema pertence?


a) Romantismo
b) Realismo
c) Parnasianismo
d) Simbolismo

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