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J i r \
COLEÇÃO DE OBRAS RARAS
II
COROGRAFIA BRASÍLICA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E SAÚDE
II
COROGRAFIA BRASÍLICA
DE
AIRES DE CASAL
TOMO I
IMPRENSA NACIONAL
RIO DE JANEIRO — 1945
INTRODUÇÃO DE CAIO PRADO JÚNIOR
O Pe. Manuel Aires de Casal, autor da Coro-
grafia Brazilica, pouco se sabe. Quase tudo
a respeito de sua vida são conjecturas e fatos
duvidosos. Segundo Rodolfo Garcia (1), êle é
natural de Pedrogan, Portugal, e já se achava
no Brasil em 1796, servindo de capelão da Miseri-
córdia do Rio de Janeiro. Dava-se a trabalhos li-
terários, pois encontramo-lo naquele mesmo ano
copiando o manuscrito da Conquista Espiritual do
Pe. Antonio Ruis Montoya. Permanece no Brasil
até 1821, quando se retira, com o Rei, para a Europa,
onde falece pouco depois sem ter deixado a segunda
edição corrigida da Corografia, que estava nos seus
planos (2). De seus trabalhos conhece-se, alem da
Corografia, uma Notícia sobre as capitanias do Pará
e SolimÕes, publicada em francês nos Nouveaux
Annales des Voyages (í. IX — 1821), e citada por
Sacramento Blake ( 3 ) . A Introdução da Geografia
Brasílica, publicada por Fonseca Galvão na Bahia em
1826, não é mais que uma reprodução da Corografia
na parte referente àquela província.
Esta, que é a sua grande e na verdade única
obra, saiu à lus na Impressão Régia, sob auspícios
oficiais, em 1817. Mas já estava redigida em prin-
RELAÇÃO HISTORICO-GEOGRAFICA
DO
REINO DO BRAZIL
COMPOSTA E DEDICADA
S U A M A G E S T A D E
E I D E J L I S S I M A
POR
HUM PRESBÍTERO SECULAR
Do
G R A M P R I O R A D O DO C R A T O .
RIO DE JANEIRO.
NA IMPRESSÃO REGIA.
M. DCCC. XVII,
De V. R. MAGESTADE
R E Y
Lugar do Sello.
Pagou quatro mil réis do Sello. Rio> de Ja-
neiro 4 de Setembro 18x7.
Drummond.
Paginas,
o Descobrimento d* America. »
A sua Grandeza. 7
O Descobrimento do Brazil. i®
A sua Grandeza. xo
Os Ouadrupédes Indígenas. 61
As Aves mais notáveis. 77
Os Vegetaes mais úteis. 94
A Provinda de S. Pedro, ou do Rio grande
do Sul. 1*7
A Província do ParSná. 15J?
A Província do Urúguay. 171
A Província de S. Catharina. m8o
A Provinda de, S. Paulo. 200
A Província de Marogrosso. 347
A Provinda de Goyaz. 314
A Provinda de Minas Geraes. 35O
Advertencia.
è
XLVIII
DOS
SENHORES SUBSCRITORES.
Exemplares.
O Excellentissimo e Reverendíssimo Bispo Ca-
pellam Mór. 8
Os R R . N . e N . M M . Benedictinos. 2
A m a r o Velho da Silva. i
Anacleto Luiz Barboza. 1
D . Anna Cecilia d* Araujo. i
O R . Antonio d' Abreu. i
A n t o n i o Carlos Ribeiro d' Andrade. i
Antonio Correa Vasconcello*. i
Antonio Estevam de Mendonça. i
A n t o n i o (oaquirn d' Azevedo. i
Antonio Joze Campos. x
A n t o n i o Jozé Lopes. I
A n t o n i o Jozé Pinto. i
Antonio L u i s Nicolau. 10
A n t o n i o Pedro de Sales. x
A n t o n i o de Pina. i
. Antonio Rabello d1 Andrade. i
O R. Antonio Ribeyro. i
Boaventura da Costa Dourado. I
Braz Ribeyro .de Magalhães. »
Candido Lazaro de Moraes. *
Carlos Tannetberg. r
Domingos Alves d1 Azevedo. x
Domingos Alves Loureiro. 1
Filippe Contucci. *
Francisco Antonio Alves. i
Francisco Antonio Marques. i
Francisco Cláudio Alvares. >
Francisco Jozé Gonçalves. „ . .
Francisco de Lemos de Faria Pereira Coutinho, i
Francisco Saraiva da Costa. 1
COROGRAFIA BRAZILICA.
I N T R O D U C Ç Ã O .
Cg') A' cerca das duas viagens > que Amerjco Vespucio
fèz ao Golfo México no serviço d* EIRey Dom Fernando
Quinto , dizem Antonio Herrera, e Robertson, que elle ti«
vera não só a ouzadia de falsificar as datas diambas, con-
fundindo uma com a outra na relação , que de suas exa-
geradas aventuras respectivas enviára a um seu compatrio-
ta , logo depois da sua chegada á Hespanha, mas também
a habilidade de compor a sua narrativa de sorte , que pa-
recia dever-se-Ihe a gloria de primeiro descubridor do No-
vo Mundo. Nós diremos adiante alguma coiza mais a res-
peito deste façanhozo homem.
IntroducfSo. 7
C 3 ) Ramal t enfiada.
( 4 ) Aa:/ta ou aa%o : motivo, cauza,
Introduccão. 15
uma das de Caboverde , desgarrou d'Armada o
navio de Vasco d'Athayde , que arribou a Lisboa
(ia) E ho al 1 t o mais.
24 Inlroducção.
nores para navegar mais proximo a praia , e exa-
minar o primeiro porto, que encontrasse.
Tendo a Armada navegado obra de déz lé-
guas em ala , encontraram a enseada da Coroa
Vermelha , aliás Bahia Cabralia, onde'pela tarde
ant reles ; e asy a Diego Dyas per seer homeem ledo > com
que eles folgavam : e ahos degradados mandou que flcasem
la esta noute. »
„ Foram se la todos , e andaram antreles : e segundo
eles deziam, foram beem huuma legoa e mea a huuma po-
voaçam , em que averia nove ou des casas : as quaaes de-
ziam que eram tam compridas cada huuma coma esta naao
Capitana 1 e heeram de madeira; e das ilhargas destavoas,
e cobertas de palha , de razoada altura : e todas em huu-
ma soo casa sem nhuum repattimento. Tinham dentro muy-
tos esteos , e destee a esteo huuma rede atada poios cabos
a cada esteo, altas, em aue dormiam ; e debaixo pera se
aquentarem, faziam seus rogos. E tinha cada casa duas por-
tas pequenas, huuma em huum cabo, outra no outro » e
deziam que em cada casa se recolhiam trinta e quorenta
pesoas ; e que aly has achavam ; e que lhes davam de co-
mer daqueela vianda, que eles tinham, a saber, muyto in-
hame , e outras sementes que na terra haa , e eles comem.
E como foy tarde, fezeram nos loguo todos tornar; e nom
quezeram que la ficase nhuum ; e ainda segundo deziam ,
queriam se vir com eles. Resgataram la per cascavees, e ou-
tras cousinhas de pouco valor, que levavam, papagayos ver-
melhos muyto grandes, e fremosos, e dous verdes peque-
ninos ; e carapuças de penas verdes , e huum pano de pe-
nas de muitas cores, maneyra de tecido asas fremoso, se-
gundo V . A. todas estas coussas verá , perque ho Capitam
Volas haa de mandar, segundo elle dise t e com isto vieram,
e nós tornamonos aas naaos. „
„ Aa terça feira despois de comer fomos em terra dar
guarda de lenha, e lavar roupa. Estavam na praya, quan-
do chegamos, obra de sesenta ou setenta sem arco, e sem
nada. Tanto que chegamos , vieram se loguo pera nós, tem
se esquivarem > e despois acodiram muytos, que seriam beem
duzentos, todos sem arcos , e mesturaram se rodos tanto
comnosco, qne nos ajudavam deles aacaretar lenha , e me-
ter nos batees ; e luitavam com hos nosos , e tomavam muy-
to prazer. Em quanto nós fazíamos ha lenha, faziam dous
carpinteiros huuma gramde Cruz de huum paao » que se
omtem pera iso cortou. Muytos deles vinham aly estar
com hos carpinteiros; e creo que ho faziam mais per ve-
28 Introdacçâo.
que a noso parecer era esta meesma, que vem teer aa praya,
em que nós tomamos agoa. Aly jouvemos huum pedaço, be-
bendo, e folgando aho lomgo dela antre ese arvoredo, que
hee- tanto , e tamanho, e tam basto , e de tantas pruma-
geens, que lhe nom pode homeem dar comto. Haa antreles
muytas palmas, de que colhemos muyros, e boos palmitos»
Quando saymos do bateel , dise ho Capitam que seria boo
hirmos direitos aa Crus, que estava encostada a huuma ar-
vore jumro com ho rio , pera se poeer de manhaan , que
hee sesta feyra , e que nos pozesemos todos em jiolhos , e
ha beijasemos, pera eles verem ho acatamento, que lhe tí-
nhamos ; e asy ho fezemos: e eses des ou doze, que hy es-
tavam , acenaram lhes que fezesem asy ; e foram loguo to-
dos beijala. Pareceme jemte de tal inoceneia, que se hos ho-
meem emtendese, e eles a nós, que seriam loguo Christaaos ;
perque eles nom teem, nem emtendem em nhuuma creem-
ç a , segundo parece » e per tamto se hos degradados, que
aquy amde ficar aprenderem beem ha sua fala , e hos ein-
tenderem , nom duvido, segundo ha Santa tençam de V. A . ,
fazerem se Christaaos , e crerem na nosa Santa Fee; aaquaal
praza ho noso Senhor que hos traga : perque certo esta jern-
te hee booa , e de booa synprezidade, e empremar se haa
ligeiramente neeles quaalquer crunho , que lhes quezerem
dar ; e loguo noso Senhor lhes deu boos corpos, e boos rostros
coma a boos homeens s e ele que nos per aquy trouve, creo
que nom foy sem caussa : e per tanto Vosa Alteza, pois
tanto dezeja acrescentar na Santa Fee catholica , deve enten-
der em sua salvaçam ; e prazerá a Deos que com pouco tra-
balho será asy. Eles nom lavram, nem criam, nem haa quy
boy, nem vaca , nem cabra nem ovelha , nem galinha , nem
outra nhuuma alimarea, que costumada seja aho viver dos
homeens : nem comem senom dese inhame, que aquy haa
muyto, e desa semente, e fruitos, que ha terra, e has
arvores de sy lançam t e com isto andam taaes, e tam ri-
jos , e tam nedeos, que ho nom somonós tanto com quan-
to trigo , e legumes comemos. Em quanto aly este dia an-
daram sempre aho soom de huum tamborynoso , dança-
ram , e bailharam com hos nosos , em maneira que sam
nuyto mais nosos amigos, que nós seuss se lhes nomeem
IIntroducçâo, 31
darseháa. neela tudo per beem das aeoas, cjue teem : pero ho
milhor íruyto , que neela se pode fazer, me parece, que será
salvar esta jemte ; e esta deve seer a principal semente, que
V. A. em ela deve lamçar: e que hy nom ouvese mais ca
teer aquy esta pousada pera esta navegaçam de Calecute,
abastaria , quanto mais despoziçam pera neela comprir, e
fazer ho que V . A . tanto dezeja ; a saber, acrescentamento
da nosa Santa Fee. E nesta maneira,. Senhor, dou aquy a
Vosa Alteza do que neesta vossa terra vy : e se alguum pouco
alomgueyela me perdoe, ca ho dezejo , que tynha de vos
tudo dizer, liio fes asy poeer polo meudo. E pois que, Se-
nhor, hee certo que asy neeste careguo, que levo, coma
em outra quaalquer coussa , que de voso serviço f o r , V A.
haade seer de mym muyto beem servido , a ela peço que
per me fazer simgular mercee , mande vyr da Ilha de Sam
Tomé Jorje do Soyro, meu Jernrro, ho que delaa receberey
em muyta mercee. Beijo has maaos de V.A. Deste Porto Seguro
da vosa Ilha da Vera Crus. Hoje sesta feira, primeiro dia
de Mayo de mil e quinhentos. Pero Vaz de Caminha. „
Original conserva-se no Arquivo Real da Torre do
Tombo Gaveta 8. Maç. 2.0 N.° 8.°
Os Escritores Castelhanos , instigados de emulação, pre-
tendem que o seu compatriota Vicente Yanez Pinzon ap-
portára no Cabo de Santo Agostinho, ao qua) dera o no-
me de Cabo de la Consolacion , tres mezes antes que Pe-
dralvaz Cabral surgisse em Porto Seguro. E para provar
que Cabo de la Consolacion he o de Santo Agostinho, di-
zem que Pinzon avistara terra de muito longe, que a agua
do mar era turva , e esbranquiçada , e athé mesmo doce
como de rio; e que lançando o prumo , achara* fundo em
dezaseis braças.... Todos estes sinaes depõem , e provam
contra producentes que o Cabo de la Consolacion he o
Cabo dô Norte, que fica na latitude de dois. graus Septen-
trionaes. A teria do Cabo de Santo Agostinho, e suas vi-
zinhanças he baixa, e só apparece aos Navegantes, quando
estam perto delia: as aguas sam alli cristalinas , e a sonda-
reça só mostra dezaseis braças perto de terra. Em nenhu-
ma parte desta Costa se acha aguá doce senão dentro dos
tios, onde não chega a maré. Os mesmos Escritores con«
IntroducçSo. 3$
P il
117
N* 1.
P R O V Í N C I A
DO N
R I O G R A N D E DO S U L .
OU
DE S Ã O FEDRO.
N.° II.
P R O V Í N C I A
D O
P A R A N N Á .
N.a III.
P R O V Í N C I A
D O
U R U G U A Y .
Z il
N,* IV.
P R O V Í N C I A
D £
S A N T A C A T H A R I N A .
P
-L_i Sta Província , que he um desmembramento da
de S. Paulo, (20) comprehende a Ilha , que lhe dá
o nome , e um terreno de sessenta léguas N. S.
no continente vizinho contadas do rio Sohy , que
a separa daquelloutra ao Noite , athé o Mam/i-
tuba , onde confina pelo Sul com a de S. Pecfro.
Ao Poente tem as mesmas Províncias , servindo-
lhes de limites os cabeços da cordilheira , que cor-
re ao longo do mar. Sua maior largura não exce-
de a vinte léguas. Occupa o Beyramar da maior
porção da Capitania de Santo Amaro; e jaz en-
tre os vinteciuco gráus e cincoenta minutos , e os
vintenove e vinte de latitude austral.
Sendo passados cento e vinte annos , sem que
ps donatarios assentassem povoadores^ na Ilha de
Santa Catharina , C^Ue P°r algum tempo teve o
nome,rf'Ilha dos Patos) EIRéy D. Joam o Quar-
to a deu em seiscentos cincoenta e quatro a Fran-
(20) Desmembramento da de S. Paulo ; considerada
depois da união da de S. Vicente ccm a de Santo Amaro.
de Santa Catharina 181
cisco Dias V e l h o * que foi assassinado por um cor-
sário Inglez a tempo que começava o estabeleci-
mento. Com este dezastre ficou a Ilha no seu pri-
mitivo estado por largo tempo. A ' custa da Coroa
aforam nella estabelecidas varias colonias, Açoritas
em diversos tempos. -^
O clima he temperado ; o ar sadio, á excep-
ção de certos sitios pantanozos ; a face do paiz
montuoza , regada de numerozos rios , e cuberta
de matos ; o terreno fecundo , e apropriado para
a cultura da mandioca , milho , arroz , canas
crassucar , café , linho , legumes; e ainda trigo ,
e cevada em alguns districtos. Toclafc as. hortaliças
de Portugal aqui prosperam , principalmente as
cebollas.
* Montes.. Cambe relia , que fica sobre a entrada
meridional do porto da Capital , he a mais alta
montanha , que se avista desde Santos athé as
Torres: o monte Bahul he uma baliza dos nave-
gantes.
Mineralogia. Pedra calcaria, granito, pedras
d'amo!ar ; indícios d'oiro , e outros metaes, segun--
do dizem.
Fitologia. Carvalho mui diverso do de Portu-
gal , e exxellente para construcção ; sassafrás ,
cedro , lobo , páu cl arco: guarabú , e g r a p e c i q u e
sam arvores de preciosa madeira veiada para mar-
ceneiraria ; como também o denominado aqui páu
dncleOy que he ondeado, e compacto. Os pinheiros
Brazilicos sam multiplicadissimos em vários distric-
tos: ha diversidade de plantas medicinaes; e tam-
bém a que nutre a cochonilha. Ç21J
I S
N.S.f Tdof Rozario
' • 1l « o cont.
SeteFregueziasx Santa Anna j
N S. da Conceição. . „h
| N.S. da Lapa >A Q r
^ N . S . das Necessidades. • a e ò ' u
O numero das Ermidas iguala com o das Par-
roquias.
de Santa Catharina. 193
N.' V.
P R O V Í N C I A
D E
S Â O PAU L O.
Santos
S. Sebastião
Villa da Princeza
Ubatuba
S. Vicente
Itanhaen
Ganha
Parahytinga
Na Parte
Jundiahy Na Commarca
Septentrio-.,
Tybaya
nal ha as Bragança "de S. Paulo.
Villas Lorena
Guaratinguetá
Mugi-Mirim
Mugi das Cruzes
Jacarehy
S. Jozé
Pindamonhangaba
Thaubaté
Paranahiba
Hytú
Sorocaba
S. Carlos
Na Commarca
Itapéva de Hytii.
Itapitininga
Apyahy
.Porto Feliz
Tom. I Cg
234 Província
S. Paulo, Paulopolis , Cidade medíocre , visto-
zamente assentada em terreno pouco levantado no
angulo da confluência do Rio Tamandatahy com
o Ribeiro Hynhangabahú , que a banham, este
pelo lado Occidental , aquelle pelo Oriental, meia
légua arredada do Rio Tietê , que lhe passa ao
N o r t e ; doze léguas ao Noroeste de Santos , que
he o seu porto , duas ao Sul do Tropico, e trezen-
tas e cincoenta braças acima do nivel do Oceano *
he ornada com Caza de Mizericordia, varias Her»
midas e tres Hospitaes, hum Convento de Bene-
dictinos , outro de Franciscanos , outro de Carme-
litas Calçados, dois Recolhimentos de mulheres,
Gaza de fundir o oiro , varias praças, tres magni-
ficas pontes de pedra com outras de madeira , e
diversas fontes; porém a melhor agua he a do
rio. Muitas ruas sam bem calçadas; os edifícios
quazi geralmente de taipa , isto he , de terra como
greda acalcada entre duas pranchas , e branquea-
das com tabatinga.
He a rezidencia dos Governadores da Provín-
cia , e do Ouvidor da Commarca, que he Prove-
dor dos defuntos , capellas , reziduos , e Juiz da
Coroa. Tem Jniz de Fora , que também o he dos
Órfãos, e Procurador daCorôa, Auditor da gente
de guerra , e Deputado da Junta da Arrecadação
da Real Fazenda: Professores Régios das Primei-
las Letras , de Grammatica Latina , Rhelorica,
Filozofia , Theologia Dogmatica ; e outro de M o -
ral pago pela Mitra. O povo está repartido em
duas Paroquias, sendo uma delias a Cathedral,
cujo Cabido consta de qnatorze canonicatos / i n -
cluídas as quatro Dignidades de Arcediago , A r -
cipreste , Chantre , e Thezoureiro Mór. A outra
he da Invocaçao cie Santa Efigênia.
Os Jezuitas deram principio à esta Cidade no
anno de mil quinhentos cincoenta e dois com a
de S. Pa ulo. 235
N.° VI.
P R O V Í N C I A
DE
M A T O GROSSO.
rti
JL Endo os Vicentistas reduzido as nações Gua-
nhanâ , e Carijó , começaram logo a passar á ou-
tra banda do rio Paranná em busca d*outras igual-
mente puzilanimes , e pouco numerozas.
A l e y x o Garcia, e um irmão ou filho , que
acompanhados d*uma numeroza escolta d*Indios
domésticos, havendo passado além do Paraguay,
penetraram athé a proximidade dos Andes no
meiado do século dezéseis, foram os primeiros
descubridores conhecidos da parte meridional des-
ta vasta Provincia ; e Manuel Corrêa , Pau-
lista como aquelloutros , C 4 5 ) passando além do
Araguaya , o da parte septentrional muito tempo
depois. Ignoramos os nomes dos outros certanistas
ou commandantes de Bandeiras , ( 4 6 ) que vizitaram
(48) Rocha P.
ãc Mato Grosso. 253
haver cavallos, depois que netla se estabeleceram,
as duas nações conquistadoras, não he difficultozo
adevinhar pouco mais ou menos a epocá em que
os Guaycurús começaram a possuir estes animaes ,
de que ha tempo geralmente uzam, mesmo nas
suas menores jornadas ou degressões ; e com que
se ham íeito tão formidáveis a todas as nações cir-
cundantes , sem exceptuar as conquistadoras da
região. Parece mais verosimil, que começassem
a havellos dos colonistas d* Assumpção primeiro
do que dos do Perú. Se n"outro tempo tiveram
grande marinha , desprezáram-na depois que co-
nheceram que a cavalleria lhes era mais util, c
vantajoza para hir fazer guerra ou depredações
aos povos mais longínquos. Só tinham as canoas
sufficientes para passar d* um a outro lado do rio
nas precizões.
Tal era o estado destas nações pelos annos de
mil setecentos e vinte , quando , depondo sua re-
ciproca aversão , se alliaram , passando os Guay-
curús a ser igualmente poderozos sobre ambos
os elementos com uma marinha pouco inferior á
dos Payagoás , para flagello da nascente Provín-
cia , desde o anno de mil setecentos vintecinco
athé o de setecentos sessenta e oito , em que se
desuniram, descendo os Payagoás ao Baixo Para-
guay , e aliiando-se , ou para melhor dizer sujeitan-
do-se aos Castelhanos da Província do Paranná ,
onde se aldearam , e vivem desde setenta e quatro
pouco abaixo d\Assumpção C49}-
Província
- f j u r u ê n n a occidental.
- Septentrional. - Arinos médio.
- T a p p i r a q u i a oriental.
Districtos. - M e r i d i o n a l , ou C a m a p u a n i a .
- Matogrosso occident.
- Médio. - Crtyabá médio.
- Bôtórónia oriental.
Os r i o s T a c o a r y , C o c h i m , C a m a p u a n , e P a r -
Tom. I. LI
266 Província
do . cujas origens sam vizinhas, e as correntes
oppostas, separam o Districto meridional ou Ca-
mapuania do Medto , cujo limite septentrional he
uma cadêa de montes , que nâ latitude de treze
gráus, ou com alguma diferença , se estende L. O.
e donde emanam .'o Paraguay , e seus primeiros
ramos , para o Sul, e os que formam os Tapajóz.,
e o Xingú para o septentriSo.
Camapuania.
c e r d o t e s ; e em l u g a r de m é d i c o s , e c i r u r g i õ e s h a
e n t r e elles u n s d e n o m i n a d o s unigénitos , q u e n ã o
passam d e p r e t e n d i d o s a d e v i n h a d o r e s , e s u p e r s t i -
ciosos c h a r l a t ã e s , a b s o l u t a m e n t e destituídos d a -
q u e l l e s escaços conhecimentos d e c u r a t i v o , q u e
se n o t a m em o u t r o s s á l v a g e s m e n o s f a m i g e r a d o s .
C u r a m os d o e n t e s c h u p a n d o a p a r t e dolorida , e
l a n ç a n d o a saliva n u m a c o v a . Diz-se q u e n ã o f a -
zem uzo de beberagens.
Crêm que ha um E n t e Creador de tudo , a o
q u a l n ã o t r i b u t a m g e n e r o a l g u m de culto ou h o -
m e n a g e m , n e m r e c o r r e m ainda nas occazioes dos
maiores a p e r t o s da v i d a , ou calamidades publicas ; -
e u m espirito i n f e r i o r d o t a d o d e i n t e l l i g e n c i a sum-
ma , a i n d a do f u t u r o , ao q u a l d e n o m i n a m nani-
gogigo: a d m i t t e m a i m m o r t a l i d a d e da alma ; m a s ,
a o q u e p a r e c e , n ã o t e m idéas d e r e c o m p e n s a s
f u t u r a s p r o p o r c i o n a d a s á c o n d u c t a d a v i d a ; cui-
d a n d o q u e as almas dos capitães , e dos uni-
génitos se d i v e r t e m depois d a m o r t e , e q u e
as do p o v o v a g u ê a m em t o r n o do c e m i t é -
rio.
O q n e mais a c r e d i t a os unigénitos , h e a p r e -
t e n d i d a f a m i l i a r i d a d e com o nanigogigo , de q u e
o p o v o os c o n s i d e r a p r i v i l e g i a d o s , e p o r c u j o mi-
nistério cuidam alcançar o que pertendem saber.
O m a c a u h a n h e um passaro tão a g o u r e i r o e n t r e
os G u a y c u r i í s , q u a n t o : seus gritos lhes sam i n i n t e -
l i g í v e i s , E m elle g r i t a n d o , a noite s e g u i n t e h e d e
g r a n d e i n c o m m o d o , e t r a b a l h o ao umgenito, que
a passa i n t e i r a , ora c a n t a n d o d e s a b r i d a m e n t e , o u
i m i r a n d o o c a n t o d e d i v e r s o s passaros , sacudindo
a o mesmo t e m p o u m a c a b a ç a com b a s t a n t e s seixi-
n h o s d e n t r o , ora c h a m a n d o o nanigogigo, para
q u e l h e i n t e r p r e t e o a n n u n c i o d o passaro. O mes-
mo p r a t i c a m , q u a n d o p e r t e n d e m saber se u m
d o e n t e h a de m o r r e r , ou e s c a p a r ; e se h ã o d e
Tom, I. Nn
282 Província
Emmaracayá
Gatot Braça yá Perixene
Homem Apuába Hulegre.
E'ma Apacanigo.
Abestniz Guaripé
Adevinhador Page Unigénito.
Demonío Anhanga Nanigogigo.
Muitos Onhy.
Cetá Oleó.
Muitas
Não. Aan, Eríma: aanireá, aaniri (59) Ayeá.
As terras , por onde correm o Igatimy , Es*
copil, e Miammaya , sam habitadas pelos índios
Cahans , que quer dizer gente do matto , por
morarem somente dentro dos bosques com medo
dos Guayçurás, que só andam por campinas , .on-
de se lhes facilita a marcha dos cavallos, segun-
do o seu costume depois que os possuem. Vivem
em aídêas de maior , ou menor numero de cazas ,
e famílias: Cóo) pintam-se d* u n i c ú : furam o bei-
ço inferior , e mettem-lhe um cilindro de certa re-
zina transparente como cristal , seguro com uma
cavilhina na extremidade superior. Arco, e fle-
cha "sara as suas armas feitas com instrumentos
de. pederneira , e dentes de porco afiados. Culti-
vam* entr* outros mantimentos uma exceliente cas-
ta *de mindubim assaz graúdo. Fazem plantações
d\algodoeiros, cuja Ian sabem fiar , e tecer por
íim methodo particular. Seu vestuário consiste nu-
ma sorte de ponche quazi talar, com forma de
Cuyabá.
Bororonia.
Juruenna.
Tappirtiquia.
Tom. /. Rr
VII.
P R O VDEÍ N C I A
G O Y A Z .
Cayaponia.
Goyaz. N a Parte Occidental.
NovaBeyra.
Rio dasVelhas.
Parannan. Na Parte Oriental.
Tucantins.
Cayaponia.
Tom. I. •V»
338 Provinda
Nova Beyra.
Districto do Tucantins.
/"Natividade.
Povoações principaes. < Carmo.
[_Chapada.
Districto do Parannan.
S. Jozé.
S. Félis.
Trahiras.
Cavalcante.
Povoações principaes. Conceição.
Aguaquente.
Arrayas.
S. Domingos.
Flores.
De Got/d%. 345
'Meia-Ponte.
Santa Luzia.
Povoações principaes." S a n t a C r u z .
S. Domingos.
Desemboque.
Meia ponte , a m a i o r , a mais florCcente, e
commerciante Povoação da P r o v i n c i a depois d a
Capital , da qual dista vinteseis léguas p a r a L e s -
t e , está j u n t o ao rio das A l m a s , q u e a i n d a he
p e q u e n o . Tem uma I g r e j a P a r r o q u i a l da I n v o -
cação de Nossa Senhora do R o s a r i o , q u a t r o H e r -
midas , tres dedicadas também a N o s s a S o n h o r a
com os Títulos do Carmo , Lapa , e Roçado dos
P r e t o s , o u t r a do Senhor do Bom Fim 5 u m H o s -
pício d'Esmoleres da T e r r a S a n t a , Foi f u n d a d a em
mil setecentos t r i n t a e um. He cabeça de J u l g a -
do , abastada de c a r n e , e peixe , e tem professor
r é g i o de Grammatica L a t i n a . Seus h a b i t a n t e s , e os
d e seus arredores recolhem milho , trigo , f a r i n h a de
m a n d i o c a , tabaco , algodão , assucar , algum c a f é ;
criam gado v a c c u m , e muitos p o r c o s : f a b r i c a m
tecidos de Ian , e d'algodão ; o q u e a f a z conside-
r a r como o berço , e centro da a g r i c u l t u r a , e
industria na província.
Os comboios da C a p i t a l , e do C u y a b á , que
v a m p a r a a M e t r o p o l e , ou S. P a u l o , ou B a h i a ,
aportam a q u i , onde cada q u a l toma o caminho do
seu destino.
N a s suas v i z i n h a n ç a s ha loizas l i z a s , e elas-
t i c a s , que c u r v a m , e t o r n a m ao seu- n a t u r a l sem
deffeito.
E m distancia de cinco l é g u a s p a r a L e s n o r -
deste estam os M o n t e s P y r e n e o s , de cujas f a l d a s
emanam t o r r e n t e s p a r a os q u a t r o pontos cardi-
naes.
T r e z e léguas a Leste de M e i a p o n t e , n a vi-
De Goyaz 353
zinhança d'uns vistozos outeiros denominados Mon-
tes Claros , ha uma Hermida dedicada a Santa
Luçia, que ornou largo tempo o arruinado ar-
rayal de Santo Antonio.
O medíocre , e abastado Arrayal de Santa
Luçia , ao qual deu nome a Padroeira da M a t r i z ,
que o orna , duas léguas arredado da estrada de
Paracatii , quazi em igual distancia do rio de Pont*
alta , e S. Bartholomeu , cinco léguas ou com pou-
ca differença de cada um, numa paragem amena,
sadia , e abundante d'aguas , he cabeça de Julga-
do , e tem uma Hermida de Nossa Senhora do Ro~
çario. Fazem-se nelle bons queijos, emarmelada.
Nos seus contornos cria-se muito gado vaccum»
riqueza de seus habitantes. Fica obra de vinte lé-
guas a Lessueste de Meiaponte.
O pequeno, e abastado Arrayal de Santa
Cruç , com uma Igreja Parroquial de Nossa Senho-
ra da Conceição, he dos mais antigos da província ,
e cabeça de Julgado: Uca obra de trinta léguas
ao Susueste de Meiaponte, na estrada de S.Pau-
lo , pouco afastado da margem esquerda do rio
Pary , donde todo o povo bebe, e obra d',uma
milha do môrro do Clemente , abundante d'oiro ,
em cuja extração ainda não se principiou por fal-
ta d*agua ; porque segundo o axioma dos minei-
ros , " um monte d*oiro não vai nada , se elle
não tem agua. „ Seus habitantes sam agriculto-
res, e criadores de gado.
No seu districto estam as Caldas do mesmo
nome ; sam diversas fontes de differentes gráus de
calor , em pouca distancia umas das outras. Mui-
tas pessoas tem experimentado melhoras com os
seus banhos. Suas aguas juntas formam a ribeira
das Caldas.
Quazi no meio do intervallo de Santa Cruz
para Meiaponte, e também na estrada fica o pe-
Tom. 1.
354 Provi n cia
Yy ii
VIII.
P R O V Í N C I A
D E
MINAS GERAES.
Comarcas. Villas.
Villa Rica. - - Villa Rica.
Marianna.
S. Joam cl* El-Rey.
S. Jozé.
QueliAz.
S. Carlos de Jacuhy.
Rio das Mortes
S. Maria de Baependy.
Campanha.
Barbacena.
Tamanduá.
Villa do Principe.
Serro dó Frio, » Fanado.
Sabará.
Cahy te.
Sabará. • - • - Pitanguí.
Paracatú. (85)
por uma escada de rocha «fe mais d' uma milha de compri-
mento , e vai cahir na Guaílacho do SuU.
De Min cts Geraes 373
Em distancia de duas léguas ao Nordeste de
Marianna , junto ao Arrayal de Antonio Pereira
(seu fundador}, num morro , que fica no fim d'uoi
vaile ameno , está uma gruta , obra da Natureza,
convertida pela devoção em uma Capellinha dedi-
cada a N. Senhora da Lapa, onde todos os Sab-
bados ha Missa cantada, e uma Festividade a
quinze d* Agosto. No tecto, que he de pedra cal-
caria , ha vários estalactites , ou como pedaços
de cristal formados pela filtração da agua , que se
congella.
Quatro léguas ao Norte da mesma Cidade está
o Arrayal, e Freguezia do Inficionado , ao qual
deu este nome a quebra do seu oiro , que sendo
a principio mui subido, era ao depois inferior; de
sorte que ficou chamando se oiro inficionado. He
patria do Poeta, que compôz o Poema do Cara
rnurú. A sua Matriz he dedicada a N. Senhora cie
Na^aréth : e seus habitantes cultivam os viveres
do paiz, criam gado , e mineram.
Catas Altas de Mato dentro , noutro tempo
Arrayal grande , e florecente , ornado com uma
Igreja Matriz dedicada a N. Senhora da Conceição ,
tem decaindo com a falta do oiro. Os profundos
succavões, que se fizeram para o tirar do centro
da terra, deram-lhe o nome. Seus habitantes sam
agricultores , mineiros, e criadores de gado. Fica
duas léguas arredado do precedente.
Pouco mais de duas léguas afastado de C. Al-
tas ' fica o grande , commerciante , e florecente
Arrayal de S. Barbara junto á Ribeira do mesmo
nome , ornado com vários Templos , e promettendo
considerável aumento. Seus moradores criam ga-
do , cultivam mantimentos , e tiram oiro.
Tres léguas distante de S. Barbara está o Ar-
rayal dos Cocaes com ricas minas de oiro no dis-
tricto da Parroquia de S.João do Morro grande.
374 província
,Rio das Mortes.
F I M DA PRIMEIRA PARTE.
403
Í N D I C E
Algodoeiro JO6
A Babás 293 A l j ô f a r «91
Abayré 383, 39° Alma de gato 77
Abelha 74 . 75 Almas 323 , 34 2 » 35 1 •
Abuná 10 , 3°5 384 . 394
Accarahy 1 6a , 192 A l me cega JIO
Accary 385 Almeidas 216
Accroás 336 Amambaliy 206 , 273
Agatha 57 Amambuhy 266 i 273
Agua-ardente I I 3 Amaro S. 150 soo , 817
Agua-çuja 397 Amaro-Leite 5 05
Aguas-marinhas 57 Amhuzeiro 96
A g u a p e h y 10, 205> 288, Ameixieira 95
290 Americanas 395
Agua-quente 345 Ametista 3<5r
Aguas-thermaes r87 Amiantho 57
Ajetahipeta 95 Amoreira 219
Aimborés ou A y m o - Ananaz 112'
rés 5 6 , 3 77 » 394 Andayhá 383 » 301
Aipim 115 Andiroba IOI
Alagado IÇO Angeíim 108
Albardão 139 A n g e l o S. 178
Albuquerque «95 A n g i c o 110
Alcaçuz 362 Anlranduhy 268
A l d ê a Maria 337 Anhangá 5.8
.Alecrim 95 , 109 , Anhemby 210
Alegre 209 An b nn heca nhn va 358
Alegres 39 1 ;Anhuma ou Inluima 86
Alface 95 Anhupoca 272
Alfazema 95 Anil 113
Algarrobas 168; Anuicans 328 . 3 3 7
Fff
404 ÍNDICE
Anta 61 , 334 Ara xá 354
Antimonio 361 Arêas 190, 241 35*
Antonina 227 A r gila 57 . 361
Antonio Alves 137 Argoeiro IOH
Antonio Fel is 191 Aricá 12 6 • 129
Antonio Lopes 140 Arinos , 309
Antonio Pereira 373 Aristoloquia no
An um 78 Armadilho 141
Apiahy 209, 213 , 245 Arpista 119
Apostolos 169 Arraya 299, 348
Appa
CO
298 Arrependidos \
cí.
r-.
384
Appary 33i Arroyo da China 168
Appiácás 308 Arroyo-grande 136 > 184
Appinagés 338 Arroyo da palma 136
Apucaranna 204 Arroyo das pedras 136
Araassoiava aògf Arroz 272 , 299
Araçá *37 . 287 Arruda 95
Araçá- mirim 104 Assumpção 164 , 374
Aracary 190 Assunguy 228
Aracys 311. 312 Atibaya 243
Aracuan 85 A t ta in
Araés 311 Azevedo 310
Araguay ou Ara- Azulão 79
guaya 326
Aranhahy ou A r a . Babiraquá 130
manny 272 Babitonga 190
Aranha 73 » *95 Bacalhau 343 > 34<5
Araponga 78 Baccahirys 302 , 303
Araquara 2Q3 . 2ÍI Baccurys 308
Arara , araruna fc8 , 382, Baccuhy 191.
Ararangua 184 Baepondy 370
Ararapira 2r6 Bagáda de S. Fé . Jó 8
Arari taguaba 245 Bagagem 343 » 34<5
Ararys 367 Bali y a 290
Arassary 93 Bahia Negra 295
Arassualiy 393 Bahia dos Pinheiros 215
Araticu 97 Baliu 139
I N D J C E 405
00
M
r-
198 ,289 Tapiranga 92
S. Paulo 200 »234 Tapirapuan 291
S.Pedro 117 , X30 »134 Tappes *57 . * 7 '
S. Pedro d* Alcan Tappirapes , Tappira-
tara 343 .381 ques 3"
S.Pedro d'El-Rey 300 Taramandabú 139
S.Rita 335 346 .385 Taruman "3
S. Romão 39° Tatu 7?
S. Sebastião ,238 Tavares 194
00
K»