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Aulas 12 e 13

Equações da reta;
Equações do plano

21 e 26 de setembro de 2023
▶ Axioma 1. Dados dois pontos distintos P0 , P1 de R3 , existe
uma única reta r passando por P0 e P1 ao mesmo tempo.

▶ Axioma 2. Três pontos P0 , P1 , P2 de R3 não colineares


determinam um único plano.
▶ IMPORTANTE
←−→
Um ponto P ∈ R3 pertence a reta r = P0 P1 se, e somente se,
−−→ −−−→
os vetores P0 P e P0 P1 são colineares (linearmente
dependentes; paralelos).
▶ Consequentemente, podemos afirmar que
←−→ −−→ −−−→
P ∈ P0 P1 se, e somente se, ∃ t ∈ R⋆ tal que P0 P = t P0 P1 .

Ou seja,
−−−→
P − P0 = t P0 P1
e
−−−→
P = P0 + t P0 P1 .
Equação vetorial da reta

Seja r a reta determinada pelos pontos P0 e P1 .


Então, qualquer outro ponto P ∈ r satisfaz a equação
−−−→
P = P0 + t P0 P1 ,
para algum t ∈ R.
A igualdade acima é chamada equação vetorial da reta r.
Observações.

▶ Para determinarmos a equação vetorial de uma reta r ,


precisamos saber um ponto de r e um vetor → −
v , não nulo, que
tenha a mesma direção de r .
▶ Um vetor → −
v paralelo à direção de r é chamado vetor diretor
da reta r . Notação: →

v r.
▶ Exemplos 1a, 1b, Apostila, p.2.
Equações paramétricas da reta

Sejam
P0 (x0 , y0 , z0 ), P(x, y , z), →

v r = (a, b, c).
Podemos reescrever a equação vetorial da reta r passando por P0
com vetor diretor →

v r como

r : (x, y , z) = (x0 , y0 , z0 ) + t(a, b, c); t ∈ R.

Daı́, encontramos o sistema de equações



 x = x0 + t a
r: y = y0 + t b (1)
z = z0 + t c , t ∈ R,

chamado equações paramétricas de r .


Equações simétricas da reta

Quando abc ̸= 0 (ou seja, quando a, b e c são todos não-nulos),


podemos reescrever as equações do sistema (1) como
x − x0 y − y0 z − z0
r: = = ,
a b c
chamadas equações simétricas de r .

▶ Exemplos 2 e 3, Apostila, p. 3.
IMPORTANTE
Sejam π ⊂ R3 um plano e P0 , P1 , P2 pontos não colineares
pertencentes a π.
−−−→ −−−→
Como P0 , P1 , P2 são não colineares, os vetores P0 P1 e P0 P2 são
L.I. e possuem representantes no plano π.
Ou seja, dado um ponto X ⊂ R3 podemos afirmar que
X ∈ π se, e somente se, existem h ∈ R e k ∈ R tais que
−−→ −−−→ −−−→
P0 X = h P0 P1 + k P0 P2 .
Assim,
−−−→ −−−→
X ∈ π ⇔ X = P0 + h P0 P1 + k P0 P2 ,
com h, k ∈ R.
Equação vetorial do plano



Da relação anterior, observando que P0 X = X − P0 , encontramos
a equação
−−−→ −−−→
X ∈ π ⇔ X = P0 + h P0 P1 + k P0 P2 , h, k ∈ R

chamada equação vetorial do plano π determinado pelos pontos


P0 , P1 , P2 .
Observações.

▶ Para determinarmos a equação de um plano π, precisamos


saber um ponto P0 do plano e dois vetores →−
u,→−v L.I. com
representantes no plano π.
▶ Dizemos que tais vetores →−u,→

v são os vetores diretores do
plano π e qualquer outro vetor com representante nesse plano
é dito vetor paralelo a π.
▶ Dado qualquer ponto P ∈ π existe um único par ordenado
(h, k) ∈ R × R = R2 tal que

P = P0 + h →

u +k→

v.

Analogamente, também podemos afirmar que para cada par


(h, k) ∈ R × R = R2 , existe um único ponto
P = P0 + h →−
u +k→ −
v pertencente ao plano π.
Equações paramétricas do plano

Sejam P0 (x0 , y0 , z0 ) ∈ π e →

u = (a1 , b1 , c1 ) , →

v = (a2 , b2 , c2 )
vetores L.I. paralelos ao plano π. E, sendo X = (x, y , z), podemos
reescrever a equação vetorial de π como

π : (x, y , z) = (x0 , y0 , z0 ) + h (a1 , b1 , c1 ) + k (a2 , b2 , c2 ); (h, k) ∈ R2

que equivale ao sistema de equações



 x = x0 + h a1 + k a2
r: y = y0 + h b1 + k b2 (2)
z = z0 + h c1 + k c2 , h, k ∈ R,

As equações do sistema (2) são chamadas equações


paramétricas do plano π.
▶ Exemplos 1, 2, 3 e 4, Apostila, p.5.
Equação geral do plano
Seja π o plano determinado por Po (xo , yo , zo ), →

u e→

v.
▶ Observação. Sendo P(x, y , z) ∈ R3 um ponto qualquer,
então, pelas propriedades da dependência linear, podemos
−−→
afirmar que P ∈ π se, e somente se, os vetores → −
u ,→−v e Po P
−−→
são coplanares, ou seja, se, e só se, [→

u ,→

v , Po P] = 0.

Então, considerando →−
u ×→ −v = (a, b, c) e
−−→
Po P = (x − xo , y − yo , z − zo ), podemos afirmar que
−−→
P(x, y , z) ∈ π ⇔ [→

u ,→

v , Po P] = 0
−−→
⇔ (→

u ×→ −
v )·P P =0 o
⇔ (a, b, c) · (x − xo , y − yo , z − zo ) = 0
⇔ a(x − x0 ) + b(y − y0 ) + c(z − z0 ) = 0
⇔ ax + by + cz − (ax0 + by0 + cz0 ) = 0 .
Fazendo d = −(ax0 + by0 + cz0 ), podemos reescrever a
equivalência anterior como

P(x, y , z) ∈ π ⇔ ax + by + cz + d = 0 ,
onde d = −(axo + byo + czo ).

A equação ax + by + cz + d = 0 é chamada equação geral do


plano π.
▶ Definição. Um vetor não-nulo é dito normal a um plano π,
definido por Po (xo , yo , zo ), →

u e→

v se, e somente se, é
ortogonal a todos os vetores paralelos a π.
Notação. −n→
π denota vetor normal ao plano π.
▶ Observação. Se a equação geral do plano π é

ax + by + cz + d = 0 ,

o vetor de coordenadas (a, b, c) é normal a π.


De fato, (a, b, c) é paralelo ao produto vetorial →

u ×→

v , entre
os vetores diretores do plano.
▶ Exemplos 1 e 2, Apostila, p. 8.

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