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e


BoiIaIa I
I
em
“AQUI SE PLANTA, AQUI SE COLHE”

Volume 6
1a edição

Rio de Janeiro — 2016


Criação © Júlio César de Moraes
Edição 2016 © Editora Kimera

Texto: Ana Maria de Andrade


Ilustração: Eronildo Luiz da Silva
Arte Final e Cores: Donizeti Amorim

Coordenação editorial: Ana Maria de Andrade


Revisão: Claudia Gouvea
Produção editorial: Vanderlei Sadrack
Projeto gráfico: ArtePlusBrasil.com

Grafia atualizada segundo o Acordo Ortográfico


da Língua Portuguesa de 1990, em vigor no
Brasil desde 1º de janeiro de 2009.

Ao comprar um livro, você remunera e


reconhece o trabalho do autor e de muitos
outros profissionais envolvidos na produção
e comercialização das obras: editores,
revisores, diagramadores, ilustradores, gráficos,
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e encarece os livros que você compra.

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE

B869.8 César de Moraes, Júlio,


Recicladinho e Caboclinho em “Aqui se planta,
aqui se colhe” / Júlio César de Moraes - Rio de Janeiro -
Kimera, 2016. A todas as crianças,
88 p. il. color. ; 23 cm.

ISBN 978-85-68883-29-7 que veem a natureza com os olhos do coração


1. Literatura infantojuvenil brasileira. I. Eronildo Luiz
da Silva, II. Título.
e fazem do nosso mundo um lugar melhor para se viver.
12-2587 CDD: 028.5
CDU: 087.5

EDITORA KIMERA
Tels.: 55 21 3149-9719 / 95908-1119
www.editorakimera.com
Hoje é o dia do aniversário do Julinho. Para comemorar,
sua mãe preparou um lanche gostoso, bolo e docinhos.

Todos os amigos já chegaram. Vovô Tuca e vovó Tonha


também. Julinho espera ansioso para soprar as velinhas.
Afinal, dia de aniversário só acontece uma vez por ano!

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Quando abre os presentes, Julinho fica muito contente!
Ganha uma bola, um carrinho, um avião, uma mochila e um boné.

— Oba!

Gosta de todas as
lembranças que ganhou
dos amigos.

Mas o seu presente preferido


sempre será o que recebeu da
árvore Guardiã das Florestas, há
algum tempo: o amuleto mágico.

Com ele, Julinho se transforma


no super-herói Recicladinho e ganha poderes incríveis!

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Está sempre pronto para salvar o planeta Terra da destruição.
Este é o seu segredo!

Por isso, o amuleto mágico


fica guardado no seu bolso.
Quando menos espera,
Julinho pode ser chamado
para uma missão.
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Chega a hora de cantar o “Parabéns, pra você!”
e receber o carinho das pessoas que o amam.

Depois de comerem o bolo, vovô Tuca entrega o seu presente.


Julinho fica curioso e quer logo desembrulhar o pacote!

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É um livro sobre a Amazônia. Que legal!

Vovô Tuca explica que esta é uma região


muito importante para o nosso planeta.

Lá, existe um dos maiores rios do mundo,


o rio Amazonas.

E também uma das maiores


árvores da Terra: a sumaúma.

Julinho sorri e agradece:

— Obrigado, vovô!

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Depois de todos irem embora,
Julinho corre para pegar o livro que ganhou.

Lendo, descobre que muitas árvores


da floresta são derrubadas e queimadas,
e que os rios sofrem com a poluição.

— Por que isso acontece?

“Se o vovô Tuca disse que a Amazônia


é tão valiosa, por que as pessoas
fazem isso?” — pensa.

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No outro dia, Julinho leva — E você sabia
o livro para a escola e mostra que nós temos um amigo
à professora Flora. da nossa turma que nasceu
na Amazônia? — continua.
— Professora, você sabia
que a Amazônia é um dos — Não, eu não sabia!
lugares mais bonitos do nosso Quem é ele? — pergunta
planeta? Julinho, surpreso.

— É mesmo, Julinho? — diz


a professora, sorrindo.

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Professora Flora apresenta — Bem-vindo, Cauã! — dizem todas as crianças, com alegria.
o novo amigo que acaba
de chegar: — Obrigado! — diz ele, meio encabulado.

— Cauã, você pode nos contar sobre a cidade onde nasceu?


— Seu nome é Cauã.
— pergunta a professora.
Hoje, é o seu primeiro dia
na nossa escola! — Sim, posso! Eu nasci na cidade de Manaus, no estado do
Amazonas.

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— Na minha cidade, acontece uma festa linda:
— Lá, existem muitos rios e a Festa do Boi! Tem muitas comidas gostosas
uma floresta enorme. Pessoas do mundo inteiro e também o Teatro Amazonas, um dos mais
viajam horas e mais horas, só para ver de perto antigos do Brasil.
tanta beleza — diz Cauã.

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Julinho está fascinado, com olhos brilhantes Há os índios, que vivem nas aldeias. E ainda os povos
e ouvidos bem abertos. da floresta.

Cauã conta mais: A Amazônia é tão grande, tão grande, que existem
— Algumas pessoas moram na cidade, em terra firme. animais e plantas que os homens ainda não conhecem.
Outras em comunidades de casas flutuantes.

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Julinho volta para casa, sonhando...

“Como deve ser linda a Amazônia.

Cauã disse que é um tesouro do


planeta Terra!

Quero saber tudo sobre este lugar.”


— pensa ele.

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Assim que volta da escola, Julinho logo quer
ler o seu livro. Deita no sofá e suspira:
— Ah, ler é muito bom...

De repente, quando está folheando


uma das páginas, ouve uma voz
que vem de dentro do livro:

— Tenho mais uma missão para você


— diz a voz envelhecida
e arrastada.

Julinho leva
um susto!
Uau! É a árvore
Guardiã das Florestas!

— O que está fazendo


aí dentro? — pergunta ele, admirado.

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Julinho mal pode acreditar
no que está acontecendo.

Não consegue tirar os olhos do livro.

Aos poucos, sente que


é puxado para dentro dele!

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Julinho se dá conta de que não é mais um menino, se transformou
no super-herói Recicladinho.

— Árvore Guardiã das Florestas,


onde eu estou? — pergunta, Está com o amuleto
um pouco zonzo. mágico no pescoço e
vestindo a camisa verde.
— Você está no Amazonas
— responde a árvore. Neste momento, ouve
um som misterioso que vem
em sua direção.

— Ssssssss, Recicladinho....
Ssssssss, olhe aqui...

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É uma cobra gigantesca, com a pele transparente e luminosa.
Os olhos são reluzentes como o fogo.
— Quem é você?
— Eu sou a Boitatá! Viajo pelo Brasil inteiro, mas hoje
vim aqui só para encontrar você. Eu protejo as florestas
dos homens que maltratam as árvores.
Vamos, tenho pressa... ssssssss...

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A Boitatá começa a correr em uma velocidade fantástica! Consegue deslizar pelo chão e pelas árvores, igual a uma cobra.
Recicladinho também. Parece até que não tem pés. — São os meus poderes de super-herói!

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Em minutos, passam por muitas árvores altas
e rios largos. Recicladinho fica maravilhado:

— O Amazonas é demais!
Bem que Cauã falou.

A Onça-pintada arregala os olhos:

— Como esses dois podem ser


tão velozes?

— Nem eu corro tanto assim...


— ruge, dentro da sua toca.

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Quando chegam a um lugar afastado da floresta,
a Boitatá para: — Veja, Recicladinho! Este pedaço da
floresta está morto.

Os homens derrubaram as árvores para usar a madeira.


Outras foram queimadas para abrir espaço na mata.

Quando queimam, podem provocar incêndios.

Do outro lado, ainda há fumaça.


Alguns homens recolhem os pedaços
de madeira.

— Eu tomo conta das florestas,


para que novos incêndios e desmatamentos
não aconteçam — diz a Boitatá.
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A cobra gigante rasteja Imitando um pássaro, chama a atenção
e se enrosca na amiga Seringueira, dos homens. Eles se aproximam curiosos:
ficando camuflada.
— Que pássaro é esse?
Recicladinho entende qual é — Eu nunca ouvi...
o plano da Boitatá e se esconde
atrás de um tronco.

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Assim que os homens
— Não consigo enxergar, socorro!
chegam mais perto, a Boitatá
— gritam os homens.
fica iluminada. A sua luz é tão
forte, tão forte, que eles ficam
Enquanto isso, Recicladinho fala
quase cegos:
com “voz de árvore da floresta”:

— Vocês estão me queimando...


Ai, ai, ai! Estou sentindo
muita dor...

— O que é isso,
a árvore tá pegando
fogo, sozinha?

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Os homens saem correndo em disparada:

— Socorro, uma árvore que fala!


— Acho que ela tá vindo atrás de nós!

Recicladinho e Boitatá correm mais do que eles...


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... e param bem na sua frente! — Sim, a-a-acho que
po-po-po-demos fazer diferente...
— Precisamos proteger a floresta. Queimar árvores — responde um dos homens,
pode ser muito perigoso — diz Recicladinho. gaguejando de medo.

— Se não cuidarem, um dia a floresta acabará! — Eles têm razão, compadre.


E isso me deixa em chamas! — fala a Boitatá, Derrubamos e queimamos árvores
soltando labaredas pela boca. e não plantamos outras...
— diz o outro,
envergonhado.

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— Então, que tal fazer um mutirão? — Enquanto vocês
— pergunta Recicladinho. chamam as pessoas, nós
— Um mutirão? vamos buscar as mudas e as
— Isso, o mutirão Amigos da Natureza! sementes. Combinado?
Podemos reunir toda a comunidade para ajudar — pergunta a Boitatá,
e plantar novas árvores! O que acham? soltando fagulhas.

— Combinado! — dizem eles.

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Assim que os homens saem, a Boitatá chacoalha
o seu rabo gigante. O som do seu chocalho ecoa
por toda a selva!

De todos os cantos, aparecem muitos animais.


Cada um deles traz uma planta diferente
e sementes coloridas.

Em poucos minutos, a clareira está cheia


de novas árvores para plantar.

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Depois de algum tempo, os homens voltam em seus barcos, Logo a alegria se espalha! E o mutirão é convocado:
trazendo muitas crianças com seus pais.
— Nós somos os Amigos da Natureza! Vamos plantar árvores
Chegam meninos e meninas de todos os arredores. neste pedaço da floresta. Vocês querem ajudar?
Alguns moram na cidade, outros nas casas flutuantes, — pergunta Recicladinho.
outros nas aldeias indígenas.
— Sim, queremos! — as crianças respondem alto.
“Do jeitinho que Cauã contou na escola...” — Então, mãos à obra!
— lembra Recicladinho.

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Com os poderes de super-herói, Os tambaquis espirram
Recicladinho também convoca os bichos. a água do rio sobre a plantação,
para a terra ficar fresquinha
Com as patas e as unhas, eles e as árvores crescerem mais rápido.
afofam a terra e fazem buracos
para todos plantarem.

Todos riem da
chuva que os peixes
inventaram.

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Muitos e muitos anos passarão,
Depois do trabalho pronto, dão as mãos.
até as árvores darem frutos.

Com uma grande roda,


Nos braços da Sumaúma,
pessoas e animais,
a Boitatá ilumina a roda,
abraçam a floresta
com o encanto da sua luz.
e dizem juntos:

A floresta é mágica...
— Aqui se planta,
aqui se colhe.

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As crianças agradecem: — Não vão embora, ainda não... — ele pede.
— Para a Amazônia viver, também precisa de água limpa.
— Obrigado, Recicladinho, Há muito lixo nos rios. Vamos fazer mais um mutirão? Desta
por nos ensinar a como cuidar da floresta. vez, para limpar os rios!

— Oba, vamos! — dizem


as crianças entusiasmadas.

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Todos entram nos barcos.

Recicladinho vai à frente


e a Boitatá mergulha atrás.

O Pirarucu e o Boto-cor-de-rosa
ouvem tudo e querem ir também.

Por onde os barcos passam,


Recicladinho e seus novos amigos
pegam o lixo que boia na água.

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Param nas comunidades ribeirinhas
e Recicladinho diz aos moradores:

— Vamos separar os materiais.


Podemos aproveitar o que parece lixo
e nossos rios ficam limpos!

Ensina a fazer os cestos coloridos


da coleta seletiva, e até o Bicho-preguiça
entra no mutirão.

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Nas aldeias indígenas, conversam sobre o desmatamento
e as queimadas.

— Os índios têm muito a nos ensinar, eles sabem cuidar


da floresta com amor – diz Recicladinho.

Depois de aprenderem
com o cacique os ensinamentos
ancestrais, as crianças brincam
e dançam.
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No porto de Manaus, os Amigos da Natureza
são recebidos com muita animação:

— Vamos cuidar das nossas águas e peixes!


— as crianças gritam.

— Nós moramos em um dos lugares


mais bonitos do planeta Terra!

— Não podemos jogar lixo nos rios


e nem destruir as árvores!

Os moradores aplaudem.
Alguns barcos saem do porto
e acompanham o mutirão.

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Quando chegam ao encontro dos rios Negro e Solimões, — Levaremos essa mensagem para os nossos países.
os turistas acenam do barco, tiram fotos e dizem: Viva a Amazônia e a preservação da natureza!

— Que lindo, um mutirão com muitas crianças. Nós também


queremos ajudar!

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No final da tarde, o mutirão havia percorrido
muitas comunidades. O lixo recolhido dos rios
foi levado para a cooperativa de reciclagem.

Já cansados, encostam os barcos


na praia da Ponta Negra e tomam um refresco
de açaí bem geladinho.

Foi um dia inesquecível!

Os Amigos da Natureza combinam, daquele dia em diante,


fazer mais mutirões para defender a floresta.
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Recicladinho fica na praia. O arco-íris aparece
nas gotas de chuva morna.

A Boitatá desaparece nas águas cintilantes.

Ele fecha os olhos, sente a brisa


e ouve uma voz doce...

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— Julinho, Julinho... Meu filho, vamos almoçar? — Está bem, quanta imaginação...
Assustado, ele abre os olhos! Tem nas mãos o livro — diz a mãe, achando graça.
que ganhou de presente do vovô Tuca.
Vamos almoçar, depois você me conta
— Mãããe! Eu entrei no livro! Eu estava na praia, agora! essa história.
Lá, no Amazonas.

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No outro dia, Julinho conversa com Cauã e os amigos sobre o E Cauã fica encucado... “Ué, como ele sabe disso tudo?
Amazonas. Eles escutam atentos e perguntam sobre a Boitatá, a Será que nasceu lá também?”
floresta, os rios, a poluição e o desmatamento. Julinho responde
a todas as perguntas.

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Quem é Recicladinho? Quem é a Boitatá?
Recicladinho é um super-herói, ainda menino, que não poupa esforços Conhecida como “fogo que corre”, a boitatá é uma grande cobra de fogo.
para salvar da destruição o mundo em que vivemos. Usa uma camisa verde Este bicho imaginário foi citado pela primeira vez em 1560, num texto do
com o seu símbolo no peito. Tem poderes incríveis. É veloz como o urso. padre jesuíta, José de Anchieta. Na língua indígena tupi, “mboi” significa
Vê e ouve como a águia. Vai de um lugar a outro como em um passe de cobra e “tata” fogo.
mágica. Consegue conversar com os bichos e as plantas. De acordo com a lenda, a boitatá protege as florestas das pessoas
Por ser um menino que ama a natureza, foi chamado por Elus, a árvore que provocam queimadas. A boitatá vive
Guardiã das Florestas, protetora do planeta. Ganhou o amuleto mágico e dentro dos rios e lagos e sai para assombrar
ensinamentos ancestrais que o ajudam nas missões em as pessoas que praticam incêndios nas matas.
defesa da vida na Terra. Possui a capacidade de se transformar num
Quando não está em uma missão, Recicladinho é Julinho, um menino tronco de fogo e passa grande parte do tempo
esperto, estudioso e feliz. Ama sua rastejando pelas florestas na escuridão da
família, seus amigos, sua escola, noite. Algumas versões da lenda contam que, se uma pessoa
sua cidade e, claro, seus bichinhos estiver colocando fogo na floresta e encontrar com a boitatá,
de estimação. será castigada. Poderá morrer, ficar cega ou até mesmo
Sempre que pode, visita o sítio enlouquecer.
do vovô Tuca e da vovó Tonha. Também é conhecida como Baitatá, Biatatá,
Ouve muitas histórias sobre a Bitatá, Batatá e Batatão, termos
natureza e sonha com os seus usados em diferentes regiões do
mistérios e encantos. Brasil para designar o fenômeno
do fogo-fátuo, do qual
Conheça o site do Recicladinho e sua turma derivam algumas

www.recicladinho.com.br entidades míticas do


folclore brasileiro.
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O que descobrimos com a história?
A Onça-pintada ficou assustada com a velocidade da
Boitatá. Você sabia que a onça é um animal-símbolo
do Amazonas? Várias lendas e fábulas contam
Julinho conheceu a Amazônia ao ler o livro que ganhou
histórias sobre a “pintada”, como é chamada pelos
de presente do Vovô Tuca. Você sabe onde fica a
moradores. Faça uma roda de leitura com os seus
Amazônia e seus segredos? Pesquise e descubra. Você
amigos, conte muitos “causos da onça” e divirta-se!
irá se surpreender com as suas riquezas e mistérios. E
ainda poderá confeccionar um livro com o material da
sua pesquisa!

Os indígenas vivem em aldeias escondidas na


A Boitatá mostrou ao Recicladinho de que forma floresta. Eles ensinaram ao Recicladinho e aos seus
defende a floresta das queimadas. Outros personagens amigos a usarem a natureza com sabedoria. Você
do folclore brasileiro também defendem as florestas. já participou de uma festa indígena? Organize uma
Você sabe quem são eles? Com criatividade e arte, você em sua escola. Será um dia inesquecível e de muitos
poderá montar uma galeria de personagens e convidar os ensinamentos!
seus amigos para uma bela exposição...

Os moradores aprenderam com o mutirão “Amigos


Cauã tem orgulho do lugar onde nasceu, a cidade de da Natureza” a fazer coleta seletiva e não jogar
Manaus, no estado do Amazonas. Você conhece pessoas lixo nos rios. E você? Sabe fazer a coleta seletiva?
que nasceram em cidades diferentes? Que tal entrevistar Converse com o Recicladinho e aprenda como se faz.
as pessoas da família e da escola e trocar experiências É fácil e muito divertido! E a natureza agradece...
com os amigos? Monte um álbum com as suas fotos e
histórias!

O Boto cor-de-rosa ajudou o mutirão “Amigos da O Boi é um personagem muito querido do Amazonas.
Natureza” a limpar os rios e a proteger centenas de Todos os anos, Cauã vai à “Festa do Boi”. Conheça
espécies de peixes que ali vivem. Conheça a lenda do esta tradição e dê asas à criatividade... Que tal criar
Boto-cor-de-rosa e a sua importância para o equilíbrio do o seu boi e cair na folia com Cauã e seus amigos?
ecossistema. Seja você também um amigo da natureza!

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Como foi feito este livro?

Júlio César Santos de Morais é o idealizador Eronildo Luiz da Silva, o Nill, é quadrinhista,
do personagem Recicladinho e da coleção “Uma ilustrador, escritor e músico autodidata. Trabalha
Viagem pelas Lendas”. Formado em Relações profissionalmente na área de comunicação
Públicas, pós-graduado em Gestão Ambiental, visual desde os 16 anos de idade, tendo passado
ambientalista e presidente-fundador da ELUS por agências de comunicação, estúdio de arte
AMBIENTAL (Organização da Sociedade Civil de sequencial e assessoria de comunicação. Hoje atua
Interesse Público – OSCIP), desde 2006. Desenvolve no seu próprio estúdio e desenvolve trabalhos em
importantes projetos ambientais, culturais, diversos segmentos de histórias em quadrinhos,
educacionais e sociais em todo o Brasil, atuando capas de livros e ilustrações comerciais.
junto a empresas e escolas. nill_artwork@globo.com
www.elusambiental.org.br

Ana Maria de Andrade é a autora da história Donizeti Amorim foi quem coloriu as
“Aqui se planta, aqui se colhe”. Formada em ilustrações. Desenhista, ilustrador e diagramador,
Comunicação Social, pós-graduada em Educação começou sua carreira em 1989 no estúdio de
e Gestão, escritora, ilustradora, jornalista e arte- capas das revistas Disney, Editora Abril. Logo
educadora, dedica-se à literatura infantil, desde após, foi para a revista Marvel, sendo responsável
2003. Desenvolve projetos de leitura, educação por suas capas até o ano 2000. Atualmente, é
ambiental e responsabilidade social, atuando em diagramador de letras das editoras americanas
empresas e escolas, tendo alguns dos seus trabalhos Marvel e DC, publicadas no Brasil pela editora
premiados no Brasil e reconhecidos em congressos Panini Comics.
internacionais (Colômbia/2012 e México/2015). donnihq@yahoo.com.br
www.anamariadeandrade.com
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OSCIP Elus Ambiental
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público

Uma empresa que pensa no amanhã


Desde 2006, a Elus Ambiental desenvolve importantes projetos
ambientais, culturais, educacionais e sociais em todo o Brasil. O lema global da Honda, Together for Tomorrow (Juntos para o
A coleção “Recicladinho, uma viagem pelas lendas” foi elaborada Amanhã), reflete a postura adotada pela empresa na realização
especialmente para desenvolver a Educação Ambiental a partir da de iniciativas que fazem a diferença na construção de um futuro
literatura infantil. melhor para as próximas gerações. Para isso, a marca sustenta
suas ações em quatro pilares principais: Meio Ambiente, Educação,
Em cada volume, o super-herói Recicladinho encontra um personagem Comunidade e Segurança no Trânsito e desempenha um papel
do folclore brasileiro para viver uma aventura em defesa da natureza. transformador na sociedade, que transcende seu ideal de criar e
Com esta coleção, a Elus Ambiental busca auxiliar a formação de vender produtos inovadores e de alta tecnologia.
crianças e adolescentes para a construção de um modo de vida
sustentável e um futuro menos alarmante. Nesse sentido, consciente da importância da preservação do meio
ambiente, a companhia investe na ampliação da conscientização de
Agradeço a Deus e às minhas queridas filhas, que são o motivo maior crianças e jovens a partir de ações que os transformem em agentes
de minha inspiração, à equipe de profissionais da Elus Ambiental, ecológicos e multiplicadores do tema em suas casas e comunidades.
à confiança depositada pelo Ministério da Cultura (através da Lei Entre as atividades de educação ambiental está a confecção do
Rouanet) e à Honda, patrocinadora da coleção. A vocês, dedico o livro Recicladinho, que ensina os pequenos estudantes a cuidarem
resultado positivo deste trabalho. da natureza de forma didática, lúdica e divertida.

Júlio César Santos de Moraes

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Para pais e educadores Conheça a Coleção
“Recicladinho, uma viagem pelas lendas”
A bacia hidrográfica da Amazônia é a maior do mundo, com cerca
de um quinto do volume total de água doce do planeta. Às suas 1— Saci-Pererê
margens, vivem mais de 24 milhões de pessoas, incluindo mais 2— Curupira
de 342 mil indígenas de 180 etnias distintas, além de ribeirinhos,
extrativistas e quilombolas. Em seus rios, existem cerca de 3 mil 3— Iara
espécies de peixes em 25 mil quilômetros de águas navegáveis. 4— Comadre Fulozinha

5— Caboclo D’Água
Além de garantir a sobrevivência desses povos, fornecendo
alimentação, moradia e medicamentos, a Amazônia tem uma 6— Boitatá
relevância que vai além de suas fronteiras. Ela é fundamental no
equilíbrio climático global e influencia diretamente o regime de
chuvas do Brasil e da América Latina. Desde 1550 até 1970, o
desmatamento não passava de 1% de toda a floresta. De lá para
cá, foram desmatados cerca de 18% da Amazônia brasileira.

Crianças e adolescentes, por meio das relações que mantêm


com o meio ambiente, compreendem uma série de conhecimentos
sobre a natureza e a sua utilização por suas comunidades de
origem, tornando-se assim, importantes agentes de transformação
da cultura local e de proteção ambiental.

Ana Maria de Andrade


Fonte: www.greenpeace.org

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Este livro foi produzido com a fonte Verdana c. 14, impresso
em papel Couchê brilho 150g/m2 (encadernação em capa dura)
e papel Couchê brilho 120g/m2 (miolo),
no inverno de 2016.

EDITORA KIMERA
www.editorakimera.com
Tel. (21) 3149-9719

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