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MANUAL DE CONSULTA

LEGISLAÇÃO SOBRE A QUALIDADE DE


PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL
Organizado por:
FÁTIMA CHIEPPE PARIZZI
ÍNDICE

SUMÁRIO........................................................................................................... 8

LEGISLAÇÃO GERAL .......................................................................................... 9

LEI nº 14.515, de 29 de dezembro de 2022 ..................................................... 10


CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ......................................................................... 10
CAPÍTULO II - DOS PROGRAMAS DE AUTOCONTROLE DOS AGENTES PRIVADOS REGULADOS
PELA DEFESA AGROPECUÁRIA ................................................................................................. 13
CAPÍTULO III - DO PROGRAMA DE INCENTIVO À CONFORMIDADE EM DEFESA
AGROPECUÁRIA ........................................................................................................................ 14
CAPÍTULO IV - DO PROCEDIMENTO DOS ATOS PÚBLICOS DE LIBERAÇÃO DE
ESTABELECIMENTOS E DE PRODUTOS .................................................................................... 15
Seção I - Do Registro de Estabelecimentos .................................................................................. 15
Seção II - Do Registro de Produtos ............................................................................................. 16
Seção III - Dos Critérios para Concessão, Isenção e Simplificação de Registro ............................... 17
Seção IV - Da Rotulagem ........................................................................................................... 17
CAPÍTULO V - DAS MEDIDAS CAUTELARES ............................................................................. 17
CAPÍTULO VI - DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES .......................................................... 17
CAPÍTULO VII - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE FISCALIZAÇÃO AGROPECUÁRIA .... 19
CAPÍTULO VIII - DO PROGRAMA DE VIGILÂNCIA EM DEFESA AGROPECUÁRIA PARA
FRONTEIRAS INTERNACIONAIS .............................................................................................. 20
CAPÍTULO IX - DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS ....................................................... 21
ANEXO – Classificação dos agentes ......................................................................................... 24

LEI nº 9.972, de 25 de maio de 2000 ................................................................ 25


DECRETO nº 6.268, de 22 de novembro de 2007, com as alterações dadas pelo
Decreto 11.130, de 11 de julho de 2022 ........................................................... 28
CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ................................................................. 28
CAPÍTULO II – DA CLASSIFICAÇÃO ......................................................................................... 31
CAPÍTULO III – DO PADRÃO OFICIAL DE CLASSIFICAÇÃO ................................................... 34
CAPÍTULO IV – DA AMOSTRA E DA AMOSTRAGEM ................................................................. 34
CAPÍTULO V – DO CREDENCIAMENTO ..................................................................................... 36
CAPÍTULO VI – DO CADASTRO GERAL DE CLASSIFICAÇÃO ................................................... 36
CAPÍTULO VII – DA FISCALIZAÇÃO ......................................................................................... 37
Seção I - Dos Objetivos .............................................................................................................. 37
Seção II - Dos Documentos de Fiscalização ................................................................................. 38
Seção III - Do Exercício da Fiscalização ....................................................................................... 40
Seção IV - Dos Fiscalizados ........................................................................................................ 40
Seção V - Da Classificação de Fiscalização ................................................................................... 40
Seção VI - Do Quantitativo Classificado em Relação ao Comercializado ......................................... 41
CAPÍTULO VIII – DAS PENALIDADES E INFRAÇÕES .............................................................. 42
Seção I - Das Penalidades .......................................................................................................... 42
Seção II - Das Infrações ............................................................................................................ 42
CAPÍTULO IX - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO .................................................................. 52
Seção I - Das Disposições Gerais ................................................................................................ 52
Seção II - Dos Atos Administrativos ............................................................................................ 52
Seção III - Do Meio de Comunicação .......................................................................................... 54
Seção IV - Da Competência para Julgamento .............................................................................. 54
Seção V - Dos Procedimentos ..................................................................................................... 54
Seção VI - Das Medidas Cautelares ............................................................................................. 55
CAPÍTULO X – DOS PRAZOS ..................................................................................................... 56
CAPÍTULO XI – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS ............................................................................. 57
ANEXO I – Orientações para consulta ao Decreto 6.268/07 (classificação de produtos
vegetais) .................................................................................................................................... 59

DECRETO nº 8.446, de 6 de maio de 2015........................................................ 65


DECRETO-LEI nº 1.899, de 21 de dezembro de 1981 ...................................... 66
PORTARIA INTERMINISTERIAL nº 531, de 13 de outubro de 1994 ............... 69
PORTARIA INTERMINISTERIAL nº 233, de 08 de setembro de 1998 ............ 70
ANEXO I – Taxas de classificação de produtos vegetais ........................................................ 71

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA ............................................................................... 73

Relação dos padrões oficiais de classificação estabelecidos pelo Ministério da Agricultura,


Pecuária e Abastecimento ........................................................................................................ 74

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 8, de 22 de abril de 2014 ................................... 81


INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA nº 54, de 24 de novembro de 2011 ............. 87
ANEXO I – Requerimento ......................................................................................................... 94
ANEXO II – Ficha cadastral do posto de serviço ou unidade operacional ............................. 97
ANEXO III – Glossário ............................................................................................................ 102

INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA nº 30, de 23 de setembro de 2015 .............104


ORIENTAÇÃO TÉCNICA CGQV/DIPOV nº 001/2012, de 17 de fevereiro de 2012
............................................................................................................................105
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 105
DAS MODALIDADES DE CREDENCIAMENTO .......................................................................... 105
DOS REQUISITOS E DA DOCUMENTAÇÃO ............................................................................. 106
DO CREDENCIAMENTO INICIAL PREVISTO NA IN MAPA nº 54/2011 E DA SUA RENOVAÇÃO
.................................................................................................................................................. 108
DA RENOVAÇÃO DOS ATUAIS CREDENCIAMENTOS REALIZADOS PELA IN SARC Nº 2/2001
.................................................................................................................................................. 109
DO FORMATO DO NÚMERO DE REGISTRO DO CREDENCIAMENTO ..................................... 111
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS .................................................................................................... 111
DA LEGISLAÇÃO REVOGADA................................................................................................... 112
ANEXO I – Relação dos equipamentos mínimos para a classificação de produtos vegetais
.................................................................................................................................................. 114

INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA nº 9, de 21 de maio de 2019 .......................128


ANEXO I – Informações mínimas para fins de registro no CGC/MAPA, conforme NR Portaria
SDA nº 487/2021 .................................................................................................................... 135
ANEXO II – Modelo para elaboração do memorial descritivo das instalações e equipamentos
do estabelecimento, conforme NR Portaria SDA nº 487/2021 ............................................ 136
ANEXO III – Termo de compromisso ..................................................................................... 137
ANEXO IV – Modelo para elaboração do fluxograma ou memorial descritivo das instalações
e equipamentos do estabelecimento ..................................................................................... 138

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 97, de 25 de setembro de 2020 ........................139


PORTARIA SDA nº 487, de 22 de dezembro de 2021: altera a IN SDA nº 9 de
21/05/2019 .......................................................................................................140
ANEXO I - Informações mínimas para fins de registro no CGC/MAPA ................................ 142
ANEXO II – Modelo para elaboração do memorial descritivo das instalações e equipamentos
do estabelecimento ................................................................................................................. 143

2|P á g i n a
INSTRUÇÃO NORMATIVA SARC nº 6, de 16 de maio de 2001 .......................145
ANEXO I – Regulamento técnico para arbitragem relativa à classificação de produtos
vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico................................................. 146

INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJUNTA SARC/ANVISA/INMETRO nº 009, de 12


de novembro de 2002 .......................................................................................148
PORTARIA DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA nº 381, de 28 de maio de 2009
............................................................................................................................150
CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ............................................................... 150
CAPÍTULO II – DOS CRITÉRIOS E PROCEDIMENTOS PARAELABORAÇÃO OU REVISÃO DO
POC ........................................................................................................................................... 151
Seção I - Dos Critérios ............................................................................................................. 151
Seção II - Dos Procedimentos................................................................................................... 153
CAPÍTULO III – DOS CRITÉRIOS E PROCEDIMENTOS PARA A APLICAÇÃO DO POC ......... 154
Seção I - Dos Critérios ............................................................................................................. 154
Seção II - Dos Procedimentos................................................................................................... 154
CAPÍTULO IV – DOS CRITÉRIOS E PROCEDIMENTOS PARA O MONITORAMENTO DO POC
.................................................................................................................................................. 154
Seção I - Dos Critérios ............................................................................................................. 154
Seção II - Dos Procedimentos................................................................................................... 154
ANEXO I – Modelo de estrutura para elaboração e revisão do regulamento técnico que define
o padrão oficial de classificação ............................................................................................. 156
CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ..................................................................... 156
CAPÍTULO II – DA CLASSIFICAÇÃO E TOLERÂNCIAS ................................................................. 156
CAPÍTULO III – DOS REQUISITOS E DOS PROCEDIMENTOS GERAIS.......................................... 158
CAPÍTULO IV – DA AMOSTRAGEM ............................................................................................ 159
CAPÍTULO V – DOS PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS OU ROTEIRO PARA CLASSIFICAÇÃO ....... 160
CAPÍTULO VI – DO MODO DE APRESENTAÇÃO ......................................................................... 160
CAPÍTULO VII – DA MARCAÇÃO OU ROTULAGEM ...................................................................... 161
CAPÍTULO VIII – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS ............................................................................. 162

REGULAMENTO TÉCNICO DOS CURSOS DE CAPACITAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE


CLASSIFICADORES DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL, SUBPRODUTOS E
RESÍDUOS DE VALOR ECONÔMICO ..................................................................163
CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................................ 163
CAPÍTULO II – DOS REQUISITOS .......................................................................................... 164
Seção I - Da Realização do Curso ............................................................................................. 164
Seção II - Da Participação no Curso .......................................................................................... 164
CAPÍTULO III – DO CURSO..................................................................................................... 165
Seção I - Das Modalidades ....................................................................................................... 165
Seção II - Do Conteúdo Programático e da Carga Horária .......................................................... 166
Seção III - Dos Instrutores e dos Monitores .............................................................................. 167
Seção IV - Da Supervisão ......................................................................................................... 167
Seção V - Das Medidas Disciplinares e Administrativas ............................................................... 167
Seção VI - Da Conclusão .......................................................................................................... 169
CAPÍTULO IV – DO REGISTRO E DA HABILITAÇÃO .............................................................. 169
CAPÍTULO V – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS ............................................................................ 170

PORTARIA nº 521, de 1º de dezembro de 2022 ..............................................171


CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................................. 171
CAPÍTULO II - DOS REQUISITOS GERAIS ............................................................................. 172
Seção I - Da Entidade Promotora .............................................................................................. 172
Seção II - Do Projeto do Curso ................................................................................................. 172
CAPÍTULO III - DO CURSO ..................................................................................................... 173
Seção I - Do Conteúdo Programático e da Carga Horária ........................................................... 173

3|P á g i n a
Seção II - Dos Participantes ..................................................................................................... 174
Seção III - Do Instrutor e do Monitor ........................................................................................ 175
Seção IV - Da Supervisão e Coordenação do Curso .................................................................... 176
Seção V - Da Avaliação e Frequência ........................................................................................ 176
Seção VI - Das Medidas Disciplinares e Administrativas .............................................................. 176
Seção VII - Da Conclusão do Curso ........................................................................................... 178
CAPÍTULO IV - DO REGISTRO E DA HABILITAÇÃO ............................................................... 178
CAPÍTULO V - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS ............................................................................. 178

PORTARIA SDA/MAPA nº 574, de 09 de maio de 2022 ..................................180


CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................................ 180
CAPÍTULO II – DOS OBJETIVOS DO PROGRAMA .................................................................. 181
CAPÍTULO III – DA COORDENAÇÃO DO PROGRAMA ............................................................ 181
CAPÍTULO IV – DA PROGRAMAÇÃO ....................................................................................... 182
CAPÍTULO V – DA EXECUÇÃO DO PLANO............................................................................... 183
CAPÍTULO VI – DA AVALIAÇÃO E COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS ................................ 184
CAPÍTULO VII – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS ......................................................................... 185

PORTARIA nº 396, de 17 de setembro de 2021 ..............................................186


ANEXO I – Número máximo de notificações internacionais por produto ............................ 189

INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA nº 31, de 15 de agosto de 2013..................190


INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJUNTA nº 1, de 28 de junho de 2017 .............192
ANEXO – MERCOSUL/GMC/RES nº 15/16: Critérios para o reconhecimento de limites
máximos de resíduos de agrotóxicos em produtos vegetais in natura (revogação da
Resolução GMC nº 14/95) ...................................................................................................... 193
ANEXO – Critérios para o reconhecimento de limites máximos de resíduos de agrotóxicos
em produtos vegetais in natura ............................................................................................. 195

INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJUNTA nº 2, de 07 de fevereiro de 2018 .......196


ANEXO I – Informações obrigatórias do ente anterior na cadeia produtiva a serem
registradas e arquivadas ........................................................................................................ 200
ANEXO II – Informações obrigatórias do ente posterior na cadeia produtiva a serem
registradas e arquivadas ........................................................................................................ 201

INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJUNTA nº 1, de 15 de abril de 2019 ...............202


ANEXO III – Data de início do cumprimento das exigências constantes na presente Instrução
Normativa Conjunta e seus anexos para diferentes grupos de cadeias produtivas (NR dada
pela INC ANVISA/MAPA nº 1/2019 de 15/4/2019) ............................................................. 203

INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA nº 69, de 06 de novembro de 2018, com as


alterações dadas pela Portaria MAPA nº 458, de 21/07/2022 ......................204
CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ............................................................... 204
CAPÍTULO II – DOS REQUISITOS MÍNIMOS E TOLERÂNCIAS ............................................. 205
CAPÍTULO III – DA AMOSTRAGEM ........................................................................................ 206
CAPÍTULO IV – DA MARCAÇÃO OU ROTULAGEM .................................................................. 207
CAPÍTULO V – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS ............................................................................ 208

PORTARIA MAPA nº 458, de 21 de julho de 2022 ...........................................209


INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA/SDA nº 7, de 13 de maio de 2019 ..............210
ANEXO I – Conceitos, disposições gerais e procedimentos de amostragem utilizados na
aplicação da IN MAPA/SDA nº 7/2019 .................................................................................. 213

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 19, de 07 de agosto de 2019 ............................217


CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ............................................................... 217

4|P á g i n a
CAPÍTULO II – DOS REQUISITOS, DOS CRITÉRIOS E DOS PROCEDIMENTOS PARA A
CERTIFICAÇÃO SANITÁRIA INTERNACIONAL ...................................................................... 217
CAPÍTULO III – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS .......................................................................... 219
ANEXO I – Requerimento para certificação sanitária internacional de produtos de origem
vegetal ..................................................................................................................................... 220
ANEXO II – Termo de responsabilidade técnica ................................................................. 221
ANEXO III – Certificado sanitário internacional vegetal ................................................... 222

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 49, de 23 de outubro de 2019 ..........................223


NORMA OPERACIONAL nº 1, de 05 de dezembro de 2019 .............................225
ANEXO I – Cronograma de implementação dos níveis de fiscalização agropecuária ......... 229
ANEXO II – Percentual mínimo de operações direcionadas ao NF vermelho ..................... 230
ANEXO III – Parâmetros a serem avaliados em inspeção direta ......................................... 232

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 23, de 25 de março de 2020 .............................234


ANEXO – MERCOSUL/GMC/RES. n° 80/96: Regulamento técnico do Mercosul sobre as
condições higiênico-sanitárias e de boas práticas de fabricação para estabelecimentos
elaboradores/industrializadores de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor
econômico ................................................................................................................................ 235
REGULAMENTO TÉCNICO DO MERCOSUL SOBRE AS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS E
DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO PARA ESTABELECIMENTOS ELABORADORES/
INDUSTRIALIZADORES DE PRODUTOS VEGETAIS, SUBPRODUTOS E RESÍDUOS DE VALOR
ECONÔMICO ............................................................................................................................ 237
1. OBJETIVO E ÂMBITO DE APLICAÇÃO .................................................................................... 237
2. DEFINIÇÕES ........................................................................................................................ 237
3. DOS PRINCÍPIOS GERAIS HIGIÊNICO-SANITÁRIOS DAS MATÉRIAS-PRIMAS PARA PRODUTOS
VEGETAIS, SUBPRODUTOS E RESÍDUOS DE VALOR ECONÔMICO .............................................. 238
4. DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DOS ESTABELECIMENTOS
ELABORADORES/INDUSTRIALIZADORES DE PRODUTOS VEGETAIS, SUBPRODUTOS E RESÍDUOS DE
VALOR ECONÔMICOS .............................................................................................................. 240
5. ESTABELECIMENTO: REQUISITOS DE HIGIENE (SANEAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS)..... 245
6. HIGIENE PESSOAL E REQUISITOS SANITÁRIOS .................................................................... 247
7. REQUISITOS DE HIGIENE NA FABRICAÇÃO........................................................................... 249
8. ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE DE MATÉRIAS-PRIMAS E PRODUTOS ACABADOS .............. 251
9. CONTROLE DE PRODUTOS VEGETAIS, SUBPRODUTOS E RESÍDUOS DE VALOR ECONÔMICOS 252

PORTARIA SDA/MAPA nº 375, de 12 de agosto de 2021 ...............................253


CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ............................................................... 253
CAPÍTULO II – DA AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL
.................................................................................................................................................. 254
CAPÍTULO III – DO SERVIÇO DE CONTROLE AUTORIZADO ................................................ 254
CAPÍTULO IV – DOS CONTROLES OFICIAIS .......................................................................... 255
CAPÍTULO V – DO CURSO PARA HABILITAÇÃO DE INSPETOR DOS AGENTES DO SCA ...... 255
CAPÍTULO VI – DOS REQUISITOS, DOS CRITÉRIOS E DOS PROCEDIMENTOS PARA A
CERTIFICAÇÃO VOLUNTÁRIA ................................................................................................. 256
CAPÍTULO VII – DA DESABILITAÇÃO DO SERVIÇO DE CONTROLE AUTORIZADO ............. 257
CAPÍTULO VIII – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS........................................................................ 258
ANEXO I – Certificado de conformidade ................................................................................ 259
ANEXO II – Certificado de conformidade oficial ................................................................... 260
ANEXO III – Certificado OCDE ............................................................................................... 261

LEGISLAÇÃO RELACIONADA ......................................................................... 262

INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA nº 34, de 21 de outubro de 2015................263


PORTARIA SDA/MAPA nº 153, de 27 de maio de 2021 ..................................266

5|P á g i n a
CAPÍTULO I – DOS REQUISITOS PARA ADESÃO AO SISBI-POV .......................................... 267
CAPÍTULO II – DO RECONHECIMENTO DE EQUIVALÊNCIA PARA A ADESÃO AO SISBI-POV
.................................................................................................................................................. 267
Seção I - Dos Estados e do Distrito Federal ............................................................................... 267
Seção II - Dos Municípios e Consórcios Públicos de Municípios ................................................... 268
CAPÍTULO III – DA AVALIAÇÃO E AUDITORIA DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO ....................... 270
Seção I - Da Avaliação Técnica Prévia ....................................................................................... 270
Seção II - Da Auditoria de Reconhecimento de Equivalência ....................................................... 270
CAPÍTULO IV – DO CADASTRO GERAL E DA MANUTENÇÃO DA ADESÃO AO SISBI-POV ... 271
Seção I - Da Atualização do Cadastro Geral ............................................................................... 271
Seção II - Da Manutenção da Adesão do Serviço de Inspeção .................................................... 271
CAPÍTULO V – DA DESABILITAÇÃO DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO ......................................... 272
CAPÍTULO VI – DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS ............................................................. 273
CAPÍTULO VII – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS ......................................................................... 273

PORTARIA SDA/MAPA nº 571, de 09 de maio de 2022 ..................................275


CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................................ 275
CAPÍTULO II – DOS OBJETIVOS DO PROGRAMA .................................................................. 276
CAPÍTULO III – DA COORDENAÇÃO DO PROGRAMA ............................................................ 277
CAPÍTULO IV – DA PROGRAMAÇÃO ....................................................................................... 278
CAPÍTULO V – DA EXECUÇÃO DO PLANO............................................................................... 278
CAPÍTULO VI – DA AVALIAÇÃO E COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS ................................ 279
CAPÍTULO VII – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS ......................................................................... 280

PORTARIA SDA/MAPA nº 572, de 09 de maio de 2022 ..................................281


CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................................ 281
CAPÍTULO II – DOS OBJETIVOS DO PROGRAMA .................................................................. 282
CAPÍTULO III – DA COORDENAÇÃO DO PROGRAMA ............................................................ 282
CAPÍTULO IV – DA PROGRAMAÇÃO ....................................................................................... 282
CAPÍTULO V – DA EXECUÇÃO DO PLANO............................................................................... 283
CAPÍTULO VI – DA AVALIAÇÃO E COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS ................................ 283
CAPÍTULO VII – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS ......................................................................... 283

PORTARIA SDA/MAPA nº 573, de 09 de maio de 2022 ..................................284


CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................................ 284
CAPÍTULO II – DOS OBJETIVOS DO PROGRAMA .................................................................. 285
CAPÍTULO III – DA COORDENAÇÃO DO PROGRAMA ............................................................ 285
CAPÍTULO IV – DA PROGRAMAÇÃO ....................................................................................... 285
CAPÍTULO V – DA EXECUÇÃO DO PLANO............................................................................... 286
CAPÍTULO VI – DA AVALIAÇÃO E COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS ................................ 286
CAPÍTULO VII – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS ......................................................................... 287

RESOLUÇÃO RDC nº 487, de 26 de março de 2021.........................................288


CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ............................................................... 288
CAPÍTULO II – DAS DEFINIÇÕES ........................................................................................... 288
CAPÍTULO III – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS ......................................................................... 289
CAPÍTULO IV – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS ............................................. 290

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 88, de 26 de março de 2021 (com as alterações


dadas pela IN ANVISA nº 115, de 20/12/2021) .............................................292
ANEXO I – Limites máximos tolerados de metais (NR dada pela IN ANVISA nº 115/2021)
.................................................................................................................................................. 294
ANEXO II – Limites máximos tolerados para micotoxinas ................................................... 314
ANEXO III – Limites máximos tolerados de outros contaminantes .................................... 316

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 115, de 20 de dezembro de 2021 .....................317

6|P á g i n a
ANEXO I – Alteração do Anexo I da Instrução Normativa IN nº 88, de 2021: Limites máximos
tolerados de metais ................................................................................................................. 318

RESOLUÇÃO CAMEX nº 29, de 24 de março de 2016 ......................................319


RESOLUÇÃO CAMEX nº 8, de 25 de abril de 2002 ...........................................320

7|P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

SUMÁRIO

O presente material objetiva atender às atividades de Padronização e Classificação de


Produtos Vegetais e contempla as principais legislações relacionadas às ações de responsabilidade
dos envolvidos na execução das ações programadas, favorecendo a consulta aos principais temas
regulados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária – MAPA.
No atendimento às demandas da classificação vegetal e áreas afina, o MAPA, através da
Escola Nacional de Gestão Agropecuária – ENAGRO, vem disponibilizando o livre acesso aos
cursos de conhecimentos gerais e legislação, os quais se constituem pré-requisitos aos Cursos de
formação de classificadores de produtos vegetais e de inspetores do sistema de certificação.
Oferecidos na modalidade EAD, os cursos preparatórios atendem aos requisitos
estabelecidos pela Portaria MAPA nº 521, de 01/12/2022, ao permitir que os participantes
aprovados possam complementar a formação e se habilitarem como classificadores mediante a
participação, de forma presencial, em cursos específicos sobre o produto vegetal objeto da
habilitação.
No atendimento aos requisitos estabelecidos pela referida Portaria, o material incluído
neste Manual contempla a legislação de interesse, dentro do conteúdo programático da disciplina
Conhecimentos Gerais.
De forma a facilitar o entendimento e a consulta ao Decreto 6.268/07 foi incluído um
índice remissivo “Orientações para consulta ao Decreto n° 6.268/07”, contendo os
principais termos relacionados à atividade.
Informações adicionais são ainda repassadas nos cursos de capacitação de
classificadores de produtos vegetais dentro do conteúdo programático “Conhecimentos Gerais”,
compilado em outro material.
Posteriormente ao curso, recomenda-se ao profissional que atua na área manter-se
atualizado quanto às normas e procedimentos vigentes, mediante acessos periódicos ao sítio
eletrônico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), no endereço
https://www.gov.br/agricultura/pt-br.

Fátima Chieppe Parizzi


Engenheira Agrônoma
Doutora em Pós-Colheita e Armazenamento de Produtos Agrícolas
AFFA MAPA - Aposentada

8|P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

LEGISLAÇÃO GERAL

9|P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

LEI nº 14.515, de 29 de dezembro de 2022


Dispõe sobre os programas de autocontrole dos agentes
privados regulados pela defesa agropecuária e sobre a
organização e os procedimentos aplicados pela defesa
agropecuária aos agentes das cadeias produtivas do setor
agropecuário; institui o Programa de Incentivo à
Conformidade em Defesa Agropecuária, a Comissão Especial
de Recursos de Defesa Agropecuária e o Programa de
Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras
Internacionais (Vigifronteiras); altera as Leis nos 13.996, de 5
de maio de 2020, 9.972, de 25 de maio de 2000, e 8.171, de
17 de janeiro de 1991; e revoga dispositivos dos Decretos-
Leis nos 467, de 13 de fevereiro de 1969, e 917, de 7 de
outubro de 1969, e das Leis nos 6.198, de 26 de dezembro de
1974, 6.446, de 5 de outubro de 1977, 6.894, de 16 de
dezembro de 1980, 7.678, de 8 de novembro de 1988, 7.889,
de 23 de novembro de 1989, 8.918, de 14 de julho de 1994,
9.972, de 25 de maio de 2000, 10.711, de 5 de agosto de
2003, e 10.831, de 23 de dezembro de 2003.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1o Esta Lei dispõe sobre os programas de autocontrole dos agentes privados
regulados pela defesa agropecuária e sobre a organização e os procedimentos aplicados
pela defesa agropecuária aos agentes das cadeias produtivas do setor agropecuário,
institui o Programa de Incentivo à Conformidade em Defesa Agropecuária, a Comissão
Especial de Recursos de Defesa Agropecuária e o Programa de Vigilância em Defesa
Agropecuária para Fronteiras Internacionais (Vigifronteiras), altera as Leis nos 13.996, de
5 de maio de 2020, 9.972, de 25 de maio de 2000, e 8.171, de 17 de janeiro de 1991, e
revoga dispositivos das leis aplicadas à defesa agropecuária que estabelecem penalidades
e sanções.

Art. 2o O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio da


Secretaria de Defesa Agropecuária, é responsável pela gestão da defesa agropecuária.

Art. 3o Para fins do disposto nesta Lei, considera-se:


I - defesa agropecuária: estrutura constituída de normas e ações que integram
sistemas públicos e privados, destinada à preservação ou à melhoria da saúde animal, da
sanidade vegetal e da inocuidade, da identidade, da qualidade e da segurança de
alimentos, insumos e demais produtos agropecuários;
II - fiscalização agropecuária: atividade de controle, de supervisão, de vigilância,
de auditoria e de inspeção agropecuária, no exercício do poder de polícia administrativa,
com finalidade de verificar o cumprimento da legislação;

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Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

III - produtos agropecuários: insumos agropecuários, animais, vegetais, seus


produtos resultantes da atividade, seus subprodutos, derivados e resíduos que possuam
valor econômico;
IV - agente: pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que realiza ou participa,
direta ou indiretamente, dos seguintes processos ao longo das cadeias produtivas do
setor agropecuário:
a) produção, transporte, beneficiamento, armazenamento, distribuição e
comercialização;
b) importação, exportação, trânsito nacional, trânsito internacional e aduaneiro;
c) transformação e industrialização;
d) diagnóstico, ensino, pesquisa e experimentação; ou
e) prestação de serviços e demais processos;
V - credenciamento: reconhecimento ou habilitação de pessoas físicas ou
jurídicas pelo poder público, para execução de ações específicas relacionadas à defesa
agropecuária;
VI- risco: possibilidade de ocorrência de evento negativo que tenha impacto na
saúde humana, na saúde animal, na sanidade vegetal ou na identidade, na qualidade e
na segurança dos produtos agropecuários;
VII - análise de risco: processo adotado para identificar, avaliar, administrar e
controlar potenciais eventos ou situações de risco advindos de fontes internas ou externas
e para buscar segurança razoável na consecução dos objetivos da defesa agropecuária,
que contempla:
a) avaliação de risco: processo científico de identificação e caracterização do perigo,
avaliação da exposição e caracterização do risco;
b) gerenciamento de risco: seleção de diretrizes, medidas de prevenção e controle de
problemas, com base em conclusões de uma avaliação de risco, em fatores relevantes
para a saúde e para a promoção de práticas justas de comércio e em consulta às
partes interessadas;
c) comunicação de risco: troca de informações, durante toda a análise de risco, entre
gestores, avaliadores, consumidores, integrantes da indústria e da academia e outras
partes interessadas, sobre os perigos, os riscos, os resultados da avaliação e o
gerenciamento para detenção do controle;
VIII - autocontrole: capacidade do agente privado de implantar, de executar, de
monitorar, de verificar e de corrigir procedimentos, processos de produção e de
distribuição de insumos agropecuários, alimentos e produtos de origem animal ou
vegetal, com vistas a garantir sua inocuidade, identidade, qualidade e segurança;
IX - autocorreção: adoção de medidas corretivas pelo agente, diante da detecção
de não conformidade, de acordo com o previsto no seu programa de autocontrole, ou
por deliberação da sua área responsável pela qualidade;
X - regularização por notificação: adoção de medidas corretivas pelo agente, em
decorrência de notificação expedida pela fiscalização agropecuária sobre irregularidade
ou não conformidade, observado o prazo estabelecido;
XI - protocolo privado de produção: conjunto de regras e de procedimentos
estabelecidos no âmbito do setor privado por determinada cadeia produtiva, entidade
representativa ou agente, de adesão voluntária, com o objetivo de garantir a integridade
sanitária dos produtos e de caracterizar ou diferenciar produto ou sistema de produção,
observados os atos normativos vigentes;

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Fátima Chieppe Parizzi

XII - embaraço à ação fiscalizadora: ação do agente de impedir ou dificultar o


acesso ao local ou às informações oficiais e obrigatórias relacionadas à produção e aos
produtos agropecuários, devidamente comprovada pelo auditor fiscal.

Art. 4o O agente deverá garantir que seus produtos e serviços atendam aos
requisitos de inocuidade, de identidade, de qualidade e de segurança estabelecidos na
legislação relativa à defesa agropecuária.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se a todos os agentes regulados
pela legislação relativa à defesa agropecuária, incluídos aqueles fiscalizados pelos
Estados, pelo Distrito Federal, pelos Municípios e por consórcio de Municípios.

Art. 5o O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e demais órgãos


públicos integrantes do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa)
poderão credenciar pessoas jurídicas ou habilitar pessoas físicas para a prestação de
serviços técnicos ou operacionais relacionados às atividades de defesa agropecuária.
§1o O credenciamento e a habilitação de que trata o caput deste artigo têm o
objetivo de assegurar que os serviços técnicos e operacionais prestados estejam em
consonância com o Suasa, não permitido aos credenciados ou habilitados desempenhar
atividades próprias da fiscalização agropecuária que exijam o exercício específico de
poder de polícia administrativa.
§2o Norma específica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
como Instância Central e Superior, definirá os processos de credenciamento de pessoas
jurídicas, os serviços cujos credenciamentos serão obrigatoriamente homologados e as
regras específicas para homologação.
§3o Norma específica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
como Instância Central e Superior, definirá os processos de habilitação de pessoas físicas,
observada a competência profissional, de acordo com o conhecimento técnico requerido
para a etapa, o procedimento ou o processo para o qual o profissional será habilitado, e
as regras específicas para homologação.

Art. 6o Fica instituída a análise de risco como abordagem de ação da defesa


agropecuária.
Parágrafo único. As ações de controle e de fiscalização desempenhadas pela
Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
serão mensuradas em conformidade com os critérios de gerenciamento de risco.

Art. 7o São princípios elementares da fiscalização:


I - atuação baseada no gerenciamento de riscos;
II - atuação preventiva, a qual permita que eventual irregularidade de natureza
leve possa ser sanada antes da autuação do agente, sempre que possível;
III - intervenção subsidiária e excepcional na atividade econômica dos agentes,
justificada apenas nas situações de prevalência do interesse público sobre o privado;
IV - orientação pela isonomia, pela uniformidade e pela publicidade na relação
com o agente da ação fiscalizatória, assegurado o amplo acesso aos processos
administrativos em que o estabelecimento seja parte interessada;
V - obediência às garantias conferidas pela Lei nº 13.874, de 20 de setembro de
2019, sobretudo em relação ao direito à inovação tecnológica e à presunção de boa-fé,
entre outros.

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CAPÍTULO II - DOS PROGRAMAS DE AUTOCONTROLE DOS AGENTES


PRIVADOS REGULADOS PELA DEFESA AGROPECUÁRIA

Art. 8o Os agentes privados regulados pela legislação relativa à defesa


agropecuária desenvolverão programas de autocontrole com o objetivo de garantir a
inocuidade, a identidade, a qualidade e a segurança dos seus produtos.
§1o Os agentes privados regulados pela legislação relativa à defesa agropecuária
garantirão a implantação, a manutenção, o monitoramento e a verificação dos programas
de autocontrole de que trata o caput deste artigo.
§2o Os programas de autocontrole conterão:
I - registros sistematizados e auditáveis do processo produtivo, desde a obtenção
e a recepção da matéria-prima, dos ingredientes e dos insumos até a expedição do
produto final;
II - previsão de recolhimento de lotes, quando identificadas deficiências ou não
conformidades no produto agropecuário que possam causar riscos à segurança do
consumidor ou à saúde animal e à sanidade vegetal; e
III - descrição dos procedimentos de autocorreção.
§3o A implementação dos programas de autocontrole de que trata o caput deste
artigo poderá ser certificada por entidade de terceira parte, a critério do agente.
§4o O setor produtivo desenvolverá manuais de orientação para elaboração e
implementação de programas de autocontrole, que serão disponibilizados ao Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento por meio de registro eletrônico.
§5o Os programas de autocontrole serão definidos pelo estabelecimento e
deverão atender, no mínimo, aos requisitos definidos em legislação, e caberá à
fiscalização agropecuária verificar o cumprimento do descrito no programa de
autocontrole da empresa.
§6o O disposto neste artigo não se aplicará compulsoriamente aos agentes da
produção primária agropecuária e da agricultura familiar, os quais poderão aderir
voluntariamente a programas de autocontrole por meio de protocolo privado de
produção.
§7o A regulamentação dos programas de autocontrole de que trata o caput deste
artigo deverá levar em consideração o porte dos agentes econômicos e a disponibilização
pelo poder público de sistema público de informações, de forma a conferir tratamento
isonômico a todos os estabelecimentos.

Art. 9o Os programas de autocontrole poderão conter garantias advindas de


sistemas de produção com características diferenciadas, com abrangência sobre a
totalidade da cadeia produtiva, desde a produção primária agropecuária até o
processamento e a expedição do produto final.
§1o Quando a diferenciação envolver a produção primária agropecuária, o
programa de autocontrole será estabelecido por meio de protocolo privado de produção
com a descrição das características do sistema e a modalidade de verificação.
§2o Os protocolos privados de que trata o §1o deste artigo serão apresentados
ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
§3o O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicará os protocolos
de que trata o §1o deste artigo em seu sítio eletrônico.

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Fátima Chieppe Parizzi

Art. 10. Compete ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento:


I - estabelecer os requisitos básicos necessários ao desenvolvimento dos
programas de autocontrole;
II - editar normas complementares para dispor sobre os requisitos básicos a que
se refere o inciso I deste caput;
III - definir os procedimentos oficiais de verificação dos programas de
autocontrole.

Art. 11. Quando a fiscalização agropecuária ou o programa de autocontrole


identificar deficiências ou não conformidades no processo produtivo ou no produto
agropecuário que possam causar riscos à segurança do consumidor ou à saúde animal e
à sanidade vegetal, o agente ficará responsável pelo recolhimento dos lotes produzidos
nessa condição, na forma prevista em regulamento.

CAPÍTULO III - DO PROGRAMA DE INCENTIVO À CONFORMIDADE EM


DEFESA AGROPECUÁRIA

Art. 12. É instituído o Programa de Incentivo à Conformidade em Defesa


Agropecuária, com o objetivo de estimular o aperfeiçoamento de sistemas de garantia da
qualidade robustos e auditáveis, com vistas à consolidação de um ambiente de confiança
recíproca entre o Poder Executivo federal e os agentes regulados, pela via do aumento
da transparência.
Parágrafo único. O Programa de Incentivo à Conformidade em Defesa
Agropecuária exigirá do estabelecimento regulado o compartilhamento periódico de
dados operacionais e de qualidade com a fiscalização agropecuária e oferecerá como
contrapartida benefícios e incentivos, na forma prevista em regulamento.

Art. 13. Devem ser concedidos aos agentes aderentes ao Programa de Incentivo
à Conformidade em Defesa Agropecuária, além de outros que venham a ser estabelecidos
em regulamento, os seguintes incentivos:
I - agilidade nas operações de importação e de exportação;
II - prioridade na tramitação de processos administrativos perante a Secretaria
de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
sobretudo dos relacionados a atos públicos de liberação da atividade econômica;
III - acesso automático às informações de tramitação dos processos de interesse
do estabelecimento;
IV - dispensa de aprovação prévia de atos relacionados a reforma e ampliação
do estabelecimento, com base na existência de princípios regulatórios já estabelecidos.

Art. 14. O regulamento do Programa de Incentivo à Conformidade em Defesa


Agropecuária estabelecerá:
I - procedimentos para adesão ao Programa;
II - obrigações para permanência no Programa; e
III - hipóteses de aplicação de advertência, de suspensão ou de exclusão do
Programa.
Parágrafo único. A regulamentação do Programa de Incentivo à Conformidade
em Defesa Agropecuária deverá levar em consideração o porte dos agentes econômicos

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Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

e a disponibilização pelo poder público de sistema público de informações, de forma a


conferir tratamento isonômico e passível de cumprimento por todos os agentes.

Art. 15. Aos estabelecimentos que aderirem ao Programa de Incentivo à


Conformidade em Defesa Agropecuária fica autorizada a regularização por notificação de
que trata o inciso X do caput do art. 3o desta Lei.
§1o O estabelecimento notificado não será autuado, desde que adote as medidas
corretivas necessárias e sane a irregularidade ou não conformidade no prazo indicado na
notificação.
§2o Regulamento disporá sobre as irregularidades ou não conformidades
passíveis de regularização por notificação.

Art. 16. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento fica autorizado a


adotar sistema de classificação de risco das empresas privadas reguladas, para fins de
fiscalização agropecuária, com base no desempenho nos programas de autocontrole e no
Programa de Incentivo à Conformidade em Defesa Agropecuária.
§1o Ficam vedadas qualquer forma de divulgação pública de listas de classificação
de risco das empresas reguladas ou a utilização de informações do sistema a que se
refere o caput deste artigo para qualquer outra finalidade que não seja a fiscalização
agropecuária ou ações de defesa agropecuária.
§2o É facultado à empresa regulada o acesso às informações referentes ao seu
desempenho e à sua posição no sistema de classificação de risco a que se refere o caput
deste artigo.
§3o Os critérios para o sistema de classificação de risco a que se refere o caput
deste artigo deverão ser regulamentados e divulgados no prazo mínimo de 6 (seis) meses
anterior à sua vigência.
§4o A divulgação de listas de classificação de risco ou a utilização indevida de
informações do sistema de classificação de risco de que trata este artigo sujeitarão o
infrator às disposições previstas em lei, sem prejuízo de sanções administrativas e de
responsabilidade civil, por danos morais, e de indenização às empresas prejudicadas.

CAPÍTULO IV - DO PROCEDIMENTO DOS ATOS PÚBLICOS DE LIBERAÇÃO DE


ESTABELECIMENTOS E DE PRODUTOS

Seção I - Do Registro de Estabelecimentos


Art. 17. Para registro, cadastro, credenciamento ou qualquer outro ato público
de liberação de estabelecimento perante o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, serão exigidos, de acordo com a natureza da atividade, documentos e
informações necessários às avaliações técnicas.
§1o Fica dispensada a apresentação de documentos e de autorizações emitidos
por outros órgãos e entidades de governo que não tenham relação com a liberação de
estabelecimento de que trata o caput deste artigo.
§2o O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento disponibilizará sistema
eletrônico para receber as solicitações de registro, de cadastro ou de credenciamento de
estabelecimento no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data de publicação
desta Lei.

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Fátima Chieppe Parizzi

Art. 18. Estabelecimentos que possuam mais de uma finalidade e que sejam
objeto de diferentes normas relativas à defesa agropecuária poderão ter registro único
no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, na forma prevista em
regulamento.

Seção II - Do Registro de Produtos


Art. 19. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento:
I - incentivará a adoção de procedimento administrativo simplificado, o uso de
meios eletrônicos e o estabelecimento de parâmetros e padrões, com vistas à
automatização da concessão das solicitações de registro de produtos agropecuários;
II - disponibilizará sistema eletrônico para receber as solicitações de registro de
produtos no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data de publicação desta
Lei.
§1o A concessão de registro de produtos que possuam parâmetros ou padrões
normatizados será automática.
§2o A não observância dos parâmetros ou dos padrões normatizados implicará o
cancelamento do registro do produto e a imposição de sanções administrativas, após
processo administrativo e garantidos ao agente o contraditório e a ampla defesa.
§3o O disposto no caput deste artigo não se aplica aos produtos regulados pela
Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989.

Art. 20. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderá dispor de


especialistas para subsidiar a avaliação de registro de produtos, por meio de
credenciamento, contratação de pessoa física ou jurídica ou ajustes com instituições de
pesquisa públicas ou privadas, na forma prevista em regulamento, assegurada a
confidencialidade em relação aos dados e às informações sobre os produtos e os agentes
privados.
Parágrafo único. Todo processo de registro de produtos avaliado por especialistas
terá supervisão de um auditor fiscal federal agropecuário, que será responsável pela
aprovação definitiva da concessão do registro.

Art. 21. Produtos que possuam mais de uma finalidade e que sejam objeto de
diferentes normas relativas à defesa agropecuária poderão ter registro único no Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, na forma prevista em regulamento.

Art. 22. As solicitações de registro de produtos serão analisadas pelo Ministério


da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, observada a ordem cronológica de
apresentação.
Parágrafo único. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderá
priorizar a análise de que trata o caput deste artigo nas seguintes hipóteses:
I - necessidade de atendimento aos programas de saúde animal ou
fitossanitários;
II - situações de emergência sanitária ou fitossanitária;
III - cumprimento de acordos ou exigências internacionais;
IV - inovação tecnológica caracterizada; ou
V - produção em território nacional de ingrediente ativo.

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Seção III - Dos Critérios para Concessão, Isenção e Simplificação de Registro


Art. 23. Ato do Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
estabelecerá a classificação de risco, as condições, os prazos e os demais critérios para
concessão, isenção e simplificação de registro, cadastro, credenciamento ou qualquer
outro ato público de liberação, observado o disposto na Lei nº 13.874, de 20 de setembro
de 2019, e em seu regulamento.

Art. 24. (VETADO).

Seção IV - Da Rotulagem
Art. 25. A rotulagem dos produtos é responsabilidade do detentor do registro, na
forma prevista na legislação.
§1o Rótulos de produtos não serão objeto de aprovação pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
§2o O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderá exigir o
depósito de rótulos de produtos em sistema eletrônico, para fins de fiscalização
agropecuária.
§3o A comercialização de produtos com rotulagem em desacordo com o previsto
na legislação caracteriza infração administrativa, sujeita a aplicação de medidas
cautelares e a autuação.

CAPÍTULO V - DAS MEDIDAS CAUTELARES

Art. 26. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderá aplicar,


ante a evidência de que uma atividade ou um produto agropecuário represente risco à
defesa agropecuária ou à saúde pública ou em virtude de embaraço à ação fiscalizadora,
as seguintes medidas cautelares, isolada ou cumulativamente:
I - apreensão de produtos;
II - suspensão temporária de atividade, de etapa ou de processo de fabricação
de produto; e
III - destruição ou devolução à origem de animais e vegetais, de seus produtos,
resíduos e insumos agropecuários, quando constatada a importação irregular ou a
introdução irregular no País.
§1o O auditor fiscal federal agropecuário responsável pela aplicação de medida
cautelar deverá comunicá-la imediatamente à sua chefia imediata.
§2o Não será aplicada medida cautelar quando a não conformidade puder ser
sanada durante a ação de fiscalização.
§3o A medida cautelar deverá ser cancelada imediatamente quando for
comprovada a resolução da não conformidade que deu causa à sua aplicação.

CAPÍTULO VI - DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES

Art. 27. O agente que incidir em infração prevista na legislação específica e em


normas regulamentares relativas à defesa agropecuária ficará sujeito às seguintes
penalidades, isolada ou cumulativamente:
I - advertência;
II - multa;
III - condenação do produto;

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Fátima Chieppe Parizzi

IV - suspensão de registro, de cadastro ou de credenciamento; V - cassação de


registro, de cadastro ou de credenciamento; e
V - cassação da habilitação de profissional para prestar serviços relacionados à
defesa agropecuária.
§1o A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento tornará públicas, após trânsito em julgado na esfera administrativa, as
sanções impostas aos infratores da legislação relativa à defesa agropecuária.
§2o O produto a que se refere o inciso III do caput deste artigo poderá ser objeto
de destruição a expensas do infrator ou objeto de doação a órgãos públicos ou a
entidades filantrópicas, desde que não ofereça riscos à saúde pública.

Art. 28. O valor da multa de que trata o inciso II do caput do art. 27 desta Lei
será de R$ 100,00 (cem reais) até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais),
observadas a classificação do agente infrator e a natureza da infração, conforme o Anexo
desta Lei e seu regulamento.
§1o No caso de reincidência específica, a pena máxima da infração, estabelecida
em regulamento e limitada ao teto previsto no caput deste artigo, será aumentada em
10% (dez por cento) para cada nova incidência na mesma infração.
§2o Considera-se, para fins da caracterização da reincidência específica e,
consequentemente, para o aumento de pena, o prazo de 5 (cinco) anos, contado do
cumprimento ou da extinção da penalidade administrativa.
§3o O pagamento voluntário da multa no prazo de 20 (vinte) dias, contado da
data de sua aplicação, sem interposição de recurso, ensejará a redução de 20% (vinte
por cento) de seu valor.

Art. 29. A introdução irregular no País de animais e vegetais, ou de seus produtos,


praticada por pessoa física caracterizará infração sujeita a advertência ou multa, cujo
valor será estipulado entre R$ 100,00 (cem reais) e R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
Parágrafo único. A introdução irregular no País de insumos agropecuários
praticada por pessoa física caracterizará infração de natureza gravíssima sujeita a multa
no valor de até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).

Art. 30. Ato do Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento


atualizará anualmente os valores das multas de que tratam os artigos 28 e 29 desta Lei,
com base na variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Art. 31. As infrações serão graduadas de acordo com o risco para a defesa
agropecuária e classificadas em:
I - infração de natureza leve;
II - infração de natureza moderada;
III - infração de natureza grave;
IV - infração de natureza gravíssima.

Art. 32. Na aplicação das penalidades previstas nesta Lei, serão consideradas as
circunstâncias agravantes e atenuantes, na forma de regulamento.
Parágrafo único. Quando uma infração for objeto de enquadramento em mais de
um dispositivo, prevalecerá, para aplicação da penalidade, o enquadramento mais
específico em relação ao mais genérico.

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CAPÍTULO VII - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE FISCALIZAÇÃO


AGROPECUÁRIA

Art. 33. As infrações serão apuradas, a partir da lavratura do auto de infração,


por meio de processo administrativo de fiscalização agropecuária.

Art. 34. O auto de infração é o documento hábil para constatação de infração no


que concerne à legislação relativa à defesa agropecuária.

Art. 35. Caberá a interposição de defesa por escrito no prazo de 20 (vinte) dias,
contado da data de recebimento do auto de infração, a ser endereçada à
Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento sediada na unidade
da Federação onde foi constatada a infração.
Parágrafo único. (VETADO).

Art. 36. Das decisões administrativas de primeira instância caberá interposição


de recurso administrativo no prazo de 20 (vinte) dias, contado da data de recebimento
da notificação.
§1o O recurso de que trata o caput deste artigo será dirigido à autoridade que
proferiu a decisão.
§2o Caso não reconsidere a sua decisão, a autoridade encaminhará o recurso à
Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
no prazo de 20 (vinte) dias, contado da data de seu recebimento, para julgamento em
segunda instância.

Art. 37. Da decisão proferida pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério


da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em sede de segunda instância administrativa,
caberá recurso no prazo de 20 (vinte) dias à Comissão Especial de Recursos de Defesa
Agropecuária, à qual compete o julgamento do processo administrativo em terceira e
última instância.
§1o A Comissão Especial de Recursos de Defesa Agropecuária será composta por
5 (cinco) membros titulares e 5 (cinco) suplentes, dos quais 2 (dois) membros titulares e
2 (dois) suplentes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 1 (um) membro
titular e 1 (um) suplente do Ministério da Justiça e Segurança Pública, 1 (um) membro
titular e 1 (um) suplente da Confederação Nacional da Indústria e 1 (um) membro titular
e 1 (um) suplente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.
§2o Considerando as decisões reiteradas sobre o mesmo tema, a Comissão
Especial de Recursos de Defesa Agropecuária emitirá enunciados que, quando ratificados
pelo Secretário de Defesa Agropecuária, vincularão o cumprimento pelas demais
instâncias.
§3o A penalidade de suspensão de registro, de cadastro ou de credenciamento ou
a penalidade de cassação de registro, de cadastro ou de credenciamento poderão ser
convertidas em multa, mediante apresentação de requerimento do infrator e celebração
de termo de ajustamento de conduta às exigências legais, com cominações, o qual terá
eficácia de título executivo extrajudicial.
§4o Caberá à Comissão Especial de Recursos de Defesa Agropecuária decidir sobre
a conversão em multa das penalidades a que se refere o § 3º deste artigo.

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Fátima Chieppe Parizzi

Art. 38. A interposição tempestiva de recurso terá efeito suspensivo.

Art. 39. A notificação do autuado poderá ser feita por meio eletrônico, desde que
a certificação da ciência seja inequívoca.

Art. 40. Fica estabelecida a assinatura eletrônica simples, de que trata a Lei nº
14.063, de 23 de setembro de 2020, para os atos praticados por servidores públicos no
âmbito do processo administrativo de fiscalização agropecuária.

CAPÍTULO VIII - DO PROGRAMA DE VIGILÂNCIA EM DEFESA AGROPECUÁRIA


PARA FRONTEIRAS INTERNACIONAIS

Art. 41. É instituído, no âmbito do Suasa, de que trata o art. 28-A da Lei no 8.171,
de 17 de janeiro de 1991, sob a coordenação do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, por intermédio da Secretaria de Defesa Agropecuária, o Programa de
Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais (Vigifronteiras).

Art. 42. O Vigifronteiras tem como objetivo estabelecer um sistema integrado de


vigilância relativo à defesa agropecuária na faixa de fronteira de todo o território nacional,
com a finalidade de:
I - impedir o ingresso no território nacional de substâncias ou agentes biológicos
de qualquer natureza, sob qualquer meio de transporte ou difusão, que possam causar
danos à produção, ao processamento e à comercialização de produtos e serviços
agropecuários, pesqueiros e florestais;
II - evitar o ingresso no território nacional de produtos agropecuários que não
atendam aos padrões de identidade e qualidade ou aos requisitos de segurança higiênico-
sanitária e tecnológica exigidos para o consumo; e
III - conter danos, efetivos ou potenciais, causados pela introdução no território
nacional de qualquer substância ou agente biológico que importe em risco ou ameaça de
que tratam os incisos I e II deste caput .

Art. 43. A atuação do Vigifronteiras pautar-se-á pela integração, pela produção e


pela difusão de conhecimentos técnico-científicos e pela cooperação entre os órgãos e as
entidades públicas integrantes das três instâncias do Suasa.

Art. 44. O Poder Executivo federal editará regulamento para disciplinar o


funcionamento do Vigifronteiras no prazo de 90 (noventa) dias, contado da data de
publicação desta Lei.

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CAPÍTULO IX - DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 45. O Poder Executivo federal editará o regulamento do Programa de


Incentivo à Conformidade em Defesa Agropecuária no prazo de 120 (cento e vinte) dias,
contado da data de publicação desta Lei.

Art. 46. As penalidades de que trata o Capítulo VI desta Lei serão aplicadas às
infrações previstas na legislação específica e em normas regulamentares relativas à
defesa agropecuária e constatadas a partir da data de entrada em vigor desta Lei.
§1o As disposições referentes ao processo administrativo de fiscalização
agropecuária previstas no Capítulo VII desta Lei serão aplicadas aos processos pendentes
de julgamento a partir da data de entrada em vigor desta Lei.
§2o As penalidades de que trata o art. 27 desta Lei serão aplicadas às infrações
constatadas pela fiscalização agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento com fundamento na Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989.

Art. 47. O art. 1o da Lei no 13.996, de 5 de maio de 2020, passa a vigorar com a
seguinte redação, numerando-se o atual parágrafo único como §1o:
"Art. 1o Fica o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento autorizado a
prorrogar por 6 (seis) anos, além do limite estabelecido no inciso I do parágrafo único do
art. 4o da Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993, 239 (duzentos e trinta e nove)
contratos por tempo determinado de médico veterinário, para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público, firmados com fundamento na alínea "f" do
inciso VI do caput do art. 2o da referida Lei.
§1o A prorrogação de que trata o caput deste artigo é aplicável aos contratos
firmados a partir de 20 de novembro de 2017.
§2o A prorrogação de que trata o caput deste artigo não será autorizada enquanto
não for publicada a lei orçamentária com a autorização e a dotação suficiente ou a sua
alteração, nos termos do inciso II do §2o do art. 109 da Lei no 14.116, de 31 de dezembro
de 2020." (NR)

Art. 48. A Lei no 9.972, de 25 de maio de 2000, passa a vigorar com as seguintes
alterações:
"Art. 4o .......................................................................................................
I - os Municípios, os consórcios públicos intermunicipais ou interestaduais, os
Estados e o Distrito Federal, diretamente ou por intermédio de órgãos ou empresas
especializadas;
II - as cooperativas agrícolas e as pessoas físicas e jurídicas especializadas na
atividade;
..........................................................................................................." (NR)
"Art. 8o A fiscalização da classificação de que trata esta Lei poderá ser executada
pelos Municípios, pelos consórcios públicos intermunicipais ou interestaduais, pelos
Estados e pelo Distrito Federal, mediante delegação de competência do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento." (NR)

21 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Art. 49. O art. 29-A da Lei n o 8.171, de 17 de janeiro de 1991, passa a vigorar
com a seguinte redação:
"Art. 29-A. .................................................................................................
§3o É instituído o Sistema de Gestão de Serviços de Inspeção (e-Sisbi) no âmbito
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para cadastro dos serviços oficiais
de inspeção e fiscalização dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos
consórcios municipais, bem como dos estabelecimentos e dos produtos de origem animal.
§4o Os serviços oficiais de inspeção dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios e dos consórcios municipais, devidamente cadastrados no e-Sisbi, integram o
Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-Poa) previsto no §
2º deste artigo.
§5o O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento editará norma para
definir os objetivos e as metas nacionais de inocuidade e de conformidade dos produtos
de origem animal, que deverá ser observada pelos serviços de inspeção dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e dos consórcios municipais integrantes do Sisbi-Poa.
§6o O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento auditará os serviços de
inspeção dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos consórcios municipais
integrantes do Sisbi-Poa, com o objetivo de verificar a equivalência com o Serviço de
Inspeção Federal.
§7o Fica autorizado o comércio interestadual dos produtos sob inspeção dos
serviços integrantes do Sisbi-Poa, mediante prévio cadastro dos estabelecimentos e dos
produtos no e-Sisbi, realizado pelos respectivos serviços de inspeção." (NR)

Art. 50. Revogam-se os seguintes dispositivos:


I - arts. 6o e 7o do Decreto-Lei no 467, de 13 de fevereiro de 1969;
II - alínea "g" do caput do art. 3o do Decreto-Lei no 917, de 7 de outubro de
1969;
III - art. 4o da Lei no 6.198, de 26 de dezembro de 1974;
IV - art. 7o da Lei no 6.446, de 5 de outubro de 1977;
V - incisos I, III, IV, V, VI, VII e VIII do caput do art. 5 o da Lei no 6.894, de 16
de dezembro de 1980;
VI - art. 36 da Lei no 7.678, de 8 de novembro de 1988;
VII - art. 2o da Lei no 7.889, de 23 de novembro de 1989;
VIII - art. 9o da Lei no 8.918, de 14 de julho de 1994;
IX- art. 9o da Lei no 9.972, de 25 de maio de 2000;
X- art. 42 e incisos I, II, III, IV, V e VI do caput do art. 43 da Lei no 10.711, de
5 de agosto de 2003; e
XI - art. 6o da Lei no 10.831, de 23 de dezembro de 2003.

Art. 51. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação e produz efeitos:
I - 60 (sessenta) dias após a data de sua publicação, quanto ao disposto no
Capítulo IV;
II - 90 (noventa) dias após a data de sua publicação, quanto ao disposto no art.
29; e
III - na data de sua publicação, quanto aos demais dispositivos.

22 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Brasília, 29 de dezembro de 2022; 201º da Independência e 134º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga Lopes
Marcos Montes Cordeiro

23 | P á g i n a
ANEXO – Classificação dos agentes

Classificação dos agentes

Microempreendedor Empresa de Demais


Natureza Microempresa
Pessoa física Pequeno Porte Média Empresa4
da Individual (MEI)1 (ME)2 estabelecimentos
(EPP)3
infração
Valores em real (R$)
Mínimo Máximo Mínimo Máximo Mínimo Máximo Mínimo Máximo Mínimo Máximo Mínimo Máximo

Leve 100,00 250,00 100,00 250,00 500,00 1.500,00 1.000,00 1.500,00 1.500,00 3.000,00 1.500,00 5.000,00

Moderada 251,00 1.000,00 251,00 1.000,00 1.501,00 2.500,00 1.501,00 5.000,00 3.001,00 8.000,00 5.001,00 15.000,00

Grave 1.001,00 5.000,00 1.001,00 2.500,00 2.501,00 5.000,00 5.001,00 10.000,00 8.001,00 20.000,00 15.001,00 50.000,00

Gravíssima 5.001,00 50.000,00 2.501,00 5.000,00 5.001,00 10.000,00 10.001,00 30.000,00 20.001,00 50.000,000 50.001,00 150.000,00
1
§1º do art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
2
Inciso I do caput do art. 3º da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
3
Inciso II do caput do art. 3º da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
4
Conforme classificação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.

Fátima Chieppe Parizzi


24 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

LEI nº 9.972, de 25 de maio de 2000


Com as alterações estabelecidas pela Lei nº 12.341, de 01 de
dezembro de 2010, institui a classificação de produtos
vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico, e dá
outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o Em todo o território nacional, a classificação é obrigatória para os produtos


vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico:
I - quando destinados diretamente à alimentação humana;
II - nas operações de compra e venda do Poder Público; e
III - nos portos, aeroportos e postos de fronteiras, quando da importação.
§1o A classificação para as operações previstas no inciso II será de
responsabilidade do Poder Público, que poderá repassá-la aos agentes credenciados nos
termos desta Lei.
§2o É prerrogativa exclusiva do Poder Público a classificação dos produtos
vegetais importados.
§3o A classificação será realizada uma única vez desde que o produto mantenha
sua identidade e qualidade.

Art. 2o A classificação a que se refere o artigo anterior fica sujeita à organização


normativa, à supervisão técnica, à fiscalização e ao controle do Ministério da Agricultura
e do Abastecimento.

Art. 3o Para efeitos desta Lei, entende-se por classificação o ato de determinar
as qualidades intrínsecas e extrínsecas de um produto vegetal, com base em padrões
oficiais, físicos ou descritos.
Parágrafo único. Os padrões oficiais de produtos vegetais, seus subprodutos e
resíduos de valor econômico serão estabelecidos pelo Ministério da Agricultura e do
Abastecimento.

Art. 4o Ficam autorizadas a exercer a classificação de que trata esta Lei, mediante
credenciamento do Ministério da Agricultura e do Abastecimento e conforme
procedimentos e exigências contidos em regulamento:
I – os Estados e o Distrito Federal, diretamente ou por intermédio de órgãos ou
empresas especializadas;
II – as cooperativas agrícolas e as empresas ou entidades especializadas na
atividade; e
III – as bolsas de mercadorias, as universidades e institutos de pesquisa.

25 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Art. 5o (VETADO)
Parágrafo único. Os serviços objeto do credenciamento, bem como as pessoas
físicas ou jurídicas neles envolvidas, estão sujeitos à supervisão, ao controle e à
fiscalização do Ministério da Agricultura e do Abastecimento quanto à atividade de
classificação levada a efeito, à capacitação e qualificação dos técnicos, à adequação de
equipamentos e instalações e à conformidade dos serviços prestados.

Art. 6o Fica instituído, no Ministério da Agricultura e do Abastecimento, para fins


de controle e fiscalização, o Cadastro Geral de Classificação, destinado ao registro de
pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, envolvidas no processo de
classificação.

Art. 7o (VETADO)

Art. 8o A fiscalização da classificação de que trata esta Lei poderá ser executada
pelos Estados e pelo Distrito Federal, mediante delegação de competência do Ministério
da Agricultura e do Abastecimento.

Art. 9o Sem prejuízo das responsabilidades civil e penal cabíveis, a infringência


às disposições contidas nesta Lei sujeita as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público
ou privado, envolvidas no processo de classificação, às seguintes sanções administrativas,
isolada ou cumulativamente:
I - advertência;
II - multa de até 500.000 UFIRs ou índice equivalente que venha a substituí-lo;
III - suspensão da comercialização do produto;
IV - apreensão ou condenação das matérias-primas e produtos;
V - interdição do estabelecimento;
VI - suspensão do credenciamento; e
VII - cassação ou cancelamento do credenciamento.
§1o A suspensão da comercialização do produto e do credenciamento pode ser
utilizada como medida cautelar no ato da ação fiscal, na forma a ser especificada em
regulamento.
§2o Cabe ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento dispor sobre a
destinação de produtos apreendidos ou condenados na forma desta Lei, observada
prioridade absoluta aos programas de segurança alimentar e combate à fome, nos casos
em que os produtos apreendidos se prestarem ao consumo humano. (Nova redação de
acordo com a Lei 12.341/2010).

Art. 10. O art. 37 da Lei no 8.171, de 17 de janeiro de 1991, passa a vigorar com
a seguinte redação: "Art. 37. É mantida, no território nacional, a exigência de
padronização, fiscalização e classificação de produtos animais, subprodutos e derivados
e seus resíduos de valor econômico, bem como dos produtos de origem animal destinados
ao consumo e à industrialização para o mercado interno e externo." (NR)

Art. 11. O Poder Executivo regulamentará esta Lei, dentro de noventa dias.

Art. 12. Esta Lei entra em vigor no prazo de noventa dias a partir da data de sua
publicação.

26 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 13. Revoga-se a Lei no 6.305, de 15 de dezembro de 1975.

Brasília, 25 de maio de 2000; 179o da Independência e 112o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO


Pedro Malan
Marcio Fortes de Almeida
Publicado no Diário Oficial da União em 26/05/2000

27 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

DECRETO nº 6.268, de 22 de novembro de 2007, com as


alterações dadas pelo Decreto 11.130, de 11 de julho de 2022
Regulamenta a Lei nº 9.972, de 25 de maio de 2000, que
institui a classificação de produtos vegetais, seus subprodutos
e resíduos de valor econômico, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso
IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 9.972, de 25 de maio de 2000.

DECRETA:

CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1o Este Decreto estabelece as normas regulamentadoras sobre a classificação


de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, em cumprimento
ao disposto na Lei no 9.972, de 25 de maio de 2000.
Parágrafo único. Para os fins deste Decreto, considera-se:
I - amostra: porção representativa de um lote ou volume do qual foi retirada;
II - amostra de classificação: é a coletada para fins de determinar as
características intrínsecas e extrínsecas do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos
de valor econômico, objetivando a emissão do documento de classificação;
III - amostra de fiscalização: é a coletada para fins de aferição da qualidade dos
serviços prestados e da conformidade da classificação dos produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico;
IV - amostragem: processo de retirada de amostra de um lote ou volume;
V - apreensão: é o recolhimento definitivo do produto, subproduto e resíduo de
valor econômico, embalagem, envoltório ou contentor;
VI - Cadastro Geral de Classificação (CGC): procedimento administrativo para
registro, junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, das pessoas físicas
ou jurídicas processadoras, beneficiadoras, industrializadoras e embaladoras de produtos
vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico padronizados sujeitos à
classificação e das pessoas físicas ou jurídicas autorizadas a executar a classificação
desses produtos;
VII - classificação de fiscalização: procedimento realizado pela autoridade
fiscalizadora para aferição da conformidade dos produtos vegetais, seus subprodutos e
resíduos de valor econômico; (NR dada pelo Decreto 11.130/2022)
VIII - classificador: pessoa física, devidamente habilitada e registrada no
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, responsável pela classificação dos
produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico;
IX - controle: fiscalização exercida sobre as atividades de pessoas físicas ou
jurídicas envolvidas nas atividades de classificação;
X - credenciamento: procedimento administrativo que objetiva conceder
autorização para que as pessoas jurídicas executem a classificação de produtos vegetais,
seus subprodutos e resíduos de valor econômico;
XI - certificado de classificação de produto importado: documento devidamente
instituído pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que atesta a

28 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

conformidade do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico aos


padrões estabelecidos por legislação federal brasileira;
XII - documento de classificação: certificado, planilha, romaneio ou outro
documento, devidamente reconhecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, que comprova a realização da classificação vegetal;
XIII - embalador: pessoa física ou jurídica, que, por conta própria ou como
intermediária, acondiciona produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico;
XIV - empresa ou entidade especializada na atividade de classificação: é aquela
que dispõe de estrutura física, de instalações, equipamentos e de profissionais habilitados
para execução de tais serviços;
XV - entidade credenciada: pessoa jurídica registrada no Cadastro Geral de
Classificação e autorizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a
executar a classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico;
XVI - identidade: conjunto de parâmetros ou características que permitem
identificar ou caracterizar um produto vegetal seus subprodutos e resíduos de valor
econômico quanto aos aspectos botânicos, de aparência, natureza, tipo de
processamento ou benefício e modo de apresentação;
XVII - lote: quantidade de produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico com especificações de identidade, qualidade e apresentação perfeitamente
definidas;
XVIII - mercadoria fiscalizada: é o quantitativo de produto vegetal, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico constante na nota fiscal ou outro documento
de comercialização, ou, na ausência destes, a quantidade total do produto vegetal, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico existente no local fiscalizado,
devidamente registrada nos documentos de fiscalização;
XIX - padrão oficial de classificação: conjunto de especificações de identidade e
qualidade de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico,
estabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
XX - padronização: ato de definir as especificações de identidade e qualidade de
produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, necessárias para a
elaboração do padrão oficial de classificação;
XXI - profissional habilitado: pessoa física devidamente capacitada em curso de
classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico,
homologado e supervisionado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
XXII - posto de serviço: unidade física, devidamente equipada, estruturada e
credenciada para a prestação dos serviços de classificação vegetal;
XXIII - processador: pessoa física ou jurídica que transforma produto vegetal de
forma artesanal ou industrial em subprodutos ou resíduos de valor econômico;
XXIV - produto hortícola: produto oriundo da olericultura, da fruticultura, da
silvicultura, da floricultura e da jardinocultura;

29 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

XXV - qualidade: conjunto de parâmetros ou características extrínsecas ou


intrínsecas de um produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, que
permitam determinar as suas especificações qualiquantitativas, mediante aspectos
relativos à tolerância de defeitos, medida ou teor de fatores essenciais de composição,
características sensoriais e fatores higiênico-sanitários e tecnológicos;
XXVI - resíduo de valor econômico: é o remanescente da utilização de produtos
vegetais ou subprodutos e que possuem características de aproveitamento econômico;
XXVII - subproduto: é o que resulta do processamento, da industrialização ou do
beneficiamento econômico de um produto vegetal;
XXVIII - supervisão técnica: ato fiscalizador que objetiva verificar as condições
físicas e operacionais dos envolvidos no processo de classificação, a qualidade dos
serviços prestados por classificadores e pelas entidades credenciadas, bem como a
identidade, qualidade, conformidade e idoneidade de produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico; (NR dada pelo Decreto 11.130/2022)
XXIX - valor comercial do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico fiscalizados: é o valor constante na nota fiscal ou outro documento de
comercialização, ou, na ausência destes, o valor constante na etiqueta, nos códigos de
barras, nos anúncios do produto ou na mercadoria fiscalizada, ou outro valor de produto
de qualidade similar, devidamente registrado nos documentos de fiscalização; (NR dada
pelo Decreto 11.130/2022)
XXX - certificação sanitária para exportação: procedimento pelo qual o Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento certifica que o produto vegetal, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico ou os seus sistemas de controle estão de
acordo com os requisitos sanitários específicos do País ou países importadores; (NR)
XXXI - detentor: pessoa física ou jurídica que, no ato da fiscalização, tem a posse
ou a propriedade do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico;
(NR)
XXXII - envolvido no processo de classificação de produtos vegetais: o ente,
pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que, por conta própria ou como
intermediária, de forma direta ou indireta, atua nos processos de acondicionamento,
armazenamento, beneficiamento, certificação, classificação, comercialização,
consolidação, distribuição, doação, exportação, importação, industrialização,
manipulação, preparação, processamento, produção, seleção, supervisão,
transformação, transporte e controle da qualidade de produtos vegetais e os órgãos ou
entidades do poder público que coordenam ou são responsáveis pelo processo de
compra, venda e doação de produtos; (NR)
XXXIII - produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico: o
vegetal íntegro ou qualquer de suas partes, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico, que se apresenta em seu estado natural ou o vegetal processado e os
produtos de interesse agropecuário e passíveis de exploração econômica relativos aos
quais existam regulamentos específicos estabelecidos pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento; (NR)
XXXIV - rastreabilidade: conjunto de procedimentos que permitam detectar a
origem e acompanhar a movimentação de um produto vegetal ao longo da cadeia
produtiva, por meio de elementos informativos e documentais registrados e auditáveis;
e (NR)

30 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

XXXV - recolhimento: ação realizada pela empresa responsável e demais


estabelecimentos da cadeia produtiva, de forma voluntária ou por determinação do órgão
fiscalizador, que visa à imediata e eficaz retirada do mercado do produto vegetal. (NR)

CAPÍTULO II – DA CLASSIFICAÇÃO

Art. 2o São passíveis de classificação os produtos vegetais, seus subprodutos e


resíduos de valor econômico que possuam padrão oficial de classificação estabelecido
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (NR dada pelo Decreto
11.130/2022)

Art. 3o Os produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico,


na forma do art. 1º da Lei 9.972, de 2000, já embalados e rotulados com as
especificações qualitativas, destinados diretamente à alimentação humana,
comercializados, armazenados ou em trânsito, devem estar devidamente classificados.

Art. 4o Consideram-se como produtos vegetais, seus subprodutos ou resíduos de


valor econômico destinados diretamente à alimentação humana aqueles que estejam em
condições de serem oferecidos ao consumidor final.
Parágrafo único. Somente poderá ser destinado à alimentação humana o produto
vegetal, seu subproduto e resíduo de valor econômico que:
I - não represente risco à saúde pública;
II - não esteja desclassificado;
III - não tenha sido adulterado, fraudado ou falsificado;
IV - tenha assegurada a sua rastreabilidade; e
V - atenda às especificações aplicáveis estabelecidas neste Decreto ou em
normas complementares. (NR)

Art. 5o A classificação obrigatória para os produtos vegetais, seus subprodutos e


resíduos de valor econômico deverá cumprir o estabelecido nos padrões oficiais de
classificação.

Art. 6o A informação das características dos produtos vegetais, seus subprodutos


e resíduos de valor econômico que não possuam padrão oficial de classificação
estabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento será de
responsabilidade do seu fornecedor.
Parágrafo único. Os embaladores e demais detentores dos produtos vegetais,
seus subprodutos e resíduos de valor econômico previstos no caput são responsáveis por
fazer constar nos rótulos, embalagens e documentos que acompanham estes produtos
as características de identidade e qualidade dos mesmos, observando orientações do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e demais exigências legais.

31 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Art. 7o Nas operações de compra, venda ou doações pelo Poder Público de


produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, caberá ao órgão ou
instituição que coordena o processo competente adquirir, comercializar ou doar produtos
devidamente classificados e acompanhados dos correspondentes documentos
comprobatórios da classificação.
§1o No caso das compras efetuadas pelo Poder Público, a classificação poderá
ser realizada diretamente pelo agente público da Administração contratante, cuja
designação deverá recair preferencialmente sobre servidor que tenha sido habilitado
segundo o disposto no art. 13.
§2o A classificação efetuada de acordo com o §1o terá caráter simplificado e será
realizada pela verificação da conformidade e da qualidade do material em face das
especificações contratuais, nos termos do inciso II do caput do art. 73 da Lei no 8.666,
de 21 de junho de 1993. (NR Decreto 8.446, de 6 de maio de 2015)
§3o Ficam dispensadas da classificação obrigatória as compras de pequenas
quantidades de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico
realizadas pelo Poder Público, com dispensa de processo licitatório, de pequenos e médios
produtores rurais, como as operações a que se referem o art. 17 da Lei no 12.512, de 14
de outubro de 2011, e o §1 o do art. 14 da Lei no 11.947, de 16 de junho de 2009. (NR
Decreto 8.446, de 6 de maio de 2015)
§4o Ato conjunto dos Ministros de Estado da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento e do Planejamento, Orçamento e Gestão estabelecerá limites e
parâmetros indicativos das compras de pequenas quantidades a que se refere o §3o.”
(NR)

Art. 8o A classificação dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de


valor econômico, importados, será executada diretamente pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, podendo utilizar, além de sua própria estrutura, entidades
credenciadas para o apoio operacional e laboratorial.
§1o A classificação nos portos, aeroportos, terminais alfandegários e demais
postos de fronteira e estações aduaneiras, como exercício regular de poder de política,
tem como objetivo aferir a conformidade dos produtos vegetais, seus subprodutos e
resíduos de valor econômico importados com os padrões oficiais de classificação ou
requisitos mínimos de identidade e qualidade estabelecidos pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento e poderá ser implementada com base em análise de risco. (NR
dada pelo Decreto 11.130/2022)
§2o Poderão ser dispensadas da classificação obrigatória, observadas orientações
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, as pequenas quantidades de
produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico.
§3o Os procedimentos de deferimento no processo de importação serão
realizados pela autoridade fiscalizadora do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento conforme o disposto em regulamento. (NR dada pelo Decreto
11.130/2022)
§4o O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderá solicitar a
qualquer tempo a classificação ou análise laboratorial, a ser realizada por credenciada,
às expensas do interessado. (NR dada pelo Decreto 11.130/2022)

32 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 9o Fica sujeito à nova classificação o produto vegetal, seus subprodutos e


resíduos de valor econômico que por qualquer motivo perder a característica de
apresentação ou rotulagem original, alterar as especificações de identidade e qualidade
que constavam no documento de classificação original ou for misturado ou mesclado para
formação, aumento ou composição de novo lote.

Art. 10. A classificação será documentada de forma a comprovar a sua realização,


por meio de certificado, de planilha, de romaneio ou outro documento, que venha a
atender às necessidades de comprovação eficaz do ato.
Parágrafo único. Os requisitos e os critérios para utilização do documento de
classificação, bem como as informações mínimas obrigatórias que devem nele constar,
serão definidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Art. 11. O embalador ou responsável pela garantia das indicações qualitativas do


produto vegetal, subproduto ou resíduo de valor econômico deverá manter em arquivo e
à disposição das autoridades fiscalizadoras os documentos comprobatórios da
classificação, por um período mínimo de cinco anos.
§1o O número do documento de classificação, as especificações qualitativas do
produto e a identificação do lote devem constar nos documentos fiscais emitidos pelas
pessoas dispostas no caput deste artigo.
§2o Na impossibilidade de comprovação da classificação por meio dos
documentos previstos no §1o ou sendo desconhecida a procedência do produto, o
detentor do produto vegetal, subproduto ou resíduo de valor econômico responderá
isolada ou solidariamente.

Art. 12. Nos casos em que o interessado discordar do resultado da classificação


dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, desde que as
características do produto permitam, poderá ser realizada nova classificação por meio de
arbitragem.
Parágrafo único. A metodologia, os critérios, procedimentos e prazos para
execução da arbitragem prevista no caput deste artigo, inclusive dos produtos perecíveis,
serão regulamentados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Art. 13. Todo classificador deverá ser habilitado em curso específico,


devidamente homologado e supervisionado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.
Parágrafo único. O classificador habilitado na forma deste artigo será responsável
pela classificação dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico.

Art. 14. É obrigatória a indicação do lote e do resultado da classificação dos


produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico nos rótulos,
embalagens ou marcações, observando orientações do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento e demais exigências legais.
Parágrafo único. A indicação constante do caput deste artigo deverá representar
fielmente a identidade e a qualidade do produto, com base no disposto no documento de
classificação.

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Fátima Chieppe Parizzi

CAPÍTULO III – DO PADRÃO OFICIAL DE CLASSIFICAÇÃO

Art. 15. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estabelecerá os


critérios e procedimentos técnicos para elaboração, aplicação, monitoramento e revisão
dos padrões oficiais de classificação.
§1o Os padrões oficiais de classificação dos produtos vegetais, seus subprodutos
e resíduos de valor econômico serão definidos em regulamentos técnicos, podendo dispor
de modelos-tipo ou padrões físicos quando couber, e ainda ser revistos a qualquer tempo.
§2o Na elaboração ou revisão dos padrões oficiais de classificação dos produtos
vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, será facultada a participação
consultiva dos segmentos interessados.
§3o Segundo a natureza, a perecibilidade e o sistema de comercialização dos
produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderá estabelecer regulamentos técnicos e
normas específicas e simplificadas para fins de elaboração do padrão oficial de
classificação, de sua padronização e de sua fiscalização.

Art. 16. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estabelecerá


regulamentos técnicos para produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico, definindo o padrão oficial de classificação, com os requisitos de identidade e
qualidade, a amostragem, o modo de apresentação e a marcação ou rotulagem, nos
aspectos referentes à classificação dos produtos.

Art. 17. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento definirá, em


regulamento técnico, os produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico e demais procedimentos referentes à utilização de padrões físicos.

CAPÍTULO IV – DA AMOSTRA E DA AMOSTRAGEM

Art. 18. Nos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico
classificados por amostra, a classificação deverá ser representativa do lote ou volume do
qual se origina a amostra.
§1o As especificidades e o conceito referentes ao lote a que se refere o caput
deste artigo serão definidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
§2o A metodologia, os critérios e os procedimentos necessários à amostragem,
confecção, guarda, conservação, autenticação e identificação das amostras serão fixados
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
§3o Caberá ao proprietário, possuidor, detentor ou transportador arcar com a
identificação e com a movimentação do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de
valor econômico, independentemente da forma em que se encontrem, propiciando as
condições necessárias à sua adequada amostragem.
§4o As amostras coletadas, que servirão de base à realização da classificação,
deverão conter os dados necessários à identificação do interessado ou solicitante da
classificação, do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico.

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Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 19. Nas operações de compra e venda ou doação pelo Poder Público, a
amostragem e a confecção das amostras para a classificação serão realizadas por
entidade credenciada.

Art. 20. Quando da classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e


resíduos de valor econômico importados, a amostragem e a confecção das amostras,
serão realizadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou pela
entidade credenciada que prestar apoio operacional.

Art. 21. Na classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de


valor econômico destinados diretamente à alimentação humana, a amostragem e a
confecção das amostras serão de responsabilidade da entidade credenciada ou do
interessado, devendo ser observados os mesmos critérios e procedimentos de
amostragem fixados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Parágrafo único. A responsabilidade de que trata o caput deste artigo será
comprovada no documento de coleta emitido pela credenciada ou no documento de
solicitação de serviços apresentado pelo interessado.

Art. 22. Os produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico


embalados e classificados devem apresentar-se homogêneos quanto às suas
especificações de qualidade, apresentação e identificação.

Art. 23. Na classificação de fiscalização, a amostragem dos produtos vegetais,


seus subprodutos e resíduos de valor econômico embalados será realizada observando-
se as suas especificidades.
§1o Nos produtos vegetais classificados por amostras será retirado volume ou
número de pacotes ou embalagens em quantidade suficiente para compor, no mínimo,
quatro vias de amostras, devidamente identificadas, lacradas e autenticadas.
§2o Nos produtos hortícolas será retirada quantidade suficiente para o trabalho
de aferição de conformidade.
§3o Nos subprodutos e resíduos de valor econômico de produtos vegetais
destinados diretamente à alimentação humana, oriundos de operações de compra e
venda do Poder Público ou, quando da importação, encontrados nos portos, aeroportos
e postos de fronteira será retirado volume, ou número de pacotes ou de embalagens, em
quantidade suficiente para compor, no mínimo, quatro vias de amostra, devidamente
identificadas, lacradas e autenticadas.

Art. 24. Na classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de


valor econômico importados e na classificação de fiscalização, o detentor da mercadoria
fiscalizada, seu representante legal, seu transportador ou seu armazenador deve
propiciar as condições necessárias aos trabalhos de amostragem e confecção das
amostras exigidas.
Parágrafo único. O descumprimento do disposto no caput deste artigo caracteriza
infração, por dificultar, causar embaraço ou promover resistência à ação fiscalizadora,
sujeitando quem der causa às penas previstas neste Decreto.

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Fátima Chieppe Parizzi

CAPÍTULO V – DO CREDENCIAMENTO

Art. 25. O credenciamento definido na forma do inciso X do parágrafo único do


art.1o deve:
I - ser por empresa ou posto de serviço;
II - habilitar por produto vegetal, subproduto ou resíduo de valor econômico; e
III - gerar um número de registro no Cadastro Geral de Classificação que terá
validade em todo o território nacional.
§1o O número de registro no Cadastro Geral de Classificação de um posto de
serviço ligado a uma mesma entidade credenciada deverá indexar, além do número de
registro de sua sede, dígitos que diferenciem e individualizem sua ação e
responsabilidade.
§2o Todos os credenciados deverão dispor de estrutura física, de instalações, de
equipamentos e de profissionais habilitados para execução dos serviços de classificação.

Art. 26. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento deverá:


I - divulgar a relação das entidades credenciadas a executar a classificação de
produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico;
II - editar normas simplificando o processo de credenciamento para produtos
hortícolas e outros perecíveis em função das necessidades determinadas pelas
especificidades desses produtos;
III - credenciar pessoas jurídicas que utilizam seu fluxo operacional para a
execução da classificação, desde que as especificações finais do produto vegetal, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico estejam em conformidade com o respectivo
Padrão Oficial de Classificação;
IV - aprovar em que momento do fluxo operacional poderá ser exercida a
classificação prevista no inciso III; e
V - definir os requisitos, os critérios, a estrutura e as instalações exigidas, os
prazos e as demais condições para o credenciamento previsto neste Decreto.

Art. 27. Não serão permitidas a prestação dos serviços de classificação vegetal e
a emissão de documento de classificação por pessoas jurídicas não-credenciadas ou
pessoas físicas não-habilitadas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

CAPÍTULO VI – DO CADASTRO GERAL DE CLASSIFICAÇÃO

Art. 28. As pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, envolvidas


no processo de classificação, deverão estar registradas no Cadastro Geral de
Classificação.
Parágrafo único. Os requisitos, os prazos, os critérios e os demais procedimentos
para o registro no Cadastro Geral de Classificação ou mesmo a sua isenção parcial ou
total para cada segmento, pessoa física ou jurídica, referido no caput deste artigo serão
estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

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Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

CAPÍTULO VII – DA FISCALIZAÇÃO

Seção I - Dos Objetivos


Art. 29. A fiscalização da classificação consiste no conjunto de ações diretas,
executadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com o objetivo de
aferir e controlar:
I - o registro, no Cadastro Geral de Classificação, das pessoas físicas e jurídicas
envolvidas no processo de classificação;
II - a execução dos serviços credenciados no que se refere a requisitos técnicos
de instalações, equipamentos, sistema de controle de processos e à qualidade dos
serviços e produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, bem como
à expedição dos documentos de classificação;
III - a identidade e a qualidade dos produtos vegetais, seus subprodutos e
resíduos de valor econômico no mercado interno, e a dos importados, em conformidade
com os padrões oficiais de classificação estabelecidos pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento;
IV - a identidade e a segurança higiênico-sanitária e tecnológica dos produtos
vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, adstritas ao disposto no inciso
IV do art. 27-A, da Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991, e em conformidade com os
demais dispositivos legais pertinentes;
V - o prazo de validade e a conformidade dos padrões físicos;
VI - os quantitativos classificados em relação aos comercializados; (NR)
VII - o recolhimento de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico; e
VIII - a rastreabilidade de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de
valor econômico. (NR)
§1o Constituem-se também em ações de fiscalização as supervisões técnicas
necessárias à verificação de conformidade levadas a efeito nos estabelecimentos públicos
ou privados, nos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico,
serviços e processos, previstos neste Decreto, que venham a optar por certificação
voluntária ou requerer certificação sanitária para exportação. (NR dada pelo Decreto
11.130/2022)
§2o As definições, os conceitos, os objetivos, os campos de aplicação, a forma de
certificação e as condições gerais para a adoção das ações previstas no §1 o deste artigo
serão fixadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Art. 29-A. O recolhimento poderá ser aplicado de maneira antecedente ou


incidente ao procedimento administrativo.
§1º Os estabelecimentos adotarão, sob suas expensas, as providências
necessárias para o recolhimento de lotes de produtos vegetais, seus subprodutos e
resíduos de valor econômico que representem risco à saúde pública ou que tenham sido
adulterados, fraudados ou falsificados.
§2º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgará alerta de
risco ao consumidor sobre as informações referentes ao recolhimento. (NR)

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Fátima Chieppe Parizzi

Art. 30. A fiscalização nos portos, aeroportos, demais postos de fronteira,


constituídos também pelas estações aduaneiras e terminais alfandegários, objetiva
controlar a conformidade dos documentos e produtos vegetais, subprodutos e resíduos
de valor econômico aos requisitos estabelecidos pela legislação da classificação vegetal
e por acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário.

Art. 31. As ações necessárias à operacionalização do Sistema Brasileiro de


Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, no âmbito da classificação de produtos
vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, serão implementadas pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que deverá definir:
I - os critérios e procedimentos para adesão dos Municípios, Estados e Distrito
Federal ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal;
II - as diretrizes e amplitude de ação dos Municípios, Estados e Distrito Federal,
nas suas respectivas jurisdições, quando não aderirem ao Sistema Brasileiro de Inspeção
de Produtos de Origem Vegetal; e
III - os limites da atuação dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da
União, no âmbito da classificação, sempre observados princípios que assegurem a
identidade, a qualidade, a conformidade e a idoneidade dos produtos vegetais, seus
subprodutos, derivados e resíduos de valor econômico, por meio das ações de supervisão
técnica, fiscalização e classificação de produtos, sistemas ou cadeia produtiva, conforme
o caso.

Seção II - Dos Documentos de Fiscalização


Art. 32. São documentos de fiscalização, para efeito deste Decreto, os seguintes:
I - termo de fiscalização;
II - termo de fiscalização de entidade credenciada;
III - termo de intimação;
IV - auto de coleta de amostra;
V - termo de aplicação da medida cautelar de suspensão da comercialização;
VI - termo de aplicação da medida cautelar de suspensão do credenciamento;
VII - auto de infração;
VIII - termo aditivo;
IX - termo de notificação; e
X - termo de execução de julgamento. (NR)

Art. 33. O termo de fiscalização é o documento que formaliza o ato fiscalizador


no estabelecimento, descrevendo resumidamente as atividades desenvolvidas e os
produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico fiscalizados, no
âmbito da classificação.

Art. 34. O termo de fiscalização de entidade credenciada é o documento que


formaliza o ato fiscalizador no posto de serviço, descrevendo resumidamente as
atividades desenvolvidas.

Art. 35. O termo de intimação é o instrumento hábil para estabelecer prazo com
o objetivo de reparar irregularidades, solicitar documentos ou informações e determinar
a adoção de providências.

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Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 36. O auto de coleta de amostras é o documento hábil para início do trabalho
da classificação de fiscalização de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor
econômico, constando informações sobre o produto, o detentor, o embalador e sobre a
amostra.

Art. 37. O termo de aplicação da medida cautelar de suspensão da


comercialização é o documento que formaliza a interrupção temporária da
comercialização do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico
fiscalizados.

Art. 38. O termo de suspensão de credenciamento ou do registro é o documento


que formaliza a medida cautelar de interrupção temporária, total ou parcial:
I - da prestação de serviços pela entidade credenciada;
II - do registro do classificador; ou
III - do registro ou do funcionamento do estabelecimento. (NR dada pelo
Decreto 11.130/2022)

Art. 39. O auto de infração é o documento hábil para a autoridade fiscalizadora


autuar pessoa física ou jurídica, quando constatada a violação de regras constantes neste
Decreto e demais atos normativos referentes à classificação vegetal.

Art. 40. O termo aditivo é o documento destinado a corrigir eventuais


impropriedades na emissão dos documentos de fiscalização ou, quando for o caso, incluir
informações neles omitidas.

Art. 41. O termo de notificação é o documento hábil para cientificar o infrator do


julgamento proferido em qualquer instância administrativa.

Art. 42. O termo de execução de julgamento é o documento hábil para configurar


os atos de execução das seguintes decisões administrativas:
I - relacionadas à sanção:
a) interdição de estabelecimento;
b) suspensão da comercialização de produtos vegetais, seus subprodutos e
resíduos de valor econômico;
c) suspensão do credenciamento ou de registro; e
d) cassação ou cancelamento de credenciamento ou de registro. (NR dada
pelo Decreto 11.130/2022)
II - relacionadas à suspensão da comercialização de produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico e apreensão ou condenação das matérias-
primas e produtos:
a) destruição ou desnaturação de produtos vegetais, seus subprodutos e
resíduos de valor econômico;
b) doação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico;
c) venda de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico; e
d) liberação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico.

39 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Seção III - Do Exercício da Fiscalização


Art. 43. A fiscalização prevista neste Decreto será exercida no âmbito da
competência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento por Fiscal Federal
Agropecuário, podendo ser auxiliado por servidores habilitados como classificadores,
devidamente credenciados e identificados funcionalmente.

Art. 44. Na execução das atividades fiscalizadoras, o Ministério da Agricultura,


Pecuária e Abastecimento poderá utilizar-se de apoio técnico, operacional e laboratorial
das empresas ou entidades credenciadas.

Seção IV - Dos Fiscalizados


Art. 45. Estão sujeitos à fiscalização prevista neste Decreto:
I - as pessoas físicas e jurídicas de direito público e privado que, por conta própria
ou como intermediárias, estejam envolvidas no processo de classificação;
II - os órgãos do Poder Público responsáveis por operações de compra, venda ou
doação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico;
III - o importador de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico; e
IV - o depositário nomeado para guarda de mercadoria fiscalizada.
§1o Os fiscalizados relacionados neste artigo são obrigados a disponibilizar
informações, apresentar ou entregar documentos nos prazos fixados, realizar o
recolhimento de lotes de produtos que representem risco à saúde pública ou aos
interesses do consumidor e permitir a ação dos fiscais identificados. (NR dada pelo
Decreto 11.130/2022)
§2o A fiscalização será realizada em estabelecimentos, propriedades rurais,
depósitos, armazéns, ferrovias, rodovias, terminais rodoviários e ferroviários, aeroportos,
portos, bordos de navios atracados ou não, trens e caminhões, alfândegas ou outros
locais onde possam existir produtos vegetais, subprodutos, resíduos de valor econômico
e documentos, sendo permitida a requisição de auxílio policial, quando necessário.

Seção V - Da Classificação de Fiscalização


Art. 46. A fiscalização e a aferição da qualidade dos produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico padronizados serão realizadas mediante a
classificação de fiscalização.
§1o Os resultados das análises dos produtos vegetais, seus subprodutos e
resíduos de valor econômico serão formalizados por meio de documento emitido pelo
órgão fiscalizador ou por entidade habilitada para a prestação de serviço de apoio
operacional ou laboratorial. (NR dada pelo Decreto 11.130/2022)
§2o O resultado da classificação de fiscalização fundamentará os procedimentos
administrativos cabíveis e será comunicado ao interessado pelo órgão fiscalizador. (NR
dada pelo Decreto 11.130/2022)
§3º A classificação de fiscalização poderá ser realizada por meio de análise total
ou parcial dos parâmetros de identidade e qualidade dos produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico. (NR)

40 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 47. Quando discordar do resultado da classificação de fiscalização de que


trata o artigo anterior, o interessado poderá, no prazo máximo de três dias, contados da
data de recebimento do laudo, requerer perícia.
§1o Para os produtos hortícolas e outros perecíveis, o prazo máximo para
solicitação de perícia será de vinte e quatro horas.
§2o Na perícia, não cabe contestação da amostragem ou da metodologia oficial
de classificação vegetal.
§3o O interessado, ao requerer a perícia, deverá indicar o perito, anexando cópia
da carteira de classificador ou comprovante de sua habilitação.
§4o A perícia será realizada por uma comissão composta por três profissionais
legalmente habilitados, sendo um representante do interessado, um representante do
órgão fiscalizador ou do posto de serviço utilizado e um representante do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que presidirá a comissão.
§5o Os peritos deverão apresentar documentos originais expedidos pelos órgãos
competentes, que comprovam sua habilitação legal; e
§6o O interessado será notificado, por escrito, da data, hora e local em que se
realizará a perícia, sendo que o não comparecimento do seu perito, na data determinada,
implicará a aceitação do resultado da classificação de fiscalização.
§7o A perícia será realizada preferencialmente na amostra de contraprova em
poder do órgão fiscalizador, devendo apresentar-se inviolada, o que será atestado
obrigatoriamente pelos peritos.
§8o As análises periciais e seus resultados serão formalizados no laudo de
classificação pericial e constarão de ata lavrada e assinada pelas partes, mencionando os
procedimentos e as ocorrências verificadas.
§9o Concluída a análise pericial, a autoridade fiscalizadora comunicará ao
interessado o resultado final e adotará as providências cabíveis.
§10. O resultado da análise pericial será considerado definitivo não cabendo
contestação.
§11. A perícia só pode ser suspensa ou interrompida por decisão do presidente
da comissão de peritos, mediante justificativa registrada na ata correspondente, assinada
pelas partes. (revogado pelo Decreto 11.130/2022)

Art. 48. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento disciplinará


procedimento simplificado que garanta a verificação de conformidade de cada produto
de acordo com a natureza, a perecibilidade, o risco associado e o sistema de
comercialização dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico.
(NR dada pelo Decreto 11.130/2022)

Seção VI - Do Quantitativo Classificado em Relação ao Comercializado


Art. 49. A verificação do cumprimento da classificação obrigatória será realizada
mediante a fiscalização quantitativa, cujos procedimentos, se necessários, serão definidos
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

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Fátima Chieppe Parizzi

CAPÍTULO VIII – DAS PENALIDADES E INFRAÇÕES

Seção I - Das Penalidades


Art. 50. A infringência às disposições deste Decreto sujeita os envolvidos no
processo de classificação às seguintes penalidades:
I - advertência;
II - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) até R$ 532.050,00 (quinhentos e trinta e
dois mil e cinquenta reais);
III - suspensão da comercialização do produto;
IV - apreensão ou condenação das matérias-primas e produtos;
V - interdição do estabelecimento;
VI - suspensão do credenciamento ou do registro; e
VII - cassação ou cancelamento do credenciamento ou do registro. (NR)

Art. 51. As penalidades previstas nesta seção poderão ser aplicadas isolada ou
cumulativamente.

Art. 52. Dar-se-á a reincidência, quando o infrator já tenha sido condenado em


decisão anterior irrecorrível há menos de cinco anos, contados da data da prolação da
última decisão administrativa.
Parágrafo único. O requisito da reincidência para aplicação de penalidade será
afastado quando o infrator obtiver vantagem ou causar danos ou prejuízos em razão da
infração praticada.

Seção II - Das Infrações


Art. 53. Deixar o registrado no Cadastro Geral de Classificação de comunicar ao
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento qualquer alteração dos elementos
informativos e documentais:
Pena: advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) e
será aplicada no caso de reincidência.

Art. 54. Deixar de registrar, na documentação fiscal que acompanha o produto,


as informações obrigatórias exigidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento:
Pena: advertência e suspensão da comercialização do produto, subproduto ou
resíduo de valor econômico; e multa e apreensão ou condenação do produto, subproduto
ou resíduo de valor econômico ou das matérias-primas.
§1o A pena de multa será no valor R$ 1.000,00 (um mil reais) e será aplicada no
caso de reincidência.
§2o A penalidade de apreensão de matéria prima dar-se-á quando o produto,
subproduto ou resíduo de valor econômico estiver sob pena de suspensão de
comercialização, e as exigências constantes em notificação não forem atendidas no prazo
estabelecido.

42 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 55. Preencher de forma irregular os documentos relacionados à classificação


vegetal:
Pena: advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) e
será aplicada no caso de reincidência.

Art. 56. Deixar de manter em arquivo, pelos prazos regulamentares, os


documentos de classificação, seus respectivos laudos, e demais documentos
administrativos:
Pena: advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) e
será aplicada no caso de reincidência.

Art. 57. Deixar de encaminhar ao Ministério da Agricultura, Pecuária e


Abastecimento o relatório dos serviços executados e outros documentos exigidos pela
autoridade fiscalizadora:
Pena: advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) e será
aplicada no caso de reincidência.

Art. 58. Não providenciar a renovação do documento de habilitação do


classificador ou permitir a execução de serviço de classificação por pessoa física que não
possua habilitação legal:
Pena: advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) e
poderá ser aplicada tanto em caso de infração primária quanto para infratores
reincidentes.

Art. 59. Comercializar produtos com presença de insetos vivos, em qualquer uma
das suas fases evolutivas, resultando em desconformidade com os padrões de
classificação:
Pena: advertência e suspensão da comercialização do produto vegetal,
subproduto ou resíduo de origem econômica, multa, apreensão ou condenação de
matéria-prima e produto.
§1o A pena de multa será no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) e poderá ser
aplicada tanto em caso de infração primária quanto para infratores reincidentes.
§2o A penalidade de apreensão de matéria-prima dar-se-á quando o produto,
subproduto ou resíduo de valor econômico estiver sob pena de suspensão de
comercialização, e as exigências constantes em notificação não forem atendidas no prazo
estabelecido.

Art. 60. Deixar de atender às exigências ou desrespeitar os prazos dispostos em


termo de intimação:
Pena: advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) e
será aplicada no caso de reincidência.

43 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Art. 61. Deixar de realizar a classificação obrigatória do produto vegetal,


subproduto e resíduo de valor econômico prevista neste Decreto:
Pena: advertência e suspensão da comercialização do produto vegetal,
subproduto ou resíduo de origem econômica, multa, apreensão ou condenação de
matéria-prima e produto.
§1o A pena de multa será no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), acrescida de
vinte por cento do valor comercial da mercadoria fiscalizada, limitado ao valor máximo
de R$ 532.050,00 (quinhentos e trinta e dois mil e cinquenta reais) e será aplicada no
caso de reincidência.
§2o A penalidade de apreensão de matéria-prima dar-se-á quando o produto,
subproduto ou resíduo de valor econômico estiver sob pena de suspensão de
comercialização, e as exigências constantes em notificação não forem atendidas no prazo
estabelecido.

Art. 62. Possuir ou manter em estoque embalagem, envoltório ou contentor, cuja


marcação esteja em desconformidade com as normas oficiais do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento:
Pena: advertência e suspensão da comercialização do produto, subproduto ou
resíduo de valor econômico, multa, apreensão ou condenação da matéria-prima e
produto.
§1o A pena de multa será no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) e será aplicada
no caso de reincidência.
§2o A penalidade de apreensão de matéria-prima dar-se-á quando o produto,
subproduto ou resíduo de valor econômico estiver sob pena de suspensão de
comercialização, e as exigências constantes em notificação não forem atendidas no prazo
estabelecido.

Art. 63. Deixar o depositário de informar, por escrito, ao órgão fiscalizador, sobre
o risco iminente de a mercadoria fiscalizada, sob sua guarda, tornar-se imprópria para
consumo humano:
Pena: advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) e
poderá ser aplicada tanto no caso de infrator primário quanto reincidente.

Art. 64. Prestar serviço de classificação vegetal de forma incorreta, inadequada


ou insegura, apresentar discrepâncias ou executá-lo em tempo e técnicas incompatíveis
com as boas práticas:
Pena: advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) e
será aplicada no caso de reincidência.

Art. 65. Executar a amostragem ou confeccionar a amostra em desconformidade


com as disposições deste Decreto e demais atos normativos referentes à classificação
vegetal:
Pena: advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) e
será aplicada no caso de reincidência.

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Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 66. Deixar de manter as amostras de arquivo ou mantê-las sem a devida


conservação e identificação:
Pena: advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) e
será aplicada no caso de reincidência.

Art. 67. Não promover, a entidade credenciada, o controle interno de qualidade


dos serviços prestados:
Pena: advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) e
será aplicada no caso de reincidência.

Art. 68. Não promover nova classificação e remarcação nos rótulos ou


embalagens dos produtos hortícolas ou outros perecíveis, quando esses produtos tiverem
suas especificações qualitativas alteradas em relação àquelas marcadas originalmente
pelo embalador ou expedidor:
Pena: advertência e suspensão da comercialização de produto, subproduto ou
resíduo de valor econômico, multa, apreensão ou condenação de matéria-prima e
produto.
§1o A pena de multa será no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), acrescida de
vinte por cento do valor comercial da mercadoria fiscalizada, limitado ao valor máximo
de R$ 532.050,00 (quinhentos e trinta e dois mil e cinqüenta reais) e poderá ser aplicada
tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência.
§2o A penalidade de apreensão de matéria-prima dar-se-á quando o produto,
subproduto ou resíduo de valor econômico estiver sob pena de suspensão de
comercialização, e as exigências constantes em notificação não forem atendidas no prazo
estabelecido.

Art. 69. Deixar de atender às exigências dispostas em termo de notificação de


julgamento administrativo, quando da aplicação da penalidade de suspensão da
comercialização do produto vegetal, subproduto e resíduo de valor econômico:
Pena: advertência, multa e apreensão de mercadoria.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) e
poderá ser aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência.

Art. 70. Ocultar a mercadoria a ser fiscalizada:


Pena: advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) e
poderá ser aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência.

Art. 71. Prestar serviços de classificação em situação inadequada quanto às


instalações, materiais e equipamentos, ou estando com documentos comprobatórios de
registro suspensos ou cassados:
Pena: advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) e
poderá ser aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência.

45 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Art. 72. Executar serviço de classificação fora do posto de serviço credenciado,


em instalações inadequadas, sem equipamentos e materiais próprios ou descalibrados,
não aferidos ou em desconformidade com a legislação aplicável:
Pena: advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) e
será aplicada em caso de reincidência.

Art. 73. Destinar para consumo ou para processamento produtos vegetais,


subprodutos e resíduos de valor econômico que estejam desclassificados:
Pena: advertência e multa, apreensão ou condenação da matéria-prima ou
produto.
§1o A pena de multa será no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), acrescido de
quatrocentos por cento do valor comercial da mercadoria fiscalizada, limitado ao valor
máximo de R$ 532.050,00 (quinhentos e trinta e dois mil e cinqüenta reais) e poderá ser
aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência.
§2o A penalidade de apreensão de matéria-prima dar-se-á quando o produto,
subproduto ou resíduo de valor econômico desclassificado, estiver sob pena de suspensão
de comercialização e as exigências constantes em notificação não forem atendidas no
prazo estabelecido ou ainda quando o produto, subproduto ou resíduo de valor
econômico estiver sem a possibilidade de ser reprocessado ou rebeneficiado.

Art. 74. Destinar para consumo ou para processamento produtos vegetais,


subprodutos e resíduos de valores econômicos em desconformidade com os padrões de
classificação aplicáveis:
Pena: suspensão da comercialização de produto, subproduto ou resíduo de valor
econômico, multa, apreensão ou condenação de matéria-prima e produto.
§1o A pena de multa será no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), acrescido de
vinte por cento do valor comercial da mercadoria fiscalizada, limitado ao valor máximo
de R$ 532.050,00 (quinhentos e trinta e dois mil e cinqüenta reais) e será aplicada em
caso de reincidência.
§2o A penalidade de apreensão ou condenação de matéria-prima dar-se-á
quando o produto, subproduto ou resíduo de valor econômico estiver sob pena de
suspensão de comercialização e as exigências constantes em notificação não forem
atendidas no prazo estabelecido ou ainda quando o produto, subproduto ou resíduo de
valor econômico estiver sem a possibilidade de ser reprocessado ou rebeneficiado.

Art. 75. Deixar de atender às exigências dispostas em termo de notificação de


julgamento administrativo e não arcar com o ônus decorrente da aplicação da pena de
apreensão e condenação do produto vegetal, subproduto e resíduo de valor econômico,
da embalagem, envoltório ou contentor:
Pena: multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais),
acrescido de duzentos por cento do valor comercial da mercadoria fiscalizada, limitado
ao valor máximo de R$ 532.050,00 (quinhentos e trinta e dois mil e cinquenta reais) e
será aplicada em caso de reincidência.

46 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 75-A. Deixar de realizar o recolhimento de forma voluntária ou por


determinação do órgão fiscalizador:
Pena: suspensão da comercialização de produto, subproduto ou resíduo de valor
econômico, multa, apreensão ou condenação do produto.
§1º A pena de multa será no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), acrescido de
cem por cento do valor comercial da mercadoria fiscalizada, limitado ao valor máximo de
R$ 532.050,00 (quinhentos e trinta e dois mil e cinquenta reais), e poderá ser aplicada
tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência.
§2º A penalidade de apreensão ou condenação se dará quando o produto,
subproduto ou resíduo de valor econômico estiver sob pena de suspensão de
comercialização e as exigências constantes em notificação não forem atendidas no prazo
estabelecido ou ainda quando o produto, subproduto ou resíduo de valor econômico
estiver sem a possibilidade de ser reprocessado ou rebeneficiado. (NR)

Art. 76. Apresentar divergência entre a marcação das especificações do produto,


subproduto e resíduo de valor econômico, e os resultados apurados na classificação
técnica de fiscalização:
Pena: suspensão da comercialização de produto, subproduto ou resíduo de valor
econômico, multa, apreensão ou condenação de matéria-prima e produto.
§1o A pena de multa será no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), acrescido de
vinte por cento do valor comercial da mercadoria fiscalizada, limitado ao valor máximo
de R$ 532.050,00 (quinhentos e trinta e dois mil e cinqüenta reais) e será aplicada tanto
ao infrator primário quanto em caso de reincidência.
§2o A penalidade de apreensão ou condenação de matéria-prima dar-se-á quando
o produto, subproduto ou resíduo de valor econômico estiver sob pena de suspensão de
comercialização e as exigências constantes em notificação não forem atendidas no prazo
estabelecido.

Art. 77. Acondicionar, embalar, armazenar, transportar ou expor à venda


produtos, subprodutos e resíduos de valor econômico em condições que não asseguram
a conformidade das suas correspondentes classificações:
Pena: multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais),
acrescido de cem por cento do valor comercial da mercadoria fiscalizada, limitado ao
valor máximo de R$ 532.050,00 (quinhentos e trinta e dois mil e cinqüenta reais) e
poderá ser aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência.

Art. 78. Embalar ou processar produtos sem dispor dos documentos


comprobatórios de registro no Cadastro Geral de Classificação, ou mantê-los
desatualizados:
Pena: multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais),
e poderá ser aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência.

47 | P á g i n a
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Art. 79. Embalar ou processar produtos em estabelecimento que esteja


funcionando em desacordo com as disposições deste Decreto e demais atos normativos
referentes à classificação vegetal:
Pena: multa, apreensão ou condenação de matéria-prima ou produto.
§1o A pena de multa será no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), e poderá ser
aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência.
§2o A penalidade de apreensão ou condenação de matéria-prima dar-se-á
quando o produto, subproduto ou resíduo de valor econômico forem embalados,
processados ou comercializados por estabelecimento interditado.

Art. 79-A. Deixar de assegurar a rastreabilidade do produto vegetal, subproduto


ou resíduos de valor econômico:
Pena: advertência, multa, suspensão da comercialização do produto, apreensão
ou condenação das matérias-primas e produtos, suspensão, cassação ou cancelamento
do registro.
§1º A pena de multa será no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), acrescido de vinte
por cento do valor comercial da mercadoria fiscalizada, limitado ao valor máximo de R$
532.050,00 (quinhentos e trinta e dois mil e cinquenta reais), e poderá ser aplicada tanto
ao infrator primário quanto em caso de reincidência.
§2º A penalidade de apreensão ou condenação se dará quando o produto,
subproduto ou resíduo de valor econômico estiver sob pena de suspensão de
comercialização e as exigências constantes em notificação não forem atendidas no prazo
estabelecido ou ainda quando o produto, subproduto ou resíduo de valor econômico
estiver sem a possibilidade de ser reprocessado ou rebeneficiado.
§3º A penalidade de suspensão, cassação ou cancelamento do registro se dará
quando o estabelecimento reincidir na infração três ou mais vezes. (NR)

Art. 79-B. Fazer funcionar o estabelecimento sem a infraestrutura básica exigida


ou em condições higiênico-sanitárias inadequadas:
Pena: advertência, multa e suspensão, cassação ou cancelamento do registro.
§1º A pena de multa será no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e poderá ser
aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência.
§2º A penalidade de suspensão, cassação ou cancelamento do registro se dará
quando o estabelecimento reincidir na infração três ou mais vezes. (NR)

Art. 80. Desrespeitar ou descumprir as obrigações, quando nomeado depositário


do produto pelo órgão fiscalizador:
Pena: multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais),
acrescido de cem por cento do valor comercial da mercadoria fiscalizada, limitado ao
valor máximo de R$ 532.050,00 (quinhentos e trinta e dois mil e cinqüenta reais) e
poderá ser aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência.

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Art. 81. Prestar serviço de classificação sem dispor dos documentos


comprobatórios de registro no Cadastro Geral de Classificação, credenciamento e
habilitação, ou mantê-los desatualizados: C/C Art. 53.
Pena: multa.
Parágrafo único. R$ 5.000,00 (cinco mil reais), e poderá ser aplicada tanto ao
infrator primário quanto em caso de reincidência.

Art. 82. Deixar a entidade credenciada de informar ao Ministério da Agricultura,


Pecuária e Abastecimento a constatação ou ocorrência de produto desclassificado:
Pena: advertência e multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais),
e será aplicada em caso de reincidência.

Art. 83. Não devolver a autorização de funcionamento do posto de serviço ou


a carteira original de classificador quando da aplicação da pena de cancelamento do
credenciamento da entidade ou de cassação da habilitação do classificador,
respectivamente:
Pena: multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil
reais), e poderá ser aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de
reincidência.

Art. 84. Movimentar, remover, modificar, desviar, subtrair, substituir,


extraviar ou comercializar, no todo ou em parte, produto que estava com a sua
comercialização suspensa ou apreendida:
Pena: multa.
Parágrafo único. A pena de multa será no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil
reais), acrescido de cem por cento do valor comercial da mercadoria fiscalizada,
limitado ao valor máximo de R$ 532.050,00 (quinhentos e trinta e dois mil e cinqüenta
reais) e poderá ser aplicada tanto ao infrator primário quanto em caso de reincidência.

Art. 85. Causar embaraço, promover resistência à ação fiscalizadora ou


prestar informações incorretas visando encobrir a infração:
Pena: multa.
Parágrafo único. A pena de multa obedecerá a seguinte gradação:
I - R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para o infrator primário;
II - R$ 10.000,00 (dez mil reais) na primeira reincidência; e;
III - R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) a partir da reincidência.

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Art. 86. A pena de interdição do estabelecimento dar-se-á de forma total ou


parcial e, ainda, por atividade ou produto, quando: (NR dada pelo Decreto
11.130/2022)
I - prestar serviços de classificação de produto vegetal, subproduto e resíduo
de valor econômico, sem dispor dos documentos comprobatórios de credenciamento
no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
II - embalar ou processar produto vegetal, subproduto e resíduo de valor
econômico, sem dispor dos documentos comprobatórios de registro junto ao Cadastro
Geral de Classificação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou
vencidos; e
III - reincidir em três ou mais vezes em infrações que:
a) causem embaraço ou promovam resistência à ação fiscalizadora;
b) omitam ou prestem informações falsas; e
c) utilizem meio ardiloso ou de simulação para ocultar mercadoria.
Parágrafo único. A autoridade julgadora estabelecerá as exigências e fixará
prazos para seu cumprimento.

Art. 87. A pena de suspensão do credenciamento da pessoa jurídica ou da


habilitação da pessoa física para executar a classificação de produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico dar-se-á, quando:
I - for constatada a execução do serviço de classificação fora do posto de
serviço credenciado, ou em instalações inadequadas, ou sem equipamentos e
materiais próprios ou com equipamentos e materiais não calibrados, não aferidos ou
inadequados;
II - deixar de renovar o documento de habilitação do classificador ou permitir
a execução de serviço de classificação por pessoa que não possua habilitação legal;
e
III - não atender às exigências especificadas no termo de intimação ou no
termo de notificação.
§1o A pena de suspensão do credenciamento poderá ser por produto.
§2o A autoridade julgadora estabelecerá as exigências e fixará prazos para
seu cumprimento.

Art. 87-A. A pena de suspensão do registro se dará quando as exigências que


motivaram a suspensão cautelar do registro não forem atendidas no prazo
estabelecido pela autoridade fiscalizadora. (NR)

Art. 88. A pena de cassação ou cancelamento do credenciamento dar-se-á


quando da reincidência, por três ou mais vezes, das seguintes infrações:
I - embaraço ou resistência à ação fiscalizadora;
II - omissão ou prestação de informações falsas;
III - utilização de meio ardiloso ou de simulação para ocultar mercadoria; e
IV - descumprimento de determinações do órgão fiscalizador.
§1o A cassação da habilitação da pessoa física ou o cancelamento do
credenciamento da pessoa jurídica serão publicados no Diário Oficial da União, e os
obriga a devolver ao órgão fiscalizador a carteira de classificador e o certificado de
credenciamento, respectivamente.

50 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 89. Responde, isolada ou solidariamente, pelas infrações previstas no art.


53 ao 85, deste Decreto: (Retificação DOU 12.12.2007)
I - o detentor da mercadoria fiscalizada, quando:
a) se tratar de comercialização de produtos com presença de insetos
vivos;
b) for desconhecida a procedência da mercadoria fiscalizada.
c) se tratar de desconformidade de classificação em produtos hortícolas
e outros perecíveis; ou
d) deixar de assegurar ou não dispuser de registros de rastreabilidade;
(NR dada pelo Decreto 11.130/2022)
II - o depositário da mercadoria fiscalizada, quando este movimentar,
remover, modificar, desviar, subtrair, substituir, extraviar ou comercializar, no todo
ou em parte, produto com a comercialização suspensa ou apreendido, e sob sua
guarda;
III - o embalador, o processador, a pessoa física ou jurídica, com nome
empresarial indicado na rotulagem como responsável;
IV - o destinatário final da mercadoria, quando se tratar de produtos
hortícolas e outros perecíveis, salvo quando o transporte seja contratado pelo
embalador, processador ou pessoa física ou jurídica com nome empresarial indicada
na rotulagem, situação em que este ficará responsável até vinte e quatro horas após
a entrega dos produtos;
V - a entidade credenciada e seu responsável técnico, quando:
a) deixar de comunicar ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento a constatação de produto desclassificado;
b) prestar serviços de classificação sem dispor dos documentos
comprobatórios de registro e credenciamento, ou estando com os
mesmos vencidos;
c) prestar serviços de classificação estando com documentos
comprobatórios de registro suspensos;
d) executar os serviços de classificação vegetal fora do posto de serviço
credenciado, ou em instalações inadequadas, ou sem equipamentos
e materiais próprios ou com equipamentos e materiais não calibrados,
não aferidos ou inadequados;
e) deixar de manter as amostras de arquivo ou não mantê-las
devidamente conservadas e identificadas;
f) não promover o controle interno de qualidade dos serviços prestados;
g) não encaminhar regularmente o relatório dos serviços executados e
outros documentos exigidos;
h) permitir a execução de serviço de classificação, por pessoa física que
não possua habilitação legal; e
i) deixar de atender às exigências dispostas na notificação de
julgamento administrativo, quando da aplicação da penalidade de
cancelamento do credenciamento, recusando-se a devolver ao órgão
fiscalizador a autorização de funcionamento do posto de serviço;
VI - o classificador ou a pessoa física habilitada, quando:
a) executar os serviços de classificação vegetal em tempo e técnicas
incompatíveis com as boas práticas;

51 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

b) for o responsável pelas irregularidades no preenchimento dos


documentos de classificação vegetal;
c) executar a amostragem ou confeccionar a amostra de forma
inadequada ou incorreta; ou
d) não devolver ao órgão fiscalizador a carteira de classificador emitida
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, quando lhe
for aplicada pena de cassação da habilitação; (NR dada pelo
Decreto 11.130/2022)
VII - o intimado que deixar de atender às exigências ou desrespeitar os prazos
dispostos na intimação;
VIII - a pessoa física ou jurídica, registrada no Cadastro Geral de
Classificação, que deixar de comunicar ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento qualquer alteração dos elementos informativos e documentais.
IX - quem der causa a infração ou dela obtiver vantagem; e
X - o ente da cadeia produtiva ou comercial de produtos vegetais, subprodutos
ou resíduos de valor econômico, quando:
a) deixar de assegurar rastreabilidade;
b) não dispuser de registros de rastreabilidade;
c) destinar para processamento ou consumo, armazenar, comercializar
ou expor à venda produto vegetal desconforme ou desclassificado;
d) deixar de realizar o registro obrigatório no Cadastro Geral de
Classificação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
ou
e) não providenciar o recolhimento do produto vegetal. (NR)

CAPÍTULO IX - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Seção I - Das Disposições Gerais


Art. 90. A infringência às normas deste Decreto e demais atos normativos
referentes à classificação vegetal será apurada em processo administrativo próprio,
observados o rito e os prazos estabelecidos.

Art. 91. Se durante a tramitação do processo houver risco iminente de a


mercadoria sob guarda tornar-se imprópria para consumo, o depositário deve informar,
imediatamente, sobre o referido risco ao órgão fiscalizador.
§1o Na ocorrência do disposto no caput deste artigo, quando o produto estiver
em condições de uso ou consumo, o infrator poderá renunciar à sua propriedade e
permitir a doação do mesmo à instituição pública ou privada beneficente, dentre aquelas
indicadas pela administração pública.
§2o Se o infrator não se dispuser a renunciar à propriedade do produto, e este
se tornar impróprio para consumo, a autoridade julgadora determinará a sua condenação
e destinação.

Seção II - Dos Atos Administrativos


Art. 92. Constatada qualquer irregularidade prevista neste Decreto e demais atos
normativos referentes à classificação vegetal, a autoridade fiscalizadora lavrará o
respectivo auto de infração.

52 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Parágrafo único. As omissões ou incorreções na lavratura do auto de infração e


nos demais documentos de fiscalização, que não se constituam em vícios insanáveis, não
acarretarão sua nulidade quando do processo constarem os elementos necessários à
correta determinação da infração e do infrator, ou quando puderem ser sanadas por meio
de termo aditivo.

Art. 93. A defesa deverá ser apresentada, por escrito, no prazo de dez dias,
contados da data do recebimento do auto de infração, ao órgão do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da jurisdição onde foi constatada a infração,
devendo ser juntada aos respectivos autos do processo administrativo.

Art. 94. Decorrido o prazo previsto no artigo anterior sem apresentação de


defesa, o processo deverá ser instruído com relatório e encaminhado à autoridade
competente para julgamento de primeira instância.
§1o A autoridade de primeira instância procederá ao julgamento, notificando o
infrator do resultado do mesmo.
§2o Havendo recusa em receber a notificação prevista no parágrafo anterior, o
fato será certificado nos autos e a notificação enviada, via postal, com aviso de
recebimento.
§3o Na impossibilidade de notificar o infrator pessoalmente ou por via postal, a
notificação se dará por edital, a ser afixado nas dependências do órgão fiscalizador, em
local público, pelo prazo de três dias úteis, ou divulgado pelo menos uma vez na imprensa
oficial ou em jornal de grande circulação.

Art. 95. Das decisões previstas no art. 94 cabe recurso administrativo, que será
conhecido quando interposto:
I - tempestivamente;
II - perante a autoridade competente; e
III - por quem seja de direito legitimado.
§1o O prazo para interposição de recurso administrativo é de dez dias, contados
da ciência da decisão recorrida.
§2o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, não a
reconsiderando no prazo de cinco dias, contados da data em que os autos lhe forem
conclusos, o encaminhará à autoridade de segunda instância para proceder ao
julgamento.
§3o A autoridade de segunda instância procederá ao julgamento do recurso,
notificando o infrator do resultado do mesmo.
§4o Havendo recusa em receber a notificação prevista no parágrafo anterior, o
fato será certificado nos autos e a notificação enviada, via postal, com aviso de
recebimento.
§5o Na impossibilidade de notificar o infrator pessoalmente ou por via postal, a
notificação se dará por edital, a ser afixado nas dependências do órgão fiscalizador, em
local público, pelo prazo de três dias úteis, ou divulgado pelo menos uma vez na imprensa
oficial ou em jornal de grande circulação.

53 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Seção III - Do Meio de Comunicação


Art. 96. É permitida ao fiscalizado e ao órgão fiscalizador a utilização de sistema
de transmissão de dados e imagens tipo fac-símile ou similar, para a prática de
manifestações processuais.
Parágrafo único. Quem fizer uso de sistema de transmissão conforme previsto no
caput deste artigo tornar-se-á responsável pela qualidade do material transmitido.

Seção IV - Da Competência para Julgamento


Art. 97. A autoridade julgadora de primeira instância será o Chefe do Serviço da
Superintendência Federal de Agricultura, na unidade da federação que originou a
infração.

Art. 98. A autoridade julgadora de segunda instância será o Chefe da Divisão


Técnica, da Superintendência Federal de Agricultura do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, na unidade da federação que originou a infração.

Seção V - Dos Procedimentos


Art. 99. A pena de multa deverá ser recolhida no prazo de trinta dias, a contar
do recebimento da notificação.
§1o A multa recolhida no prazo de dez dias, sem interposição de recurso, terá a
redução de trinta por cento do seu valor.
§2o Fica vedado o parcelamento de multa.
§3o A multa que não for paga no prazo previsto no termo de notificação será
encaminhada à Procuradoria da Fazenda Nacional, para as devidas providências.
§4o Quando da existência de taxas de serviços bancários decorrentes do
recolhimento da multa, as mesmas serão de responsabilidade do infrator.

Art. 100. O produto suspenso na forma do contido no inciso III do art. 50 deste
Decreto ficará sob a guarda de um depositário oficialmente nomeado.
§1o A liberação de produto suspenso só se dará depois de cumpridas todas as
exigências constantes no termo de notificação.
§2o Se as exigências não forem cumpridas no prazo estabelecido, proceder-se-á
à apreensão do produto, na forma do inciso IV do art. 50 deste Decreto.

Art. 101. Na aplicação da pena de apreensão ou condenação de matéria-prima


ou produto prevista no inciso IV do art. 50 deste Decreto, quando for o caso, será
obedecido o seguinte:
I - doação a instituições públicas ou privadas beneficentes, desde que as
matérias-primas ou os produtos estejam em condições de uso ou consumo;
II - venda, na forma legal, desde que estejam aptos para o uso ou consumo; e
III - condenação para destruição ou desnaturação, sob acompanhamento da
autoridade fiscalizadora, quando impróprios para consumo.

54 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Parágrafo único. Verificado o pagamento da multa dentro do prazo de dez dias


contados da data de cientificação oficial, a autoridade julgadora poderá conceder, a
pedido formal do notificado, desde que formulado no prazo máximo de cinco dias, a
devolução de matéria-prima e produto, que estejam em condições de uso ou consumo,
quando o notificado possuir condições estruturais e assumir o compromisso formal, para
executar, às suas expensas, as operações de descaracterização das embalagens,
transporte, rebeneficiamento, reprocessamento ou nova classificação.

Seção VI - Das Medidas Cautelares


Art. 102. A comercialização de produto poderá ser suspensa como medida
acautelatória, quando:
I - existirem indícios de que o produto não corresponda às especificações
relativas à classificação contidas na embalagem, no rótulo ou na marcação;
II - o produto se apresentar mal conservado, com indícios de contaminação, com
embalagem danificada, estocado ou exposto de forma inadequada ou de forma que possa
comprometer sua classificação;
III - ocorrer a constatação de insetos vivos na mercadoria fiscalizada;
IV - for constatado embalagem, envoltório ou contentor com marcação em
desacordo com as normas oficiais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
ou contendo qualquer outro vício que caracterize fraude, dolo ou má-fé; e
V - houver indício ou suspeita de irregularidade, com potencial de risco à saúde
ou prejuízo ao consumidor.
§1o A suspensão da comercialização do produto, prevista nos incisos I e II deste
artigo, enseja a realização de classificação de fiscalização, mediante a coleta de amostras
e análise de verificação.
§2o Na suspensão da comercialização do produto, prevista no inciso III deste
artigo, o órgão fiscalizador deverá determinar ao detentor ou ao proprietário do produto
o imediato controle dos insetos vivos.
§3o Na suspensão da comercialização, o produto ficará sob a guarda de um
depositário oficialmente nomeado pela autoridade fiscalizadora.
§4o A medida cautelar prevista no caput deste artigo poderá ser aplicada de
maneira antecedente ou incidente de procedimento administrativo.
§5o A aplicação da medida cautelar será formalizada pelo correspondente termo,
no qual devem estabelecer as exigências e o prazo para o seu cumprimento.
§6o A medida cautelar será mantida enquanto se fizer necessária, podendo ser
revogada pela autoridade competente para sua aplicação, que deverá justificar sua
decisão.
§7o O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento deverá definir os
procedimentos acautelatórios aplicáveis aos produtos hortícolas ou outros perecíveis.

Art. 103. A suspensão do credenciamento ou de registro poderá ser aplicada


como medida cautelar, quando:
I - da realização da classificação fora do posto de serviço credenciado, ou em
instalações inadequadas, ou sem equipamentos e materiais apropriados;
II - da realização da classificação com equipamentos e materiais não calibrados,
regulados ou aferidos;
III - for constatada a execução de serviço de classificação, por pessoa física que
não possua habilitação legal para o produto, ou que esteja com a credencial vencida;

55 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

IV - dificultar, causar embaraço ou promover resistência à ação fiscalizadora;


V - prestar informação falsa ou omitir dados com o objetivo de encobrir a
infração;
VI - a autoridade fiscalizadora entender que a medida se faz necessária para
impedir a continuidade da atividade, da irregularidade ou da infração;
VII - forem constatados dados cadastrais desatualizados ou incompletos;
VIII - a atividade, a habilitação ou o nível de registro foi incompatível com o
disposto nas normas específicas;
IX - os elementos informativos e documentais disponíveis não possibilitarem a
rastreabilidade das matérias primas e dos produtos;
X - não forem cumpridas as exigências estipuladas pelo órgão fiscalizador;
XI - for constatado que o estabelecimento não dispõe de condições tecnológicas
ou higiênico-sanitárias adequadas;
XII - os resultados analíticos e de monitoramento não atenderem aos parâmetros
dos programas de controle de qualidade e de segurança dos produtos vegetais
estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
XIII - o resultado da fiscalização, da inspeção ou da auditoria do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento não atender aos requisitos estabelecidos pelos
programas de controle de qualidade, de conformidade e de segurança dos produtos
vegetais e pelos acordos internacionais de que o Brasil seja signatário;
XIV - for constatado o não cumprimento das obrigações estabelecidas em
regulamento específico; e
XV - for constatada irregularidade que coloque em risco o funcionamento, a
execução ou a prestação de serviço, objeto do credenciamento ou registro.
§1o A medida cautelar referida no caput deste artigo poderá ser aplicada de
maneira antecedente ou incidente de procedimento administrativo.
§2o A aplicação da medida cautelar será formalizada pelo correspondente termo,
no qual devem ser estabelecidas as exigências e o prazo para o seu cumprimento.
§3o A medida cautelar será mantida enquanto se fizer necessária, podendo ser
revogada pela autoridade competente para sua aplicação, justificada a sua decisão. (NR
dada pelo Decreto 11.130/2022)

CAPÍTULO X – DOS PRAZOS

Art. 104. Contam-se os prazos a partir da data da cientificação oficial, excluindo-


se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.
§1o Os prazos somente começam a correr a partir do primeiro dia útil após a
cientificação oficial.
§2o Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o
vencimento cair em dia em que não houver expediente, ou este for iniciado depois da
hora normal ou encerrado antes da hora normal.
§3o Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo, não se
interrompendo nos feriados.

Art. 105. Salvo motivo de força maior, devidamente comprovado, os prazos


processuais não se suspendem.

56 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 106. O requerimento de arbitragem, os documentos solicitados pela


autoridade fiscalizadora e demais manifestações processuais, encaminhados via postal,
serão considerados como entregues na data de postagem, marcada pelo correio.
Parágrafo único. Caso o dia do vencimento seja feriado no município do
destinatário da cientificação oficial, o interessado deverá encaminhar a prova deste fato
juntamente com sua manifestação. (NR dada pelo Decreto 11.130/2022)

Art. 107. Quando o fiscalizado utilizar sistema de transmissão de dados e


imagens, previstos no art. 96 (RETIFICAÇÃO DOU 12.12.2007) deste Decreto, os
documentos originais deverão ser entregues ao órgão fiscalizador ou postados no correio,
obrigatoriamente, até cinco dias da data do término do prazo processual a ser cumprido,
sob pena de não serem considerados.
Parágrafo único. A falta de autenticidade entre a cópia do documento transmitido
e o seu original entregue ao órgão fiscalizador os torna sem efeito para o atendimento
do prazo processual.

Art. 108. Vencido o prazo para apresentação do recurso, o Ministério da


Agricultura, Pecuária e Abastecimento dará conhecimento público dos processos de
fiscalização. (NR dada pelo Decreto 11.130/2022)

CAPÍTULO XI – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 109. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estabelecerá os


emolumentos para ressarcir a realização da classificação obrigatória de produtos
vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico quando da importação, do
registro e do credenciamento inicial e suas atualizações e demais serviços, previstos neste
Decreto.

Art. 110. Os valores dos emolumentos para realização dos serviços de


classificação obrigatória dos produtos destinados diretamente à alimentação humana e
na compra e venda do Poder Público serão livremente pactuados entre as partes
contratantes.

Art. 111. Os produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico,


padronizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, expostos ao
consumo com prazo de validade vencido serão apreendidos ou terão sua comercialização
suspensa, comunicando-se aos outros órgãos responsáveis para a instauração do
competente processo de apuração de infração e imposição de penalidade.

Art. 112. Os produtos hortícolas e outros produtos perecíveis com características


peculiares, quando não alcançados pelo disposto neste Decreto, serão normatizados de
forma específica pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Art. 113. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento definirá os


modelos dos documentos previstos no art. 32 deste Decreto.

Art. 114. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Agência de


Vigilância Sanitária, no âmbito de suas competências, deverão firmar acordo de
57 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

cooperação técnica, com vistas a otimizar as ações de fiscalização e harmonizar as


informações para o consumidor final referentes à classificação de produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico.

Art. 115. O Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento expedirá


as instruções necessárias para execução deste Decreto.

Art. 116. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 117. Fica revogado o Decreto nº 3.664, de 17 de novembro de 2000.

Brasília, 22 de novembro de 2007; 186o da Independência e 119o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


Reinhold Stephanes
Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da União em 23/11/2007

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Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

ANEXO I – Orientações para consulta ao Decreto 6.268/07 (classificação de


produtos vegetais)

Orientações para consulta ao Decreto 6.268/07


continua
Assunto Localização
Abrangência da fiscalização Capítulo VII: seção I (artigos 29 e 30) e seção IV (artigo 45)
Capítulo VIII: seção I (artigo 50 - inciso I), Seção II (artigos
Advertência
53 a 73 e 82)
Amostra de classificação Capítulo I: artigo 1o (parágrafo único - inciso II)
Capítulo I: artigo 1o (parágrafo único - inciso III) e Capítulo
Amostra de fiscalização
IV: artigo 23 e parágrafos
Capítulo I: artigo 1o (parágrafo único - inciso IV)
Capítulo III: artigo 16
Amostragem Capítulo IV: artigos 18 a 24
Capítulo VIII: seção II (artigos 65 e 89, inciso V - alínea “e” e
inciso VI - alínea “c”)
Amostragem, produtos de compra, venda e
Capítulo IV: artigos 19 e 23 (parágrafo 3o)
doação pelo poder público
Amostragem, produtos hortícolas Capítulo IV: artigo 23 (parágrafo 2o)
Capítulo I: artigo 1o (parágrafo único - inciso V) Capítulo VII:
seção II (artigo 42 - inciso II)
Capítulo VIII: seção I (artigo 50 - inciso IV) e seção II (artigos
Apreensão de produtos/matérias-primas 54 - parágrafo 2o, 59 - parágrafo 2o, 61 - parágrafo 2o, 62 -
parágrafo 2o, 68 - parágrafo 2o, 69, 73 - parágrafo 2o, 74 -
parágrafo 2o, 76 - parágrafo 2o, 79 - parágrafo 2o)
Capítulo IX: seção V (artigos 100 - parágrafo 2o e 101)
Apuração de infração Capítulo XI: artigo 111
Capítulo II: artigo 12 (parágrafo único)
Arbitragem
Capítulo X: artigo 106
Capítulo I: artigo 1o (parágrafo único - inciso XXV)
Aspectos higiênico-sanitários
Capítulo VII: seção I (artigo 29 - inciso IV)
Auto de coleta de amostras Capítulo VII: seção II (artigos 32 - inciso IV e 36)
Capítulo VII: seção II (artigos 32 - inciso VII e 39)
Auto de infração
Capítulo IX: seção II (artigos 92 - parágrafo único e 93)
Autoridade julgadora em 1ª instância Capítulo IX: seção IV (artigo 97)
Autoridade julgadora em 2ª instância Capítulo IX: seção IV (artigo 98)
Auxílio policial, solicitação Capítulo VII: seção IV (artigo 45 - parágrafo 2o)
Capítulo I: artigo 1o (parágrafo único - incisos VI e XV)
Capítulo V: artigo 25 (inciso III - parágrafo 1o)
Capítulo VI: artigo 28 (parágrafo único)
Cadastro geral de classificação: CGC/MA
Capítulo VII: seção I (artigo 29 - inciso I)
Capítulo VIII: seção II (artigos 53, 78, 81, 86 - inciso II e 89 -
inciso VII)
Capítulo VII: seção II (artigo 42 - inciso I, alínea “d”)
Cassação/cancelamento do credenciamento Capítulo VIII: seção I (artigo 50 - inciso VII) e seção II
(artigos 83, 88 - parágrafo 1o, 89 - inciso VI, alínea “d”)
Capítulo I: artigo 1o (parágrafo único - incisos II, XI e XII)
Capítulo II: artigos 8o (parágrafo 3o), 9o, 10 (parágrafo único),
Certificado/documento de classificação
11 (parágrafo 1o), artigo 14 (parágrafo único)
Capítulo V: artigo 27
Certificação voluntária Capítulo VII: seção I (artigo 29 - parágrafos 1o e 2o)
Capítulo I: artigo 1o (parágrafo único - inciso VII)
Capítulo VII: seção V (artigos 46 - parágrafo 2o)
Ciência do interessado
Capítulo IX: seção I (artigos 94 - parágrafo 1o e 95 -
parágrafo 3o)

59 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Orientações para consulta ao Decreto 6.268/07


continua
Assunto Localização
Capítulo I: artigo (parágrafo único - inciso VIII)
1o
Capítulo II: artigos 8o (parágrafo 3o) e 13 (parágrafo único)
Capítulo VII: seção II (artigo 38) e seção V (artigo 47 -
Classificador parágrafo 3o)
Capítulo VIII: seção II (artigos 58, 83, 87 - inciso II, 88 -
parágrafo 1o e 89 - inciso VI, alínea “d”)
Capítulo IX: seção VI (artigo 103)
Capítulo II: artigos 2o ao 14
Classificação Capítulo IV: artigo 18
Capítulo VII: artigo 31 (inciso III)
Classificação, custo da Capítulo XI: artigos 109 e 110
Capítulo II: artigo 8o (parágrafo 3o)
Classificação, produtos importados
Capítulo IV: artigos 20 e 24
Classificação, produtos destinados diretamente à
Capítulo IV: artigos 21 e 23 (parágrafo 3o)
alimentação humana
Capítulo II: artigo 7o
Classificação, produtos de compra, venda ou
Capítulo IV: artigo 19
doação pelo poder público
Capítulo XI: artigo 110
Capítulo I: artigo 1o (parágrafo único - inciso VII)
Classificação, de fiscalização Capítulo IV: artigos 23 e 24
Capítulo VII: seção V (artigos 46 a 48)
Classificação, fluxo operacional Capítulo V: artigo 26 (incisos III e IV)
Classificação, quantitativa Capítulo VII: seção VI (artigo 49)
Capítulo VII: seção I (artigos 29 e 31) e seção III (artigos 43
Competência para fiscalizar e 44)
Capítulo XI: artigo 114
Capítulo VII: seção II (artigo 42 - inciso II) Capítulo VIII:
seção I (artigo 50 - inciso IV), seção II (artigos 54, 59, 61, 62,
68, 73, 74 - parágrafo 2o, 75, 76 - parágrafo 2o, 79 -
Condenação de produtos/matérias-primas
parágrafo 2o
Capítulo IX: seção I (artigos 91 - parágrafo 2o e 101 - inciso
III)
Controle de qualidade dos serviços prestados
Capítulo VIII: seção II (artigo 67)
(revisão da classificação)
Capítulo I: artigo 1o (parágrafo único - inciso X)
Credenciamento Capítulo V: artigos 25 a 27
Capítulo VII: seção I (artigo 29 - inciso II)
Custo da classificação Capítulo XI: artigos 109 e 110
Custo do credenciamento Capítulo XI: artigo 109
Decisões administrativas Capítulo VII: seção II (artigo 42)
Capítulo VII: seção V (artigo 48)
Defesa ao auto de infração
Capítulo IX: seção II (artigos 93 e 94)
Capítulo VII: seção IV (artigo 45 - inciso IV)
Capítulo VIII: seção II (artigos 63, 80 e 89 - inciso II)
Depositário do produto: suspenso, apreendido
Capítulo IX: seção I (artigo 91) e seção V (artigo 100), seção
ou condenado
VI (artigo 102 - parágrafo 3o)
Capítulo X: artigo 108
Depositário, nomeação Capítulo IX: seção V (artigo 100)
Capítulo VII: seção IV (artigo 45 - inciso IV)
Depositário, responsabilidades Capítulo VIII: seção II (artigos 63, 80 e 89 - inciso II)
Capítulo IX: seção I (artigo 91)
Disparidade/divergência, marcação da Capítulo II: artigo 14
embalagem Capítulo VIII: seção II (artigo 76)
Dispensa da classificação Capítulo II: artigo 8o (parágrafo 2o)
Dívida ativa, cobrança de multas Capítulo IX: seção V (artigo 99 - parágrafo 3o)
Capítulo VII: seção II (artigos 42 - inciso II, alínea “b” e 45
Doação de produtos: apreensão ou suspensão (inciso II)
Capítulo IX: seção I (artigos 91 - parágrafo 1o e 101 - inciso I)

60 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Orientações para consulta ao Decreto 6.268/07


continua
Assunto Localização
Capítulo I: artigo1o (parágrafo único - inciso XII)
Capítulo II: artigos 10 (parágrafo único), 11 (parágrafo 1o) e
Documentos de classificação
14 (parágrafo único)
Capítulo V: artigo 27
Capítulo I: artigo 1o (parágrafo único - incisos XVIII e XXIX)
Capítulo VII: seção II (artigos 32 a 42)
Documentos de fiscalização
Capítulo IX: seção II (artigo 92 - parágrafo único)
Capítulo XI: artigo 113
Capítulo IX: seção II (artigos 94 - parágrafo 3o e 95 -
Edital, notificação por
parágrafo 5o)
Capítulo VIII: seção II (artigo 62)
Embalagem, disparidade/irregularidade
Capítulo IX: seção VI (artigo 102 - incisos I, II e IV)
Capítulo IV: artigo 24 (parágrafo único)
Embaraço à fiscalização
Capítulo VIII: seção II (artigo 85)
Emolumentos Capítulo XI: artigos 109 e 110
Exercício da fiscalização Capítulo VII: seção III (artigos 43 e 44)
Capítulo I: artigo 1o (parágrafo único - incisos IX)
Fiscalização
Capítulo VII: seção I (artigos 29 a 31)
Fiscalização, abrangência da Capítulo VII: seção I (artigos 29 e 30) e seção IV (artigo 45)
Fiscalização, amostra de Capítulo I: artigo 1o (parágrafo único - inciso III)
Capítulo I: artigo 1o (parágrafo único - inciso VII)
Fiscalização, classificação de Capítulo IV: artigos 23 e 24
Capítulo VII: seção V (artigos 46 a 48)
Fiscalização, execução/exercício Capítulo VII: Seção III (artigos 43 e 44)
Capítulo I: artigo 1o (parágrafo único - incisos XVIII e XXIX)
Fiscalização, documentos Capítulo VII: seção II (artigos 32 a 42)
Capítulo IX: seção II (artigo 92 - parágrafo único)
Fiscalização, objetivos Capítulo VII: seção I (artigo 29)
Fiscalização, produtos importados Capítulo VII: seção II (artigo 30)
Fiscalização quantitativa Capítulo VII: seção IV (artigo 49)
Capítulo I: artigo 1o (parágrafo único - inciso XXV)
Higiênico-sanitários, fatores
Capítulo VII: seção I (artigo 29 - inciso IV)
Capítulo VIII: seção II (artigos 59 e 89 - inciso I, alínea “a”)
Insetos vivos, produtos infestados
Capítulo IX: seção VI (artigo 102 - parágrafo 2o, inciso III)
Capítulo VII: seção II (artigo 42 - inciso I, aliena “a”)
Interdição de estabelecimento Capítulo VIII: seção I (artigo 50 - inciso V) e seção II (artigo
86)
Capítulo VII: seção II (artigos 32 - inciso III e 35)
Intimação, termo de Capítulo VIII: seção II (artigos 60, 87 - inciso III e 89 - inciso
VI)
Julgamento em 1ª instância Capítulo IX: seção II (artigo 94) e seção IV (artigo 97)
Julgamento em 2ª instância Capítulo IX: seção IV (artigo 98)
Laudo de classificação de fiscalização Capítulo VII: seção V (artigo 46 - parágrafo 1o)
Capítulo VII: seção II (artigo 42 - inciso II, alínea “d”)
Liberação do produto
Capítulo IX: seção V (artigo 100 - parágrafo 1o)
Lote, marcação obrigatória Capítulo II: artigo 14
Lote, para fins de amostragem Capítulo IV: artigo 18 (parágrafo 1o)
Manifestação processual Capítulo IX: seção III (artigo 96 - parágrafo único)
Capítulo II: artigo 14
Marcação na embalagem, irregularidade
Capítulo VIII: seção II (artigo 62)
Capítulo VIII: seção II (artigo 76)
Marcação na embalagem, disparidade
Capítulo IX: seção VI (artigo 102 - incisos I, II e IV)
Marcação na embalagem, lote Capítulo II: artigo 14

61 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Orientações para consulta ao Decreto 6.268/07


continua
Assunto Localização
Capítulo VIII: seção I (artigo 50 - inciso II) e seção II (artigos
53 - parágrafo único, 54 - parágrafo 1o, 55 - parágrafo único,
56 - parágrafo único, 57 - parágrafo único, 58 - parágrafo
único, 59 - parágrafo 1o, 60 - parágrafo único, 61 - parágrafo
1o, 62 - parágrafo 1o, 63 - parágrafo único, 64 - parágrafo
único, 65 - parágrafo único, 66 - parágrafo único, 67 -
Multa parágrafo único, 68 - parágrafo 1o; 69 - parágrafo único, 70 -
parágrafo único, 71 - parágrafo único, 72 - parágrafo único,
73 - parágrafo 1o, 74 - parágrafo 1o; 75 - parágrafo único, 76 -
parágrafo 1o, 77 - parágrafo único, 78 - parágrafo único; 79 -
parágrafo 1o, 80 - parágrafo único, 81 - parágrafo único, 82 -
parágrafo único, 83 - parágrafo único, 84 - parágrafo único e
85 - parágrafo único
Capítulo IX: seção V (artigos 99 e parágrafos e 101 -
Multa, recolhimento
parágrafo único)
Capítulo II: artigo 11 (parágrafo 1o)
Nota fiscal, informações obrigatórias
Capítulo VIII: seção II (artigo 54)
Capítulo VII: seção II (artigos 32 - inciso IX e 41)
Capítulo VIII: seção II (artigos 69, 75 e 87 - inciso III)
Notificação, termo de
Capítulo IX: seção V (artigos 99 - parágrafo 3o e 100 -
parágrafo 1o)
Capítulo IX: seção II (artigos 94 - parágrafo 3o e 95 -
Notificação por edital
parágrafo 5o)
Capítulo II: artigos 9o e 12
Nova classificação Capítulo VIII: seção II (artigo 68)
Capítulo IX: seção V (artigo 101 - parágrafo único)
Capítulo II: artigos 2o, 3o e 5o
Obrigatoriedade da classificação Capítulo VII: seção VI (artigo 49)
Capítulo VIII: seção II (artigo 61)
Capítulo I: artigo 1o (parágrafo único - inciso XX)
Padronização
Capítulo III: artigo 15 (parágrafo 3o)
Capítulo III: artigos 15 (parágrafo 1o) e 17
Padrão físico
Capítulo VII: seção I (artigo 29 - inciso V)
Capítulo I: artigos 1o (parágrafo único - inciso XIX), 2o e 6o
Padrão oficial de classificação Capítulo III: artigos 15 a 17
Capítulo V: artigo 26 (inciso III)
Capítulo III: artigo 15 (parágrafo 3o)
Padrão simplificado
Capítulo XI: artigo 112
Penalidades Capítulo VIII: seção I (artigos 50 a 52)
Prazos Capítulo X: artigos 104 a 108
Prazo, apreciação do recurso/reconsiderar
Capítulo IX: seção II (artigo 95 - parágrafo 2o)
decisão de 1a instância
Prazos, apresentação da defesa Capítulo IX: seção II (artigo 93)
Prazos, arbitragem Capítulo II: artigo 12 (parágrafo único)
Capítulo II: artigo 11
Prazos, arquivo de documentos
Capítulo VIII: seção II (artigo 56)
Prazos, registro CGC/MAPA Capítulo V: artigo 28 (parágrafo único)
Prazos, contagem Capítulo X: artigo 104 e parágrafos
Prazos, credenciamento Capítulo V: artigo 26 (inciso V)
Prazo de validade do produto vencido Capítulo XI: artigo 111
Prazos, interdição de estabelecimento Capítulo VIII: seção II (artigo 86 - parágrafo único)
Capítulo VII: seção II (artigo 35)
Prazos, intimação
Capítulo VIII: seção II (artigos 60 e 89 - inciso VI)
Prazos, recurso Capítulo IX: seção II (artigo 95 - parágrafo 1o)
Capítulo IX: seção V (artigos 99 e parágrafos e 101 -
Prazos, recolhimento da multa
parágrafo único)

62 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Orientações para consulta ao Decreto 6.268/07


continua
Assunto Localização
Prazos, suspensão de credenciamento pessoa
Capítulo VIII: seção II (artigo 87 - parágrafo 2o)
jurídica e habilitação pessoa física
Produtos desclassificados Capítulo VIII: seção II (artigo 73)
Capítulo II: artigo 6o (parágrafo único)
Produtos não padronizados
Capítulo XI: artigo 112
Capítulo I: artigo 1o (parágrafo único - inciso XXIV)
Capítulo II: artigo 12 (parágrafo único)
Capítulo V: artigo 26 (inciso II)
Capítulo VII: seção V (artigos 47 - parágrafo 1o e 48)
Produtos perecíveis/hortícolas
Capítulo VIII: seção II (artigos 68 e 89 - inciso I, alínea “c” e
inciso IV)
Capítulo IX: seção VI (artigo 102 - parágrafo 7o)
Capítulo XI: artigo 112
Capítulo IX: seção II (artigos 94 - parágrafo 2o e 95 -
Recusa do infrator
parágrafo 4o)
Capítulo IX: seção II (artigo 95 - parágrafos 1o, 2o e 3o) e
Recurso
seção V (artigo 99 - parágrafo 1o)
Capítulo I: artigo 1o (parágrafo único - inciso VI)
Capítulo V: artigo 25 (parágrafo 1o - inciso III)
Capítulo VI: artigo 28 (parágrafo único)
Registro, CGC/MAPA
Capítulo VII: Seção I (artigo 29 - inciso I)
Capítulo VIII: Seção II (artigos 71, 78, 81, 86 - inciso II e 89 -
inciso V, alíneas “b” e “c”)
Capítulo VIII: seção I (artigo 52 - parágrafo único) e seção II
(artigos 53 - parágrafo único, 54 - parágrafo 1o, 55 -
parágrafo único, 56 - parágrafo único, 57 - parágrafo único,
60 - parágrafo único, 61 - parágrafo 1o, 62 - parágrafo 1o, 64 -
parágrafo único, 65 - parágrafo único, 66 - parágrafo único,
67 - parágrafo único, 68 - parágrafo 1o, 69 - parágrafo único,
Reincidência
70 - parágrafo único, 71 - parágrafo único, 72 - parágrafo
único, 73 - parágrafo 1o, 74 - parágrafo 1o, 75 - parágrafo
único, 76 - parágrafo 1o, 77 - parágrafo único, 78 - parágrafo
único, 80 - parágrafo único, 79 - parágrafo 1o, 81 - parágrafo
único, 82 - parágrafo único, 83 - parágrafo único, 84 -
parágrafo único, 85 - parágrafo único, incisos II e III e 88
Relatório de processo Capítulo IX: seção II (artigo 94)
Relatório de serviços executados pelas
Capítulo VIII: seção II (artigos 57 e 89 - inciso V, alínea “g”)
credenciadas
Renúncia à propriedade/produto suspenso Capítulo IX: seção I (artigo 91 e parágrafos)
Capítulo II: artigos 8o (parágrafo 4o) e 11 (parágrafo 2o)
Responsabilidade solidária
Capítulo VIII: seção II (artigo 89)
Revisão da classificação (controle de qualidade
Capítulo VIII: seção II (artigo 67)
dos serviços prestados)
Sanções, decisões administrativas Capítulo VII: seção II (artigo 42)
Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos
Capítulo VII: seção II (artigo 31)
Vegetais
Suspensão da comercialização, cautelar Capítulo IX: seção VI (artigo 102)
Capítulo VIII: seção I (artigo 50 - inciso III) e seção II (artigos
54 - parágrafo 2o, 59 - parágrafo 2o, 61 - parágrafo 2o, 62 -
Suspensão da comercialização, penalidade
parágrafo 2o, 68 - parágrafo 2o, 69, 74 - parágrafo 2o e 76 -
parágrafo 2o)
Capítulo VII: seção II (artigo 38)
Suspensão do credenciamento, cautelar
Capítulo IX: seção VI (artigo 103)
Capítulo VIII: seção I (artigo 50 - inciso VI) e seção II (artigo
Suspensão do credenciamento, penalidade
87 - parágrafo 1o)
Capítulo VII: seção II (artigos 32 - inciso VIII e 40)
Termo aditivo
Capítulo IX: seção II (artigo 92 - parágrafo único)

63 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Orientações para consulta ao Decreto 6.268/07


conclusão
Assunto Localização
Termo de aplicação de medida cautelar de
Capítulo VII: seção II (artigos 32 - inciso V e 37)
suspensão da comercialização
Termo de aplicação de medida cautelar de
Capítulo VII: seção II (artigos 32 - inciso VI e 38)
suspensão do credenciamento
Termo de execução de julgamento Capítulo VII: seção II (artigos 32 - inciso X e 42)
Termo de fiscalização Capítulo VII: seção II (artigos 32 - inciso I e 33)
Termo de fiscalização de entidade credenciada Capítulo VII: seção II (artigos 32 - inciso II e 34)
Capítulo VII: seção II (artigos 32 - inciso III e 35)
Termo de intimação Capítulo VIII: seção II (artigos 60, 87 - inciso III e 89 - inciso
VI)
Capítulo VII: seção II (artigos 32 - inciso IX e 41)
Capítulo IX: seção II (artigos 94 - parágrafos 2o e 3o, 95 -
Termo de notificação
parágrafos 4o e 5o) e seção V (artigos 99 e 100 - parágrafos 1o
e 3o)

64 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

DECRETO nº 8.446, de 6 de maio de 2015


Altera o Decreto nº 6.268, de 22 de novembro de 2007, que
regulamenta a Lei nº 9.972, de 25 de maio de 1990, que
institui a classificação de produtos vegetais, seus subprodutos
e resíduos de valor econômico.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art.


84, caput, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei
no 9.972, de 25 de maio de 2000,
DECRETA:

Art. 1o O Decreto no 6.268, de 22 de novembro de 2007, passa a vigorar com as


seguintes alterações: “Art. 7o.................................................................................
§1o No caso das compras efetuadas pelo Poder Público, a classificação poderá
ser realizada diretamente pelo agente público da Administração contratante, cuja
designação deverá recair preferencialmente sobre servidor que tenha sido habilitado
segundo o disposto no art. 13.
§2o A classificação efetuada de acordo com o §1o terá caráter simplificado e será
realizada pela verificação da conformidade e da qualidade do material em face das
especificações contratuais, nos termos do inciso II do caput do art. 73 da Lei no 8.666,
de 21 de junho de 1993.
§3o Ficam dispensadas da classificação obrigatória as compras de pequenas
quantidades de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico
realizadas pelo Poder Público, com dispensa de processo licitatório, de pequenos e médios
produtores rurais, como as operações a que se referem o art. 17 da Lei no 12.512, de 14
de outubro de 2011, e o §1o do art. 14 da Lei no 11.947, de 16 de junho de 2009.
§4o Ato conjunto dos Ministros de Estado da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento e do Planejamento, Orçamento e Gestão estabelecerá limites e
parâmetros indicativos das compras de pequenas quantidades a que se refere o §3 o.”
(NR)

Art. 2o Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.

Brasília, 6 de maio de 2015; 194o da Independência e 127o da República.

DILMA ROUSSEFF
Kátia Abreu
Nelson Barbosa
Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da União em 07/05/2015

65 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

DECRETO-LEI nº 1.899, de 21 de dezembro de 1981


Institui taxas relativas a atividades agropecuárias de
competência do Ministério da Agricultura e dá outras
providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 55,


item II, da Constituição, DECRETA:

Art. 1o Ficam instituídas as Taxas de Classificação, Inspeção e Fiscalização, de


competência do Ministério da Agricultura, relativas a produtos animais e vegetais ou de
consumo nas atividades agropecuárias.

Art. 2o O valor das taxas será determinado em função de múltiplos ou frações do


valor nominal de uma Obrigação Reajustável do Tesouro Nacional-ORTN, fixado para os
meses de janeiro e julho de cada ano, na forma seguinte:
I - pela inspeção sanitária e industrial de produtos de origem animal: inspeção
sanitária e industrial: 0,5 (meia) ORTN, por tonelada ou fração por cabeça, conforme a
natureza do produto; registro de estabelecimento: 40 (quarenta) ORTN, por
estabelecimento; registro de produto: 15 (quinze) ORTN, por produto.
II - pela inspeção e fiscalização de bebidas: registro de estabelecimento: 40
(quarenta) ORTN, por estabelecimento; registro de produto: 15 (quinze) ORTN, por
produto: análise prévia: 15 (quinze) ORTN, por produto; análise pericial: 40 (quarenta)
ORTN, por amostra de produto.
III - pela classificação de produtos vegetais: classificação: 2 (duas) ORTN, por
tonelada ou fração; reclassificação: 4 (quatro) ORTN, por tonelada ou fração.
IV - pela inspeção e fiscalização de produtos destinados a alimentação animal:
registro de estabelecimento: 40 (quarenta) ORTN, por estabelecimento; registro de
produto: 20 (vinte) ORTN, por produto: análise pericial: 20 (vinte) ORTN, por
determinação analítica.
V - pela inspeção e fiscalização da produção e do comércio de sementes mudas:
inspeção: 1 (uma) ORTN, por tonelada ou fração: registro de estabelecimento: 20 (vinte)
ORTN, por estabelecimento; análise pericial: 30 (trinta) ORTN, por amostra de produto.
VI - pela inspeção e fiscalização do sêmen destinado a inseminação artificial:
a) registro de estabelecimento: 20 (vinte) ORTN, por estabelecimento;
b) registro de reprodutor ou matriz: 4 (quatro) ORTN, por cabeça;
c) análise pericial: 30 (trinta) ORTN, por amostra de material.
VII - pela fiscalização de produtos de uso veterinário: registro de
estabelecimento: 40 (quarenta) ORTN, por estabelecimento; registro de produto: 35
(trinta e cinco) ORTN, por produto; análise pericial: 3.000 (três mil) ORTN, por amostra
de produto.
VIII - pela fiscalização de produtos fitossanitários: registro de estabelecimento:
40 (quarenta) ORTN, por estabelecimento; registro de produto: 35 (trinta e cinco) ORTN,
por produto; análise pericial: 40 (quarenta) ORTN, por amostra de produto.

66 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

IX - pela inspeção e fiscalização da produção e do comércio de fertilizantes,


corretivos, inoculantes, estimulantes ou biofertilizantes, destinados a agricultura:
inspeção: 6 (seis) ORTN, por tonelada ou fração, ou por quilolitro ou fração, conforme a
natureza do produto; registro de estabelecimento: 40 (quarenta) ORTN, por
estabelecimento; registro de produto: 15 (quinze) ORTN, por produto; análise fiscal: 2
(duas) ORTN, por determinação analítica: análise pericial: 15 (quinze) ORTN, por
determinação analítica.

Art. 3o O fato gerador das taxas é a prestação dos serviços, referido no artigo
precedente, pelo Ministério da Agricultura, no uso de sua competência, bem como o
regular exercício de seu poder de polícia.
Parágrafo único. As taxas serão também devidas quando os serviços forem
prestados ou o poder de polícia exercido, por delegação da União.

Art. 4o O sujeito passivo das taxas é a pessoa física ou jurídica a que o serviço
seja prestado ou posto à disposição, ou o paciente do poder de polícia, cada vez que este
seja efetivamente exercido.

Art. 5o O produto de arrecadação das taxas será recolhido à conta do Tesouro


Nacional, como receita orçamentária da União, observando o disposto nos Decretos-Leis
no. 1.754 e 1.755, de 31-12-79, e legislação complementar.

Art. 6o A falta ou insuficiência de recolhimento das taxas acarretará ao infrator a


aplicação de multa igual a importância devida ou insuficiente, nunca inferior ao valor
nominal de 1 (uma) ORTN no mês do efetivo pagamento.

Art. 7o Observado, no que couber, o Decreto-Lei no 1.736, de 20-12-79, e


legislação complementar, os débitos decorrentes das taxas, não-liquidados até o
vencimento, serão corrigidos monetariamente, na data do efetivo pagamento e
acrescidos de:
I - juros de mora, contados do dia seguinte ao do vencimento, de 1% (um por
cento) por mês-calendário ou fração, e calculados sobre o valor originário;
II - multa de mora, de 30% (trinta por cento), reduzindo-se para 15% (quinze
por cento), se o débito for pago até o último dia útil do mês-calendário subsequente ao
do seu vencimento.

Art. 8o Os Ministros da Fazenda, da Agricultura e Chefe da Secretaria de


Planejamento da Presidência da República poderão expedir, em portaria conjunta, as
instruções necessárias à execução deste Decreto-Lei, bem como reduzir até 0 (zero) o
valor das taxas ou restabelecê-lo no todo ou em parte.
Parágrafo único. O Ministro da Fazenda baixará normas relativas a arrecadação
e fiscalização das taxas, inclusive quanto aos prazos de recolhimento.

Art. 9o A partir de 01 de janeiro de 1982, ficarão extintos os preços públicos


previstos:
I - no artigo 4o da Lei n. 5.760, de 03-12-71;
II - no artigo 4o da Lei n. 5.823, de 14-12-72;
III - no artigo 6o da Lei n. 6.198, de 26-12-74;

67 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

IV - no artigo 6o da Lei n. 6.305, de 15-12-75;


V - no artigo 5o da Lei n. 6.446, de 05-10-77;
VI - no artigo 7o da Lei n. 6.507, de 19-12-77;
VII - no artigo 6o da Lei n. 6.894, de 16-12-80, modificado pela Lei n. 6.934, de
13-07-81.

Art. 10. Revogadas as disposições em contrário, e em especial, o artigo 5 o do


Decreto-Lei no 467, de 13-02-69, o presente Decreto-Lei entra em vigor na data de sua
publicação, produzindo efeito a partir de 01 de janeiro de 1982.

JOÃO FIGUEIREDO - Presidente da República


Ernane Galvêas
Ângelo Amaury Stabile
Antônio Delfim Netto

68 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

PORTARIA INTERMINISTERIAL nº 531, de 13 de outubro de 1994


Fixa os valores das taxas de classificação de produtos
vegetais.

OS MINISTROS DE ESTADO DA FAZENDA, DA SECRETARIA DE


PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E COORDENAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA
REPÚBLICA E DA AGRICULTURA, DO ABASTECIMENTO E DA REFORMA
AGRÁRIA, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelo art. 87, parágrafo único,
inciso II, da Constituição, pelo Decreto-lei nº 1.399, de 21 de dezembro de 1981, e pela
Medida Provisória nº 635, de 27 de setembro de 1994, resolvem.

Art. 1º Fixar, nos termos do anexo desta Portaria, os valores das Taxas de
Classificação de Produtos de Origem Vegetal, da que trata o Decreto-lei nº 1.899, de 21
de dezembro de 1981.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicação.

CIRO FERREIRA GOMES


Ministro de Estado da Fazenda

BENI VERAS
Ministro do Estado
Chefe da Secretaria de Planejamento, Orçamento
e Coordenação da Presidência da República

SYNVAL SEBASTIÃO DUARTE GUAZZELLI


Ministro de Estado da Agricultura,
do Abastecimento e da Reforma Agrária

69 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

PORTARIA INTERMINISTERIAL nº 233, de 08 de setembro de


1998
Fixa a taxa de classificação do malte cervejeiro.

OS MINISTROS DE ESTADO DA FAZENDA, DO PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO


E DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhes foram
conferidas pelo art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, e tendo em vista o
disposto no art. 82 do Decreto-lei no 1.899, de 21 de dezembro de 1981, e na Lei n°
9.069, de 29 de junho de 1995, resolvem:

Art. 1o Reduzir para R$ 1,20 (um real e vinte centavos) por tonelada ou fração,
o valor da Taxa de Classificação do Malte Cervejeiro, de que trata a Portaria
Interministerial no 531, de 13 de outubro de 1994.

Art. 2o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

PEDRO SAMPAIO MALAN PAULO RAIVA


Ministro de Estado da Fazenda
Ministro de Estado do Planejamento e Orçamento

FRANCISCO SÉRGIO TURRA


Ministro de Estado da Agricultura e do Abastecimento

70 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

ANEXO I – Taxas de classificação de produtos vegetais


Valores estabelecidos pelas Portarias MF nº 531, de 13 de outubro de 1994, e nº 233, de 08 de setembro
de 1998

Taxas de classificação de produtos vegetais


continua
Valor em real por
Produto
tonelada ou fração
I - CLASSIFICAÇÃO
Algodão em caroço 1,27
Algodão em pluma 4,48
Alpiste 0,43
Amêndoa de babaçu 0,51
Amêndoa de caju 0,51
Amêndoa de tucum 0,51
Amendoim beneficiado 1,96
Amendoim em casca 0,61
Aparas de juta 0,43
Aparas de malva 0,43
Arroz beneficiado 1,49
Arroz em casca 0,87
Aveia 0,43
Café beneficiado 0,61
Canjica de milho 1,27
Caroço de algodão 0,61
Castanha de caju 0,65
Castanha-do-Brasil 0,65
Centeio 0,43
Cera de carnaúba 0,36
Cevada 0,72
Côco-da-baia 0,36
Cumaru 1,12
Farelo de babaçu 0,98
Farelo de soja 0,98
Farinha de mandioca c/análise física 0,76
Farinha de mandioca c/análise físico-química 1.89
Farinha de soja 0,98
Feijão 1,27
Fibra de casca de coco 0,36
Fibra de juta indiana 0,72
Fibra de malva ou guaxima 0,72
Fragmentos de arroz 0,87
Fruto de oiticica 1,12
Girassol 0,61
Guaraná 2,25
Linter 1,27
Malte cervejeiro (alterado pela Portaria Interministerial nº 233/98) 1,20
Mamona 0,91
Milho 0,76
Produtos amiláceos da raiz da mandioca 1,89
Óleo de babaçu 1,31
Óleo de menta 4,48
Óleo de soja 1,31

71 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Taxas de classificação de produtos vegetais


conclusão
Valor em real por
Produto
tonelada ou fração
Piaçava 0,36
Pimenta-do-reino 1,89
Pó de cerífero de carnaúba 2,25
Rami 0,76
Resíduos de algodão 0,43
Resíduos de sisal 0,43
Resíduos de tabaco em folha beneficiada 3,27
Resíduos de tabaco em folha cru 2,44
Sisal 0,76
Soja 0,76
Sorgo granífero 0,76
Tabaco em folha beneficiado 3,27
Tabaco em folha cru 2,44
Torta de babaçu 0,98
Torta de soja 0,98
Trigo sarraceno ou mourisco 0,76
Trigo comum 0,76
Outros produtos 0,43
Duas vezes o valor
II - RECLASSIFICAÇÃO DE CADA PRODUTO MENCIONADO NO
fixado para a respectiva
ITEM ANTERIOR
classificação

72 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

73 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Relação dos padrões oficiais de classificação estabelecidos pelo Ministério da


Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Relação dos padrões oficiais de classificação


continua

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO – MAPA


SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA – SDA
DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL – DIPOV
COORDENAÇÃO GERAL DE QUALIDADE VEGETAL – CGQV
Relação dos padrões oficiais estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento para a classificação. Atualizado em 01/02/2023.
REQUISITOS
Valor da Taxa
MÍNIMOS DE
ID NORMA VIGENTE NCM de
IDENTIDADE E
Classificação1
QUALIDADE
Produtos Hortícolas
(Frutas, Legumes e
Verduras, todos)
Acessível em Link (busca
Acesso ao IN MAPA Nº 69 de alfabética de produtos) ou
1 referencial R$ 0,43/ton
06/11/2018 em desenvolvimento
fotográfico (conforme demanda).
dos
Produtos
Hortícolas
• 0801 (exceto coco e
seus subprodutos)
• 08021 - Amêndoas
• 08022 - Avelãs
(Corylus spp)
• 08023 - Nozes
• 08029000 - Outra
• 08024 - Castanhas
(Castanea spp.)
• 08025 - Pistácios
Amêndoas, Castanhas, Portaria SDA Nº 635 de • 08026 - Nozes de
2 Nozes e Frutas Secas macadâmia R$ 0,43/ton
05/08/2022
(todos) • 08062000 - Uvas
• secas (passas)
• 08131000 -
Damascos
• 081320 - Ameixas
• 08133000 - Maçãs
• 081340 - Outras frutas
• 08135000 - Misturas
de fruta seca ou de
fruta de casca rija,
do presente Capítulo

1 Taxa de Classificação – Fonte: Portaria Interministerial nº 531/1994 e Portaria Interministerial nº 233/1998


(Regulamenta o Decreto-Lei nº 1.899/1981).

74 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Relação dos padrões oficiais de classificação


continua
REQUISITOS
Valor da Taxa
MÍNIMOS DE
ID NORMA VIGENTE NCM de
IDENTIDADE E
Classificação2
QUALIDADE
AÇÚCAR BRANCO:
Cristal; Refinado
IN MAPA Nº 47 de 1701.11.00
1 Amorfo ou Refinado; R$ 0,43/ton
30/08/2018 1701.14.00
Refinado Granulado;
Confeiteiro
AÇÚCAR BRUTO: IN MAPA Nº 47 de 1701.11.00
2 R$ 0,43/ton
Demerara; VHP; VVHP 30/08/2018 1701.14.00
1702.30.20
AÇÚCAR LÍQUIDO: IN MAPA Nº 47 de
3 1702.40.10 R$ 0,43/ton
Líquido; Invertido 30/08/2018
1702.40.20
ALGODÃO (Em Port. MA Nº 55, de
4 5201.00.10 R$ 1,27/ton
caroço) 09/02/1990
IN MAPA Nº 24 de
5 ALGODÃO (Em pluma) 5201.00.20 R$ 4,48/ton
14/07/2016
Port. MAPA Nº 435, de
6 ALHO 0703.20.90 R$ 0,43/ton
18/05/2022
Port. MA Nº 65, de
7 ALPISTE 1008.30.90 R$ 0,43/ton
16/02/1993
IN MAPA Nº 38,
23/06/2008
8 AMÊNDOA DE CACAU 1801.00.00 R$ 0,43/ton
IN MAPA Nº 57,
12/11/2008
AMÊNDOA DA IN MAPA Nº 2, de
9 0801.32.00 R$ 0,51/ton
CASTANHA DE CAJU 06/02/2017
AMENDOIM (Em IN MAPA Nº 32, de
10 1202.41.00 R$ 0,61/ton
casca) 24/08/2016
AMENDOIM IN MAPA Nº 32, de
11 1202.42.00 R$ 1,96/ton
(Beneficiado) 24/08/2016
IN MAPA Nº 6, de 1006.10.91
12 ARROZ (Em casca) R$ 0,87/ton
16/02/2009 1006.10.92
1006.20.10
1006.20.20
IN MAPA Nº 6, de 1006.30.11
13 ARROZ (Beneficiado) R$ 1,49/ton
16/02/2009 1006.30.19
1006.30.21
1006.30.29
IN MAPA Nº 6, de
14 ARROZ com PREMIX 1006.30.29 R$ 1,49/ton
16/02/2009

2 Taxa de Classificação – Fonte: Portaria Interministerial nº 531/1994 e Portaria Interministerial nº 233/1998


(Regulamenta o Decreto-Lei nº 1.899/1981).

75 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Relação dos padrões oficiais de classificação


continua
REQUISITOS
Valor da Taxa
MÍNIMOS DE
ID NORMA VIGENTE NCM de
IDENTIDADE E
Classificação2
QUALIDADE
Port. MA Nº 191, de
15 AVEIA 1004.00.90 R$ 0,43/ton
14/04/1975
IN MAPA Nº 1, de
30/01/2012

Orientação Técnica
Rotulagem Azeite de 1509.10.00
16 AZEITE DE OLIVA Oliva 1509.90.10 R$ 0,43/ton
1509.90.90
Orientação Técnica
Importação Azeite de
Oliva e Óleo de Bagaço
de Oliva
IN MAPA Nº27, de
17 BATATA 0701.90.00 R$ 0,43/ton
17/07/2017
CAFÉ BENEFICIADO IN MAPA Nº 8, de 0901.11.10
18 R$ 0,61/ton
GRÃO CRU 11/06/2003 0901.12.00
Port. SDA Nº 570, de 0901.21.00
19 CAFÉ TORRADO R$ 0,43/ton
09/05/2022 0901.22.00
Port. MA Nº 109, de
20 CANJICA DE MILHO 1005.90.90 R$ 1,27/ton
24/02/1989
CAROÇO DE Port. MA Nº 55, de
21 1207.20.90 R$ 0,61/ton
ALGODÃO 09/02/1990
Port. MA Nº 644, de
22 CASTANHA DE CAJU 0801.31.00 R$ 0,65/ton
11/09/1975
Port. MA Nº 846, de 0801.21.00
23 CASTANHA DO BRASIL R$ 0,65/ton
08/11/1976 0801.22.00
Port. MAPA Nº 427, de
27/04/2022, alterado
24 CEBOLA pela Port. MAPA Nº 0703.10.19 R$ 0,43/ton
486, de
05/09/2022
Port. MA Nº 191, de
25 CENTEIO 1002.90.00 R$ 0,43/ton
14/04/1975
IN MAPA Nº 35, de
26 CERA DE CARNAÚBA 1521.10.00 R$ 0,36/ton
30/11/2004
Port. MA Nº 191, de
27 CEVADA 1003.90.80 R$ 0,72/ton
14/04/1975
CEVADA PARA FINS Port. MA Nº 691, de
28 1003.90.10 R$ 0,72/ton
CERVEJEIROS 22/11/1996
Port. MA Nº 159, de
29 CRAVO DA ÍNDIA 0907.10.00 R$ 0,43/ton
22/06/1981

76 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Relação dos padrões oficiais de classificação


continua
REQUISITOS
Valor da Taxa
MÍNIMOS DE
ID NORMA VIGENTE NCM de
IDENTIDADE E
Classificação2
QUALIDADE
Port. MA Nº 65, de
30 ERVILHA 0713.10.90 R$ 0,43/ton
16/02/1993
Port. MA Nº 795, de 2304.00.10
31 FARELO DE SOJA R$ 0,98/ton
15/12/1993 2304.00.90
FARINHA DE IN MAPA Nº 52, de
32 1106.20.00 R$ 1,89/ton
MANDIOCA 07/11/2011
IN MAPA Nº 8, de
02/06/2005 IN MAPA
33 FARINHA DE TRIGO 1101.00.10 R$ 0,43/ton
Nº 31, de
18/10/2005
IN MAPA Nº 12, de
28/03/2008
0713.33.19
IN MAPA Nº 56, de
0713.33.29
24/11/2009
34 FEIJÃO 0713.33.99 R$ 1,27/ton
IN MAPA Nº 48, de
0713.33.90
01/11/2011
0713.39.90
Referencial Fotográfico
do Feijão
Port. MA Nº 149, de
35 FIBRA DE JUTA 5303.10.10 R$ 0,72/ton
08/06/1982
FIBRA DE MALVA OU Port. MA Nº 150, de
36 5305.00.90 R$ 0,72/ton
GUAXIMA 08/06/1982
Port. MA Nº 187, de
37 FIBRA DE RAMI 5305.00.90 R$ 0,76/ton
07/06/1984
Port. MA Nº 71, de
16/03/1983
FIBRA de SISAL Port. MA Nº 249, de
38 5305.00.90 R$ 0,76/ton
Beneficiada 03/11/1983
Port. MA Nº 122, de
12/04/1984
Port. MA Nº 211, de
39 FIBRA de SISAL Bruta 5305.00.90 R$ 0,76/ton
22/04/1975
FRAGMENTO DE
IN MAPA Nº 6, de
40 ARROZ – Arroz 1006.40.00 R$ 0,87/ton
16/02/2009
quebrado
Port. MA Nº 662, de
41 FUMO EM CORDA 2401.20.90 R$ 0,43/ton
22/11/1989
Port. MA Nº 65, de
42 GIRASSOL 1206.00.90 R$ 0,61/ton
16/02/1993
Port. MA Nº 70, de
43 GUARANÁ 1212.99.90 R$ 2,25/ton
16/03/1982
Port. MA Nº 34, de
44 KIWI 0810.50.00 R$ 0,43/ton
16/01/1998

77 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Relação dos padrões oficiais de classificação


continua
REQUISITOS
Valor da Taxa
MÍNIMOS DE
ID NORMA VIGENTE NCM de
IDENTIDADE E
Classificação2
QUALIDADE
Port. MA Nº 65, de
45 LENTILHA 0713.40.90 R$ 0,43/ton
16/02/1993
Port. MA Nº 55, de 1404.20.10
46 LÍNTER R$ 1,27/ton
09/02/1990 1404.20.90
IN MAPA Nº 5, de
47 MAÇÃ 0808.10.00 R$ 0,43/ton
09/02/2006
MALTE de CEVADA ou IN MAPA Nº 11, de
48 1107.10.10 R$ 1,20/ton
CEVADA MALTEADA 13/03/2013
IN MAPA Nº 4, de
49 MAMÃO 0807.20.00 R$ 0,43/ton
22/01/2010
Port. MA Nº 65, de
50 MAMONA 1207.99.92 R$ 0,91/ton
16/02/1993
IN MAPA Nº 38, de
51 MANGA 0804.50 R$ 0,43/ton
19/12/2012
IN MAPA Nº 66, de
52 MARGARINA 1517.10.00 R$ 0,43/ton
10/12/2019
IN MAPA Nº 66, de
53 MARGARINA LÍQUIDA 1517.90.90 R$ 0,43/ton
10/12/2019
IN MAPA Nº 60, de
54 MILHO 1005.90.10 R$ 0,76/ton
22/12/2011
IN MAPA Nº 61, de
22/12/2011
IN MAPA Nº 4, de
55 MILHO PIPOCA 1005.90.10 R$ 0,43/ton
26/02/2014
Referencial Fotográfico
do Milho Pipoca
1006.20.10
1006.20.20
MISTURA de ARROZ
IN MAPA Nº 6, de 1006.30.11
56 POLIDO e R$ 1,49/ton
16/02/2009 1006.30.19
PARBOILIZADO
1006.30.21
1006.30.29
Port. MA Nº 271, de
57 ÓLEO DE MENTA 3301.25.10 R$ 4,48/ton
26/04/1976
IN MAPA Nº 49, de
ÓLEO DE ALGODÃO 22/12/2006, alterada
58 1512.29.10 R$ 0,43/ton
REFINADO pela Port. MAPA Nº
418, de 30/03/2022
ÓLEO DE BAGAÇO DE
IN MAPA Nº 1, de
59 OLIVA 1510.00.00 R$ 0,43/ton
30/01/2012

78 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Relação dos padrões oficiais de classificação


continua
REQUISITOS
Valor da Taxa
MÍNIMOS DE
ID NORMA VIGENTE NCM de
IDENTIDADE E
Classificação2
QUALIDADE
IN MAPA Nº 49, de
22/12/2006, alterada
ÓLEO DE CANOLA
60 pela Port. MAPA Nº 1514.19.10 R$ 0,43/ton
REFINADO
418, de
30/03/2022
IN MAPA Nº 49, de
ÓLEO DE GIRASSOL 22/12/2006, alterada 1512.19.11
61 R$ 0,43/ton
REFINADO pela Port. MAPA Nº 1512.19.19
418, de 30/03/2022
IN MAPA Nº 49, de
ÓLEO DE MILHO 22/12/2006, alterada 1515.29.10
62 R$ 0,43/ton
REFINADO pela Port. MAPA Nº 1515.29.90
418, de 30/03/2022
IN MAPA Nº 49, de
ÓLEO DE SOJA 22/12/2006, alterada 1507.90.11
63 R$ 1,31/ton
REFINADO pela Port. MAPA Nº 1507.90.19
418, de 30/03/2022
ÓLEO DE SOJA BRUTO Port. MA Nº 795, de
64 1507.10.00 R$ 1,31/ton
E DEGOMADO 15/12/1993
IN MAPA Nº 3, de
65 PERA 0808.30.00 R$ 0,43/ton
02/02/2006
IN MA Nº 10, de
66 PIMENTA–DO-REINO 0904.11.00 R$ 1,89/ton
15/05/2006
PÓ CERÍFERO DE IN MAPA Nº 34, de
67 1404.90.90 R$ 2,25/ton
CARNAÚBA 30/11/2004
IN MAPA Nº 23, de
14/12/2005
PRODUTOS
AMILÁCEOS
68 Orientação Técnica 1108.14.00 R$ 1,89/ton
DERIVADOS DA
sobre a Inexigibilidade
MANDIOCA – Fécula
de Padronização dos
Polvilhos Doce e Azedo
PRODUTOS
AMILÁCEOS IN MAPA Nº 23, de
69 1106.20.00 R$ 1,89/ton
DERIVADOS DA 14/12/2005
MANDIOCA – Sagu
PRODUTOS IN MAPA Nº 23, de
AMILÁCEOS 14/12/2005
70 DERIVADOS DA RAIZ Orientação Técnica 1903.00.00 R$ 1,89/ton
DA MANDIOCA – sobre a Definição de
Tapioca Tapioca
Port. MA Nº 80, de
71 RASPA DE MANDIOCA 2303.10.00 R$ 0,43/ton
20/04/1988
RESÍDUOS DE Port. MA Nº 55, de
72 5202.99.00 R$ 0,43/ton
ALGODÃO 09/02/1990

79 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Relação dos padrões oficiais de classificação


conclusão
REQUISITOS
Valor da Taxa
MÍNIMOS DE
ID NORMA VIGENTE NCM de
IDENTIDADE E
Classificação2
QUALIDADE
Port. MA Nº 71, de
16/03/1983
Port. MA Nº 249, de
73 RESÍDUOS DE SISAL 5305.00.90 R$ 0,43/ton
03/11/1983
Port. MA Nº 122, de
12/04/1984
IN MAPA Nº 11, de
15/05/2007
IN MAPA Nº 37, de
27/07/2007
74 SOJA 1201.90.00 R$ 0,76/ton
IN MAPA Nº 15, de
09/06/2004
Referencial Fotográfico
da Soja
Port. MA Nº 268, de
75 SORGO 1007.90.00 R$ 0,76/ton
22/08/1984
2401.10.10
2401.10.20
2401.10.30
Port. MA Nº 16, de
2401.10.40
19/01/1982
76 2401.20.10 R$ 3,27/ton
TABACO EM FOLHA Port. MA Nº 69, de
2401.20.20
BENEFICIADO 16/03/1982
2401.20.30
2401.20.40
2401.30.00
2401.10.10
2401.10.20
IN MAPA Nº 10, de
77 TABACO EM FOLHA 2401.10.30 R$ 0,43/ton
13/04/2007
CURADO 2401.10.40
2401.30.00
Port. MA Nº 64, de 2401.10.10
78 TABACO ORIENTAL R$ 0,43/ton
16/02/1993 2401.10.20
IN MAPA Nº 33, de
79 TOMATE 0702.00.00 R$ 0,43/ton
18/07/2018
IN MAPA Nº 38, de
30/11/2010
80 TRIGO 1001.99.00 R$ 0,76/ton
IN MAPA Nº 18 de
02/07/2015
Port. MA Nº 813, de
81 TRIGO SARRACENO 1008.10.90 R$ 0,76/ton
19/11/1975
Port. MA Nº 53, de
23/02/1983 Port. MA
82 TRITICALE 1008.60.90 R$ 0,43/ton
Nº 166,
de 11/04/1986
Fonte: Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/inspecao/produtos-
vegetal/legislacao-de-produtos-origem-vegetal/normativos-cgqv/listagem-dos-pocs-e-taxa-de-
classificacao-importado.pdf . Acesso em: 30 maio 2023.

80 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 8, de 22 de abril de 2014


Com as alterações dadas pela IN MAPA no 49/2019,
estabelece os requisitos e critérios para a utilização do
documento de classificação de produtos vegetais.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no


uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição,
tendo em vista o disposto na Lei nº 9.972, de 25 de maio de 2000, no Decreto nº 6.268,
de 22 de novembro de 2007, na Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991, no Decreto nº
5.741, de 30 de março de 2006, na Portaria MAPA nº 1.073, de 6 de novembro de 2008,
na Portaria MAPA nº 1.186, de 8 de dezembro de 2008, na Portaria nº 524, de 21 de
julho de 2010, e o que consta do Processo nº 21000.005634/2009-75, e com objetivo de
regulamentar o previsto no art. 10 do Decreto nº 6.268, de 22 de novembro de 2007,
resolve:

Art. 1º Estabelecer os requisitos e critérios para a utilização do documento de


classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, bem
como as informações mínimas obrigatórias que nele devem constar.

Art. 2º Aprovar o modelo do CERTIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DE PRODUTO


VEGETAL IMPORTADO, na forma do Anexo desta Instrução Normativa. (Revogado pela
IN MAPA nº 49/2019)

Art. 3º A realização da classificação obrigatória de que trata os incisos I e II do


art. 1º da Lei nº 9.972, de 25 de maio de 2000, será comprovada pelo documento de
classificação devidamente reconhecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento - MAPA, e poderá ser emitido em formato de Certificado, Planilha,
Romaneio ou outro documento, desde que atenda a presente Instrução Normativa.
Parágrafo único. A entidade credenciada autorizada a classificar pelo fluxo
operacional deverá adequar o seu documento de classificação de forma a atender à
necessidade de comprovação da realização da classificação obrigatória, mediante
detalhamento e apresentação do fluxograma operacional para aprovação do MAPA.

Art. 4º O documento de classificação será emitido exclusivamente por


classificador do MAPA ou por aquele ligado a uma entidade credenciada por este
Ministério, conforme o caso, os quais assumirão a responsabilidade pela sua emissão.
§1º O documento de classificação emitido no posto de serviço será assinado por
classificador habilitado para o produto em questão, com base nas informações contidas
no seu laudo de classificação.
§2º Admite-se a emissão do documento de classificação por classificador não
habilitado para o produto específico, desde que respaldado por laudo de classificação
emitido exclusivamente por outro classificador habilitado para o produto.
§3º No caso de produtos que requeiram análises laboratoriais, admite-se a
emissão do documento de classificação por classificador não habilitado para esses
produtos, desde que respaldado por certificado de análise ou laudo emitido pelo
laboratório credenciado ou reconhecido pelo MAPA.

81 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

§4º O documento de classificação será emitido com base nas informações


contidas no laudo ou no certificado de análise, ou em ambos conforme o caso, não
podendo conter emendas ou rasuras e será válido em todo o território nacional.
§5º Na classificação dos produtos vegetais importados, a emissão do Certificado
de Classificação é de competência exclusiva do Fiscal Federal Agropecuário, habilitado
como classificador.
§6º Na classificação ou no controle de qualidade dos produtos exportados, os
documentos emitidos pelas entidades credenciadas na atividade de controle de qualidade
e supervisão de embarque estão sujeitos à fiscalização, supervisão técnica e controle do
MAPA.
§7º Nas Unidades Operacionais, o documento de classificação poderá ser
substituído pelos registros do controle de qualidade, devendo ser detalhado no
fluxograma operacional e aprovado pelo MAPA, no ato do credenciamento.

Art. 5º O documento de classificação emitido pelas entidades credenciadas pelo


MAPA terá uma numeração sequencial alfanumérica, impressa no canto superior direito,
com destaque em negrito, conforme o formato UF-000001-X- A-00001, no qual:
I - UF-000001-X corresponde ao número de registro no CGC/MAPA da Entidade
Credenciada para execução da classificação, no qual: UF corresponde à sigla da Unidade
da Federação de localização da entidade credenciada; 000001 corresponde ao número
de registro da Entidade Credenciada e "X" é o dígito verificador, fornecido pelo MAPA;
II - "A" corresponde à série do documento de classificação, que deverá ter a
sequência de "A" até "Z", excluindo a letra "I" de uso exclusivo do MAPA, para utilização
no Certificado de Classificação de Produto Vegetal Importado; e
III - "00001" corresponde à numeração sequencial crescente do documento,
limitada a 5 (cinco) dígitos por série.

Art. 6º O Certificado de Classificação de Produto Vegetal Importado deverá ser


impresso em papel com marca de segurança, contendo o brasão da República (Brasão
das Armas do Brasil) como plano de fundo e indelével, de forma suave e esmaecida, e
sua numeração será sequencial alfanumérica, impressa no canto superior direito, com
destaque em negrito, conforme o formato UF-0001-I- 000001, no qual:
I - UF-0001 corresponde ao número do cadastro no CGC/MAPA da
Superintendência responsável pela sua emissão, no qual: UF corresponde à sigla da
Unidade da Federação de localização da SFA; 0001 corresponde ao número do cadastro
da SFA no CGC/MAPA;
II - "I" corresponde à série de uso exclusivo do MAPA; e
III - "000001" corresponde à numeração sequencial crescente do documento.
(Revogado pela IN MAPA nº 49/2019)

Art. 7º O Certificado de Classificação de Produto Vegetal Importado deve ser


emitido no mínimo em uma via original que será entregue ao importador; para compor o
processo de internalização ou prestação de contas, admite-se o uso de cópias. (Revogado
pela IN MAPA nº 49/2019).

Art. 8º O documento de classificação a ser expedido pelas entidades credenciadas


na atividade de prestadoras de serviços de classificação deverá conter, no mínimo, as
seguintes informações:

82 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

I - título do documento: Certificado de Classificação ou Planilha de Classificação


ou Romaneio de Classificação, ou qualquer outra denominação devidamente aprovada
pelo MAPA no ato do Credenciamento;
II - identificação da pessoa jurídica credenciada para a execução da classificação:
a) nome empresarial;
b) endereço completo com telefone, fac-símile e endereço eletrônico (e-
mail);
c) CNPJ e Inscrição Estadual; e
d) número de registro no CGC/MAPA;
III - declaração de classificação: "De acordo com o que estabelece o Decreto nº
6.268, de 22 de novembro de 2007, que regulamenta a Lei nº 9.972, de 25 de maio de
2000, DECLARAMOS que a amostra em nosso poder apresentou os resultados da
classificação constantes deste DOCUMENTO";
IV - identificação do cliente:
a) nome empresarial ou pessoa física;
b) número do CNPJ ou CPF; e
c) endereço, cidade, UF, CEP, telefone, fac-símile e endereço eletrônico;
V - informações sobre o produto:
a) nome do produto;
b) safra;
c) marca comercial;
d) número do lote;
e) forma de acondicionamento;
f) tipo de embalagem;
g) peso líquido em quilogramas (kg) ou volume em litros (l); e
h) número de volumes (facultativo);
VI - número do Certificado de Segurança Higiênico-Sanitária (CSH) referente ao
lote do produto, quando for o caso;
VII - identificação da unidade armazenadora, quando for o caso:
a) nome; e
b) nome da empresa;
VIII - identificação da amostra e amostragem:
a) número da amostra; e
b) responsável pela amostragem;
IX – conclusão da classificação, no que couber:
a) grupo;
b) subgrupo;
c) classe;
d) subclasse;
e) calibre; e
f) tipo ou categoria;
X - citação do normativo que aprova o Padrão Oficial de Classificação utilizado;
XI - discriminação dos resultados de cada análise e mensuração das
características do produto referentes a sua classificação, bem como as informações
conclusivas, transcritas do(s) laudo(s) para o documento de classificação;
XII - observações de caráter obrigatório, no que couber:

83 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

a) identificação do laudo de classificação contendo o número, o nome da


entidade credenciada, o nome do classificador, seu número de registro
no MAPA e a data de emissão;
b) identificação do Certificado de Análise, contendo o número, o nome do
laboratório, o nome do emissor e data de emissão;
c) variedade;
d) tipo de aparelho utilizado para medição da umidade, capacidade de
expansão, maturação e brix; e
e) informação quando a amostra for apresentada pelo interessado, com a
seguinte expressão: "O presente documento não tem validade quando o
produto, objeto dessa classificação, for destinado às compras, vendas ou
doações do Poder Público";
XIII - declarações adicionais relativas à classificação do produto e de acordo com
o Padrão Oficial de Classificação específico, no que couber;
XIV - identificação do classificador:
a) nome completo; e
b) número de registro no CGC/MAPA;
XV - identificação do posto de serviço:
a) nome do posto; e
b) número de registro no CGC/MAPA;
XVI - identificação da unidade volante: marca, modelo e número da placa do
veículo;
XVII - identificação do responsável pela emissão do documento de classificação:
a) nome completo;
b) número de registro no CGC/MAPA; e
c) assinatura do emissor;
XVIII - local (município/UF) e data de emissão.

Art. 9º O documento de classificação emitido ou mantido em arquivo deverá


dispor de informações ou mecanismos que permitam a identificação precisa da
identidade, da qualidade e do lote classificado.

Art. 10. Para os produtos cuja especificidade não se adéque ao disposto no art.
8º desta Instrução Normativa, será admitido documento de classificação diferenciado,
devidamente aprovado pelo MAPA.

Art. 11. O arquivamento e demais controles do documento de classificação serão


de responsabilidade do órgão ou entidade que o emitiu, que deverão utilizar meios que
agreguem segurança e consistência das informações e permita a verificação pela
autoridade fiscalizadora.

84 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 12. Para fins de comprovação da classificação e controle da fiscalização, o


embalador ou responsável pela garantia das indicações qualitativas do produto vegetal
deverá manter o documento de classificação arquivado por um período mínimo de 5
(cinco) anos.
Parágrafo único. As entidades credenciadas a classificar pelo fluxo operacional
deverão manter arquivados os registros do controle de qualidade por um período mínimo
de 5 (cinco) anos.

Art. 13. O embalador ou responsável pela garantia das indicações qualitativas do


produto deverá fazer constar no documento fiscal que acompanha o produto as seguintes
informações:
I - o número completo do documento de classificação, na forma definida nos
artigos 5º e 6º desta Instrução Normativa, respectivamente, conforme o caso;
II - as especificações qualitativas do produto;
III - a identificação do lote; e
IV - denominação de venda do produto.
§1° A marcação ou rotulagem da embalagem poderá ser considerada uma
extensão do documento fiscal, substituindo a obrigatoriedade de inclusão das
especificações qualitativas do produto nas notas fiscais, desde que mantida a correlação
entre o documento fiscal e a rotulagem ou marcação da embalagem.
§2º Para os produtos classificados pelo fluxo operacional, o número completo do
documento de classificação será substituído pelo número de registro da entidade
credenciada no CGC/MAPA responsável pela sua classificação.
§3º A cópia do documento de classificação poderá substituir as informações
contidas nos incisos I e II do art. 13, mantendo-se a exigência da denominação de venda
do produto e o número do lote.

Art. 14. O laudo de classificação deverá ser emitido e assinado pelo classificador
devidamente identificado com o seu nome e o número do registro no CGC/MAPA.
Parágrafo único. Na classificação por fluxo operacional, o laudo de classificação
poderá ser substituído pelos registros do controle de qualidade.

Art. 15. O laudo de classificação deverá conter, no mínimo, as seguintes


informações:
I - nome empresarial da pessoa jurídica responsável pela sua emissão;
II - número do laudo;
III - nome do produto;
IV - identificação do lote;
V - número da amostra;
VI - identificação do solicitante da análise;
VII - discriminação dos resultados de cada análise e mensuração das
características do produto, referentes à sua classificação;
VIII - outras informações obrigatórias previstas em Regulamento Técnico do
produto classificado (Padrão Oficial de Classificação);
IX - resultado conclusivo da classificação, conforme determina o Padrão Oficial
de Classificação; e
X - identificação do responsável pela emissão do laudo, com nome e número do
registro no CGC/MAPA.

85 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Art. 16. O laudo de classificação e os registros referentes aos resultados da


classificação, impressos ou em meio eletrônico, são de uso e controle interno do órgão
ou entidade credenciada.

Art. 17. A emissão, a impressão e o controle do laudo de classificação e seus


respectivos registros são de responsabilidade do órgão ou entidade credenciada, a qual
responde pela sua correta utilização.
Parágrafo único. O laudo de classificação e os registros referentes aos resultados
da classificação devem permanecer arquivados e à disposição da fiscalização do MAPA
por um período mínimo de 5 (cinco) anos,

Art. 18. Fica concedido prazo de 1 (um) ano, a partir da publicação desta
Instrução Normativa, às entidades credenciadas para se adequarem às exigências
estabelecidas por esta Instrução Normativa.

Art. 19. Fica alterado o prazo máximo de solicitação de arbitragem contido no


item 3.1 da Instrução Normativa SARC nº 6, de 16 de maio de 2001, passando para os
seguintes prazos:
I - para os produtos hortícolas e demais perecíveis: 24 (vinte e quatro) horas a
partir da data de expedição do produto; e
II - para os demais produtos: 15 (quinze) dias a partir da data da emissão do
documento de classificação.
Parágrafo único. Nos casos de importação, a solicitação de arbitragem deverá ser
solicitada no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas contados a partir da data de
emissão do Certificado de Classificação de Produto Vegetal Importado.

Art. 20. Esta Instrução Normativa entra em vigor 30 (trinta) dias após sua
publicação.

Art. 21. Fica revogada a Instrução Normativa SARC nº 001, de 5 de março de


2001.

NERI GELLER
ANEXO (Revogado pela IN MAPA nº 49/2019)

86 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA nº 54, de 24 de novembro de


2011
Com as alterações dadas pela IN MAPA 30/2015, aprova os
requisitos e critérios para credenciamento.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no


uso das atribuições que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição,
tendo em vista o disposto na Lei no 5.025, de 10 de junho de 1966, na Lei no 8.171, de
17 de janeiro de 1991, na Lei no 9.972, de 25 de maio de 2000, no Decreto no 59.607,
de 28 de novembro de 1966, no Decreto no 5.741, de 30 de março de 2006, no Decreto
no 6.268, de 22 e novembro de 2007, na Resolução CONCEX 160, de 20 de junho de
1988, e o que consta do Processo no 21000.005633/2009-21, resolve:

Art. 1o Aprovar os requisitos, critérios e prazos para autorizar por meio de


credenciamento as pessoas jurídicas de direito público ou privado a prestar ou executar
serviços de classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico, com base nos Padrões Oficiais de Classificação, na forma desta Instrução
Normativa.

Art. 2o Aprovar os seguintes formulários:


I - Requerimento de solicitação - Anexo I;
II - Ficha Cadastral do Posto de Serviço ou Unidade Operacional - Anexo II; e
III - Glossário - Anexo III.

Art. 3o A presente Instrução Normativa se aplica para o credenciamento de


pessoas jurídicas envolvidas nas seguintes atividades:
I - prestação de serviços de classificação;
II - classificação por fluxo operacional;
III - controle de qualidade e supervisão de embarque; e
IV - supervisão da certificação voluntária.
§1o Os critérios e exigências para o credenciamento de empresas para a
supervisão da certificação voluntária, prevista no inciso IV deste artigo, serão definidos
em ato próprio.

Art. 4o As pessoas jurídicas solicitantes do credenciamento deverão:


I - estar devidamente constituídas;
II - contemplar no objeto do contrato social, estatuto ou ato jurídico de
constituição a prestação ou execução de serviços na área de classificação ou controle de
qualidade de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico ou
execução de pelo menos uma das atividades de pesquisa, ensino, cooperativismo,
comercialização, manipulação, fabricação, preparação, processamento, beneficiamento,
industrialização ou análises laboratoriais; e (NR dada pela In MAPA nº 30 de
23.09.2015, DOU 24.09.2015)
III - dispor de instalações físicas adequadas, recursos humanos qualificados,
materiais e equipamentos adequados e necessários ao credenciamento a que se
propõem.

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Fátima Chieppe Parizzi

Art. 5o A solicitação do credenciamento será efetuada pelo interessado, por


meio de requerimento padronizado na forma do Anexo I desta Instrução Normativa,
dirigido ao Superintendente Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento da Unidade
da Federação na qual se localiza o Posto de Serviço ou Unidade Operacional a que se
pretende ser credenciado e deverá ser acompanhada dos seguintes documentos:
I - ficha cadastral preenchida, na forma do Anexo II desta Instrução Normativa;
II - cópia do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ);
III - cópia do contrato social atualizado e registrado na junta comercial ou ato
jurídico de constituição;
IV - cópia do alvará municipal de funcionamento;
V - cópia das certidões negativas de débitos perante o governo federal;
VI - Manual da Qualidade (MQ);
VII - fluxograma de classificação;
VIII - fluxograma da classificação por fluxo operacional, quando se tratar de
empresa que realize a classificação por fluxo operacional;
IX - certidão de registro de pessoa jurídica, ou documento equivalente, no
conselho de classe competente;
X - dispor de responsável técnico pela atividade, devidamente registrado no
conselho de classe competente;
XI - a relação dos laboratórios que pretende utilizar na classificação de produtos
vegetais que requer análises físico-químicas quando não possuir laboratório próprio; (NR
dada pela In MAPA nº 30 de 23.09.2015, DOU 24.09.2015)
XII - cópia da carteira de classificador dos técnicos de seu quadro de pessoal;
XIII - no caso de contratação temporária de classificador deverá ser apresentada
cópia do contrato de trabalho, além da cópia da carteira de classificador;
XIV - cópia dos documentos do veículo, quando se tratar de unidade volante;
XV - comprovante de pagamento de emolumento para credenciamento; e
XVI - relação dos produtos que pretende classificar por Posto de Serviço ou
Unidade Operacional.
§1o A entidade requerente que, em virtude de legislação, for desobrigada a
possuir documentos relacionados no caput deste artigo, deverá comprovar essa condição
para ficar dispensada da sua apresentação ao MAPA.
§2o Para o credenciamento por fluxo operacional, os documentos mencionados
nos incisos XII e XIII poderão ser substituídos pela cópia do contrato com Entidade
credenciada para a prestação de serviços de classificação.
§3o Os documentos apresentados pelo interessado para solicitação de
credenciamento serão autuados em processo administrativo e analisados na
Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento da respectiva
Unidade da Federação - SFA/UF, onde a empresa instalou o Posto de Serviço ou sua
Unidade Operacional.
§4o Após análise técnica e havendo exigências, será fixado prazo para
atendimento mediante comunicação oficial.
§5o Atendidos todos os requisitos constantes neste artigo, o chefe do Serviço de
Inspeção de Produtos de Origem Vegetal ou do Serviço de Inspeção e Sanidade Vegetal
ou do Serviço de Inspeção, Fiscalização e Sanidade Vegetal determinará a inspeção.

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Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 6o Na inspeção, o Fiscal Federal Agropecuário emitirá o parecer conclusivo


embasado na ficha cadastral preenchida pelo interessado e demais documentações,
previstas nos incisos de I a XVI do art. 5o desta Instrução Normativa.
§1o Constatando-se não-conformidades, o Fiscal Federal Agropecuário deverá
listar as exigências fixando prazo para atendimento e realizar nova vistoria, caso
necessário.
§2o Não sendo atendidas as exigências impostas no prazo concedido, tanto na
fase inicial de apresentação de documentos, quanto na fase relacionada à inspeção in
loco, o processo será encerrado e arquivado.
§3o Atendidos todos os requisitos, o processo, devidamente instruído pela
respectiva SFA/UF, será encaminhado à Coordenação-Geral de Qualidade Vegetal
(CGQV), do Departamento de Inspeção de Produtos Vegetais (DIPOV), da Secretaria de
Defesa Agropecuária (SDA/MAPA).

Art. 7o O credenciamento será concedido por Unidade da Federação, por


empresa, atividade, Posto de Serviço ou Unidade Operacional e produto, levando em
conta a habilitação do classificador lotado no Posto ou Unidade Operacional.

Art. 8o A Entidade credenciada a prestar serviços de classificação poderá utilizar


Unidade Volante para a execução de serviços fora do Posto de Serviço credenciado.
§1o O Posto de Serviço que possuir uma Unidade Volante a ele vinculado será
responsável pelas suas atividades.
§2o O credenciamento da Unidade Volante permite a prestação de serviços de
classificação vegetal dentro das Unidades da Federação onde obteve o credenciamento,
observada a vinculação a um Posto de Serviço.
§3o As amostras de contraprova e a documentação emitida pela Unidade Volante
deverão ser arquivadas no Posto de Serviço da Unidade da Federação onde o serviço foi
executado.

Art. 9o Obtido o credenciamento, a pessoa jurídica receberá um número de


registro no Cadastro Geral de Classificação (CGC) do MAPA, por Posto de Serviço ou
Unidade Operacional e a CGQV/DIPOV emitirá o correspondente certificado, que terá
validade para a prestação ou execução de serviços dentro da Unidade da Federação que
compõe seu número de registro.
Parágrafo único. O número de registro no CGC/MAPA será composto pela sigla
da UF onde estiver localizado o Posto de Serviço ou Unidade Operacional credenciados,
seguido de uma sequência de quatro algarismos arábicos que corresponde ao número de
registro da entidade e outra sequência de três algarismos arábicos que corresponde ao
número de registro do Posto de Serviço ou Unidade Operacional.
Art. 10. O credenciamento autorizará a Entidade credenciada a executar serviços
para os quais obteve credenciamento, na forma do art. 3o e seus incisos desta Instrução
Normativa.

Art. 11. Concedido o registro, o processo retornará à SFA de origem que


entregará o certificado de credenciamento ao interessado.

Art. 12. Para os produtos hortícolas e outros perecíveis o credenciamento


simplificado, previsto no inciso II do art. 26 do Decreto no 6.268, de 22 de novembro de

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Fátima Chieppe Parizzi

2007, suprirá o credenciamento para classificação por fluxo operacional, observadas as


peculiaridades de cada produto.

Art. 13. As Entidades credenciadas ficam obrigadas a comunicar à SFA/UF, onde


se encontram registradas, quaisquer alterações dos elementos informativos constantes
do processo de registro até a data do credenciamento ou renovação, apresentando o
requerimento previsto no art. 5o desta Instrução Normativa acompanhadas, quando
necessário, de cópia dos documentos comprobatórios que serão juntados ao processo de
registro para análise e providências.
§1o As alterações serão informadas pela SFA/UF à CGQV/DIPOV, que adotará as
medidas necessárias.
§2o Quando a comunicação de alteração implicar em emissão de novo certificado
de credenciamento, o certificado a ser substituído deve ser devolvido pela Entidade
credenciada à correspondente SFA/UF, que remeterá à CGQV/DIPOV para emissão de
novo certificado.

Art. 14. Quando houver mudança de endereço, será realizada inspeção no Posto
de Serviço ou Unidade Operacional, com emissão de parecer conclusivo quanto ao
atendimento dos requisitos técnicos e legais.
Parágrafo único. A inspeção também será obrigatória quando houver troca de
veículo habilitado como Unidade Volante.

Art. 15. A renovação do credenciamento será obrigatória a cada 5 (cinco)


anos.
§1o O pedido de renovação do credenciamento deverá ser apresentado à
respectiva SFA/UF onde estiver localizada a Unidade Operacional ou Posto de Serviço,
com antecedência mínima de 90 (noventa) dias da data de vencimento do
correspondente registro, acompanhado da documentação prevista no art. 5 o desta
Instrução Normativa.
§2o Serão descredenciados a Unidade Operacional ou Posto de Serviço, cuja
renovação não tenha sido realizada até a data do vencimento do seu registro.

Art. 16. A suspensão do credenciamento poderá ser aplicada nos seguintes casos:
I - de ofício, nos casos previstos no Decreto no 6.268, de 2007; e
II - a pedido da Entidade credenciada, que deverá encaminhar solicitação à
respectiva SFA/UF acompanhada do certificado de credenciamento.
Parágrafo único. A suspensão do credenciamento a pedido não deverá
ultrapassar a data de vencimento do credenciamento concedido.

Art. 17. O cancelamento do credenciamento poderá ocorrer:


I - a pedido da Entidade credenciada, que deverá encaminhar solicitação à
respectiva SFA/UF, acompanhada do correspondente certificado de credenciamento;
II - de ofício, quando a Entidade credenciada não solicitar a renovação dentro do
prazo de vencimento; e
III - por ação fiscal, nos casos previstos no Decreto no 6.268, de 2007.

Art. 18. A Entidade credenciada deverá:

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Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

I - executar a classificação em conformidade com os padrões oficiais de


classificação;
II - executar a classificação exclusivamente nos Postos de Serviços ou Unidades
Operacionais e nas Unidades Volantes, autorizados por meio de credenciamento;
III - classificar apenas os produtos para os quais esteja autorizada;
IV - comunicar a constatação ou ocorrência de produto desclassificado à SFA/UF
onde o produto se encontra, no prazo máximo de 2 (dois) dias;
V - dispor de equipamentos próprios e compatíveis com as atividades executadas,
devidamente aferidos, calibrados, regulados e em perfeito estado de conservação,
manutenção e funcionamento;
VI - manter disponível e atualizado em cada Posto de Serviço ou Unidade
Operacional ou Unidade Volante o Manual da Qualidade (MQ);
VII - encaminhar, até o 10o (décimo) dia do mês subsequente à realização da
classificação, à SFA/UF onde a Entidade credenciada estiver localizada, os relatórios dos
serviços executados conforme modelos determinados pela CGQV/Dipov;
VIII - manter, no mínimo, duas vias de amostras em arquivo exclusivo durante o
prazo legal para contestação do resultado da classificação, devidamente conservadas,
protegidas e identificadas com o número do lote e respectivo documento de classificação
na parte externa do invólucro da amostra:
a) uma das vias de amostra se destina a eventual arbitragem, e outra via
ficará à disposição do órgão fiscalizador; e
b) excluem-se desta obrigatoriedade as Entidades credenciadas para a
classificação por fluxo operacional.
IX - manter arquivada no Posto de Serviço ou Unidade Operacional toda
documentação correspondente ao serviço executado, por um prazo mínimo de 2 (dois)
anos;
X - manter um sistema de treinamento e reciclagem periódico dos seus
profissionais;
XI - não permitir a prestação de serviços por classificador cuja respectiva carteira
esteja vencida ou que não possua habilitação;
XII - manter um banco de dados dos produtos classificados, que sirva de
referência para a reformulação de padrões e alimentar os sistemas informatizados
quando implementados pelo MAPA;
XIII - manter em condições adequadas, a estrutura e as instalações físicas do
local de trabalho;
XIV - preencher e emitir corretamente os documentos relativos à classificação;
XV - providenciar, sempre que necessário, a renovação de seu credenciamento e
do documento de habilitação do classificador;
XVI - executar a amostragem e confeccionar amostras em conformidade com a
legislação pertinente;
XVII - manter à disposição da autoridade fiscalizadora todas as informações e
documentos necessários à ação fiscal;
XVIII - executar a amostragem e a confecção das amostras para classificação
dos produtos destinados à compra, venda e doação do poder público, excluindo-se desta
obrigatoriedade as Entidades Credenciadas por fluxo operacional;
XIX - implantar as ações descritas no Manual da Qualidade; e
XX - exigir o Certificado de Controle Higiênico-Sanitário (CHS), na forma
estabelecida na legislação específica, antes de realizar a classificação do produto.

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Fátima Chieppe Parizzi

XXI - promover sistematicamente a classificação de revisão para fins de controle


de qualidade dos serviços prestados. (NR dada pela In MAPA nº 30 de 23.09.2015,
DOU 24.09.2015)

Art. 19. São atribuições da SFA/UF correspondente:


I - receber, analisar e conferir a documentação necessária para o credenciamento
inicial, alterações, renovação e cancelamento;
II - constituir e instruir o processo administrativo por Unidade Operacional ou
Posto de Serviço;
III - realizar vistoria na Unidade Operacional, Posto de Serviço e Unidade Volante
emitindo parecer conclusivo;
IV - encaminhar o processo administrativo à CGQV/Dipov, quando do
credenciamento inicial, da comunicação de alterações que requeiram emissão de novo
certificado de credenciamento, da renovação ou do cancelamento;
V - executar o controle e supervisão técnica das Entidades credenciadas; e
VI - comunicar à CGQV/MAPA as alterações ocorridas durante a vigência do
credenciamento.

Art. 20. São atribuições da CGQV/DIPOV:


I - conceder a autorização para prestar ou executar os serviços de classificação
de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico;
II - registrar a Entidade credenciada no CGC/MAPA;
III - emitir o certificado de credenciamento;
IV - manter o banco de dados do CGC/MAPA atualizado;
V - implementar sistemas informatizados em condições permanentes de
recepcionar as informações dos produtos classificados, para fins de monitoramento e
fiscalização;
VI - manter o banco de dados dos produtos classificados, que sirva de referência
para os trabalhos de reformulação dos padrões oficiais de classificação;
VII - divulgar a relação das Entidades credenciadas registradas no CGC/MAPA;
VIII - promover supervisões técnicas ou auditorias em todas Superintendências
do MAPA e nas Entidades credenciadas;
IX - homologar o cancelamento do credenciamento, quando for o caso;
X – estabelecer procedimentos e promover controle inter e intracredenciadas, a
fim de uniformizar os critérios operacionais dos serviços de classificação prestados; e
XI - estabelecer, disponibilizar e manter atualizados as orientações, os
documentos, modelos e formulários e a relação de equipamentos necessários para o
credenciamento.

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Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 21. Será concedido prazo de 1 (um) ano, a partir da publicação desta
Instrução Normativa, às Entidades credenciadas para elaboração e implementação do
Manual de Qualidade e de procedimentos técnicos para fins de cumprimento do disposto
no art. 5o desta Instrução Normativa.

Art. 22. Será respeitado o prazo de vigência dos credenciamentos concedidos


com base na Instrução Normativa, expedida pela Secretaria de Apoio Rural e
Cooperativismo (SARC), de no 2, de 5 de março de 2001.

Art. 23. Poderá conceder prazo de até 180 (cento e oitenta) dias a partir da
publicação desta Instrução Normativa, para que a entidade atenda às exigências nela
contidas, com a finalidade de renovar o seu credenciamento.

Art. 24. A prestação de serviços a terceiros pelas unidades operacionais só será


permitida nos casos em que o produto for manipulado no fluxo operacional da Entidade
credenciada.

Art. 25. A infringência dos dispositivos previstos nesta Instrução Normativa


sujeitará ao infrator as sanções administrativas previstas na Lei n o 9.972, de 2000, no
Decreto no 6.268, de 2007 e nas demais legislações que a respaldam.

Art. 26. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 27. Ficam revogadas as Instruções Normativas de no 2, de 5 de março de


2001, de no 7, de 11 de setembro de 2002, de no 2, de 24 de junho de 2004, expedidas
pela Secretaria de Apoio Rural e Cooperativismo; a Portaria de no 3, de 22 de janeiro de
1996, expedida pela Secretaria de Desenvolvimento Rural, e de no 192, de 18 de junho
de 2004, expedida pela Secretaria de Desenvolvimento e Cooperativismo.

MENDES RIBEIRO FILHO


Publicado no Diário Oficial da União em 25/11/2011
Seção I – Pág. 5/6

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Inserir aqui a logomarca da postulante bem como o nome empresarial e o endereço completo
ANEXO I – Requerimento

( ) DE CREDENCIAMENTO ( ) DE RENOVAÇÃO ( ) DE ALTERAÇÃO

MODALIDADES DE CREDENCIAMENTO

Controle de Qualidade e Supervisão de


Prestação de Serviços de Classificação
Embarque

Classificação por Fluxo Operacional Supervisão da Certificação Voluntária

Ilmo. Senhor Superintendente Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento


no Estado (especificar o nome do estado) na qualidade de representante legal da
(especificar a razão social do postulante) venho requerer a Vossa Senhoria, com fulcro
no art. 4º da Lei nº 9.972, de 25 de maio de 2000 e inciso X, do art. 1º do Decreto nº
6.268, de 22 de novembro de 2007, requerer autorização para ( ) prestar ou ( )
executar a classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico, juntando, para os devidos efeitos, a documentação exigida por esse
Ministério, na forma do previsto no art. 5º da IN MAPA nº 54/2011, assumindo as
responsabilidades pelas informações nelas contidas e ficando sujeito às penalidades
impostas pela legislação vigente.

Nestes termos peço deferimento.

__________, ____ de__________ de _______

__________________________________
(Assinatura e carimbo do requerente)

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Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

RELAÇÃO DOS DOCUMENTOS A SEREM APRESENTADOS


JUNTAMENTE COM O REQUERIMENTO
(para a Sede ou Matriz da Entidade e para a Unidade Operacional)

− Ficha Cadastral do Posto de Serviço ou da Unidade Operacional


− Cópia do CNPJ
− Cópia do contrato social ou estatuto atualizado, ou Ato jurídico de constituição
− Cópia do alvará municipal de funcionamento
− Cópia das certidões negativas de débitos perante o Governo Federal
− Manual de Qualidade
− Fluxograma de Classificação
− Fluxograma da Classificação por Fluxo Operacional
− Certidão de Registro de Pessoa Jurídica ou documento equivalente no Conselho de
Classe competente
− Cópia da ART para dar atendimento ao inciso X do art. 5 da IN MAPA nº 54/2011
− Relação dos laboratórios credenciados ou reconhecidos pelo MAPA que serão utilizados
para análises físico-químicas ou tecnológicas para fins de classificação dos produtos
vegetais
− Cópia da Carteira do(s) Classificador(es)
− Cópia do contrato de trabalho, em caso de contratação temporária do classificador(es)
− Cópia do(s) documento(s) do(s) veículo(s) que será utilizado como Unidade Volante,
se possuir
− Relação dos produtos vegetais que o postulante pretende classificar por Posto de
Serviço ou Unidade Operacional

95 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

RELAÇÃO DOS DOCUMENTOS A SEREM APRESENTADOS


JUNTAMENTE COM O REQUERIMENTO
(para o Posto de Serviço)

− Ficha Cadastral do Posto de Serviço ou da Unidade Operacional


− Cópia do CNPJ
− Cópia do alvará municipal de funcionamento
− Fluxograma de Classificação
− Cópia da Carteira do(s) Classificador(es)
− Cópia do contrato de trabalho, em caso de contratação temporária do
classificador(es)
− Cópia do(s) documento(s) do(s) veículo(s) que será utilizado como Unidade
Volante, se possuir
− Relação dos produtos vegetais que o postulante pretende classificar por Posto de
Serviço ou Unidade Operacional

96 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Inserir aqui a logomarca da postulante bem como o nome empresarial e o endereço completo
ANEXO II – Ficha cadastral do posto de serviço ou unidade operacional

1. IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE: ( ) Sede ou Matriz ( ) Filial


Razão Social: ________________________________________________________________________
Nome Fantasia e/ou Sigla: __________________________________ CNPJ: ______________________
Endereço: __________________________________________ Bairro: __________________________
Município: ___________________________ UF: ______ CEP: _______________ Caixa Postal: ______
Fone(s): __________________ Fax: _________________ e-mail: ______________________________
Responsável Técnico: _________________________________________ Nº de Reg. CREA _________
Fone(s): __________________ Fax: _________________ e-mail: ______________________________

2. CREDENCIAMENTO: ( ) Inicial ( ) Renovação ( ) Alteração

3. LOCALIZAÇÃO: ( ) Posto de Serviço ( ) Unidade Operacional


Endereço: _____________________________________ Bairro:
_______________________________
Município: ____________________ UF: ________ CEP: _____________ Caixa Postal:_____________
Fone(s): __________________ Fax: _________________ e-mail: _____________________________

4. MODALIDADE DO CREDENCIAMENTO
( ) Prestação de Serviço ( ) Classificação por Fluxo Operacional ( ) Supervisão de Embarque

5. PRODUTOS PARA OS QUAIS REQUER A HABILITAÇÃO PARA CLASSIFICAR


* Produtos que necessitam de análises laboratoriais

1. () abacaxi 19. () cebola 37. () lentilha 55. () raspa da mandioca


2. () algodão em caroço 20. () centeio 38. () línter 56. () resíduos de algodão
3. () algodão em pluma 21. () cêra de carnaúba 39. () maçã 57. () resíduos de sisal
58. () sisal (fibra
4. () alho 22. () cevada 40. () malva ou guaxima (fibra)
beneficiada)
23. () cevada para fins
5. () alpiste 41. () mamão 59. () sisal (fibra bruta)
cervejeiros
24. () cevada malteada ou
6. () amêndoa de cacau 42. () mamona 60. () soja
malte
7. () amêndoa de castanha
25. () cravo da índia 43. () milho 61. () sorgo
de caju
8. () amendoim* (em 62. () tabaco em folha
26. () ervilha 44. () óleo de menta
casca e beneficiado) beneficiado
9. () arroz (em casca e
27. () farelo de soja* 45. () óleo de algodão refinado 63. () tabaco em folha cru
beneficiado)
10. () aveia 28. () farinha de mandioca* 46. () óleo de canola refinado 64. () tabaco oriental
11. () banana 29. () farinha de trigo* 47. () óleo de girassol refinado 65. () trigo
12. () batata 30. () feijão* 48. () óleo de milho refinado 66. () trigo sarraceno
13. () café beneficiado grão
31. () fibra de rami 49. () óleo de soja refinado 67. () triticale
cru
14. () café torrado em grão 50. () óleo de soja bruto e
32. () fumo em corda 68. () uva fina de mesa
e torrado e moído degomado
15. () canjica de milho 33. () girassol 51. () pera 69. () uva rústica
70. () uva para fins
16. () caroço de algodão 34. () guaraná 52. () pimenta do reino
industriais
17. () castanha de caju 35. () juta (fibra) 53. pó cerífero da carnaúba
54. () produtos amiláceos
18. () castanha do brasil 36. () kiwi derivados da raiz da
mandioca
O requerente declara que o Posto de Serviço ou a Unidade
VERIFICAÇÃO POR MEIO DE inspeção pela SFA:
Operacional acima identificados possuem para fins de
() disponível em MEIO FÍSICO
consulta, o regulamento técnico de cada produto assinalado
() disponível em MEIO ELETRÔNICO
acima, bem como toda legislação específica sobre classificação
() NÃO disponível
vegetal.

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6. DESCRIÇÃO GERAL DAS INSTALAÇÕES


A – ESPAÇO FÍSICO (dimensões):
Sala de classificação: __________m2
Sala de apoio administrativo: __________m2
Sala para arquivo de contraprovas: __________m2

B – CONDIÇÕES DE LUMINOSIDADE (uso de iluminação natural ou artificial, uso de lâmpadas frias ou


incandescentes): _____________________________________________________________________

C – AERAÇÃO (natural ou artificial, uso de aparelhos de ar-condicionado, ventilador etc.): __________


___________________________________________________________________________________

D – ACOMODAÇÕES PARA A RECEPÇÃO AOS CLIENTES: ____________________________________

7. DESCRIÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS EXISTENTES NO


POSTO DE SERVIÇO OU UNIDADE OPERACIONAL

7.1. Materiais e equipamentos de uso geral


Atende aos requisitos
MESA DE CLASSIFICAÇÃO Quant.
SIM NÃO
Atende aos requisitos
BANCADA DE CLASSIFICAÇÃO Quant.
SIM NÃO
Atende aos requisitos
LUMINÁRIA DE MESA Quant.
SIM NÃO
Atende aos requisitos
CADEIRA PARA CLASSIFICADOR Quant.
SIM NÃO
Atende aos requisitos
PINÇA PARA MANUSEIO DA AMOSTRA Quant.
SIM NÃO
ESTILETE OU INSTRUMENTO APROPRIADO PARA CORTE DO Atende aos requisitos
Quant.
PRODUTO SIM NÃO
Atende aos requisitos
HOMOGENEIZADOR (citar modelo/especificação) Quant.
SIM NÃO
Atende aos requisitos
QUARTEADOR (citar modelo/especificação/nº de canaletas) Quant.
SIM NÃO
DETERMINADOR DE UMIDADE (citar marca/modelo/especificação e Atende aos requisitos
Quant.
última aferição ou atualização de software – data e por quem foi feito) SIM NÃO
BALANÇA ELETRÔNICA DE PRECISÃO (citar marca/modelo/ Atende aos requisitos
especificação e última aferição ou atualização de software – data e por Quant.
quem foi feito) SIM NÃO
OUTROS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE CLASSIFICAÇÃO VEGETAL Atende aos requisitos
Quant.
(citar marca/modelo/especificação) SIM NÃO
7.2. Materiais e equipamentos de classificação (uso específico para determinado produto)
ENGENHO DE PROVAS DE ARROZ COM JOGO DE TRIEUR (citar marca/ Atende aos requisitos
Quant.
modelo/especificação e última aferição – data e por quem foi feito) SIM NÃO
PAQUÍMETRO DIGITAL (citar marca/modelo/ especificação e última Atende aos requisitos
Quant.
aferição – data e por quem foi feito) SIM NÃO
BALANÇA DE PESO DO HECTOLITRO (citar marca/modelo/ Atende aos requisitos
Quant.
especificação e última aferição – data e por quem foi feito) SIM NÃO

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Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Continuação do item 7.2. Materiais e equipamentos de classificação


REFRATÔMETRO (citar marca/modelo/ especificação e última aferição Atende aos requisitos
Quant.
– data e por quem foi feito) SIM NÃO
PENETRÔMETRO (citar marca/modelo/ especificação e última aferição Atende aos requisitos
Quant.
– data e por quem foi feito) SIM NÃO
JOGO DE ANEIS CALIBRADORES (citar marca/modelo/ especificação e Atende aos requisitos
Quant.
última aferição – data e por quem foi feito) SIM NÃO
OUTROS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS QUE NECESSITAM DE Atende aos requisitos
AFERIÇÃO (citar marca/modelo/ especificação e última aferição – data Quant.
e por quem foi feito) SIM NÃO
PENEIRAS DE CLASSIFICAÇÃO (especificar formato *Possui aferição
dos crivos, dimensões dos crivos e para qual metrológica dos Atende aos requisitos
produto se destina) crivos
Quant.
*Atenção: a aferição metrológica dos crivos das
peneiras trata-se de um ponto forte, mas não é SIM NÃO SIM NÃO
requisito para credenciamento.
GRADES DE CLASSIFICAÇÃO (especificar formato *Possui aferição
dos crivos, dimensões dos crivos e para qual metrológica dos Atende aos requisitos
produto se destina) crivos
Quant.
*Atenção: a aferição metrológica dos crivos das
peneiras trata-se de um ponto forte, mas não é SIM NÃO SIM NÃO
requisito para credenciamento.
7.3. Materiais e equipamentos para a amostragem
EMBALAGEM PARA ACONDICIONAMENTO DAS AMOSTRAS E Atende aos requisitos
CORRESPONDENTE SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO E DE LACRAÇÃO Quant.
(descrição do modelo/especificação/marca) SIM NÃO
LOCAL PARA ARQUIVO DAS CONTRAPROVAS (descrição do sistema de Atende aos requisitos
arquivamento das contraprovas) SIM NÃO
7.4. Outros materiais de consumo não previstos nos subitens anteriores ou materiais de reposição ou de
manutenção dos equipamentos utilizados na classificação vegetal, existentes no Posto de Serviço

Especificação ou descrição do material Quantidade

7.5. Móveis de escritório, equipamentos e material de apoio administrativo

Especificação ou descrição do material Quantidade

7.6. Equipamentos de informática

Identificação e especificação Quantidade

Descrever o sistema (manual ou informatizado) para emissão e controle de laudos e certificados de


classificação vegetal

99 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

8. IDENTIFICAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS

8.1. Classificadores
Data da última
Nº Reg.
Nome Validade Habilitação reciclagem
CGC/MAPA
técnica

8.2. Outros funcionários que prestam apoio aos classificadores

Nome Função

9. DOCUMENTAÇÃO ANEXADA AO REQUERIMENTO (Anexo I)


Atende ao requisito?
Especificação
SIM NÃO
a) Ficha cadastral preenchida, na forma do Anexo II desta Instrução Normativa

b) Cópia do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ)


c) Cópia do contrato social atualizado e registrado na junta comercial ou ato
jurídico de constituição
d) Cópia do alvará municipal de funcionamento

e) Cópia das certidões negativas de débitos perante o governo federal

f) Manual de qualidade

g) Fluxograma de classificação

h) Fluxograma da classificação por fluxo operacional


i) Certidão de registro de pessoa jurídica ou documento equivalente no
Conselho de Classe competente
j) Relação dos laboratórios que pretende utilizar na classificação dos produtos
vegetais que requer análises físico-químicas, desde que esses laboratórios
sejam credenciados ou reconhecidos junto à Coordenação-Geral de Apoio
laboratorial/CGAL/MAPA
k) Cópia da Carteira de Classificador dos técnicos
l) No caso de contratação temporária do classificador, cópia do contrato de
trabalho, além da Carteira de Classificador
m) Documentos do veículo, quando se tratar de Unidade

n) Comprovante de pagamento de emolumento para credenciamento


o) Relação dos produtos vegetais que pretende classificar por Posto de Serviço
ou unidade Operacional

100 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

10. INFORMAÇÕES ADICIONAIS

DECLARAÇÃO: Declaro, para os devidos fins, junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e


Abastecimento, a veracidade das informações prestadas, bem como estar ciente das obrigações às quais
estarei sujeito na execução da classificação dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico, de acordo com o disposto na Lei no 9.972, de 25 de maio de 2000, no Decreto no 6.268, de
22 de novembro de 2007, e demais atos normativos.

Nestes Termos
Pede Deferimento.

_____________________, de _____________ de ________.

INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO


1) A requerente é a responsável pelo preenchimento e pela veracidade das informações desta ficha
cadastral, exceto dos campos sombreados em cor cinza que são de uso exclusivo do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
2) No preenchimento desta ficha cadastral, as informações devem ser digitadas e adequadas às
particularidades da requerente servindo este formulário como modelo padrão. Existe também o campo
nº 10 neste formulário para as informações adicionais que a requerente entenda serem necessárias.
3) A requerente deve anexar os documentos exigidos pela Instrução Normativa referente ao
Credenciamento de Pessoas Jurídicas, fornecendo cópias, a serem autenticadas na Superintendência
Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento da Unidade da Federação por meio de confrontação
com os documentos originais.
4) Qualquer dúvida no preenchimento, consultar a Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento da Unidade da Federação.

101 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

ANEXO III – Glossário

1. CERTIFICADO DE CONTROLE HIGIÊNICO-SANITÁRIO (CHS)


Documento emitido pelo Responsável Técnico (RT) que atesta por escrito, a
aplicação dos autocontroles nas etapas das cadeias produtivas dos produtos vegetais sob
sua responsabilidade, conforme estabelecido em legislação específica.

2. CLASSIFICAÇÃO POR FLUXO OPERACIONAL


Classificação de um produto vegetal aplicando o padrão oficial de classificação
numa das etapas do fluxo operacional definida pela empresa como sendo fluxo de
classificação.

3. CONTROLE DE QUALIDADE
Atividade relacionada à verificação da identidade, qualidade e condições
higiênico-sanitárias dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico.

4. ENTIDADE CREDENCIADA
Pessoa jurídica registrada no Cadastro Geral de Classificação do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (CGC/MAPA) e autorizada a prestar ou executar
serviços de classificação por meio das atividades relacionadas no §1 o do art. 1o desta
Instrução Normativa.

5. FLUXO DE CLASSIFICAÇÃO
Sequência de operações e etapas empregadas pela empresa para realizar o
controle de qualidade e classificação de produtos vegetais, seguindo o padrão oficial de
classificação.

6. FLUXO OPERACIONAL
Sequência de operações utilizadas pela empresa durante a manipulação de
produtos abrangendo todas as etapas de produção;

7. FLUXOGRAMA DE CLASSIFICAÇÃO
Descrição detalhada do fluxo de classificação desde a coleta da amostra até a
emissão do documento de classificação em que conste a metodologia de registro dos
resultados e controle do processo observado os procedimentos operacionais
estabelecidos nos padrões oficiais de classificação.

8. FLUXOGRAMA DE CLASSIFICAÇÃO POR FLUXO OPERACIONAL


Descrição detalhada da etapa definida pela empresa como sendo classificação
por fluxo operacional devendo constar no fluxograma a metodologia de avaliação da
qualidade e da identidade do produto vegetal, de acordo com o padrão oficial de
classificação, constando a forma de registro dos resultados e do controle do processo.

9. FLUXOGRAMA OPERACIONAL
Descrição detalhada do fluxo operacional que deverá conter os pontos de
verificação da qualidade e seus respectivos registros.

102 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

10. LABORATÓRIO CREDENCIADO


É o laboratório público ou privado que se submeteu ao processo de avaliação do
MAPA e obteve reconhecimento formal de sua competência técnica para realizar análises,
por método oficial, para atender as demandas dos controles oficiais do MAPA.

11. LABORATÓRIO RECONHECIDO


É o laboratório de empresa privada que se submeteu ao processo de avaliação
do MAPA, e obteve reconhecimento de sua competência técnica para realizar análises,
por método oficial, do controle de qualidade interno da sua produção.

12. MANUAL DA QUALIDADE (MQ)


Documento elaborado pela Entidade credenciada descrevendo o Sistema da
Qualidade (SQ) de acordo com a política e objetivos da qualidade declarados pela
entidade a ser credenciada e a norma de referência considerada, envolvendo os
procedimentos operacionais de classificação relativos à utilização, manutenção,
regulagem, aferição e calibração dos equipamentos e materiais, os procedimentos de
amostragem, emissão e arquivamento dos documentos, bem como os mecanismos de
controle do processo de trabalho e o plano de capacitação profissional do seu quadro
funcional.

13. PLANO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL


Documento integrante do MQ, elaborado pela entidade a ser credenciada que
prevê a capacitação e atualização de seu quadro funcional.

14. PROCESSOS DE TRABALHO


Etapas que a empresa declara executar para obtenção de resultado que garanta
a qualidade do produto ou serviço.

15. SUPERVISÃO DE EMBARQUE


Atividade relacionada ao monitoramento de embarque de produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico.

16. UNIDADE OPERACIONAL


Unidade física, equivalente ao Posto de Serviço, devidamente equipada,
estruturada e credenciada para executar a classificação por fluxo operacional.

17. UNIDADE VOLANTE


Unidade móvel constituída por veículo equipado, estruturado e autorizado para a
execução dos serviços de classificação sempre vinculada a um Posto de Serviço, do qual
compartilhará o mesmo número de registro no CGC/MAPA e as mesmas exigências.

103 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA nº 30, de 23 de setembro de 2015


Altera a IN MAPA 54/2011.

A MINISTRA DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no


uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição,
tendo em vista o disposto na Lei no 9.972, de 25 de maio de 2000, no Decreto no 6.268,
de 22 de novembro de 2007, no Decreto no 5.741, de 30 de março de 2006, na Instrução
Normativa MAPA no 57, de 11 de dezembro de 2013, e o que consta do Processo no
21000.003922/2014-52, resolve:

Art. 1º A Instrução Normativa MAPA no 54, de 24 de novembro de 2011, passa


a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 4º ..................................................................................................
II - contemplar no objeto do contrato social, estatuto ou ato jurídico de
constituição a prestação ou execução de serviços na área de classificação ou controle de
qualidade de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico ou
execução de pelo menos uma das atividades de pesquisa, ensino, cooperativismo,
comercialização, manipulação, fabricação, preparação, processamento, beneficiamento,
industrialização ou análises laboratoriais; e
...................................................................................................." (NR)

"Art. 5º .................................................................................................
XI - a relação dos laboratórios que pretende utilizar na classificação de produtos
vegetais que requer análises físico-químicas quando não possuir laboratório próprio."
(NR)

"Art. 18. ............................................................................................; e


XXI - promover sistematicamente a classificação de revisão para fins de controle
de qualidade dos serviços prestados." (NR)

Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

KÁTIA ABREU
D.O.U do dia 24/09/2015 – Seção I – Pág. 5

104 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

ORIENTAÇÃO TÉCNICA CGQV/DIPOV nº 001/2012, de 17 de


fevereiro de 2012

Base legislativa: Instrução Normativa MAPA nº 54, de 24/11/2011


Ementa dessa IN MAPA nº 54/2011: Aprova os requisitos, critérios e prazos para
autorizar, por meio de credenciamento, as pessoas jurídicas de direito público ou privado
a prestar ou executar serviços de classificação de produtos vegetais, seus subprodutos
e resíduos de valor econômico, com base nos Padrões Oficiais de Classificação.

Os requisitos, critérios e prazos acima citados tiveram sua regulamentação no ano


de 2001 por meio da Instrução Normativa SARC nº 2/2001, e no mês de novembro de
2011 sofreram significativas alterações com a publicação da Instrução Normativa MAPA
nº 54/2011 (DOU de 25/11/2011, Seção I, páginas 5 e 6).

Visando dirimir dúvidas e padronizar os entendimentos sobre a aplicação desses


novos requisitos, critérios e prazos esta Coordenação-Geral de Qualidade Vegetal –
CGQV/DIPOV/SDA/MAPA resolveu expedir a presente Orientação Técnica com os
seguintes esclarecimentos e aprovação de modelos de formulários, na forma do contido
nos Anexos I, II, III, IV, V, VI, VII, VII, e IX desta Orientação.

INTRODUÇÃO

A classificação dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor


econômico, por lei (Lei nº 9.972/2000), é uma atividade obrigatória em todo o território
nacional, e se aplica às seguintes situações:
a) Quando o produto for destinado diretamente à alimentação humana;
b) Nas operações de compra e venda do Poder Público; e
c) Nas importações.

Para realizar essa classificação é necessário receber uma autorização deste


Ministério e, na forma do que dispõe o art. 4º da Lei nº 9.972/2000, estão autorizadas a
exercer a classificação somente as pessoas jurídicas abaixo listadas, desde que atendam
os procedimentos e exigências estabelecidas em regulamento, são elas:

Os Estados e o Distrito Federal, diretamente ou por intermédio de órgãos ou


empresas especializadas;

As Cooperativas Agrícolas, as Bolsas de Mercadorias, as Universidades e


Institutos de Pesquisas, bem como as empresas ou entidades especializadas.

DAS MODALIDADES DE CREDENCIAMENTO

Consta no Art. 3º da IN MAPA nº 54/2011 que a mesma se aplica para o


credenciamento de pessoas jurídicas envolvidas nas seguintes atividades:

105 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

− PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE CLASSIFICAÇÃO: Trata-se da modalidade convencional


de prestação de serviços de classificação, em atendimento às situações de
obrigatoriedade previstas na Lei nº 9.972/2000.
− CLASSIFICAÇÃO POR FLUXO OPERACIONAL: Trata-se de uma inovação que consiste
na autorização a ser concedida para que a pessoa jurídica execute a classificação
para si, ou seja, classifique seu próprio produto.
− CONTROLE DE QUALIDADE E SUPERVISÃO DE EMBARQUE: Trata-se de autorização a
ser concedida a pessoa jurídica que atua na supervisão de embarque/desembarque de
mercadorias para prestar serviços de classificação.
− SUPERVISÃO DA CERTIFICAÇÃO VOLUNTÁRIA: Consta no §1º Art. 3º, da IN MAPA nº
54/2011 que os critérios e exigências para esse tipo de atividade serão definidos em
ato próprio, portanto, até publicação da correspondente norma complementar, o MAPA
não poderá autorizar essa modalidade de prestação de serviços.

Neste sentido orientamos que o postulante especifique no Requerimento (Anexo


I da IN MAPA nº 54/11 – Novo modelo – Anexo VIII desta Orientação Técnica) a ser
apresentado ao Superintendente da SFA/UF, a(s) atividade(s) para a(s) qual(is) requer o
credenciamento ou a renovação.

DOS REQUISITOS E DA DOCUMENTAÇÃO

Com relação aos requisitos, consta no Art. 4º da IN MAPA nº 54/2011 que as


pessoas jurídicas solicitantes do credenciamento deverão:
− estar devidamente constituídas, portanto a pessoa natural (pessoa física) não poderá
requerer credenciamento.
− contemplar no objeto do contrato social, estatuto ou ato jurídico de constituição, a
prestação ou execução de serviços na área de classificação ou controle de qualidade
de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico; e
− dispor de instalações físicas adequadas, recursos humanos qualificados, materiais e
equipamentos adequados e necessários ao credenciamento a que se propõem.

Esclarecimentos sobre o contido no inciso III do art. 4º da IN MAPA nº 54/2011:


− Sobre as instalações físicas adequadas: quando da realização da inspeção prevista no
art. 6º da IN MAPA nº 54/2011, deverá ser observado se o Posto de Serviço
apresentado pelo postulante possui sala condizente para acomodar os equipamentos
que serão utilizados nas classificações dos produtos que se propõe a classificar, e, se
possível, que a mesma seja exclusiva para tal atividade. Quanto ao local de guarda
das amostras de arquivo, este deverá ser em local adequado à proteção e conservação
da amostra.
− Com relação a recursos humanos qualificados: deverá ser observado, durante a análise
técnica prevista no § 4º do art. 5º da IN MAPA nº 54/2011, se todos os Classificadores
estão com a data de validade de suas carteiras em dia e se estão habilitados nos
produtos que a entidade se propõe a classificar naquele Posto de Serviço.

106 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

− Quanto aos materiais e equipamentos: os mesmos serão informados pela entidade


postulante na FICHA CADASTRAL (Anexo II da IN MAPA nº 54/2011 – Novo modelo –
Anexo IX desta Orientação Técnica). O Responsável Técnico indicado pelo postulante
ao credenciamento informará os equipamentos e materiais necessários e exigidos para
a classificação dos produtos que pretende requerer autorização. Durante a inspeção
para o credenciamento deverá ser verificado se os materiais e equipamentos estão de
acordo com o contido no Anexo I desta Orientação Técnica, bem como naqueles
citados nos respectivos Padrões Oficiais de Classificação.

Esclarecimentos sobre alguns documentos exigidos através do art. 5º da IN MAPA


nº 54/2011:
− Sobre o Manual da Qualidade (MQ): por se tratar de uma inovação contida na IN MAPA
nº 54/2011 o conteúdo do MQ deverá ser avaliado de acordo com a Lista de Verificação
– Anexo III desta Orientação, a qual deverá ser aplicada antes de realizar a inspeção.
− Sobre Responsável Técnico pela atividade: caberá a cada Conselho de Classe
Profissional competente se manifestar quanto a atuação do Responsável Técnico pela
atividade de classificação de produtos vegetais, bem como o limite de Postos, Unidades
Operacionais e Unidades Volantes onde o profissional poderá exercer essa
responsabilidade. Essa condição deverá ser comprovada junto ao MAPA através de
apresentação de documentos homologados pelo Conselho de Classe Profissional.
− Sobre a utilização de laboratórios para a classificação de produtos vegetais que requer
análises físico-químicas: a entidade postulante ao credenciamento deverá apresentar
apenas a relação dos laboratórios que pretende utilizar nas análises físico-químicas
previstas nos POC’s (quando for o caso), sendo que os mesmos devem estar
credenciados ou reconhecidos junto à CGAL/MAPA. O MAPA não exigirá mais a
apresentação do contrato formalizado entre as partes. Os laboratórios credenciados
ou reconhecidos pela CGAL/SDA podem ser acessados através do seguinte endereço
eletrônico: www.agricultura.gov.br. Em Serviço e Sistemas da página principal clicar
em Laboratórios e consultar os laboratórios por temas, quais sejam:
a) Para Análises Físico-Químicas de Produtos de Origem Vegetal para Fins de
Classificação
b) Para Análises de OGM – Biotecnologia e Organismos Geneticamente Modificados
c) Para Análises de Resíduos e Contaminantes em Alimentos
d) Para Análises de Microscopia em Alimentos e Água (Exigências revogadas pela
IN MAPA 30/2015).
7.3.1. Para análise tecnológica a ser realizada em algodão em pluma consultar
na página principal do “site” do MAPA clicando em VEGETAL -> REGISTROS E
AUTORIZAÇÕES -> CLASSIFICAÇÃO VEGETAL.
− Sobre o comprovante de pagamento de emolumento para credenciamento: até que
seja regulamentado pelo Ministério não deverá ser cobrado o pagamento da taxa de
credenciamento, nem tampouco exigida a “declaração de quitação” da mesma ou a
“declaração de compromisso” de que pagará no futuro quando a taxa vier a ser
oficializada.
− Sobre a desobrigação de apresentação de documentos: essa condição deverá ser
formalmente comprovada e incluída no processo de credenciamento da entidade
postulante.
− Sobre a contratação de prestadora de serviços de classificação pela Entidade
credenciada por fluxo operacional: essa modalidade é permitida na forma do disposto

107 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

no § 2º, do Art. 5º, da IN MAPA nº 54/2011, ficando assim a Entidade Credenciada


por Fluxo Operacional desobrigada de apresentar a Carteira de Classificador e o
Contrato de Trabalho dos seus Classificadores, documentos esses que serão
substituídos pela cópia do contrato com Entidade credenciada para a prestação de
serviços de classificação.
7.6.1. Nos casos de credenciamento pelo fluxo operacional para produtos que
requeiram análise laboratorial, a entidade postulante deverá possuir laboratório
reconhecido pela CGAL/MAPA ou apresentar contrato com laboratório credenciado por
aquela Coordenação. Somente neste caso o MAPA exigirá a cópia do contrato com o
laboratório.

DO CREDENCIAMENTO INICIAL PREVISTO NA IN MAPA nº 54/2011 E DA


SUA RENOVAÇÃO

Conforme disposto no §3º do Art. 5º da IN MAPA nº 54/2011 a partir de


25/11/2011, data da publicação dessa Instrução Normativa, todas as solicitações de
credenciamento inicial deverão ser autuadas na SFA/UF, em processo administrativo
instaurado para esse fim, para cada Posto de Serviço ou Unidade Operacional.

Os processos deverão ser constituídos de forma individualizada, ou seja, um


processo para a Sede ou Matriz da entidade bem como para a Unidade Operacional a ela
vinculada, contendo a documentação relacionada no Art. 5º da IN MAPA nº 54/2011,
observando-se o seguinte:
− Manual de Qualidade: o Manual apresentado deverá ser analisado e devolvido à
postulante, sendo incluída no processo apenas a lista de verificação devidamente
preenchida;
− Comprovante de pagamento de emolumento: dispensado conforme orientações
contidas no item 7.4 desta orientação técnica;
− Posto de Serviço vinculado a Sede ou Matriz da entidade: o processo deverá conter
apenas os documentos citados nos incisos I, II, IV, VII, XII, XIII, XIV e XVI, do Art.
5º da IN MAPA nº 54/ 2011.
− Orientações específicas para análises das solicitações de credenciamento apresentadas
até o dia 24/11/2011: considerando que foram identificadas situações nas quais a
documentação da postulante foi recebida, analisada e o processo encontrava-se na
Superintendência aguardando a vistoria in loco ou na CGQV/DIPOV, para homologação
do credenciamento, estes casos específicos deverão ser tratados de maneira
diferenciada, exigindo-se do postulante a adequação documental de acordo com a IN
MAPA nº 54/2011 e para este caso será concedido o prazo até 24/05/2012 para
apresentação do Manual de Qualidade e até 24/11/2012 para a sua implementação.
− Orientações específicas para análises das solicitações de credenciamento apresentadas
a partir de 25/11/2011: após essa data todas as postulantes deverão dar
cumprimento, na íntegra, do previsto na IN MAPA nº 54/2011.
− Sobre o pedido de renovação do credenciamento: a Entidade Credenciada, sob a égide
da IN MAPA nº 54/2011, terá seu credenciamento válido por 5 (cinco) anos e se não
apresentar o pedido de renovação com antecedência mínima de 90 dias do
vencimento, deverá ser notificada pelo setor técnico da SFA/UF por ofício sobre a
proximidade da data do vencimento do seu registro, entretanto, é de sua inteira

108 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

responsabilidade as providências para renovação, devendo o credenciamento ser


cancelado “de oficio” logo após o seu vencimento.
− Sobre a comunicação oficial citada no § 4º, do Art. 5,º da IN MAPA nº 54/ 2011: até
que o postulante seja credenciado todas as comunicações deste Ministério deverão ser
realizadas por oficio.

DA RENOVAÇÃO DOS ATUAIS CREDENCIAMENTOS REALIZADOS PELA IN


SARC Nº 2/2001

Em atendimento ao disposto no art. 22 da IN MAPA nº 54/2011 todos os


credenciamentos concedidos com base na IN SARC/MAPA nº 02/2001 permanecem em
vigência até a data de vencimento constante no Certificado de Credenciamento. A partir
do dia 24/11/2011 a renovação será realizada sob a égide da IN MAPA nº 54/2011,
respeitados os dispositivos e prazos nela previstos.

Os atuais processos de credenciamento deverão ser arquivados e a credenciada


deverá apresentar nova documentação seguindo o que preceitua o art. 5º da IN MAPA
nº 54/2011. Essa documentação deverá constituir novo processo administrativo, ou seja,
um processo para a Sede ou Matriz da entidade bem como para a Unidade Operacional,
observados os demais procedimentos mencionados no item 9 desta Orientação Técnica.

Dos prazos concedidos às atuais credenciadas:


Para renovação: a entidade credenciada sob a égide da IN SARC/MAPA nº 2/2011
deverá apresentar o requerimento de renovação do seu credenciamento com
antecedência mínima de 30 (trinta) dias da data de vencimento, seguindo o que preceitua
no item 4.2.2 da IN SARC nº 1/2001. Após a data de vencimento, e não sendo requerida
a renovação, o credenciamento será cancelado na forma do contido no inciso II do art.
17 da IN MAPA nº 54/2011.

A entidade que se encontra com o seu credenciamento vencido e até a presente


data ainda não requereu a renovação, se quiser permanecer credenciada, deverá
encaminhar o requerimento de renovação dentro de 10 (dez) dias contados a partir da
data de emissão desta presente Orientação Técnica. Após esse período, o
credenciamento será cancelado na forma do contido no inciso II do art. 17 da IN MAPA
nº 54/2011.

109 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Se a credenciada já solicitou a renovação do seu credenciamento, o mesmo será


renovado pelo período de 5 (cinco) anos e será intimada a dar cumprimento às exigências
contidas na IN MAPA nº 54/2011 na forma do disposto no item 14 desta Orientação
Técnica.

Sobre a apresentação dos documentos citados no art. 5º da IN MAPA nº 54/2011


e do Manual de Qualidade: as entidades credenciadas sob a égide da IN SARC nº 2/2001
terão até o dia 24/05/2012 para atenderem às novas exigências previstas na IN MAPA nº
54/2011, e inclusive para apresentarem o Manual da Qualidade como um dos documentos
necessários para o credenciamento.

Sobre a implementação do Manual de Qualidade: as entidades credenciadas sob


a égide da IN SARC nº 2/2001 terão até o dia 25/11/2012 para comprovar a
implementação do disposto no Manual da Qualidade, principalmente quanto aos itens
relacionados aos procedimentos operacionais de classificação relativos à:
− utilização, manutenção, regulagem, aferição e calibração dos equipamentos e
materiais;
− os procedimentos de amostragem;
− a recepção e a guarda de amostras;
− a emissão e a arquivamento dos documentos;
− os mecanismos de controle do processo de trabalho; e
− o plano de capacitação profissional do seu quadro funcional.
Visando a adoção de procedimento regular e legal, o Serviço de Inspeção de
Produtos de Origem Vegetal de cada SFA deverá emitir, a partir do recebimento desta
Orientação Técnica, um Termo de Intimação (Modelo – Anexo V desta Orientação
Técnica) para cada entidade credenciada no seu Estado (Anexo II desta Orientação
Técnica), visando registrar os prazos acima especificados e as exigências que a mesma
terá que agora cumprir em função do estabelecido na IN MAPA nº 54/2011. As exigências
a serem cumpridas serão especificadas uma a uma pela fiscalização, levando em conta o
disposto no art. 5º da IN MAPA nº 54/2011.

Findado os prazos estabelecidos pela IN MAPA nº 54/2011, e caso a entidade


credenciada não dê atendimento às exigências impostas, deverá ser lavrado o Termo de
Aplicação de Medida Cautelar de Suspensão do Credenciamento como medida cautelar
(Modelo – Anexo IV desta Orientação Técnica), tomando como base o inciso VI do art.
103 do Decreto nº 6.268/2007, e o Auto de Infração, capitulando a infração cometida no
art. 60, do Decreto nº 6.268/2007. Caso a entidade não queira mais permanecer
credenciada, deverá apresentar uma defesa a esse Auto de Infração para que a
autoridade administrativa possa cancelá-lo e assim requerer à CGQV/DIPOV o
cancelamento do credenciamento.

Se durante a vigência da medida cautelar de suspensão do credenciamento a


entidade der atendimento às exigências contidas no Termo de Intimação a medida
acautelatória será revogada.

Cópias dos documentos produzidos bem como o parecer fundamentado do Fiscal


deverão ser apostilados ao processo de credenciamento da entidade.

110 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

DO FORMATO DO NÚMERO DE REGISTRO DO CREDENCIAMENTO

Sobre o formato do Registro no CGC/MAPA citado no parágrafo único do art. 9


da IN MAPA nº 54/2011: O MAPA vem desenvolvendo um novo sistema de registro de
estabelecimentos (Novo SIPE) que será adotado por todas as atividades técnicas que
praticam registro de estabelecimentos, que terá o seguinte formato: UF + 06 (seis)
algarismos arábicos + 01 (um) digito verificador. Para a atividade de classificação
de produtos vegetais esse registro corresponderá o registro da entidade no CGC/MAPA,
sendo que neste caso será acrescido, no número da entidade, mais uma seqüência de
03 (três) algarismos arábicos para identificação do Posto de Serviço ou da Unidade
Operacional ficando assim o novo formato do registro no CGG/MAPA: UF000000-
0/000. Essa nova numeração, embora difira com o que está estabelecido no parágrafo
único, do art. 9º, da IN MAPA nº 54/2011, será implementada no futuro, portanto fica
um alerta às entidades credenciadas a necessidade de procederem futuramente alteração
na numeração dos seus Certificados de Classificação.

Até que seja implementado no novo SIPE o número de registro da entidade no


CGG/MAPA seguirá o disposto no art. 9º da IN MAPA nº 54/2011.

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Sobre a validade da prestação ou execução de serviços de classificação prevista


no art. 9º da IN MAPA nº 54/2011: O credenciamento concedido pelo MAPA autoriza a
entidade a prestar ou executar a classificação somente nos Postos de Serviços, nas
Unidades Operacionais ou nas Unidades Volantes. Assim, uma entidade credenciada
poderá receber ou retirar amostras para classificação em qualquer Unidade da Federação,
porém deverá realizar a classificação e emitir o respectivo documento de classificação
somente na base física credenciada para o produto objeto da solicitação.

O credenciamento simplificado para os produtos hortícolas e outros perecíveis


citado no art. 12 da IN MAPA nº 54/2011, será definido e materializado no processo de
credenciamento do postulante através da modalidade “Classificação por Fluxo
Operacional”.

Sobre a inspeção citada no §5º, do Art. 5º da IN MAPA nº 54/2011: a referida


inspeção somente será realizada depois que o postulante apresentar toda documentação
exigida. Para os casos citados no item 10 dessa Orientação Técnica a inspeção deverá
ser realizada após a adequação documental.

A inspeção “in loco” deverá ser previamente agendada exigindo-se a presença


do Responsável Técnico e do postulante ou do seu representante.

Sobre as “não conformidades”, “as exigências” e “os prazos” mencionados no


§1º, do Art. 6º da IN MAPA nº 54/2011, estes deverão constar no Termo de Inspeção
para Fins de Credenciamento (Modelo – Anexo VI desta Orientação Técnica).

111 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Sobre a obrigação da entidade credenciada de exigir o Certificado de Controle


Higiênico-Sanitário (CSH) estabelecida pelo inciso XX, do art. 18, da IN MAPA nº 54/2011:
esta obrigação se aplica atualmente somente para a classificação do produto Amendoim,
sendo assim, a Entidade deverá exigir, previamente à classificação desse produto,
que o cliente solicitante do serviço apresente o CSH (Modelo – Anexo VII desta Orientação
Técnica), cujo número deverá constar no campo de observação do Documento de
Classificação.

Os processos de credenciamento inicial ou de renovação só deverão ser


encaminhados à CGQV/DIPOV depois de sanadas todas as pendências.

Erratas:
− No item 4 do Glossário da IN MAPA nº 54/2011 onde se lê “§ 1º do art. 1º desta
Instrução Normativa”, leia-se art. 3º desta Instrução Normativa.
− No §2º do art. 13 da IN MAPA 54/2011 onde se lê “quando a comunicação de alteração
implicar em emissão de novo certificado ...” leia-se quando a comunicação de
alteração implicar a emissão de novo certificado ...;
− Os Anexos I e II da IN MAPA nº 54/2011 sofreram revisões sendo que o novo modelo
faz parte desta Orientação Técnica na forma do disposto como Anexos VIII e IX desta
Orientação Técnica

DA LEGISLAÇÃO REVOGADA

A IN MAPA nº 54/2011 entrou em vigência no dia 25/11/2011 e a partir dessa


data foram revogados os seguintes atos normativos:
− IN SARC nº 2/2001 – que aprovava o Regulamento Técnico e seus anexos, para o
credenciamento de pessoas jurídicas autorizadas a executarem a classificação de
produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico;
− IN SARC nº 7/2002 – que incluía no Anexo III da IN SARC nº 2/2001, a relação dos
equipamentos mínimos a serem utilizados na classificação do café beneficiado, juta,
malva, mamona, sisal e sorgo, na forma do contido no Anexo da IN SARC nº 7/2002;
− IN SARC nº 2/2004 – que convalidava, até o dia 30/09/2004, os registros das
Entidades Supervisoras habilitadas e registradas na forma do disposto na Portaria SDR
nº 3/1996;
− IN SDR nº 3/1996 – que aprovava os procedimentos anexos, regulando o processo
administrativo para habilitação e registro de Entidades Supervisoras que efetuem a
classificação de produtos de origem vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico, destinados à exportação;
− IN SDC nº 192/2004 – que autorizava as Entidades Supervisoras habilitadas e
registradas na forma do disposto na Portaria SDR nº 3/1996 a realizarem as análises
para verificação das condições higiênico-sanitárias da soja destinada à exportação,
cujos resultados eram reconhecidos pela Fiscalização Agropecuária Federal.

112 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Brasília, DF, 17 de fevereiro de 2012.

FABIO FLORENCIO FERNANDES


Coordenador-Geral de Qualidade Vegetal
CGQV/DIPOV/SDA/MAPA

De acordo
MAÇAO TADANO
Diretor do DIPOV/SDA/MAPA

113 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

ANEXO I – Relação dos equipamentos mínimos para a classificação de


produtos vegetais

OBSERVAÇÃO: As informações a seguir são referenciais e foram adaptadas do


Anexo III da IN SARC No. 02/2001 e 07/2002, revogadas pela IN MAPA No. 54/2011.
Contemplam os materiais e equipamentos mínimos necessários de acordo com os
padrões oficiais de classificação de cada produto.

1. INSTALAÇÕES
1.1. As instalações dos postos de serviço devem atender aos requisitos mínimos
necessários para o bom desempenho dos serviços de classificação.

1.2. O espaço físico deve ser adequado de forma a permitir o deslocamento e a


distribuição de pessoal e equipamentos e possuir luminosidade e aeração adequados à
execução dos serviços.

2. EQUIPAMENTOS
2.1. ABACAXI
− Mesa ou bancada de classificação individual;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Estilete, faca ou colher;
− Refratômetro;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

2.2. AÇÚCAR
− Sacarímetro/polarímetro;
− Escpectofotômetro;
− Condutivímetro;
− Vidrarias e reagentes de laboratório;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Banho termostatizado;
− pH-metro;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.
Obs.: Os equipamentos e materiais são exigidos quando a usina solicitar o credenciamento pelo
Fluxo Operacional. Para a prestação de serviços deverá ser apresentada a lista do(s) Laboratório(s) que
irão realizar as análises.

2.3. ALGODÃO EM CAROÇO


− Régua graduada para medição de fibra;
− Determinador de umidade para fibras;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Mesa de classificação de cor preta fosca ou cinza escuro;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

114 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

2.4. ALGODÃO EM PLUMA


− Ar-condicionado;
− Iluminação artificial mediante a instalação de luminárias com lâmpadas fluorescentes,
para que se tenha o efeito da luz do dia, com intensidade de luz entre 80 e 90 lumens,
aferida por meio do aparelho luxímetro, posicionado sobre qualquer ponto da mesa
de classificação;
− Móveis com a mesma cor das paredes ou pretos;
− Bancada ou mesa de cor preta fosca ou cinza escuro para exposição da pluma de
algodão possuindo as seguintes dimensões: Comprimento mínimo de 4,00 m; Largura
de 0,90 a 1,00 m; Altura de 0,80 a 0,90 m.
− Temperatura ambiente em torno de 22ºC;
− Umidade relativa do ar em torno de 75%;
− Exaustores instalados a uma altura de 0,60 a 1,00 m em relação ao piso, ou de forma
que se garanta a salubridade do ambiente;
− Conjunto completo do Padrão Físico;
− Estante ou balcão para os padrões físicos;
− Fibrógrafo, Shirley Analyser e HVI;
− Sala de aclimatação das amostras;
− Sala de recepção das amostras.
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.
Obs. 1: A distância entre as luminárias e as paredes mais próximas, e a altura entre a luminária
e a banca de classificação devem garantir a uniformidade da intensidade de luz exigida;
Obs. 2: A tonalidade das paredes deve ser de cor cinza muito claro ou branco acinzentado
(fosco);
Obs. 3: Teto falso igual à cor das paredes;
Obs. 4: Altura do piso ao teto de 2,80 a 3,10 m;
Obs. 5: Piso preferencialmente preto ou em cor que não interfira na classificação visual;
Obs. 6: O uniforme do classificador deverá ser de textura leve, de preferência de algodão, na
cor cinza neutra;

2.5. ALHO
− Mesa de classificação individual;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres;
− Estilete;
− Grades de classificação de 32 a 56 mm de diâmetro ou paquímetro digital.
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

2.6. ALPISTE
− Mesa de classificação individual;
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Caladores e sondas;
− Homogeneizador;
− Quarteador com no mínimo 16 canaletas;
− Pinça com ranhuras na ponta;
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;

115 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

− Estilete;
− Peneiras de crivos circulares de 1,6 mm;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

2.7. AMÊNDOA DE CACAU


Vide POC aprovado pelas IN’s nºs 38/2008 e 57/2008.

2.8. AMÊNDOA DE CASTANHA DE CAJU


− Mesa de classificação individual;
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Coletor de amostras tipo PELICANO;
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;
− Pinça de inox com ranhuras nas pontas;
− Bandejas receptoras para 453 gramas de frutos;
− Guilhotina para mesa de corte;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.
Obs.: Na classificação da Amêndoa de Caju exige-se análise de micotoxina portanto deverá ser
apresentado a lista do(s) Laboratório (s) que irão realizar as análises.

2.9. AMENDOIM
− Mesa de classificação individual;
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Caladores e sondas;
− Homogeneizador;
− Quarteador com no mínimo 16 canaletas;
− Pinça com ranhuras na ponta;
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;
− Estilete;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.
Obs.: Na classificação do amendoim exige-se análise de micotoxina portanto deverá ser
apresentado a lista do(s) Laboratório(s) que irão realizar as análises.

2.10. ARROZ
− Mesa de classificação individual;
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar;
− Engenho de provas com jogo de trieur;
− Paquímetro digital com precisão de 0,01 mm;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Peneira com crivos circulares de 1,60 mm de diâmetro e peneira de furo oblongo de
1,75 x 20 a 22mm (um, vírgula setenta e cinco milímetros por vinte a vinte e dois
milímetros);
− Caladores e sondas;
− Homogeneizador;

116 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

− Quarteador com no mínimo 16 canaletas;


− Pinça com ranhuras na ponta;
− Placas polarizadoras para classificação de arroz parboilizado;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

2.11. AVEIA
− Mesa de classificação individual;
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Balança de peso hectolitro com peso padrão para calibragem e demais acessórios,
incluindo regulador de fluxo;
− Caladores e sondas;
− Homogeneizador;
− Quarteador com no mínimo 16 canaletas;
− Pinça com ranhuras na ponta;
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;
− Estilete;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

2.12. BANANA
− Mesa ou bancada de classificação individual;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Estilete;
− Paquímetro digital;
− Trena para medir curvatura do fruto;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

2.13. BATATA
− Mesa de classificação individual;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Estilete;
− Grades de classificação de 33 a 85 mm de diâmetro ou paquímetro digital.
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

2.14. CAFÉ BENEFICIADO GRÃO CRU


− Mesa ou bancada ou móvel similar para a classificação física e mesa rotativa para
provas de xícara;
− Banco ou cadeira para a mesa de classificação física e para a mesa de provas de
xícara;
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;
− Balança eletrônica de precisão que utilize, no mínimo, duas casas decimais, com
capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Jogos de peneiras de números 10 a 20 para os cafés “chatos” e de 08 a 13 para os
cafés “mocas”;

117 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

− Descascador;
− Calador;
− Determinador de umidade;
− Torrador;
− Moinho;
− Bandejas metálicas com local para o cartão de identificação e capacidade aproximada
de 300 gramas de café;
− Xícaras, em louça ou pirex transparente, com capacidade para 100 ou 150 ml;
− Fogão e Chaleiras;
− Colheres em forma de conchas, em prata ou aço inoxidável;
− Cuspideira;
− Prateleiras ou arquivo para guarda de amostra;
− Latas para amostra;
− Suprimento de água adequada aos testes;
− Coifa com instalação de exaustores;
− Cartolinas pretas, medindo 50 x 40 centímetros, etiquetas e lacres;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

2.15. CANJICA DE MILHO


− Mesa de classificação individual;
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Caladores e sondas;
− Homogeneizador;
− Quarteador com no mínimo 16 canaletas;
− Pinça com ranhuras na ponta;
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres;
− Peneiras com crivos circulares de 5,66 mm; 4,76 mm e 4,00 mm.

2.16. CAROÇO DE ALGODÃO


− Mesa de classificação individual;
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Caladores para amostras e sondas;
− Homogeneizador;
− Quarteador;
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;
− Estilete;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

2.17. CASTANHA DE CAJU


− Mesa de classificação individual;
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Coletor de amostras tipo PELICANO;

118 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;


− Pinça com ranhuras nas pontas;
− Bandejas receptoras para 453 gramas de frutos;
− Guilhotina para mesa de corte;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.
Obs.: Na classificação da Castanha de Caju exige-se análise de micotoxina portanto deverá ser
apresentado a lista do(s) Laboratório(s) que irão realizar as análises.

2.18. CASTANHA DO BRASIL


− Mesa de classificação individual;
− Determinador de umidade para castanha do Brasil;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Coletor de amostras tipo PELICANO;
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;
− Pinça de inox com ranhuras nas pontas;
− Bandejas receptoras para 453 gramas de frutos;
− Guilhotina de mesa para corte;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.
Obs.: Na classificação da Castanha do Brasil exige-se análise de micotoxina portanto deverá ser
apresentado a lista do(s) Laboratório(s) que irão realizar as análises.

2.19. CEBOLA
− Mesa de classificação individual;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Estilete;
− Grades de classificação de 35 a 90 mm de diâmetro ou paquímetro digital;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

2.20. CENTEIO
− Mesa de classificação individual;
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Caladores e sondas;
− Homogeneizador;
− Quarteador com no mínimo 16 canaletas;
− Pinça com ranhuras na ponta;
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;
− Estilete;
− Balança de peso hectolitro com peso padrão para calibragem e demais acessórios,
incluindo regulador de fluxo;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

2.21. CERA DE CARNAÚBA


Na classificação da Cera de Carnaúba exigem-se análises físico-químicas, portanto
deverá ser apresentada a lista do(s) Laboratório(s) que irão realizar as análises.

119 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

2.22. CEVADA INDUSTRIAL


− Mesa de classificação individual;
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Caladores e sondas;
− Homogeneizador;
− Quarteador com no mínimo 16 canaletas;
− Pinça com ranhuras na ponta;
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;
− Estilete;
− Peneira com crivos oblongos de 2,20 e 2,50 mm de largura;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.
Obs.: Na classificação da Cevada industrial exige-se análise de proteína e poder germinativo,
portanto, deverá ser apresentada a lista do(s) Laboratório (s) que irão realizar as análises.

2.23. CEVADA MALTEADA OU MALTE CERVEJEIRO/CEVADA PARA FINS CERVEJEIROS


Obs.: Na classificação da Cevada malteada ou malte cervejeiro bem como para a cevada para
fins cervejeiros exigem-se análises físico-químicas, portanto, deverá ser apresentada a lista do(s)
Laboratório(s) que irão realizar as análises.

2.24. CRAVO DA ÍNDIA


− Mesa de classificação individual;
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Caladores e sondas;
− Homogeneizador;
− Quarteador com no mínimo 16 canaletas;
− Pinça com ranhuras na ponta;
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;
− Estilete;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

2.25. ERVILHA
− Mesa de classificação individual;
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Caladores e sondas;
− Homogeneizador;
− Quarteador com no mínimo 16 canaletas;
− Pinça com ranhuras na ponta;
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;
− Estilete;
− Peneira de crivos circulares de 3,00 mm;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

120 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

2.26. FARELO DE SOJA


Obs.: Na classificação do farelo de soja exige-se a realização de análises físico-químicas,
portanto, deverá ser apresentada a lista do(s) Laboratório(s) que irão realizar as análises.

2.27. FARINHA DE MANDIOCA


− Mesa de classificação individual;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Caladores e sondas;
− Homogeneizador;
− Quarteador com no mínimo 16 canaletas;
− Pinça com ranhuras na ponta;
− Peneiras ABNT nos 10, 18 e 200 com abertura de 2,0 ; 1,0 e 0,074 mm
respectivamente e com diâmetro do aro de 20 cm.
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.
Obs.: Na classificação da farinha de mandioca exige-se a realização de análises físico-químicas,
portanto, deverá ser apresentada a lista do(s) Laboratório(s) que irão realizar as análises.

2.28. FARINHA DE TRIGO


Obs.: Na classificação da farinha de trigo exige-se a realização de análises físico-químicas,
portanto, deverá ser apresentada a lista do(s) Laboratório(s) que irão realizar as análises.

2.29. FEIJÃO
− Mesa de classificação individual
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Caladores e sondas;
− Homogeneizador;
− Quarteador com no mínimo 16 canaletas;
− Pinça com ranhuras na ponta;
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;
− Estilete;
− Peneira com crivos circulares de 5,00 mm de diâmetro e peneira com crivos oblongos
com largura de 3,00 mm (três milímetros) e comprimento de 19,00 mm (dezenove
milímetros);
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.
Obs.: Na classificação do feijão exige-se análise de micotoxina portanto deverá ser apresentado
a lista do(s) Laboratório(s) que irão realizar as análises.

2.30. FIBRA DE RAMI, JUTA, MALVA E SISAL


− Determinador de umidade para fibras;
− Régua graduada, trena ou metro para medição da fibra;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

2.31. FUMO DE CORDA


− Mesa ou bancada de classificação;
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar

121 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto.

2.32. GIRASSOL
− Mesa de classificação individual;
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Caladores e sondas;
− Homogeneizador;
− Quarteador com no mínimo 16 canaletas;
− Pinça com ranhuras na ponta;
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;
− Estilete;
− Peneiras de crivos circulares de 3,00 mm de diâmetro;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

2.33. GUARANÁ
− Mesa ou bancada para classificação;
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Caladores e sondas;
− Homogeneizador;
− Quarteador com no mínimo 16 canaletas;
− Pinça com ranhuras na ponta;
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;
− Estilete.
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

2.34. KIWI
− Mesa de classificação individual;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Estilete;
− Refratômetro.
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

2.35. LENTILHA
− Mesa de classificação individual
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Caladores e sondas;
− Homogeneizador;
− Quarteador com no mínimo 16 canaletas;
− Pinça com ranhuras na ponta;
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;

122 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

− Estilete;
− Peneiras de crivos circulares de 3,00 mm, 5,00 mm e 6,00 mm de diâmetro.
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

2.36. LÍNTER
− Mesa de classificação individual
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar

2.37. MAÇÃ
− Mesa de classificação individual
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Estilete;
− Penetrômetro;
− Jogo de anéis calibradores de 35 a 85 mm ou paquímetro digital.
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

2.38. MAMÃO
Vide POC aprovado pela In MAPA Nº 04/2010.

2.39. MAMONA
− Mesa ou bancada para classificação;
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Caladores e sondas;
− Homogeneizador e quarteador;
− Pinça;
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;
− Embalagem para acondicionamento de amostras e lacres;
− Lacres.

2.40. MILHO
− Mesa de classificação individual
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Caladores e sondas;
− Homogeneizador;
− Quarteador com no mínimo 16 canaletas;
− Pinça com ranhuras na ponta;
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;
− Estilete;
− Peneiras com crivos circulares de 5,00 mm de diâmetro;
− Peneiras com crivos circulares de 3,00 mm de diâmetro;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

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Fátima Chieppe Parizzi

2.41. MILHO PIPOCA


− Mesa de classificação individual
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Caladores e sondas;
− Homogeneizador;
− Quarteador com no mínimo 16 canaletas;
− Pinça com ranhuras na ponta;
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;
− Estilete;
− Peneiras com crivos circulares de 4,00 mm de diâmetro;
− Sacos de papel Kraft com capacidade de 3,0kg e as seguintes características:
espessura de 0,10 mm (zero vírgula dez milímetros) a 0,15 mm (zero vírgula quinze
milímetros); gramatura de 43 (quarenta e três) a 45 g/m2 (quarenta e cinco gramas
por metro quadrado) e dimensões de 160,0 x 360,0 mm (cento e sessenta por
trezentos e sessenta milímetros); devendo ser dobrada a parte superior dele a 10,0
cm (dez centímetros) abaixo de sua abertura;
− Forno de micro-ondas de no mínimo, 27,0 (vinte e sete) litros, com as seguintes
especificações técnicas: entre 900 e 1200 w (novecentos e mil e duzentos watts) de
potência e frequência das micro-ondas de 2.450 MHz (dois mil, quatrocentos e
cinqüenta megahertz);
− Proveta de 2000 ml (dois mililitros), com graduação de 20,0 ml (vinte mililitros);
− Funil de metal de 22,0 cm (vinte e dois centímetros) de altura e 22,0cm (vinte e dois
centímetros) de diâmetro na abertura superior.
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

2.42. ÓLEO DE SOJA


Obs.: Na classificação de óleo de soja exige-se a realização de análises físico-químicas, portanto,
deverá ser apresentada a lista do(s) Laboratório(s) que irão realizar as análises.

2.43. ÓLEO DE MENTA


Vide POC aprovado pela Portaria MA nº 271/1996.
Obs.: Na classificação de óleo de menta exige-se a realização de análises físico-químicas,
portanto, deverá ser apresentada a lista do(s) Laboratório(s) que irão realizar as análises.

2.44. ÓLEO DE ALGODÃO, E CANOLA, DE GIRASSOL E DE MILHO


Vide POC aprovado pela IN MAPA nº 49/2006.
Obs.: Na classificação dos óleos acima citados exige-se a realização de análises físico-químicas,
portanto, deverá ser apresentada a lista do(s) Laboratório(s) que irão realizar as análises.

2.45. PERA
− Mesa de classificação individual
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Estilete;
− Penetrômetro;
− Jogo de anéis calibradores de 35 a 85 mm ou paquímetro digital.
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

124 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

2.46. PIMENTA DO REINO


− Mesa de classificação individual;
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Caladores e sondas;
− Homogeneizador;
− Quarteador com no mínimo16 canaletas;
− Pinça com ranhuras na ponta;
− Conjunto extrator soxhelet completo com bateria de extração para solvente;
− Dessecador com sílica gel;
− Moinho simples para cereais;
− Papel de filtro qualitativo de 125 mm de diâmetro;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.
Obs.: Na classificação da Pimenta do reino exige-se a realização de análises de Salmonellas,
portanto, deverá ser apresentada a lista do(s) Laboratório (s) que irão realizar as análises.

2.47. PÓ CERÍFERO DE CARNAÚBA


Obs.: Na classificação do pó cerífero de carnaúba exige-se a realização de análises físico-
químicas, portanto, deverá ser apresentada a lista do(s) Laboratório(s) que irão realizar as análises.

2.48. PRODUTOS AMILÁCEOS DERIVADOS DA RAIZ DA MANDIOCA


Obs.: Na classificação dos produtos amiláceos exige-se a realização de análises físico-químicas,
portanto, deverá ser apresentada a lista do(s) Laboratório(s) que irão realizar as análises.

2.49. RESÍDUOS DE SISAL


− Determinador de umidade para fibras;
− Régua graduada, trena ou metro para medição da fibra.

2.50. SOJA
− Mesa de classificação individual;
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Caladores e sondas;
− Homogeneizador;
− Quarteador com no mínimo16 canaletas;
− Pinça com ranhuras na ponta;
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;
− Estilete;
− Peneira com crivos circulares de 3,00 mm de diâmetro.
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

2.51. SORGO
− Mesa ou bancada para classificação;
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Caladores e sondas;

125 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

− Homogeneizador e quarteador;
− Pinça;
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;
− Peneiras com crivos circulares de 2,2 mm de diâmetro.
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

2.52. TABACO EM FOLHA CURADO/TABACO EM FOLHA BENEFICIADO/TABACO


ORIENTAL
− Mesa de classificação individual;
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar;

2.53. TOMATE
− Mesa de classificação individual;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Estilete;
− Grades de classificação com diâmetros de 40 a 100 mm.
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

2.54. TRIGO
− Mesa de classificação individual;
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Caladores e sondas;
− Homogeneizador;
− Quarteador com no mínimo 16 canaletas;
− Pinça com ranhuras na ponta;
− Estilete;
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;
− Peneira com crivos oblongos nas dimensões de1,75mm x 20,00mm, com espessura
de chapa de 0,72 mm;
− Balança de peso hectolitro com peso padrão para calibragem e demais acessórios.
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

2.55. TRITICALE - GRÃO


− Mesa de classificação individual;
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Caladores e sondas;
− Homogeneizador;
− Quarteador com no mínimo 16 canaletas;
− Pinça com ranhuras na ponta;
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;
− Estilete;
− Balança de peso hectolitro com peso padrão para calibragem e demais acessórios.
− Embalagem para acondicionamento de amostras;

126 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

− Lacres.

2.56. TRITICALE - FARINHA


Obs.: Na classificação da farinha de triticale exige-se a realização de análises físico-químicas,
portanto, deverá ser apresentada a lista do(s) Laboratório(s) que irão realizar as análises.

2.57. TRIGO SERRACENO


− Mesa de classificação individual;
− Estufa ou outro aparelho que dê resultado similar;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Caladores e sondas;
− Homogeneizador;
− Quarteador com no mínimo 16 canaletas;
− Pinça com ranhuras na ponta;
− Luminária de mesa dotada de lâmpadas frias;
− Estilete;
− Balança de peso hectolitro com peso padrão para calibragem e demais acessórios.
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

2.58. UVA FINA DE MESA E UVA RÚSTICA


− Mesa ou bancada de classificação;
− Balança eletrônica de precisão, com painel digital que utilize, no mínimo, duas casas
decimais, com capacidade de pesagem adequada ao produto;
− Estilete;
− Refratômetro;
− Embalagem para acondicionamento de amostras;
− Lacres.

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INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA nº 9, de 21 de maio de 2019


Com as alterações dadas pela Portaria SDA nº 487, de 22 de
dezembro de 2021, estabelece o registro no Cadastro Geral
de Classificação do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (CGC/MAPA).

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MINISTÉRIO DA


AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe
conferem os artigos 21 e 63 do Anexo I do Decreto nº 9.667, de 02 de janeiro de 2019,
tendo em vista o disposto na Lei nº 9.972, de 25 de maio de 2000, no Decreto nº
6.268, de 22 de novembro de 2007, e o que consta do Processo nº
21000.022107/2017-35, resolve:

Art. 1º Estabelecer a amplitude, os requisitos, os critérios e os prazos para fins


de registro no Cadastro Geral de Classificação do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (CGC/MAPA) de pessoas físicas ou jurídicas envolvidas no processo de
classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico.

Art. 2º Para fins desta Instrução Normativa, considera-se:


I - beneficiador: a pessoa física ou jurídica que atua na preparação, seleção ou
alteração superficial de produto vegetal visando dar-lhe condição para o consumo ou
ainda adequá-lo para a industrialização;
II - consolidador: a pessoa física ou jurídica que recebe lotes de produtos
vegetais de diferentes origens para formar um ou mais lotes consolidados;
III - distribuidor: a pessoa física ou jurídica que intermedeia o fornecimento de
produtos nas diferentes etapas da cadeia anteriores ao consumo final;
IV - embalador: a pessoa física ou jurídica que por conta própria ou como
intermediária, acondiciona produto vegetal;
V - Manual de Boas Práticas: o documento que descreve o autocontrole dos
produtos ou serviços e para o controle dos fatores higiênico-sanitários adotados;
VI - pessoas físicas ou jurídicas envolvidas no processo de classificação de
produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico: aquelas que por
conta própria ou como intermediários, comercializem, beneficiem, distribuem,
embalem, industrializem, processem, importem, exportem, classifiquem,
supervisionem ou controlem a qualidade de produtos vegetais e os órgãos ou entidades
do poder público que coordenam ou são responsáveis pelo processo de compra, venda
ou doação de produtos;
VII - processador: a pessoa física ou jurídica que transforma, por meio do
beneficiamento, do processamento ou da industrialização, o produto vegetal de forma
artesanal ou industrial em subprodutos ou resíduos de valor econômico;
VIII - produto vegetal: todo produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de
valor econômico abrangidos pela Lei 9.972/2000, seu regulamento e demais atos
normativos complementares, bem como por acordos internacionais dos quais o Brasil
é signatário;
IX - Responsável Técnico (RT): o profissional habilitado por conselho de classe
profissional competente, responsável pelas atividades relacionadas ao processamento,

128 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

beneficiamento, industrialização, acondicionamento e ao controle da qualidade e dos


fatores higiênico-sanitários de produto vegetal do estabelecimento; e
X - vistoria: o ato fiscalizador que objetiva verificar os autocontroles e as
condições físicas, operacionais e higiênico-sanitárias dos estabelecimentos.

Art. 3° O registro no CGC/MAPA é obrigatório para:


I – a pessoa física habilitada como classificador ou a pessoa jurídica credenciada
na atividade de classificação de produto vegetal, que seguirá os requisitos, critérios e
prazos estabelecidos em normas específicas; e
II - a pessoa física ou jurídica de direito público ou privado, que por conta
própria ou como intermediária processe, industrialize, beneficie ou embale produto
vegetal, de acordo com o disposto nesta Instrução Normativa.

Art. 4° O registro no CGC/MAPA é facultativo para:


I - o supermercado, o mercado e demais pontos de venda onde o consumidor
final adquira ou possa adquirir os produtos vegetais em exposição;
II - a pessoa física ou jurídica que processe ou embale produto vegetal, quando
destinado exclusivamente à venda direta ao consumidor, efetuada em feiras livres ou
balcão no próprio local de elaboração ou produção;
III - o armazenador de produto vegetal;
IV - a pessoa física ou jurídica que de forma eventual importar ou exportar
pequenas quantidades de produtos para uso próprio ou do contratante do serviço;
V - a pessoa física ou jurídica que preste serviço de processamento ou
beneficiamento de pequenas quantidades de produtos a serem destinados
exclusivamente ao contratante do serviço;
VI - o produtor, o atacadista e o distribuidor; (NR Portaria SDA nº
487/2021)
VII - o exportador e o importador; e
VIII - os órgãos ou entidades do poder público que coordenam ou são
responsáveis pelo processo de compra, venda ou doação de produtos.
Parágrafo único: O registro no CGC/MAPA poderá se tornar obrigatório a
qualquer momento por determinação da área técnica responsável na SDA/MAPA, desde
que devidamente motivado, tornando pública a obrigatoriedade de registro por ato
normativo do Secretário de Defesa Agropecuária. (NR Portaria SDA nº 487/2021)

Art. 5º O registro no CGC/MAPA previsto no inciso II do artigo 3º e no artigo


4º, desta Instrução Normativa, será segmentado nos níveis básico, intermediário e
completo, de acordo com:
I - a atividade;
II - o produto;
III - a amplitude de comercialização;
IV - as exigências dos países importadores;
V - os riscos identificados associados ao produto;
VI – os resultados de monitoramentos oficiais;
VII - o histórico de fiscalizações ou auditorias; e
VIII - as ocorrências de notificações de não conformidades nacionais ou
internacionais.

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Fátima Chieppe Parizzi

§1º Com base nos critérios previstos neste artigo, a área técnica responsável
na SDA/MAPA estabelecerá e tornará pública uma lista dos produtos vegetais com o
enquadramento dos estabelecimentos nos diferentes níveis de registro e
correspondentes habilitações no sistema eletrônico. (NR Portaria SDA nº
487/2021)
§2º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento deverá comunicar às
empresas já registradas, qualquer alteração que leve a mudança do seu nível de
registro, bem como o prazo para adequação". (NR Portaria SDA nº 487/2021)

Art. 6º Para solicitação do registro o requerente deve:


I - possuir instalações isoladas fisicamente de dependências residenciais, bem
como de outras dependências que possam apresentar algum tipo de risco à
conservação e às boas condições higiênico-sanitárias dos produtos, equipamentos e
utensílios;
II - estar regularmente registrado no Cadastro de Pessoa Física - CPF ou no
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ; e (NR Portaria SDA nº 487/2021)
III - atender, de acordo com o enquadramento no respectivo nível de registro,
aos procedimentos estabelecidos na presente Instrução Normativa.

Art. 7º Para iniciar o registro, o requerente deverá adotar os seguintes


procedimentos:
I - realizar o cadastro, inserindo no sistema eletrônico, ou em outros meios
disponibilizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, as
informações mínimas apresentadas no Anexo I, para enquadramento no nível de
registro;
II - declarar que exerce a atividade informada em local fisicamente separado
das dependências residenciais ou de outras dependências incompatíveis com esta
atividade, bem como em instalações adequadas que assegurem corretas condições
higiênico-sanitárias e de conservação dos produtos;
III - declarar, que está ciente e de acordo que as comunicações, decorrentes da
aplicação da presente Portaria, entre a empresa e o Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, ocorram por meio de correio eletrônico, visando a celeridade e a
eficiência do procedimento; indicar o(s) endereço(s) para o qual devem ser enviadas
as comunicações; e, se comprometer a confirmar o recebimento das mensagens e a
informar eventual mudança de endereço eletrônico, caso ocorra;
IV - declarar que as informações prestadas para o registro junto ao CGC/MAPA
são verdadeiras e autênticas;
V - declarar, no caso de exportador, que atende às exigências estabelecidas
pelo país importador ou bloco econômico, estando ciente quanto ao cumprimento da
legislação, protocolos e acordos internacionais vigentes;
VI - declarar que cumpre os requisitos gerais de higiene e de boas práticas de
fabricação, conforme regulamento específico do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento;
VII - declarar que assegura a rastreabilidade dos produtos sob sua
responsabilidade; e
VIII - outras declarações específicas em função do registro requerido. (NR
Portaria SDA nº 487/2021)

130 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 8º Para o registro enquadrado no nível básico não será necessária a


apresentação de documentação complementar e realização de vistoria, sendo a
concessão realizada de forma automática pelo sistema eletrônico do MAPA.

Art. 9º Para o registro enquadrado no nível intermediário será necessária a


inclusão no sistema eletrônico do MAPA da seguinte documentação complementar:
I - alvará de funcionamento da empresa, emitido pelo órgão competente, se for
o caso;
II - contrato social ou outro ato constitutivo consolidado com suas alterações,
se for o caso;
III - memorial descritivo contendo o detalhamento das etapas de
produção, mencionando o tipo e a função de cada equipamento, bem como
a capacidade de produção instalada, contendo, no mínimo, as informações
apresentadas no Anexo II; (NR Portaria SDA nº 487/2021)
IV - manual de boas práticas; e
V - no caso de importador fica dispensada a apresentação da documentação
citada nos incisos “III” e “IV” deste artigo e nesse caso deverá apresentar uma
declaração com o compromisso de adquirir produto registrado ou com autorização de
livre venda ou com autorização do país de origem para processar, beneficiar,
industrializar ou embalar produto vegetal para exportação.
VI - no caso de comercial exportadora ou trading, fica dispensada a
apresentação da documentação citada no inciso IV deste artigo e, neste caso, deverá
apresentar uma declaração com o compromisso de garantir a rastreabilidade dos
produtos a serem exportados e de adquirir produtos de fornecedores registrados no
CGC/MAPA, quando o registro destes for obrigatório. (NR Portaria SDA nº
487/2021)
Parágrafo único. Para o registro no nível intermediário, é facultado ao órgão
fiscalizador a realização da vistoria e a exigência de documentação complementar,
quando necessário.

Art. 10. Para o registro enquadrado no nível completo, além da documentação


necessária para o registro em nível intermediário, será necessária a inclusão no sistema
eletrônico do MAPA da seguinte documentação complementar:
I - Certidão de Função Técnica, Anotação de Responsabilidade Técnica ou
documento correlato, expedido pelo respectivo Conselho Profissional de Classe do
Responsável Técnico;
II - comprovante de pagamento do emolumento de registro; e
III - no caso de importador fica dispensada a apresentação da documentação
citada no inciso I deste artigo e nesse caso deverá apresentar uma declaração com o
compromisso de adquirir produto registrado ou com autorização de livre venda ou com
autorização do país de origem para processar, beneficiar, industrializar ou embalar
produto vegetal para exportação.
Parágrafo único. Para o registro no nível completo, o órgão fiscalizador deverá
realizar a vistoria, podendo ser dispensada para o importador e para a comercial
exportadora ou trading. (NR Portaria SDA nº 487/2021)

Art. 11. A concessão do registro no CGC/MAPA nos níveis intermediário ou


completo será formalizada pela área técnica competente, com base nas informações

131 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

prestadas, nos documentos apresentados e no resultado da vistoria, conforme o caso,


no sistema eletrônico do MAPA.

Art. 12. Nos casos em que o requerente se enquadrar em mais de um nível de


registro, será enquadrado no nível de maior exigência.

Art. 13. A validade do registro será de 5 (cinco) anos.

Art. 14. Durante a vigência do registro qualquer alteração dos elementos


informativos e documentais deverá ser atualizada pelo requerente diretamente no
sistema eletrônico do MAPA.
§1º Quando a alteração implicar em mudança do nível de registro no
CGC/MAPA, o requerente deverá observar os requisitos de enquadramento do novo
nível.
§2º A atualização de que trata o caput deste artigo não altera a numeração e a
validade original do registro.

Art. 15. O registro no CGC/MAPA deverá ser atualizado pelo requerente, no


sistema eletrônico do MAPA, sempre que a área técnica responsável da SDA/MAPA
alterar a lista de produtos vegetais e requisitos para enquadramento no nível de
registro, observando o prazo estipulado e as exigências do novo nível.
Parágrafo único. A atualização para fins de enquadramento no novo nível não
altera a numeração e a validade original do registro.

Art. 16. A renovação do registro no CGC/MAPA deverá ser solicitada até a data
de seu vencimento e será concedida de forma automática por meio do sistema
eletrônico do MAPA.

Art. 17. O Certificado de Registro no CGC/MAPA será disponibilizado pelo


sistema eletrônico do MAPA, contendo, no mínimo, as seguintes informações:
I - a identificação do requerente: nome ou razão social, CPF ou CNPJ e endereço
completo;
II - o número do registro;
III - o nível de enquadramento do registro;
IV - a relação de produtos e atividades registrados;
V - a data de concessão do registro;
VI - a validade do registro;
VII - o responsável técnico, quando for o caso; e
VIII - a mensagem “a veracidade das informações prestadas são de
responsabilidade do registrado”.

Art. 18. O número de registro no CGC/MAPA será composto de seis dígitos


numéricos e um dígito verificador, ordenado de modo sequencial e precedido da sigla
da unidade da federação onde se encontra domiciliado o estabelecimento.
Parágrafo único. Será concedido um Registro por CNPJ ou CPF e endereço.

Art. 19. O registrado no CGC/MAPA deve atender ao que segue:


I - manter os dados cadastrais atualizados;

132 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

II - comunicar ao MAPA no prazo mínimo de 30 (trinta) dias, para efeito de


realização das vistorias ou autorizações que lhes correspondam, a ocorrência de:
a) alteração de endereço;
b) alteração de atividade, produto ou capacidade operacional, fluxo de
produção, equipamentos ou estrutura; e
c) suspensão temporária da atividade.
III - manter os registros que permitam a rastreabilidade das matérias-primas e
produtos;
IV - cumprir as exigências estipuladas pelo órgão fiscalizador; e
V - assegurar as condições higiênico-sanitárias do estabelecimento e dos
produtos.

Art. 20. O registro no CGC/MAPA poderá ser suspenso quando os resultados


analíticos e de monitoramento não atenderem aos parâmetros estabelecidos pelos
programas de controle de qualidade e de segurança dos produtos vegetais.
Parágrafo único. O restabelecimento do registro ocorrerá quando sanadas as
não conformidades de que trata o caput deste artigo.

Art. 21. O registro no CGC/MAPA será cancelado quando:


I - o registrado solicitar no sistema eletrônico do MAPA;
II - expirado o prazo de validade;
III - expirado o prazo para solicitação de atualização do registro, prevista nos
casos em que o MAPA alterar a lista de produtos vegetais e requisitos para fins de
enquadramento no nível de registro;
IV - houver alteração de CPF ou CNPJ;
V - constatado pela fiscalização o encerramento da atividade; ou
VI - constatada omissão ou prestação de informações cadastrais falsas.

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 22. Esta Instrução Normativa entra em vigor decorridos 180 (cento e
oitenta) dias de sua publicação oficial, revogando-se a Instrução Normativa SDA nº 66,
de 11 de setembro de 2003, e a Instrução Normativa SARC nº 5, de 16 de maio de
2001.

Art. 23. Será concedido o prazo de 60 (sessenta dias) a partir da


entrada em vigência desta Instrução Normativa para as empresas dispostas
no artigo 3º desta Instrução Normativa darem entrada no pedido de
registro. (Revogado pela Portaria SDA nº 487/2021)

133 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Art. 24. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento deverá publicar


regulamentos específicos que tratam das Boas Práticas, dos Controles Internos de
Identidade e Qualidade dos produtos e dos serviços, e dos Controles dos fatores
higiênico-sanitários para os estabelecimentos registrados no Cadastro Geral de
Classificação.

JOSÉ GUILHERME TOLLSTADIUS LEAL

134 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

ANEXO I – Informações mínimas para fins de registro no CGC/MAPA,


conforme NR Portaria SDA nº 487/2021

1. Identificação do estabelecimento
Nome ou Razão Social:
CNPJ/CPF:
Endereço do estabelecimento: CEP:
Bairro: Vila, Distrito: Município e UF:
Telefone:
Endereço para correspondência: CEP:
Posição geográfica: Latitude: Longitude:
Endereço eletrônico:
Número de registro (caso possua):

2. Área de interesse:

3. Habilitação:

4. Atividade/categoria:

5. Produto:

6. Marca:

7. Capacidade operacional:

135 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

ANEXO II – Modelo para elaboração do memorial descritivo das instalações e


equipamentos do estabelecimento, conforme NR Portaria SDA nº 487/2021

01 - Identificação do estabelecimento
NOME (EMPRESARIAL / PESSOA FÍSICA):
CNPJ/CPF:

02 - Finalidade
Relacionar os produtos, as marcas e as respectivas atividades relacionadas a
eles, bem como a capacidade de produção.

03 - Aspectos gerais do estabelecimento:


Descrever o local onde o estabelecimento encontra-se instalado, sua estrutura
física, as instalações sanitárias e outras dependências, os controles contra pragas e
insetos e a origem e o sistema de controle da potabilidade da água.
Adicionalmente, para o caso de comercial exportadora ou trading, descrever o
local onde o estabelecimento encontra-se instalado, sua estrutura física, de pessoal e
outros que entenda pertinente.

04 - Seções que compõem o estabelecimento (não aplicável para comercial exportadora


ou trading)
Descrever as diversas seções ou compartimentos utilizados para as atividades
propostas que compõem estabelecimento.

05 - Equipamentos e utensílios (não aplicável para comercial exportadora ou trading)


Devem ser relacionados todos os equipamentos e utensílios existentes,
mencionando a finalidade do uso, o material de constituição, especialmente das partes
que entrarão em contato com o alimento, bem como a respectiva capacidade de
produção, quando for o caso.

06 - Fluxo das operações (não aplicável para comercial exportadora ou trading)


Descrever o fluxo das operações necessárias para elaboração dos produtos,
desde a recepção das matérias primas até a expedição do produto final.

07 - Rastreabilidade
Descrever o sistema de rastreabilidade empregado para cada produto.
Adicionalmente, para o caso de comercial exportadora ou trading, declarar que
os produtos a serem exportados serão adquiridos de fornecedores registrados no
CGC/MAPA, quando o registro destes for obrigatório.

08 - Identificação e Assinatura do Representante Legal ou do Responsável Técnico

136 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

ANEXO III – Termo de compromisso


(revogado pela Portaria SDA nº 487/2021)

TERMO DE COMPROMISSO

Identificação do Estabelecimento
Nome ou Razão social CPF ou CNPJ

“Declaro, para que se produza efeitos legais, estar ciente e de acordo que todas as
comunicações, inclusive as decorrentes de processos administrativos, entre este
requerente e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderão ser
realizadas por meio de correio eletrônico”.
O(s) endereço(s) eletrônico(s) do requerente que deverá(ão) ser(em) usado(s) é(são):
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
O requerente assume ainda a responsabilidade de manter atualizado(s) seu(s)
endereço(s) eletrônico junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Data

Identificação e Assinatura do Representante legal

137 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

ANEXO IV – Modelo para elaboração do fluxograma ou memorial descritivo


das instalações e equipamentos do estabelecimento
(revogado pela Portaria SDA nº 487/2021)

01 – Identificação do Estabelecimento
NOME (EMPRESARIAL / PESSOA FÍSICA):
CNPJ/CPF:

02 – Finalidade
Relacionar os produtos, as marcas e as respectivas atividades relacionadas a eles,
bem como a capacidade de produção.

03 – Aspectos gerais do estabelecimento


Descrever o local onde o estabelecimento encontra-se instalado, sua estrutura
física, as instalações sanitárias e outras dependências, os controles contra pragas e
insetos e a origem e o sistema de controle da potabilidade da água.

04 – Seções que compõem o estabelecimento


Descrever as diversas seções ou compartimentos utilizados para as atividades
propostas que compõem estabelecimento.

05 – Equipamentos e utensílios
Devem ser relacionados todos os equipamentos e utensílios existentes,
mencionando a finalidade do uso, o material de constituição, especialmente das partes
que entrarão em contato com o alimento, bem como a respectiva capacidade de
produção, quando for o caso.

06 – Fluxo das operações


Descrever o fluxo das operações necessárias para elaboração dos produtos,
desde a recepção das matérias primas até a expedição do produto final.

07 – Rastreabilidade
Descrever o sistema de rastreabilidade empregado para cada produto.

08 – Assinatura do Responsável Técnico

138 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 97, de 25 de setembro de 2020


Torna pública a relação de estabelecimentos que devem se
registrar no CGC/MAPA de acordo com a IN SDA nº 9/2019.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MINISTÉRIO DA


AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe
conferem os artigos 21 e 63 do Anexo I do Decreto nº 10.253, de 20 de fevereiro de
2020, tendo em vista o disposto na Lei nº 9.972, de 25 de maio de 2000, no Decreto nº
6.268, de 22 de novembro de 2007, na Instrução Normativa SDA nº 9, de 21 de maio de
2019, e o que consta do Processo nº 21000.041337/2020-07, resolve:

Art. 1º Deve-se registrar no Cadastro Geral de Classificação do Ministério da


Agricultura, Pecuária e Abastecimento (CGC/MAPA), além das pessoas físicas e jurídicas
previstas no artigo 3º da Instrução Normativa SDA nº 9, de 21/05/2019, a pessoa física
ou jurídica de direito público ou privado, que por conta própria ou como intermediária:
I - exporta grãos de soja para a China;
II - exporta café grão cru para a China;
III - exporta grãos de milho para a China;
IV - exporta amendoim para a China;
V - exporta maçã, mamão, manga, melão e uva para a União Europeia;
VI - exporta amendoim para a União Europeia;
VII - exporta castanha-do-Brasil para a União Europeia;
VIII - exporta pimenta-do-Reino para a União Europeia;
IX - exporta açúcar para a Colômbia;
X - exporta grãos de soja para a Rússia;
XI - exporta castanha-do-Brasil para os Países Árabes do Golfo - Arábia Saudita,
Omã, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos e Kuwait;
XII - distribui azeite de oliva;
XIII - distribui óleo de bagaço de oliva;
XIV - importa azeite de oliva; e
XV - importa óleo de bagaço de oliva.

Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor em 03 de novembro de 2020.

JOSÉ GUILHERME TOLLSTADIUS EAL


Publicado no Diário Oficial da União em 30/09/2020

139 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

PORTARIA SDA nº 487, de 22 de dezembro de 2021: altera a IN


SDA nº 9 de 21/05/2019
Altera a IN SDA nº 9 de 21 de maio de 2019.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MINISTÉRIO DA


AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe
conferem os artigos 24 e 68 do Anexo I do Decreto nº 10.827, de 30 de setembro de
2021, tendo em vista o disposto na Lei nº 9.972, de 25 de maio de 2000, no Decreto nº
6.268, de 22 de novembro de 2007, e o que consta do Processo nº 21000.022107/2017-
35, resolve:

Art. 1º A Instrução Normativa SDA nº 9, de 21 de maio de 2019, passa a vigorar


com as seguintes alterações:

"Art. 4º .........................................................................................................
VI - o produtor, o atacadista, o distribuidor;
.....................................................................................................................
Parágrafo único. O registro no CGC/MAPA poderá se tornar obrigatório a qualquer
momento por determinação da área técnica responsável na SDA/MAPA, desde que
devidamente motivado, tornando pública a obrigatoriedade de registro por ato normativo
do Secretário de Defesa Agropecuária". (NR)

"Art. 5º ........................................................................................................
................................................................................................................................
§1º Com base nos critérios previstos neste artigo, a área técnica responsável na
SDA/MAPA estabelecerá e tornará pública uma lista dos produtos vegetais com o
enquadramento dos estabelecimentos nos diferentes níveis de registro e correspondentes
habilitações no sistema eletrônico.
§2º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento deverá comunicar às
empresas já registradas, qualquer alteração que leve a mudança do seu nível de registro,
bem como o prazo para adequação". (NR)

"Art. 6º ........................................................................................................
................................................................................................................................
II - estar regularmente registrado no Cadastro de Pessoa Física - CPF ou no
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ; e
...........................................................................................................".
(NR)

"Art. 7º ........................................................................................................
I - realizar o cadastro, inserindo no sistema eletrônico, ou em outros meios
disponibilizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, as informações
mínimas apresentadas no Anexo I, para enquadramento no nível de registro;

140 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

II - declarar que exerce a atividade informada em local fisicamente separado das


dependências residenciais ou de outras dependências incompatíveis com esta atividade,
bem como em instalações adequadas que assegurem corretas condições higiênico-
sanitárias e de conservação dos produtos;
III - declarar, que está ciente e de acordo que as comunicações, decorrentes da
aplicação da presente Portaria, entre a empresa e o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, ocorram por meio de correio eletrônico, visando a celeridade e a
eficiência do procedimento; indicar o (s) endereço (s) para o qual devem ser enviadas as
comunicações; e, se comprometer a confirmar o recebimento das mensagens e a
informar eventual mudança de endereço eletrônico, caso ocorra;
IV - declarar que as informações prestadas para o registro junto ao CGC/MAPA
são verdadeiras e autênticas;
V - declarar, no caso de exportador, que atende às exigências estabelecidas pelo
país importador ou bloco econômico, estando ciente quanto ao cumprimento da
legislação, protocolos e acordos internacionais vigentes;
VI - declarar que cumpre os requisitos gerais de higiene e de boas práticas de
fabricação, conforme regulamento específico do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento;
VII - declarar que assegura a rastreabilidade dos produtos sob sua
responsabilidade; e
VIII - outras declarações específicas em função do registro requerido". (NR)

"Art. 9º .......................................................................................................
................................................................................................................................
III - memorial descritivo contendo o detalhamento das etapas de produção,
mencionando o tipo e a função de cada equipamento, bem como a capacidade de
produção instalada, contendo, no mínimo, as informações apresentadas no Anexo II;
.....................................................................................................................
VI - no caso de comercial exportadora ou trading, fica dispensada a apresentação
da documentação citada no inciso IV deste artigo e, neste caso, deverá apresentar uma
declaração com o compromisso de garantir a rastreabilidade dos produtos a serem
exportados e de adquirir produtos de fornecedores registrados no CGC/MAPA, quando o
registro destes for obrigatório.
.........................................................................................................". (NR)

"Art. 10. .......................................................................................................


................................................................................................................................
Parágrafo único. Para o registro no nível completo, o órgão fiscalizador deverá
realizar a vistoria, podendo ser dispensada para o importador e para a comercial
exportadora ou trading". (NR)

141 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

ANEXO I - Informações mínimas para fins de registro no CGC/MAPA

1. Identificação do estabelecimento
Nome ou Razão Social:
CNPJ/CPF:
Endereço do estabelecimento: CEP:
Bairro: Vila, Distrito: Município e UF:
Telefone:
Endereço para correspondência: CEP:
Posição geográfica: Latitude: Longitude:
Endereço eletrônico:
Número de registro (caso possua):

2. Área de interesse:

3. Habilitação:

4. Atividade/categoria:

5. Produto:

6. Marca:

7. Capacidade operacional: (NR)

142 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

ANEXO II – Modelo para elaboração do memorial descritivo das instalações e


equipamentos do estabelecimento

1 – Identificação do estabelecimento:
NOME (EMPRESARIAL/PESSOA FÍSICA)
CNPJ/CPF

2 – Finalidade
Relacionar os produtos, as marcas e as respectivas atividades relacionadas a eles, bem
como a capacidade de produção.

3 - Aspectos gerais do estabelecimento


Descrever o local onde o estabelecimento encontra-se instalado, sua estrutura física, as
instalações sanitárias e outras dependências, os controles contra pragas e insetos e a
origem e o sistema de controle da potabilidade da água.
Adicionalmente, para o caso de comercial exportadora ou trading, descrever o local onde
o estabelecimento encontra-se instalado, sua estrutura física, de pessoal e outros que
entenda pertinente.

4 - Seções que compõem o estabelecimento (não aplicável para comercial exportadora


ou trading)
Descrever as diversas seções ou compartimentos utilizados para as atividades propostas
que compõem estabelecimento.

5 - Equipamentos e utensílios (não aplicável para comercial exportadora ou trading)


Devem ser relacionados todos os equipamentos e utensílios existentes, mencionando a
finalidade do uso, o material de constituição, especialmente das partes que entrarão em
contato com o alimento, bem como a respectiva capacidade de produção, quando for o
caso.

6 - Fluxo das operações (não aplicável para comercial exportadora ou trading)


Descrever o fluxo das operações necessárias para elaboração dos produtos, desde a
recepção das matérias primas até a expedição do produto final.

7 - Rastreabilidade
Descrever o sistema de rastreabilidade empregado para cada produto.
Adicionalmente, para o caso de comercial exportadora ou trading, declarar que os
produtos a serem exportados serão adquiridos de fornecedores registrados no
CGC/MAPA, quando o registro destes for obrigatório.

8 - Identificação e Assinatura do Representante Legal ou do Responsável Técnico”. (NR)

143 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Art. 2º Ficam revogados:


I - o artigo 23 da Instrução Normativa SDA nº 9, de 21 de maio de 2019;
II - os Anexos III e IV da Instrução Normativa SDA nº 9, de 21 de maio de 2019;
e
III - a Instrução Normativa SDA nº 3, de 22 de janeiro de 2020

Art. 3º As empresas anteriormente registradas no Sistema de Cadastro dos


Agentes da Cadeia Produtiva de Vegetais, seus Produtos, Subprodutos e Derivados para
Certificação da Segurança e Qualidade - SICASQ/MAPA permanecem com registro válido
para fins de exportação até a data de sua respectiva validade no referido sistema.

JOSÉ GUILHERME TOLLSTADIUS LEAL


Publicado no Diário Oficial da União em 27/12/2021

144 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

INSTRUÇÃO NORMATIVA SARC nº 6, de 16 de maio de 2001


Estabelece os procedimentos para arbitragem relativa à
classificação de produtos vegetais (com as alterações dadas
pela IN MAPA nº 8/2014).

O SECRETÁRIO DE APOIO RURAL E COOPERATIVISMO DO MINISTÉRIO DA


AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere o inciso
III, do artigo 11, do Decreto nº 3.527, de 28 de junho de 2000, tendo em vista o disposto
na Lei n º 9.972, de 25 de maio de 2000, o que consta do Processo n o
21000.001392/2001-93 e
Considerando a necessidade de estabelecer os critérios, procedimentos e prazos
para Arbitragem, prevista no parágrafo quinto do art. 9º, do Decreto nº 3.664, de 17 de
novembro de 2000, resolve:

Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para Arbitragem relativa à classificação


de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, conforme consta
do Anexo desta Instrução Normativa.

Art. 2º Os casos omissos e as dúvidas suscitadas na execução do Regulamento


Técnico serão resolvidos pelo Departamento de Fomento e Fiscalização da Produção
Vegetal da Secretaria de Apoio Rural e Cooperativismo deste Ministério.

Art. 3 º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

MANOEL ANTÔNIO RODRIGUES PALMA


Secretário de Apoio Rural e Cooperativismo
Publicado no Diário Oficial da União em 07/06/2001

145 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

ANEXO I – Regulamento técnico para arbitragem relativa à classificação de


produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico

1. ALCANCE
1.1. Objetivo: o presente Regulamento tem por objetivo estabelecer os critérios,
os procedimentos e os prazos para Arbitragem.

1.2. Âmbito de aplicação: caberá a arbitragem nos casos em que o interessado


discordar do resultado da classificação dos produtos vegetais, seus subprodutos e
resíduos de valor econômico, executada pelo Ministério da Agricultura e do
Abastecimento ou pelas pessoas jurídicas credenciadas na forma da legislação específica.

2. DEFINIÇÕES
2.1. Arbitragem: é a nova classificação do produto já classificado, objetivando
dirimir litígios relativos à classificação dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos
de valor econômico, cujo resultado tenha sido contestado pelo interessado.

2.2. Árbitro: é o classificador indicado pelas partes, cuja habilitação inclua o


produto objeto da classificação contestada; ou no caso de análises laboratoriais, é o
profissional capaz, devidamente regularizado junto ao Conselho de Classe
correspondente.

2.3. Compromisso arbitral: é a convenção, celebrada por escrito, particular ou


por instrumento público, assinada pelos litigantes e por duas testemunhas, por meio da
qual as partes estabelecem as condições de execução da arbitragem.

2.4. Sentença arbitral: é a decisão que expressa o resultado e finaliza a


arbitragem, devendo ser formalizada em documento escrito, assinado pelo árbitro ou por
todos os árbitros.

3. REQUISITOS E PROCEDIMENTOS PARA A ARBITRAGEM


3.1. A parte interessada solicitará a arbitragem à pessoa jurídica responsável pela
emissão do certificado de classificação contestado, no prazo máximo de 24 (vinte e
quatro) horas para os produtos hortícolas e demais perecíveis e de 15 (quinze)
dias para os demais produtos de 45 (quarenta e cinco) dias, contados da emissão do
mesmo, por via postal ou por outro meio qualquer de comunicação, mediante
comprovação de recebimento (nova redação de acordo com a IN MAPA 8/2014).

IMPORTANTE: De acordo com o disposto no Parágrafo único do art. 19 da IN MAPA 8/2014,


“Nos casos de importação, a solicitação de arbitragem deverá ser solicitada no
prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas contados a partir da data de emissão
do Certificado de Classificação de Produto Vegetal Importado.”

146 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

3.2. As partes envolvidas deverão firmar o compromisso arbitral, estabelecendo-


se, no mínimo, os seguintes pontos:
a) o dia, a hora, o local, os métodos de trabalho e os procedimentos que serão adotados para
realização da arbitragem.
b) a nomeação de um ou mais árbitros, sempre em número ímpar, podendo nomear, também,
os respectivos suplentes.
c) o prazo para apresentação do resultado da arbitragem; e
d) a indicação do dispositivo legal que instituiu o padrão oficial do Ministério da Agricultura e do
Abastecimento, relativo ao produto, objeto da contestação.
3.2.1. No compromisso arbitral faculta-se às partes interessadas definir a
responsabilidade pelo pagamento dos honorários e das despesas com a arbitragem, que
poderá ser alterada em função da sentença arbitral.
3.2.2. A arbitragem deverá ser realizada na amostra de arquivo do posto de
serviço, ou em nova amostra coletada, conforme entendimento estabelecido entre as
partes.

3.3. O árbitro indicado deverá apresentar Carteira de classificador, ou documento


comprobatório de registro junto ao competente Conselho de Classe quando se tratar de
produtos que requeiram análises laboratoriais.

3.4. As pessoas indicadas para atuar como árbitros têm o dever de revelar, antes
da aceitação da função, qualquer fato que denote dúvida justificada quanto à sua
imparcialidade e independência.

3.5. Sendo nomeados vários árbitros, estes, por maioria, elegerão o presidente
da comissão de arbitragem; e, não havendo consenso, o mais idoso será designado
presidente.

3.6. A decisão da arbitragem será tomada por maioria; e, não havendo acordo
majoritário, prevalecerá o voto do presidente da comissão.

3.7. A revelia de uma das partes, não impedirá que seja proferida a sentença
arbitral.

3.8. Proferida a sentença arbitral, dá-se por terminada a arbitragem, devendo o


árbitro ou o presidente da comissão de arbitragem, enviar cópia da decisão às partes,
por via postal ou por outro meio qualquer de comunicação, mediante recibo.

3.9. Havendo acordo prévio, oficialmente validado pelas partes, sobre a forma de
instituir a arbitragem, o mesmo poderá ser considerado, desde que atendidos os
procedimentos específicos previstos nesta Instrução Normativa.

147 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJUNTA SARC/ANVISA/INMETRO nº


009, de 12 de novembro de 2002
Regulamenta o acondicionamento, manuseio e
comercialização dos produtos hortícolas “in natura”.

O SECRETÁRIO DE APOIO RURAL E COOPERATIVISMO, DO MINISTÉRIO DA


AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, O DIRETOR-PRESIDENTE DA
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, DO MINISTÉRIO DA SAÚDE,
E O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA,
NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL, DO MINISTÉRIO DO
DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR, no uso de suas
respectivas atribuições legais, tendo em vista o disposto na Lei nº 9.972, de 25 de maio
de 2000, na Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, na Lei nº 8.080, de 19 de setembro
de 1990, na Lei nº 9.933, de 20 de dezembro de 1999,

Considerando a necessidade de regulamentar o acondicionamento,


manuseio e comercialização dos produtos hortícolas "in natura" em embalagens
próprias para a comercialização, visando à proteção, conservação e integridade dos
mesmos;

Considerando a necessidade de assegurar a verificação das informações a


respeito da classificação dos produtos hortícolas;

Considerando a necessidade de assegurar a obrigatoriedade da indicação


qualitativa e quantitativa, da uniformidade dessas indicações e do critério para a
verificação do conteúdo líquido, e o que consta do Processo nº 21000.007895/2000-91,
resolvem:

Art. 1º As embalagens destinadas ao acondicionamento de produtos hortícolas


"in natura" devem atender, sem prejuízo das exigências dispostas nas demais legislações
específicas, aos seguintes requisitos:
I - as dimensões externas devem permitir empilhamento, preferencialmente, em
palete ("pallet") com medidas de 1,00 m (um metro) por 1,20 m (um metro e vinte
centímetros);
II - devem ser mantidas íntegras e higienizadas;
III - podem ser descartáveis ou retornáveis; as retornáveis devem ser resistentes
ao manuseio a que se destinam, às operações de higienização e não devem se constituir
em veículos de contaminação;
IV - devem estar de acordo com as disposições específicas referentes às Boas
Práticas de Fabricação, ao uso apropriado e às normas higiênico-sanitárias relativas a
alimentos;
V - as informações obrigatórias de marcação ou rotulagem, referentes às
indicações quantitativas, qualitativas e a outras exigidas para o produto devem estar de
acordo com as legislações específicas estabelecidas pelos órgãos oficiais envolvidos.

148 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 2º Para efeito desta Instrução Normativa Conjunta, entende-se por produtos
hortícolas as frutas e hortaliças "in natura", não processadas e colocadas à disposição
para comercialização.

Art. 3º O fabricante ou o fornecedor de embalagens de produtos hortícolas deve


estar identificado nas mesmas, constando no mínimo a sua razão social, o número do
CNPJ e o endereço.
Parágrafo único. É de inteira responsabilidade do fabricante informar as
condições apropriadas de uso, tais como o peso máximo e o empilhamento suportável,
as condições de manuseio, bem como se a mesma é retornável ou descartável.

Art. 4º O cumprimento do disposto nesta Instrução Normativa Conjunta, no que


diz respeito à verificação das informações relativas à classificação do produto, constantes
dos rótulos das embalagens, é de competência do órgão técnico competente do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A verificação do cumprimento dos aspectos
higiênico-sanitários compete ao Ministério da Saúde, e ao Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, por parte do INMETRO, aqueles atinentes à indicação
quantitativa das embalagens.
Parágrafo único. As ações referidas neste artigo serão exercidas de forma não
cumulativa e baseadas na legislação específica de cada órgão oficial envolvido,
observadas as suas respectivas áreas de competência.

Art. 5º Os casos omissos serão resolvidos pelos órgãos oficiais envolvidos,


observadas suas respectivas áreas de competência.

Art. 6º Esta Instrução Normativa Conjunta entra em vigor em 180 (cento e


oitenta) dias, a contar da data de sua publicação.

RINALDO JUNQUEIRA DE BARROS


Secretário da SARC/MAPA

GONZALO VECINA NETO


Diretor-presidente da ANVISA/MS

ARMANDO MARIANTE CARVALHO JÚNIOR


Presidente do INMETRO/MDIC

Publicado no Diário Oficial da União em 14/11/2002

149 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

PORTARIA DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA nº 381, de 28 de


maio de 2009
Estabelece os critérios e os procedimentos para a elaboração,
aplicação, monitoramento e revisão do padrão oficial de
classificação.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no


uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição,
tendo em vista o disposto na Lei no 9.972, de 25 de maio de 2000, no Decreto nº 6.268,
de 22 de novembro de 2007, no Decreto nº 5.741, de 30 de março de 2006, e o que
consta do Processo no 21000.001232/2009-00, resolve:

Art. 1º Estabelecer os critérios e os procedimentos técnicos para a elaboração,


aplicação, monitoramento e revisão do padrão oficial de classificação de produtos
vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, e aprovar o modelo de
estrutura do regulamento técnico que define o referido padrão, na forma desta Portaria
e seu respectivo Anexo.

CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 2º Para fins destes critérios e procedimentos técnicos, considera-se:


I - padrão oficial de classificação (POC): o conjunto de especificações de
identidade e qualidade de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico, estabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA), podendo ser descritos ou físicos;
II - âmbito de aplicação do POC: o limite de sua aplicação estabelecido em função
de legislação específica;
III - aplicação do POC: o ato de realizar a classificação dos produtos vegetais,
seus subprodutos e resíduos de valor econômico, com base em padrões oficiais de
classificação, descritos ou físicos;
IV - características extrínsecas: aquelas que não são inerentes aos produtos
vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, mas estão relacionadas à
qualidade do mesmo;
V - características intrínsecas:
aquelas que são inerentes aos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos
de valor econômico;
VI - elaboração do POC: o ato de estabelecer, de forma sistematizada, os
requisitos de identidade e qualidade, a amostragem, o modo de apresentação e a
marcação ou rotulagem de um produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico por meio de um Regulamento Técnico;
VII - marcação ou rotulagem: as informações marcadas, rotuladas ou etiquetadas
que deverão constar nas embalagens dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos
de valor econômico ou em local de destaque, de acordo com o modo de apresentação,
observando o estabelecido no seu respectivo POC;
VIII - modo de apresentação: a forma como os produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico se encontram expostos;

150 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

IX - monitoramento do POC: o ato de acompanhar e avaliar a aplicabilidade do


POC, visando verificar a adequação do mesmo às suas finalidades ou à necessidade de
sua revisão;
X - padrão descrito: o POC definido em Regulamento Técnico;
XI - padrão físico ou modelo-tipo: a representação física do POC descrito;
XII - referencial fotográfico: o arquivo eletrônico ou folder contendo imagens
relativas ao produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, que
objetiva auxiliar na identificação dos parâmetros estabelecidos no POC, podendo ainda
conter informações adicionais;
XIII - regulamento técnico: o documento em que se estabelecem as
características de um produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico
ou os processos e métodos de produção a ele relacionados, bem como os requisitos de
identidade e qualidade, a amostragem, o modo de apresentação e a marcação ou
rotulagem, podendo ainda estabelecer outros requisitos, critérios e procedimentos
relativos ao produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, cujo
cumprimento é obrigatório;
XIV - revisão do POC: o ato de atualizar ou reformular o POC, parcial ou
totalmente, a qualquer tempo, visando à adequação do mesmo às suas finalidades; e
XV - vista principal: área visível em condições usuais de exposição dos produtos
vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, onde está escrita, em sua
forma mais relevante, sua denominação de venda estabelecida no respectivo POC.

CAPÍTULO II – DOS CRITÉRIOS E PROCEDIMENTOS PARAELABORAÇÃO OU


REVISÃO DO POC

Seção I - Dos Critérios


Art. 3º O POC será definido por meio de um Regulamento Técnico e deverá conter
os requisitos de identidade e qualidade, a amostragem, o modo de apresentação e a
marcação ou rotulagem, nos aspectos referentes à classificação dos produtos vegetais,
seus subprodutos e resíduos de valor econômico.

Art. 4º Na elaboração ou revisão do POC deve-se observar a legislação nacional


e internacional pertinente, bem como os Tratados, Protocolos e Acordos Internacionais
dos quais o Brasil é signatário.

Art. 5º Os parâmetros constantes do POC que servirão de base para a


classificação dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico
devem estar adequados à realidade dos mercados nacional e internacional.

Art. 6º Os parâmetros constantes do POC que servirão de base para a


classificação dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico
devem ser mensuráveis ou quantificáveis e de fácil interpretação.

Art. 7º Os parâmetros constantes do POC devem ser estabelecidos em função do


uso proposto dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico,
podendo também ser considerados aspectos comerciais do mesmo.

151 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Art. 8º O POC deve contemplar parâmetros ou mecanismos que visem à


segurança do alimento.

Art. 9º O POC deve ser o mais simplificado possível, de fácil aplicação e se


constituir em um instrumento auxiliar da comercialização dos produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico, bem como prevenir práticas desleais de
comércio.

Art. 10. O POC deve possibilitar a diferenciação de preço dos produtos vegetais,
seus subprodutos e resíduos de valor econômico em função da sua identidade e
qualidade.

Art. 11. Na elaboração ou revisão do POC deve ser facultada a participação


consultiva dos segmentos do agronegócio envolvidos com os produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico.

Art. 12. O POC deve permitir o enquadramento da maior quantidade do total


produzido ou importado de determinado produto vegetal, seus subprodutos e resíduos
de valor econômico, de forma distribuída, nos tipos ou categorias previstos.

Art. 13. O POC deve permitir a classificação dos produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico nos tipos ou categorias previstos, bem como
definir os procedimentos a serem adotados com relação àqueles que não foram
enquadrados em nenhum dos tipos ou categorias.

Art. 14. O POC deve prever as situações ou os aspectos dos produtos vegetais,
seus subprodutos e resíduos de valor econômico que desclassificam os mesmos, bem
como os procedimentos a serem adotados no caso de suas destinações para outros fins
que não seja o uso proposto.

Art. 15. O POC deve definir ou caracterizar, conforme o caso, os parâmetros,


termos e expressões relacionados à classificação dos produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico visando facilitar o entendimento e a aplicação
do mesmo.

Art. 16. O MAPA pode estabelecer legislação complementar ao POC quando julgar
necessário.

Art. 17. Em situações excepcionais o MAPA pode alterar temporária ou


definitivamente um ou mais itens do POC.

Art. 18. O POC deve ser redigido com clareza, precisão e ordem lógica de acordo
com as regras estabelecidas em legislação específica.

Art. 19. O POC pode ser revisto, parcial ou totalmente, a qualquer tempo, por
solicitação dos interessados, por iniciativa do MAPA, ou ainda, em função de exigências
relacionadas ao mercado nacional ou internacional que justifiquem a sua revisão.

152 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 20. O POC deve ser elaborado ou revisto de acordo com o modelo de
estrutura constante do Anexo desta Portaria, no qual poderá ser incluído ou excluído
capítulo, seção, artigo, parágrafo, inciso, alínea ou item em função da particularidade do
produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico considerado,
respeitadas as diretrizes previstas em legislação específica.

Art. 21. No POC podem ser previstos procedimentos apropriados para situações
específicas, considerando a natureza, a perecibilidade e o modo de apresentação dos
produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico.

Art. 22. No POC podem ser citadas referências técnico científicas consideradas
para a elaboração do mesmo.

Art. 23. O ato normativo que aprova o Regulamento Técnico que define o POC
deve prever a data para que o mesmo entre em vigência.

Seção II - Dos Procedimentos


Art. 24. A elaboração ou revisão de um POC inicia-se em função de uma demanda
devidamente justificada, oriunda de qualquer segmento do agronegócio envolvido com o
produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, ou de Órgãos e
Entidades Públicas e Privadas, ou por necessidade de adequações da legislação brasileira
às exigências ou diretrizes contidas em Tratados, Protocolos ou Acordos Internacionais
do qual o Brasil é signatário, ou ainda, por iniciativa do MAPA em decorrência de suas
atribuições e prerrogativas legais.

Art. 25. De posse da demanda de elaboração ou revisão do POC, a área técnica


competente do MAPA deve avaliar a pertinência da mesma. Uma vez considerada
pertinente a elaboração ou revisão do POC e em função da natureza e conteúdo da
demanda, dá-se início ao levantamento dos subsídios e estudos necessários a elaboração
ou revisão do mesmo.

Art. 26. A partir do levantamento de dados, do recebimento de subsídios e dos


estudos realizados elaborar-se-á o projeto de Regulamento Técnico que será submetido
à Consulta Pública por um período determinado.

Art. 27. Após a Consulta Pública, realizar-se-á a Reunião Nacional, em Brasília/DF,


coordenada pela área técnica competente do MAPA, para discussão e consolidação do
projeto final do Regulamento Técnico.

Art. 28. O projeto de Regulamento Técnico, consolidado em Reunião Nacional,


será redigido e formatado pela área técnica competente do MAPA, de acordo com a
legislação específica e será encaminhado para aprovação por meio de ato próprio e
publicação no Diário Oficial da União.

Art. 29. No caso de revisão parcial do Regulamento Técnico, o MAPA pode adotar
procedimentos simplificados, e nesse caso, podem ser dispensados os dispostos nos
artigos 26, 27 e 28 desta Portaria.

153 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

CAPÍTULO III – DOS CRITÉRIOS E PROCEDIMENTOS PARA A APLICAÇÃO DO


POC

Seção I - Dos Critérios


Art. 30. Deve ser observado o âmbito de aplicação do POC previsto na legislação
específica.

Art. 31. O POC pode ser aplicado como referencial no atendimento às demandas
relacionadas ao comércio internacional ou em outras situações não regulamentadas.

Seção II - Dos Procedimentos


Art. 32. Os procedimentos para aplicação do POC devem estar de acordo com o
que estabelece a metodologia ou o roteiro para classificação do produto vegetal, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico descrito no POC, permitindo ainda a
realização da classificação por meio de fluxo operacional das empresas ou entidades
credenciadas, desde que atendidos os requisitos estabelecidos em legislação específica.

CAPÍTULO IV – DOS CRITÉRIOS E PROCEDIMENTOS PARA O


MONITORAMENTO DO POC

Seção I - Dos Critérios


Art. 33. O monitoramento do POC deve ser realizado pelo MAPA e estabelecido
em função da segurança do alimento, da importância socioeconômica dos produtos
vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, da demanda setorial e de
outros fatores relacionados à melhoria da qualidade dos mesmos.

Art. 34. O monitoramento do POC recém-elaborado ou revisto deve ser efetuado


tão logo o mesmo entre em vigência.

Art. 35. O monitoramento do POC pode ser realizado utilizando, por exemplo,
questionários específicos, pesquisas junto aos consumidores, acompanhamento de
cursos de formação, habilitação ou atualização de classificadores, relatórios e
documentos relativos à classificação.

Art. 36. O resultado do monitoramento do POC subsidiará a área técnica


competente do MAPA na avaliação da necessidade de adequação ou revisão do mesmo.

Seção II - Dos Procedimentos


Art. 37. Os laudos de classificação disponibilizados pelos executores da
classificação dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico,
quando solicitados, e os laudos, resultantes da classificação de fiscalização referentes ao
POC, objeto de monitoramento, devem ser analisados pelas Superintendências Federais
de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SFA), gerando subsídios para a unidade
coordenadora da atividade na sede do MAPA.

154 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 38. Levantamento de dados sobre um ou mais itens do POC, objeto de


monitoramento, podem ser realizados junto aos usuários do mesmo, por meio da
aplicação de questionários específicos, visando à avaliação dos referidos itens.

Art. 39. Pesquisas junto aos consumidores podem ser realizadas visando avaliar
a importância e o nível de aceitação dos parâmetros considerados no POC objeto de
monitoramento.

Art. 40. Acompanhamento de cursos de formação, habilitação e atualização de


classificadores do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico
relativo ao POC recém-elaborado ou revisto podem ser realizados objetivando avaliar o
entendimento e a aplicabilidade do mesmo.

Art. 41. Em função do resultado do monitoramento do POC, o MAPA deve avaliar


a necessidade de adequação ou revisão do mesmo.

Art. 42. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

REINHOLD STEPHANES

155 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

ANEXO I – Modelo de estrutura para elaboração e revisão do regulamento


técnico que define o padrão oficial de classificação

Art. 1º O título do padrão oficial de classificação (POC) deve ser o seguinte:


"REGULAMENTO TÉCNICO DO (A)... (acrescido do nome do produto vegetal, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico seguido do seu uso proposto, quando for o
caso)".

CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 2º No POC deve constar o seguinte texto: "O presente Regulamento Técnico
tem por objetivo definir o padrão oficial de classificação do (a)... (acrescido do nome do
produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico seguido do seu uso
proposto, quando for o caso) considerando seus requisitos de identidade e qualidade, a
amostragem, o modo de apresentação e a marcação ou rotulagem, nos aspectos
referentes à classificação do produto".

Art. 3º No POC deve constar o seguinte texto: "Para efeito deste Regulamento
Técnico, considera-se:"
I - nome do produto: deve ser definido o produto vegetal, seus subprodutos e
resíduos de valor econômico que está sendo regulamentado seguido do nome botânico
em latim e negrito, escrito em itálico e do nome do autor, quando for o caso. De acordo
com a natureza do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico,
pode ser indicado o seu uso proposto; e
II - outras definições: devem ser definidos os fatores de identidade e qualidade,
os parâmetros que servirão para identificar e classificar o produto vegetal, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico, bem como os termos e expressões
necessários ao entendimento e aplicação do POC, que devem ser enumerados e
apresentados em ordem alfabética.

CAPÍTULO II – DA CLASSIFICAÇÃO E TOLERÂNCIAS

Art. 4º No POC deve constar o seguinte texto: "A classificação do (a)... (acrescido
do nome do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico seguido
do seu uso proposto, quando for o caso) é estabelecida em função dos seus requisitos
de identidade e qualidade".

Art. 5º No POC deve constar o seguinte texto: "O (s) requisito (s) de identidade
do (a)... (acrescido do nome do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico seguido do seu uso proposto, quando for o caso) é (são) definido (s) por...
(citar os requisitos que definem a identidade do produto vegetal, seus subprodutos e
resíduos de valor econômico)".

Art. 6º No POC deve constar o seguinte texto: "O (s) requisito (s) de qualidade
do (a)... (acrescido do nome do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico seguido do seu uso proposto, quando for o caso) é (são) definido (s) em
função de... (citar os requisitos que definem a qualidade do produto vegetal, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico)".
156 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 7º No POC deve constar o seguinte texto: "O (a)... (acrescido do nome do
produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico seguido do seu uso
proposto, quando for o caso) será classificado em (Grupos, Classes ou Calibres e
respectivas subdivisões, Tipos ou Categorias, conforme o caso, observadas as
peculiaridades de cada produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico), conforme o disposto a seguir".

Art. 8º Especificar a classificação do produto vegetal, seus subprodutos e


resíduos de valor econômico de acordo com o estabelecido no art. 7º, deste Anexo,
observando o que segue:
I - a classificação do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico em grupos ou em classes ou calibres deve ser estabelecida em função de
fatores ou parâmetros como, por exemplo, a espécie ou a variedade botânica, o formato,
a coloração, o peso, o tamanho, o diâmetro, a granulometria, ou o uso proposto,
conforme o caso;
II - a classificação do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico em classes ou calibres deve, preferencialmente, ser estabelecida em função
de fatores ou parâmetros como, por exemplo, o peso, o tamanho, o diâmetro, a
granulometria, conforme o caso, podendo ser apresentada descrita ou na forma de
tabela;
III - a classificação do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico em tipos ou categorias deve ser estabelecida em função de fatores ou
parâmetros que indiquem a qualidade do mesmo, podendo ser apresentada descrita ou
na forma de tabela, observando ainda o que segue:
a) cada tipo ou categoria corresponde a um conjunto de tolerâncias de
defeitos ou outros parâmetros especificados, que devem ser
mensuráveis;
b) os intervalos das tolerâncias estabelecidos para os tipos ou categorias
imediatas, para o mesmo defeito ou parâmetro, devem manter, tanto
quanto possível, uma equivalência;
c) as tolerâncias relativas aos defeitos ou parâmetros estabelecidos para a
classificação do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico podem ser expressas em percentual ou outras unidades de
medida, dependendo da metodologia a ser utilizada na classificação;
pode-se adotar as duas formas de expressar as tolerâncias em um
mesmo POC, conforme a conveniência da classificação requerida para
cada produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico;
e
d) os limites de tolerância de defeitos ou parâmetros estabelecidos para a
classificação do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico, sempre que possível, devem ser apresentados na forma de
tabela, como anexo da Instrução Normativa que aprova o POC;
IV - as denominações calibre e categoria aplicam-se, preferencialmente, aos
produtos hortícolas;

157 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

V - os parâmetros estabelecidos no POC que servirão de base para a classificação


do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico podem se restringir
àqueles necessários para permitir a uniformidade do lote ou conteúdo contido na
embalagem e a qualidade do mesmo;
VI - o POC pode prever a classificação do produto vegetal, seus subprodutos e
resíduos de valor econômico apenas em tipos ou categorias, em função, por exemplo, da
sua natureza, da sua perecibilidade e do sistema de comercialização do mesmo; e
VII - os produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico a
serem comercializados a granel, no varejo, em função de sua perecibilidade, podem
atender apenas a determinados requisitos ou parâmetros estabelecidos no POC,
conforme o caso, observando ainda o que segue:
a) os produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico
que não atenderem os referidos requisitos ou parâmetros não poderão
ser comercializados como se apresentam; e
b) o repasse dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico comercializados a granel, no varejo, visando manter os
requisitos ou parâmetros referidos no inciso VII, do art. 8º, do capítulo
II, deste Anexo, será de responsabilidade do detentor dos mesmos.

Art. 9º Fora de Tipo ou Fora de Categoria: quando previsto, devem ser


discriminadas as situações que levam o produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de
valor econômico a ser considerado Fora de Tipo ou Fora de Categoria e os procedimentos
a serem adotados, quando assim considerado.

Art. 10. Desclassificado: devem ser discriminadas as situações que levam o


produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico a ser considerado
Desclassificado e os procedimentos a serem adotados para o mesmo quando assim
considerado, não podendo ser destinado para consumo humano.

Art. 11. No POC deve constar o seguinte texto: "O MAPA poderá efetuar análises
de substâncias nocivas, matérias macroscópicas, microscópicas e microbiológicas
relacionadas ao risco à saúde humana, de acordo com legislação específica,
independentemente do resultado da classificação do produto."
Parágrafo único. No POC deve constar o seguinte texto: "O produto será
desclassificado quando se constatar a presença das substâncias de que trata o caput
deste artigo em limites superiores ao máximo estabelecido na legislação específica, ou
ainda, quando se constatar a presença de substâncias não autorizadas para o produto."

CAPÍTULO III – DOS REQUISITOS E DOS PROCEDIMENTOS GERAIS

Art. 12. No POC devem ser mencionados aqueles requisitos de caráter genérico
do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico considerado, como
por exemplo estar fisiologicamente desenvolvido, são, limpo, seco, conforme o caso,
respeitados os limites de tolerâncias de defeitos ou parâmetros previstos no mesmo.

158 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 13. No POC podem ser estabelecidas disposições relativas a outros requisitos
a exemplo do teor de umidade e do percentual de matérias estranhas e impurezas que,
embora não estejam definindo tipos ou categorias, devem ser considerados em função
da identidade e qualidade do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico.

Art. 14. Em função dos requisitos previstos devem ser estabelecidos os


procedimentos correspondentes referentes ao produto vegetal, seus subprodutos e
resíduos de valor econômico ou à sua classificação, quando couber.

Art. 15. O POC pode prever análises complementares relacionadas ao produto


vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico.
Parágrafo único. Os parâmetros e suas respectivas tolerâncias objeto das análises
previstas no caput deste artigo podem ser apresentados na forma de tabelas.

CAPÍTULO IV – DA AMOSTRAGEM

Art. 16. No POC deve constar o seguinte texto: "As amostras coletadas, que
servirão de base para a realização da classificação, deverão conter os dados necessários
à identificação do interessado na classificação do produto, bem como a informação
relativa à identificação do lote ou volume do produto do qual se originaram".

Art. 17. No POC deve constar o seguinte texto: "Caberá ao proprietário,


possuidor, detentor ou transportador propiciar a identificação e a movimentação do
produto, independentemente da forma em que se encontrem, possibilitando a sua
adequada amostragem".

Art. 18. No POC deve constar o seguinte texto: "Responderá pela


representatividade da amostra, em relação ao lote ou volume do qual se originou, a
pessoa física ou jurídica que a coletou, mediante a apresentação do documento
comprobatório correspondente".

Art. 19. No POC deve constar o seguinte texto: "Na classificação do (a)...
(acrescido do nome do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico
seguido do seu uso proposto, quando for o caso) importado e na classificação de
fiscalização, o detentor da mercadoria fiscalizada, seu representante legal, seu
transportador ou seu armazenador devem propiciar as condições necessárias aos
trabalhos de amostragem exigidas pela autoridade fiscalizadora".

Art. 20. Os critérios e procedimentos relativos aos métodos de amostragem


devem ser estabelecidos no Regulamento Técnico do produto vegetal, seus subprodutos
e resíduos de valor econômico, podendo ainda ser estabelecido um procedimento
horizontal de amostragem que permita outros tipos de análise.
Parágrafo único. Devem ser observados os métodos de amostragem nacional e
internacionalmente aceitos.

Art. 21. No POC devem ser previstos o número de amostras a serem retiradas,
as condições de acondicionamento, a identificação e a destinação das mesmas.

159 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Art. 22. No POC podem ser previstos procedimentos de amostragem específicos


para o produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico quando
comercializados a granel no varejo, em função de sua perecibilidade.

Art. 23. No POC deve constar o seguinte texto: "Quando a amostra for coletada
e enviada pelo interessado, deverão ser observados os mesmos critérios e procedimentos
de amostragem previstos neste Regulamento Técnico."

Art. 24. No POC deve constar o seguinte texto: "A quantidade remanescente do
processo de amostragem, homogeneização e quarteamento será recolocada no lote ou
devolvida ao interessado no produto."

Art. 25. No POC deve constar o seguinte texto: "O classificador, a empresa ou
entidade credenciada ou o órgão de fiscalização não serão obrigados a recompor ou
ressarcir o produto amostrado, que porventura foi danificado ou que teve sua quantidade
diminuída, em função da realização da amostragem e da classificação."

CAPÍTULO V – DOS PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS OU ROTEIRO PARA


CLASSIFICAÇÃO

Art. 26. Os procedimentos operacionais ou o roteiro para classificação devem ser


descritos no Regulamento Técnico do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de
valor econômico.

Art. 27. No POC podem ser previstos procedimentos específicos para o produto
vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico quando comercializados a
granel no varejo, em função de sua perecibilidade.

CAPÍTULO VI – DO MODO DE APRESENTAÇÃO

Art. 28. O POC deve prever o modo de apresentação do produto vegetal, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico considerado, como por exemplo, a granel,
ensacado ou embalado.

Art. 29. No POC deve constar o seguinte texto: "As embalagens utilizadas no
acondicionamento do (a)... (acrescido do nome do produto vegetal, seus subprodutos e
resíduos de valor econômico seguido do seu uso proposto, quando for o caso) deverão
ser de materiais apropriados".

Art. 30. No POC deve constar o seguinte texto: "As especificações quanto ao
material, à confecção e à capacidade das embalagens utilizadas no acondicionamento do
(a)... (acrescido do nome do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico seguido do seu uso proposto, quando for o caso) devem estar de acordo com
a legislação específica."

160 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 31. No POC podem ser previstos modos de apresentação específicos para o
produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, de acordo com sua
natureza e perecibilidade, quando comercializados no varejo.

Art. 32. O POC pode prever que não será admitido o acondicionamento de
produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico pertencentes a
diferentes lotes dentro de uma mesma embalagem.

CAPÍTULO VII – DA MARCAÇÃO OU ROTULAGEM

Art. 33. No POC deve constar o seguinte texto: "As especificações de qualidade
do (a)... (acrescido do nome do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico seguido do seu uso proposto, quando for o caso) referente à marcação ou
rotulagem devem estar em consonância com o respectivo Documento de Classificação."

Art. 34. O POC deve prever as informações relativas à marcação ou rotulagem


do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, de acordo com o
modo de apresentação do mesmo, observando o que segue:
I - relativas à classificação do produto: citar as informações relativas à
classificação do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico
julgadas relevantes; e
II - relativas ao produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico
e ao seu responsável, devendo constar:
a) a denominação de venda do produto vegetal, seus subprodutos e
resíduos de valor econômico que será constituída do nome do mesmo,
seguida da marca comercial, se houver;
b) a identificação do lote, definindo que a mesma será de responsabilidade
do embalador; e
c) o nome empresarial, o registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
(CNPJ) ou no Cadastro Nacional de Pessoa Física (CPF), o endereço da
empresa embaladora ou do responsável pelo produto vegetal, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico.

Art. 35. O POC deve prever ainda as informações relativas à marcação ou


rotulagem quando se tratar de produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico importado, levando-se em consideração, por exemplo, a natureza do mesmo,
seu uso proposto e o seu modo de apresentação.
Parágrafo único. As informações relativas ao país de origem do produto vegetal,
seus subprodutos e resíduos de valor econômico e o nome, CNPJ ou CPF e endereço do
importador, pessoa física ou jurídica, devem constar, pelo menos, no documento que
acompanha o produto.

Art. 36. No POC deve constar o seguinte texto: "A marcação ou rotulagem deve
ser de fácil visualização e de difícil remoção, assegurando informações corretas, claras,
precisas, ostensivas e em língua portuguesa, cumprindo com as exigências previstas em
legislação específica."

161 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Art. 37. No POC deve prever a forma como devem ser grafadas as informações
relativas à classificação do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico.

Art. 38. O POC pode prever que as informações relativas à classificação do


produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico constante da rotulagem
devem ser grafadas na vista principal e em caracteres do mesmo tamanho que as
dimensões especificadas para o conteúdo líquido previstas em legislação específica.

Art. 39. No POC podem ser previstas informações relativas à marcação ou


rotulagem específicas para o produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico, de acordo com sua natureza, perecibilidade e modo de apresentação, quando
comercializados no varejo.

Art. 40. No POC podem ser previstas outras informações a exemplo da indicação
culinária, granulometria, que serão de responsabilidade do embalador.

Art. 41. No POC pode estar previsto que não será admitida a utilização de termos
ou expressões que induzam o consumidor a erro quanto à qualidade do produto vegetal,
seus subprodutos e resíduos de valor econômico.

CAPÍTULO VIII – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 42. No POC deve constar, quando necessário, o seguinte texto: "Com o
objetivo de uniformizar os critérios de classificação, será elaborado um referencial
fotográfico, identificando e caracterizando os parâmetros que servirão de base para a
classificação do (a)... (acrescido do nome do produto vegetal, seus subprodutos e
resíduos de valor econômico seguido do seu uso proposto, quando for o caso)."

Art. 43. No POC pode ser prevista a dispensa da classificação obrigatória em


situações específicas ou em função de fatores como quantidade insuficiente para se fazer
uma amostragem ou uso proposto ou alcance da comercialização ou características
peculiares do produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, e nestes
casos, não isentando os responsáveis pela garantia da sanidade e qualidade dos mesmos
adstritas ao disposto no § 3º, do art. 2º, do Decreto nº 5.741 de 2006.

Art. 44. No POC deve constar o seguinte texto: "As dúvidas surgidas na aplicação
deste Regulamento Técnico serão resolvidas pela área técnica competente do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento."

162 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no


uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição,
tendo em vista o disposto na Lei nº 9.972, de 25 de maio de 2000, no Decreto nº 6.268,
de 22 de novembro de 2007, e o que consta do Processo nº 21000.005047/2009-86,
resolve:

REGULAMENTO TÉCNICO DOS CURSOS DE CAPACITAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE


CLASSIFICADORES DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL, SUBPRODUTOS E
RESÍDUOS DE VALOR ECONÔMICO

CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico de Cursos de capacitação e qualificação


de classificadores de produtos de origem vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico, na forma desta Instrução Normativa e do seu anexo.
Parágrafo único. Para os fins deste Regulamento, considera-se:
I - carteira de classificador: documento vinculado ao Cadastro Geral de
Classificação - CGC, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, que
identifica e possibilita ao profissional exercer as atribuições como classificador dos
produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico discriminados, dentro do
prazo de sua validade;
II - classificador: pessoa física, habilitada e registrada junto ao CGC/MAPA,
responsável pela classificação dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de
valor econômico;
III - coordenador de curso: profissional designado pela entidade promotora, que
tem como atribuição garantir as condições necessárias para execução do curso;
IV - curso de capacitação: curso destinado a formar pessoa física para habilitar-
se como classificador;
V - curso de qualificação: curso destinado a atualizar, aprimorar e avaliar os
conhecimentos do classificador no produto vegetal, subproduto e resíduo de valor
econômico para o qual está habilitado, e a habilitar o classificador em outro produto
vegetal, subproduto e resíduo de valor econômico;
VI - entidade promotora: entidade de direito público ou privado, responsável pela
realização do curso, de acordo com projeto aprovado e demais atos normativos;
VII - instrutor: profissional habilitado e registrado como classificador no
CGC/MAPA para ministrar os cursos objeto deste Regulamento;
VIII - monitor: profissional habilitado e registrado como classificador no
CGC/MAPA que auxilia o instrutor durante a realização do curso;
IX - projeto de curso: documento elaborado pela entidade promotora,
contemplando todas as exigências legais para a homologação do curso pelo MAPA;
X - supervisor de curso: servidor efetivo do MAPA, registrado como classificador
e designado pelo Órgão Técnico da Superintendência Federal de Agricultura - SFA, e que
tem como atribuição garantir o cumprimento das exigências legais na realização do curso;
e
XI - supervisor nacional de cursos: servidor efetivo do MAPA, designado pelo
Coordenador-Geral de Qualidade Vegetal - CGQV, registrado como classificador, que tem

163 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

como atribuição garantir o cumprimento das exigências legais previstas neste


Regulamento e gerir atividades que envolvam capacitação e qualificação de
classificadores no âmbito do MAPA.

CAPÍTULO II – DOS REQUISITOS

Seção I - Da Realização do Curso


Art. 2º A entidade promotora deverá apresentar o projeto de curso ao Órgão
Técnico da SFA na unidade da federação onde o evento será realizado, para análise e
posterior encaminhamento à Coordenação-Geral de Qualidade Vegetal - CGQV, com
antecedência mínima de 30 (trinta) dias para início do curso.
§1º O projeto de curso contemplará, no mínimo, as informações relativas ao
objetivo do curso, público-alvo, local e infraestrutura, relação dos equipamentos a serem
utilizados no curso, conteúdo programático, método de ensino, material didático, carga
horária, formas de avaliação, requisitos para aprovação e indicação dos profissionais
envolvidos na realização do curso.
§2º O número máximo de alunos permitido por turma será 30 (trinta).
§3º O projeto deverá ser aprovado previamente pelo supervisor de curso
mediante análise documental e vistoria no local de realização do curso.
§4º O projeto deverá ser analisado pelo supervisor nacional de cursos e, se
aprovado, encaminhado ao Coordenador-Geral da Qualidade Vegetal para apreciação
final e homologação do curso.

Seção II - Da Participação no Curso


Art. 3º O candidato ao curso de capacitação de classificador de produto vegetal,
subproduto e resíduos de valor econômico deverá ser Engenheiro Agrônomo ou Técnico
em Agropecuária de nível médio.
§1º O profissional não mencionado no caput deste artigo poderá participar do
curso de capacitação desde que comprove que a sua graduação ou formação em
atividade profissional permita executar a classificação vegetal ou análise laboratorial dos
produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico oferecidos no curso, por
meio de parecer favorável emitido pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia - CONFEA.
§2º Poderá se candidatar o profissional pertencente à categoria profissional não
mencionada no caput deste artigo, mas de quem a CGQV já possua parecer favorável
emitido pelo CONFEA permitindo executar a classificação vegetal ou análise laboratorial
dos produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico oferecidos no curso.
§3º Será permitida a inscrição de candidato que estiver cursando o último ano
de graduação ou formação das profissões abrangidas neste artigo. (Revogado pela IN
MAPA 7/2020)

Art. 4º O candidato aos cursos previstos neste Regulamento deverá apresentar


os seguintes documentos:
I - carteira de identidade;
II - cadastro de pessoa física - CPF;
III - 2 (duas) fotos 3x4 recentes e coloridas;

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Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

IV - cópia do registro no respectivo conselho de classe ou documento


comprobatório da condição de estudante do último ano de graduação ou formação das
profissões abrangidas no art. 3º; (Revogado pela IN MAPA 7/2020)
V - parecer favorável emitido pelo CONFEA, quando se tratar de outros
profissionais não citados no caput do art. 3º deste Regulamento; e (Revogado pela IN
MAPA 7/2020)
VI - outros documentos e requisitos previstos em atos normativos
complementares.

Art. 5º Para ingresso no curso de qualificação, o classificador deverá comprovar


seu registro como classificador junto ao MAPA e, quando exigido, apresentar os
documentos previstos no art. 4º deste Regulamento.
§1º Nos cursos de capacitação, o participante deverá comprovar que cumpriu a
disciplina de conhecimento básico e que a mesma está de acordo com a legislação em
vigor.
§2º O participante deverá devolver a Carteira de Classificador para fins de
atualização da lista de produtos habilitados a classificar.

Seção III - Da Aprovação no Curso


Art. 6º Será considerado aprovado o aluno que obtiver nota igual ou superior a
seis (6), numa escala de zero a dez, em cada uma das provas ou testes de avaliação,
além de cumprir com a frequência mínima de 95 (noventa e cinco) por cento por
disciplina.
§1º O formulário contendo o registro das notas e da frequência dos alunos deverá
ser afixado e divulgado para conhecimento dos participantes do curso.
§2º O aluno poderá requerer revisão de prova, por escrito, imediatamente após
a divulgação da nota, respeitado o prazo máximo de 2 (duas) horas.
§3º A revisão será de responsabilidade do instrutor e do supervisor de curso
sendo o resultado considerado definitivo.
§4º Outros critérios e requisitos para aprovação do participante poderão ser
definidos em atos normativos complementares e deverão constar no projeto do curso
homologado pelo MAPA.

CAPÍTULO III – DO CURSO

Seção I - Das Modalidades


Art. 7º São considerados cursos regulares de classificação de produtos vegetais:
I - Curso de capacitação; ou
II - Curso de qualificação;
§1º Poderão ser realizados, excepcionalmente, para os fins previstos neste
Regulamento, atendidas as demais exigências dos cursos regulares:
I - treinamentos específicos ou estágio supervisionado em laboratórios
credenciados pela Coordenação-Geral de Apoio Laboratorial - CGAL/MAPA para
profissionais legalmente competentes e capacitados na realização das análises físico-
químicas; ou
II - estágios supervisionados em salas e laboratórios de classificação vegetal das
SFAs para servidores do quadro técnico efetivo do MAPA lotados nos setores relacionados
à classificação vegetal.
165 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

§2º A carga horária, conteúdo programático, critérios de avaliação do aluno,


dentre outros, serão estabelecidos pela entidade ou laboratório que oferecerá o
treinamento ou o estágio, em conjunto com o supervisor de cursos, devendo ser
formalizado em um projeto, homologado pelo supervisor nacional de cursos.

Seção II - Do Conteúdo Programático e da Carga Horária


Art. 8º São disciplinas obrigatórias e eliminatórias dos cursos de capacitação de
classificadores: conhecimento básico da classificação e conhecimento específico relativo
ao produto vegetal, subproduto e resíduo de valor econômico.
§1º Considera-se conteúdo programático da disciplina conhecimento básico
relativo ao produto vegetal, seu subproduto e resíduo de valor econômico:
I - conhecimentos gerais: histórico da classificação, noções de padronização,
classificação e fiscalização de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor
econômico padronizados; e
II - legislações da classificação vegetal.
§2º Considera-se conteúdo programático da disciplina conhecimento específico
relativo ao produto vegetal, seu subproduto e resíduo de valor econômico:
I - padrão oficial de classificação do produto objeto do curso;
II - procedimentos operacionais sobre coleta de amostras do produto objeto do
curso;
III - manuseio e regulagem de equipamentos de uso na classificação do produto
objeto do curso;
IV - prática de classificação; e
V - utilização dos documentos de classificação.
§3º Para os cursos de qualificação, aplicar-se-á o disposto no § 2º deste artigo.
§4º Além das disciplinas previstas neste Regulamento, outras disciplinas poderão
ser consideradas obrigatórias e eliminatórias.

Art. 9º O curso de formação de classificador deverá ter a seguinte carga horária


mínima:
I - conhecimento básico: 16 (dezesseis) horas; e
II - conhecimento específico, conforme constante no Anexo desta Instrução
Normativa. (nova redação dada pela IN MAPA 63/2009)
Parágrafo único. Para os produtos, subprodutos e resíduos de valor econômico
não incluídos no Anexo desta Instrução Normativa e que venham a ser oficialmente
padronizados pelo MAPA, a carga horária da disciplina de conhecimento específico será
estabelecida pela CGQV.

166 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 10. Para os cursos de qualificação, aplicar-se-á o disposto no inciso II do §


1º do art. 8º, que deverá ter a carga horária mínima de 4 (quatro) horas, caso ocorra
alteração na legislação da classificação vegetal em relação à última aprovação desta
disciplina.

Seção III - Dos Instrutores e dos Monitores


Art. 11. Os instrutores dos cursos abrangidos por este Regulamento deverão ser
profissionais cadastrados no MAPA.
§1º Para ser cadastrado como instrutor da disciplina de conhecimento específico,
o profissional deverá satisfazer os seguintes requisitos:
I - ser classificador registrado no MAPA, com habilitação no produto vegetal,
subproduto e resíduo de valor econômico para o qual pretende ser instrutor; e
II - ter atuado, no mínimo, por 2 (duas) vezes como monitor na disciplina que
pretende ministrar.
§2º Poderá ser autorizado, em caráter excepcional, profissional que não atenda
aos requisitos previstos no caput deste artigo, mas que comprovadamente possua perfil
técnico e capacitação compatível com a disciplina a ser ministrada, cabendo a análise ao
supervisor nacional de cursos, por meio de exame curricular e a homologação ao
Coordenador-Geral da CGQV.

Art. 12. O cadastro de instrutor terá validade, no máximo, de 5 (cinco) anos, e,


no ato de sua revalidação, o MAPA poderá exigir do instrutor a participação e aprovação
em curso de atualização profissional, na área da classificação vegetal.

Art. 13. Durante a realização das provas e demais avaliações do aluno, é


obrigatória a presença do instrutor no local.

Art. 14. Ao término de cada disciplina, o instrutor deverá registrar as notas das
provas e a frequência dos participantes em formulário apropriado e entregar ao
supervisor de curso o modelo das provas aplicadas com seus respectivos gabaritos e
provas corrigidas.

Art. 15. É obrigatória a utilização de monitores nas aulas práticas, sendo sua
quantidade mínima de um monitor para cada 15 (quinze) alunos, no caso de produtos
hortícolas, e 10 (dez) alunos para os demais produtos.

Seção IV - Da Supervisão
Art. 16. Obrigatoriamente serão realizadas supervisões antes do início do curso
e no seu transcorrer, para verificar o cumprimento das exigências previstas no projeto.
§1º Deverá ser garantido acesso irrestrito às instalações, materiais,
equipamentos, bem como todos os documentos pertinentes ao curso.
§2º Durante a realização das provas e demais avaliações do aluno, é obrigatória
a presença do supervisor de curso no local.

Seção V - Das Medidas Disciplinares e Administrativas


Art. 17. Para efeito deste Regulamento, são considerados atos de indisciplina na
realização dos cursos de classificação vegetal:
I - o uso de ardil, simulação, meios ilícitos ou de qualquer artifício relacionado a:

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Fátima Chieppe Parizzi

a) falsificação ou adulteração nos documentos apresentados e nos


documentos de registro de frequência e de nota; ou
b) irregularidades na realização dos testes de avaliação que resultem na
inscrição ou na aprovação do participante;
II - agressão física ou desacato entre os participantes e profissionais envolvidos
no curso;
III - violação dos regulamentos internos dos locais relacionados com o curso;
IV - oferecer embaraço ou resistência às ações de supervisão e de controle
executadas pelo coordenador, supervisor de curso e supervisor nacional de cursos; ou
V - outros atos que prejudiquem o bom andamento do curso.

Art. 18. Sem prejuízo das responsabilidades civil e penal, ficam previstas as
seguintes medidas administrativas relacionadas à realização dos cursos abrangidos por
este Regulamento:
I - exclusão do participante do curso;
II - suspensão da realização do curso;
III - cancelamento do curso ou da disciplina; e
IV - suspensão do cadastro como instrutor.

Art. 19. O participante será excluído do curso quando for reprovado nas
disciplinas consideradas obrigatórias e eliminatórias, ou praticar atos de indisciplina
previstos neste Regulamento.
§1º A exclusão por atos de indisciplina implica reprovação geral do aluno em todo
o curso, ainda que tenha obtido notas e frequência para sua aprovação.
§2º Os atos de indisciplina ocorridos no curso deverão ser registrados em ata
pelo supervisor de curso, que decidirá pela exclusão ou não do participante do curso.

Art. 20. A suspensão da realização do curso será aplicada pelo supervisor de


curso como medida cautelar à Entidade Promotora, antes ou durante sua realização,
quando não houver cumprimento das exigências dispostas pelo supervisor de curso.
§1º Se durante a realização do curso forem constatadas inadequação das
instalações; falta ou inadequação das máquinas, equipamentos e materiais, falta de
condição de trabalho aos profissionais envolvidos no curso e outras situações que tragam
sérios prejuízos ao aprendizado do participante, o supervisor de curso deverá suspender
o curso até que as irregularidades sejam sanadas e as exigências cumpridas.
§2º Nas disciplinas de classificação vegetal, a suspensão pode ser por produto.
§3º Nas disciplinas consideradas obrigatórias e eliminatórias, a suspensão do
curso impede a realização das disciplinas de classificação vegetal.
§4º Sanadas as irregularidades, o curso poderá ser retomado a critério do
supervisor de curso.

Art. 21. O cancelamento do curso ou disciplina será proposto pelo supervisor de


curso, analisado pelo supervisor nacional de cursos e aplicado pelo Coordenador-Geral
de Qualidade Vegetal, e dar-se-á:
I - quando a entidade promotora não atender às exigências determinadas na
suspensão; ou
II - a qualquer tempo, quando forem constatadas irregularidades.

168 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Parágrafo único. A decisão do Coordenador-Geral de Qualidade Vegetal será


considerada definitiva.

Art. 22. A suspensão do cadastro como instrutor será proposta pelo supervisor
de curso, analisada pelo supervisor nacional de cursos e aplicada pelo Coordenador-Geral
de Qualidade Vegetal, após a conclusão do curso, e dar-se-á:
I - pelo período de 1 (um) a 3 (três) anos; e
II - quando verificada a responsabilidade sobre as irregularidades mencionadas
no art. 17.
Parágrafo único. A decisão do Coordenador Geral de Qualidade Vegetal será
considerada definitiva.

Seção VI - Da Conclusão
Subseção I - Da Avaliação
Art. 23. Os participantes avaliarão a Entidade Promotora, os instrutores, os
monitores, o conteúdo, instalações, equipamentos, materiais didáticos e demais aspectos
relevantes por meio de questionário.

Subseção II - Do Relatório Final


Art. 24. O coordenador do curso entregará o relatório final no prazo máximo de
15 (quinze) dias após o término do curso.
Parágrafo único. O relatório final, contemplando planejamento, execução,
controle e avaliação das atividades propostas, aprovação, reprovação ou exclusão de
aluno inscrito, sugestões para a melhoria dos próximos cursos e outros comentários que
julgar pertinentes, será entregue ao supervisor de curso para análise e elaboração de
parecer conclusivo.

Subseção III - Do Parecer Conclusivo


Art. 25. O supervisor de curso emitirá um parecer conclusivo com base nos
documentos de supervisão, na ata e no relatório final.
Parágrafo único. O parecer conclusivo e o relatório final deverão ser
encaminhados ao supervisor nacional de cursos, para análise e expedição de documentos
comprobatórios, tais como Certificado de Conclusão e Carteira de Classificador.

CAPÍTULO IV – DO REGISTRO E DA HABILITAÇÃO

Art. 26. O participante aprovado será registrado no CGC/MAPA e receberá o


Certificado de Conclusão e a Carteira de Classificador.
§1º O participante previsto no § 3º do art. 3º desta Instrução Normativa
aprovado no curso só será registrado no CGC/MAPA após apresentar os documentos
comprobatórios de conclusão do curso de graduação ou formação e o registro no
respectivo conselho de classe. (nova redação dada pela IN MAPA 63/2009)
(Revogado pela IN MAPA 7/2020)
§2º O participante que ainda não for classificador, aprovado somente na
disciplina de conhecimento básico, receberá declaração de conclusão da disciplina
correspondente, podendo cursar somente as disciplinas de conhecimento específico em
outro curso de capacitação.

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Fátima Chieppe Parizzi

§3º O participante que ainda não for classificador deverá cursar novamente a
disciplina de conhecimento básico caso ocorra alteração na legislação da classificação
vegetal em relação à última aprovação nesta disciplina.
§4º O participante deverá cursar novamente a disciplina de conhecimento básico
caso ocorra alteração na legislação da classificação vegetal em relação à última aprovação
desta disciplina.

Art. 27. A Carteira de Classificador conterá, dentre outras informações, o número


do registro; o nome produto vegetal, subproduto e resíduo de valor econômico para o
qual está habilitado a classificar; e a validade de 5 (cinco) anos.
§1º A emissão da Carteira de Classificador dar-se-á:
I - quando da habilitação inicial;
II - quando da renovação a cada 5 (cinco) anos, por solicitação do interessado
ao Órgão Técnico da SFA na unidade da federação onde atua; ou
III - quando da inclusão de habilitação em novo produto vegetal, subproduto e
resíduo de valor econômico.
§2º A CGQV poderá condicionar a habilitação anteriormente concedida à
aprovação em curso de atualização ou comprovação de atuação na área.
§3º Se o participante do curso de qualificação não obtiver aprovação, sua
habilitação para o produto vegetal, subproduto e resíduo de valor econômico será
suspensa até que venha a ser aprovado em outro curso.
§4º Decorrida a data de validade da Carteira de Classificador, este poderá ter
seu registro suspenso no CGC/MAPA.
§5º Decorridos 5 (cinco) anos do vencimento da Carteira de Classificador, este
poderá ter seu registro extinto no CGC/MAPA.

Art. 28. Quando irregularidades forem constatadas nos cursos, o participante não
será registrado, bem como não serão emitidos o certificado de conclusão e a carteira de
classificador até que as mesmas sejam apuradas e sanadas pelo MAPA.

Art. 29. O cancelamento do curso ou da disciplina impede o registro como


classificador ou a habilitação no produto vegetal, subproduto e resíduo de valor
econômico.

CAPÍTULO V – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 30. As dúvidas surgidas na aplicação deste Regulamento serão resolvidas


pela Secretaria de Defesa Agropecuária.

Art. 31. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 32. Fica revogada a Portaria MA nº 230, de 12 de julho de 1971.

REINHOLD STEPHANES

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Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

PORTARIA nº 521, de 1º de dezembro de 2022


Estabelece o Regulamento Técnico que define os requisitos,
critérios e procedimentos para a realização de cursos para a
formação de classificadores de produtos vegetais e de
inspetores do sistema de certificação e revoga atos
normativos vigentes sobre a matéria.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no


uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição,
tendo em vista o disposto na Lei nº 9.972, de 25 de maio de 2000, no Decreto nº 6.268,
de 22 de novembro de 2007, no Decreto nº 5.741, de 30 de março de 2006, na Portaria
nº 381, de 28 de maio de 2009, o que consta do Processo nº 21000.033695/2021-19,
resolve:

Art. 1º Estabelecer o Regulamento Técnico que define os requisitos, critérios e


procedimentos para a realização de cursos para a formação de classificadores de produtos
vegetais e de inspetores do sistema de certificação.

CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 2º Para os fins deste Regulamento, considera-se:


I - classificador: pessoa física registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, habilitada para classificar produtos vegetais;
II - comprovante de registro no Cadastro Geral de Classificação (CGC/MAPA):
documento emitido diretamente no sistema eletrônico do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento que identifica o profissional e sua habilitação;
III - coordenador de curso: profissional designado pela entidade promotora, que
tem como atribuição coordenar e garantir as condições necessárias para execução do
curso;
IV - curso de formação: evento visando a capacitação, a habilitação e a
atualização de classificadores de produtos vegetais e inspetores do sistema de
certificação;
V - entidade promotora: entidade responsável pela realização do curso em
conformidade com o projeto homologado e demais atos normativos;
VI - inspetor: profissional registrado no CGC/MAPA, encarregado pelo serviço de
controle autorizado, o qual deve dispor das informações apropriadas e treinamento
regular, que lhe permita realizar a avaliação da conformidade do produto vegetal;
VII - instrutor: profissional habilitado e registrado no CGC/MAPA para ministrar o
curso;
VIII - monitor: profissional habilitado que auxilia o instrutor durante a realização
do curso;
IX - produto vegetal: vegetal íntegro ou qualquer de suas partes, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico, que se apresenta em seu estado natural; ou
o vegetal processado e os produtos de interesse agropecuário e passíveis de exploração
econômica que possuam regulamentos específicos estabelecidos pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento;

171 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

X - projeto de curso: documento elaborado pela entidade promotora,


contemplando todas as exigências e informações para a realização do curso; e
XI - supervisor de curso: servidor designado pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, para analisar o projeto ou verificar o seu cumprimento e
demais exigências legais durante a realização do curso.

CAPÍTULO II - DOS REQUISITOS GERAIS

Art. 3º Os cursos serão homologados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e


Abastecimento, através de projeto elaborado e apresentado por entidade promotora.

Art. 4º Os cursos serão organizados e conduzidos por um coordenador de curso


da entidade promotora e supervisionados pelo supervisor de curso.

Seção I - Da Entidade Promotora


Art. 5º A entidade que se propuser a ministrar o curso deverá atender aos
seguintes requisitos:
I - possuir Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), Cadastro das Atividades
Econômicas das Pessoas Físicas (CAEPF) ou Cadastro de Produtor Rural;
II - utilizar estrutura física apropriada à realização do curso, separada de
ambiente residencial; e
III - dispor de representante legal.
Parágrafo único. Excepcionalmente, admite-se a promoção de curso por pessoa
física, desde que autorizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Seção II - Do Projeto do Curso


Art. 6º A entidade promotora deverá apresentar o projeto do curso ao Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio eletrônico, com antecedência mínima
de 30 (trinta) dias.
§1º O projeto de curso deverá contemplar, no mínimo, as seguintes informações:
I - título;
II - identificação da entidade promotora;
III - período de realização;
IV - local de realização;
V - carga horária;
VI - planilha de horário das aulas;
VII - base legal;
VIII - objetivos;
IX - número de participantes;
X - requisitos para inscrição e seleção dos participantes;
XI - conteúdo das disciplinas;
XII - metodologia de ensino, especificando a forma de aplicação no caso de
disciplina ministrada no sistema de ensino a distância (EAD);
XIII - requisitos de avaliação e frequência;
XIV - profissionais envolvidos e responsabilidades;
XV - materiais e equipamentos;
XVI - infraestrutura física;

172 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

XVII - planilha com data, horário, carga horária, conteúdo programático, instrutor
e monitor; e XVIII - identificação do coordenador e representante legal.
§2º O projeto aprovado pelo supervisor de curso deverá ser homologado pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e publicado em seu portal eletrônico.

CAPÍTULO III - DO CURSO

Art. 7º O curso de formação tem por objetivo:


I - habilitar pessoa física para atuar como classificador de produto vegetal;
II - habilitar o classificador para atuar em novo produto;
III - habilitar pessoa física para atuar como inspetor;
IV - atualizar e aprimorar os conhecimentos do classificador e do inspetor; ou
V - habilitar pessoa física para atender a um normativo específico.

Art. 8º Para fins de formação poderão ser realizados treinamentos específicos ou


estágios em salas ou postos de classificação, laboratórios, indústrias, centrais de
abastecimento, unidades armazenadoras e instituições de pesquisa ou ensino.
Parágrafo único. A carga horária, o conteúdo programático, os critérios de
avaliação do participante, entre outros, serão estabelecidos pela entidade que ofereça o
treinamento ou o estágio, devendo ser formalizado em um projeto, a ser homologado
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Seção I - Do Conteúdo Programático e da Carga Horária


Art. 9º São disciplinas obrigatórias e eliminatórias do curso de formação de
classificadores e inspetores, a disciplina de conhecimentos gerais da classificação e a
disciplina de conhecimento específico.
§1º Considera-se conteúdo programático da disciplina conhecimentos gerais:
I - princípios e fundamentos da classificação e da padronização de produtos
vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico; e
II - legislação de interesse, conforme o caso.
§2º Considera-se conteúdo programático da disciplina conhecimento específico,
conforme o caso:
I - o normativo específico que se pretende habilitar, podendo ser o padrão oficial
de classificação do produto, os requisitos mínimos, as regras e procedimentos da
Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) ou de outras
organizações, as normas de controle higiênico sanitário e demais regulamentos
relacionados;
II - procedimentos operacionais sobre coleta de amostras, obtenção das
amostras de trabalho do produto objeto do curso;
III - manuseio e regulagem de equipamentos de uso na classificação ou na
verificação da conformidade do produto objeto do curso;
IV- prática de classificação ou de verificação da conformidade, conforme o caso;
V - preenchimento e utilização dos documentos pertinentes; ou
VI - outros assuntos de interesse para o curso.

Art. 10. No curso para habilitação em um novo produto ou para atualização e


aprimoramento do classificador ou do inspetor, o conteúdo programático deve objetivar,
conforme o caso:

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Fátima Chieppe Parizzi

I - a revisão e atualização da disciplina de conhecimentos gerais;


II - a revisão e atualização da disciplina de conhecimento específico; ou
III - a disciplina de conhecimento específico relativa ao novo produto vegetal.
Parágrafo único. O conteúdo programático para os cursos destinados a atualizar
e aprimorar os conhecimentos poderão ser adaptados às necessidades dos participantes
e da entidade promotora.

Art. 11. A disciplina de conhecimentos gerais e a parte teórica da disciplina de


conhecimento específico poderão ser ministradas no sistema EAD.

Art. 12. Quando houver material didático ou disciplina no sistema EAD,


disponibilizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a entidade
promotora deverá utilizá-lo na realização do curso.

Art. 13. O curso de formação deverá ter a seguinte carga horária:


I - para a disciplina de conhecimentos gerais, no mínimo 28 (vinte e oito) horas,
sendo 24 (vinte e quatro) horas de aula teórica e 4 (quatro) horas de prova; e
II - para a disciplina de conhecimento específico, a área técnica responsável da
Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
estabelecerá e tornará pública uma lista contendo a carga horária mínima por produto ou
por normativo.

Art. 14. A carga horária poderá ser flexibilizada em função do perfil profissional
ou do tipo de atividade a ser desempenhada pelos participantes, bem como no caso de
disciplina ministrada em sistema EAD, desde que justificado tecnicamente pela entidade
promotora e aprovado pelo supervisor do curso.

Seção II - Dos Participantes


Art. 15. Os requisitos para a inscrição ou seleção dos participantes, inclusive com
relação à sua formação profissional, são de responsabilidade da entidade promotora do
curso e não poderão ser alterados após homologação do projeto.
§1º As orientações relativas à formação ou competência do profissional para
participação nos cursos, devem ser obtidas diretamente junto aos respectivos conselhos
de classe, quando necessário.
§2º Quanto ao participante do curso de formação de inspetor deverão ser
observadas as normas da OCDE, de outras organizações ou dos programas de certificação
requeridos ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
§3º Para fins de nivelamento ou verificação de aptidão específica, poderá ser
incluído como requisito para a seleção do candidato a aplicação de testes preliminares
teóricos ou práticos ou a inclusão de atividades de ensino complementares.
§4º Caberá à entidade promotora verificar a documentação comprobatória da
formação profissional dos participantes, em conformidade com os requisitos
estabelecidos no projeto do curso.
§5º Antes do início do curso a entidade promotora dará publicidade da relação
dos participantes e respectivas formações profissionais.

Art. 16. O candidato ao curso deverá apresentar, no mínimo, os seguintes


documentos:

174 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

I - carteira de identidade;
II - cadastro de pessoa física (CPF); e
III - outros documentos previstos em atos normativos complementares,
conforme o caso.
Parágrafo único. O participante que for classificador ou inspetor deverá
comprovar seu registro no CGC/MAPA para o ingresso no curso.

Art. 17. O participante que não for classificador ou inspetor, mas que tenha sido
aprovado na disciplina de conhecimentos gerais, poderá completar sua formação
cursando a disciplina de conhecimentos específicos.
Parágrafo único. Caso ocorra alteração na legislação da classificação vegetal ou
nas regras de interesse, o participante de que trata o caput desse artigo deverá cursar
novamente a disciplina de conhecimentos gerais.

Art. 18. O número máximo de participantes de cada curso deverá ser definido
com base no perfil dos profissionais envolvidos, formação dos participantes, metodologia
de ensino, materiais, equipamentos e infraestrutura física disponível.

Seção III - Do Instrutor e do Monitor


Art. 19. O instrutor do curso de formação será registrado no CGC/MAPA.
§1º Caberá ao instrutor providenciar o seu registro no CGC/MAPA.
§2º O instrutor da disciplina de conhecimentos gerais deverá ser habilitado nesta
disciplina.
§3º Para ser registrado como instrutor da disciplina de conhecimento específico,
o profissional deverá satisfazer os seguintes requisitos:
I - ser classificador com habilitação no produto vegetal ou inspetor com
conhecimentos nos procedimentos de certificação, no controle sanitário e de qualidade,
nos requisitos mínimos, nas regras e procedimentos da OCDE ou de outras organizações,
ou ainda em outros regulamentos relacionados, conforme o caso; e
II - ter atuado, no mínimo, por 3 (três) vezes como monitor na disciplina que
pretende ministrar.
§4º Poderá ser autorizado, em caráter excepcional, o registro como instrutor, de
profissional que não atenda aos requisitos previstos neste artigo, mas que
comprovadamente possua perfil técnico, notório saber e capacitação compatível com a
disciplina a ser ministrada.

Art. 20. O registro de instrutor terá validade de 5 (cinco) anos e no ato de sua
revalidação, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderá exigir a
participação e aprovação em curso de atualização profissional na área correspondente.

Art. 21. Por decisão do supervisor do curso, o instrutor indicado pela entidade
promotora poderá ser submetido a análise curricular ou verificação de seu desempenho
em cursos anteriores.

Art. 22. O monitor será um classificador ou inspetor habilitado no produto vegetal


ou na área de conhecimento objeto do curso, cuja participação é obrigatória nas aulas
práticas com 10 (dez) participantes ou mais, obedecendo a proporção mínima de um
monitor para cada 10 (dez) participantes.

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Fátima Chieppe Parizzi

Art. 23. A área técnica responsável na Secretaria de Defesa Agropecuária do


Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento tornará pública uma lista dos
instrutores registrados e respectivas disciplinas habilitadas.

Seção IV - Da Supervisão e Coordenação do Curso


Art. 24. A supervisão do curso poderá ser realizada a qualquer tempo, para
verificação in loco ou de forma remota das informações contidas no projeto e o
atendimento aos dispositivos legais pertinentes.
Parágrafo único. Deverá ser garantido ao supervisor do curso acesso irrestrito às
instalações, materiais, equipamentos, plataformas, sistemas, bem como a vídeos,
imagens, demais documentos e ferramentas de ensino utilizadas.

Art. 25. O coordenador é o responsável pelo planejamento e realização do curso,


bem como por atender todas as formalidades necessárias, além de ser o interlocutor
direto entre a entidade promotora e o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.
Parágrafo único. O coordenador não poderá acumular a função de instrutor ou
monitor em um mesmo curso.

Seção V - Da Avaliação e Frequência


Art. 26. A nota mínima para aprovação no curso será sete (7) numa escala de
zero a dez, em cada uma das provas de avaliação.
§1º A entidade promotora ou o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento poderá definir nota mínima diferente, desde que maior do que a
estabelecida no caput.
§2º Nota inferior à mínima estabelecida na disciplina de conhecimento gerais,
reprova o participante do curso, impedindo a sua participação nas disciplinas de
conhecimento específico.
§3º Nota inferior à mínima estabelecida na disciplina de conhecimento específico
não habilita o participante como classificador do produto em questão ou como inspetor.
§4º Nota inferior à mínima estabelecida na disciplina de conhecimento específico
referente a outros normativos, reprova o participante, impedindo a correspondente
habilitação.

Art. 27. A entidade promotora ou o Ministério da Agricultura, Pecuária e


Abastecimento poderá definir a frequência mínima para aprovação do participante.

Art. 28. Ao término de cada disciplina presencial, o instrutor deverá registrar as


notas das provas e a frequência dos participantes em formulário apropriado e entregar
ao coordenador do curso, incluindo o modelo das provas aplicadas com seus respectivos
gabaritos e provas corrigidas.

Seção VI - Das Medidas Disciplinares e Administrativas


Art. 29. Para efeito deste Regulamento, são considerados atos de indisciplina na
realização dos cursos:
I - o uso de ardil, simulação, meios ilícitos ou de qualquer artifício relacionado a:

176 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

a) falsificação ou adulteração nos documentos apresentados e nos documentos


de registro de frequência e de nota; ou
b) irregularidades na realização dos testes de avaliação que interfiram na
inscrição ou na aprovação do participante;
II - agressão física ou desacato entre os participantes e profissionais envolvidos
no curso;
III - violação dos regulamentos internos dos locais relacionados com o curso;
IV - oferecer embaraço ou resistência às ações de supervisão e de controle
executadas pelo coordenador e supervisor de curso;
V - praticar atos imorais, antiéticos ou ilegais; ou
VI - outras ocorrências que prejudiquem o bom andamento do curso.
Parágrafo único. Os atos de indisciplina constatados poderão ser tratados de
forma oral e posteriormente registrados em relatório, devidamente assinado pelo
coordenador ou supervisor.

Art. 30. Sem prejuízo das responsabilidades civil e penal, ficam previstas as
seguintes medidas administrativas relacionadas à realização dos cursos:
I - exclusão do participante;
II - suspensão da realização do curso;
III - cancelamento da realização do curso ou da disciplina;
IV - suspensão do registro como instrutor ou da atuação como monitor; e
V - cancelamento do registro como instrutor.
Parágrafo único. Compete ao supervisor do curso decidir pela implementação das
medidas previstas neste artigo, ficando o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento isento de responder por qualquer prejuízo que os participantes ou
envolvidos no curso venham sofrer.

Art. 31. O participante será excluído do curso quando for reprovado nas
disciplinas consideradas obrigatórias e eliminatórias ou praticar atos de indisciplina
previstos neste Regulamento.
Parágrafo único. A exclusão por atos de indisciplina implica reprovação geral do
participante em todo o curso, ainda que tenha obtido notas e frequência para sua
aprovação.

Art. 32. A suspensão da realização do curso poderá ser aplicada de forma isolada
pelo supervisor como medida cautelar, antes ou durante sua realização, quando houver
qualquer indício, situação ou fato que comprometa a regular realização do mesmo.

Art. 33. O cancelamento da realização do curso ou disciplina será proposto pelo


supervisor e homologado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
quando for constatado fato que inviabilize a realização do mesmo.

Art. 34. A suspensão do registro como instrutor ou da atuação como monitor,


será proposta pelo supervisor e efetivada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, quando verificado qualquer fato ou ação que a justifique.
Parágrafo único. A suspensão será de 1 (um) a 3 (três) anos, sendo o retorno do
profissional ao CGC/MAPA condicionado à participação e aprovação em curso definido
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

177 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Art. 35. O instrutor poderá ter seu registro cancelado pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com base em análise das ocorrências identificadas
em relatório de supervisões e do histórico das avaliações obtidas nos cursos.

Seção VII - Da Conclusão do Curso


Art. 36. Os participantes deverão avaliar a entidade promotora, os instrutores, os
monitores, o conteúdo programático, as instalações, a metodologia de ensino, os
equipamentos, os materiais didáticos e demais aspectos relevantes do curso.

Art. 37. O coordenador do curso é o responsável por elaborar o relatório final,


incluindo ata de abertura e encerramento, ficha de inscrição, quadro de notas e
frequência dos participantes, quando for o caso, no prazo máximo de 15 (quinze) dias
após o término do curso.

Art. 38. O supervisor do curso é o responsável por avaliar o relatório final,


elaborando o parecer conclusivo.

CAPÍTULO IV - DO REGISTRO E DA HABILITAÇÃO

Art. 39. A entidade promotora deverá disponibilizar para os participantes


aprovados, o comprovante de conclusão de curso contendo dispositivo de verificação de
autenticidade.

Art. 40. Caberá a cada participante providenciar seu registro no CGC/MAPA.

Art. 41. O registro do classificador e do inspetor terá validade de 5 (cinco) anos.


Parágrafo único. A renovação do registro do classificador e do inspetor poderá
ser condicionada à aprovação em curso de formação, em ensaios de proficiência ou
comprovação de atuação na área.

Art. 42. O classificador ou inspetor, participante do curso de formação visando


sua atualização, que não obtiver aprovação, terá sua habilitação suspensa para aquele
produto vegetal ou procedimento até que venha a ser aprovado em outro curso.

CAPÍTULO V - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 43. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderá promover


treinamentos ao coordenador do curso, supervisor do curso, instrutor, monitor e outros
profissionais envolvidos com as atividades previstas neste Regulamento.

Art. 44. As dúvidas surgidas na aplicação desta Portaria serão resolvidas pela
área técnica competente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Art. 45. Os instrutores e classificadores cadastrados no Ministério da Agricultura,


Pecuária e Abastecimento deverão providenciar o seu registro no CGC/MAPA, quando for
disponibilizado sistema eletrônico.

178 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 46. Ficam revogadas:


I - a Instrução Normativa MAPA nº 46, de 29 de outubro de 2009, publicada no
Diário Oficial da União em 30 de outubro de 2009, Seção 1, páginas 5 a 7;
II - a Instrução Normativa MAPA nº 63, de 16 de dezembro de 2009, publicada
no Diário Oficial da União em 17 de dezembro de 2009, Seção 1, página 18; e
III - a Instrução Normativa MAPA nº 7, de 22 de janeiro de 2020, publicada no
Diário Oficial da União em 28 de janeiro de 2020, Seção 1, página 8.

Art. 47. Esta Portaria entra em vigor em 2 de maio de 2023.

MARCOS MONTES
Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.

179 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

PORTARIA SDA/MAPA nº 574, de 09 de maio de 2022


Institui o Programa Nacional de Controle de Resíduos e
Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal
(PNCRC/Vegetal).

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MINISTÉRIO DA


AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe
conferem os artigos 24 e 68, do Anexo I, do Decreto nº 10.827, de 30 de setembro de
2021, tendo em vista a Lei nº 9.972, de 25 de março de 2000, o Decreto nº 6.268, de
22 de novembro de 2007, a Lei nº 8.918, de 14 de julho de 1994, o Decreto nº 6.871,
de 4 de junho de 2009, a Lei nº 7.678, de 8 de novembro de 1988, o Decreto nº 8.198,
de 20 de fevereiro de 2014, a Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989, o Decreto nº 4.074,
de 4 de janeiro de 2002, a Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991, o Decreto nº 5.741,
de 30 de março de 2006, a Resolução CONCEX nº 29, de 24 de março de 2016 e o que
consta do Processo nº 21000.041153/2021-10, resolve:

CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Fica instituído o Programa Nacional de Controle de Resíduos e


Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal (PNCRC/Vegetal), definindo o alcance,
os objetivos, os critérios e os procedimentos para a realização dos controles oficiais.

Art. 2º O Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em


Produtos de Origem Vegetal (PNCRC/Vegetal) é constituído pelo conjunto das ações
relacionadas ao controle oficial de resíduos e contaminantes em produtos de origem
vegetal destinados ao mercado nacional, importados e exportados.

Art. 3º Para os fins do PNCRC/Vegetal, considera-se:


I - resíduo: substância ou mistura de substâncias remanescente ou existente em
produtos de origem vegetal ou no meio ambiente decorrente do uso ou da presença de
agrotóxicos e afins, inclusive, quaisquer derivados específicos, tais como produtos de
conversão e de degradação, metabólitos, produtos de reação e impurezas, consideradas
toxicologicamente importantes;
II - contaminante: qualquer substância ou agente estranho, de natureza
química, física ou biológica que comprometa a segurança dos produtos de origem
vegetal; e
III - produto de origem vegetal: os produtos vegetais, seus subprodutos e
resíduos de valor econômico, o vegetal processado, os produtos comestíveis de
interesse agropecuário e passiveis de exploração econômica, as bebidas, os vinhos e os
derivados da uva e do vinho.

180 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

CAPÍTULO II – DOS OBJETIVOS DO PROGRAMA

Art. 4º O PNCRC/Vegetal tem como objetivos:


I - prevenir, eliminar ou reduzir para níveis aceitáveis os riscos relacionados à
presença de resíduos e contaminantes em produtos de origem vegetal;
II - contribuir para o uso adequado e seguro de agrotóxicos e afins, de acordo
com a legislação
III - específica;
IV - aferir a rastreabilidade e estimular a adoção das boas práticas nas cadeias
produtivas de
V - produtos de origem vegetal;
VI - possibilitar o conhecimento do potencial de exposição da população a
resíduos e contaminantes nocivos à saúde do consumidor, visando à adoção de políticas
públicas de defesa agropecuária, com ênfase na inspeção, monitoramento e fiscalização
de produtos de origem vegetal;
VII - impedir a destinação para consumo ou processamento de produtos de
origem vegetal nos quais se tenha constatado violação dos limites máximos de resíduos
e contaminantes, presença de substâncias proibidas ou não permitidas; e
VIII - subsidiar ações de controle, supervisão técnica, fiscalização, inspeção e
investigação que promovam a segurança dos produtos de origem vegetal no mercado
interno, importação e exportação.

CAPÍTULO III – DA COORDENAÇÃO DO PROGRAMA

Art. 5º O planejamento, a coordenação e a execução do PNCRC/Vegetal é


atribuição do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio da Secretaria
de Defesa Agropecuária, seus Departamentos e serviços técnicos de inspeção vegetal
nos estados e Distrito Federal.
§1º Ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal
(DIPOV) compete:
I - elaborar o planejamento periódico das atividades referentes ao
PNCRC/Vegetal;
II - estabelecer a relação dos resíduos e contaminantes a serem incluídos no
escopo do PNCRC/Vegetal, por produto de origem vegetal;
III - definir o plano de amostragem a ser executado pelos serviços de inspeção
vegetal nos estados e Distrito Federal;
IV - participar da definição dos critérios de rejeição de amostras do
PNCRC/Vegetal pelos laboratórios;
V - participar da atualização do Manual do PNCRC/Vegetal para Laboratórios;
VI - manter atualizado o Manual de Coleta de Amostras do PNCRC/Vegetal em
articulação com as unidades organizacionais envolvidas;
VII - coordenar e acompanhar a execução do PNCRC/Vegetal;
VIII - tornar pública a análise dos resultados do PNCRC/Vegetal;
IX - viabilizar e implementar sistema eletrônico do PNCRC/Vegetal; e
X - solicitar, quando necessário, apoio técnico aos demais Departamentos da
SDA, bem como a outros órgãos e entidades.

181 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

§2º À Vigilância Agropecuária Internacional do Ministério da Agricultura,


Pecuária e Abastecimento compete a coordenação da execução das coletas de amostras
de produtos de origem vegetal nos portos, aeroportos, postos de fronteira e aduanas
especiais, bem como disponibilizar informações referentes ao produto importado.
§3º À Coordenação Geral de Laboratórios Agropecuários do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento compete:
I - coordenar as atividades dos laboratórios no que concerne às ações do
PNCRC/Vegetal;
II - definir os métodos de análises para detecção dos resíduos e contaminantes
contemplados no PNCRC/Vegetal;
III - coordenar a Rede de Laboratórios visando a execução do PNCRC/Vegetal
conforme acordos a serem formalizados anualmente entre a Coordenação Geral de
Laboratórios Agropecuários e o DIPOV;
IV - estabelecer as diretrizes e requisitos de funcionamento dos laboratórios que
realizam análises para o PNCRC/Vegetal;
V - realizar estudos, testes ou prospecção para adequação de escopo analítico
em consonância com as demandas estabelecidas no PNCRC/Vegetal;
VI - desenvolver ou validar novos métodos para fins de atendimento ao
PNCRC/Vegetal;
VII - manter atualizado o Manual do PNCRC/Vegetal para Laboratórios; e
VIII - estabelecer os critérios de rejeição de amostras do PNCRC/Vegetal pelos
laboratórios.
§4º Aos serviços técnicos de inspeção vegetal do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento compete:
I - Executar a coleta de amostras de produtos de origem vegetal integrantes
do PNCRC/Vegetal;
II - interpretar o resultado das análises laboratoriais;
III - instaurar processo administrativo e dar início às ações de fiscalização ou
investigação das não-conformidades;
IV - auxiliar na elaboração do planejamento periódico das atividades
referentes ao PNCRC/Vegetal;
V - comunicar aos órgãos competentes das unidades da Federação a ocorrência
de não conformidades relacionadas ao uso de agrotóxicos e afins para adoção das
providências cabíveis; e
VI - manter atualizadas as informações relativas ao PNCRC/Vegetal nas planilhas
ou sistema eletrônicos.

CAPÍTULO IV – DA PROGRAMAÇÃO

Art. 6º A programação da execução do PNCRC/Vegetal será estabelecida pelo


DIPOV, de forma periódica, utilizando modelo estatístico adequado, de forma a
contemplar a relação dos produtos de origem vegetal, de ingredientes ativos e de
contaminantes a serem analisados, bem como o quantitativo e a distribuição das
amostras no território nacional.

Art. 7º A seleção, inclusão ou exclusão de produtos de origem vegetal, de


resíduos e de contaminantes no PNCRC/Vegetal terá como base um ou mais dos
seguintes critérios:

182 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

I - risco associado;
II - relevância na dieta brasileira total;
III - demandas de órgãos e entidades da
IV - histórico de incidência de resíduos e contaminantes;
V - importância social e econômica;
VI - dados gerados por programas oficiais;
VII - disponibilidade de métodos analíticos; e
VIII - participação no comércio internacional.
§1º Caberá ao DIPOV decidir sobre outros critérios a serem considerados para
a seleção, inclusão ou exclusão de produtos de origem vegetal no PNCRC/Vegetal.
§2º A relação dos resíduos e contaminantes a serem incluídos no escopo do
PNCRC/Vegetal, por produto de origem vegetal, será estabelecida com base na
legislação específica, nos métodos analíticos disponíveis e em novas demandas.

Art. 8º Os métodos de análise devem atender os critérios de desempenho e


adequação ao propósito segundo requisitos estabelecidos pela Coordenação Geral de
Laboratórios Agropecuários.

CAPÍTULO V – DA EXECUÇÃO DO PLANO

Art. 9º O PNCRC/Vegetal será executado por meio de:


I - ação fiscalizatória: definida em função de rito processual estabelecido em
legislação específica;
II - ação exploratória: executada em situações especiais sendo que os resultados
obtidos não serão necessariamente utilizados para subsidiar ações de fiscalização;
III - ação de investigação: decorrente da constatação de não-conformidade ou
notificação de não-conformidade internacional; e
IV - ação de avaliação: corresponde à análise, tratamento e divulgação dos
resultados.

Art. 10. A coleta das amostras no âmbito do PNCRC/Vegetal deverá ser realizada
por servidor do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento devidamente
qualificado.
§1º Para o caso dos produtos de origem vegetal importados, a atividade a que
se refere o caput desse artigo será executada sob responsabilidade das unidades de
vigilância agropecuária internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.
§2º As amostras coletadas e preparadas deverão observar os procedimentos
preconizados no Manual de Amostragem do PNCRC/Vegetal e serem encaminhadas aos
laboratórios indicados pelo DIPOV.
§3º A coleta de amostras do PNCRC/Vegetal poderá ser objeto de convênios,
ajustes ou acordos celebrados com órgãos e entidades dos estados, municípios e Distrito
Federal.
Art. 11. A ação fiscalizatória no âmbito do PNCRC/Vegetal será iniciada com a
coleta de amostras e será conduzida em consonância com a legislação abrangida por
esta Portaria.

183 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Parágrafo único. A perícia fica dispensada para análise de resíduos e


contaminantes por se tratar de ensaios para detecção de analitos que não se mantém
estáveis ao longo do tempo, análises microbiológicas ou análises de micotoxinas.

Art. 12. Confirmada a presença de resíduo ou contaminante em limite superior


ao máximo permitido ou de substância não autorizada ou proibida para o produto,
previstos em legislação específica, o lote correspondente será considerado
desclassificado ou desconforme e terá sua comercialização suspensa.
§1º O responsável pelo produto de origem vegetal de que trata o caput desse
artigo será intimado a realizar o recolhimento do lote, cujo quantitativo também será
objeto de suspensão da comercialização.
§2º No caso de não-conformidade de produto de origem vegetal importado,
caberá ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento notificar a autoridade
competente do país de origem.

Art. 13. A ação exploratória no âmbito do PNCRC/Vegetal será realizada em


situações especiais, por produto e por determinado espaço de tempo, de forma a
possibilitar o estudo da ocorrência de resíduo ou contaminante em resposta a
preocupações emergentes e no aperfeiçoamento de métodos analíticos, a fim de
subsidiar os órgãos reguladores competentes.
Parágrafo único. A ação a que se refere o caput desse artigo poderá resultar em
ação fiscalizatória, observadas as situações previstas em legislação específica.

Art. 14. A ação de investigação no âmbito do PNCRC/Vegetal decorre da


constatação de uma não conformidade ou notificação internacional e consiste no
levantamento das informações que possam levar à identificação da origem e causa da
não conformidade, podendo ocorrer de forma concomitante ou independente da ação
fiscalizatória.

CAPÍTULO VI – DA AVALIAÇÃO E COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS

Art. 15. A avaliação e comunicação dos resultados do PNCRC/Vegetal ocorrerá


por meio da ação de avaliação, que objetiva a análise dos resultados, utilizando
tratamento estatístico adequado e visa:
I - subsidiar o ajuste das diretrizes do PNCRC/Vegetal, o planejamento e a
implementação de resposta aos riscos verificados; e
II - divulgar periodicamente no portal eletrônico do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento.

Art. 16. Para fins de interpretação dos resultados das análises laboratoriais de
resíduos e contaminantes serão considerados os limites estabelecidos em legislação
específica.
§1º Quando se tratar de resíduo de substância banida, proibida ou de uso não
autorizado, o limite de referência para a tomada da ação fiscal será o respectivo limite
de quantificação do método.
§2º Para produtos importados serão considerados os limites máximos
estabelecidos pelo órgão competente para o Território Nacional, as diretrizes

184 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

recomendadas pelo Codex Alimentariuse as disposições previstas em Acordos e


Convenções celebrados com outros países ou blocos econômicos.

CAPÍTULO VII – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 17. As dúvidas surgidas na aplicação desta Portaria serão resolvidas pela
área técnica competente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Art. 18. Fica revogada a Instrução Normativa SDA nº 42, de 31 de dezembro de


2008, publicada no DOU de 05 de janeiro de 2009, Seção 1, páginas 2 e 3.

Art. 19. Esta Portaria entra em vigor em 1ª de junho de 2022.

JOSE GUILHERME TOLLSTADIUS LEAL


Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.

185 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

PORTARIA nº 396, de 17 de setembro de 2021


Estabelece procedimentos de controle oficial e
monitoramento de resíduos contaminantes para a exportação
de produtos de origem vegetal.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, DO MINISTÉRIO DA


AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe
conferem o art. 21 e 63 do Anexo I, do Decreto nº 10.253, de 20 de fevereiro de 2020,
tendo em vista o disposto na Lei 8.171, de 17 de janeiro de 1991, na Lei nº 9.972, de 25
de maio de 2000, no Decreto nº 6.268, de 22 de novembro de 2007, no Decreto nº
5.741, de 30 de março de 2006, na Resolução CAMEX nº 29, de 24 de março de 2016 e
o que consta do Processo nº 21000.057230/2021-53, resolve:

Art. 1º Ficam aprovados os procedimentos de controle oficial e monitoramento


de resíduos e contaminantes para a exportação de produtos de origem vegetal na forma
desta Portaria e de seu anexo.

Art. 2º As operações de exportação dos produtos indicados no anexo da presente


Portaria serão submetidas à anuência do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento em sistema oficial de controle de comércio exterior conforme critérios
estabelecidos pelo departamento técnico competente.

Art. 3º A habilitação de operadores à exportação dos produtos indicados no


anexo da presente Portaria para países signatários de protocolo bilateral ou que possuam
requisito higiênico-sanitário oficial será realizada por meio dos seguintes procedimentos
de controle oficial:
I - registro do estabelecimento exportador no Cadastro Geral da Classificação
(CGC/MAPA); e
II - auditoria fiscal, quando couber.

Art. 4º A relação de exportadores habilitados será de domínio público e poderá


ser consultada no site oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Art. 5º O estabelecimento exportador deverá adotar um sistema de Boas Práticas


de Fabricação (BPF).
Parágrafo único. A habilitação específica para alguns países ou blocos econômicos
poderá requerer gestão da segurança baseada na Análise de Perigos e Pontos Críticos de
Controle (APPCC).

Art. 6º O estabelecimento que no período de 12 (doze) meses receber um


número de notificações internacionais igual ou superior ao previsto na Tabela constante
no Anexo desta Portaria, ficará sob regime especial e sujeito à comprovação de
conformidade sanitária de seu produto para autorização de exportação da mercadoria.

186 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

§1º A comprovação de conformidade no regime especial será atestada por laudos


de análises cujos resultados estejam em conformidade com os limites dos parâmetros
estabelecidos pelo país ou bloco econômico de destino pelo período de 6 (seis) meses
em todas as operações de exportação em relação ao(s) produto(s) relacionado(s) à(s)
notificação(ões) proferida(s).
§2º O estabelecimento sob regime especial, que tiver 1 (uma) ou mais
notificações internacionais já na vigência desse regime, terá seu registro no CGC/MAPA
suspenso cautelarmente.

Art. 7° Em caso de suspensão cautelar do registro CGC/MAPA, conforme disposto


no artigo art. 6º, o estabelecimento exportador deverá ser auditado e será emitido o
Relatório de Auditoria Fiscal no qual constará o parecer para o restabelecimento da
habilitação no CGC/MAPA ou pela manutenção da suspensão.

Art. 8º A comprovação de conformidade descrita no art. 6º poderá ser substituída


pela execução sistemática de procedimento de autocontrole previamente aprovado pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Art. 9º A auditoria fiscal, que consiste no procedimento de verificação sistemática


da conformidade de processos em estabelecimentos pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, pode ocorrer nas seguintes situações:
− mediante programação de rotina ou determinação do Departamento de Inspeção de
Produtos de Origem Vegetal;
− em decorrência de investigação de notificações internacionais de ordem sanitária,
verificação de inconformidades observadas em ações de controle e monitoramento do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e apuração de denúncias; ou
− em virtude de ações associadas à habilitação do exportador ou reestabelecimento de
habilitação suspensa.

Art. 10. O manual e a lista de verificação de auditoria fiscal serão definidos pelo
Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal.

Art. 11. As auditorias fiscais de que trata esta Portaria serão realizadas pelo
serviço técnico de inspeção vegetal designado pelo Departamento de Inspeção de
Produtos de Origem Vegetal.

Art. 12. Após auditoria, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento


poderá impor ações corretivas condicionais para o reestabelecimento da habilitação do
exportador.

Art. 13. As investigações de notificações internacionais por violações em resíduos


e contaminantes serão coordenadas pelo Departamento de Inspeção de Produtos de
Origem Vegetal.

Art. 14. O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal poderá


determinar procedimento especial de auditoria e investigação em futuras operações de
exportação do estabelecimento exportador.

187 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Art. 15. Procedimentos operacionais complementares à aplicação desta Portaria


serão orientados pela área técnica competente do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.

Art. 16. Esta Portaria entra em vigor em 1º de novembro de 2021.

JOSE GUILHERME TOLLSTADIUS LEAL

188 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

ANEXO I – Número máximo de notificações internacionais por produto

Os controles oficiais previstos nesta Portaria aplicam-se aos produtos designados


e codificados conforme Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) como segue:
Destino: União Europeia
I - 0904.11.00 (Pimenta do Gênero Piper, não triturada nem em pó);
II - 0801.21.00 e 0801.22.00 (Castanha do Brasil com e sem casca);
III - 0806.10.00 (Uva fresca);
IV - 0804.50 .20 (Manga);
V - 0807.19.00 (Melão);
VI - 0807.20.00 (Mamão); e
VII - 0808.10.00 (Maçã).

Número máximo de notificações internacionais por produto

Natureza do problema relatado na notificação


internacional
Produto
Presença de Presença de Outras não
contaminantes resíduos conformidades
Pimenta do gênero Piper, não triturada nem em pó 6 2 2
Castanha do Brasil com e sem casca 2 2 2
Uva 2 2 2
Manga 2 2 2
Melão 2 2 2
Mamão 2 2 2
Maçã 2 2 2

Publicado no Diário Oficial da União em 21/09/2021

189 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA nº 31, de 15 de agosto de 2013


Estabelece os procedimentos para os produtores não
conformes pela presença de resíduos e contaminantes.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E BASTECIMENTO, no


uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição,
tendo em vista o disposto na Lei n° 9.972, de 25 de maio de 2000, no Decreto n° 6.268,
de 22 de novembro de 2007, no Decreto n° 5.741, de 30 de março de 2006, e o que
consta do Processo n° 21000.002660/2013-28 resolve:

Art. 1° Estabelecer os procedimentos a serem adotados no âmbito do Ministério


da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), na constatação de resíduos de
agrotóxicos e contaminantes químicos, físicos e biológicos, conforme estabelecido em
legislação específica da ANVISA, em produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de
valor econômico, padronizados.

Art. 2° Poderão ser efetuadas análises das substâncias previstas no art. 1º desta
Instrução Normativa e das substâncias não autorizadas ou proibidas, para a determinação
da qualidade, quando da execução da classificação dos produtos importados, fiscalização,
supervisão técnica ou controle da classificação dos produtos vegetais, seus subprodutos
e resíduos de valor econômico, padronizados.
§1° Sendo constatada a presença das substâncias previstas no art. 1º desta
Instrução Normativa em limites superiores ao máximo permitido ou a presença de
substâncias não autorizadas ou proibidas para o produto, o lote correspondente será
considerado desclassificado e terá sua comercialização suspensa.
§2° A desclassificação prevista no §1° deste artigo será comunicada oficialmente
pelo MAPA ao responsável pelo produto nos termos do Decreto n° 6.268, de 22 de
novembro de 2007, com prazo para defesa.

Art. 3° Confirmada a desclassificação, o MAPA intimará o responsável pelo


produto a apresentar alternativa visando à sua adequação aos níveis dos fatores
higiênico-sanitários legalmente permitidos ou a propor a sua destinação final.
§1° Caso as exigências não sejam cumpridas dentro do prazo estabelecido ou
não havendo acolhimento de nenhuma das propostas apresentadas na forma do caput,
o MAPA, por intermédio da Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento na respectiva Unidade da Federação, adotará as providências cabíveis
para a destinação do produto desclassificado.
§2° O responsável pelo produto será, quando for o caso, nomeado depositário e
arcará com os custos pertinentes aos procedimentos necessários à sua destinação final.

Art. 4° Se o produto desclassificado não permanecer disponível à fiscalização do


MAPA, sem prejuízo do que dispõe o art. 92 do Decreto n° 6.268, de 2007, o seu
responsável será intimado a proceder ao retorno do produto ou, na impossibilidade,
comprovar a sua destinação final.

190 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 5º Esta Instrução Normativa entra em vigor 30 (trinta) dias após a data de
sua publicação.

ANTÔNIO ANDRADE
Publicado no Diário Oficial da União em 16/08/2013
Seção 1

191 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJUNTA nº 1, de 28 de junho de 2017


Incorpora ao ordenamento jurídico nacional a Resolução GMC
MERCOSUL nº 15/16, de 15 de julho de 2016.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MINISTÉRIO DA


AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO E O DIRETOR-PRESIDENTE DA
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA, no uso das suas
atribuições legais, tendo em vista o disposto na Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989, e
no Decreto nº 4.074, de 4 de janeiro de 2002, e o que consta do Processo nº
25351.717229/2014-29, resolvem:

Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico que dispõe sobre critérios para o


reconhecimento de limites máximos de resíduos de agrotóxicos em produtos vegetais in
natura (Revogação da Resolução GMC nº 14/95).

Art. 2º Este Regulamento incorpora ao ordenamento jurídico nacional a


Resolução GMC MERCOSUL n. 15/16, de 15 de junho de 2016.

Art. 3º O descumprimento das disposições cumpridas nesta Instrução Normativa


Conjunta e no regulamento por ela aprovado constitui infração sanitária, os termos da
Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das responsabilidades civil,
administrativa e penal cabíveis.

Art. 4º Esta Instrução Normativa Conjunta entra em vigor na data de sua


publicação.

LUÍS EDUARDO PACIFICI RANGEL


Secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

JARBAS BARBOSA DA SILVA JR.


Diretor-Presidente Substituto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Publicado no Diário Oficial da União em 29/06/2017

192 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

ANEXO – MERCOSUL/GMC/RES nº 15/16: Critérios para o reconhecimento


de limites máximos de resíduos de agrotóxicos em produtos vegetais in
natura (revogação da Resolução GMC nº 14/95)

TENDO EM VISTA: O Tratado de Assunção, o Protocolo de Ouro Preto, a Decisão nº


06/96 do Conselho do Mercado Comum e a Resolução nº 14/95 do Grupo Mercado
Comum.

CONSIDERANDO:
Que os Estados Partes concordaram em revisar a Resolução GMC Nº 14/95
“Resíduos Praguicidas em Produtos Agropecuários Alimentícios In Natura”, com a
finalidade de ampliar os acordos, estabelecendo critérios para o reconhecimento de
limites máximos de resíduos de agrotóxicos em produtos vegetais in natura entre os
Estados Partes do MERCOSUL.

Que a diversidade de agrotóxicos autorizados pelos diferentes países para os


produtos vegetais in natura comercializados entre os Estados Partes, faz necessário
estabelecer critérios adequados para o seu tratamento.

Que estabelecer critérios para o reconhecimento de limites máximos de resíduos


de agrotóxicos em produtos vegetais in natura, entre os Estados Partes do MERCOSUL,
permitirá facilitar os processos de importação e exportação destes produtos no comércio
intrabloco.

O GRUPO MERCADO COMUM resolve:

Art. 1º Aprovar os “Critérios para o Reconhecimento de Limites Máximos de


Resíduos de Agrotóxicos em Produtos Vegetais In Natura”, que constam como Anexo e
fazem parte da presente Resolução.

Art. 2º Os organismos nacionais competentes para a implementação da presente


Resolução são:
ARGENTINA
Ministerio de Agroindustria - MINAGRO
Secretaría de Agricultura, Ganadería y Pesca (SAGyP)
Servicio Nacional de Sanidad y Calidad Agroalimentaria (SENASA)
BRASIL
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
Ministério da Saúde (MS)
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
PARAGUAI
Ministerio de Agricultura y Ganadería (MAG)
Servicio Nacional de Calidad y Sanidad Vegetal y de Semillas (SENAVE)
Ministerio de Salud Pública y Bienestar Social (MSPyBS)

193 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

URUGUAI
Ministerio de Ganadería, Agricultura y Pesca (MGAP)
Dirección General de Servicios Agrícolas (DGSA)
Ministerio de Salud Pública (MSP)
VENEZUELA
Ministerio del Poder Popular para Agricultura y Tierra (MPPAT)
Instituto Nacional de Salud Agrícola Integral (INSAI)

Art 3° Os acordos a serem alcançados com base na harmonização dos limites


máximos de resíduos de praguicidas em alimentos e seus regulamentos, serão realizados
no âmbito do SGT N° 3 “Regulamentos Técnicos e Avaliação da Conformidade”.

Art. 4º Revogar a Resolução GMC Nº 14/95.

Art. 5º Esta Resolução deve ser incorporada ao ordenamento jurídico dos Estados
Partes antes de 15/XII/2016.

CII GMC – Montevidéu


15 de junho de 2016

194 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

ANEXO – Critérios para o reconhecimento de limites máximos de resíduos de


agrotóxicos em produtos vegetais in natura

Os seguintes critérios devem ser aplicados para o reconhecimento de limites


máximos de resíduos de agrotóxicos em produtos vegetais in natura entre os Estados
Partes do MERCOSUL:

1. Para efeitos de reconhecimento dos limites máximos de resíduos (LMRs) de


agrotóxicos entre os Estados Partes do MERCOSUL, é obrigatório que o ingrediente ativo
esteja registrado no país exportador.

2. Devem ser cumpridos os LMRs adotados pelo país importador dos Estados Partes
do MERCOSUL.

3. Quando não há LMR estabelecido para o produto vegetal no país importador,


deve ser adotado como referência o LMR do Codex Alimentarius para o produto em
questão.
3.1 O disposto no item 3 não se aplica aos ingredientes ativos cujos registros foram
cancelados ou negados no país importador por razões de saúde pública.
3.2 O disposto no item 3 não se aplica aos ingredientes ativos registrados no país
importador, mas não autorizados para o produto vegetal que está sendo importado, se a
avaliação do risco prévia realizada pelo país importador demonstrar que a Ingestão Diária
Aceitável (IDA) foi ultrapassada.

4. Se o país importador estabeleceu um LMR mais restritivo que o estabelecido pelo


Codex Alimentarius, a decisão do país importador fica sujeita às disposições da Decisão
CMC Nº 06/96.

5. Quando o país importador não tem um LMR e este não existe no Codex
Alimentarius, deve ser adotado o LMR do país exportador, se o cálculo da avaliação de
exposição do consumidor, realizada pelo país importador, não indicar risco para a saúde
da sua população.
5.1 O disposto no item 5 não se aplica aos ingredientes ativos cujos registros foram
cancelados ou negados no país importador por razões de saúde pública.
5.2 A avaliação do risco deve utilizar a IDA do país importador ou, na sua falta, a
IDA do Codex Alimentarius.
5.2.1 Os casos onde o ingrediente ativo não foi avaliado pelo país importador e nem
pelo Codex Alimentarius, e portanto não se dispõe de dados necessários para realizar a
correspondente avaliação do risco, devem ser analisados individualmente, conforme o
item 7 da presente Resolução.

6. Cada Estado Parte deve dar conhecimento oficial, aos demais Estados partes, dos
LMRs e IDAs adotados.

7. Os casos não contemplados na presente Resolução devem ser analisados caso


a caso, levando em consideração os critérios de segurança da saúde para os
consumidores do país importador.

195 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJUNTA nº 2, de 07 de fevereiro de 2018

Rastreabilidade ao longo da cadeia produtiva de produtos


vegetais frescos destinados à alimentação humana (com as
alterações dadas pela Instrução Normativa Conjunta nº 1, de
15 de abril de 2019.

O DIRETOR PRESIDENTE DA AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA


– ANVISA E O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MINISTÉRIO DA
AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das suas respectivas
atribuições legais, tendo em vista o disposto na Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999,
na Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991, na Lei nº 9.972, de 25 de maio de 2000, na
Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, na Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989, na
Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 e na Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977,
resolvem:

Art. 1º Ficam definidos os procedimentos para a aplicação da rastreabilidade ao


longo da cadeia produtiva de produtos vegetais frescos destinados à alimentação
humana, para fins de monitoramento e controle de resíduos de agrotóxicos, em todo o
território nacional, na forma desta Instrução Normativa Conjunta e dos seus Anexos I a
III.
Parágrafo único. Esta Instrução Normativa Conjunta se aplica aos entes da cadeia
de produtos vegetais frescos nacionais e importadas quando destinadas ao consumo
humano.

Art. 2º Para efeito desta Instrução Normativa Conjunta são adotadas as seguintes
definições:
I - Cadastro Geral de Classificação (CGC/MAPA): procedimento administrativo
para registro junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, das pessoas
físicas ou jurídicas processadoras, beneficiadoras, industrializadoras e embaladoras de
produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico padronizados sujeitos
à classificação, e das pessoas físicas ou jurídicas autorizadas a executar a classificação
desses produtos;
II - cadeia produtiva de produtos vegetais frescos: fluxo da origem ao consumo
de produtos vegetais frescos abrangendo as etapas de produção primária, armazenagem,
consolidação de lotes, embalagem, transporte, distribuição, fornecimento,
comercialização, exportação e importação;
III - Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR): documento emitido pelo
INCRA, que constitui prova do cadastro do imóvel rural, sendo indispensável para
desmembrar, arrendar, hipotecar, vender ou prometer em venda o imóvel rural e para
homologação de partilha amigável ou judicial;
IV - consumidor: toda pessoa física ou jurídica que adquire produtos vegetais
frescos como destinatário final;
V - ente: toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que desenvolve
atividades na cadeia produtiva de produtos vegetais frescos em território brasileiro;
VI - insumos agrícolas: todo fator de produção utilizado com o objetivo de
garantir a nutrição e a proteção dos vegetais cultivados, de forma a melhorar a
produtividade da lavoura e obter um produto final de boa qualidade;
196 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

VII - lote: conjunto de produtos vegetais frescos de uma mesma espécie botânica
e variedade ou cultivar, produzidos pelo mesmo produtor, em um espaço de tempo
determinado e sob condições similares;
VIII - lote consolidado: lote oriundo de dois ou mais lotes de origens diferentes;
IX - produto vegetal fresco: frutas, hortaliças, raízes, bulbos e tubérculos,
embalado ou não, destinado à comercialização para o consumo, após os procedimentos
de colheita e pós-colheita, cujo estado de apresentação mantém as características de
identidade e qualidade do produto vegetal fresco;
X - produtor primário: pessoa física ou jurídica que tem como atividade
econômica a produção e comercialização de produtos vegetais frescos;
XI - rastreabilidade: conjunto de procedimentos que permite detectar a origem e
acompanhar a movimentação de um produto ao longo da cadeia produtiva, mediante
elementos informativos e documentais registrados;
XII - receituário agronômico: documento contendo a prescrição e orientação
técnica para utilização de agrotóxico ou afim, emitido por profissional legalmente
habilitado;
XIII - registros: conjunto de elementos informativos e documentais, impressos
ou eletrônicos, mantidos pelos entes da cadeia produtiva de produtos vegetais frescos
que assegurem as informações obrigatórias, visando a rastreabilidade;
XIV - tratamento fitossanitário: procedimentos fitossanitários adotados nas
etapas de produção e de pós-colheita dos vegetais para o controle de pragas;
XV - unidade de consolidação: o local onde a pessoa física ou jurídica recebe
lotes de produtos vegetais frescos de diferentes origens para formar um ou mais lotes
consolidados; e
XVI - variedade ou cultivar: produtos de mesma espécie botânica que podem ser
agrupados por suas características semelhantes.

Art. 3° A rastreabilidade de que trata esta Instrução Normativa Conjunta será


fiscalizada pelos serviços de Vigilância Sanitária e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (MAPA), de acordo com as competências estabelecidas na Lei 9.782, de
26 de janeiro de 1999 e nas Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991 e n° 9.972, de 25 de
maio de 2000, respectivamente, ou outras que vierem a substituí-las.

Art. 4° A rastreabilidade deve ser assegurada por cada ente da cadeia produtiva
de produtos vegetais frescos em todas as etapas sob sua responsabilidade.
Parágrafo único. Os registros que assegurem a rastreabilidade devem conter, no
mínimo, as informações obrigatórias dispostas nos Anexos I e II desta Instrução
Normativa Conjunta, nos seguintes casos:
I - nos estabelecimentos que compõem a etapa de produção;
II - nos estabelecimentos que beneficiam ou manipulam produtos vegetais
frescos; e
III - nas demais etapas da cadeia produtiva (transporte, armazenamento,
consolidação e comercialização).

197 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Art. 5° Cada ente deve manter, no mínimo, registros das informações obrigatórias
dispostas nos Anexos I e II desta Instrução Normativa Conjunta e a nota fiscal ou
documento correspondente, de forma a garantir a identificação do ente imediatamente
anterior e posterior da cadeia produtiva e dos produtos vegetais frescos recebidos e
expedidos.

Art. 6° Os produtos vegetais frescos, ou seus envoltórios, suas caixas, sacarias e


demais embalagens devem estar devidamente identificados de forma a possibilitar o
acesso, pelas autoridades competentes, aos registros com as informações obrigatórias e
documentais em conformidade com o art. 5°, observadas as legislações específicas sobre
embalagens e rotulagem de produtos destinados à alimentação humana.
§1º A identificação de que trata o caput pode ser realizada por meio de etiquetas
impressas com caracteres alfanuméricos, código de barras, QR Code, ou qualquer outro
sistema que permita identificar os produtos vegetais frescos de forma única e inequívoca.
§2º O detentor do produto comercializado a granel, no varejo, deve apresentar
à autoridade competente informação relativa ao nome do produtor ou da unidade de
consolidação e o nome do país de origem.

Art. 7º Na formação do lote consolidado, as unidades de consolidação e os


estabelecimentos que beneficiam ou manipulam produtos vegetais frescos deverão
manter registros das informações obrigatórias, dispostas no Anexo I e II desta Instrução
Normativa Conjunta, para todos os lotes que deram origem ao lote consolidado, assim
como a sua data de formação.

Art. 8º O produtor primário e as unidades de consolidação, deverão manter os


registros dos insumos agrícolas, relativos a etapa da cadeia produtiva sob sua
responsabilidade, utilizados no processo de produção e de tratamento fitossanitário dos
produtos vegetais frescos, data de sua utilização, recomendação técnica ou receituário
agronômico emitido por profissional competente e a identificação do lote ou lote
consolidado correspondente.

Art. 9° Os registros das informações de que tratam esta Instrução Normativa


Conjunta deverão ser mantidos à disposição das autoridades competentes por um período
de 18 (dezoito) meses após o tempo de validade ou de expedição dos produtos vegetais
frescos.

Art. 10. O descumprimento dos termos desta Instrução Normativa Conjunta


sujeita o infrator às penalidades previstas na Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de 1977, e
na Lei nº 9.972, de 25 de maio de 2000, cuja incidência se dará independentemente de
outras infrações administrativas, civis e penais previstas na legislação ordinária.

198 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 11. Esta Instrução Normativa Conjunta entra em vigor nos prazos
estabelecidos no Anexo III, contados de sua publicação oficial.

JARBAS BARBOSA DA SILVA JR.


Diretor-Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária

LUIS EDUARDO PACIFICI RANGEL


Secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Publicado no Diário Oficial da União em 08/02/2018

199 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

ANEXO I – Informações obrigatórias do ente anterior na cadeia produtiva a


serem registradas e arquivadas

1 – Informações sobre o Produto Vegetal

1.1. Nome do produto vegetal

1.2. Variedade ou cultivar

1.3. Quantidade do produto recebido

1.4. Identificação do lote

1.5. Data de recebimento do produto vegetal

2 – Informações do Fornecedor

2.1. Nome ou razão social

2.2. CPF, IE ou CNPJ ou CGC/MAPA

2.3. Endereço completo, ou quando localizado em


zona rural, coordenada geográfica ou CCIR

200 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

ANEXO II – Informações obrigatórias do ente posterior na cadeia produtiva a


serem registradas e arquivadas

1 – Informações sobre o Produto Vegetal

1.1. Nome do produto

1.2. Variedade ou cultivar

1.3. Quantidade do produto expedido

1.4. Identificação do lote

1.5. Data de expedição do produto vegetal

2 – Informações do Comprador

2.1. Nome ou razão social

2.2. CPF, IE ou CNPJ ou CGC/MAPA

2.3. Endereço completo, ou quando localizado em


zona rural, coordenada geográfica ou CCIR

201 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJUNTA nº 1, de 15 de abril de 2019


Altera a INC nº 02/2018.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MINISTÉRIO DA


AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - MAPA e o DIRETOR
PRESIDENTE DA AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA,
no uso das suas respectivas atribuições legais, tendo em vista o disposto na Lei nº
8.171, de 17 de janeiro de 1991, na Lei nº 9.972, de 25 de maio de 2000, na Lei nº
8.078, de 11 de setembro de 1990, na Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, na Lei
nº 7.802, de 11 de julho de 1989, na Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 e na Lei
nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, resolvem:

Art. 1º O anexo III da Instrução Normativa Conjunta INC nº 2, de 7 de


fevereiro de 2018, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“ANEXO III: Data de início do cumprimento das exigências constantes na


presente Instrução Normativa Conjunta e seus anexos para diferentes grupos de cadeias
produtivas”.

JOSÉ GUILHERME TOLLSTADIUS LEAL


Secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

WILLIAM DIB
Diretor-Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Publicado no Diário Oficial da União em 02/05/2019

202 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

ANEXO III – Data de início do cumprimento das exigências constantes na


presente Instrução Normativa Conjunta e seus anexos para diferentes
grupos de cadeias produtivas (NR dada pela INC ANVISA/MAPA nº 1/2019
de 15/4/2019)

Rastreabilidade Rastreabilidade Rastreabilidade


ao longo da Vigência ao longo da Vigência ao longo da Vigência
Vigência dos cadeia produtiva, plena para o cadeia produtiva, plena para o cadeia produtiva, plena para o
grupos exceto o disposto grupo exceto o disposto grupo exceto o disposto grupo
no Art. 8º no Art. 8º no Art. 8º
Imediata 01/08/2019 08/08/2019 01/08/2020 01/08/2020 01/08/2021
Abacate, Abacaxi, Anonáceas,
Cacau, Cupuaçu, Kiwi, Maracujá,
Melancia, Romã, Açaí, Acerola,
Melão, Morango, Coco, Goiaba,
Frutas Citros, Maçã, Uva Amora, Ameixa, Caju, Carambola,
Caqui, Mamão, Banana, Manga
Figo, Framboesa, Marmelo,
Nectarina, Nêspera, Pêssego,
Pitanga, Pera e Mirtilo
Raízes, Cará, Gengibre, Inhame,
Cenoura, Batata doce, Beterraba,
tubérculos e Batata Mandioca, Mandioquinha-salsa,
Cebola, Alho
bulbos Nabo, Rabanete, Batata yacon
Couve chinesa, Couve-de-
Hortaliças bruxelas, Espinafre, Rúcula, Alho
folhosas e Porro, Cebolinha, Coentro,
Couve, Agrião, Almeirão, Brócolis,
ervas Alface, Repolho Manjericão, Salsa, Erva-doce,
Chicória, Couve-flor
aromáticas Alecrim, Estragão, Manjerona,
frescas Sálvia, Hortelã, Orégano,
Mostarda, Acelga, Aipo, Aspargos
Hortaliças não Berinjela, Chuchu, Jiló, Maxixe,
Tomate, Pepino Pimentão, Abóbora, Abobrinha
folhosas Pimenta, Quiabo

Publicado no Diário Oficial da União em 02/05/2019

203 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA nº 69, de 06 de novembro de


2018, com as alterações dadas pela Portaria MAPA nº 458, de
21/07/2022
Estabelece o Regulamento Técnico definindo os requisitos
mínimos de identidade e qualidade para produtos hortícolas.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO,


EM EXERCÍCIO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso
II, da Constituição, tendo em vista o disposto na Lei nº 9.972, de 25 de maio de 2000,
no Decreto nº 6.268, de 22 de novembro de 2007, no Decreto nº 5.741, de 30 de março
de 2006, na Portaria MAPA nº 381, de 28 de maio de 2009, e o que consta do Processo
nº 21000.027827/2017-97 resolve:

Art. 1º Estabelecer o Regulamento Técnico definindo os requisitos mínimos de


identidade e qualidade para Produtos Hortícolas.

Art. 2º O atendimento aos requisitos mínimos de identidade e qualidade


estabelecidos na presente Instrução Normativa é de responsabilidade do detentor do
produto.
Parágrafo único. A verificação da conformidade executada pelo órgão de
fiscalização será preferencialmente realizada no local da amostragem.

Art. 3º Esta Instrução Normativa não se aplica nas seguintes situações:


I - aos Produtos Hortícolas destinados à transformação industrial, desde que
devidamente identificados como tal;
II - aos produtos processados, industrializados, descascados, cortados, em
conservas e minimamente processados, que estejam prontos para o consumo;
III - aos brotos comestíveis resultantes da germinação de sementes e de produtos
hortícolas;
IV - às amêndoas, nozes, castanhas, frutos secos e especiarias; e
V - às flores e plantas ornamentais.

CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 4º Para efeito deste Regulamento Técnico considera-se:


I - dano na polpa: aquele, de qualquer natureza, que atinge a polpa do fruto;
II - dano profundo: aquele, de qualquer natureza, que atinge o interior do
produto e inviabiliza ou restringe a sua utilização;
III - distúrbio fisiológico: a alteração de origem fisiológica, de causa não
patológica, com suas diferentes manifestações nos produtos hortícolas;
IV - excessivamente maduro ou passado: o produto que apresente estado de
maturação tal que não permita o consumo na forma in natura;
V - fisiologicamente desenvolvido: o produto hortícola que atingiu o seu
desenvolvimento fisiológico completo;

204 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

VI - homogeneidade ou uniformidade: os termos usados para designar que o


produto apresenta características de forma, tamanho e cor muito parecidas;
VII - lote: a quantidade do produto hortícola de mesma cultivar ou variedade
definida pelo detentor do produto;
VIII - matérias estranhas indicativas de riscos à saúde humana e matérias
estranhas indicativas de falhas das Boas Práticas: aquelas detectadas macroscopicamente
ou microscopicamente conforme legislação específica da ANVISA;
IX - odor estranho: o odor impróprio ao produto hortícola que inviabilize a sua
utilização para o consumo humano;
X - podridões: os danos no produto hortícola que evidenciem qualquer grau de
decomposição, desintegração ou fermentação dos tecidos;
XI - pragas: as espécies nocivas ao desenvolvimento agrícola ou que
provocam doenças;
XII - produto congelado: aquele que foi armazenado em temperatura abaixo do
ponto de congelamento, com ou sem formação de cristais de gelo;
XIII - produto desidratado ou murcho: aquele que apresenta baixa turgidez com
sinais evidentes de perda de água;
XIV - produto firme: aquele com consistência adequada, com a firmeza
característica do produto hortícola;
XV - produto inteiro: aquele livre de qualquer mutilação ou dano que comprometa
a sua integridade;
XVI - produto limpo: aquele livre de terra, ramas, folhas ou qualquer outro tipo
de matéria estranha;
XVII - produto são: aquele livre de enfermidades, podridões e de danos causados
por insetos ou pragas;
XVIII - queimadura: a alteração na coloração normal da superfície do produto
em função da exposição excessiva ao sol ou a temperaturas inadequadas no
processamento pós-colheita;
XIX - repasse: o procedimento de seleção ou separação dos produtos hortícolas
que não atendam a determinadas características de identidade ou qualidade, objetivando
a sua adequação aos requisitos exigidos;
XX - substâncias nocivas à saúde humana: as substâncias ou os agentes
estranhos, de origem biológica, química ou física, que sejam nocivos à saúde, previstas
em legislação específica, cujo valor se verifica fora dos limites máximos previstos.

CAPÍTULO II – DOS REQUISITOS MÍNIMOS E TOLERÂNCIAS

Art. 5º Os produtos hortícolas devem apresentar os seguintes requisitos mínimos


de qualidade, observada a especificidade da espécie:
I - inteiros;
II - limpos;
III - firmes;
IV - isentos de pragas visíveis a olho nu;
V - fisiologicamente desenvolvidos ou apresentando maturidade comercial;
VI - isentos de odores estranhos;
VII - não se apresentarem excessivamente maduros ou passados;
VIII - isentos de danos profundos;
IX - isentos de podridões;
205 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

X - não se apresentarem desidratados ou murchos;


XI - não se apresentarem congelados; e
XII - isentos de distúrbios fisiológicos.

Art. 6º É admitida em cada lote uma tolerância de até 10% (dez por cento) em
número ou em peso, de produtos que não atendam aos requisitos mínimos de qualidade
previstos no artigo 5º desta Instrução Normativa, com exceção de podridões, que não
podem exceder a 3% (três por cento) do total.

Art. 7º O lote de produto hortícola que não atender as tolerâncias estabelecidas


no artigo 6º desta Instrução Normativa será considerado desconforme e não poderá ser
comercializado como se apresenta, devendo ser repassado para enquadramento nos
respectivos percentuais de tolerâncias ou destruído.

Art. 8º O produto hortícola importado que não atender aos limites de tolerância
estabelecidos no artigo 6º será considerado desconforme e somente poderá ser
internalizado após o repasse para enquadramento nos respectivos percentuais de
tolerâncias, podendo ainda ser rechaçado ou destruído.

Art. 9º Nos casos previstos nos artigos 7º e 8º desta Instrução Normativa, o


repasse do lote de produto hortícola será de responsabilidade do detentor do produto ou
seu responsável, conforme o caso.

Art. 10. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA poderá


efetuar análises de substâncias nocivas, matérias estranhas indicativas de risco à saúde
humana e matérias estranhas indicativas de falhas das Boas Práticas, de acordo com
legislação específica.
Parágrafo único. O produto hortícola será considerado desconforme, devendo
ser rechaçado ou destruído quando se constatar a presença das substâncias de que trata
o caput deste artigo em limites superiores ao máximo estabelecido na legislação
específica, ou, ainda, quando se constatar a presença de substâncias não autorizadas
para o produto.

CAPÍTULO III – DA AMOSTRAGEM

Art. 11. A amostragem será realizada por lote.

Art. 12. No caso de produtos a granel, dispostos em gôndolas ou contentores,


expostos à venda e destinados diretamente à alimentação humana, o lote, para efeitos
de amostragem, será o quantitativo presente na gôndola ou contentor no momento da
ação fiscal e a responsabilidade sobre o produto será do seu detentor.

Art. 13. Caberá ao proprietário, possuidor, detentor ou transportador propiciar a


identificação e a movimentação do produto, independentemente da forma em que se
encontra, possibilitando as condições necessárias aos trabalhos de amostragem exigidos
pela autoridade fiscalizadora.

206 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 14. No caso em que se verificar contentores ou embalagens danificados, os


produtos contidos nos volumes não devem ser amostrados, cabendo o repasse, o
descarte ou a destruição, que ocorrerá por conta do detentor do produto.

Art. 15. Para a amostragem do produto hortícola será retirada quantidade


suficiente para o trabalho de aferição da conformidade.

Art. 16. O produto amostrado após ser analisado, sempre que possível, será
recolocado no lote ou devolvido ao detentor do produto, desde que esteja apto ao
consumo humano.

Art. 17. O responsável pela amostragem ou o órgão de fiscalização não será


obrigado a recompor ou ressarcir o produto amostrado, que porventura foi danificado ou
que teve sua quantidade diminuída, em função da realização da amostragem e da
classificação.

CAPÍTULO IV – DA MARCAÇÃO OU ROTULAGEM

Art. 18. A marcação ou rotulagem dos produtos hortícolas é de responsabilidade


do seu fornecedor ou do seu detentor.

Art. 19. No caso dos produtos hortícolas embalados destinados diretamente à


alimentação humana, a marcação ou rotulagem, uma vez observada à legislação
específica, deverá conter, no mínimo, as seguintes informações:
I - nome ou identificação do produto;
II - identificação do lote;
III - identificação do responsável pelo produto: nome, Cadastro Nacional de
Pessoa Jurídica (CNPJ) ou no Cadastro Nacional de Pessoa Física (CPF) e o endereço; e
IV - município e estado de origem da produção.

Art. 20. No caso dos produtos hortícolas destinados diretamente à alimentação


humana e expostos à venda a granel, as informações devem ser colocadas em lugar de
destaque, contendo, no mínimo, o nome ou identificação do produto e o local de
produção (município, região ou estado).

Art. 21. No caso dos produtos hortícolas importados embalados e destinados


diretamente à alimentação humana deverão constar as seguintes informações na
marcação ou rotulagem:
I - nome ou identificação do produto;
II - identificação do lote;
III - país de origem; e
IV - nome empresarial, endereço e CNPJ ou CPF do importador.

Art. 22. No caso dos produtos hortícolas importados destinados diretamente à


alimentação humana e expostos à venda a granel, as informações devem ser colocadas
em lugar de destaque, contendo, no mínimo, o nome ou identificação do produto e o país
de origem.

207 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Art. 23. A marcação ou rotulagem deve ser de fácil visualização e de difícil


remoção, assegurando informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua
portuguesa, cumprindo com as exigências previstas em legislação específica.
Parágrafo único. Considera-se inexigível a indicação do prazo de validade dos
produtos hortícolas, em atenção às características particulares de conservação e consumo
desses produtos. (NR)

CAPÍTULO V – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 24. Com o objetivo de uniformizar a avaliação dos requisitos mínimos de


identidade e qualidade estabelecidos no presente Regulamento Técnico, o MAPA
disponibilizará referenciais fotográficos para os produtos hortícolas.

Art. 25. As dúvidas surgidas na aplicação deste Regulamento Técnico serão


resolvidas pela área técnica competente do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.

Art. 26. Ficam revogadas a Instrução Normativa SARC nº 1, de 1º de fevereiro


de 2002, a Portaria MA nº 126, de 15 de maio de 1981, e a Portaria MA nº 1012, de 17
de novembro de 1978.

Art. 27. Esta Instrução Normativa entra em vigor decorridos 180 (cento e oitenta)
dias da data de sua publicação.

EUMAR ROBERTO NOVACKI

208 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

PORTARIA MAPA nº 458, de 21 de julho de 2022


Altera a IN MAPA nº 69/2018.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E


ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único,
inciso II, da Constituição, tendo em vista o disposto na Lei nº 9.972, de 25 de maio de
2000, no Decreto nº 6.268, de 22 de novembro de 2007, no Decreto nº5.741, de 30 de
março de 2006, na Portaria nº 381, de 28 de maio de 2009, e o que consta do Processo
nº21000.027827/2017-97, resolve:

Art. 1º A Instrução Normativa nº 69, de 6 de novembro de 2018, passa a


vigorar com a seguinte alteração:
"Art. 23. .............................................................................................
Parágrafo único. Considera-se inexigível a indicação do prazo de validade dos
produtos hortícolas, em atenção às características particulares de conservação e consumo
desses produtos." (NR)

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

MARCOS MONTES

209 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA/SDA nº 7, de 13 de maio de 2019


Estabelece procedimentos simplificados para a fiscalização de
produtos hortícolas.

O SECRETÁRIO ADJUNTO DA SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA, DO


MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das
atribuições que lhe conferem os artigos 21 e 63 do Anexo I do Decreto N º 9.667, de 2 de
janeiro de 2019, tendo em vista o disposto no Decreto N o 5.741, de 30 de março de
2006, na Lei N o 9.972, de 25 de maio de 2000, no Decreto N o 6.268, de 22 de novembro
de 2007, e o que consta o que consta do Processo nº 21000.027597/2019-28, resolve:

Art. 1º Estabelecer os procedimentos simplificados para a fiscalização de produtos


hortícolas.

Art. 2º Para efeito deste Regulamento Técnico considera-se:


I - detentor: a pessoa física ou jurídica que detém o produto hortícola no ato da
fiscalização; e
II - procedimento simplificado de fiscalização: o conjunto de ações diretas
executadas no momento da fiscalização e destinado a aferir e controlar a identidade, a
qualidade e a segurança higiênico-sanitária e tecnológica dos produtos hortícolas, tendo
em vista sua natureza, perecibilidade e sistema de comercialização, visando à sua
adequação aos requisitos mínimos e demais dispositivos legais pertinentes.

Art. 3º Para fins de aplicação dos procedimentos simplificados para fiscalização de


produtos hortícolas, serão verificados, no que couber, os seguintes requisitos mínimos de
qualidade, observadas as especificidades da espécie, variedade ou cultivar:
I - inteiros;
II - limpos;
III - firmes;
IV - isentos de pragas visíveis a olho nu;
V - fisiologicamente desenvolvidos ou apresentando maturidade comercial;
VI - isentos de odores estranhos;
VII - não se apresentarem excessivamente maduros ou passados;
VIII - isentos de danos profundos;
IX - isentos de podridões;
X - não se apresentarem desidratados ou murchos;
XI - não se apresentarem congelados; e
XII - isentos de distúrbios fisiológicos.
§1º É admitida em cada lote uma tolerância de até a 3% (três por cento) de
unidades do produto, em número ou peso, que apresentem podridões.
§2º É admitida em cada lote uma tolerância de até 10% (dez por cento) de
unidades produtos em número ou em peso, que não atendam aos requisitos mínimos de
qualidade previstos no caput deste artigo, incluindo podridões.
§3º A aplicação dos procedimentos simplificados para fiscalização de produtos
hortícolas não requer classificador habilitado e a emissão de laudo de classificação.

210 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 4º A autoridade fiscalizadora, de maneira complementar, deverá verificar o


atendimento pelo detentor dos requisitos descritos a seguir:
I - a marcação ou rotulagem adequada do produto hortícola, conforme
estabelecida em regulamentos específicos;
II - a adequação das condições de conservação, quanto à preservação das
características de identidade e qualidade do produto;
III - o armazenamento e a exposição adequados, isolados de resíduos ou
substâncias que possam comprometer a segurança do produto hortícola; e
IV - as condições adequadas de limpeza e higienização dos contentores, gôndolas
ou outras formas de armazenamento e exposição do produto.
Parágrafo único. O produto hortícola será considerado desconforme quando não
atender os incisos descritos neste artigo.

Art. 5º A verificação da conformidade do produto hortícola será realizada na


totalidade do lote ou em quantidade suficiente para a avaliação, a critério da autoridade
fiscalizadora.
§1º No caso de contestação do resultado, deverá ser utilizada a amostragem
prevista no Anexo desta Instrução Normativa.
§2º O órgão de fiscalização não será obrigado a recompor ou ressarcir o produto
fiscalizado, que porventura foi danificado ou que teve sua quantidade diminuída.

Art. 6º Os procedimentos simplificados para fiscalização de produtos hortícolas


serão realizados de forma oral e posteriormente registrados em Termo de Fiscalização,
devidamente assinado pela autoridade fiscalizadora e pelo detentor do produto, ou por
seu possuidor, ou por seu proprietário.

Art. 7º Considerando a natureza, a perecibilidade e o sistema de comercialização


dos produtos hortícolas, o resultado da verificação da conformidade apurada no
procedimento simplificado de fiscalização poderá ser contestado, inclusive oralmente, no
ato da fiscalização.
§1º A contestação apresentada será apreciada pela autoridade fiscalizadora no
ato da fiscalização e o resultado comunicado, oralmente, durante a execução do
procedimento.
§2º A ausência da contestação de que trata o caput deste artigo implica na
manutenção do resultado inicialmente apurado.

Art. 8º Constatada qualquer não conformidade, a autoridade fiscalizadora


determinará ao detentor a imediata adequação ao estabelecido nesta Instrução
Normativa, registrando as atividades no respectivo Termo de Fiscalização.
§1º Na impossibilidade de adequação pelo detentor, a autoridade fiscalizadora
determinará a destinação do produto no ato da ação fiscal.
§2º Caberá ao detentor arcar com os custos e com as providências decorrentes
da adequação ou da destinação do produto hortícola.

Art. 9º No caso de necessidade de prazo para adequação ao estabelecido nesta


Instrução Normativa, serão adotados os seguintes procedimentos, conforme o caso:
I - lavratura do Termo de aplicação da medida cautelar de suspensão da
comercialização; e

211 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

II - lavratura do Termo de Intimação, concedendo um prazo para cumprimento


das exigências.

Art. 10. No caso de não atendimento das exigências dispostas nos documentos de
fiscalização, deverá ser lavrado o Auto de Infração.

Art. 11. O ato fiscalizador será descrito no Termo de Fiscalização formalizando de


maneira resumida as atividades desenvolvidas e os produtos fiscalizados.

Art. 12. As dúvidas surgidas na aplicação desta Instrução Normativa serão


resolvidas pela área técnica competente do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.

Art. 13. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação oficial.

FERNANDO AUGUSTO PEREIRA MENDES


Substituto
Publicado no Diário Oficial da União em 23/05/2019

212 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

ANEXO I – Conceitos, disposições gerais e procedimentos de amostragem


utilizados na aplicação da IN MAPA/SDA nº 7/2019

1. Conceitos
1.1. Amostra primária: é cada embalagem retirada aleatoriamente do lote ou, no
caso de produtos a granel, a quantidade retirada aleatoriamente do lote;

1.2. Amostra global: é o conjunto de amostras primárias;

1.3. Amostra secundária: é a quantidade de unidades ou embalagens para venda


direta retiradas aleatoriamente da amostra primária.

1.4. Amostra composta: é o conjunto de amostras secundárias ou, no caso do


produto a granel, a própria amostra global.

1.5. Amostra reduzida: é a quantidade de produtos retirados aleatoriamente a


partir da amostra composta, ou no caso de produto a granel, da amostra global, utilizada
para permitir a avaliação de determinados requisitos específicos.

1.6. Contentor: pode ser caixa, saco, bin ou qualquer outro recipiente que se
destine a organizar, proteger, transportar ou armazenar produtos ou embalagens de
produtos.

1.7. Embalagem: é uma parte individualizada de um lote, cujo conteúdo pode ser
constituído por unidade de produto ou embalagens para venda direta. Os contêineres
rodoviários, ferroviários, navais e aéreos não são considerados embalagens.

1.8. Embalagem para venda direta: é uma parte individualizada de um lote,


incluindo o conteúdo, correspondendo a uma unidade de venda para o consumidor final.

1.9. Unidade: é um único produto, cacho, maço, bulbo, ramo ou ramalhete.

2. Disposições Gerais
2.1. A amostragem será realizada por lote de forma aleatória.

2.3. No caso de produtos a granel, dispostos em gôndolas ou contentores,


expostos à venda e destinados diretamente à alimentação humana, o lote, para efeitos
de amostragem, será o quantitativo presente na gôndola ou contentor no momento da
ação de fiscalização e a responsabilidade.

2.4. Sobre o produto será do seu detentor.

2.5. No caso em que se verificar contentores ou embalagens danificados, os


produtos contidos nos volumes não devem ser amostrados, cabendo o repasse, a
destruição ou a desnaturação, que ocorrerá por conta do detentor do produto.

213 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

2.6. O produto amostrado após ser analisado, sempre que possível, será
recolocado no lote ou devolvido ao detentor do produto hortícola, desde que esteja apto
ao consumo humano.

2.7. O responsável pela amostragem ou o órgão de fiscalização não será obrigado


a recompor ou ressarcir o produto amostrado, que porventura seja danificado ou tenha
sua quantidade diminuída, em função da realização da amostragem e da verificação de
sua conformidade.

3. Procedimentos de Amostragem
3.1. Amostragem de produto a granel: para amostragem do produto a granel
deve-se coletar uma quantidade mínima de amostra em unidades ou peso, conforme
Tabela 1.

Tabela 1. Amostragem de produto a granel


Quantidade a ser coletada para
Tamanho do lote
formar a amostra global*
Até 1.000 kg 75 unidades ou 15 kg
1.001 a 5.000 kg 105 unidades ou 21 kg
Acima de 5.000 kg Mínimo de 150 unidades ou 30 kg
* Quando o produto hortícola apresentar peso unitário acima de um quilograma, a quantidade a ser
coletada poderá ser reduzida a, no mínimo, 20 (vinte) unidades.

3.2. Amostragem de produto embalado: para amostragem do produto embalado


deve-se retirar um número de embalagens, consideradas as amostras primárias,
conforme Tabela 2, que constituirá a amostra global.

Tabela 2. Tamanho mínimo da amostra primária para o produto embalado


Número mínimo de embalagens
Número de embalagens que
(amostra primária) a ser coletada
compõem o lote
para formar a amostra global
Até 100 05
101 a 300 07
301 a 500 09
501 a 1.000 10
Acima de 1.000 No mínimo 15

Caso o tamanho do lote seja igual ou inferior ao tamanho mínimo da amostra


global a ser coletada, todo o lote deve ser inspecionado.

A amostra secundária deve ser coletada a partir de cada amostra primária para
constituir a amostra composta, conforme Tabela 3 ou 4, de acordo com a forma de
apresentação.

214 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Tabela 3. Tamanho mínimo da amostra secundária quando apresentada em unidades


Peso médio da unidade do produto
Maior ou igual Maior ou igual
Peso da
Menor que 50 g que 50 g e menor que 100 g e Maior ou igual
embalagem
(Exemplo que 100 g menor que 200 g que 200 g
(amostra
cerejas) (Exemplo (Exemplo (Exemplo maçãs)
primária)
ameixas) cebolas)
Tamanho mínimo da amostra secundária
Menor ou igual
Todo conteúdo da embalagem
a 3 kg
Maior que 3 kg e
menor ou 3 kg 60 unidades 30 unidades 15 unidades
igual a 25 kg
Maior que 25 kg 10 kg 200 unidades 100 unidades 50 unidades

A amostra secundária, quando apresentada em embalagens para venda direta,


deve ser obtida conforme o disposto a seguir:
− No caso do produto em embalagens para venda direta cuja embalagem da amostra
primária tenha até 6 kg deverão ser coletadas 50% do conteúdo da embalagem.
− No caso do produto em embalagens para venda direta cuja embalagem da amostra
primária tenha mais de 6 kg e até 25 kg deverão ser coletadas um número de
embalagens para venda direta em quantidade suficiente para se obter no mínimo 3
kg.
− Para produtos cuja embalagem da amostra primária seja superior a 25 kg deverão ser
coletadas um número de embalagens para venda direta em quantidade suficiente para
se obter no mínimo 10 kg.

Tabela 4. Tamanho mínimo da amostra secundária quando apresentada em embalagens


para venda direta
Peso da embalagem (amostra primária) Tamanho mínimo da amostra

Menor ou igual a 6 kg 50% do conteúdo da embalagem


Maior que 6 kg e menor ou igual a 25 kg 3 kg
Maior que 25 kg 10 kg

No caso de a amostra primária conter um número de unidades ou embalagens


para venda direta igual ou inferior ao número mínimo definido como amostra secundária,
a amostra primária deve ser completamente verificada.

A verificação da conformidade do produto será realizada na amostra composta


no caso do produto embalado ou na amostra global no caso do produto a granel.

Quando a avaliação de um requisito de qualidade comprometer a integridade do


produto, a sua verificação deverá ser realizada em uma amostra reduzida obtida a partir
da amostra composta ou da amostra global, conforme o caso.

215 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

O tamanho da amostra reduzida será de 20 unidades; no entanto, se nestas 20


unidades pelo menos 1 unidade mostrar defeitos internos, a amostra reduzida deve ser
aumentada para 100 unidades.

Várias amostras reduzidas podem ser retiradas de uma amostra global ou


composta, a fim de avaliar diferentes requisitos na verificação da conformidade do lote.
Caso a amostra global ou composta contenha um número de unidades abaixo do número
mínimo definido como amostra reduzida, unidades adicionais devem ser coletadas
aleatoriamente da amostra.

216 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 19, de 07 de agosto de 2019


Estabelece os requisitos, critérios e procedimentos para
certificação sanitária internacional de produtos de origem
vegetal.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MINISTÉRIO DA


AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe
conferem os artigos 21 e 63 do Anexo I do Decreto nº 9.667, de 02 de janeiro de 2019,
tendo em vista o disposto na Lei nº 9.972, de 25 de maio de 2000, no Decreto nº 6.268,
de 22 de novembro de 2007, na Resolução Concex nº 29, de 24 de março de 2016, e o
que consta do Processo nº 21000.043762/2017-27, resolve:

Art. 1º Estabelecer os requisitos, critérios e procedimentos para certificação


sanitária internacional de produtos de origem vegetal, na forma desta Instrução
Normativa e dos seus Anexos I a III.

CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 2º Para os efeitos desta Instrução Normativa, considera-se:


I - certificação sanitária internacional de produtos de origem vegetal: o
procedimento pelo qual o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
certifica que o produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico ou os
seus sistemas de controle estão conformes aos requisitos sanitários específicos do país
ou bloco de países importadores;
II - Certificado Sanitário Internacional Vegetal (CSI Vegetal): o documento oficial
emitido pelo Auditor Fiscal Federal Agropecuário - AFFA do MAPA que atesta a certificação
sanitária internacional; e
III - registro: conjunto de elementos informativos e documentais rastreáveis,
mantidos pelos entes da cadeia produtiva que assegurem que o produto foi submetido a
controles qualitativos e sanitários.

CAPÍTULO II – DOS REQUISITOS, DOS CRITÉRIOS E DOS PROCEDIMENTOS


PARA A CERTIFICAÇÃO SANITÁRIA INTERNACIONAL

Art. 3º O Certificado Sanitário Internacional Vegetal será emitido observando-se


as exigências do país ou bloco de países importadores acordadas ou comunicadas
oficialmente.
§1º As exigências a que se refere o caput deste artigo serão divulgadas pela
área técnica competente do MAPA.
§2º Independentemente das exigências dos países ou grupo de países
importadores, o estabelecimento exportador de produto que contenha legislação
específica em função do alto risco associado ou que esteja registrado no nível completo
no CGC/MAPA, poderá solicitar a emissão do Certificado Sanitário Internacional Vegetal.

217 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Art. 4º Os solicitantes da Certificação Sanitária Internacional deverão estar


registrados no Cadastro Geral da Classificação do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento – CGC/MAPA.

Art. 5º A certificação sanitária internacional fica condicionada à existência de


controles comprovados por meio de registros auditáveis.

Art. 6º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderá realizar


auditorias em todas as etapas de obtenção do produto.

Art. 7º O Certificado Sanitário Internacional Vegetal será emitido pelo MAPA,


quando da exportação, devendo o exportador apresentar os seguintes documentos:
I - requerimento para emissão do Certificado Sanitário Internacional Vegetal, na
forma do Anexo I ou em outra forma estabelecida pelo MAPA;
II - Termo de Responsabilidade Técnica emitido por profissional responsável
pelos controles sanitários do produto a ser certificado, na forma do Anexo II;
III - outros documentos que comprovem o cumprimento das exigências do país
ou bloco de países importadores, se for o caso.
Parágrafo único. O MAPA poderá exigir laudos laboratoriais da Rede Nacional de
Laboratórios Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária
ou outros documentos para atendimento de legislação específica ou acordos
internacionais, ficando os custos a cargo do exportador.

Art. 8º O Certificado Sanitário Internacional Vegetal de que trata esta Instrução


Normativa deve ser emitido observando o Modelo estabelecido no Anexo III.
Parágrafo único. No caso de exigências feitas por país ou bloco de países
importadores, poderá ser adotado o modelo de certificado definido no acordo
correspondente.

Art. 9º Para a emissão do Certificado Sanitário Internacional Vegetal deverá


observar o que segue:
I - os campos não preenchidos, em branco, deverão ser bloqueados por linhas
tracejadas;
II - qualquer emenda ou rasura, mesmo ressalvada, invalidará o Certificado
Sanitário Internacional Vegetal; e
III - o campo da Declaração Adicional deverá ser preenchido com outras
exigências que não estejam previstas no documento, tais como “apto para consumo e
livre venda”, entre outros.

Art. 10. No caso de necessidade de substituição do Certificado Sanitário


Internacional Vegetal por motivo de alteração, retificação, desdobramento, consolidação
ou extravio, o interessado deverá solicitar à unidade onde o mesmo foi emitido anexando
o certificado original, conforme o caso, e demais documentos que justifiquem a solicitação
apresentada.
§1º À exceção de substituição por motivo de retificação, o novo certificado será
emitido com nova numeração e deverá conter o texto a seguir, inserido abaixo do
cabeçalho: “Este Certificado substitui e cancela o certificado nº (número) emitido em
(dd/mm/aaaa).

218 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

§2º Em caso de necessidade de substituição do Certificado Sanitário


Internacional Vegetal por motivo de alteração, retificação, desdobramento, consolidação
ou extravio, permite-se somente uma solicitação de reemissão para cada operação.

Art. 11. O MAPA, quando verificar a impossibilidade de certificação sanitária


internacional, não emitirá o CSI Vegetal e registrará o motivo do indeferimento em
documento próprio.

CAPÍTULO III – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 12. A emissão do Certificado Sanitário Internacional Vegetal não substitui


os demais documentos exigidos na exportação de produtos de origem vegetal, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico.

Art. 13. O Certificado Sanitário Internacional Vegetal é emitido com base em


informações prestadas pelo interessado, isentando o MAPA, de responsabilidades
resultantes de erro, inverdades, fraude, dolo e má fé por parte do requerente.

Art. 14. As dúvidas surgidas na aplicação desta Instrução Normativa serão


resolvidas pela área técnica competente do MAPA.

Art. 15. Esta Instrução Normativa entra em vigor 90 (noventa) dias decorridos
da data de sua publicação.

JOSÉ GUILHERME TOLLSTADIUS LEAL


Publicado no Diário Oficial da União em 13/08/2019
Edição: 155 | Seção: 1 | Página: 6

219 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

ANEXO I – Requerimento para certificação sanitária internacional de


produtos de origem vegetal

REQUERIMENTO PARA CERTIFICAÇÃO SANITÁRIA INTERNACIONAL DE


PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL

Ao(À) ______________________________________________________________________
(Identificação da Unidade Técnica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)

Solicito emissão de Certificado Sanitário Internacional Vegetal para exportação, conforme


dados abaixo:

Dados do Envio
Razão Social Exportador/Nome: Endereço:

CNPJ/CPF: E-mail:

Nº do CGC/MAPA do Exportador: Telefone: ( )

Local de embarque: Meio de Transporte:

Destinatário declarado: Endereço:

País de destino: Ponto de entrada no destino:

Dados do Produto
Produto: NCM: Partida/lote nº:

Número e descrição dos volumes: Peso/Volume:

Documentos comprobatórios anexados:

Declaro sob as penas da lei, que as informações prestadas são verdadeiras, pelas quais assumo
inteira responsabilidade.
Local: Data: Nome do representante legal:

CPF do representante legal: Assinatura do


representante legal

220 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

ANEXO II – Termo de responsabilidade técnica

TERMO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Eu, ______________________________________________________ (nome do RT),


_____________________ (formação profissional), Conselho/Número _____________
declaro assumir inteira Responsabilidade Técnica pelo cumprimento dos controles
qualitativos e sanitários nas etapas de produção da empresa ___________________,
registrada no CGC/MAPA sob nº ___________________, exigidos para exportação de
__________________________ (produto) à(ao )__________________ (país/bloco de
países).

Declaração Adicional:

Dados do Produto
Produto: NCM: Partida/lote nº:

Número e descrição dos volumes: Peso/Volume:

Declaro sob as penas da lei, que as informações prestadas são verdadeiras, pelas quais
assumo inteira responsabilidade.
Local: Data: Nome do Responsável Técnico:

CPF do Responsável Técnico: Assinatura do Responsável


Técnico:

221 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

ANEXO III – Certificado sanitário internacional vegetal

CERTIFICADO SANITÁRIO INTERNACIONAL VEGETAL Nº ___


(VEGETABLE INTERNATIONAL SANITARY CERTIFICATE)
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO (MAPA)
SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA (SDA)
DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL (DIPOV)
Dados do Produto (Description of commodity)
Produto: NCM: Partida/lote nº:
(Food product name): (CN Code): (Number of consignment/batch)
Número e descrição dos volumes: Peso/Volume:
(Number and description of Packages): (Weight/Volume):
Dados do Envio (Description of Consignement)
Razão Social Exportador: CNPJ:
(Consignor/Exporter):
Endereço: CGC/MAPA:
(Address):
Local de embarque: Meio de Transporte:
(Loading place): (Means of Transporter):
Destinatário declarado: Endereço:
(Declared Consignee): (Address):
País de destino: Ponto de entrada no destino:
(Country of destination): (Place of Destination):
Pelo presente certifica-se que o produto vegetal, subproduto ou resíduo de valor econômico
aqui descrito está conforme aos requisitos sanitários específicos do país ou países
importadores.
This is to certify that certified that the plant product, by-product, or waste of economic value described
herein, or its control systems conform to the specific health requirements of the importing country or
countries.
Declaração Adicional:
(Additional Declaration)

Data: Local de Expedição: (Place) Assinatura e carimbo do AFFA:


(Date) (Signature and stamp of the inspector)

O MAPA, seus funcionários e representantes isentam-se de toda responsabilidade econômica


ou comercial resultante da utilização deste certificado.
MAPA, its employees, and representatives are exempt from any economic or commercial responsibility
resulting from this certificate.
Qualquer emenda ou rasura, mesmo ressalvada, invalidará o presente Certificado Sanitário
Internacional Vegetal.
Any amendment or deletion, even excepted, will invalidate this international sanitary certificate.

222 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 49, de 23 de outubro de 2019


Regulamenta a classificação de produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico em portos,
aeroportos e postos de fronteiras, quando da importação.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO


SUBSTITUTO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II,
da Constituição Federal, o art. 1º, inciso III, do Decreto nº 8.851, de 20 de setembro de
2016, tendo em vista o disposto na Lei nº 9.972, de 25 de maio de 2000, no Decreto nº
6.268, de 22 de novembro de 2007, na Instrução Normativa nº 39, de 27 de novembro
de 2017, e o que consta do Processo nº 21000.051247/2019-82, resolve:

Art. 1º Regulamentar a classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e


resíduos de valor econômico em portos, aeroportos e postos de fronteiras, quando da
importação, na forma desta Instrução Normativa.

Art. 2º A classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor


econômico na importação, como exercício regular de poder de polícia, consiste na
aferição da conformidade do produto para fins de autorização de ingresso em território
nacional sob as diretrizes das políticas de defesa agropecuária nacional.
Parágrafo único. A autorização de ingresso em território nacional não exime o
responsável pelo produto, quando de sua comercialização no mercado interno, do
cumprimento de todas as obrigações estabelecidas em legislação específica vigente.

Art. 3º Os procedimentos empregados para aferição de conformidade dos


produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico importados serão
operacionalizados com base em análise de risco, a qual considerará as seguintes
características do produto:
I - natureza;
II - forma de Apresentação (embalado ou a granel);
III - uso proposto;
IV - origem;
V - procedência;
VI - vulnerabilidade à fraude; e
VII - histórico de ocorrências.

Art. 4º Os produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico


importados e sujeitos à aferição de conformidade serão direcionados a um dos seguintes
procedimentos fiscais nos portos, aeroportos e postos de fronteiras:
I - análise completa: procedimento que contempla todos os parâmetros físicos,
químicos e físico-químicos estabelecidos em normativos da classificação vegetal;
II - análise sumária: procedimento que contempla um ou mais parâmetros
estabelecidos em normativos da classificação vegetal;
III - inspeção direta: averiguação sensorial ou instrumental dos parâmetros de
identidade e qualidade determinantes para a tomada de decisão quanto à autorização de
importação; e

223 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

IV - avaliação parcial ou integral de informação auto declaratória, documental ou


aduaneira.
§1º Quando verificado indício ou fundamentada suspeita de não conformidade
aos normativos da classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de
valor econômico durante execução dos procedimentos descritos nos incisos III e IV, o
Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional - VIGIAGRO, de forma motivada, poderá
determinar o procedimento fiscal descrito nos incisos I ou II, na medida necessária para
a eficácia do ato administrativo.
§2º Caso verificada a situação prevista no §1º, a internalização do produto será
proibida até a conclusão e apresentação dos laudos técnicos ou laboratoriais
determinados pela fiscalização.
§3º Na constatação de irregularidade ou indício de não conformidade em
operação de importação, o exportador e importador dos produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico poderão ser submetidos a um procedimento
especial de auditoria e investigação.

Art. 5º Independentemente da operacionalização da aferição de conformidade


dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, o Ministério da
Agricultura Pecuária e Abastecimento - MAPA poderá coletar amostras fiscais de produtos
vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico importado nas unidades de
vigilância agropecuária internacional.
Parágrafo único. Constatada desconformidade, com o estabelecido em legislação
específica vigente, deve-se proceder à autuação do importador.

Art. 6º A fim de garantir a aplicação de rastreabilidade ao longo da cadeia


produtiva, o importador deverá manter sob sua guarda o registro de informações da
comercialização e armazenamento do produto no mercado interno por no mínimo 5
(cinco) anos, ou pelo período de validade do produto, quando devidamente
documentado.

Art. 7º O registro de deferimento de importação de produtos vegetais, seus


subprodutos e resíduos de valor econômico em sistema oficial de controle de comércio
exterior pelo MAPA é equivalente ao Certificado de Classificação do Produto Importado.

Art. 8º Ficam revogados os artigos 2º, 6º e 7º, e o Anexo da Instrução


Normativa nº 8, de 22 de abril de 2014.

Art. 9º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

MARCOS MONTES CORDEIRO

224 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

NORMA OPERACIONAL nº 1, de 05 de dezembro de 2019


Estabelece os procedimentos operacionais para aferição da
conformidade do produto vegetal, seus subprodutos e
resíduos de valor econômico importados para fins de
autorização de ingresso em território nacional.

O DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM


VEGETAL E O DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE SERVIÇOS TÉCNICOS, DA
SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA, DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,
PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe conferem os artigos
24, 26 e 64 do Anexo I do Decreto N º 9.667, de 02 de Janeiro de 2019, tendo em vista
o disposto no Decreto No 5.741, de 30 de março de 2006, na Lei n° 9.972, de 25 de maio
de 2000, no Decreto nº 6.268, de 22 de novembro de 2007, na Instrução Normativa nº
39, de 27 de novembro de 2017, na Instrução Normativa nº 69, de 06 de novembro de
2018, na Instrução Normativa nº 49, de 23 de outubro de 2019, e o que consta o que
consta do Processo nº 21000.088049/2019-74, RESOLVEM:

Art. 1º As importações de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de


valor econômico serão encaminhadas a um dos níveis de fiscalização agropecuária – NF
previstos no artigo 32 da IN MAPA nº 39/2017:
I - Simplificado (Verde) – NF Verde;
II - Intermediário (Amarelo) – NF Amarelo;
III - Completo (Vermelho) – NF Vermelho; e
IV - Especial (Cinza) – NF Cinza.
Parágrafo único. Cada nível de fiscalização agropecuária estará associado a um
ou mais procedimentos fiscais previstos no art. 4º da IN MAPA nº 49/2019.

Art. 2º A implementação de níveis de fiscalização agropecuária será adotada


gradualmente conforme cronograma definido no ANEXO I desta norma operacional.
§1º Até a conclusão da implementação dos níveis de fiscalização agropecuária,
será aplicado preferencialmente o procedimento fiscal de análise completa conforme
inciso I do art. 4º da IN MAPA nº 49 de 2019.
§2º A fiscalização federal agropecuária poderá encaminhar a operação a um
procedimento diverso do previsto no § 1º, quando necessário, observadas as orientações
do serviço responsável pelo gerenciamento de risco do Sistema de Vigilância
Agropecuária Internacional - Vigiagro.
Art. 3º O NF verde consiste na liberação automática de importação
exclusivamente via sistema informatizado por meio da avaliação de dados da Declaração
Agropecuária de Trânsito - DAT, Portal Único de Comércio Exterior – PU e recolhimento
de taxas da União.
Parágrafo único. O procedimento previsto no caput será adotado após
implementação do sistema integrado de vigilância agropecuária internacional.

225 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Art. 4º O NF amarelo consiste na avaliação parcial ou integral de informação auto


declaratória, documental ou aduaneira, conforme procedimento fiscal previsto no inciso
IV, do art. 4º, da IN MAPA nº 49/2019, no qual devem ser verificadas as seguintes
informações contidas na DAT e no PU:
I - nome do importador;
II - nome do exportador;
III - produto;
IV - avaliação de laudo técnico-laboratorial, quando for o caso;
V origem;
VI - peso e volume de produto;
VII - valor e comprovante de recolhimento de taxas da União; e
VIII - documentação adicional, quando for o caso.
Parágrafo único. Havendo incoerência de informações entre os sistemas ou
indício de irregularidade, nos termos do art. 31 da IN MAPA 39/2017, deve-se avaliar as
informações contidas nos documentos anexados em dossiê eletrônico e encaminhar a
operação de importação ao NF vermelho.

Art. 5º O NF vermelho consiste no procedimento fiscal de inspeção direta,


previsto no inciso III, do art. 4º da IN MAPA nº 49/2019, o qual deverão ser avaliados
os parâmetros previstos no Anexo III de acordo com o percentual mínimo estabelecido
no Anexo II desta Norma Operacional.
§1º Constatada irregularidade em inspeção direta, o Auditor Fiscal Federal
Agropecuário - AFFA determinará a proibição agropecuária, tratamento sanitário,
inserção ou ajuste de rotulagem, destruição, separação, seleção, repasse,
processamento, reprocessamento ou outro procedimento autorizado pelo MAPA.
§2º Se verificado indício de não conformidade em inspeção direta, o produto será
encaminhado para análise completa ou sumária, previstas nos incisos I e II, do art. 4º
da IN MAPA nº 49/2019, conforme o caso.
§3º Os procedimentos de amostragem serão executados nos termos dos arts.
46, 47, 48, 49, 50, 51 e 52 da IN MAPA nº 39/2017.
§4º No caso de análise completa ou sumária, a classificação ou a avaliação parcial
deverá ser realizada por empresa credenciada.
§5º Os procedimentos de que trata o § 4º, incluindo o envio de amostra, serão
realizados sob responsabilidade e expensas do importador, de acordo com §1º do art. 46
da IN 39/2017.

Art. 6º O NF cinza consiste no procedimento especial de auditoria e investigação


e será aplicado quando for determinado o procedimento fiscal previsto no artigo 5º da
IN 49/2019 ou em situações específicas estabelecidas pelo DIPOV ou pelo VIGIAGRO.
§1º O quantitativo de operações de importação a serem incluídas no NF cinza
será estabelecido a partir da análise de risco.
§2º Toda a operação realizada no NF cinza será de responsabilidade exclusiva do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, incluindo a supervisão direta
durante eventual amostragem de produto, aplicação de lacres, lavratura de Auto de
Coleta de Amostras - ACA e encaminhamento das amostras ao laboratório.
§3º O procedimento de amostragem seguirá o rito regulamentado em norma
específica.

226 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

§4º O laudo oficial de análise deverá ser encaminhado à unidade do Vigiagro


onde ocorreu a ação fiscal.
§5º Caberá à autoridade fiscalizadora decidir sobre a destinação do produto, com
base no resultado apresentado no laudo oficial de análise, observando o disposto em
regulamento específico.

Art. 7º Na tomada de decisão quanto ao deferimento de importação, compete ao


AFFA a avaliação dos seguintes documentos, observado o disposto no respectivo NF:
I - relatório de verificação agropecuária - RVA;
II - documento de classificação, laudos técnicos ou laboratoriais;
III - informação auto declaratória, documental ou aduaneira;
IV - certificados sanitários internacionais; e
V - certificados internacionais de qualidade.
Parágrafo único. Sob autorização das chefias regionais do Vigiagro, a avaliação
fiscal e tomada de decisão do AFFA em operações de importação poderá ocorrer
remotamente ao ponto de ingresso ou unidade de despacho aduaneiro.

Art. 8º Quando houver inspeção fitossanitária de produto importado, a inspeção


direta ou análise sumária deve ser realizada concomitantemente para aferição de
conformidade da mercadoria.

Art. 9º A conformidade de rotulagem será verificada na inspeção direta.


§1º Os produtos hortícolas importados embalados e destinados diretamente à
alimentação humana, deverão conter na sua rotulagem ou marcação,
independentemente de seu peso ou volume, as seguintes informações:
I - nome ou identificação simplificada do produto;
II - identificação do lote;
III - país de origem; e
IV - nome empresarial, endereço e CNPJ ou CPF do importador.
§2º Todos os produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico, quando embalados diretamente à venda no varejo e destinados diretamente
à alimentação humana, deverão ser rotulados conforme padrão oficial de classificação.

Art. 10. A inspeção direta de produtos hortícolas consistirá na avaliação dos


requisitos mínimos de identidade e qualidade especificados na IN SDA nº 69/2018.
§1º Avaliação de requisitos mínimos de produtos hortícolas não requer
habilitação como classificador de produto vegetal.
§2º Nos casos em que o produto importado não atender aos requisitos mínimos
de identidade e qualidade e possuir padrão oficial de classificação, este poderá ser
encaminhado a procedimento de análise completa conforme inciso I do art. 4º da IN
MAPA nº 49 de 2019, prevalecendo o resultado expresso no documento de classificação.

227 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Art. 11. Se o tempo requerido para verificação da conformidade do produto


inviabilizar a permanência da mercadoria no ponto de ingresso, o mesmo poderá ser
liberado para internalização, por solicitação do interessado, após avaliação de risco pelo
AFFA e mediante Termo de Aplicação de Medida Cautelar de Suspensão da
Comercialização – TAMCSC.
§1º Constatada a conformidade do produto vegetal, o AFFA da unidade Vigiagro
cancelará o TAMCSC.
§2º Em caso de não conformidade, o serviço técnico da Unidade da Federação
de destino será notificado para providências cabíveis.

Art. 12. Fica revogada a Norma Interna DDIV nº 1 de 24 de fevereiro de 2003.

Art. 13. Esta norma interna entra em vigor na data de sua publicação.

228 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

ANEXO I – Cronograma de implementação dos níveis de fiscalização


agropecuária

Início Início Início Início Início


UF de UF de UF de UF de UF de
vigência vigência vigência vigência vigência

AC 03/02/2020 DF 01/06/2020 MT 03/02/2020 RJ 02/03/2020 SE 03/02/2020

AL 03/02/2020 ES 02/03/2020 PA 03/02/2020 RN 27/04/2020 SP 01/03/2020

AM 03/02/2020 GO 03/02/2020 PB 03/02/2020 RO 03/02/2020 TO 03/02/2020

AP 03/02/2020 MA 01/06/2020 PE 09/12/2019 RR 03/02/2020

BA 01/06/2020 MG 02/03/2020 PI 03/02/2020 RS 01/06/2020

CE 30/03/2020 MS 01/06/2020 PR 09/12/2019 SC 01/01/2020

229 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

ANEXO II – Percentual mínimo de operações direcionadas ao NF vermelho

Percentual mínimo de operações direcionadas ao NF vermelho


continua
Categoria de NF vermelho
Produto NCM
produto (mín)
AMENDOA DE CACAU 1801.00.00 20
CASTANHA DE CAJU 0801.32.00 10
AMÊNDOAS E
1202.41.00
CASTANHAS AMENDOIM 20
1202.42.00
CASTANHA DO BRASIL 0801.31.00 20
1701.11.00
1701.14.00
AÇÚCAR 1701.30.20 10
1702.40.10
1702.40.20
CRAVO DA INDIA 0907.10.00 20
FUMO EM CORDA 2401.20.90 0
GUARANÁ 1212.99.90 10
PIMENTA–DO-REINO 0904.11.00 20
2401.10.10
2401.10.20
2401.10.30
ESPECIARIAS E
2401.10.40
FUMO
TABACO EM FOLHA BENEFICIADO 2401.20.10 10
2401.20.20
2401.20.30
2401.20.40
2401.30.00
2401.10.10
2401.10.20
TABACO EM FOLHA CURADO 2401.10.30 10
2401.10.40
2401.30.00
2401.10.10
TABACO ORIENTAL 10
2401.10.20
2304.00.10
FARELO DE SOJA 10
2304.00.90
FARINHA DE MANDIOCA 1106.20.00 10
FARINHAS E
FARINHA DE TRIGO 1101.00.10 20
FARELOS
1108.14.00
FÉCULA, SAGU E TAPIOCA 1106.20.00 10
1903.00.00
0713.33.19
0713.33.29
FEIJÃO 0713.33.99 40
FEIJÕES E
0713.33.90
PULSES
0713.39.90
ERVILHA 0713.10.90 20
LENTILHA 0713.40.90 10

230 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Percentual mínimo de operações direcionadas ao NF vermelho


conclusão
Categoria de NF vermelho
Produto NCM
produto (mín)
ALGODÃO (em pluma) 5201.00.20 10
FIBRA DE JUTA 5303.10.10 10
FIBRA DE MALVA OU GUAXIMA 5305.00.90 10
FIBRA DE RAMI 5305.00.90 20
FIBRAS FIBRA de SISAL 5305.00.90 20
1404.20.10 10
LÍNTER
1404.20.90
RESÍDUOS DE ALGODÃO 5202.99.00 20
RESÍDUOS DE SISAL 5305.00.90 20
ALGODÃO (caroço) 5201.00.10 10
ALPISTE 1008.30.90 10
1006.20.10
1006.20.20
1006.30.11
ARROZ BENEFICIADO 5
1006.30.19
1006.30.21
1006.30.29
1006.10.91
ARROZ EM CASCA 5
1006.10.92
AVEIA 1004.00.90 10
CAFÉ BENEFICIADO GRÃO CRU 0901.11.10 X
GRÃOS E CANJICA DE MILHO 1005.90.90 10
CEREAIS CENTEIO 1002.90.00 20
1003.90.80
CEVADA e CEVADA PARA FINS CERVEJEIROS 10
1003.90.10
GIRASSOL 1206.00.90 30
MALTE de CEVADA ou CEVADA MALTEADA 1107.10.10 20
MAMONA 1207.99.92 x
MILHO 1005.90.10 5
MILHO PIPOCA 1005.90.10 10
SOJA 1201.90.00 5
SORGO 1007.90.00 5
TRIGO 1001.99.00 10
TRIGO SARRACENO 1008.10.90 10
TRITICALE 1008.60.90 10
1509.10.00
AZEITE DE OLIVA Proc. especial
1509.90.10
CERA DE CARNAÚBA 1002.90.00 0
ÓLEO DE MENTA 3301.25.10 0
ÓLEO DE ALGODÃO REFINADO 1512.29.10 0
ÓLEO DE BAGAÇO DE OLIVA 1509.90.90 0
ÓLEO DE CANOLA REFINADO 1514.19.10 0
ÓLEOS E
1512.19.11
GORDURAS ÓLEO DE GIRASSOL REFINADO 0
1512.19.19
1515.29.10
ÓLEO DE MILHO REFINADO 0
1515.29.90
1507.90.11
ÓLEO DE SOJA REFINADO 0
1507.90.19
ÓLEO DE SOJA BRUTO E DEGOMADO 1507.10.00 0
PÓ CERÍFERO DE CARNAÚBA 1404.90.90 0
HORTÍCOLAS 20

231 | P á g i n a
ANEXO III – Parâmetros a serem avaliados em inspeção direta

Parâmetros a serem avaliados em inspeção direta


continua
Mau estado Excesso Detritos
Categoria de Odor Mofo ou Presença Matéria Insetos
Produto de de Fermentação de
produto impróprio ardido de terra estranha vivos
conservação umidade animais
AMENDOA DE CACAU*1 X X X
AMENDOIM,
CASTANHA DE CAJU*2 X X X X
AMÊNDOAS
AMENDOIM X X
CASTANHAS
CASTANHA DO BRASIL X X X X
AÇÚCAR X X
CRAVO DA INDIA*3 X X X X
FUMO EM CORDA X X X
CONDIMENTO,
GUARANÁ X X X X X
ESPECIARIAS
PIMENTA–DO-REINO*4 X X X X X
E FUMO
TABACO EM FOLHA BENEFICIADO X X X X
TABACO EM FOLHA CURADO X X X X X
TABACO ORIENTAL X X X X
FARELO DE SOJA X X
FARINHA DE MANDIOCA*5 X X X X
FARINHA E
FARINHA DE TRIGO X X X X
FARELOS
FÉCULA, SAGU E TAPIOCA X X X X
RASPA DE MANDIOCA X X X X X
FEIJÃO*6 X X X X X
FEIJÕES E
ERVILHA X X X X
PULSES
LENTILHA X X X X
ALGODÃO (Em pluma) X
FIBRA DE JUTA*7 X X
FIBRA DE MALVA*7 X X
FIBRA DE RAMI *7 X X
FIBRAS
FIBRA DE SISAL*7 X X X
LÍNTER*8 X X
RESÍDUOS DE ALGODÃO X

Fátima Chieppe Parizzi


RESÍDUOS DE SISAL X
232 | P á g i n a
Parâmetros a serem avaliados em inspeção direta
conclusão
Mau estado Excesso Detritos
Categoria de Odor Mofo ou Presença Matéria Insetos
Produto de de Fermentação de
produto impróprio ardido de terra estranha vivos
conservação umidade animais
ALGODÃO (caroço) X
ALPISTE X X X
ARROZ BENEFICIADO X X X X X
ARROZ EM CASCA X X X X X
AVEIA X X X
CAFÉ BENEFICIADO GRÃO CRU X X X X X
CANJICA DE MILHO X X X X
CENTEIO X X X
CEVADA e CEVADA PARA FINS
X X X X
CERVEJEIROS
GRÃOS E
GIRASSOL X X X X
CEREAIS
MALTE DE CEVADA ou CEVADA
X X
MALTEADA
MAMONA X X
MILHO*9 X X X X
MILHO PIPOCA*10 X X X X X

Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal


SOJA*11 X X X
SORGO X X
TRIGO X X X X
TRIGO SARRACENO X X X
TRITICALE X X X

HORTÍCOLAS X X X X X X X X X

Critérios adicionais:
*1
amêndoa de cacau: fumaça, danos de insetos, ardósia, germinadas e impurezas.
*2
castanha-de-caju: ardido, mofo interno, ranço, sintomas de ação de roedores.
*3
cravo-da-Índia: presença de roedores mortos, excrementos de roedores e insetos mortos.
*4
pimenta-do-reino: presença de insetos vivos ou mortos em produto já pronto para consumo.
*5
farinha-de-mandioca: insetos mortos
*6
feijão: insetos mortos, grão carunchado ou com dano de lagarta.
*7
fibra de juta, fibra de malva, fibra de sisal e fibra de rami: evidência generalizada de apodrecimento
233 | P á g i n a

*8
línter: coloração avermelhada
*9
milho: grãos avariados ou carunchados.
*10
milho pipoca: avariados, quebrados, insetos mortos e grãos carunchados.
*11
soja: insetos mortos (se destinado ao consumo humano)
*12
trigo: insetos mortos (Grupo I), defeitos causados por calor.
Fátima Chieppe Parizzi

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 23, de 25 de março de 2020


Incorpora ao ordenamento jurídico nacional o “Regulamento
Técnico do MERCOSUL sobre as Condições Higiênico-
Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para os
Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de
produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor
econômico”, aprovado pela Resolução MERCOSUL/GMC nº
80/96.

A MINISTRA DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no


uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição,
tendo em vista o disposto na Lei nº 9.972, de 25 de maio de 2000, no Decreto nº 6.268,
de 22 de novembro de 2007, no Decreto nº 5.741, de 30 de março de 2006, no Decreto
Legislativo nº 188, de 15 de novembro de 1995, no Decreto nº 1.901, de 9 de maio de
1996, na Resolução CAMEX nº 29, de 24 de março de 2016, e o que consta do Processo
21000.092397/201946,
resolve:

Art. 1º Fica incorporado ao ordenamento jurídico nacional o "Regulamento


Técnico do MERCOSUL sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de
Fabricação para os Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de produtos
vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico", aprovado pela Resolução
MERCOSUL/GMC nº 80/96, na forma do Anexo a esta Instrução Normativa.

Art. 2º Restringe-se o alcance desta Instrução Normativa para o estabelecimento


que elabore, beneficie, processe, industrialize, fracione, armazene e transporte de
produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico para o consumo
humano.

Art. 3º As ações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na


importação e exportação dos produtos de origem vegetal, bem como na fiscalização de
pessoa física ou jurídica com registro no Cadastro Geral de Classificação do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento - CGC/MAPA, ficarão condicionadas ao
cumprimento das condições higiênico-sanitárias estabelecidas nesta Instrução Normativa.

Art. 4º Esta Instrução Normativa entra em vigor em 4 de maio de 2020.

TEREZA CRISTINA CORREA DA COSTA DIAS


Publicado no Diário Oficial da União em 26/03/2020

234 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

ANEXO – MERCOSUL/GMC/RES. n° 80/96: Regulamento técnico do Mercosul


sobre as condições higiênico-sanitárias e de boas práticas de fabricação para
estabelecimentos elaboradores/industrializadores de produtos vegetais,
subprodutos e resíduos de valor econômico

TENDO EM VISTA: o Tratado de Assunção, o Protocolo de Ouro Preto, a Decisão


nº 4/91 do Conselho do Mercado Comum e a Recomendação nº 32/96.

CONSIDERANDO:
Que é necessário definir um marco normativo sobre Princípios Gerais de Higiene
dos produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico;

Que para tanto o SGT-3 tomou como referência o documento do CODEX


ALIMENTARIUS - Código Internacional Recomendado de Práticas: Princípios Gerais de
Higiene dos Produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos, CAC/VOL.
A, Ed. 2 (1985), assim como outros documentos posteriores do Comitê de Higiene dos
Produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos do CODEX
ALIMENTARIUS sobre este Tema;

Que é necessário, primeiramente, estabelecer as condições gerais essenciais nos


aspectos higiênico-sanitários e de boas práticas de elaboração/industrialização de
produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos;

Que é imprescindível a formulação de procedimentos harmonizados de inspeção


e controle para fins de complementar a presente resolução para a aplicação dos sistemas
de habilitação de estabelecimentos elaboradores/industrializadores de produtos vegetais,
subprodutos e resíduos de valor econômico.

O GRUPO MERCADO COMUM resolve:


Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico do Mercosul sobre as condições higiênico-
sanitárias e de boas práticas de fabricação para estabelecimentos
elaboradores/industrializadores de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor
econômico, que forma do Anexo I e forma parte da presente Resolução.

Art. 2º Incorporar o item 3 - Princípios Gerais Higiênico-Sanitários das Matérias-


Primas para Produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos
elaborados/industrializados.

Art. 3º Estabelecer que estes requisitos gerais não excetuam o cumprimento de


outros regulamentos específicos que deverão ser harmonizados para aquelas atividades
que se determinem, segundo os critérios que acordarem os Estados Partes.

Art. 4º Instruir ao SGT nº 3 - Regulamentos Técnicos - que mantenha atualizado


o presente Regulamento, em função das normas tecnológicas e dos novos critérios
internacionais na matéria.

235 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Art. 5º Os organismos competentes dos Estados Partes adotarão medidas


pertinentes com vistas a dar cumprimento ao disposto anteriormente.

Art. 6º Em função do estabelecido na Resolução 91/93 do GMC, as autoridades


competentes dos Estados Partes encarregadas da implementação da presente Resolução
serão:

Argentina:
Ministerio de Salud y Acción
Ministerio de Economía y Obras y Servícios Públicos
Secretaría de Agricultura, Pesca y Alimentación
Instituto Argentino de Sanidad y Calidad Vegetal
Servicio Nacional de Sanidad Animal
Secretaría de Industria Instituto Nacional de Vitivinicultura
Brasil:
Ministério da Saúde
Ministério da Agricultura e Abastecimento
Paraguai:
Ministerio de la Salud Pública y Bienestar Social
Ministerio de Ganadería y Agricultura
Ministerio de Industria y Comercio
Ins tuto Nacional de Tecnología y Normalización
Uruguai:
Ministerio de Salud Pública
Ministerio de Ganadería, Agricultura y Pesca
Ministerio de Industria, Energía y Minería
Laboratorio Tecnológico del Uruguay

Art. 7º A presente Resolução entrará em vigência até 1/01/97.

XXIII GMC
Brasília, 11 de outubro de 1996

236 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

REGULAMENTO TÉCNICO DO MERCOSUL SOBRE AS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-


SANITÁRIAS E DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO PARA
ESTABELECIMENTOS ELABORADORES/ INDUSTRIALIZADORES DE PRODUTOS
VEGETAIS, SUBPRODUTOS E RESÍDUOS DE VALOR ECONÔMICO

1. OBJETIVO E ÂMBITO DE APLICAÇÃO

1.1. OBJETIVO
O presente Regulamento estabelece os requisitos gerais de higiene e de boas
práticas de fabricação para produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor
econômico.

1.2 ÂMBITO DE APLICAÇÃO


O presente Regulamento se aplica, nos pontos cabíveis, a toda pessoa física ou
jurídica que possua pelo menos um estabelecimento no qual se realize algumas das
seguintes atividades: beneficiamento, processamento, fracionamento, armazenamento e
transporte de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico nos Estados
Partes do MERCOSUL.

O fato de cumprir estes requisitos gerais não o isenta do cumprimento de outros


regulamentos específicos que deverão ser harmonizados para aquelas atividades que
forem determinadas segundo os critérios acordados pelos Estados Partes.

2. DEFINIÇÕES

Para os efeitos deste regulamento define-se:

2.1. Estabelecimento industrializador: É o âmbito que compreende o local e a


área até o cerco perimetral que o rodeia, no qual é realizado um conjunto de operações
e processos com a finalidade de obter produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor
econômico, assim como o armazenamento e transporte de produto ou de matéria-prima.

2.2. Manipulação de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor


econômico: São as operações que se efetuam sobre a matéria-prima até a obtenção de
produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico acabado, em qualquer
etapa de seu processamento, armazenamento e transporte.

2.3. Elaboração de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor


econômico: É o conjunto de todas as operações e processos praticados para a obtenção
de um produto vegetal, subproduto e resíduo de valor econômico.

2.4. Fracionamento de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor


econômico: São as operações através das quais divide-se um produto sem modificar sua
composição original.

237 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

2.5. Armazenamento: É o conjunto de requisitos e tarefas efetuadas para a


correta conservação de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico.

2.6. Boas práticas de fabricação: São os procedimentos necessários para obter


produtos seguros.

2.7. Organismo competente: É o organismo oficial ou oficialmente reconhecido e


legalmente facultado pelo Estado Parte para exercer suas funções.

2.8. Adequado: Entende-se como suficiente para atingir o objetivo desejado.

2.9. Limpeza: É a eliminação de terra, restos de produtos vegetais, subprodutos


e resíduos de valor econômicos, pó ou outras matérias indesejáveis.

2.10. Contaminação: Entende-se como a presença de substâncias ou agentes


estranhos de origem biológica, química ou física, considerada nociva ou não para a saúde
humana.

2.11. Desinfecção: É a redução, através de agentes químicos ou métodos físicos


adequados, do número de microrganismos no edifício, nas instalações, equipamentos e
utensílios, até um nível que não permita a contaminação dos produtos vegetais,
subprodutos e resíduos de valor econômico.

3. DOS PRINCÍPIOS GERAIS HIGIÊNICO-SANITÁRIOS DAS MATÉRIAS-


PRIMAS PARA PRODUTOS VEGETAIS, SUBPRODUTOS E RESÍDUOS DE VALOR
ECONÔMICO

Objetivo: Estabelecer os princípios gerais para a recepção de matérias-primas


para a produção de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos
elaborados/industrializados que garantam a necessária qualidade para não oferecer
riscos à saúde humana.

3.1. ÁREAS DE PROCEDÊNCIA DAS MATÉRIAS-PRIMAS


3.1.1. Áreas inadequadas de produção, criação, extração, cultivo ou colheita: Não
devem ser produzidos, cultivados, colhidos ou extraídos produtos vegetais, subprodutos
e resíduos de valor econômicos ou crias de animais destinados à alimentação humana
em áreas onde a presença de substâncias potencialmente nocivas possa provocar a
contaminação desses produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos ou
de seus derivados, em níveis que possam constituir um risco para a saúde.

3.1.2. Proteção contra a contaminação com detritos/lixo: As matérias-primas


alimentícias devem ser protegidas contra a contaminação por lixo ou detritos de origem
animal, doméstica, industrial e agrícola, cuja presença possa alcançar níveis suscetíveis
de constituir um risco para a saúde.

238 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

3.1.3. Proteção contra a contaminação pela água: Não devem ser cultivados,
produzidos ou extraídos produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos
ou crias de animais destinados à alimentação humana nas áreas onde a água utilizada
nos diversos processos produtivos possa constituir, através dos produtos vegetais,
subprodutos e resíduos de valor econômicos, um risco para a saúde do consumidor

3.1.4. Controle de pragas e doenças: As medidas de controle que incluem o


tratamento com agentes químicos, biológicos ou físicos devem ser aplicadas somente sob
a supervisão direta de pessoas que conheçam os perigos potenciais que tais agentes
representam para a saúde. Tais medidas somente devem ser aplicadas em conformidade
com as recomendações do organismo oficial competente.

3.2. COLHEITA, PRODUÇÃO, EXTRAÇÃO E ABATE


3.2.1. Os métodos e procedimentos para a colheita, produção, extração e abate
devem ser higiênicos, sem constituir um perigo potencial para a saúde nem provocar a
contaminação dos produtos.

3.2.2. Equipamentos e recipientes: Os equipamentos e recipientes que se utilizam


nos diversos processos produtivos não deverão constituir um risco para a saúde. Os
recipientes que são reutilizados devem ser feitos de um material que permita sua
completa limpeza e desinfecção. Aqueles que foram usados com matérias tóxicas não
devem ser utilizados posteriormente para produtos vegetais, subprodutos e resíduos de
valor econômicos ou ingredientes alimentares.

3.2.3. Remoção de matérias-primas inadequadas: As matérias-primas que são


inadequadas para o consumo humano devem ser separadas durante os processos
produtivos, de maneira a evitar a contaminação dos produtos vegetais, subprodutos e
resíduos de valor econômicos. Deverão ser eliminadas de modo a não contaminar os
produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos, as matérias-primas, a
água e o meio-ambiente.

3.2.4. Proteção contra a contaminação das matérias-primas e danos à saúde


pública: Deve-se tomar as precauções adequadas para evitar a contaminação química,
física ou microbiológica, ou por outras substâncias indesejáveis. Ademais, devem ser
tomadas medidas com relação à prevenção de possíveis danos.

3.3. ARMAZENAMENTO NO LOCAL DE PRODUÇÃO


As matérias-primas devem ser armazenadas em condições que garantam a
proteção contra a contaminação e reduzam ao mínimo os danos e a deterioração.

3.4. TRANSPORTE
3.4.1. Meios de transporte: Os meios para transportar produtos vegetais,
subprodutos e resíduos de valor econômicos colhidos, transformados ou semiprocessados
dos locais de produção ou armazenamento devem ser adequados à finalidade para a qual
se destinam e devem estar construídos com materiais que permitam a fácil e completa
realização de sua limpeza, desinfecção e desinfestação.

239 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

3.4.2. Procedimentos de manipulação: Os procedimentos de manipulação devem


ser tais que impeçam a contaminação dos materiais.

4. DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DOS ESTABELECIMENTOS


ELABORADORES/INDUSTRIALIZADORES DE PRODUTOS VEGETAIS,
SUBPRODUTOS E RESÍDUOS DE VALOR ECONÔMICOS

Objetivo: Estabelecer os requisitos gerais (essenciais) e de boas práticas de


fabricação aos quais deverá ajustar-se todo estabelecimento elaborador ou
industrializador de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos aptos
para consumo humano.

Sobre os requisitos gerais de estabelecimentos elaboradores/industrializadores


de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos

4.1. DAS INSTALAÇÕES


4.1.1. Localização: Os estabelecimentos deverão estar situados preferivelmente
em zonas livres de odores indesejáveis, fumaça, poeira e outros agentes contaminadores
e não expostas a inundações.

4.1.2. Vias de trânsito interno: As vias e zonas utilizadas pelo estabelecimento


que estejam dentro de seu cerco perimetral, deverão ter uma superfície dura e/ou
pavimentada, apta para o trânsito rodado. Deve contar com um sistema adequado de
escoamento, assim como de meios de limpeza.

4.1.3. Aprovação de plantas de edifícios e instalações:

4.1.3.1. Os edifícios deverão ser de construção sólida e possuir instalações


sanitárias adequadas. A qualidade de todos os materiais usados na construção e na
manutenção do estabelecimento deverá ser aquela que não permita a transmissão de
nenhuma substância não desejada aos produtos vegetais, subprodutos e resíduos de
valor econômico.

4.1.3.2. Para a aprovação dos planos deverá ser considerada a existência de


espaços suficientes que permitam a execução de todas as operações de maneira
satisfatória.

4.1.3.3. O desenho das instalações deverá permitir uma limpeza fácil e adequada
do local e facilitar a devida inspeção da higiene dos produtos vegetais, subprodutos e
resíduos de valor econômico.

4.1.3.4. Os edifícios e instalações deverão ser construídos de forma a impedir a


entrada ou permanência de insetos, roedores e/ou de pragas, assim como de agentes
contaminadores do meio, tais como fumaça, poeira, vapor ou outros.

4.1.3.5. Os edifícios e instalações deverão ser construídos de forma a permitir a


separação por divisão, localização e outros meios eficazes, das operações que possam
causar contaminação cruzada.

240 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

4.1.3.6. Os edifícios e instalações deverão ser construídos de tal forma que as


operações possam ser realizadas nas devidas condições higiênicas, desde a chegada da
matéria-prima até a obtenção do produto final, garantindo também as condições
apropriadas para o processo de fabricação.

4.1.3.7. Nas zonas de manipulação de produtos vegetais, subprodutos e resíduos


de valor econômicos:
− Os pisos deverão ser de materiais resistentes ao trânsito, impermeáveis, não
absorventes, laváveis e antiderrapantes; não deverão apresentar gretas, sendo fáceis
de limpar e desinfetar. Os líquidos deverão escorrer em direção aos escoadouros
(sifonados ou similares), evitando sua acumulação nos pisos.
− As paredes serão construídas ou revestidas com materiais não absorventes e laváveis
e deverão estar pintadas de cores claras. Deverão ser lisas, sem gretas e com
superfícies de fácil limpeza e desinfecção pelo menos até a altura adequada para a
realização das operações. Os ângulos entre as paredes, entre paredes e pisos, e entre
paredes e tetos deverão ser de fácil limpeza. Deve estar indicado nas plantas a altura
do friso que será impermeável.
− Os tetos deverão estar construídos e/ou terminados de forma a impedir o acúmulo de
sujeira e a reduzir ao mínimo a condensação e a formação de mofo; deverão também
ser de fácil limpeza.
− As janelas e outras aberturas deverão ser construídas de forma a evitar o acúmulo de
sujeira; aquelas que tenham comunicação direta com o exterior do edifício deverão
estar providas de proteção contra pragas. Os revestimentos de proteção deverão ser
de fácil limpeza e conservação.
− As portas deverão ser de material não absorvente e de fácil limpeza.
− As escadas, monta-cargas e estruturas auxiliares, como plataformas, escadas e
rampas, deverão estar situadas e construídas de forma a não provocar a
contaminação.

4.1.3.8. Nas zonas de manipulação dos produtos vegetais, subprodutos e


resíduos de valor econômicos, todas as estruturas e acessórios elevados deverão ser
instalados de forma a evitar a contaminação direta ou indireta dos produtos vegetais,
subprodutos e resíduos de valor econômicos, da matéria-prima e do material de
embalagem, através de condensação ou de goteiras e de maneira a não obstruir as
operações de limpeza.

4.1.3.9. Os alojamentos, lavabos, vestiários e quartos de higiene do pessoal


auxiliar do estabelecimento deverão estar completamente separados das zonas de
manipulação de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos, sem
acesso direto a elas nem comunicação com as mesmas.

4.1.3.10. Os insumos, matérias-primas e produtos acabados deverão ser


colocados sobre estrados ou separados das paredes para permitir a correta higienização
da zona.

241 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

4.1.3.11. Deve-se evitar o uso de materiais que não possam ser limpos ou
desinfetados adequadamente, como por exemplo, madeira, a menos que a tecnologia
utilizada torne imprescindível seu emprego e desde que tal material não seja uma fonte
de contaminação.

4.1.3.12. Abastecimento de água:

4.1.3.12.1. O abastecimento de água deve ser abundante, com a pressão


adequada e temperatura conveniente; um bom sistema de distribuição e a devida
proteção contra a contaminação são igualmente necessários. Se houver necessidade de
armazenar água, devem existir instalações apropriadas nas condições indicadas
anteriormente. Neste caso, é imprescindível um controle frequente da potabilidade da
água.

4.1.3.12.2. O organismo competente poderá admitir variações das especificações


químicas e físico-químicas com relação às condições estabelecidas e aceitas devido à
composição da água da zona em questão, sempre que não for comprometida a
inocuidade do produto, nem a saúde pública.

4.1.3.12.3. O vapor e o gelo utilizados em contato direto com produtos vegetais,


subprodutos e resíduos de valor econômicos ou superfícies que entrem em contato com
os mesmos não deverão conter nenhuma substância que possa ser perigosa para a saúde
ou contaminar os produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico.

4.1.3.12.4. A água impotável utilizada na produção de vapor, refrigeração,


combate a incêndios e outros propósitos similares não relacionados com os produtos
vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos, deverá ser transportada por
encanamentos completamente separados, de preferência identificados por cores, sem
nenhuma conexão transversal ou sifonada de retrocesso com os encanamentos que
conduzem água potável.

4.1.3.13. Evacuação de efluentes e águas residuais: Os estabelecimentos


deverão contar com um sistema eficaz de evacuação de efluentes e águas residuais, o
qual deverá ser mantido sempre em perfeito estado de funcionamento. Todos os
condutos de evacuação (incluindo os sistemas de esgoto) deverão ser suficientemente
grandes para suportar cargas máximas, devendo também ser construídos de forma a
evitar a contaminação do abastecimento de água potável.

4.1.3.14. Vestiários e quartos de asseio: Todos os estabelecimentos deverão


dispor de vestiários, sanitários e quartos de asseio adequados, convenientemente
situados, garantindo-se a eliminação higiênica das águas residuais. Estes locais deverão
estar bem iluminados e ventilados e não devem estar diretamente comunicados com a
zona onde os produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos são
manipulados. Junto aos vasos sanitários devem haver lavabos com água fria ou fria e
quente, equipados com todos os elementos adequados para a completa higienização das
mãos, não estando permitido o uso de toalhas de tecido; no caso de toalhas de papel,
deve haver um número suficiente de dispositivos de distribuição e receptáculos para tais
toalhas; os lavatórios deverão estar situados entre os sanitários e a área de manipulação

242 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos, de forma a que os


funcionários obrigatoriamente passem em frente aos mesmos e possam utilizá-los antes
de retornar ao trabalho. Devem ser colocados cartazes indicando ao pessoal a
necessidade de lavar as mãos sempre após a utilização dos serviços sanitários.

4.1.3.15. Instalações para lavar as mãos nas zonas de fabricação: Os


estabelecimentos devem possuir instalações adequadas e convenientemente localizadas
para que seus funcionários possam lavar e secar as mãos sempre que tal medida for
exigida pela natureza das operações. Em caso de haver manipulação de substâncias
contaminadoras, ou quando a índole das tarefas exigir uma desinfecção adicional à
lavagem, devem também existir instalações apropriadas para a desinfecção das mãos.
Deve-se dispor de água fria ou fria e quente e de elementos adequados para a limpeza
das mãos. Deverá haver um meio higiênico adequado para a secagem das mãos. Não
será permitido o uso de toalhas de tecido. Se forem usadas toalhas de papel, deverá
haver um número suficiente de dispositivos de distribuição e receptáculos para este tipo
de toalha. As instalações deverão estar providas de encanamentos devidamente
sifonados que levem as águas residuais aos canais de escoamento.

4.1.3.16. Instalações de limpeza e desinfecção: Quando couber, deverá haver


instalações adequadas para a limpeza e desinfecção dos materiais e equipamentos de
trabalho. Essas instalações serão construídas com materiais resistentes à corrosão e de
fácil limpeza; deverão estar equipadas com os meios convenientes para o fornecimento
de água fria ou fria e quente em quantidades suficientes.

4.1.3.17. Iluminação e instalações elétricas: Os locais dos estabelecimentos


deverão ter iluminação natural e/ou artificial que possibilite a realização das tarefas e não
comprometa a higiene dos produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor
econômicos. As fontes de luz artificial suspensas ou aplicadas que estejam localizadas
sobre a zona de manipulação de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor
econômicos, em qualquer das fases de produção, devem ser do tipo inócuo e estar
protegidas contra rupturas. A iluminação não deverá provocar qualquer alteração às
cores. As instalações elétricas deverão ser embutidas; no caso de instalações elétricas
exteriores, estas deverão estar perfeitamente cobertas por canos isolantes e presas a
paredes ou tetos, não sendo permitida a existência de fios pendurados sobre as áreas de
manipulação de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos. O
Organismo Competente poderá autorizar outra forma de instalação ou a modificação das
instalações aqui descritas quando o considerar conveniente.

4.1.3.18. Ventilação: A ventilação do local deve ser adequada para evitar o


excesso de calor, a condensação de vapor ou a acumulação de poeira, assim como para
eliminar o ar contaminado. A corrente de ar nunca deverá estar dirigida de uma zona
suja a uma zona limpa. Devem existir aberturas de ventilação equipadas com as
proteções e sistemas correspondentes para evitar a entrada de agentes contaminadores.

4.1.3.19. Armazenamento de detritos e matérias não comestíveis: Devem existir


meios para o armazenamento dos detritos e matérias não comestíveis antes de sua
eliminação ou retirada do estabelecimento, de modo a impedir o ataque de pragas aos
detritos de matérias não comestíveis e evitar, assim, a contaminação das matérias-

243 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

primas, dos produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico, da água


potável, dos equipamentos e dos edifícios ou vias de acesso nos locais.

4.1.3.20. Devolução de produtos: Em caso de devolução de produtos, os mesmos


poderão ser guardados em setores separados e destinados especificamente a esse fim,
durante o período necessário para determinar seu destino final.

4.1.4. Equipamentos e utensílios:

4.1.4.1. Materiais: Todo o equipamento e os utensílios empregados nas zonas de


manipulação, e que possam entrar em contato com os produtos vegetais, subprodutos e
resíduos de valor econômicos, devem ser feitos de um material que não transmita
substâncias tóxicas, odores nem sabores, não podendo ser absorvente; tal material
deverá ser resistente à corrosão e capaz de resistir a repetidas operações de limpeza e
desinfecção. As superfícies deverão ser lisas e livres de orifícios, rachaduras e outras
imperfeições que possam comprometer a higiene dos produtos vegetais, subprodutos e
resíduos de valor econômicos ou constituir fontes de contaminação. Deverá ser evitado
o uso de madeira e outros materiais que não possam ser limpos e desinfetados
adequadamente, a menos que exista a certeza de que tais materiais não sejam uma fonte
de contaminação. Deve-se evitar também o uso de outros materiais que possam produzir
corrosão por contato.

4.1.4.2. Desenho e construção:

4.1.4.2.1. Todos os equipamentos e utensílios deverão estar desenhados e


construídos de modo a garantir a higiene e permitir uma fácil e completa limpeza e
desinfecção e, quando factível, deverão ser visíveis para facilitar a inspeção. Os
equipamentos fixos deverão ser instalados de forma a permitir o fácil acesso aos mesmos
e uma limpeza profunda, além disso, deverão ser usados exclusivamente para os fins aos
quais foram destinados.

4.1.4.2.2. Os recipientes para matérias não comestíveis e detritos deverão ser


feitos de metal ou de qualquer outro material não absorvente e inatacável, que facilite a
limpeza e eliminação de seu conteúdo; suas estruturas e tampas devem ser à prova de
vazamentos ou exalação. Os equipamentos e utensílios empregados para matérias não
comestíveis ou detritos deverão estar marcados com a indicação específica de seu uso e
não deverão ser utilizados para produtos comestíveis.

4.1.4.2.3. Todos os locais refrigerados deverão estar equipados com um


termômetro que indique as temperaturas máxima e mínima, ou com outros dispositivos
de registro da temperatura ambiente para assegurar a uniformidade da temperatura e a
consequente conservação das matérias-primas, produtos e processos. Sobre as boas
práticas de fabricação em estabelecimentos elaboradores/industrializadores.

244 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

5. ESTABELECIMENTO: REQUISITOS DE HIGIENE (SANEAMENTO DOS


ESTABELECIMENTOS)

5.1. CONSERVAÇÃO
Os edifícios, equipamentos, utensílios e todas as demais instalações do
estabelecimento, incluindo os escoadouros, deverão ser mantidos em bom estado de
conservação e funcionamento. Na medida do possível, as salas deverão estar livres de
vapor, poeira, fumaça e águas residuais.

5.2. LIMPEZA E DESINFECÇÃO


5.2.1. Todos os produtos de limpeza e desinfecção devem ser aprovados antes
de seu uso pelo controle da empresa, sendo identificados e guardados em local
adequado, fora das áreas de manipulação de produtos vegetais, subprodutos e resíduos
de valor econômicos. Além disso, deverão estar autorizados pelos organismos
competentes.

5.2.2. Para impedir a contaminação dos produtos vegetais, subprodutos e


resíduos de valor econômicos, deve-se proceder à limpeza de toda a área de manipulação
de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos, equipamentos e
utensílios com a frequência necessária, assim como à sua desinfecção quando as
circunstâncias o exijam.
É necessário dispor de recipientes adequados em número e capacidade
suficientes para conter os detritos e matérias não comestíveis.

5.2.3. Deverão ser tomadas as devidas precauções para impedir a contaminação


dos produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos quando for feita a
limpeza ou desinfecção das salas, equipamentos e utensílios, com água ou detergentes
ou com desinfetantes ou soluções desinfetantes.
Os detergentes e desinfetantes devem ser os adequados à finalidade desejada,
devendo estar aprovados pelo organismo oficial competente. Os resíduos desses agentes
que permaneçam em uma superfície que possa entrar em contato com produtos vegetais,
subprodutos e resíduos de valor econômicos devem ser eliminados através de uma
lavagem cuidadosa com água potável antes de que a área ou os equipamentos sejam
novamente utilizados para a manipulação de produtos vegetais, subprodutos e resíduos
de valor econômicos.
Também será necessário tomar as devidas precauções para a limpeza e
desinfecção quando se realizem operações de manutenção geral e/ou particular em
qualquer local do estabelecimento, nos equipamentos, utensílios ou qualquer elemento
que possa contaminar os produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico.

5.2.4. Deve-se limpar e desinfetar minuciosamente os pisos, incluindo os


escoadouros, as estruturas auxiliares e as paredes da área de manipulação de produtos
vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos, imediatamente após o término da
jornada de trabalho, ou com a frequência que for considerada conveniente.

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Fátima Chieppe Parizzi

5.2.5. As vias de acesso e os pátios que fazem parte do estabelecimento e que


estão situados em suas imediações também deverão ser mantidos limpos.

5.3. PROGRAMA DE HIGIENE E DESINFECÇÃO


Cada estabelecimento deverá garantir sua limpeza e desinfecção. Nos
procedimentos de higiene não deverão ser utilizadas substâncias odorantes e/ou
desodorantes, em quaisquer de suas formas, nas zonas de manipulação dos produtos
vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos a fim de evitar a contaminação
pelos mesmos e a dissimulação dos odores.
O pessoal deve ter pleno conhecimento da importância da contaminação e dos
riscos que encerra, devendo estar capacitado em técnicas de limpeza.

5.4. SUBPRODUTOS
Os subprodutos deverão ser armazenados de forma adequada; os subprodutos
resultantes da fabricação que possam ser um veículo de contaminação deverão ser
retirados das zonas de trabalho sempre que for necessário.

5.5. MANIPULAÇÃO, ARMAZENAMENTO E ELIMINAÇÃO DE DETRITOS


Os detritos deverão ser manipulados de modo a evitar a contaminação dos
produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos e/ou da água potável.
Um cuidado especial será tomado para impedir a presença de pragas nos detritos. Os
detritos deverão ser retirados das zonas de manipulação de produtos vegetais,
subprodutos e resíduos de valor econômicos e de outras zonas de trabalho pelo menos
uma vez ao dia e todas as vezes que forem necessárias. Deve-se limpar e desinfetar os
recipientes utilizados para o armazenamento de detritos, assim como todos os
equipamentos que tenham entrado em contato com os mesmos, imediatamente após a
evacuação de tais resíduos. Da mesma forma, deve-se limpar e desinfetar a zona onde
os mesmos foram armazenados.

5.6. PROIBIÇÃO DE ANIMAIS DOMÉSTICOS


Deve-se impedir a entrada de animais a todos os locais onde existam matérias-
primas, material de embalagem, produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor
econômicos acabados ou que estejam em qualquer de suas etapas de processamento.

5.7. SISTEMA DE COMBATE ÀS PRAGAS


5.7.1. Deverá ser aplicado um programa eficaz e contínuo de combate às pragas.
Os estabelecimentos e suas zonas circundantes deverão ser inspecionados
periodicamente a fim de diminuir ao mínimo os riscos de contaminação.

5.7.2. No caso de estabelecimentos invadidos por pragas, deverão ser tomadas


medidas de erradicação. As medidas de combate que compreendem o tratamento com
agentes químicos ou biológicos autorizados, assim como com agentes físicos, somente
deverão ser aplicadas sob a supervisão direta de pessoas que conheçam a fundo os riscos
que o uso desses agentes pode trazer à saúde, especialmente os riscos que podem
originar-se dos resíduos retidos no produto.

246 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

5.7.3. Somente deverão ser utilizados praguicidas se não houver outras medidas
de precaução que possam ser aplicadas com eficácia. Antes da aplicação de praguicidas,
deve-se ter o cuidado de proteger da contaminação todos os produtos vegetais,
subprodutos e resíduos de valor econômicos, equipamentos e utensílios. Após a aplicação
dos praguicidas autorizados, deve-se realizar uma limpeza minuciosa no equipamento e
nos utensílios contaminados para eliminar qualquer resíduo nocivo antes de tornar a
utilizá-los.

5.8. ARMAZENAMENTO DE SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS


5.8.1. Os praguicidas, solventes e outras substâncias tóxicas que possam
representar um risco para a saúde deverão ser etiquetados adequadamente com um
rótulo que informe sobre sua toxicidade e utilização. Estes produtos deverão ser
armazenados em salas separadas ou armários fechados com chave, especialmente
destinados a esse efeito e deverão ser distribuídos ou manipulados unicamente por
pessoal autorizado e devidamente treinado para tal, ou por pessoas que trabalhem sob
a estrita supervisão de pessoal competente. Deve-se evitar a contaminação dos produtos
vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico.

5.8.2. Salvo por necessidades de higiene ou de fabricação, não deverá ser


utilizada nem armazenada na zona de manipulação de produtos vegetais, subprodutos e
resíduos de valor econômicos nenhuma substância que possa contaminá-los.

5.9. ROUPAS E OBJETOS PESSOAIS


Não deve ser admitida a presença de roupas ou objetos pessoais nas zonas de
manipulação de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos.

6. HIGIENE PESSOAL E REQUISITOS SANITÁRIOS

6.1. INSTRUÇÕES DE HIGIENE


A Direção do estabelecimento deverá tomar disposições para que todas as
pessoas que manipulem produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos
recebam uma instrução adequada e contínua em matéria de manipulação higiênica dos
produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos e higiene pessoal, a fim
de que saibam adotar as precauções necessárias para evitar a contaminação dos produtos
vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos. Tal instrução deverá compreender
as partes pertinentes do presente regulamento.

6.2. ESTADO DE SAÚDE


As pessoas que possam estar doentes, ou que estejam sofrendo de algum mal
com probabilidades de ser transmitido por meio dos produtos vegetais, subprodutos e
resíduos de valor econômicos, não poderão entrar em nenhuma zona de manipulação ou
operação de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos se houver
qualquer possibilidade de contaminação dos mesmos. Qualquer pessoa que estiver
afetada por alguma doença deverá comunicar imediatamente sua condição de saúde à
Direção do estabelecimento.

247 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

As pessoas que devam manter contato com os produtos vegetais, subprodutos e


resíduos de valor econômicos durante seu trabalho deverão submeter-se aos exames
médicos estabelecidos pelos Organismos Competentes de Saúde dos Estados Partes,
antes de serem admitidas no estabelecimento e em caráter periódico. Também deverá
ser efetuado um exame médico a todos os trabalhadores em outras ocasiões, por razões
clínicas ou epidemiológicas.

6.3. ENFERMIDADES CONTAGIOSAS


A Direção tomará as medidas necessárias para não permitir, sob hipótese
alguma, que pessoas que possam estar doentes, que estejam doentes ou sejam
portadores de alguma doença suscetível de ser transmitida pelos produtos vegetais,
subprodutos e resíduos de valor econômicos, trabalhem em nenhuma zona de
manipulação de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos quando
houver a probabilidade de que tais pessoas possam contaminar direta ou indiretamente
os produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos com microrganismos
patogênicos, mantendo-se essa proibição até que se restabeleçam e recebam alta
médica; tais medidas também serão aplicadas a pessoas que apresentem feridas
infeccionadas, infecções cutâneas, chagas ou que tenham diarreia. Todas as pessoas que
estejam nessas condições devem comunicar imediatamente sua condição física à direção
do estabelecimento.

6.4. FERIDAS
Toda pessoa que apresente feridas estará impedida de manipular produtos
vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos ou superfícies que entrem em
contato com produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos até decisão
em sentido contrário por determinação profissional.

6.5. LAVAGEM DAS MÃOS


Toda pessoa que trabalhe em uma zona de manipulação de produtos vegetais,
subprodutos e resíduos de valor econômicos deverá, enquanto estiver em serviço, lavar
as mãos com frequência de forma minuciosa, utilizando um agente de limpeza autorizado
e água potável fria ou água potável fria e quente. Essa pessoa deverá lavar as mãos
antes de iniciar o trabalho, imediatamente depois de usar os serviços sanitários, após
manipular material contaminado e todas as vezes que forem necessárias. Deverá lavar e
desinfetar as mãos logo após a manipulação de qualquer material contaminador que
possa transmitir doenças. Serão colocados avisos que indiquem a obrigação de lavar as
mãos. Deverá ser realizado um controle adequado para garantir o cumprimento deste
requisito.

6.6. HIGIENE PESSOAL


Toda pessoa que estiver trabalhando em uma zona de manipulação de produtos
vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos deverá manter uma esmerada
higiene pessoal e, a todo momento, durante o trabalho deverá usar roupas protetoras,
calçados adequados e gorros de proteção. Todos estes elementos deverão ser laváveis,
a menos que sejam descartáveis e deverão estar sempre limpos, respeitando a natureza
do trabalho que se desempenhe. Durante a manipulação de matérias-primas e produtos
vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos, será proibido o uso de todo e
qualquer objeto de adorno.

248 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

6.7. CONDUTA PESSOAL


Nas zonas onde se manipulem produtos vegetais, subprodutos e resíduos de
valor econômicos, deverá estar proibido todo ato que possa provocar a contaminação
dos produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos como, por exemplo,
comer, fumar, salivar ou outras práticas anti-higiênicas.

6.8. LUVAS
Se houver a necessidade do uso de luvas para a manipulação dos produtos
vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos, estas deverão ser mantidas em
perfeitas condições de limpeza e higiene. O uso de luvas não livrará o operário da
obrigação de lavar as mãos cuidadosamente.

6.9. VISITANTES
A categoria Visitantes inclui toda pessoa que não pertence às áreas ou setores
onde se manipulam produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos.
Serão tomadas precauções para impedir que os visitantes contaminem os produtos
vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos nas áreas de manipulação. As
precauções podem incluir o uso de roupas protetoras. Os visitantes devem cumprir as
disposições recomendadas nas seções 5.9, 6.3, 6.4 e 6.7 do presente regulamento.

6.10. SUPERVISÃO
A responsabilidade pelo cumprimento dos requisitos assinalados nas seções 6.1
a 6.9 por parte de todo o pessoal, deverá estar sob a direção específica de supervisores
competentes.

7. REQUISITOS DE HIGIENE NA FABRICAÇÃO

7.1. REQUISITOS APLICÁVEIS À MATÉRIA-PRIMA


7.1.1 O estabelecimento não deverá aceitar nenhuma matéria-prima ou
ingrediente que contenha parasitas, microrganismos ou substâncias tóxicas, em
decomposição ou substâncias estranhas que não possam ser reduzidas a níveis aceitáveis
pelos procedimentos normais de classificação e/ou preparação ou elaboração.

7.1.2. As matérias-primas ou ingredientes deverão ser inspecionados e


classificados antes de serem levados à linha de elaboração e, caso necessário, deverão
ser submetidas a testes de laboratório. Na elaboração ulterior, somente deverão utilizar-
se matérias-primas ou ingredientes limpos e em boas condições.

7.1.3. As matérias-primas e os ingredientes armazenados nos locais do


estabelecimento deverão ser mantidos em condições que evitem sua deterioração, que
os protejam contra a contaminação e reduzam ao mínimo quaisquer danos. Deverá
assegurar-se a rotação adequada dos estoques de matérias-primas e ingredientes.

7.2. PREVENÇÃO DA CONTAMINAÇÃO CRUZADA


7.2.1. Serão tomadas medidas eficazes para evitar a contaminação do material
alimentar por contato direto ou indireto com material contaminado que se encontre nas
fases iniciais do processo.

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Fátima Chieppe Parizzi

7.2.2. As pessoas que manipulam matérias-primas ou produtos semielaborados


com risco de contaminar o produto final, não deverão entrar em contato com nenhum
produto final enquanto não trocarem toda a roupa protetora usada durante o trabalho (a
qual esteve em contato ou foi manchada por alguma matéria-prima ou produto
semielaborado) por roupa limpa, e cumprirem o que estabelecem os numerais 6.5 e 6.6.
7.2.3. Se existir a probabilidade de contaminação, os funcionários do setor
deverão lavar as mãos meticulosamente entre uma manipulação de produtos e a
seguinte, nas diversas fases de elaboração.

7.2.4. Todo o equipamento que tenha tido contato com matérias-primas ou com
material contaminado deverá ser limpo e desinfetado cuidadosamente antes de ser
utilizado para entrar em contato com produtos não contaminados.

7.3. USO DA ÁGUA


7.3.1. Como princípio geral, deve-se usar unicamente água potável na
manipulação dos produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos.

7.3.2. Com a aprovação do organismo competente, poderá ser utilizada água não
potável para a produção de vapor e com outros fins análogos não relacionados aos
produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos.

7.3.3. Para utilizar novamente a água recirculada dentro de um estabelecimento,


deve-se tratá-la e mantê-la em condições tais que seu uso não possa apresentar riscos
para a saúde. O processo de tratamento deverá estar sob constante vigilância. Por outro
lado, a água recirculada que não tenha recebido tratamento posterior, poderá ser
utilizada nas condições em que seu uso não constitua um risco para a saúde nem
contamine a matéria-prima ou o produto acabado.
Deverá haver um sistema separado de distribuição para a água recirculada, de
forma a permitir sua fácil identificação.
Os tratamentos de águas recirculadas e sua utilização em qualquer processo de
elaboração de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos deverão
ser aprovados pelo Organismo Competente.
As situações particulares indicadas em 7.3.2. e 7.3.3. deverão estar em
concordância com o disposto em 4.3.12.4. do presente regulamento.

7.4. FABRICAÇÃO
7.4.1. A fabricação deverá ser realizada por pessoal capacitado e supervisionada
por pessoal tecnicamente competente.

7.4.2. Todas as operações do processo de produção, incluindo a embalagem,


deverão realizar-se sem demoras inúteis e em condições que excluam toda possibilidade
de contaminação, deterioração ou proliferação de microrganismos patogênicos ou
causadores de putrefação.

7.4.3. Os recipientes serão tratados com o devido cuidado para evitar toda
possibilidade de contaminação do produto elaborado.

250 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

7.4.4. Os métodos de conservação e os controles necessários deverão estar


orientados à proteção contra a contaminação, o aparecimento de qualquer risco para a
saúde pública, ou a deterioração dentro dos limites de uma prática comercial correta.

7.5. EMBALAGEM
7.5.1. Todo o material utilizado para a embalagem deverá ser armazenado em
condições de salubridade e limpeza em locais destinados a esse fim. O material deverá
ser apropriado para o produto a ser embalado e para as condições previstas de
armazenamento. Não deverá transmitir ao produto substâncias indesejáveis dentro dos
limites aceitáveis para o Organismo Competente. O material de embalagem deverá ser
de qualidade satisfatória, devendo conferir uma proteção apropriada contra a
contaminação.

7.5.2. Os invólucros ou recipientes não deverão ter sido utilizados para nenhum
fim que possa ocasionar a contaminação do produto. Sempre que for possível, os
invólucros ou recipientes deverão ser inspecionados imediatamente antes do uso, a fim
de certificar com total segurança seu bom estado, deverão também ser limpos e/ou
desinfetados, quando for necessário; ao lavar tais recipientes, deve-se escorrê-los bem
antes de tornar a enchê-los. Na área reservada para a embalagem ou enchimento dos
recipientes somente deverão guardar-se os recipientes ou invólucros necessários.

7.5.3. A embalagem deverá ser realizada em condições que evitem a


contaminação do produto.

7.6. DIREÇÃO E SUPERVISÃO


O tipo de controle e supervisão necessários dependerá do volume, tipo de
atividade e dos tipos de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos
em questão. Os diretores deverão ter conhecimentos suficientes sobre os princípios e
práticas de higiene dos produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos
para poder julgar os possíveis riscos e assegurar que a vigilância e a supervisão do
processo sejam eficazes.

7.7. DOCUMENTAÇÃO E REGISTRO


Em função do risco, deverão ser mantidos os registros apropriados da fabricação,
produção e distribuição e conservados durante um período superior à duração mínima
dos produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico.

8. ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE DE MATÉRIAS-PRIMAS E PRODUTOS


ACABADOS

8.1.1. As matérias-primas e os produtos acabados deverão ser armazenados e


transportados em condições tais que impeçam a contaminação e/ou a proliferação de
microrganismos e protejam contra a alteração do produto ou contra os danos que possam
sofrer os recipientes ou embalagens que o contêm.
Durante o armazenamento, deverá ser realizada uma inspeção periódica dos
produtos acabados, a fim de que somente sejam despachados produtos vegetais,
subprodutos e resíduos de valor econômicos aptos para o consumo humano e que
cumpram as especificações aplicáveis aos produtos acabados, quando couber.

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Fátima Chieppe Parizzi

8.1.2. Os veículos de transportes pertencentes à empresa que fabrica os produtos


vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico, ou a empresas por ela contratadas,
deverão estar autorizados pelos Organismo Competente.
Os veículos de transporte deverão realizar as operações de carga e descarga fora
dos locais de elaboração dos produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor
econômicos, devendo-se evitar a contaminação dos mesmos e do ar pelos gases de
combustão. Os veículos destinados ao transporte de produtos vegetais, subprodutos e
resíduos de valor econômicos refrigerados ou congelados devem dispor de meios que
permitam verificar o grau de umidade, se for necessário, e a manutenção da temperatura
adequada.

9. CONTROLE DE PRODUTOS VEGETAIS, SUBPRODUTOS E RESÍDUOS DE


VALOR ECONÔMICOS

É conveniente que o estabelecimento instrumente os controles de laboratório que


considere necessários, com uma metodologia analítica reconhecida, a fim de garantir a
obtenção de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômicos aptos para
o consumo.

Publicado no Diário Oficial da União em 16/03/2020


Seção 1, Página 3

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Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

PORTARIA SDA/MAPA nº 375, de 12 de agosto de 2021


Estabelece os requisitos e critérios para a Certificação
Voluntária dos produtos de origem vegetal.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MINISTÉRIO DA


AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe
conferem os artigos 21 e 63 do Anexo I do Decreto nº 10.253, de 20 de fevereiro de
2020, tendo em vista o disposto na Lei nº 9.972, de 25 de maio de 2000, no Decreto nº
6.268, de 22 de novembro de 2007, no Decreto nº 5.741, de 30 de março de 2006, no
Decreto nº 69.502, de 2 de novembro de 1971, na Resolução CAMEX nº 29, de 24 de
março de 2016, e o que consta do Processo nº 21000.038750/2021-67, resolve:

Art. 1º Estabelecer os requisitos e critérios para a Certificação Voluntária dos


produtos de origem vegetal objetivando a facilitação e a harmonização dos
procedimentos de controle da conformidade na forma desta Portaria e dos seus Anexos.

Art. 2º Esta Portaria se aplica aos produtos de origem vegetal que possuem
requisitos de identidade e qualidade estabelecidos oficialmente, padrões internacionais,
padrões exigidos por países importadores ou padrões privados reconhecidos pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 3º Para fins desta Portaria, considera-se:


I - autoridade designada - AD: o Departamento de Inspeção de Produtos de
Origem Vegetal - Dipov designado para coordenar e executar a certificação voluntária
oficial de produtos de origem vegetal destinados à exportação;
II - certificação voluntária: procedimento que certifica o produto de origem
vegetal de acordo com os requisitos previstos nesta Portaria, incluindo a inspeção
documental e física do produto, formalizada com a emissão do certificado de
conformidade, do certificado de conformidade oficial ou do certificado OCDE, conforme
o caso;
III - certificado de conformidade: documento emitido pelo SCA que atesta que
o produto foi inspecionado e que o lote ou partida em questão atende às normas de
identidade, qualidade e segurança no momento da inspeção;
IV - certificado de conformidade oficial: documento emitido pela AD que atesta
que o produto foi inspecionado e que o lote ou partida em questão atende às normas
de identidade, qualidade e segurança no momento da inspeção;
V - certificado OCDE: certificado de conformidade emitido pela AD ou pelo SCA,
especificamente em atendimento às regras e aos normativos OCDE;
VI - controle oficial: ações realizadas sob a coordenação e supervisão da AD
para fins de verificação do sistema de certificação, executadas pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, de forma direta ou por credenciamento de
entidades públicas ou privadas;

VII - documento de avaliação de conformidade: documento emitido pelo Serviço

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Fátima Chieppe Parizzi

de Controle Autorizado - SCA, observando as legislações específicas, que servirá de base


para emissão do certificado de conformidade, do certificado de conformidade oficial ou
do certificado OCDE;
VIII - inspetor - pessoa encarregada pelo serviço de controle autorizado, a qual
deve dispor das informações apropriadas e treinamento regular, que lhe permita realizar
a avaliação da conformidade do produto de origem vegetal;
IX - partida - quantidade de produtos prontos para serem comercializados,
considerado o momento da avaliação da conformidade e documentação
correspondente, podendo ser constituída por um ou mais produtos e lotes de produtos,
bem como ser subdividida para distribuição por vários meios de transporte;
X - serviço de controle autorizado - SCA: entidade pública ou privada
credenciada como supervisora da certificação voluntária, com habilitação específica para
atuação em uma ou mais fases da certificação da conformidade, de acordo os padrões
abrangidos por esta Portaria; e
XI - supervisão da certificação voluntária: modalidade de credenciamento que
segue os requisitos, critérios e prazos estabelecidos em legislação específica para
credenciamento ou execução de serviços de classificação de produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico.

CAPÍTULO II – DA AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DE PRODUTOS DE ORIGEM


VEGETAL

Art. 4º Os produtos de origem vegetal destinados à certificação voluntária


devem ser submetidos aos procedimentos de avaliação da conformidade em uma ou
mais etapas da cadeia produtiva, conforme o caso, visando assegurar a correspondência
entre as informações prestadas e a garantia de que os produtos satisfazem aos
requisitos de identidade, qualidade e segurança, incluindo as disposições relativas à
apresentação, marcação ou rotulagem e embalagem.
§1º A avaliação da conformidade de que trata o caput deste artigo deve se dar,
de forma integrada, pelos serviços de controle autorizados e pelos controles oficiais.
§2º A avaliação da conformidade é oficializada pela emissão do documento de
avaliação da conformidade.

CAPÍTULO III – DO SERVIÇO DE CONTROLE AUTORIZADO

Art. 5º Os integrantes da cadeia produtiva de produtos de origem vegetal,


devidamente credenciados na modalidade de supervisão da certificação voluntária,
poderão solicitar uma ou mais habilitação como SCA, mediante o atendimento às
seguintes exigências:
I - dispor de Responsável Técnico - RT, podendo ser técnico contratado pelo
estabelecimento ou pessoa jurídica individual na função de responsabilidade técnica;
II - dispor de um ou mais inspetores, podendo ser o RT, outro profissional
contratado pelo estabelecimento ou pessoa contratada para a prestação de serviço
autônomo;
III - dispor de programas de autocontroles, de controles ou de certificação
(ABR-UBA) que devem ser desenvolvidos, implantados, mantidos, monitorados e
verificados pelo RT, em conformidade com a habilitação pretendida;

254 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

IV - possuir e manter atualizado um sistema de registro auditável dos controles,


monitoramento e avaliação da conformidade dos produtos de origem vegetal; e
V - disponibilizar informações em tempo real, utilizando o sistema informatizado
disponibilizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou um sistema
informatizado próprio, conectado com os sistemas do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento via "web service".
Parágrafo único. A habilitação de que trata este artigo será única por atividade
requerida.

Art. 6º Para fins de habilitação como SCA, o Manual da Qualidade do


estabelecimento deve conter, no mínimo, os aspectos e temas relacionados a seguir:
I - a descrição das regras e medidas para o controle dos riscos que podem
afetar a imparcialidade e independência dos envolvidos e das ações realizadas;
II - as regras e o momento, bem como a identificação da etapa ou operação
onde se dá a avaliação da conformidade;
III - o detalhamento da inspeção e da amostragem realizados; e
IV - as práticas e recomendações pertinentes desta Portaria ou das normas
específicas adotadas pelo estabelecimento.
Parágrafo único. As unidades descentralizadas do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, que tiverem competência para a atividade de classificação
vegetal, serão automaticamente habilitadas como SCA.

Art. 7º O SCA realizará a avaliação da conformidade do produto em uma ou


mais fases da certificação, conforme a sua habilitação e, em caso de conformidade com
os padrões a serem atendidos, emitirá o documento de avaliação da conformidade.

CAPÍTULO IV – DOS CONTROLES OFICIAIS

Art. 8º Os controles oficiais para fins de verificação do sistema de certificação


voluntária de produtos de origem vegetal incluem, no mínimo, as seguintes atividades:
I - auditoria e supervisão no SCA;
II - verificação da adequação do certificado de conformidade oficial, certificado
OCDE, bem como de documentos e procedimentos relacionados à inspeção dos
produtos e serviços;
III - auditoria de produtos, serviços e processos ao longo
da cadeia produtiva;
IV - elaboração de relatórios de resultados de controle;
V - emissão de certificados de conformidade oficial ou de não conformidade de
produtos e certificado OCDE.
§1º Os controles oficiais serão executados sob a coordenação e supervisão da
AD e aplicados sobre o integrante da cadeia produtiva, o exportador, o importador e o
SCA.
§2º Para fins dos controles oficiais da certificação, a AD poderá inspecionar o
produto sistemática ou seletivamente para a emissão ou conferência do certificado de
conformidade oficial e emissão ou conferência do certificado OCDE.

CAPÍTULO V – DO CURSO PARA HABILITAÇÃO DE INSPETOR DOS AGENTES


DO SCA

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Fátima Chieppe Parizzi

Art. 9º O inspetor do sistema de certificação, apto a emitir o documento de


avaliação da conformidade, deverá participar de curso específico para habilitação e ao
ser aprovado fará parte da relação de inspetores da Certificação Voluntária de produtos
de origem vegetal.
Parágrafo único. O curso será previamente homologado pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento e deverá atender às normas para treinamento de
inspetores da qualidade de produtos de origem vegetal e outras normas específicas,
conforme o caso.

CAPÍTULO VI – DOS REQUISITOS, DOS CRITÉRIOS E DOS PROCEDIMENTOS


PARA A CERTIFICAÇÃO VOLUNTÁRIA

Art. 10. A certificação voluntária de que trata esta Portaria se dará pela emissão
do certificado de conformidade, do certificado de conformidade oficial ou do certificado
OCDE, com base no documento de avaliação da conformidade do produto de origem
vegetal inspecionado.
Parágrafo único. Os solicitantes da certificação voluntária deverão estar
registrados no Cadastro Geral da Classificação do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento - CGC/MAPA.

Art. 11. O certificado de conformidade para produto de origem vegetal


destinado ao mercado interno será emitido pelo inspetor do SCA, na forma do Anexo I
desta Portaria.

Art. 12. O certificado de conformidade oficial para o produto de origem vegetal


a ser exportado será emitido pela AD, na forma do Anexo II desta Portaria, podendo
ser adaptado às especificações do produto ou às exigências internacionais.

Art. 13. O certificado OCDE para o produto de origem vegetal a ser exportado
será emitido pela AD ou pelo inspetor do SCA, na forma do Anexo III desta Portaria.

Art. 14. Os integrantes da cadeia produtiva, que desejam a certificação


voluntária, deverão contratar um SCA que possua a habilitação desejada.

Art. 15. O certificado de conformidade, o certificado de conformidade oficial ou


o certificado OCDE será emitido por solicitação do interessado, mediante apresentação
dos seguintes documentos:
I - requerimento de certificação voluntária;
II - documento de avaliação da conformidade emitido pelo SCA, contendo todas
as informações necessárias para a identificação da remessa ou lote e para a inspeção;
e
III - comprovante de pagamento do emolumento de certificação voluntária.

Art. 16. Na emissão do certificado de conformidade oficial e do certificado OCDE


deverá observar o que segue:
I - os campos não preenchidos, em branco, deverão ser inutilizados ou
bloqueados, por linhas tracejadas ou outro mecanismo que impeça o posterior

256 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

preenchimento; e
II - qualquer emenda ou rasura, mesmo ressalvada, invalidará o certificado.

Art. 17. No caso de necessidade de substituição do certificado de conformidade


oficial ou do certificado OCDE, por motivo de alteração, retificação, desdobramento,
consolidação ou extravio, o interessado deverá solicitar ao órgão emissor, apresentando
o certificado original, conforme o caso, e demais documentos que justifiquem a
solicitação apresentada.
§1º À exceção de substituição por motivo de retificação, o novo certificado de
conformidade oficial ou certificado OCDE será emitido com nova numeração e deverá
conter o texto a seguir, inserido abaixo do cabeçalho: "Este Certificado substitui e
cancela o certificado nº (número) emitido em (dd/mm/aaaa)".
§2º Em caso de necessidade de substituição do certificado de conformidade
oficial ou certificado OCDE por motivo de alteração, retificação, desdobramento,
consolidação ou extravio, permite- se somente uma solicitação de reemissão para cada
operação.

Art. 18. Quando for verificada a impossibilidade de certificação voluntária do


produto de origem vegetal, o respectivo certificado não será emitido e será registrado
o motivo do indeferimento em documento próprio.

Art. 19. O certificado de conformidade poderá ser emitido para a certificação


voluntária e marcação da qualidade do produto de origem vegetal destinado ao mercado
interno com a identificação "Padrão MAPA" ou de acordo com o protocolo privado
reconhecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, conforme o caso.

Art. 20. Quando da importação de produto de origem vegetal acompanhado por


certificado OCDE ou outro certificado de conformidade, a autoridade fiscalizadora
reconhecerá o certificado e adotará as providências simplificadas para sua entrada no
país.

Art. 21. Os certificados de conformidade oficial e o certificado OCDE serão


preferencialmente emitidos de forma eletrônica, utilizando sistema eletrônico do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Art. 22. O certificado de conformidade ou o certificado OCDE poderá ser utilizado


para embasar a emissão do Certificado Sanitário Internacional Vegetal - CSI Vegetal, na
forma estabelecida em legislação específica do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.

CAPÍTULO VII – DA DESABILITAÇÃO DO SERVIÇO DE CONTROLE


AUTORIZADO

Art. 23. A constatação de não conformidades relacionadas ao produto certificado,


acarretará nas seguintes medidas:
I - desabilitação temporária do SCA até a correção da inconformidade verificada;
ou II - desabilitação definitiva do SCA quando:

257 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

a) da não manutenção dos requisitos estabelecidos nesta Portaria;


b) da falta de atendimento tempestivo à solicitações formais de informações
ou adequações;
c) houver falhas na inserção e atualização de dados nos sistemas de
informação;
d) da desabilitação temporária por período superior a 6 (seis) meses; ou
e) a qualquer momento, por solicitação do interessado.
Parágrafo único. Uma vez desabilitado em definitivo, o interessado poderá dar
início a novo processo para certificação voluntária.

CAPÍTULO VIII – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 24. A emissão do certificado de conformidade oficial ou o certificado OCDE


não substitui os demais documentos exigidos na exportação de produtos de origem
vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico.

Art. 25. A apresentação de dados falsos ou incorretos ou caso de fraude, dano


ou má fé imputará o requerente ao cumprimento das penalidades penais e civis cabíveis.

Art. 26. As dúvidas surgidas na aplicação desta Portaria serão resolvidas pela
área técnica competente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Art. 27. Esta Portaria entra em vigor em 1º de setembro de 2021.

JOSÉ GUILHERME TOLLSTADIUS LEAL

258 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

ANEXO I – Certificado de conformidade

Logotipo/Identificação do SCA
CERTIFICADO DE CONFORMIDADE
(RAZÃO SOCIAL DO ESTABELECIMENTO OU INDICAÇÃO DA UNIDADE DESCENTRALIZADA DO MAPA)
CGC/MAPA Nº ___________ (Nº DO REGISTRO DO ESTABELECIMENTO NO CGC/MAPA)

CERTIFICADO DE CONFORMIDADE N° _____

2 Origem

3 Destino

4 Produto

5 Número e descrição dos volumes

6 Peso em kg (líquido/bruto)

7 Classificação do produto

8 Meio de transporte

9 Pelo presente certifica-se que o produto de origem vegetal descrito acima encontra-se em
conformidade às normas vigentes, na data de expedição deste.

10 Local de expedição 11 Data de expedição 12 Identificação do SCA

13 Nome do inspetor (em letras maiúsculas, por extenso)

14 Observações

259 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

ANEXO II – Certificado de conformidade oficial

CERTIFICADO DE CONFORMIDADE OFICIAL (OFFICIAL CONFORMITY CERTIFICATE)


CGC/MAPA Nº ___________ (Nº DO REGISTRO DO ESTABELECIMENTO NO CGC/MAPA)
(Register number in CGC/MAPA)

1 Razão Social do Estabelecimento: (Exporter/Trader) CERTIFICADO DE CONFORMIDADE OFICIAL


(OFFICIAL CONFORMITY CERTIFICATE)
N° _______
2 Razão Social do Produtor (se distinto do 3 Emissor (Control service)
exportador) (Packer as indicated on packing if
other than exporter/trader)
4 Origem (Country of origin) 5 Destino (Country of destination)

6 Meio de transporte (Identification of means of transport)

7 Produto (incluindo a 8 Número de descrição 9 Peso em kg 10 Classificação


variedade se for o caso) dos volumes (líquido/bruto) (Quality class)
(Nature of produce: variety (Packages: number and (Total weight in kg DOCUMENTO
when specified by the type) gross/net) ANEXO (ATTACHED
standard) DOCUMENT)

11 Pelo presente certifica-se que o produto descrito acima encontra-se em conformidade às normas
vigentes, na data de expedição deste.
The consignment referred to above conforms, at issue time, to the standards.
12 Nome do inspetor (em letras 13 Local e data de expedição (Place and 14 Identificação do
maiúsculas, por extenso) date of issue) MAPA (MAPA
Inspector (name in block Identification)
capitals)

15 Observações (Observations)

16 O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, seus funcionários e representantes isentam-se


de toda responsabilidade econômica ou comercial resultante da utilização deste certificado.
Ministry of Agriculture, Livestock and Supply its employees and representatives are exempt from any
economic and ervisse responsibility resulting from this certificate.
Qualquer emenda ou rasura, mesmo ressalvada, invalidará o certificado. Any amendment or deletion,
even excepted, will invalidate this certificate.

260 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

ANEXO III – Certificado OCDE

CERTIFICADO OCDE (OECD CERTIFICATE)


CGC/MAPA Nº _____ (Nº DO REGISTRO DO ESTABELECIMENTO NO CGC/MAPA)
(Register number in CGC/MAPA)

1 Razão Social do CERTIFICADO OCDE (OECD CERTIFICATE)


Estabelecimento: N°
(Exporter/Trader)

2 Razão Social do Produtor 3 Emissor (Control service)


(se distinto do exportador)
(Packer as indicated on packing
if other than exporter/trader)

4 Origem (Country of origin) 5 Destino (Country of destination)

6 Meio de transporte (Identification of means of transport)

7 Produto (incluindo a 8 Número de descrição 9 Peso em kg 10 Classificação


variedade se for o dos volumes (líquido/bruto) (Quality class)
caso) (Packages: number and (Total weight in kg DOCUMENTO ANEXO
(Nature of produce: type) gross/net) (ATTACHED
variety when specified DOCUMENT)
by the standard)

11 Pelo presente certifica-se que o produto descrito acima encontra-se em conformidade às


normas vigentes, na data de expedição deste.
The consignment referred to above conforms, at issue time, to the standards.
12 Nome do inspetor (em letras 13 Local e data de expedição 14 Identificação do SCA ou do
maiúsculas, por extenso) (Place and date of issue) MAPA (MAPA Identification)
Inspector (name in block
capitals)

15 Observações (Observations)
16 O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, seus funcionários e representantes
isentam-se de toda responsabilidade econômica ou comercial resultante da utilização deste
certificado.
Ministry of Agriculture, Livestock and Supply its employees and representatives are exempt from
any economic and ervisse responsibility resulting from this certificate.
Qualquer emenda ou rasura, mesmo ressalvada, invalidará o certificado. Any amendment or
deletion, even excepted, will invalidate this certificate.

Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.

261 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

LEGISLAÇÃO
RELACIONADA

262 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA nº 34, de 21 de outubro de 2015


Institui no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA) o Sistema Eletrônico Integrado de
Produtos e Estabelecimentos Agropecuários (SIPEAGRO).

A MINISTRA DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO,


INTERINA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II,
da Constituição, tendo em vista o disposto na Lei no 8.171, de 17 de janeiro de 1991, no
art. 67 do Decreto no 5.741, de 30 de março de 2006, e o que consta do Processo n o
21000.002286/2015-22, resolve:

Art. 1o Fica instituído no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e


Abastecimento (MAPA) o Sistema Eletrônico Integrado de Produtos e Estabelecimentos
Agropecuários (SIPEAGRO), na forma desta Instrução Normativa.

Art. 2o O SIPEAGRO tem por finalidade a:


I - coordenação e gestão de cadastros e registro de estabelecimentos, produtos
agropecuários afins; e
II - integração com o banco de dados único do MAPA.

Art. 3o O SIPEAGRO permite:


I - o registro e cadastro de estabelecimentos, produtos e afins;
II - o gerenciamento técnico, administrativo e operacional de inspeção e
fiscalização agropecuária;
III - o controle dos procedimentos relacionados à produção, importação,
exportação, comercialização e uso na produção agropecuária; e
IV - o gerenciamento dos procedimentos administrativos de apuração de
infração.

Art. 4o No registro e cadastro, na renovação, na alteração e na atualização de


dados, de estabelecimento e produto, o interessado deverá aportar ao SIPEAGRO a
informação requerida e os documentos previstos em legislação específica incidente sobre
as respectivas áreas.
Parágrafo único. A ausência das informações ou o não atendimento das
exigências estabelecidas pela legislação específica deste Ministério acarretará o
indeferimento do pleito.

Art. 5o Os registros ou cadastros atualmente existentes no MAPA devem ser


atualizados junto ao SIPEAGRO por meio de solicitação dos titulares dos estabelecimentos
ou dos seus responsáveis técnicos, aportando eletronicamente informações e
documentos requeridos pela legislação incidente.
§1o Os titulares ou responsáveis técnicos, a que se refere o caput deste artigo,
disporão do prazo de até um ano, contado do recebimento da respectiva notificação
expedida pelo serviço de fiscalização competente da Unidade da Federação onde se
localizar o estabelecimento, para a atualização de seus registros e cadastros.

263 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

§2o A atualização implicará na alteração dos números do registro e cadastro


atualmente existentes no MAPA, ficando seus detentores autorizados a utilizar o estoque
remanescente de rótulo ou embalagem com a numeração antiga, conforme dispuser a
área técnica específica deste Ministério, limitado ao prazo de dois anos.
§3o O descumprimento das orientações referentes à atualização de registro e de
cadastro no SIPEAGRO, nos prazos estabelecidos, implicará na caducidade do registro ou
cadastro, sem prejuízo de aplicação, isolada ou cumulativamente, de sanções previstas
nas legislações específicas.

Art. 6o O conjunto de procedimentos e ações que integram a transmissão e a


recepção eletrônica de informações e documentos pelos interessados em registro ou
cadastro, comporão o processo eletrônico do SIPEAGRO
Parágrafo único. As informações e documentos aportados e recepcionados
eletronicamente no SIPEAGRO terão a autenticidade, a integralidade e o sigilo
preservados na forma da lei.

Art. 7o Podem ser exigidos por este Ministério, no curso do processo ou


posteriormente, os originais dos documentos que tenham sido apresentados
eletronicamente pelo requerente.
Parágrafo único. Os documentos originais utilizados e válidos, apresentados ao
SIPEAGRO, deverão ser mantidos no estabelecimento à disposição do órgão de
fiscalização competente.

Art. 8o O uso inadequado do SIPEAGRO que venha causar prejuízo às atividades


de fiscalização ou ao cumprimento desta Instrução Normativa poderá implicar no bloqueio
do usuário, sujeitando-os responsáveis às sanções administrativa, civil e criminal cabíveis.
Parágrafo único. Considera-se uso inadequado do SIPEAGRO:
I - inclusão intencional de informações divergentes de documentação relativa ao
processo;
II - falsificação ou adulteração de documentos emitidos;
III - ação ou informação falsa que possa causar prejuízo à atividade de
fiscalização; e
IV - qualquer outra ação irregular
V - irregular proposital ou inadvertida com potencial de impactar negativamente
no SIPEAGRO.

Art. 9o São de exclusiva responsabilidade do usuário externo:


I - a manutenção do sigilo sobre a senha que integra a sua identificação
eletrônica, não sendo admitida, em nenhuma hipótese, alegação de seu uso indevido; e
II - adequada condição de linha de comunicação e acesso de seu provedor à rede
mundial de computadores, bem como a identificação e atualização de programas
requeridos para acesso e leitura de documentos emitidos pelo SIPEAGRO.

Art. 10. O SIPEAGRO adotará procedimentos de auditoria por intermédio das


áreas competentes do MAPA, objetivando:
I - verificação da confiabilidade dos dados, do desempenho e da
interoperabilidade;
II - verificação do atendimento dos requisitos legais do sistema;

264 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

III - conformidade, em seu funcionamento, com as especificações e requisitos


técnicos exigidos; e
IV - conformidade com as normas de segurança e com as disposições contidas
nas legislações das diversas áreas técnicas que compõem o sistema.

Art. 11. As orientações para a utilização do SIPEAGRO estão disponíveis no


sítio eletrônico do MAPA (https://www.gov.br/agricultura/pt-
br/assuntos/inspecao/produtos-vegetal/arquivos/perguntas-e-respostas-
frequentes/PassoapassoparacadastramentoCGC_MAPA.pdf).

Art. 12. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

MARIA EMÍLIA JABER


Publicado no Diário Oficial da União em 23/10/2015

265 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

PORTARIA SDA/MAPA nº 153, de 27 de maio de 2021


Estabelece os procedimentos de reconhecimento de
equivalência para a adesão ao Sistema Brasileiro de Inspeção
de Produtos de Origem Vegetal (SISBIPOV), do Sistema
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA).

A MINISTRA DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no


uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição
Federal, tendo em vista o disposto na Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991, no Decreto
nº 5.741, de 30 de março de 2006, e o que consta do processo nº 21000.079922/2019-
38, resolve:

Art. 1º Estabelecer os procedimentos de reconhecimento de equivalência do


serviço de inspeção dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos consórcios
públicos de Municípios para adesão ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de
Origem Vegetal (SISBI-POV), do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária
(SUASA), na forma desta Portaria.

Art. 2º Para efeito desta Portaria, considera-se:


I - auditoria de manutenção da adesão: auditoria técnico-administrativa
realizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento junto aos serviços de
inspeção dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos consórcios públicos de
Municípios aderidos ao SISBI-POV;
II - auditoria de reconhecimento de equivalência: auditoria técnico-
administrativa, realizada pelo órgão competente, nos serviços de inspeção dos
Municípios ou dos consórcios públicos de Municípios, que solicitaram o reconhecimento
de equivalência para adesão ao SISBI-POV;
III - avaliação técnica prévia: avaliação, formalmente solicitada, que antecede
o processo de reconhecimento de equivalência para a adesão ao SISBI-POV e que possui
caráter orientativo para a construção do programa de trabalho, organização da
documentação necessária e adequação de procedimentos;
IV - equivalência dos serviços de inspeção: o estado no qual as medidas de
inspeção higiênico- sanitária e tecnológica, aplicadas pelos diferentes serviços de
inspeção, permitem alcançar os mesmos objetivos de inspeção, fiscalização, inocuidade
e qualidade dos produtos de origem vegetal, preconizados pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento;
V - plano de ação: documento descritivo das medidas corretivas e preventivas
que são adotadas frente à determinada não-conformidade registrada, que identifica os
objetivos a serem atingidos, os meios, as atividades, os responsáveis e os prazos de
implementação; e
VI - programa de trabalho: documento que demonstra o planejamento do
conjunto de atividades a serem desenvolvidas pelo serviço de inspeção, em um período
definido, com base na capacidade técnico-operacional, para atingimento dos objetivos
propostos.

266 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

CAPÍTULO I – DOS REQUISITOS PARA ADESÃO AO SISBI-POV

Art. 3º Requisitos para reconhecimento de equivalência dos serviços de inspeção


dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos consórcios públicos de Municípios
para adesão ao SISBI-POV, do SUASA:
I - legislação: dispor de instrumentos legais que estabeleçam a competência e
os procedimentos para atuar na área de inspeção de produtos de origem vegetal;
a) quadro de pessoal:
b) dispor de profissionais de nível superior e auxiliares técnicos com
competência específica, em número compatível com as atividades de
inspeção e fiscalização desenvolvidas e com poderes legais para realizar
as ações com imparcialidade e independência; e
c) dispor de servidores públicos designados como autoridades
responsáveis pelas inspeções e fiscalizações previstas nesta Portaria;
II - infraestrutura administrativa: existência de dependências, mobiliário,
equipamentos de informática, materiais de apoio administrativo, veículos e demais
instrumentos necessários às atividades de inspeção e fiscalização;
III - laboratórios: dispor ou ter acesso a laboratórios com capacidade
comprovada e adequada para atendimento das análises oficiais demandadas pelo
serviço de inspeção;
IV - organização administrativa: apresentar a estratégia de implantação dos
procedimentos definidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para
registro de estabelecimentos e produtos, dispor de procedimentos para supervisão,
inspeção e fiscalização, autuação e aplicação de penalidades quando verificada infração
à legislação, protocolo de entrada, tramitação interna e saída de documentos,
capacitação e reuniões técnicas, coleta de amostras e acompanhamento dos resultados
de análises;
V - sistema de informação: utilização de sistema informatizado próprio ou
disponibilizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para fornecer
as informações sobre o serviço de inspeção, cadastro ou registro de estabelecimentos,
solicitação, alteração ou cancelamento de registro de produtos e registro das
fiscalizações realizadas; e
VI - execução de ações de educação sanitária e de combate a atividades
clandestinas. Parágrafo único. Nos casos em que o serviço de inspeção utilize sistema
informatizado próprio, este deverá se conectar com os sistemas do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento via web service.

CAPÍTULO II – DO RECONHECIMENTO DE EQUIVALÊNCIA PARA A ADESÃO


AO SISBI-POV

Seção I - Dos Estados e do Distrito Federal


Art. 4º A autoridade competente do serviço de inspeção do Estado ou do Distrito
Federal, que pretenda solicitar o reconhecimento de equivalência para adesão ao SISBI-
POV, deverá formalizar o pleito junto à respectiva Superintendência Federal de
Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, apresentando os seguintes documentos:
I - requerimento de adesão ao SISBI-POV;
II - programa de trabalho com período de execução definido, contendo:

267 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

a) denominação do órgão e CNPJ;


b) área de atuação no âmbito do SISBI-POV;
c) descrição do(s) sistema(s) de informação utilizado(s) pelo serviço de
inspeção;
d) descrição dos procedimentos de controle de entrada, tramitação e saída
de documentos;
e) relação de materiais e equipamentos disponíveis para atividades do
serviço de inspeção, incluindo o quantitativo e a sua distribuição,
contemplando veículos e equipamentos de informática;
f) relação de estruturas físicas, como sede, escritórios regionais e
escritórios locais, discriminando sua localização georreferenciada e suas
atribuições;
g) relação de laboratórios utilizados para a realização de análises de
controles oficiais, discriminando seu vínculo com o serviço de inspeção
e a lista de análises que realizam;
h) programação das atividades, com descrição e quantificação das ações
de inspeção e fiscalização de rotina, supervisão, coleta de amostras
para as análises laboratoriais oficiais, combate à fraude, combate à
atividade clandestina, educação sanitária; e
i) programação de capacitação de pessoal, alinhado às necessidades do
serviço de inspeção.

Art. 5º Na Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento


será realizada a conferência prévia da documentação apresentada, antes do envio ao
Departamento de Suporte e Normas, da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que emitirá o parecer final sobre o
reconhecimento de equivalência do serviço de inspeção, com vistas à sua adesão ao
SISBI-POV.
§1º Antes da emissão do parecer final, o Departamento de Suporte e Normas
submeterá o pleito à análise do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem
Vegetal.
§2º No caso de parecer final desfavorável ao reconhecimento de equivalência
do serviço de inspeção, caso permaneça o interesse pela adesão ao SISBI-POV, será
preciso a reapresentação da documentação pelo interessado com as adequações
necessárias para reavaliação.

Seção II - Dos Municípios e Consórcios Públicos de Municípios


Art. 6º A autoridade competente responsável pelo serviço de inspeção do
Município ou consórcio público de Municípios, com interesse no reconhecimento de
equivalência para a adesão ao SISBI-POV, deverá encaminhar uma declaração de
intenção de adesão ao SISBI-POV à respectiva Superintendência Federal de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento ou Unidade Técnica Regional, que enviará ao Departamento
de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal para emissão de parecer técnico acerca da
oportunidade e conveniência.
§1º O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal poderá
consultar o Estado acerca da pertinência da adesão de Município e consórcio público de
Municípios no âmbito de sua jurisdição.

268 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

§2º O parecer de que trata o caput levará em consideração também o risco


associado à área de atuação, aos estabelecimentos ou produtos registrados.

Art. 7º Após o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal emitir


o parecer técnico favorável acerca da oportunidade e conveniência, a autoridade
competente responsável pelo serviço de inspeção do Município ou consórcio público de
Municípios, com interesse no reconhecimento de equivalência para a adesão ao SISBI-
POV, formalizará o pleito junto à respectiva Superintendência Federal de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento ou Unidade Técnica Regional, apresentando os documentos
constantes do art. 4º desta Portaria.
Parágrafo único. Os consórcios públicos de Municípios devem também
apresentar:
I - documentação referente à criação do consórcio; e
II - legislação uniformizada dos serviços de inspeção dos Municípios
consorciados.

Art. 8º A Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento


deverá realizar a conferência prévia da documentação apresentada antes do envio ao
serviço de inspeção do estado aderido, ou ao Departamento de Suporte e Normas da
Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, em caso de estado não aderido ao SISBI-POV ou de consórcio público
de Municípios composto por municípios de mais de um estado, que fará:
I - análise documental; e
II - auditoria de reconhecimento de equivalência.
§1º O serviço de inspeção do Estado terá prazo de noventa dias, contados da
data de recebimento da documentação de reconhecimento de equivalência para adesão,
para análise da documentação, realização de auditoria de reconhecimento de
equivalência para a adesão e manifestação quanto ao deferimento do pedido.
§2º O prazo para decisão acerca do pedido poderá ser interrompido uma vez,
se houver necessidade de complementação da instrução processual, devendo o
demandante ser informado, de maneira clara e exaustiva, acerca de todos os
documentos e condições necessárias para complementação da instrução processual.
§3º Poderá ser admitida nova interrupção do prazo na hipótese da ocorrência
de fato novo durante a instrução do processo.
§4º Finalizada a etapa de instrução do processo, o serviço de inspeção do Estado
deverá restituí-lo à Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
que o encaminhará ao Departamento de Suporte e Normas e este, no prazo de trinta
dias, fará a análise e emitirá parecer final sobre o reconhecimento de equivalência do
serviço de inspeção para a adesão ao SISBI-POV.
§5º Antes da emissão do parecer final, o Departamento de Suporte e Normas
submeterá o pleito à análise do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem
Vegetal.

269 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

CAPÍTULO III – DA AVALIAÇÃO E AUDITORIA DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO

Seção I - Da Avaliação Técnica Prévia


Art. 9º Os serviços de inspeção dos Estados, Distrito Federal, Municípios e
consórcios públicos de Municípios, não aderidos ao SISBI-POV, poderão solicitar a
avaliação técnica prévia, em caráter de orientação, com vistas à preparação para a
solicitação de reconhecimento de equivalência.
§1º No caso de Município e consórcio público de Município, a avaliação técnica
prévia poderá ser requerida após o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem
Vegetal emitir o parecer técnico favorável acerca da oportunidade e conveniência,
previsto no art. 6° desta Portaria;
§2º O pedido de avaliação técnica prévia de que trata o caput será apresentado
à respectiva Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou
Unidade Técnica Regional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
§3º Os serviços de inspeção dos Estados, do Distrito Federal e de consórcio
público de Municípios composto por municípios de mais de um estado terão avaliação
técnica prévia realizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
§4º Os serviços de inspeção dos Municípios e consórcios públicos de Municípios
composto por Municípios de um mesmo estado terão a avaliação técnica prévia realizada
pelo serviço de inspeção do respectivo estado já aderido ao SISBI-POV.
§5º A solicitação de avaliação técnica prévia deverá ser formal e acompanhada
da documentação de que tratam os artigos 4° ou 7º desta Portaria, conforme o caso.
§6º É vedada a realização de nova avaliação técnica prévia no serviço de
inspeção que não apresentar documentação que comprove melhorias frente à avaliação
anterior.

Seção II - Da Auditoria de Reconhecimento de Equivalência


Art. 10. O serviço de inspeção estadual aderido realizará a auditoria de
reconhecimento de equivalência do serviço de inspeção dos Municípios e de consórcios
públicos de Municípios compostos por Municípios de sua jurisdição que apresentarem a
documentação prevista nos arts. 4º e 7º desta Portaria.
§1º No caso de serviço de inspeção de Estado não aderido e de consórcio
público de Municípios composto por municípios de mais de um estado, a auditoria será
realizada por equipe designada pela Secretaria de Defesa Agropecuária que cumprirá as
etapas previstas nos incisos I a VII do art. 18 desta Portaria.
§2º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderá realizar
auditoria de reconhecimento de equivalência no serviço de inspeção do Estado como
diligência do processo de reconhecimento de sua equivalência.

Art. 11. A auditoria de reconhecimento de equivalência realizada pelo serviço de


inspeção estadual aderido cumprirá as seguintes etapas:
I - comunicação prévia da auditoria ao serviço de inspeção auditado;
II - encaminhamento prévio do planejamento da auditoria ao serviço de inspeção
auditado;
III - realização da auditoria no serviço de inspeção;

IV - realização de reunião final com o serviço de inspeção auditado para a


apresentação dos principais achados da auditoria;

270 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

V - elaboração de relatório e seu envio ao serviço de inspeção auditado;


VI - apresentação do plano de ação, pelo serviço de inspeção auditado, para
correção das não conformidades identificadas na auditoria; e
VII - avaliação do relatório de auditoria e do plano de ação do serviço de inspeção
auditado.
Parágrafo único. Podem ser realizadas verificações in loco para avaliação da
execução do plano de ação apresentado, visando subsidiar o parecer técnico sobre a
equivalência do serviço de inspeção.
Art. 12. No caso das auditorias realizadas pelos serviços de inspeção dos Estados
aderidos, toda documentação relativa ao reconhecimento de equivalência do serviço de
inspeção do Município ou do consórcio público de Municípios, incluindo o relatório de
auditoria e o plano de ação correspondentes, será encaminhada pelo serviço de inspeção
do Estado à respectiva Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, para conferência e envio ao Departamento de Suporte e Normas.

Art. 13. O Departamento de Suporte e Normas submeterá a documentação


relativa ao reconhecimento de equivalência à apreciação do Departamento de Inspeção
de Produtos de Origem Vegetal, antes da avaliação e emissão do parecer final sobre a
equivalência do serviço de inspeção para a adesão ao SISBI-POV.

CAPÍTULO IV – DO CADASTRO GERAL E DA MANUTENÇÃO DA ADESÃO AO


SISBI-POV

Seção I - Da Atualização do Cadastro Geral


Art. 14. Após a adesão, o serviço de inspeção será habilitado no Cadastro Geral
do SISBI-POV, para realizar a inspeção e fiscalização de estabelecimentos e produtos
de origem vegetal em sua área de atuação.

Art. 15. O serviço de inspeção aderido deverá manter atualizadas suas


informações cadastrais.

Art. 16. Será concedido acesso ao serviço de inspeção aderido para


operacionalizar o cadastro e registro dos estabelecimentos e produtos de origem vegetal
no sistema informatizado do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Seção II - Da Manutenção da Adesão do Serviço de Inspeção


Art. 17. O serviço de inspeção aderido deverá manter o programa de trabalho
atualizado, contemplando o planejamento das atividades, o monitoramento periódico da
sua execução e as medidas adotadas para a melhoria do serviço.

Art. 18. O Departamento de Suporte e Normas coordenará a realização de


auditoria de manutenção da adesão do serviço de inspeção aderido ao SISBI-POV,
cumprindo as seguintes etapas:
I - comunicação prévia da auditoria ao serviço de inspeção aderido;
II - encaminhamento prévio do planejamento da auditoria ao serviço de inspeção
aderido;
III - realização da auditoria no serviço de inspeção e em amostra dos
estabelecimentos registrados na área de atuação do serviço;

271 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

IV - realização de reunião final com o serviço de inspeção para a apresentação


dos principais achados da auditoria;
V - elaboração de relatório e envio ao serviço de inspeção;
VI - apresentação do plano de ação, pelo serviço de inspeção, para correção
das não conformidades identificadas na auditoria;
VII - avaliação do plano de ação do serviço de inspeção pelo Departamento de
Inspeção de Produtos de Origem Vegetal; e
VIII - emissão de parecer, pelo Departamento de Suporte e Normas, sobre a
conformidade da equivalência do serviço de inspeção.
§1º Poderão ser realizadas verificações in loco para avaliação da execução do
plano de ação aprovado, visando subsidiar o parecer técnico sobre a manutenção da
equivalência do serviço de inspeção.
§2º A frequência das auditorias de manutenção da adesão será definida de
acordo com o risco estimado associado ao serviço de inspeção, estabelecimentos e
produtos registrados em sua área de atuação, bem como em função de outras
motivações, como denúncias ou demandas judiciais.

CAPÍTULO V – DA DESABILITAÇÃO DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO

Art. 19. A constatação de não conformidades relacionadas à equivalência do


serviço de inspeção, considerando sua natureza e gravidade, acarretará as seguintes
medidas:
I - desabilitação temporária do serviço de inspeção:
a) parcial do serviço de inspeção, relativa à determinada área de atuação
ou atividade da respectiva área; ou
b) total do serviço de inspeção, relativa a todas as áreas de atuação ou
atividade da respectiva área.
II - desabilitação definitiva do serviço de inspeção.
§1º Implica na desabilitação temporária do serviço de inspeção:
a) a não manutenção dos requisitos elencados no Capítulo I desta Portaria;
b) o não cumprimento das atividades e metas previstas e aprovadas no
programa de trabalho de forma a comprometer os objetivos do SISBI-
POV;
c) a falta de atendimento tempestivo a solicitações formais de informações;
ou
d) falhas na inserção e atualização de dados nos sistemas de informação.
§2º A desabilitação temporária será revogada após a correção das não
conformidades que as motivaram.
§3º Se o serviço de inspeção aderido permanecer sob desabilitação temporária
por mais de 6 (seis) meses, poderá ser desabilitado em definitivo.
§4º Uma vez desabilitado em definitivo, o serviço de inspeção interessado
poderá iniciar novo processo de adesão ao SISBI-POV.

Art. 20. No caso das desabilitações previstas nos incisos I e II do art. 19, o
serviço de inspeção deverá comunicar a situação aos estabelecimentos a ele vinculados,
que passam a se reportar diretamente à Superintendência Federal de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento.

272 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Parágrafo único. Outros órgãos fiscalizadores, organizações representativas da


sociedade, da região ou setores afetados podem ser comunicados, quando for o caso,
conforme determinado no § 2º do art. 135, do Decreto nº 5.741, de 30 de março de
2006.

CAPÍTULO VI – DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 21. O serviço de inspeção já aderido ao SISBI-POV deve se adequar aos


dispositivos desta Portaria em 1(um) ano.
Parágrafo único. Caso o serviço de inspeção aderido não se adeque dentro do
prazo definido, ficará sujeito às desabilitações previstas nesta Portaria.

Art. 22. Até que seja disponibilizado, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, o sistema informatizado específico para Cadastro Geral do SISBI-POV,
as informações referidas no inciso VI do art. 3º e no art. 17 desta Portaria serão
encaminhadas à Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou
Unidade Técnica Regional no Estado de atuação, para a devida constituição de processo
no Sistema Eletrônico de Informação - SEI.

CAPÍTULO VII – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 23. A adesão dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos
consórcios públicos de Municípios ao SISBI-POV ou sua desabilitação será publicada no
Diário Oficial da União por meio de Portaria do Secretário de Defesa Agropecuária do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Art. 24. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento disponibilizará os


modelos dos documentos de que trata esta Portaria no sítio eletrônico
https://www.gov.br/agricultura/pt-br//.

Art. 25. A Secretaria de Defesa Agropecuária poderá colaborar nas avaliações


realizadas pelos serviços de inspeção dos Estados aderidos ao SISBI-POV, nos
Municípios e consórcios públicos de Municípios, desde que haja solicitação formal.

Art. 26. O serviço de inspeção aderido deve garantir a participação dos


estabelecimentos incluídos no Cadastro Geral do SISBI-POV nos programas de controle
de produtos de origem vegetal estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.

Art. 27. A análise de pedido de reconhecimento de equivalência de serviços de


inspeção do Município ou consórcio público de Municípios observará a previsão de
delegação definida em lei específica.

Art. 28. Fica revogada a Instrução Normativa MAPA nº 20, de 1º de julho de


2014, publicada no Diário Oficial da União, nº 124, Seção 1, página 8, de 2 de julho de
2014.

273 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Art. 29. Esta Portaria entra em vigor em 1º de junho de 2021.

TEREZA CRISTINA CORREA DA COSTA DIAS


Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.

274 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

PORTARIA SDA/MAPA nº 571, de 09 de maio de 2022


Institui o Programa Nacional de Monitoramento das Cadeias
Produtivas dos Produtos de Origem Vegetal (PNMONITOR).

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MINISTÉRIO DA


AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe
confere o Art. 24, do Anexo I do Decreto nº 10.827, de 30 de setembro de 2021, tendo
em vista o disposto na Lei nº 8.918, de 14 de julho de 1994, no Decreto nº 6.871, de 4
de junho de 2009, Lei nº 7.678, de 8 de novembro de 1988, Decreto nº 8.198, de 20 de
fevereiro de 2014, Lei nº 9.972, de 25 de maio de 2000, Decreto nº 6.268, de 22 de
novembro de 2007, Lei nº 13.648, de 11 de abril 2018, Decreto nº 10.026, de 25 de
setembro de 2019 e Decreto nº 69.502, de 5 de novembro de 1971, Lei nº 8.117 de 17
de janeiro de 1991, Decreto nº 5.741 de 30 de março de 2006 e o que consta do processo
nº 21000.077108/2020-12, resolve:

CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Fica instituído o Programa Nacional de Monitoramento das cadeias


produtivas dos Produtos de Origem Vegetal (PNMONITOR).
Parágrafo único. O PNMONITOR será composto pelo Plano Anual de
Monitoramento, Rastreabilidade e Certificação e seus subprogramas.

Art. 2º Para efeito desta Portaria, considera-se:


I - plano anual de monitoramento, rastreabilidade e certificação: consiste nas
ações previamente programadas que visam obter diagnósticos através de atividades de
inspeção e fiscalização sobre as diversas etapas que envolvem desde a produção até a
comercialização dos produtos de origem vegetal, com o objetivo de estimular a
rastreabilidade e certificação das cadeias produtivas;
II - subprograma de monitoramento: consiste nas ações de acompanhamento
das informações disponibilizadas pelos agentes agropecuários;
III - subprograma de rastreabilidade: consiste das ações que visam a obtenção
de informações sobre os controles de rastreabilidade dos produtos de origem vegetal
nas diversas etapas do processo produtivo;
IV - subprograma de certificação: consiste nas ações voltadas para o estímulo,
execução e monitoramento das certificações oficiais ou privadas dos produtos de origem
vegetal;
V - auditoria: exame sistemático e independente para determinar se as
atividades e os resultados correspondentes cumprem as disposições previstas e se estas
disposições são eficazmente aplicadas e adequadas para alcançar objetivos;
VI - estabelecimento: é a pessoal física ou jurídica que produz, envasilha,
acondiciona, padroniza, processa, beneficia, industrializa, embala, transporta,
comercializa, certifica, presta serviços, exporta ou importa produtos de origem vegetal,
seus subprodutos e resíduos de valor econômico, conforme definido no Decreto nº
6.871, de 2009, Decreto nº 8.198, de 2014, Decreto nº 6.268, de 2007, Decreto nº
10.026, de 2019 ou Decreto nº 69.502, de 1971;

275 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

VII - inspeção e fiscalização: exercício do poder de polícia administrativa com


finalidade de verificação do cumprimento da legislação, contemplando ações de
controle, supervisão, vigilância, auditoria e inspeção agropecuária;
VIII - produto de origem vegetal: vegetal íntegro ou qualquer de suas partes,
seus subprodutos, que se apresenta em seu estado natural; o vegetal processado,
incluindo as bebidas, vinhos e derivados da uva e do vinho; e os produtos vegetais
passíveis de exploração econômica que possuam regulamentos específicos estabelecidos
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; e
IX - agentes agropecuários: pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que
realiza ou participa, direta ou indiretamente, dos seguintes processos ao longo das
cadeias produtivas do setor agropecuário:
a) produção, transporte, beneficiamento, armazenamento, distribuição e
comercialização;
b) importação, exportação, trânsito nacional, trânsito internacional e
aduaneiro;
c) transformação e industrialização;
d) diagnóstico, ensino, pesquisa e experimentação; ou
e) prestação de serviços e demais processos.

CAPÍTULO II – DOS OBJETIVOS DO PROGRAMA

Art. 3º O PNMONITOR tem por objetivo geral contribuir para a melhoria das
cadeias produtivas dos produtos de origem vegetal, com vistas à segurança e qualidade
dos produtos destinados ao mercado interno e externo.

Art. 4º Constituem-se objetivos específicos do PNMONITOR:


I - identificar problemas que possam afetar a qualidade e inocuidade dos
produtos de origem vegetal, inclusive quanto a sustentabilidade, e propor políticas
públicas para saná-los;
II - implementar medidas que visem assegurar a qualidade, a inocuidade e a
segurança higiênico-sanitária dos produtos de origem vegetal colocados à disposição da
população brasileira bem como os destinados à exportação;
III - contribuir para a adoção das boas práticas agrícolas, fabris, de
armazenamento e de transporte na cadeia de produção dos produtos de origem vegetal;
IV - estimular a adoção de rastreabilidade dos produtos de origem vegetal;
V - estimular a certificação voluntária dos produtos de
origem vegetal;
VI - propor a elaboração ou atualização de normativos específicos relacionados
com o monitoramento, rastreabilidade e certificação de produtos de origem vegetal; e
VII - estimular o autocontrole dos agentes privados regulados pela defesa
agropecuária.

Art. 5º Como estratégia para implementar o PNMONITOR, o Ministério da


Agricultura, Pecuária e Abastecimento deverá:
I - elaborar diagnóstico setorial das cadeias monitoradas quanto ao grau de
conformidade de produtos e estabelecimentos e de implementação da rastreabilidade
dos produtos;

276 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

II - elaborar proposta de apoio ao desenvolvimento e adoção de políticas


públicas para promover a melhoria das deficiências apontadas em diagnóstico setorial;
III - implementar campanha de educação sanitária em Defesa Agropecuária de
forma a promover a capacitação dos agentes agropecuários quanto aos objetivos do
programa;
IV - articular com as câmaras setoriais e temáticas, órgãos de defesa do
consumidor, entidades representativas dos agentes agropecuários, outros órgãos de
controle, todas as instâncias do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem
Vegetal (SISBI-POV) e outros agentes que possam vir a contribuir com os objetivos do
programa; e
V - coletar e avaliar as informações constantes dos sistemas de gestão,
rastreabilidade e autocontrole dos agentes agropecuários com a finalidade de atingir os
objetivos do PNMONITOR.

CAPÍTULO III – DA COORDENAÇÃO DO PROGRAMA

Art. 6º A coordenação do programa será exercida pelo Departamento de


Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (DIPOV), que terá a competência de:
I - elaborar o planejamento das atividades referentes ao Plano Anual de
Monitoramento, Rastreabilidade e Certificação de produtos de origem vegetal;
II - elaborar estudos, com a colaboração dos setores interessados e sugerir
revisão de normas, regulamentos e procedimentos para a eficiente execução do
PNMONITOR;
III - estabelecer, monitorar e avaliar as metas para o Plano Anual de
Monitoramento, Rastreabilidade e Certificação de produtos de origem vegetal;
IV - coordenar, promover, acompanhar e avaliar as atividades com vistas ao
cumprimento das metas estabelecidas, incluindo ações de educação sanitária;
V - disponibilizar os recursos para a aquisição ou manutenção dos materiais,
equipamentos e serviços necessários para a execução do programa anual;
VI - apresentar pauta de trabalho e articular com os setores interessados na
elaboração dos itens que compõem os subprogramas, quando for o caso;
VII - interagir com os órgãos competentes, com vistas a assegurar a plena
execução do programa, evitando a descontinuidade das ações; e
VIII - convocar servidores das unidades descentralizadas para execução das
atividades do PNMONITOR.

Art. 7º Aos Serviços de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal


descentralizados, compete:
I - executar as atividades referentes ao Plano Anual de Monitoramento,
Rastreabilidade e Certificação de produtos de origem vegetal;
II - auxiliar na elaboração do planejamento anual do Programa;
III - subsidiar e colaborar na elaboração de estudos e na revisão de normas
para a eficiente execução do PNMONITOR;
IV - acompanhar, orientar e auditar as atividades desenvolvidas pelos agentes
das cadeias produtivas envolvidas na Programação Anual;
V - acompanhar, orientar e auditar as entidades certificadoras de produtos de
origem vegetal e Serviços de Controle Autorizados credenciadas pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento; e

277 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

VI - realizar demais atividades programadas pelo DIPOV.


Art. 8º Observada a Portaria de adesão ao SISBI-POV, compete aos serviços de
inspeção aderidos:
I - executar as atividades referentes ao Plano Anual de Monitoramento,
Rastreabilidade e Certificação de produtos de origem vegetal;
II - acompanhar, orientar e auditar as atividades desenvolvidas pelos agentes
das cadeias produtivas envolvidas na Programação Anual;
III - acompanhar, orientar e auditar as entidades certificadoras de produtos de
origem vegetal credenciadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
e
IV - realizar outras atividades acordadas entre o DIPOV e os serviços.
Parágrafo único. A critério do DIPOV, os serviços de inspeção aderidos ao SISBI-
POV poderão auxiliar na elaboração do planejamento anual do Programa, bem como
subsidiar e colaborar na elaboração de estudos e na revisão de normas para a eficiente
execução do PNMONITOR.

CAPÍTULO IV – DA PROGRAMAÇÃO

Art. 9º A programação de execução das atividades referentes ao Plano Anual de


Monitoramento, Rastreabilidade e Certificação de produtos de origem vegetal será
estabelecida pelo DIPOV até o mês de novembro do ano anterior.

Art. 10. Serão elaboradas diretrizes para a implementação gradual nas cadeias
produtivas de produtos de origem vegetal, com vistas ao desenvolvimento de modelos
de monitoramento, de rastreabilidade e de certificação de produtos de origem vegetal.

Art. 11. São critérios para seleção e inclusão dos produtos de origem vegetal no
Plano Anual de Monitoramento, Rastreabilidade e Certificação:
I - riscos à saúde pública;
II - riscos à contaminação do produto em função das suas características físico-
químicas e de falta de aplicação de boas práticas agrícolas ou de fabricação;
III - vulnerabilidade do produto a fraudes;
IV - importância do produto na composição da dieta brasileira;
V - demanda da sociedade civil organizada e de outras autoridades do governo
brasileiro;
VI - histórico de outros planos e programas em execução no âmbito do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e de outros órgãos;
VII - demandas do comércio internacional relativas ao produto; e VIII -
importância econômica do produto de origem vegetal.

CAPÍTULO V – DA EXECUÇÃO DO PLANO

Art. 12. A execução do PNMONITOR dar-se-á no âmbito do DIPOV, dos Serviços


de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal descentralizados e dos Serviços de Inspeção
aderidos ao SISBI-POV, observando as metas estabelecidas pelo Plano Anual de
Monitoramento, Rastreabilidade e Certificação e seus subprogramas.

278 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Parágrafo único. Para a execução das metas estabelecidas no Plano Anual, o


DIPOV poderá estabelecer metas individualizadas para os servidores lotados nos
serviços de inspeção de produtos de origem vegetal descentralizados de unidades
tecnicamente subordinadas à Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), podendo ainda
convocar os servidores para execução de tais atividades.

Art. 13. O Plano Anual de Monitoramento, Rastreabilidade e Certificação será


constituído pelos subprogramas de Monitoramento, Rastreabilidade e Certificação, que
serão executados por meio de atividades de controle, inspeção e fiscalização sobre todos
os entes da cadeia produtiva, abrangendo desde a produção até a comercialização dos
produtos de origem vegetal.

Art. 14. No Subprograma de Monitoramento serão desenvolvidas as ações de


acompanhamento das informações constantes dos sistemas de controle disponíveis ou
disponibilizados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento pelos agentes
agropecuários.

Art. 15. No Subprograma de Rastreabilidade serão desenvolvidas ações que


visam a obtenção de informações sobre os controles de rastreabilidade dos produtos de
origem vegetal nas diversas etapas da cadeia produtiva.

Art. 16. No Subprograma de Certificação serão desenvolvidas ações para


implantar, estruturar e controlar os programas de certificações oficiais ou privadas dos
produtos de origem vegetal.

Art. 17. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento deverá


disponibilizar sistemas eletrônicos integrados que permitam a execução do PNMONITOR.

Art. 18. As despesas decorrentes da execução do Programa correrão às contas


das dotações orçamentárias anualmente consignadas aos órgãos e às entidades
envolvidos, observados os limites de movimentação, de empenho e de pagamento da
programação orçamentária e financeira anual.
Parágrafo único. Os projetos ou ações rotineiras do Programa poderão ser
custeadas por outras fontes de recursos geridas pela União, por instituições privadas e
organismos internacionais, quando identificado objetivo comum.

CAPÍTULO VI – DA AVALIAÇÃO E COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS

Art. 19. Anualmente, o DIPOV fará a avaliação dos resultados para conferir o
cumprimento das metas e objetivos programados.

Art. 20. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgará


anualmente, através do sítio eletrônico, os resultados obtidos no Programa Nacional de
Monitoramento, Rastreabilidade e Certificação de Produtos de Origem Vegetal.

279 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

§1º A divulgação de que trata o caput será executada com o objetivo de manter
o público-alvo informado sobre a importância do Monitoramento, Rastreabilidade e
Certificação na garantia da qualidade e segurança dos produtos de origem vegetal e de
informar quanto ao atingimento das metas estabelecidas, com destaque para os
benefícios alcançados pelo PNMONITOR para os agentes da cadeia produtiva e para os
consumidores.
§2º Poderão ser utilizados outros meios para divulgar os resultados do
PNMONITOR, tais como: mensagens de correio eletrônico, seminários e ciclo de
palestras presenciais e virtuais, destinados aos executores do Programa e demais
agentes da cadeia produtiva.

Art. 21. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento promoverá


avaliação pelo público externo após a divulgação dos resultados nos termos do Art. 20.
Parágrafo único. A avaliação a que se refere o caput consistirá da coleta de
críticas e sugestões acerca dos resultados publicados para o Programa de
Monitoramento, Rastreabilidade e Certificação, que deverão ser analisadas para a
elaboração de programações futuras.

CAPÍTULO VII – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 22. Esta Portaria entra em vigor em 1ª de junho de 2022.

JOSE GUILHERME TOLLSTADIUS LEAL


Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.

280 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

PORTARIA SDA/MAPA nº 572, de 09 de maio de 2022


Institui o Programa Nacional de Qualidade de Produtos de
Origem Vegetal (PNQUALIPOV).

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MINISTÉRIO DA


AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe
confere o Art. 24, do Anexo I do Decreto nº 10.827, de 30 de setembro de 2021, tendo
em vista o disposto na Lei nº 8.918, de 14 de julho de 1994, no Decreto nº 6.871, de 4
de junho de 2009, Lei nº 7.678, de 8 de novembro de 1988, Decreto nº 8.198, de 20 de
fevereiro de 2014, Lei nº 9.972, de 25 de maio de 2000, Decreto nº 6.268, de 22 de
novembro de 2007, Lei nº 13.648, de 11 de abril 2018, Decreto nº 10.026, de 25 de
setembro de 2019 e Decreto nº 69.502, de 5 de novembro de 1971, Lei nº 8.117 de 17
de janeiro de 1991, Decreto nº 5.741 de 30 de março de 2006 e o que consta do processo
nº 21000.095466/2021-98, resolve:

CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Fica instituído o Programa Nacional de Qualidade de Produtos de Origem


Vegetal (PNQUALIPOV).
Parágrafo único. O PNQUALIPOV se aplica aos agentes públicos envolvidos na
execução das ações de controle oficial dos produtos de origem vegetal de competência
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Art. 2º Este programa terá como finalidade a melhoria dos controles dos
processos produtivos nos estabelecimentos e da conformidade dos produtos de origem
vegetal, por meio de ações de monitoramento e avaliação conduzidas pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Art. 3º No âmbito deste Programa são adotadas as seguintes definições:


I - estabelecimento conforme: aquele em pleno atendimento aos requisitos legais
estabelecidos;
II - produto conforme: aquele que atende plenamente aos requisitos de
identidade e qualidade estabelecidos nas normas vigentes;
III - estabelecimento: é a pessoal física ou jurídica que produz, envasilha,
acondiciona, padroniza, processa, beneficia, industrializa, embala, exporta ou importa
produtos de origem vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, conforme
definido no Decreto nº 6.871, de 2009, Decreto nº 8.198, de 2014, Decreto nº 6.268, de
2007, Decreto nº 10.026, de 2019 ou Decreto nº 69.502, de 1971;
IV - produto: bebida, vinho e derivados da uva e do vinho, suco e polpa de fruta
artesanal, produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico; e
V - serviço de inspeção: compreende as unidades administrativas do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento responsáveis pela inspeção de produtos de
origem vegetal e demais entidades aderidas ao Sistema Brasileiro de Inspeção de
Produtos de Origem Vegetal (SISBI-POV).

281 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

CAPÍTULO II – DOS OBJETIVOS DO PROGRAMA

Art. 4º O PNQUALIPOV tem por objetivo principal a promoção da conformidade


dos produtos ofertados no mercado nacional e exportados pelo Brasil.

Art. 5º São objetivos específicos do PNQUALIPOV:


I - melhorar o acesso público à legislação e às ferramentas que tratam de
conformidade de estabelecimentos e produtos;
II - desenvolver mecanismos de uniformização das ações de fiscalização de
estabelecimentos e de produtos;
III - constituir equipes de fiscalização e de análise plenamente capacitadas na
execução de ações de avaliação e monitoramento da conformidade de estabelecimentos
e produtos;
IV - integrar e articular iniciativas com demais órgãos de controle e entidades
com atuação correlata ao programa; e
V - estabelecer as metas de ações de controle oficial realizadas em
estabelecimentos e produtos.

CAPÍTULO III – DA COORDENAÇÃO DO PROGRAMA

Art. 6º A coordenação do programa será exercida pelo Departamento de


Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (DIPOV), que terá a competência de:
I - elaborar, acompanhar e comunicar as metas e resultados de execução do
programa;
II - promover os treinamentos necessários à execução do programa;
III - disponibilizar os recursos financeiros necessários a execução do programa;
IV - promover as iniciativas de desenvolvimento e de acesso ao público às
legislações e ferramentas que culminem na conformidade de estabelecimentos e de
produtos;
V - apoiar a implementação dos métodos laboratoriais necessários às análises de
conformidade dos produtos; e
VI - coordenar a execução de missões internacionais no âmbito deste programa
e de ações de controle oficial realizados nos estabelecimentos exportadores.
Parágrafo único. O DIPOV poderá convidar representantes de entidades públicas
e da iniciativa privada, vinculadas à pesquisa e à produção agropecuária para realizar
ações no âmbito do programa, cujas atividades, não remuneradas, serão consideradas
de relevante interesse público.

CAPÍTULO IV – DA PROGRAMAÇÃO

Art. 7º A programação de execução das atividades referentes ao PNQUALIPOV


em produtos de origem vegetal será estabelecida pelo DIPOV até o mês de novembro do
ano anterior ao seu início.
Parágrafo único. O DIPOV poderá demandar a execução de atividades extras à
programação, em virtude de necessidades que venham a ocorrer.
Art. 8º A priorização estabelecida na programação deverá ser baseada na análise
de risco dos produtos e estabelecimentos, assim como na identificação de
vulnerabilidades de determinadas cadeias.

282 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 9º Fica estabelecido o ciclo bianual para avaliação das ações do


PNQUALIPOV.

CAPÍTULO V – DA EXECUÇÃO DO PLANO

Art. 10. A execução das atividades programadas no PNQUALIPOV caberá


preferencialmente:
I - às equipes dos serviços de inspeção, quando se tratar de atividades rotineiras;
e
II - às equipes citadas no art. 5º, inciso III desta Portaria, que poderão ser
lotadas no DIPOV, com execução dos trabalhos de análise e extra fiscalização em regime
de teletrabalho, quando se tratar de atividades especiais.

Art. 11. Para a execução das metas estabelecidas na programação Anual, o


DIPOV poderá estabelecer metas individualizadas para os servidores lotados nos serviços
de inspeção de unidades tecnicamente subordinadas à Secretaria de Defesa Agropecuária
(SDA), podendo ainda convocar os servidores para execução de tais atividades.

Art. 12. As despesas decorrentes da execução do PNQUALIPOV correrão às


contas das dotações orçamentárias anualmente consignadas aos órgãos e às entidades
envolvidas.
Parágrafo único. Os projetos ou ações rotineiras do PNQUALIPOV poderão ser
custeadas por outras fontes de recursos geridas pela União, por instituições privadas e
organismos internacionais quando identificado objetivo comum.

CAPÍTULO VI – DA AVALIAÇÃO E COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS

Art. 13. Os resultados obtidos no ciclo de avaliação do programa serão


organizados em relatório e disponibilizados à sociedade as informações que não possuam
grau de restrição ou sigilo através das plataformas disponíveis.

Art. 14. A avaliação dos resultados do Programa será realizada pela Secretaria de
Defesa Agropecuária.

CAPÍTULO VII – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 15. Esta Portaria entra em vigor no dia 1ª de junho de 2022.

JOSE GUILHERME TOLLSTADIUS LEAL


Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.

283 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

PORTARIA SDA/MAPA nº 573, de 09 de maio de 2022


Institui o Programa Nacional de Prevenção e Combate à
Fraude e Clandestinidade em Produtos de Origem Vegetal
(PNFRAUDE).

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MINISTÉRIO DA


AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe
confere o Art. 24, inc VII, do Anexo I do Decreto nº 10.827, de 30 de setembro de 2021,
tendo em vista o disposto no Decreto nº 6.268, de 22 de novembro de 2007, Decreto nº
6.871, de 4 de junho de 2009, Decreto nº 8.198, de 20 de fevereiro de 2014, e o que
consta do Processo nº 21000.095150/2021-04, resolve:

CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Fica instituído o Programa Nacional de Prevenção e Combate à Fraude e


Clandestinidade em Produtos de Origem Vegetal (PNFRAUDE).

Art. 2º Este programa terá a finalidade de implementar ações buscando a


diminuição da ocorrência de fraudes e promover a regularidade de estabelecimentos
produtores de produtos de origem vegetal.

Art. 3º No âmbito deste Programa são adotadas as seguintes definições:


I - fraude: a ação intencional de engano ao consumidor por meio de adulteração
ou falsificação do produto de origem vegetal, modificando ou prejudicando as
características originais de identidade, qualidade ou inocuidade do produto.
II - adulteração: a alteração proposital do produto de origem vegetal, por meio
de supressão, redução, substituição, modificação total ou parcial da matéria-prima ou
do ingrediente componentes do produto ou, ainda, pelo emprego de processo ou de
substância não permitidos;
III - falsificação: a reprodução enganosa do produto de origem vegetal por meio
de imitação da forma, caracteres e rotulagem que constituem processos especiais de
privilégio ou exclusividade de outrem, ou, ainda, pelo emprego de denominação em
desacordo com a classificação e a padronização da bebida;
IV - alteração proposital: a modificação dos caracteres sensoriais, físicos,
químicos ou biológicos do produto de origem vegetal, em decorrência de causas
intencionais, desde que a alteração se converta, por consequência, em vantagem
financeira à empresa ou traga prejuízo ao consumidor;
V - identidade: conjunto de parâmetros ou características que permitem
identificar ou caracterizar um produto de origem vegetal conforme padrão estabelecido
em norma;
VI - qualidade: conjunto de parâmetros ou características extrínsecas ou
intrínsecas de um produto de origem vegetal, que permitam determinar as suas
especificações qualiquantitativas, mediante aspectos relativos à tolerância de
características essenciais de composição, sensoriais e fatores higiênico- sanitários e
tecnológicos; e

284 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

VII - inocuidade: a característica do produto de origem vegetal que não oferece


risco desconhecido à saúde do consumidor.

CAPÍTULO II – DOS OBJETIVOS DO PROGRAMA

Art. 4º Este programa tem por objetivo principal mitigar a ocorrência de fraudes
e clandestinidade em produtos de origem vegetal.

Art. 5º São objetivos específicos do programa:


I - melhoria da legislação voltada ao combate e prevenção a fraudes e
penalização dos agentes fraudadores;
II - desenvolver mecanismos de inteligência nas ações de combate e prevenção
a fraudes de produtos de origem vegetal;
III - constituir equipes de fiscalização plenamente capacitadas na execução de
ações de combate e prevenção a fraudes em produtos de origem vegetal;
IV - implementação de métodos laboratoriais adequados à identificação de
fraudes;
V - integração e articulação de iniciativas com demais órgãos de controle e
entidades com atuação correlata ao programa; e
VI - redução da clandestinidade de estabelecimentos produtores de produtos de
origem vegetal.

CAPÍTULO III – DA COORDENAÇÃO DO PROGRAMA

Art. 6º A coordenação do programa será exercida pelo Departamento de


Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (DIPOV), que terá a competência de:
I - elaborar, acompanhar e comunicar as metas e resultados de execução do
programa;
II - promover os treinamentos necessários à execução do programa; e
III - disponibilizar os recursos financeiros necessários a execução do programa.
Parágrafo único. O DIPOV poderá convidar representantes de entidades públicas
e da iniciativa privada, vinculadas à pesquisa e à produção agropecuária para realizar
ações no âmbito do programa, cujas atividades, não remuneradas, serão consideradas
de relevante interesse público.

CAPÍTULO IV – DA PROGRAMAÇÃO

Art. 7º Fica estabelecido o ciclo de dois anos para execução das ações do
PNFRAUDE.

Art. 8º A programação de execução das atividades referentes ao PNFRAUDE em


produtos de origem vegetal será estabelecida pelo DIPOV e pelo comitê consultivo até
o mês de novembro do ano anterior ao seu início.
Art. 9º Serão adotadas metodologias para avaliação da vulnerabilidade a fraude
e clandestinidade de forma a estabelecer a priorização das ações no plano anual.

Art. 10. São critérios para seleção e inclusão dos produtos e cadeias produtivas
no programa anual:

285 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

I - riscos à saúde pública;


II - riscos às relações de consumo e concorrenciais;
III - riscos à contaminação do produto em função das suas características físico-
químicas e de falta de aplicação de boas práticas agrícolas ou de fabricação;
IV - vulnerabilidade do produto a fraudes;
V - importância do produto na composição da dieta brasileira;
VI - demanda da sociedade civil organizada e de outras autoridades do governo
brasileiro;
VII - histórico de outros planos e programas em execução no âmbito do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e de outros órgãos;
VIII - demandas do comércio internacional relativas ao produto; e IX -
importância econômica do produto de origem vegetal.

CAPÍTULO V – DA EXECUÇÃO DO PLANO

Art. 11. A execução do Plano Monitor dar-se-á no âmbito do DIPOV, dos Serviços
de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal descentralizados e dos Serviços de Inspeção
aderidos ao SISBI-POV, observando as metas estabelecidas pelo Programa Anual de
Monitoramento, Rastreabilidade e Certificação e seus subprogramas.
§1º Para a execução das metas estabelecidas no Programa Anual, o DIPOV
poderá estabelecer metas individualizadas para os servidores lotados nos serviços de
inspeção de produtos de origem vegetal descentralizados de unidades tecnicamente
subordinadas à Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), podendo ainda convocar os
servidores para execução de tais atividades.
§2º As ações de combate à fraude no âmbito do PNFRAUDE poderão ocorrer
em estabelecimentos sob a fiscalização de entidade aderidas ao SISBI-POV, podendo
estas entidades serem envolvidas ou não nestas atividades.

Art. 12. As iniciativas serão implementadas por meio de projetos ou ações


rotineiras, que deverão ter em seu escopo um ou mais objetivos específicos listados no
art. 5º.

Art. 13. As despesas decorrentes da execução do Programa correrão às contas


das dotações orçamentárias anualmente consignadas aos órgãos e às entidades
envolvidos, observados os limites de movimentação, de empenho e de pagamento da
programação orçamentária e financeira anual.
Parágrafo único. Os projetos ou ações rotineiras do Programa poderão ser
custeadas por outras fontes de recursos geridas pela União, por instituições privadas e
organismos internacionais quando identificado objetivo comum.

CAPÍTULO VI – DA AVALIAÇÃO E COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS

Art. 14. Os resultados obtidos no ciclo de avaliação do PNFRAUDE serão


organizados em relatório e disponibilizados à sociedade através das plataformas
disponíveis.

Art. 15. A avaliação dos resultados do PNFRAUDE será realizada pela Secretaria
de Defesa Agropecuária.

286 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

CAPÍTULO VII – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 16. Esta Portaria entra em vigor em 1º de junho de 2022.

JOSE GUILHERME TOLLSTADIUS LEAL


Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.

287 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

RESOLUÇÃO RDC nº 487, de 26 de março de 2021


Dispõe sobre os limites máximos tolerados (LMT) de
contaminantes em alimentos, os princípios gerais para o seu
estabelecimento e os métodos de análise para fins de
avaliação de conformidade.

A DIRETORIA COLEGIADA DA AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA


SANITÁRIA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 15, III e IV, aliado ao art. 7º,
III e IV da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. 53, VII, §§ 1º e 3º, do
Regimento Interno aprovado pela Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 255, de 10
de dezembro de 2018, resolve adotar a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada,
conforme deliberado em reunião realizada em 25 de março de 2021, e eu, Diretor-
Presidente, determino a sua publicação.

CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre os limites máximos tolerados (LMT) de


contaminantes em alimentos, os princípios gerais para o seu estabelecimento e os
métodos de análise para fins de avaliação de conformidade.

Art. 2º Esta Resolução incorpora ao ordenamento jurídico nacional as Resoluções


GMC/MERCOSUL nº 12/2011 e 103/1994.

Art. 3º Esta Resolução se aplica a toda a cadeia produtiva de alimentos.


Parágrafo único. Esta Resolução não se aplica a:
I - águas potáveis, conforme Anexo XX da Portaria de Consolidação nº 5, de 28
de setembro de 2017;
II - águas envasadas para consumo humano, conforme Resolução de Diretoria
Colegiada – RDC nº 274, de 22 de setembro de 2005, e Resolução de Diretoria Colegiada
- RDC nº 316, de 17 de outubro de 2019;
III - contaminantes de aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia,
conforme Portaria SVS/MS nº 540, de 27 de outubro de 1997;
IV - constituintes de suplementos alimentares, conforme Resolução de Diretoria
Colegiada - RDC nº 243, de 26 de julho de 2018, e Instrução Normativa nº 28, de 26 de
julho de 2018;
V - toxinas bacterianas em alimentos, conforme Resolução de Diretoria Colegiada
- RDC nº 331, de 23 de dezembro de 2019, e Instrução Normativa nº 60, de 23 de
dezembro de 2019;
VI - substâncias decorrentes de migração de materiais em contato com
alimentos, conforme Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 91, de 11 de maio de
2001; e
VII - matérias estranhas macroscópicas e microscópicas em alimentos e bebidas,
conforme Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 14, e 28 de março de 2014.

CAPÍTULO II – DAS DEFINIÇÕES

288 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 4º Para efeito desta Resolução, são adotadas as seguintes definições:


I - cadeia produtiva de alimentos: todos os setores envolvidos nas etapas de
produção, industrialização, armazenamento, fracionamento, transporte, distribuição,
importação ou comercialização de alimentos;
II - contaminante: qualquer substância não intencionalmente adicionada aos
alimentos e que está presente como resultado da produção, industrialização,
processamento, preparação, tratamento, embalagem, transporte ou armazenamento ou
como resultado de contaminação ambiental; e
III - limite máximo tolerado (LMT): concentração máxima do contaminante
legalmente aceita no alimento.

CAPÍTULO III – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 5º As quantidades de contaminantes devem ser as menores possíveis,


mediante a aplicação das melhores práticas e tecnologias de produção disponíveis.

Art. 6º Os LMT de contaminantes estão definidos na Instrução Normativa nº 88,


de 26 de março de 2021.
Parágrafo único. Os LMT de contaminantes de que tratam o caput se aplicam à
parte comestível dos alimentos considerando o produto tal como exposto à venda, exceto
quando especificado em contrário na Instrução Normativa nº 88, de 2021.

Art. 7º No caso de alimentos não previstos na Instrução Normativa nº 88, de


2021, mas que tenham sido desidratados, diluídos, transformados ou compostos a partir
de um ou mais ingredientes listados nesta Instrução Normativa, os LMT de contaminantes
devem observar:
I - as proporções relativas desses ingredientes no produto final;
II - as alterações na concentração desses ingredientes decorrentes do seu
processo de secagem, diluição ou transformação, quando aplicável; e
III - o limite analítico de quantificação.
§1º A documentação referente ao atendimento dos requisitos previstos no caput
deve estar disponível para consulta da autoridade competente.
§2º Caso os dados de que trata o inciso II não sejam informados ou não possuam
uma justificativa adequada, a autoridade competente definirá os fatores que devem ser
aplicados, a partir da informação disponível.

Art. 8º No caso de contaminantes de ingredientes alimentares que não estejam


previstos na Instrução Normativa nº 88, de 2021, e que não se enquadrem no disposto
no art. 7º desta Resolução devem ser observados os limites de contaminantes definidos
nas especificações de identidade, pureza e composição aprovados pela Anvisa, ou, em
sua ausência, uma das seguintes referências:
I - Farmacopeia Brasileira;
II - Farmacopeias oficialmente reconhecidas, conforme Resolução de Diretoria
Colegiada - RDC nº 37, de 6 de julho de 2009;
III - Código de Produtos Químicos Alimentares (Food Chemicals Codex - FCC); e
IV - Comitê Conjunto de Especialistas da FAO/OMS sobre Aditivos
Alimentares (Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives - JECFA).

289 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Art. 9º Os alimentos que não cumpram os LMT de contaminantes definidos nos


arts. 6º a 8º desta Resolução não podem ser destinados ao consumo humano direto ou
utilizados como ingredientes em alimentos destinados ao consumo humano.

Art. 10. Os LMT de contaminantes serão estabelecidos, com base nas seguintes
informações:
I - estudos toxicológicos disponíveis para o contaminante;
II - avaliações de risco conduzidas por organismos internacionalmente
reconhecidos para o contaminante;
III - magnitude e severidade dos efeitos adversos à saúde provocados pela
ingestão do contaminante;
IV - dados analíticos sobre a incidência do contaminante no alimento;
V - dados de consumo do alimento;
VI - grupo populacional para o qual o produto é indicado;
VII - forma de preparo e consumo do alimento;
VIII - normas, recomendações ou diretrizes do Codex Alimentarius ou de outros
organismos internacionalmente reconhecidos;
IX - boas práticas agrícolas, pecuárias, industriais e analíticas;
X - relevância comercial do alimento;
XI - possibilidades tecnológicas, incluindo disponibilidade de metodologia
analítica;
XII - histórico dos problemas de contaminação do alimento; e
XIII - dados existentes na literatura científica.

Art. 11. Para verificação dos LMT de contaminantes, devem ser utilizadas
metodologias que atendam aos critérios de desempenho estabelecidos na versão mais
atual do Manual de Procedimentos do Codex Alimentarius.
§1º Para verificação dos LMT de arsênio inorgânico, podem ser utilizadas
metodologias que quantifiquem o arsênio total.
§2º Caso o disposto no § 1º deste artigo seja aplicado e os resultados sejam
superiores aos respectivos LMT, devem ser realizados ensaios para quantificação da
forma inorgânica desse contaminante.

CAPÍTULO IV – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 12. O descumprimento das disposições contidas nesta Resolução constitui


infração sanitária, nos termos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo
das responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis.

Art. 13. O art. 2º da Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 281, de 6 de


outubro de 2003, passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 2º O limite máximo
tolerado de benzo(a)pireno deve seguir o disposto na Instrução Normativa nº 88, de 26
de março de 2021". (NR)

290 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 14. Ficam revogadas:


I - a Portaria SVS/MS nº 11, de 15 de maio de 1987;
II - a Portaria SVS/MS nº 685, de 27 de agosto de 1998;
III - a Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 7, de 18 de fevereiro de 2011;
IV - a Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 42, de 29 de agosto de 2013;
V - a Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 138, de 8 de fevereiro de 2017;
e
VI - a Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 193, de 12 de dezembro de
2017.

Art. 15. Esta Resolução entra em vigor em 3 de maio de 2021.

ANTONIO BARRA TORRES

291 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 88, de 26 de março de 2021 (com as


alterações dadas pela IN ANVISA nº 115, de 20/12/2021)
Estabelece os limites máximos tolerados (LMT)
descontaminantes em alimentos.

A DIRETORIA COLEGIADA DA AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA


SANITÁRIA, no uso das atribuições quelhe confere o art. 15, III e IV, aliado ao art.
7º, III e IV da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. 53, VII, §§ 1º e 3º, do
Regimento Interno aprovado pela Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 255, de 10
de dezembro de 2018, resolve adotar a seguinte Instrução Normativa, conforme
deliberado em reunião realizada em 25 de março de 2021, e eu, Diretor-Presidente,
determino a sua publicação.

Art. 1º Esta Instrução Normativa estabelece os limites máximos tolerados (LMT)


de contaminantes em alimentos.

Art. 2º Esta Instrução Normativa se aplica de maneira complementar à Resolução


de Diretoria Colegiada - RDC nº 487, de 26 de março de 2021.

Art. 3º Os LMT de metais em alimentos são definidos no Anexo I.


Parágrafo único. Os LMT de cromo e cobre não se aplicam aos alimentos listados
que forem adicionados destes nutrientes, em conformidade ao disposto na Portaria
SVS/MS nº 31, de 13 de janeiro de 1998, e na Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº
243, de 26 de julho de 2018.

Art. 4º Os LMT de micotoxinas em alimentos são definidos no Anexo II.

Art. 5º Os LMT de outros contaminantes são definidos no Anexo III.


Parágrafo único. Para os contaminantes dibenzo-para-dioxinas policloradas
(PCDD), dibenzofuranos policlorados (PCDF) e bifenilas policloradas (PCB), os LMT são
aplicáveis ao somatório de PCDD e PCDF e ao somatório de PCDD, PCDF e PCB,
considerando os fatores de equivalência tóxica estabelecidos pela Organização Mundial
da Saúde (OMS).

Art. 6º Para os produtos líquidos, com exceção do vinho, os LMT de


contaminantes estabelecidos devem ser aplicados da seguinte forma:
I - quando a densidade do produto não variar mais do que 5% em relação à
densidade da água,os LMT serão considerados equivalentes a miligrama por litro (mg/L);
e
II - nos demais casos, deve ser aplicado fator de correção, em função da
densidade do produto.

292 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Art. 7º Esta Instrução Normativa entra em vigor em 3 de maio de 2021.


Parágrafo único. Fica estabelecido o prazo de adequação de 12 meses, a partir
da entrada em vigor desta Instrução Normativa, para os:
I - LMT estabelecidos para amêndoa de cacau, bebidas alcoólicas, café em grão
sem casca,castanhas, compotas ou doces de frutas em calda, culturas agrícolas em que
agrotóxicos à base de cobre tenham sido autorizados, exceto cacau e café, doce de leite,
doces em massa ou em pasta, gordura anidrade leite, produtos de caseína, queijos de
média e baixa umidade e sal para consumo humano no item 1.4 do Anexo I;
II - LMT estabelecidos no item 1.5 do Anexo I; e
III - LMT estabelecidos no item 3.2 do Anexo III.

ANTONIO BARRA TORRES

293 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

ANEXO I – Limites máximos tolerados de metais (NR dada pela IN ANVISA nº


115/2021)

continua
LMT
Alimentos ou categorias de alimentos Notas
(mg/kg)
1.1. Arsênio total
Açúcares 0,10
Alimentos à base de cereais para alimentação infantil
0,15 LMT para arsênio inorgânico.
(lactentes e crianças de primeira infância)
Alimentos de transição para lactentes e crianças de
0,15 LMT para arsênio inorgânico.
primeira infância
Arroz e seus derivados, exceto óleo 0,30
Azeitonas de mesa 0,30
Balas, caramelos e similares, incluindo gomas de
0,10
mascar
Bebidas alcoólicas fermentadas e fermento-destiladas,
0,10
exceto vinho
Bebidas não alcoólicas, excluídos os sucos e néctares
0,05
de frutas
Café solúvel em pó ou granulado 0,50
Café torrado em grãos ou pó 0,20
Carnes de bovinos, ovinos, suínos, caprinos e aves de
curral, derivados crus, congelados ou refrigerados, 0,50
embutidos e empanados crus
Castanhas, incluindo nozes, pistaches, avelãs,
0,80
macadâmia e amêndoas
Cereais e produtos de e à base de cereais, excluídos
0,30
trigo, arroz e seus produtos derivados e óleos
Chá, erva mate, e outros vegetais para infusão 0,60
Chocolates e produtos à base de cacau com mais de
0,40
40% de cacau
Chocolates e produtos à base de cacau com menos de
0,20
40% de cacau
Cogumelos do gêneroAgaricus, Pleurotus e Lentinula
0,30
ou Lentinus
Cogumelos, exceto os do gênero Agaricus, Pleurotus e
Lentinula ou Lentinus. Esta categoria inclui os
seguintes gêneros:
a) Fungos cultivados: Agrocybe, Grifola, Polyporus,
Flammulina, Volvariella, Stropharia, Hericium,
0,10
Tremella, Auricularia, Hipsizygus.
b) Fungos Silvestres: Cantharellus, Tuber, Morchella,
Boletus, Lactarius, Lepista, Gymnopilus, Russula,
Cyttaria, Auricularia.
- Outros.
Compotas, geleias, marmeladas e outros doces à base
0,30
de frutas e hortaliças
Concentrados de tomate 0,50
Creme de leite 0,10
No caso de lagosta e crustáceos
Crustáceos 1,00 grandes, no produto sem cabeça e
tórax.
Fígado de bovinos, ovinos, suínos, caprinos e aves de
1,00
curral

294 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Limites máximos tolerados de metais


continua
LMT
Alimentos ou categorias de alimentos Notas
(mg/kg)
LMT para arsênio inorgânico.
No alimento pronto para o consumo,
Fórmula pediátrica para nutrição enteral 0,02 de acordo com as instruções de
preparo fornecidas pelo fabricante,
quando for o caso.
LMT para arsênio inorgânico.
No alimento pronto para o consumo,
Fórmulas de nutrientes apresentadas ou indicadas
0,02 de acordo com as instruções de
para recém-nascidos de alto risco
preparo fornecidas pelo fabricante,
quando for o caso.
LMT para arsênio inorgânico.
No alimento pronto para o consumo,
Fórmulas infantis de seguimento para lactentes e
0,02 de acordo com as instruções de
crianças de primeira infância
preparo fornecidas pelo fabricante,
quando for o caso.
LMT para arsênio inorgânico.
No alimento pronto para o consumo,
Fórmulas infantis destinadas a necessidades
0,02 de acordo com as instruções de
dietoterápicas específicas
preparo fornecidas pelo fabricante,
quando for o caso.
LMT para arsênio inorgânico.
No alimento pronto para o consumo,
Fórmulas infantis para lactentes 0,02 de acordo com as instruções de
preparo fornecidas pelo fabricante,
quando for o caso.
Frutas frescas de bagos e pequenas 0,30 Após lavagem.
Frutas frescas, excluídas as de bagos e pequenas 0,30 Após lavagem.
Gelos comestíveis 0,01
Hastes Jovens e Pecíolos. Esta categoria inclui os
seguintes gêneros:
− Alcachofra, Cynara scolymus L.
− Aipo, Apium graveolens L.
− Broto de bambu, Bambusa vulgaris Schrad. ex J.C.
Wendl.
− Cardo, Cynara cardunculus L.
0,20 Após lavagem.
− Aspargo, Asparagus officinalis L.
− Funcho, Foeniculum vulgare Mill
− Palmitos, Euterpa oleracea Mart, Cocos nucifera
L., Bactris gasipaes Kunth, Daemonorops spp.
− Alho-poró, Allium porrum L.
− Ruibarbo, Rheum rhabarbarum L.
− Outros.

295 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Limites máximos tolerados de metais


continua
LMT
Alimentos ou categorias de alimentos Notas
(mg/kg)
Hortaliças do gênero Brássica, excluídas as de folhas
soltas. Esta categoria inclui as seguintes espécies:
a) Inflorescências:
Couve-flor, Brassica oleracea L. subvar. cauliflora
(Garsault) DC Brócolis (caroços verdes ou violetas)
- italiano (ou ramoso), Brassica oleracea var. italica
Plenck.
- De cabeça ou francês, Brassica oleracea L. subvar.
cymosa Duchesne
− - Nabo, Brassica napus L.
0,30 Após lavagem.
− Outros.
b) Repolho ou folhas arrepolhadas
− - Couve-crespa, Brassica oleracea L. var. sabauda L.
− - Couve-de-bruxelas, Brassica oleracea L. var.
gemmifera (DC.) Zenker.
− - Couve-Chinesa - Brassica rapa L. var. glabra Regel.
− - Outros.
c) Talo carnoso
− - Couve-rábano, talo de cor branca ou violeta de
Brassica oleracea L. var. gongyloides L.

296 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Limites máximos tolerados de metais


continua
LMT
Alimentos ou categorias de alimentos Notas
(mg/kg)
Hortaliças de folha, incluídas as Brássicas de folhas
soltas, e ervas aromáticas frescas. Esta categoria inclui
as seguintes espécies:
a) Alface e outras folhas, incluindo as Brassicaceae de
folhas.
- Azedinha, Rumex acetosa L.
− - Almeirão, Cichorium intybus L.
− - Amaranto, Amaranthus caudatus L.,Amaranthus
hybridus L. subsp. cruentus (L.) Thell., Amaranthus
hybridus L. subsp. hybridus e Amaranthus
mantegazzianus Pass.
− - Erva de Santa-Bárbara, Barbarea verna (Mill.) Asch
− - Mastruço, Lepidium sativum L.
− - Alface-da-terra, Valerianella olitoria (L.) Pollich.
− - Repolho verde, Brassica oleracea L. subvar.
palmifolia DC.
− - Dente de leão, Taraxacum officinale F. H. Wigg
− - Endívia - Cichorium endivia L.
− - Alface - Lactuca sativa L.
− - Erva de santa maria, Lepidium didymum L
− - Mostarda, Brassica juncea (L) Czern
− - Canola, Brassica napus L.
− - Acelga chinesa, Brassica rapa L. var. chinensis (L.)
Kitam.
− - Chicória, chicória roxa e chicória vermelho, Cichorium
0,30 Após lavagem.
intybus L.
− - Rúcula, Eruca vesicaria (L.) Cav. subsp. sativa (Mill.)
Thell.
− - Outros.
b) Espinafre e similares
− - Beterraba, Beta vulgaris subsp. cicla (L.) W.D.J. Koch
− - Espinafre, Spinacea oleracea L
− - Beldroega, Portulaca oleracea L
− - Outras.
c) Folhas de videiras
− - Uva, Vitis vinífera L
d) Agrião d'água
− - Agrião, Rorippa nasturtium-aquaticum (L.) Hayek
e) Ervas aromáticas
− - manjericão, Ocimum basilicum L.
− - cebolinha, Allium fistulosum L. e Allium
schoenoprasum
− - Estragão, Artemisia dracunculus L.
− - Loreiro ou louro, Laurus nobilis L.
− - Orégano, Origanum vulgare L.
− - Salsa, Petroselinum crispum Mill. Fuss.
− - Alecrim, Rosmarinus officinalis L.
− - Sálvia, Salvia officinalis L.
− - Tomilho, Thymus vulgaris L.
− - Outros.

297 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Limites máximos tolerados de metais


continua
LMT
Alimentos ou categorias de alimentos Notas
(mg/kg)
Hortaliças Frutos com folhas em bainha. Esta categoria
inclui as seguintes espécies:
- Alhos, Allium sativum L.
- Cebola, Allium cepa L. 0,10 Após lavagem.
- Cebola verde e fresca (cebolinha), Allium cepa L.
- Chalota, Allium escalonicum L.
- Outros.
Hortaliças Frutos da família Cucurbitaceae. Esta
categoria inclui as seguintes espécies:
a) Cucurbitaceae de casca comestível:
- Abobrinha, Cucurbita pepo L
- Chuchu, Sechium edule (Jacq) Sw
- Pepinos, Cucumis sativus L.
- Outros.
b) Cucurbitaceae de casca não comestível: 0,10 Após lavagem.
- Kino (Pepino africano), Cucumis metuliferus E. Mey
ex Naud
- Melão, Cucumis melo L.
- Melancia, Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum & Nakai
- Abóbora, Cucurbita maxima Duch, Cucurbita
moschata Duche Cucurbita mixta Pangalo.
- Outros.
Hortaliças frutos distintas da família Cucurbitaceae.
Esta categoria inclui as seguintes espécies:
a) Solanácea
- Berinjela, Solanum melongena L.
- Quiabo, Abelmoschus esculentus (L.) Moench.
- Pimenta, Capsicum annuum L.
0,10 Após lavagem.
- Tomate, Lycopersicon esculentum Mill.
- Outros.
b) Milho
- Milho ou milho doce, Zea mays L. var. saccharata
(Sturtev.) L.H. Bailey
- Outros.
Hortaliças leguminosas. Esta categoria inclui as
seguintes espécies:
- Ervilha, Pisum sativum L.
- Feijão, Phaseolus vulgaris L.
- Fava, Vicia faba L.
- Feijão, Phaseolus L. e Vigna Savi
1. Feijão alubia, feijão branco oval, feijão preto,
feijão colorado, Phaseolus L. 0,10 Após lavagem.
2. Feijão manteiga, Phaseolus lunatus L.
3. Feijão-da-espanha, Phaseolus coccineus L.
4. Feijão azuki, Vigna angularis (Willd) Ohiwi & H.
Ohashi
5. Feijão mungo, Vigna radiata (L.) R. Wilczek.
6. Feijão caupi, Vigna unguiculata (L.) Walp.
- Outros.

298 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Limites máximos tolerados de metais


continua
LMT
Alimentos ou categorias de alimentos Notas
(mg/kg)
Legumes (sementes secas das leguminosas), exceto
soja. Esta categoria inclui as seguintes espécies:
- Ervilha, Pisum sativum L.
- Magalo bravo, Lablab purpureus (L.) Sweet.
- Grão-de-bico, Cicer arietinum L.
- Fava, Vicia faba L.
- Lentilhas, Lens culinaris Medik. var. macrosperma
(Baumg.) N. F. Mattos.
- Tremoços, Lupinus albusL. (tremoço comum), o
Lupinus luteus L. (tremoço amarelo) e o Lupinus
angustifolius L. (tremoço azul)
0,10
- Feijão, Phaseolus L. e Vigna Savi
1. Feijão alubia, feijão branco oval, feijão preto,
feijão colorado, Phaseolus L.
2. Feijão manteiga, Phaseolus lunatus L.
3. Feijão-da-espanha, Phaseolus coccineus L.
4. Feijão azuki, Vigna angularis (Willd) Ohiwi & H.
Ohashi
5. Feijão mungo, Vigna radiata (L.) R. Wilczek.
6. Feijão caupi, Vigna unguiculata (L.) Walp.
- Outros.
Leite condensado e doce de leite 0,10
Leite fluído pronto para o consumo e produtos lácteos
0,05
sem adição, sem diluir nem concentrar
Mel 0,30
Miúdos comestíveis, exceto fígado e rins 1,00
Moluscos bivalves 1,00
Moluscos cefalópodes 1,00 No produto eviscerado.
Óleos e gorduras comestíveis de origem vegetal e ou
0,10
animal, incluindo margarina
LMT para arsênio inorgânico.
No alimento pronto para o consumo,
Outros alimentos especialmente formulados para
0,02 de acordo com as instruções de
lactentes e crianças de primeira infância
preparo fornecidas pelo fabricante,
quando for o caso.
Ovos e produtos de ovos 0,50
Pasta de cacao 0,50
No produto inteiro, caso o produto
seja destinado ao consumo inteiro.
Peixes crus, congelados ou refrigerados 1,00
Nos demais casos, no produto
eviscerado, sem cabeça e sem tórax.
Queijos 0,50

299 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Limites máximos tolerados de metais


continua
LMT
Alimentos ou categorias de alimentos Notas
(mg/kg)
Raízes e tubérculos. Esta categoria inclui os seguintes
gêneros:
a) Batatas
- Batata, Solanum tuberosum L.
- Batata indígena, Solanum tuberosum L. subsp. andigena
(Juz. & Bukasov) Hawkes e outras espécies de Solanum Sect.
Tuberarium (Dunal) Bitter
b) Raízes e tubérculos tropicais
- Araruta, Maranta arundinacea L.
- Batata doce, Ipomoea batatas (L.) Lam.
- Mandioca, Manihot esculenta Crantz.
- Inhame, Dioscorea polystachya Turcz.
- Girassol batateiro, Helianthus tuberosus L.
- Yacon, Smallanthus sonchifolius (Poepp.) H. Rob.
- Outros.
c) Outras raízes e tubérculos
- Angélica, Angelica archangelica L. 0,20
- Aipo, Apium graveolens L. var. rapaceum D.C
- Junça, Cyperus esculentus L.
- Couve-rábano, Brassica napus L. var. napobrassica (L.)
Rchb
- Nabo, Brassica rapa L.
- Chirívia, Pastinaca sativa L.
- Salsa, Petroselinum crispum Mill. Fuss.
- Rabanete, Raphanus sativus L.
- Raiz-forte, Armoracia rusticana G. Gaertn et al.
- Beterraba, Beta vulgaris L. subsp. Vulgaris
- Nabo, Brassica napus L. var. napobrassica (L.) Rchb
- Cercefi, Tragopogon porrifolius L. (Cercefi branco) e
Scorzonera hispanica L. (Cercefi preto)
- Inhame, Colocasia esculenta (L.) Schott
- Cenoura, Daucus carota L.
- Outros.
Rins de bovinos, ovinos, suínos, caprinos. 1,00
Sal para consumo humano 0,50
Sorvetes à base de fruta 0,10
Sorvetes de água saborizados 0,05
Sorvetes de leite ou creme 0,10
Sucos e néctares de frutas 0,10
Trigo e seus derivados, exceto óleo 0,20
Vinho 0,20 Expresso em mg/L

300 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Limites máximos tolerados de metais


continua
LMT
Alimentos ou categorias de alimentos Notas
(mg/kg)
Alimentos à base de cereais para alimentação infantil
0,05
(lactentes e crianças de primeira infância)
Alimentos de transição para lactentes e crianças de
0,10
primeira infância
Arroz e seus derivados, exceto óleo 0,40
Bebidas alcoólicas fermentadas e fermento-destiladas,
0,02
exceto vinho
Bebidas não alcoólicas, excluídos os sucos e néctares
0,02
de frutas
Café solúvel em pó ou granulado 0,20
Café torrado em grãos e pó 0,10
Carnes de bovinos, ovinos, suínos, caprinos e aves de
curral, derivados crus, congelados ou refrigerados, 0,05
embutidos e empanados crus
Cereais e produtos de e à base de cereais, excluídos
0,10
trigo, arroz e seus produtos derivados e óleos
Chá, erva mate, e outros vegetais para infusão 0,40
Chocolates e produtos à base de cacau com mais de
0,30
40% de cacau
Chocolates e produtos à base de cacau com menos de
0,20
40% de cacau
Cogumelos do gênero Agaricus, Pleurotus e Lentinula
0,20
ou Lentinus
Cogumelos, exceto os do gênero Agaricus, Pleurotus e
Lentinula ou Lentinus. Esta categoria inclui os
seguintes gêneros:
a) Fungos cultivados: Agrocybe, Grifola, Polyporus,
Flammulina, Volvariella, Stropharia, Hericium,
0,05
Tremella, Auricularia, Hipsizygus.
b) Fungos Silvestres:Cantharellus, Tuber, Morchella,
Boletus, Lactarius, Lepista, Gymnopilus, Russula,
Cyttaria, Auricularia.
- Outros.
Creme de leite 0,20
No caso de lagosta e crustáceos
Crustáceos 0,50 grandes, no produto sem cabeça e
tórax.
Fígado de bovinos, ovinos, suínos, caprinos e aves de
0,50
curral
No alimento pronto para o consumo,
de acordo com as instruções de
Fórmula pediátrica para nutrição enteral 0,01
preparo fornecidas pelo fabricante,
quando for o caso.
No alimento pronto para o consumo,
Fórmulas de nutrientes apresentadas ou indicadas de acordo com as instruções de
0,01
para recém-nascidos de alto risco preparo fornecidas pelo fabricante,
quando for o caso.
No alimento pronto para o consumo,
Fórmulas infantis de seguimento para lactentes e de acordo com as instruções de
0,01
crianças de primeira infância preparo fornecidas pelo fabricante,
quando for o caso.

301 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Limites máximos tolerados de metais


continua
LMT
Alimentos ou categorias de alimentos Notas
(mg/kg)
No alimento pronto para o consumo,
Fórmulas infantis destinadas a necessidades de acordo com as instruções de
0,01
dietoterápicas específicas preparo fornecidas pelo fabricante,
quando for o caso.
No alimento pronto para o consumo,
de acordo com as instruções de
Fórmulas infantis para lactentes 0,01
preparo fornecidas pelo fabricante,
quando for o caso.
Frutas frescas de bagos e pequenas 0,05 Após lavagem.
Frutas frescas, excluídas as de bagos e pequenas 0,05 Após lavagem.
Gelos comestíveis 0,05
Hastes Jovens e Pecíolos. Esta categoria inclui os
seguintes gêneros:
- Alcachofra, Cynara scolymus L.
- Aipo, Apium graveolens L.
- Broto de bambu, Bambusa vulgaris Schrad. ex J.C.
Wendl.
- Cardo, Cynara cardunculus L.
0,10 Após lavagem.
- Aspargo, Asparagus officinalis L.
- Funcho, Foeniculum vulgare Mill
a) - Palmitos, Euterpa oleracea Mart, Cocos nucifera L.,
Bactris gasipaes Kunth, Daemonorops spp.
b) - Alho-poró, Allium porrum L.
c) - Ruibarbo, Rheum rhabarbarum L.
d) - Outros.

302 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Limites máximos tolerados de metais


continua
LMT
Alimentos ou categorias de alimentos Notas
(mg/kg)
1.2. Cádmio
Hortaliças do gênero Brássica, excluídas as de folhas soltas.
Esta categoria inclui as seguintes espécies:
a) Inflorescências: Couve-flor, Brassica oleracea L. subvar.
cauliflora (Garsault) DC Brócolis (Caroços verdes ou violetas)
- italiano (ou ramoso), Brassica oleracea var. italica Plenck,
- De cabeça ou francês, Brassica oleracea L. subvar. cymosa
Duchesne
- Nabo, Brassica napus L.
− Outros.
b) Repolho ou folhas arrepolhadas
− - Couve-crespa, Brassica oleracea L. var. sabauda L.
− - Couve-de-bruxelas, Brassica oleracea L. var. gemmifera (DC.)
Zenker.
− - Couve-Chinesa - Brassica rap aL. var. glabra Regel.
− - Outros.
c) Talo carnoso
− - Couve-rábano, talo de cor branca ou violeta de Brassica
oleracea L. var. gongyloides L.
Frescas - Esta categoria inclui as seguintes espécies:
a) Alface e outras folhas, incluindo as Brassicaceae de folhas
- Azedinha, Rumex acetosa L.
- Almeirão, Cichorium intybus L.
- Amaranto, Amaranthus caudatus L., Amaranthus hybridus L.
subsp. cruentus (L.) Thell., Amaranthus hybridus L. subsp.
hybridus e Amaranthus mantegazzianus Pass.
- Erva de Santa-Bárbara, Barbarea verna (Mill.) Asch
- Mastruço, Lepidium sativum L.
- Alface-da-terra, Valerianella olitoria (L.) Pollich.
- Repolho verde, Brassica oleracea L. subvar. palmifolia DC.
- Dente de leão, Taraxacum officinale F. H. Wigg 0,05 Após lavagem.
- Endívia - Cichorium endivia L.
- Alface - Lactuca sativa L.
- Erva de santa maria, Lepidium didymum L
- Mostarda, Brassica juncea (L) Czern
- Canola, Brassica napus L.
- Acelga chinesa, Brassica rapa L. var. chinensis (L.) Kitam.
- Chicória, chicória roxa e chicória vermelho, Cichorium intybus
L.
- Rúcula, Eruca vesicaria (L.) Cav. subsp. sativa (Mill.) Thell.
- Outros.
b) Espinafre e similares
− - Beterraba, Beta vulgaris subsp. cicla (L.) W.D.J. Koch
− - Espinafre, Spinacea oleracea L.
− - Beldroega, Portulaca oleracea L.
− - Outras.
c) Folhas de videiras
− - Uva, Vitis vinífera L.
d) Agrião d'água
− - Agrião, Rorippa nasturtium-aquaticum (L.) Hayek
e) Ervas aromáticas
− - manjericão, Ocimum basilicum L.
− - cebolinha, Allium fistulosum L. e Allium schoenoprasum
− - Estragão, Artemisia dracunculus L.
− - Loreiro ou louro, Laurus nobilis L.
− - Orégano, Origanum vulgare L.
− - Salsa, Petroselinum crispum Mill. Fuss.
− - Alecrim, Rosmarinus officinalis L.
− - Sálvia, Salvia officinalis L.
− - Tomilho, Thymus vulgaris L.
− - Outros.

303 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Limites máximos tolerados de metais


continua
LMT
Alimentos ou categorias de alimentos Notas
(mg/kg)
Hortaliças de folha, incluídas as Brássicas de folhas
0,20 Após lavagem.
soltas, e ervas aromáticas
Hortaliças Frutos com folhas em bainha. Esta categoria
inclui as seguintes espécies:
- Alhos, Allium sativum L.
- Cebola, Allium cepa L. 0,05 Após lavagem.
- Cebola verde e fresca (cebolinha), Allium cepa L.
- Chalota, Allium escalonicum L
- Outros.
Hortaliças Frutos da família Cucurbitaceae. Esta
categoria inclui as seguintes espécies:
a) Cucurbitaceae de casca comestível:
- Abobrinha, Cucurbita pepo L
- Chuchu, Sechium edule (Jacq) Sw
- Pepinos, Cucumis sativus L.
- Outros.
b) Cucurbitaceae de casca não comestível: 0,05 Após lavagem.
- Kino (Pepino africano), Cucumis metuliferus E. Mey ex
Naud
- Melão, Cucumis melo L.
- Melancia, Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum & Nakai
- Abóbora, Cucurbita maxima Duch, Cucurbita moschata
Duche Cucurbita mixta Pangalo
- Outros.
Hortaliças frutos distintas da família Cucurbitaceae.
Esta categoria inclui as seguintes espécies:
a) Solanácea
- Berinjela, Solanum melongena L.
- Quiabo, Abelmoschus esculentus (L.) Moench.
- Pimenta, Capsicum annuum L.
0,05 Após lavagem.
- Tomate, Lycopersicon esculentum Mill.
- Outros.
b) Milho
- Milho ou milho doce, Zea mays L. var. saccharata
(Sturtev.) L.H. Bailey
- Outros.
Hortaliças leguminosas. Esta categoria inclui as
seguintes espécies:
- Ervilha, Pisum sativum L.
- Feijão, Phaseolus vulgaris L.
- Fava, Vicia faba L.
- Feijão, Phaseolus L. e Vigna Savi
1. Feijão alubia, feijão branco oval, feijão preto,
feijão colorado, Phaseolus L. 0,10 Após lavagem.
2. Feijão manteiga, Phaseolus lunatus L.
3. Feijão-da-espanha, Phaseolus coccineus L.
4. Feijão azuki, Vigna angularis (Willd) Ohiwi & H.
Ohashi
5. Feijão mungo, Vigna radiata (L.) R. Wilczek.
6. Feijão caupi, Vigna unguiculata (L.) Walp.
- Outros.

304 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Limites máximos tolerados de metais


continua
LMT
Alimentos ou categorias de alimentos Notas
(mg/kg)
Legumes (sementes secas das leguminosas), exceto
soja. Esta categoria inclui as seguintes espécies:
- Ervilha, Pisum sativum L.
- Magalo bravo, Lablab purpureus (L.) Sweet.
- Grão-de-bico, Cicer arietinum L.
- Fava, Vicia faba L.
- Lentilhas, Lens culinaris Medik. var. macrosperma
(Baumg.) N.F. Mattos
- Tremoços, Lupinus albus L. (tremoço comum),
Lupinus luteus L. (tremoço amarelo) e Lupinus
angustifolius L. (tremoço azul) 0,10
- Feijão, Phaseolus L. e Vigna Savi
1. Feijão alubia, feijão branco oval, feijão preto,
feijão colorado, Phaseolus L.
2. Feijão manteiga, Phaseolus lunatus L.
3. Feijão-da-espanha, Phaseolus coccineus L.
4. Feijão azuki, Vigna angularis (Willd) Ohiwi & H.
Ohashi
5. Feijão mungo, Vigna radiata (L.) R. Wilczek
6. Feijão caupi, Vigna unguiculata (L.) Walp.
- Outros.
Leite condensado e doce de leite 0,10
Leite fluído e produtos lácteos sem adição, sem diluir
0,05
nem concentrar
Mel 0,10
Moluscos bivalves 2,00
Moluscos cefalópodes 2,00 No produto eviscerado.
No alimento pronto para o consumo,
Outros alimentos especialmente formulados para de acordo com as instruções de
0,01
lactentes e crianças de primeira infância preparo fornecidas pelo fabricante,
quando for o caso.
No produto inteiro, caso o produto seja
destinado ao consumo inteiro.
Outros peixes crus, congelados ou refrigerados 0,05
Nos demais casos, no produto
eviscerado, sem cabeça e sem tórax.
Pasta de cacau 0,30
No produto inteiro, caso o produto seja
Peixes bonito, carapeba, enguia, tainha, jurel,
destinado ao consumo inteiro.
imperador, cavala, sardinha, atum e linguado crus,
0,10 Nos demais casos, no produto
congelados ou refrigerados
eviscerado, sem cabeça e sem tórax.
No produto inteiro, caso o produto seja
Peixes espada e anchova crus, congelados ou destinado ao consumo inteiro.
refrigerados 0,30 Nos demais casos, no produto
eviscerado, sem cabeça e sem tórax.
No produto inteiro, caso o produto seja
destinado ao consumo inteiro.
Peixe melva crua, congelada ou refrigerada
0,20 Nos demais casos, no produto
eviscerado, sem cabeça e sem tórax.
Queijos 0,50

305 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Limites máximos tolerados de metais


continua
LMT
Alimentos ou categorias de alimentos Notas
(mg/kg)
Raízes e tubérculos. Esta categoria inclui os seguintes
gêneros:
a) Batatas
- Batata, Solanum tuberosum L.
- Batata indígena, Solanum tuberosum L. subsp. andigena
(Juz. & Bukasov) Hawkes e outras espécies de Solanum
Sect. Tuberarium (Dunal) Bitter
b) Raízes e tubérculos tropicais
- Araruta, Maranta arundinacea L.
- Batata doce, Ipomoea batatas (L.) Lam.
- Mandioca, Manihot esculenta Crantz.
- Inhame, Dioscorea polystachya Turcz.
- Girassol batateiro, Helianthus tuberosus L.
- Yacon, Smallanthus sonchifolius (Poepp.) H. Rob.
- Outros.
c) Outras raízes e tubérculos
- Angélica, Angelica archangelica L. 0,10
- Aipo, Apium graveolens L. var. rapaceum D.C
- Junça, Cyperus esculentus L.
- Couve-rábano, Brassica napus L. var. napobrassica (L.)
Rchb
- Nabo, Brassica rapa L.
- Chirívia, Pastinaca sativa L.
- Salsa, Petroselinum crispum Mill. Fuss.
- Rabanete, Raphanus sativus L.
- Raiz-forte, Armoracia rusticana G. Gaertn et al.
- Beterraba, Beta vulgaris L. subsp. Vulgaris
- Nabo, Brassica napus L. var. napobrassica (L.) Rchb
- Cercefi, Tragopogon porrifolius L. (Cercefi branco) e
Scorzonera hispanica L. (Cercefi preto)
- Inhame, Colocasia esculenta (L.) Schott
- Cenoura, Daucus carota L.
- Outros.
Rins de bovinos, ovinos, suínos, caprinos 1,00
Sal para consumo humano 0,50
Sardinha enlatada 0,25
Soja em grãos 0,20
Sorvetes à base de frutas 0,05
Sorvetes de água saborizados 0,01
Sorvetes de leite ou creme 0,05
Sucos e néctares de frutas 0,05
Trigo e seus derivados, exceto óleo 0,20
1.3. Chumbo
Açúcares 0,10
Alimentos à base de cereais para alimentação infantil
0,05
(lactentes e crianças de primeira infância)
Alimentos de transição para lactentes e crianças de
0,15
primeira infância
Arroz e seus derivados, exceto óleo 0,20
Azeitonas de mesa 0,50
Balas, caramelos e similares, incluindo goma de
0,10
mascar
Bebidas alcoólicas fermentadas e fermento-destiladas,
0,20
exceto vinho

306 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Limites máximos tolerados de metais


continua
LMT
Alimentos ou categorias de alimentos Notas
(mg/kg)
Bebidas não alcoólicas, excluídos os sucos e néctares
0,05
de frutas
Café solúvel em pó ou granulado 1,00
Café torrado em grãos e pó 0,50
Carnes de bovinos, ovinos, suínos, caprinos e aves de
curral, derivados crus, congelados ou refrigerados, 0,10
embutidos e empanados crus
Castanhas, incluindo nozes, pistaches, avelãs,
0,80
macadâmia e amêndoas
Cereais e produtos de e à base de cereais, excluídos
0,20
trigo, arroz e seus produtos derivados e óleos
Chá, erva-mate e outros vegetais para infusão 0,60
Chocolates e produtos à base de cacau com mais de
0,40
40% de cacau
Chocolates e produtos à base de cacau com menos de
0,20
40% de cacau
Cogumelos do gênero Agaricus, Pleurotus e Lentinula
0,30
ou Lentinus
Cogumelos, exceto os do gênero Agaricus, Pleurotus e
Lentinula ou Lentinus. Esta categoria inclui os
seguintes gêneros:
a) Fungos cultivados: Agrocybe, Grifola, Polyporus,
Flammulina, Volvariella, Stropharia, Hericium,
0,10
Tremella, Auricularia, Hipsizygus.
b) Fungos Silvestres: Cantharellus, Tuber, Morchella,
Boletus, Lactarius, Lepista, Gymnopilus, Russula,
Cyttaria, Auricularia.
- Outros.
Compotas, geleias, marmeladas e outros doces à base
0,20
de frutas e hortaliças
Concentrados de tomate 0,50
Creme de leite 0,10
No caso de lagosta e crustáceos
Crustáceos 0,50 grandes, no produto sem cabeça e
tórax.
Fígado de bovinos, ovinos, suínos, caprinos e aves de
0,50
curral
No alimento pronto para o consumo,
de acordo com as instruções de
Fórmula pediátrica para nutrição enteral 0,01
preparo fornecidas pelo fabricante,
quando for o caso.
No alimento pronto para o consumo,
Fórmulas de nutrientes apresentadas ou indicadas de acordo com as instruções de
0,01
para recém-nascidos de alto risco preparo fornecidas pelo fabricante,
quando for o caso.
No alimento pronto para o consumo,
Fórmulas infantis de seguimento para lactentes e de acordo com as instruções de
0,01
crianças de primeira infância preparo fornecidas pelo fabricante,
quando for o caso.

307 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Limites máximos tolerados de metais


continua
LMT
Alimentos ou categorias de alimentos Notas
(mg/kg)
No alimento pronto para o consumo,
Fórmulas infantis destinadas a necessidades de acordo com as instruções de
0,01
dietoterápicas específicas preparo fornecidas pelo fabricante,
quando for o caso.
No alimento pronto para o consumo,
de acordo com as instruções de
Fórmulas infantis para lactentes 0,01
preparo fornecidas pelo fabricante,
quando for o caso.
Frutas frescas de bagos e pequenas 0,20 Após lavagem.
Frutas frescas, excluídas as de bagos e pequenas 0,10 Após lavagem.
Gelos comestíveis 0,01
Hastes Jovens e Pecíolos. Esta categoria inclui os
seguintes gêneros:
- Alcachofra, Cynara scolymus L.
- Aipo, Apium graveolens L.
- Broto de bambu, Bambusa vulgaris Schrad. ex J.C.
Wendl.
- Cardo, Cynara cardunculus L.
0,20 Após lavagem.
- Aspargo, Asparagus officinalis L.
- Funcho, Foeniculum vulgare Mill
- Palmitos, Euterpa oleracea Mart, Cocos nucifera L.,
Bactris gasipaes Kunth, Daemonorops spp.
- Alho-poró, Allium porrum L.
- Ruibarbo, Rheum rhabarbarum L.
- Outros.
Hortaliças do gênero Brássica, excluídas as de folhas
soltas. Esta categoria inclui as seguintes espécies:
a) Inflorescências:
Couve-flor, Brassica oleracea L. subvar. cauliflora (Garsault)
DC
Brócolis (Caroços verdes ou violetas)
- italiano (ou ramoso), Brassica oleracea var. italica Plenck.,
- De cabeça ou francês, Brassica oleracea L. subvar. cymosa
Duchesne
- Nabo, Brassica napus L.
Outros. 0,30 Após lavagem.
b) Repolho ou folhas arrepolhadas
- Couve-crespa, Brassica oleracea L. var. sabauda L.
- Couve-de-bruxelas, Brassica oleracea L. var.
gemmifera (DC.) Zenker.
- Couve-Chinesa - Brassica rapa L. var. glabra Regel.
- Outros.
c) Talo carnoso
- Couve-rábano, talo de cor branca ou violeta de
Brassica oleracea L. var. gongyloides L.

308 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Limites máximos tolerados de metais


continua
LMT
Alimentos ou categorias de alimentos Notas
(mg/kg)
Hortaliças de folha, incluídas as Brássicas de folhas
soltas, e ervas aromáticas frescas. Esta categoria inclui
as seguintes espécies:
a) Alface e outras folhas, incluindo as Brassicaceae de
folhas.
- Azedinha, Rumex acetosa L.
- Almeirão, Cichorium intybus L.
- Amaranto, Amaranthus caudatus L., Amaranthus hybridus
L. subsp. cruentus (L.) Thell., Amaranthus hybridus L. subsp.
hybridus e Amaranthus Mantegazzianus Pass.
- Erva de Santa-Bárbara, Barbarea verna (Mill.) Asch
- Mastruço, Lepidium sativum L.
- Alface-da-terra, Valerianella olitoria (L.) Pollich.
- Repolho verde, Brassica oleracea L. subvar. palmifolia DC.
- Dente de leão, Taraxacum officinale F.H. Wigg
- Endívia - Cichorium endivia L.
- Alface - Lactuca sativa L.
- Erva de santa maria, Lepidium didymum L
- Mostarda, Brassica juncea (L) Czern
- Canola, Brassica napus L.
- Acelga chinesa, Brassica rapa L. var. chinensis (L.) Kitam.
- Chicória, chicória roxa e chicória vermelho, Cichorium
intybus L. 0,30 Após lavagem
- Rúcula, Eruca vesicaria (L.) Cav. subsp. sativa (Mill.) Thell.
- Outros.
b) Espinafre e similares
- Beterraba, Beta vulgaris subsp. cicla (L.) W.D.J. Koch
- Espinafre, Spinacea oleracea L
- Beldroega, Portulaca oleracea L
- Outras.
c) Folhas de videiras
- Uva, Vitis vinífera L
d) Agrião d'água
- Agrião, Rorippa nasturtium-aquaticum (L.) Hayek
e) Ervas aromáticas
- manjericão, Ocimum basilicum L.
- cebolinha, Allium fistulosum L. e Allium schoenoprasum
- Estragão, Artemisia dracunculus L.
- Loreiro ou louro, Laurus nobilis L.
- Orégano, Origanum vulgare L.
- Salsa, Petroselinum crispum Mill. Fuss.
- Alecrim, Rosmarinus officinalis L.
- Sálvia, Salvia officinalis L.
- Tomilho, Thymus vulgaris L.
- Outros.
Hortaliças Frutos com folhas em bainha. Esta categoria
inclui as seguintes espécies:
- Alhos, Allium sativum L.
- Cebola, Allium cepa L. 0,10 Após lavagem.
- Cebola verde e fresca (cebolinha), Allium cepa L.
- Chalota, Allium escalonicum L
- Outros.

309 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Limites máximos tolerados de metais


continua
LMT
Alimentos ou categorias de alimentos Notas
(mg/kg)
Hortaliças Frutos da família Cucurbitaceae Esta
categoria inclui as seguintes espécies:
a) Cucurbitaceae de casca comestível
- Abobrinha, Cucurbita pepo L
- Chuchu, Sechium edule (Jacq) Sw
- Pepinos, Cucumis sativus L.
- Outros.
b) Cucurbitaceae de casca não comestível 0,10 Após lavagem.
- Kino (Pepino africano), Cucumis metuliferus E. Mey ex
Naud
- Melão, Cucumis melo L.
- Melancia, Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum & Nakai
- Abóbora, Cucurbita maxima Duch, Cucurbita moschata
Duche Cucurbita mixta Pangalo
- Outros.
Hortaliças frutos distintas da família Cucurbitaceae
Esta categoria inclui as seguintes espécies:
a) Solanácea
- Berinjela, Solanum melongena L.
- Quiabo, Abelmoschus esculentus (L.) Moench.
- Pimenta, Capsicum annuum L.
0,10 Após lavagem.
- Tomate, Lycopersicon esculentum Mill.
- Outros.
b) Milho
- Milho ou milho doce, Zea mays L. var. saccharata
(Sturtev.) L.H. Bailey
- Outros.
Hortaliças leguminosas. Esta categoria inclui as
seguintes espécies:
- Ervilha, Pisum sativum L.
- Feijão, Phaseolus vulgaris L.
- Fava, Vicia faba L.
- Feijão, Phaseolus L. e Vigna Savi
1. Feijão alubia, feijão branco oval, feijão preto,
feijão colorado, Phaseolus L. 0,10 Após lavagem.
2. Feijão manteiga, Phaseolus lunatus L.
3. Feijão-da-espanha, Phaseolus coccineus L.
4. Feijão azuki, Vigna angularis (Willd) Ohiwi & H.
Ohashi
5. Feijão mungo, Vigna radiata (L.) R. Wilczek.
6. Feijão caupi, Vigna unguiculata (L.) Walp.
- Outros.

310 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Limites máximos tolerados de metais


continua
LMT
Alimentos ou categorias de alimentos Notas
(mg/kg)
Legumes (sementes secas das leguminosas), exceto
soja. Esta categoria inclui as seguintes espécies:
- Ervilha, Pisum sativum L.
- Magalo bravo, Lablab purpureus (L.) Sweet.
- Grão-de-bico, Cicer arietinum L.
- Fava, Vicia faba L.
- Lentilhas, Lens culinaris Medik. var. macrosperma
(Baumg.) N.F. Mattos.
- Tremoços, Lupinus albus L. (tremoço comum),
Lupinus luteus L. (tremoço amarelo) e Lupinus
angustifolius L. (tremoço azul) 0,20
- Feijão, Phaseolus L. e Vigna Savi
1. Feijão alubia, feijão branco oval, feijão preto,
feijão colorado, Phaseolus L.
2. Feijão manteiga, Phaseolus lunatus L.
3. Feijão-da-espanha, Phaseolus coccineus L.
4. Feijão azuki, Vigna angularis (Willd) Ohiwi & H.
Ohashi
5. Feijão mungo, Vigna radiata (L.) R. Wilczek.
6. Feijão caupi, Vigna unguiculata (L.) Walp.
- Outros.
Leite condensado e doce de leite 0,20
Leite fluído pronto para o consumo e produtos lácteos
0,02
sem adição, sem diluir nem concentrar
Mel 0,30
Miúdos comestíveis, exceto fígado e rins 0,50
Moluscos bivalves 1,50
Moluscos cefalópodes 1,00 No produto eviscerado.
Óleos e Gorduras comestíveis de origem vegetal e ou
0,10
animal (incluindo margarina)
No alimento pronto para o consumo,
Outros alimentos especialmente formulados para de acordo com as instruções de
0,01
lactentes e crianças de primeira infância preparo fornecidas pelo fabricante,
quando for o caso.
Ovos e produtos de ovos 0,10
Pasta de cacau 0,50
No produto inteiro, caso o produto
seja destinado ao consumo inteiro.
Peixes crus, congelados ou refrigerados 0,30
Nos demais casos, no produto
eviscerado, sem cabeça e sem tórax.
Queijos 0,40

311 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

Limites máximos tolerados de metais


continua
LMT
Alimentos ou categorias de alimentos Notas
(mg/kg)
Raízes e tubérculos. Esta categoria inclui os seguintes
gêneros:
a) Batatas
- Batata, Solanum tuberosum L.
- Batata indígena, Solanum tuberosum L. subsp. andigena
(Juz. & Bukasov) Hawkes e outras espécies de Solanum
Sect. Tuberarium (Dunal) Bitter
b) Raízes e tubérculos tropicais
- Araruta, Maranta arundinacea L.
- Batata doce, Ipomoea batatas (L.) Lam.
- Mandioca, Manihot esculenta Crantz.
- Inhame, Dioscorea polystachya Turcz.
- Girassol batateiro, Helianthus tuberosus L.
- Yacon, Smallanthus sonchifolius (Poepp.) H. Rob.
- Outros.
c) Outras raízes e tubérculos
- Angélica, Angelica archangelica L. 0,10
- Aipo, Apium graveolens L. var. rapaceum D.C
- Junça, Cyperus esculentus L.
- Couve-rábano, Brassica napus L. var. napobrassica (L.)
Rchb
- Nabo, Brassica rapa L.
- Chirívia, Pastinaca sativa L.
- Salsa, Petroselinum crispum Mill. Fuss.
- Rabanete, Raphanus sativus L.
- Raiz-forte, Armoracia rusticana G. Gaertn et al.
- Beterraba, Beta vulgaris L. subsp. Vulgaris
- Nabo, Brassica napus L. var. napobrassica (L.) Rchb
- Cercefi, Tragopogon porrifolius L. (Cercefi branco) e
Scorzonera hispanica L. (Cercefi preto)
- Inhame, Colocasia esculenta (L.) Schott
- Cenoura, Daucus carota L.
- Outros.
Rins de bovinos, ovinos, suínos, caprinos 0,50
Sal para consumo humano 2,00
Soja em grãos 0,20
Sorvetes à base de fruta 0,07
Sorvetes de água saborizados 0,05
Sorvetes de leite ou creme 0,10
Sucos e néctares de frutas 0,05
Trigo e seus derivados, exceto óleo 0,20
Vinho 0,15 Expresso em mg/L
1.4. Cobre
Amêndoa de cacau 40,0
Bebidas alcoólicas 5,0
Café em grão sem casca 30,0
Caramelos, balas e similares 10,0
Castanhas, incluindo nozes, pistaches, avelãs,
10,0
macadâmia e amêndoas
Compotas ou doces de frutas em calda 10,0
Culturas agrícolas em que agrotóxicos à base de cobre
10,0
tenham sido autorizados, exceto cacau e café
Doce de leite 10,0
Doces em massa ou em pasta 10,0

312 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Limites máximos tolerados de metais


continua
LMT
Alimentos ou categorias de alimentos Notas
(mg/kg)
Frutas, hortaliças e sementes oleaginosas in natura e
10,0
industrializadas
Gelados comestíveis 10,0
Gordura anidra de leite 0,05
Lactose 2,0
Mel 10,0
Óleos e gorduras virgens, exceto azeites de oliva 0,4
Óleos, gorduras e emulsões refinados e azeites de
0,1
oliva virgem e refinados
Produtos de caseína 5,0
Queijos de média e baixa umidade 10,0
Sal para consumo humano 2,0
1.5. Cromo
Balas e similares à base de gelatina 1,0
Gelatinas e colágenos 10,0
Pós para preparo de sobremesa de gelatina 1,0
1.6. Mercúrio total
No caso de lagosta e crustáceos
Crustáceos 0,50 grandes, no produto sem cabeça e
tórax.
Moluscos bivalves 0,50
Moluscos cefalópodes 0,50 No produto eviscerado.
No produto inteiro, caso o produto
seja destinado ao consumo inteiro.
Peixes predadores
1,00 Nos demais casos, no produto
eviscerado, sem cabeça e sem tórax.
No produto inteiro, caso o produto
seja destinado ao consumo inteiro.
Peixes, exceto predadores
0,50 Nos demais casos, no produto
eviscerado, sem cabeça e sem tórax.
1.7. Estanho
Alimentos enlatados, exceto bebidas 250
Alimentos infantis enlatados 50 LMT para estanho inorgânico.
Bebidas enlatadas, incluídos os sucos de frutas e sucos
150
de verduras

313 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

ANEXO II – Limites máximos tolerados para micotoxinas

continua
LMT
Alimentos ou categorias de alimentos Notas
(mcg/kg)
2.1. Aflatoxina M1
Leite em pó 5
Leite fluído 0,5
Queijos 2,5
2.2. Aflatoxina B1, B2, G1, G2
Alimentos à base de cereais para alimentação infantil
1
(lactentes e crianças de primeira infância)
Amêndoas de cacau 10
Amendoim com casca, descascado, cru ou tostado,
20
pasta de amendoim ou manteiga de amendoim
Castanha-do-Brasil com casca para consumo direto 20
Castanha-do-Brasil sem casca para consumo direto 10
Castanha-do-Brasil sem casca para processamento
15
posterior
Castanhas exceto castanha-do-Brasil, incluindo nozes,
10
pistaches, avelãs e amêndoas
Cereais e produtos de cereais, exceto milho e
5
derivados, incluindo cevada maltada
Especiarias: Capsicum spp. (o fruto seco, inteiro ou
triturado, incluindo pimentas, pimenta em pó, pimenta
de caiena e pimentão-doce), Piper spp. (o fruto,
incluindo a pimenta branca e a pimenta preta),
20
Myristica fragrans (noz-moscada), Zingiber
officinale (gengibre), Curcuma longa (cúrcuma).
Misturas de especiarias que contenham uma ou mais
das especiarias acima indicadas
Feijões e outras sementes secas das leguminosas 5
Fórmulas infantis para lactentes e fórmulas infantis de
No alimento tal como ofertado ao
seguimento para lactentes e crianças de primeira 1
consumidor.
infância
Frutas desidratadas e secas 10
Milho, milho em grão inteiro, partido, amassado ou
20
moído, farinhas ou sêmolas de milho
Produtos de cacau e chocolate 5
2.3. Desoxinivalenol (DON)
Alimentos à base de cereais para alimentação infantil
200
(lactentes e crianças de primeira infância)
Arroz beneficiado e derivados 750
Farinha de trigo, grão de cevada, cevada maltada,
massas, crackers, biscoitos de água e sal, outros
1000
produtos de panificação, e outros cereais e produtos
de cereais, exceto os de arroz e trigo integral
Trigo integral, trigo para quibe, farinha de trigo
1250
integral e farelo de trigo
Trigo, milho e cevada em grãos para posterior
2000
processamento
2.4. Fumonisinas (B1 + B2)
Alimentos à base de milho para alimentação infantil
200
(lactentes e criança de primeira infância)
Amido de milho e outros produtos à base de milho 1000

314 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

Limites máximos tolerados para micotoxinas


conclusão
LMT
Alimentos ou categorias de alimentos Notas
(mcg/kg)
Farinha de milho, creme de milho, fubá, flocos,
1500
canjica, canjiquinha
Milho de pipoca 2000
Milho em grão para posterior processamento 5000
2.5. Ocratoxina A
Alimentos à base de cereais para alimentação infantil
2
(lactentes e crianças de primeira infância)
Amêndoa de cacau 10
Café torrado (moído ou em grão) e café solúvel 10
Cereais e produtos de cereais, incluindo cevada
10
maltada
Cereais para posterior processamento, incluindo grão
20
de cevada
Especiarias: Capsicumspp. (o fruto seco, inteiro ou
triturado, incluindo pimentas, pimenta em pó, pimenta
de caiena e pimentão-doce), Piper spp. (o fruto,
incluindo a pimenta branca e a pimenta preta),
30
Myristica fragrans (noz-moscada), Zingiber officinale
(gengibre), Curcuma longa (cúrcuma). Misturas de
especiarias que contenham uma ou mais das
especiarias acima indicadas
Feijões e outras sementes secas das leguminosas 10
Frutas secas e desidratadas 10
Produtos de cacau e chocolate 5
Suco de uva e polpa de uva 2
Vinho e seus derivados 2 Expresso em mcg/L
2.6. Patulina
Suco de maçã e polpa de maçã 50
2.7. Zearalenona
Alimentos à base de cereais para alimentação infantil
20
(lactentes e crianças de primeira infância)
Arroz beneficiado e derivados 100
Arroz integral 400
Farelo de arroz 600
Farinha de trigo, massas, crackers e produtos de
panificação, cereais e produtos de cereais, exceto trigo 100
e arroz e incluindo cevada maltada.
Milho de pipoca, canjiquinha, canjica, produtos e
150
subprodutos à base de milho
Milho em grão e trigo para posterior processamento 400
Trigo integral, farinha de trigo integral, farelo de trigo 200

315 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

ANEXO III – Limites máximos tolerados de outros contaminantes

Alimentos ou categorias LMT


Notas
de alimentos (mcg/kg)
3.1. Benzo(a)pireno
Óleo de bagaço de oliva e ou
2,0
caroço de oliva
3.2. Dioxinas (PCDD), furanos (PCDF) e bifenilas policoradas (PCB)
LMT de 4,0 pg/g para soma de PCDD, PCDF e PCB.
Carne de bovinos 4,0 LMT de 2,5 pg/g para soma de PCDD e PCDF. LMT aplicáveis
sobre o teor de gordura.
LMT de 1,25 pg/g para soma de PCDD, PCDF e PCB.
Carne de suínos 1,25 LMT de 1,0 pg/g para soma de PCDD e PCDF. LMT aplicáveis
sobre o teor de gordura.
LMT de 3,0 pg/g para soma de PCDD, PCDF e PCB.
Carne de aves 3,0 LMT de 1,75 pg/g para soma de PCDD e PCDF. LMT
aplicáveis sobre o teor de gordura.
LMT de 5,5 pg/g para soma de PCDD, PCDF e PCB.
Leite 5,5 LMT de 2,5 pg/g para soma de PCDD e PCDF. LMT aplicáveis
sobre o teor de gordura.
LMT de 6,5 pg/g para soma de PCDD, PCDF e PCB.
Pescado 6,5 LMT de 3,5 pg/g para soma de PCDD e PCDF. Limites
aplicáveis sobre o músculo.
LMT de 5,0 pg/g para soma de PCDD, PCDF e PCB.
Ovos 5,0 LMT de 2,5 pg/g para soma de PCDD e PCDF. LMT aplicáveis
sobre o teor de gordura.

316 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 115, de 20 de dezembro de 2021


Altera a Instrução Normativa – IN nº 88, de 26 de março de
2021.

A DIRETORIA COLEGIADA DA AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA


SANITÁRIA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 15, III e IV aliado ao art. 7º,
III e IV da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. 187, VII, §§ 1º e 3º do
Regimento Interno aprovado pela Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 585, de 10
de dezembro de 2021, em reunião realizada em 17 de dezembro de 2021, resolve:

Art. 1º Esta Instrução Normativa altera a Instrução Normativa - IN nº 88, de 26


de março de 2021, que estabelece os limites máximos tolerados (LMT) de contaminantes
em alimentos, publicada no Diário Oficial da União n° 61, de 31 de março de 2021, Seção
1, pág. 226.
Parágrafo único. Esta Instrução Normativa incorpora ao ordenamento jurídico
nacional a Resolução GMC nº 18, de 2021.

Art. 2º A categoria "Arroz e seus derivados, exceto óleo" do item "1.1 Arsênio
Total" do Anexo I da Instrução Normativa - IN nº 88, de 2021, passa a vigorar com a
redação constante no Anexo desta Instrução Normativa.

Art. 3º Fica estabelecido até 1º de junho de 2023, a partir da entrada em vigor


desta Instrução Normativa, para a adequação dos produtos aos requisitos estabelecidos
na norma.

Art. 4º O art. 7º da Instrução Normativa - IN nº 88, de 2021, passa a vigorar


com a seguinte redação: "Art. 7º Esta Instrução Normativa entra em vigor em 3 de maio
de 2021.
§1º Fica estabelecido o prazo de adequação de 12 meses, a partir da entrada em
vigor desta Instrução Normativa, para os:
I - LMT estabelecidos para amêndoa de cacau, bebidas alcoólicas, café em grão
sem casca, castanhas, compotas ou doces de frutas em calda, culturas agrícolas em que
agrotóxicos à base de cobre tenham sido autorizados, exceto cacau e café, doce de leite,
doces em massa ou em pasta, gordura anidra de leite, produtos de caseína, queijos de
média e baixa umidade e sal para consumo humano no item 1.4 do Anexo I;
II - LMT estabelecidos no item 1.5 do Anexo I; e III - LMT estabelecidos no item
3.2 do Anexo III.
§2º Fica estabelecido o prazo de adequação até 1º de junho de 2023, a partir da
entrada em vigor desta Instrução Normativa, para os LMT para arroz integral e arroz
polido estabelecidos no item 1.1 do Anexo I." (NR)

Art. 5º Esta Instrução Normativa entra em vigor em 3 de janeiro de 2022.

MEIRUZE SOUSA FREITAS


Diretora-Presidente Substituta

317 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

ANEXO I – Alteração do Anexo I da Instrução Normativa IN nº 88, de 2021:


Limites máximos tolerados de metais

Limites máximos tolerados de metais

LMT
Alimentos ou categorias de alimentos Notas
(mg/kg)
1.1. Arsênio total

Arroz integral 0,35 LMT para arsênio inorgânico.

Arroz polido 0,20 LMT para arsênio inorgânico.

Publicado no Diário Oficial da União em 22/12/2021

318 | P á g i n a
Legislação sobre a Qualidade de Produtos de Origem Vegetal

RESOLUÇÃO CAMEX nº 29, de 24 de março de 2016


Delega competência para emissão de certificados e
fiscalização das condições fitossanitárias, sanitárias ou
higiênico-sanitárias e revoga resoluções do Conselho Nacional
do Comércio Exterior (Concex).

O PRESIDENTE DO CONSELHO DE MINISTROS DA CÂMARA DE COMÉRCIO


EXTERIOR - CAMEX, no uso da atribuição que lhe confere o § 3º do art. 5º do Decreto
nº 4.732, de 10 de junho de 2003, e com fundamento nas alíneas "a" e "e" do inciso III
do art. 2º do mesmo diploma legal, resolve, ad referendum do Conselho:

Art. 1º Delegar competência ao Ministério da Agricultura, no âmbito do comércio


internacional de vegetais e de produtos de origem vegetal ou animal, para:
I - emitir certificado fitossanitário, sanitário ou higiênico-sanitário exigidos por
país importador com base em acordos ou convênios internacionais;
II - fiscalizar o cumprimento das normas fitossanitárias, sanitárias ou higiênico-
sanitárias;
III - definir requisitos, critérios e procedimentos relativos à fiscalização
fitossanitária, sanitária e higiênico-sanitária.

Art. 2º Ficam revogadas as Resoluções Concex nº 67, de 14 de maio de 1971,


nº 160, de 28 de junho de 1988, nº 162, de 20 de setembro de 1988, e nº 170, de 8 de
março de 1989.

Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

ARMANDO MONTEIRO
Publicado no Diário Oficial da União em 28/03/2016

319 | P á g i n a
Fátima Chieppe Parizzi

RESOLUÇÃO CAMEX nº 8, de 25 de abril de 2002


Revoga as Resoluções CONCEX nos 40, 45, 57, 66, 77, 79, 88,
93, 102, 111, 112, 114, 115, 116, 161, 169, 173, 174, 178 e
182.

O PRESIDENTE DA CÂMARA DE COMÉRCIO EXTERIOR, no exercício das atribuições


que lhe confere o § 3º do art. 6º e com fundamento no inciso III, alínea “e” do art. 2º,
do Decreto nº 3.981, de 24 de outubro de 2001,

RESOLVE, ad referendum da Câmara:

Art. 1º Revogar as Resoluções CONCEX nº 40, 45, 57, 66, 77, 79, 88, 93, 102,
111, 112, 114, 115, 116, 161, 169, 173, 174, 178 e 182.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

SERGIO SILVA DO AMARAL

INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Res. CONCEX no Produto Res. CONCEX no Produto
40 Feijão 112 Rami
45 Citrus 115 Juta
57 Cêra de carnaúba 116 Malva
66 Raspa e farinha de mandioca 161 Cacau
77 Batata 169 Soja e óleo de soja
79 Amendoim 173 Milho
88 Cebola 174 Castanha de caju
93 Sisal 178 Arroz
102 Sorgo 182 Algodão (resíduos)
111 Línter

320 | P á g i n a
O presente material objetiva atender às atividades de Padronização e
Classificação de Produtos Vegetais e contempla as principais legislações relacionadas às
ações de responsabilidade dos envolvidos na execução das ações programadas.
De forma a facilitar o entendimento e a consulta ao Decreto 6.268/07 foi incluído
um índice remissivo “Orientações para consulta ao Decreto n° 6.268/07”,
contendo os principais termos relacionados à atividade.
Informações adicionais são ainda repassadas nos cursos de capacitação de
classificadores de produtos vegetais dentro do conteúdo programático “Conhecimentos
Gerais”, compilado em outro material.
Posteriormente ao curso, recomenda-se ao profissional que atua na área
manter-se atualizado quanto às normas e procedimentos vigentes, mediante acessos
periódicos ao sítio eletrônico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA), no endereço https://www.gov.br/agricultura/pt-br.

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