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ÍNDICE

Sumá rio
ÍNDICE ..................................................................................................................................................... 1
1. OBJETIVO .......................................................................................................................................... 2
2. REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 2
2.2. Legislação e Regulamentos Federais sobre o Meio Ambiente......................................... 2
2.3. Normas Técnicas em sua última versão ou suas sucessoras ......................................... 2
2.4. Regulamentos Técnicos em sua última versão ou suas sucessoras.............................. 3
3. MEIO AMBIENTE ............................................................................................................................... 4
4. CONDIÇÕES GERAIS ....................................................................................................................... 4
4.1. Geral ........................................................................................................................................ 4
4.2. Acondicionamento e Marcação ............................................................................................ 6
4.3. Selos ........................................................................................................................................ 6
4.4. Da Homologação .................................................................................................................... 7
5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ............................................................................................................. 9
5.1. Características Técnicas Básicas ........................................................................................ 9
5.2. Características construtivas ............................................................................................... 13
5.3. Caracterização do medidor e das funcionalidades.......................................................... 23
6. GARANTIA ....................................................................................................................................... 23
6.1. Condições gerais ................................................................................................................. 23
6.2. Da apuração da taxa de falha ............................................................................................. 25
6.3. Do Recall ............................................................................................................................... 25
7. INSPEÇÃO ....................................................................................................................................... 25
8. APRESENTAÇÃO DE PROPOSTA ................................................................................................. 27
9. TREINAMENTO E DA UTILIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS ........................................................ 27

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1. OBJETIVO
1.1. Estabelecer os critérios e exigências técnicas mínimas aplicáveis à fabricação e ao
recebimento de medidores eletrônicos de energia elétrica (monofásicos e polifásicos), de ligação
direta ou indireta, para aplicação em unidades consumidoras de baixa tensão (BT) ou média
tensão (MT).

2. REFERÊNCIAS
2.1. Os medidores, seus acessórios e materiais deverão ser projetados, fabricados e ensaiados
de acordo com as normas técnicas listadas a seguir, exceto quando estabelecidos de outra forma
nesta especificação, caso ocorra itens conflitantes nas normas mencionadas, prevalecerá aquele
que assegurar qualidade superior, ou outro, mediante decisão da equipe grupo de analisadores
técnicos da Roraima Energia.

2.2. Legislação e Regulamentos Federais sobre o Meio Ambiente.

2.2.1 Constituição da República Federativa do Brasil - Título VIII: Da Ordem Social - Capítulo VI:
Do Meio Ambiente.

2.2.2 Lei nº 7.347, de 24.07.85 - Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos
causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico e dá outras providências.
2.2.3 Lei nº 9.605, de 12.02.98 - Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
2.2.4 Decreto nº 6.514, de 22.07.08 - Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao
meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações, e
dá outras providências.
2.2.5 Resolução do CONAMA1 nº 1, de 23.01.86 - Dispõe sobre os critérios básicos e diretrizes
gerais para o Relatório de Impacto Ambiental – RIMA.
2.2.6 Resolução do CONAMA nº 237, de 19.12.97 - Regulamenta os aspectos de licenciamento
ambiental estabelecidos na Política Nacional do Meio Ambiente.

2.3. Normas Técnicas em sua última versão ou suas sucessoras.


2.3.1. ABNT NBR-14519 Medidores eletrônicos de energia elétrica (estáticos) – Especificação.

2.3.2. ABNT NBR-14520 Medidores eletrônicos de energia elétrica (estáticos) - Método de Ensaio.
2.3.3. ABNT NBR-14521 Aceitação de lotes de medidores eletrônicos de energia elétrica –
Procedimento.

1 CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente

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2.3.4. ABNT NBR-14522 Intercâmbio de informações para sistemas de medição de energia
elétrica –Padronização
2.3.5. ABNT NBR-14544 Especifica os requisitos gerais para a proteção de componentes
sensíveis às descargas eletrostáticas.
2.3.6. ABNT NBR – 16078 - Equipamentos de medição de eletricidade - Confiabilidade - Ensaio
de confiabilidade Vida acelerada por umidade e temperatura.
2.3.7. ABNT NBR IEC 60529 - Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos
(código IP)
2.3.8. ABNT NBR 9001 – Sistema de Gestão da Qualidade
2.3.9. ABNT NBR ISO/IEC 17025 – Requisitos Gerais para Competência de Laboratório de
Ensaio e Calibração
2.3.10. NR 10 Norma Regulamentadora Nº 10 - Segurança em instalações e serviços em
eletricidade;
Notas:
1) Devem ser consideradas aplicáveis as últimas revisões das normas técnicas listadas
anteriormente, na data da abertura do pedido de compra.
2) Todas as normas técnicas citadas como referências devem estar à disposição do inspetor
ou diligenciador da CONTRATANTE no local da inspeção.
2.4. Regulamentos Técnicos em sua última versão ou suas sucessoras.

2.4.1. Portaria Inmetro 587/2012 - Regulamento Técnico Metrológico de Medidores Eletrônicos de


Energia Elétrica.
2.4.2. Portaria Inmetro 586/2012 - Regulamento Técnico Metrológico - RTM de software para
medidor eletrônico de energia elétrica e software para sistema distribuído de medição de energia
elétrica.
2.4.3. Portaria Inmetro Nº 520/2014 – Requisitos adicionais aos já estabelecidos no RTM aprovado
pela Portaria Inmetro nº 587 que devem ser observados na apreciação técnica de modelo de
medidores de multitarifação de medição de energia elétrica (Tarifa Branca ).
2.4.4. DIMEL 036 Ensaios de Apreciação Técnica de Modelo de Medidores Eletrônicos de Energia
Elétrica (Tarifa Branca).
2.4.5. Portaria Inmetro Nº 95/2015 - Alteração à Portaria Inmetro nº 587/2012.

2.4.6. Resoluções ANATEL:N°506 Regulamento sobre Equipamentos de Radiocomunicações de


Radiação Restrita e N°442.

2.4.7. Portaria Inmetro 400/2013 - Requisitos para a concessão e a manutenção de autorização


de empresas que estejam interessadas em declarar a conformidade de instrumentos de medição
regulamentados, sob a supervisão metrológica da Diretoria de Metrologia Legal do Inmetro.

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2.4.8. Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional –
PRODIST/ANEEL – Módulo 5, revisão VI – Sistemas de Medição e suas revisões.
2.4.9. Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional –
PRODIST/ANEEL – Módulo 8, revisão 11 – Qualidade da Energia Elétrica e suas revisões;
2.4.10. Resolução Normativa Nº. 871/2020 – ANEEL e suas revisões;
2.4.11. Resolução normativa nº. 863/2019 – ANEEL e suas revisões.
2.4.12. Módulo 12 dos Procedimentos de rede do ONS (Operador Nacional do Sistema).
2.4.13. Resolução Normativa Nº 479/2012 - ANEEL;
2.4.14. Resolução Normativa Nº 502/2012 – ANEEL;
2.4.15. Resolução Normativa Nº 733/2016 - ANEEL;
2.4.16. Resolução Normativa N° 506/2012 – ANEEL;
2.4.17. Resolução Normativa N° 442/2011 – ANEEL.

3. MEIO AMBIENTE
3.1. Em todas as etapas da fabricação, do transporte e do recebimento dos medidores, devem ser
rigorosamente cumpridas as legislações ambientais nas esferas federal, estadual e municipal
aplicáveis.
3.2. Fornecedores estrangeiros devem cumprir a legislação ambiental vigente nos seus países de
origem e as normas internacionais relacionadas à produção, ao manuseio e ao transporte até o
seu aporte no Brasil.
3.3. O FORNECEDOR é o responsável pelo pagamento de multas e pelas ações decorrentes de
práticas lesivas ao meio ambiente, que possam incidir sobre a CONTRATANTE, quando derivadas
de condutas praticadas por ele ou por seus subfornecedores.

3.4. A CONTRATANTE pode verificar, nos órgãos oficiais de controle ambiental, a validade das
licenças de operação e de transporte dos fornecedores e subfornecedores.

4. CONDIÇÕES GERAIS
4.1. Geral

4.1.1. Os medidores eletrônicos de energia elétrica devem atender simultaneamente aos


requisitos constantes no Regulamento Técnico Metrológico (RTM) de medidores eletrônicos
(Portaria Inmetro 587/2012 ou sua sucessora), as normas ABNT pertinentes (NBR 14519,
NBR14520, NBR14521, NBR 14522 e NBR 16078, em sua última versão, ou suas sucessoras),
ou normas internacionais equivalentes e nesta Especificação Técnica (ET).

4.1.2. Caso haja divergência, nos diversos documentos, para os valores aceitáveis nos diversos
ensaios indicados, prevalecem as exigências mais rigorosas e atualizadas em todos os casos.

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4.1.3. O projeto, componentes empregados, fabricação e acabamento devem incorporar, tanto
quanto possível, as mais recentes técnicas, mesmo que tais condições não sejam mencionadas
explicitamente nesta ET.

4.1.4. Os medidores eletrônicos devem:

4.1.5. Ser fornecidos completos, com todos os acessórios necessários ao seu perfeito
funcionamento, mesmo os não explicitamente citados nesta ET, no Pedido de Compra;

4.1.6. Para medidores eletrônicos programáveis, que possuam portas de comunicação, deverão
ser fornecidas, sem ônus para a Distribuidora, de 04 (quatro) a até 10 (dez) licenças de software
para programação, parametrização e leitura de dados de modo local, para uso dos laboratórios
de medição e centros de telemetria, na rotina de operações com os equipamentos; e também para
a disposição de coleta de leituras em regionais que por ventura não tenham ainda o sistema de
comunicação remota em funcionamento.
4.1.7. Para medidores eletrônicos programáveis, que possuam portas de comunicação, deverão
ser fornecidos 10 (dez) cabos de comunicação, para o trajeto PC-medidor (USB), de conector tipo
óptico e 10 (cinco) cabos de comunicação do tipo conector serial.

4.1.8. Possuir o mesmo projeto e serem essencialmente idênticos, quando pertencerem a um


mesmo item do Pedido de Compra;

4.1.9. Ter todas as peças correspondentes intercambiáveis quando de mesmas características


nominais e fornecidas pelo mesmo fornecedor, de acordo com esta ET;

4.1.10. Possuir características construtivas de inviolabilidade, que assegurem a impossibilidade


de acesso ao seu interior sem deixar vestígios, seja no medidor, seja nos selos;

4.1.11. Após abertos, permitir acesso a suas partes internas de modo a possibilitar futuras
manutenções.

4.1.12. No caso de medidores com tampa solidária, o acesso ao interior do medidor deve deixar
marcas visíveis na tampa e/ou na base do medidor;

4.1.13. Os medidores devem estar acompanhados de manuais de operação e manutenção,


escritos em português, que forneçam todas as informações necessárias ao seu manuseio. Os
manuais deverão conter no mínimo as seguintes informações:

4.1.14. Instruções completas cobrindo: descrição, funcionamento, manuseio, instalação, ajustes,


operação, manutenção e reparos;

4.1.15. Relação completa de todos os componentes e acessórios, incluindo nome, descrição,


número de catálogo, quantidade usada, identificação do desenho e instruções para aquisição;

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4.1.16. Procedimento específico relativo ao descarte dos equipamentos quer ao final da sua vida
útil, quer em caso de inutilização por avaria;

4.2. Acondicionamento e Marcação


4.2.1. Os medidores devem ser acondicionados individualmente, em embalagens apropriadas
para transporte rodoviário ou aéreo, ou em conjuntos de até 25 unidades.

4.2.2. As embalagens devem ser identificadas de forma indelével, no mínimo com as seguintes
informações:
• Nome ou marca do fabricante;
• Designação do tipo, modelo ou equivalente do fabricante;
• Número de série;
• Quantitativo de medidores embalados;
• Posição de transporte;
• Massa total do volume em quilogramas;

• Indicações de cuidados no manuseio; Número do Pedido de Compra.


• Código do medidor a ser fornecido segundo a sua caracterização e
funcionalidade descrita nas tabelas 2 ( Tipo de medidor ); 3 ( funcionalidades
); 4 ( Tipo de Registrador); 5 (Classe de Exatidão).
Obs.: O referido código deverá constar no campo observação da Nota Fiscal e na embalagem
dos medidores (caixas de papelão).
4.2.3. As embalagens devem ser acomodadas em pallets, em forma e quantidades adequadas ao
transporte. Deve ser informado o quantitativo de medidores que constam no pallet.

4.3. Selos
4.3.1. Os medidores devem ser entregue à CONTRATANTE devidamente lacrados.
4.3.2. Devem ser utilizados selos do tipo semi-barreira nos medidores que não possuírem tampa
solidária.
4.3.3. Nos medidores com tampa solidária podem ser utilizados outros tipos de selos, não sendo
aceitos lacres com travamento tipo âncora.
4.3.4. Deve ser atendida a regulamentação do Inmetro sobre o assunto.
4.3.5. O fabricante de medidores deve manter registro e controle de todos os selos.
4.3.6. O fabricante de medidores é responsável pela aquisição dos selos e execução dos ensaios
de recebimento dos mesmos.
4.3.7. A responsabilidade pela guarda e controle da rastreabilidade destes dispositivos, após o
recebimento do fornecedor dos selos, é do fabricante ou importador de medidores, sendo que
este será responsabilizado por eventuais desvios e/ou utilizações fraudulentas dos selos que
compõem os lotes recebidos, a menos que esse tenha uma comprovação documental do
fabricante de selos que determinado selo não chegou a ser fornecido ou foi devolvido para o
fabricante de selos para destruição. As penalidades aplicáveis serão:
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• 1ª ocorrência - suspensão de fornecimento por 6 (seis) meses e
ressarcimento dos prejuízos causados;
• 2ª ocorrência - suspensão de fornecimento por 1 (um) ano e ressarcimento
dos prejuízos causados;
• 3ª ocorrência - suspensão por tempo indeterminado e ressarcimento dos
prejuízos causados;

4.3.8. Devem ser fornecidos em meio digital (planilha) os números dos medidores e respectivos
números dos selos e os valores de erros encontrados no processo de calibração.

4.4. Da Homologação

4.4.1. A homologação do modelo ofertado será efetuada conforme esta ET, normas NBR 14519,
NBR 14520 e NBR 16078 (ou suas sucessoras) ou normas internacionais equivalentes e Portaria
Inmetro 587/2012 (ou sua sucessora). E se dará durante o processo de análise das propostas
técnicas da contratação. A CONTRATANTE poderá abrir mão do processo de homologação caso
a CONTRATADA apresentar os ensaios pertinentes às normas mencionadas nesta ET (item
4.4.5), e cópias dos certificados de calibração de seus padrões e equipamentos utilizados no
processo de fabricação de seus medidores para análise e aprovação.

4.4.2. A homologação dos medidores poderá ser realizada nas dependências do FABRICANTE.
Neste caso os custos de passagem e estadia dos membros da equipe de homologação da
distribuidora serão de responsabilidade da CONTRATANTE.

4.4.3. Os ensaios de Burn-In poderão ser realizados em laboratório próprio do FABRICANTE ou


de terceiros, desde que atendam às exigências contidas na NBR 16078.

4.4.4. O CONTRATANTE se reserva o direito de solicitar a realização de parte da homologação


em seu laboratório. Neste caso os custos de envio dos medidores a serem homologados serão
de responsabilidade do FORNECEDOR.
4.4.5. Ensaio de Vida Acelerada – Burn-In

4.4.5.1. As amostras para o ensaio de burn-in deverão ser retiradas aleatoriamente do processo
produtivo, por modelo de medidores e, por isso, sem a necessidade de estarem vinculadas a lotes
a serem fornecidos ao CONTRATANTE.

4.4.5.2. Cada FABRICANTE deverá definir seu processo de amostragem, atendendo aos critérios
estabelecidos na NBR16078: 2012. Os medidores e o processo de amostragem utilizado devem
ser devidamente descritos no relatório final com os resultados obtidos para cada ensaio de vida
acelerada realizado.
4.4.5.3. Os parâmetros considerados para o ensaio são: Temperatura e Umidade. Deve-se utilizar
os parâmetros máximos definidos na norma NBR 16078:2012.

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4.4.5.4. Para a alimentação do medidor, utilizar os valores definidos em norma, de Tensão de
100% da tensão nominal do equipamento e Corrente de 10% corrente máxima do equipamento.
4.4.5.5. Com base nos parâmetros definidos e nos tempos até as falhas computados durante o
ensaio, deve ser obtido o fator de aceleração.

4.4.5.6. Com esse fator estabelecer a função densidade de probabilidade para cada modelo de
medidor nas condições de uso partindo da função densidade de probabilidade nas condições de
estresse.
4.4.5.7. Com a função densidade de probabilidade nas condições de uso, calcular a vida média
para cada modelo de medidor.
4.4.5.8. Para a homologação, cada modelo de medidor deverá além do atendimento aos demais
requisitos, obter com resultado do teste de Burn-In uma vida média superior a 13 anos.
4.4.5.9. Fica o FABRICANTE obrigado a fornecer os medidores com os componentes internos
idênticos aos utilizados nos testes de Burn In, inclusive os arquivos de rastreabilidade utilizados
no processo.
4.4.5.10. Deverá ser apresentado relatório de resultados para os seguintes ensaios conforme
norma NBR 14520, ou norma internacional equivalente:
a) Ensaios de Compatibilidade Eletromagnética:
a.1) Ensaio de imunidade à descarga eletrostática;
a.2) Ensaio de imunidade a transientes elétricos;
a.3) Ensaio de Impulso combinado;
a.4) Ensaio de imunidade a campos eletromagnéticos de alta frequência;
a.5) Ensaio de emissividade (RÁDIO PERTUBAÇÃO, ITEM 5.19.7).
b) Ensaio da variação brusca da temperatura;
c) Ensaios de verificação de requisitos climáticos:

c.1) Ensaio de calor seco;


c.2) Ensaio de frio;
c.3) Ensaio cíclico de calor úmido;
c.4) Ensaio de Radiação Solar
d) Ensaios de verificação de requisitos mecânicos:
d.1) Ensaio do martelo de mola;
d.2) Ensaio de impacto;
d.3) Ensaio de vibrações;
d.4) Ensaio de resistência ao calor e ao fogo;
d.5) Ensaio contra a penetração de poeira e água.

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4.4.5.11. Os relatórios dos ensaios acima que também façam parte da apreciação técnica de
modelo e da verificação inicial, segundo a portaria 587/2012, devem ser emitidos pelo INMETRO
ou laboratório acreditado. Os demais relatórios podem ser emitidos por laboratórios terceirizados
que atendam aos requisitos da ABNT NBR 9001 ou ABNT NBR ISO/IEC 17025.
4.4.5.12. A CONTRATANTE poderá a qualquer tempo, caso julgue necessário, solicitar novos
testes de homologação, incluindo a realização de novos ensaios com participação de inspetor da
mesma, para verificar a comprovação dos resultados dos relatórios enviados.
4.4.5.13. Para medidores os quais seja exigida porta de comunicação, o PROPONENTE deve
fornecer documentação técnica detalhada do medidor ofertado (biblioteca de comunicação porta
ótica e serial) relativa ao protocolo de comunicação, com todas as informações necessárias
relacionadas à conectividade do medidor ao sistema de telemedição da CONTRATANTE.
4.4.5.14. O PROPONENTE deve prover também todos os recursos necessários para obter os
dados disponibilizados via porta (ótica e serial) de comunicação. Estes recursos devem assegurar
a extração de todas as informações disponibilizadas.
4.4.5.15. Pequenas alterações realizadas no medidor, que não caracterizem alteração de modelo,
conforme a legislação vigente devem ser documentadas pelo fabricante. Toda a documentação
relativa a esse tipo de situação deve ser apresentada por escrito à CONTRATANTE.
4.4.5.16. A CONTRATANTE reserva-se o direito de avaliar estas pequenas alterações ocorridas,
podendo considerá-las aceitáveis ou não.
4.4.5.17. A CONTRATANTE reserva-se o direito de solicitar pequenas alterações em medidores,
mesmo que previamente aprovados, no intuito de melhorar o desempenho operacional, dificultar
a ocorrência de fraudes, etc., respeitada a legislação vigente.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
5.1. Características Técnicas Básicas
5.1.1. Corrente de partida: 0,4% da corrente nominal para energia ativa (Wh) e 0,5% da corrente
nominal para energia reativa (varh);

5.1.2. Frequência: 60 Hz;


5.1.3. Classe de Exatidão: de acordo com a tabela 5;

5.1.4. Temperatura de operação (ºC): 0 a 70 (Linha Industrial);

5.1.5. Umidade relativa sem condensação (%): 0 a 95;

5.1.6. Consumo próprio máximo: Deve ser inferior ao estabelecido no RTM 587/2012, anexo A,
item A.9 – Verificação das perdas internas;

5.1.7. Número de dígitos no mostrador para energia (kWh ou kvarh) a ser validado pela equipe
técnica da Distribuidora, devendo ter a condição mínima para: 5 inteiros e 0 decimais;

5.1.8. Número de dígitos no mostrador para demanda (kW) a ser validado pela equipe técnica da
Distribuidora, devendo ter a condição mínima para: 3 inteiros e 2 decimais;
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5.1.9. Medidores eletrônicos com display de cristal líquido e capacidade de parametrização via
software do número de casas decimais deverão possibilitar parametrização para até três dígitos
decimais para demanda (kW) e até dois dígitos decimais para energia (kWh e kvarh), totalizando
6 caracteres para o registro de cada grandeza no display.

5.1.10. Índice de classe de isolação II (de acordo com a NBR14519 e NBR14520)

5.1.11. Nota: o medidor deverá ser apto a suportar ensaio de tensão de impulso de 6 kV,
independente do valor de sua tensão nominal.

5.1.12. As dimensões deverão atender ao padronizado na norma NBR 14519 em sua última
versão ou sua sucessora.

5.1.13. Provido de dispositivo de selagem para a tampa de borne, do medidor e reset.

5.1.14. Não é admitida a alimentação auxiliar de tensão, exceto para os itens F1, F2 e F3 da tabela
2.

5.1.15. Não é admitido que o medidor possua elos de calibração externos.

5.1.16. Os medidores de 2 (dois) elementos ou 3 (três) elementos devem possuir comutação


automática de tensão na falta de uma (2 elementos e 3 elementos) ou duas fases (3 elementos),
ou seja, devem permanecer alimentados e funcionar normalmente mesmo que alimentados por
apenas uma fase.

5.1.17. No caso de medidores com registradores eletromecânicos (ciclométricos), esses


registradores devem ser totalmente lacrados, de forma que todas as suas faces estejam contidas
em um invólucro, impedindo a introdução de quaisquer objetos estranhos no registrador sem
deixar vestígios.

5.1.18. Para medidores com tampa solidária pode ser considerada como invólucro a própria
tampa, desde que obedeçam as características solicitadas, exigindo-se que haja uma proteção
na parte posterior de forma a impedir a introdução de quaisquer objetos estranhos no conjunto
registrador.

5.1.19. Independentemente da tecnologia dos registradores de energia ativa e/ou reativa


(eletromecânicos ou Display de Cristal Líquido (LCD)), após a indicação de leitura “99999” deve-
se seguir a leitura “00000”, e o registrador deve continuar a registrar normalmente.

5.1.20. Para medidores a serem aplicados em unidades consumidoras de Baixa Tensão sem
relógio interno, não é permitida a utilização de bateria ou qualquer outro componente interno que
requeira futura manutenção.
5.1.21. O mostrador do medidor deverá ser de tecnologia LCD e apresentar as informações em
grandezas. No caso de medidores de energia que meçam apenas energia ativa, deve ser exibida
exclusivamente essa grandeza (kWh). No caso de medidores de energia ativa e reativa devem
ser exibidas ciclicamente no display, de 6 em 6 segundos apenas as seguintes indicações:

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• Código 03 - Totalizador de Energia Ativa;
• Código 24 - Totalizador de Energia Reativa Indutiva;
• Código 88 - Teste do Display;
• Código 103- Totalizador de Energia Ativa Reversa (caso parametrizado);

5.1.22. No caso de medidores com medição de demanda (KW) e/ou que possuam postos horários,
devem ser exibidas ciclicamente as informações pertinentes (que estejam habilitadas),
indicandose no mostrador o código referente à informação, respectivo valor e posto horário.
5.1.23. Para medidores que será aplicada para medição tarifa branca devem ser exibidas
ciclicamente no display as seguintes indicações:

• Código 01 - Data;
• Código 02 – Hora;
• Código 03 - Totalizador de Energia Ativa;
• Código 04 - Totalizador Geral Ponta;
• Código 08 – Totalizador Geral Fora de Ponta;
• Código 09 – Totalizador Geral Intermediário
• Código 24 - Totalizador de Energia Reativa Indutiva;
• Código 32 – Estado de Bateria
• Código 88 - Teste do Display;
• Código 103 - Totalizador Geral de Energia Ativa Reversa (caso
parametrizado);
• Código 104 - Totalizador Geral Ponta Reversa (caso parametrizado);

• Código 108 – Totalizador Geral Fora Ponta Reversa


(caso parametrizado);
• Código 109 – Totalizador Geral intermediário reverso (caso
parametrizado);

Nota: Deverá haver a disponibilização de informações de tensões e correntes individuais após a ciclagem
dos códigos de leitura.

Nota: Deverá ser apresentado em display as infomações de DRP – Duração relativa da transgressão de
tensão precária, DRC – Duração relativa da transgressão de tensão crítica e as 100 interrupções aos
medidores tarifa branca que possuam o módulo de qualidade de energia em atendimento as atualizações
da REN 871/2020 e módulo 5, revisão VI – PRODIST.

Nota: Serão admitidos medidores que possuam apenas dois dígitos para a codificação do totalizador da
energia ativa reversa, desde que existam códigos vazios. Neste caso o código deverá ser definido junto
a CONTRATANTE. Para medidores de tarifa branca, não serão admitidos a utilização de dois dígitos
para a codificação dos totalizadores de grandezas reversas.

5.1.24. Medidores que possuam software de medição (firmware interno) devem ser fornecidos
com versão de firmware conforme protótipo previamente aprovado pela CONTRATANTE, salvo
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em casos em que a alteração gere melhorias ao produto. O fabricante deve possuir controles
internos em seu processo produtivo de forma a assegurar a rastreabilidade da versão do firmware
de todos os medidores produzidos e entregues à CONTRATANTE. Essa informação deve ser
disponibilizada quando da inspeção de medidores e deve constar dos registros de todos os
medidores produzidos, de forma que seja possível à CONTRATANTE, a qualquer tempo, ter a
informação de qual a versão de firmware foi entregue em um determinado medidor.
5.1.25. Medidores de mútipla tarifação devem estar aptos com funcionalidade que permita
atualização e leitura localmente, através de suas saídas de comunicações lógicas ou ainda por
meio remoto através dos sistemas de telemetria já implantados na distribuidora, obedecendo
todos os requisitos de senhas e devidos mecanismos de autentificação e sistemas de
criptografias, segurança e legalidade exigidas nos processos das normas, portarias e resoluções
estabelecidas pelos orgãos regulamentadores citados nesta especificação técnica.
5.1.26. O Fornecedor do medidor deverá, mediante contrato de confidencialidade, disponibilizar
todas as informações necessárias, ao integrador dos sistemas de telemetria legado da Empresa
de Distribuição Roraima Energia S.A. para fins de integração plena destes aos equipamentos
adquiridos.

5.1.27. Medidores monofásicos de energia ativa (kWh) a dois fios devem registrar energia ativa
de forma unidirecional, sempre incrementando o registrador kWh, mesmo que a conexão de fase
nos terminais linha-carga seja invertida.
5.1.28. Medidores polifásicos devem medir a energia líquida, levando-se em consideração os
fasores de tensão e corrente efetivamente presentes nas suas respectivas entradas. Isso significa
que a energia polifásica total deve considerar os sinais (+) e (-) das energias percebidas em cada
elemento de medição. Essa condição é válida para a medição de energia ativa e de energia
reativa.
5.1.29. A sinalização instantânea da energia medida através do dispositivo de calibração (led)
deve refletir a condição de funcionamento descrita acima (energia polifásica líquida);
5.1.30. A acumulação da energia ativa medida, no totalizador de energia ativa (kWh), deve ocorrer
de forma a sempre incrementar esse totalizador com o módulo da energia ativa líquida percebida
pelo medidor;
5.1.31. Caso o medidor meça energia reativa indutiva, a acumulação dessa energia (kvarh
indutivo) deve ser realizada em totalizador específico para energia reativa indutiva. Esse
totalizador não deve ser decrementado caso o medidor perceba a existência de energia reativa
capacitiva;
5.1.32. Caso o medidor meça energia reativa capacitiva, a acumulação dessa energia (kvarh
capacitivo) deve ser realizada em totalizador específico para energia reativa capacitiva. Esse
totalizador não deve ser decrementado caso o medidor perceba a existência de energia reativa
indutiva.

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5.1.33. Na ausência de alimentação C.A., o medidor deve manter seus registros internos de
energia de forma permanente. Assim, ao se restabelecer a alimentação C.A. do medidor, deve ser
possível ler os registradores internos de energia ativa, e, quando aplicável, de energia reativa.
5.1.34. Na ausência de alimentação C.A., medidores que possuam relógio interno devem manter
seus registros de energia de forma permanente, e a carga de programa e de parâmetros por um
período mínimo de 3 (três) meses.
5.1.35. Medidores sem postos horários (ou seja, que não possuam relógio interno a ser ajustado),
devem ser fornecidos pré-configurados, de forma que, ao serem instalados, passem a operar
normalmente, de acordo com suas funcionalidades, sem a necessidade de qualquer ação
adicional por parte do instalador. Caso haja necessidade de informações adicionais para realizar
a préconfiguração dos medidores, o fornecedor deve solicitá-las previamente à CONTRATANTE,
com tempo hábil suficiente para não comprometer o fornecimento.
5.1.36. Para todo e qualquer fornecimento, devem ser entregues, junto com os medidores
fornecidos, os arquivos de calibração em meio digital (planilha) por e-mail.
5.1.37. Os medidores deverão ser construídos com rigidez mecânica suficiente para evitar risco
de danos no seu manuseio normal, devem estar protegidos contra a penetração de poeira e água
segundo a NBR IEC 60529 (IP52) e ter condições de suportar a radiação solar sem degradar
significativamente os materiais.
5.1.38. As partes sujeitas a corrosão deverão ser protegidas, e, caso haja revestimento protetor,
o mesmo deve apresentar boa resistência aos abrasivos, não permitindo danos por manuseio
normal de operação.
5.1.39. O material utilizado nos medidores deve oferecer blindagem a campos eletromagnéticos
externos, de modo a assegurar a estabilidade de desempenho e confiabilidade nas condições
normais de operação.
5.1.40. Para os casos de medidores providos de senhas criptografadas, a área de engenharia do
fornecedor, deverá interagir com a Área de Tecnologia da Informação da distribuidora, a fim de
definir detalhes do processo de gestão e controle de senhas.
5.2. Características construtivas

5.2.1 Placa de Identificação

5.2.1.1. A placa de identificação do medidor deve ser perfeitamente visível com a tampa do
medidor colocada em sua posição de trabalho. Deve ter informações inscritas de forma indelével,
ser construída em material resistente e afixada ao medidor de forma a assegurar o seu
posicionamento original ao longo da vida útil do medidor. O fabricante deve dar garantia específica
para esse item, por toda a vida útil do medidor, contra a eventual ocorrência de descolamento,
descoloração e ilegibilidade da placa, responsabilizando-se por todos os custos de retirada,
reparos e reinstalação de medidores defeituosos.
5.2.1.2. A placa de identificação deve possuir, no mínimo, as seguintes inscrições:

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• Nome ou marca do fabricante ( );
• Número de série ( );
• Ano de fabricação ( );
• Logotipo da CONTRATANTE, com dimensões mínimas de 10 x 50mm;
• Modelo ( );

• Freqüência ( xx Hz );
• Tensão(ões) Nominal(is) ( xx V ) ou (( xx V, xx V ... ));
• Corrente nominal e máxima ( xx ( XX ) A );
• Número de elementos de medição ( x ELEMENTOS ou EL);
• Número de fios ( x FIOS);
• Constante de Calibração ( Khx,x ) Wh/pulso;
• Constante eletrônica (Ke);
• Índice de Classe;
• Portaria de aprovação de modelo (INMETRO/Dimelnnn/aaaa);
• Número de fases;
• Esquema de ligações;
• Espaço para identificação do usuário;
• Código de barras padrão Code 128 (contendo o número do medidor).
• Descrição
• Na possibilidade, deverá ser inserido a numeração do contrato de compra.
5.2.1.3. O modelo da placa de identificação deverá ser aprovado pela CONTRATANTE,
previamente a fabricação.
Notas:

1) Se o medidor apresentar outras funcionalidades além da medição de energia ativa, essas


informações devem ser disponibilizadas na placa de identificação e devem ser codificadas de
acordo com os critérios a serem estabelecidos pela CONTRATANTE;

2) Medidores multitensão (com fonte auto-range), que tenham obtido Portaria de Aprovação de
Modelo do Inmetro em mais de uma tensão, devem ser calibrados nas tensões nominais de acordo
com o tipo e localidade de aplicação, podendo ser 115V, 120 V ou 220 V. A faixa de tensão deve
constar na Placa de Identificação;

3) Caso o medidor meça também energia reativa, a constante de calibração (Kh) para esta
grandeza deve ser preferencialmente igual a constante de calibração da energia ativa. Caso haja
diferença entre as constantes de calibração para a energia ativa e reativa será necessária a
concordância da CONTRATANTE. A placa de identificação deve conter a informação das duas
constantes, mesmo que possuam valores iguais:

• Constante de Calibração ( Khx,x ) wh/pulso.

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• Constante de Calibração ( Khx,x ) varh/pulso.

5.2.2 Base

5.2.2.1 Pode ser de plástico com durabilidade do material garantida por toda a vida útil do medidor,
independentemente dos prazos de garantia contratual do mesmo ou de alumínio silício injetado.

5.2.2.2 Não deve em qualquer dos casos, ter parafusos, rebites ou dispositivos de fixação das
partes internas do medidor que possam ser retirados sem violação dos selos da tampa do medidor
(quando aplicável). Deverá possuir bom acabamento tanto interno como externo, não ter cantos
ou arestas cortantes, de forma a não causar acidentes ao operador e proporcionar fácil manuseio,
embalagem e transporte.

5.2.2.3 A base deve ter dispositivos para sustentar o medidor na parte superior e um ou mais furos
de fixação na parte inferior, localizados no interior bloco de terminais, de modo a impedir a
remoção do medidor sem violação dos selos da tampa do bloco. O dispositivo superior de
sustentação do tipo alça, pode ser embutido ou saliente. Quando saliente deve ser rígido e não
sofrer deformações na embalagem e manuseio.

5.2.3 Tampa do Medidor

5.2.3.1 Deve impedir a entrada de insetos e de poeira, bem como impedir a fraude por introdução
de corpos estranhos. As suas vedações não devem se deteriorar nas condições normais de
serviço.

5.2.3.2 Deve ser de policarbonato com durabilidade do material garantida por toda a vida útil do
medidor, independentemente dos prazos de garantia contratual do mesmo.

5.2.3.3 A tampa deve possuir dispositivo que permita sua selagem em pelo menos um ponto,
independentemente da selagem da tampa do bloco de terminais. Estes dispositivos não deverão
ser passíveis de deslocamentos por pressão manual ou ações mecânicas, sendo que qualquer
tentativa de fraude deverá deixar vestígios na base e/ou tampa do medidor.

5.2.3.4 No caso de tampa solidária, esta deve ser solidarizada à base através de processo de
fusão química, ultrassom, laser ou similar, não sendo aceito qualquer processo que utilize
simplesmente colas, resinas ou semelhantes. A superfície da tampa e da base, no ponto de junção
das mesmas, preferencialmente devem ser serrilhadas.

5.2.3.5 A solidarização entre tampa e base do medidor deve suportar um esforço perpendicular
de separação das partes de no mínimo 180 daN. Havendo a separação, esta deve apresentar
vestígio do rompimento na base e/ou na tampa do medidor;

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5.2.3.6 A capacidade de solidarização da tampa deverá ser comprovada através da apresentação
de certificado de ensaio, especificando o órgão executor, o que será avaliado pela
CONTRATANTE.

5.2.3.7 A CONTRATANTE poderá a qualquer tempo realizar ensaios para verificar a comprovação
da suportabilidade ao esforço estabelecido.

5.2.3.8 O processo de solidarização deve abranger no mínimo 15% do perímetro com 2 mm de


largura para os medidores monofásicos e 30% do perímetro com 2,5 mm de largura para os
medidores bifásicos e trifásicos. Deve envolver no mínimo 2 (duas) arestas.

5.2.4 Terminais

5.2.4.1 Os terminais fase e neutro deverão ser construídos com o mesmo material. Nos medidores
para medição direta os mesmos devem permitir a conexão de fios/cabos tanto de cobre como de
alumínio. Nos medidores de medição indireta os terminais devem permitir a conexão com cabos
de cobre.

5.2.4.2 Não será admitido o uso de ZAMAC.

5.2.4.3 O material utilizado deverá ser explicitado na proposta e estará sujeito a aprovação da
CONTRATANTE.

5.2.4.4 A isolação elétrica deve ser compatível com o previsto nas normas aplicadas e com o valor
da tensão nominal do medidor.

5.2.4.5 Os terminais para alimentação de tensão (no caso dos medidores para ligação indireta) e
corrente, bem como, os dispositivos de comunicação devem ser galvanicamente isolados entre si
e a base, oferecendo isolação elétrica de 2,0 kV.

5.2.4.6 Os terminais devem possuir travamento interno de forma a não permitir seu deslocamento

para a parte interna do medidor mesmo quando retirados os dois parafusos de conexão ao

cabo/fio. 5.2.4.7 Para a conexão interna dos terminais não será aceita a utilização de conexão por

parafusos.

5.2.4.8 O torque a ser aplicado nos terminais do medidor é de 4,52 N.m+ 5.


5.2.4.9 Os terminais de potencial devem possuir seção circular com no mínimo 1,5 mm², e conter
um ou dois parafusos para fixação segura e permanente dos condutores.

5.2.4.10 Os terminais de corrente devem possuir resistência mecânica compatível com o torque
necessário ao aperto dos parafusos, boa dissipação térmica para caso de sobreaquecimento e
conter dois parafusos de modo a garantir a fixação segura e permanente dos condutores com
seção circular de no mínimo 2,5 mm². Os terminais de potencial ou de corrente localizados no
bloco de terminais não devem ser passíveis de oxidação e deslocamentos para o interior do

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medidor. Deverá existir alguma proteção/barreira interna ao bloco que impessa a ruptura da
conexão através de pacadas externas.

5.2.4.11 Os parafusos de fixação dos condutores nos terminais de corrente deverão possuir as
seguintes características:
• A fenda deverá se estender por toda a largura do parafuso;
• A fenda deverá ser dimensionada de forma a resistir à ação de esforços
mecânicos necessários ao aperto dos parafusos;
• Os circuitos de corrente devem ser simétricos (Linha – Carga)
5.2.5 Bloco de terminais

5.2.5.1 O medidor deve atender ao padronizado nas normas NBR 14519 e NBR 14520 em suas
últimas versões ou suas sucessoras.

5.2.5.2 A tampa do bloco deve ser de policarbonato transparente e não possuir flexibilidade
suficiente que permita a sua curvatura sem que se quebre (evidência) para o desparafusamento
dos parafusos que prendem o cabo/fio.

5.2.5.3 Deve ser feito de material isolante, e não deve apresentar deformações visíveis com o
medidor funcionando em regime permanente com a corrente máxima.

5.2.5.4 Não deverá apresentar fissuras, rugosidade, escamas, descoloração, falhas ou


deformações ao longo do tempo.

5.2.5.5 A sua fixação à base deve ser feita de forma que somente possa ser retirado com o
rompimento dos selos da tampa do medidor (quando aplicável) ou dos selos da tampa de bloco
de terminais.

5.2.5.6 Deverá ser intercambiável, possibilitando fácil manutenção e reposição quando


necessário.

5.2.5.7 O parafuso de fixação do bloco terminal deverá ser interno, com acesso somente com a
retirada da tampa do medidor.

5.2.5.8 A tampa do bloco de terminais deverá conter a inscrição LINHA - CARGA, ser de fácil
operação e não permitir deformações. Não deve conter arestas ou cantos cortantes de forma a
assegurar o seu manuseio seguro. Deve possuir dispositivo que permita sua selagem. O parafuso
de fixação, quando existir, deve ser solidário a tampa.

5.2.5.9 Deve ter tampa independente da tampa do medidor, estar adaptado à base de modo a
impedir a entrada de insetos e poeira e não permitir fraudes por introdução de corpos estranhos.

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5.2.6 Elementos indicadores

5.2.6.1 Os medidores devem possuir indicadores visíveis, para sinalização de consumo e


referência para ensaio de exatidão.

5.2.7 Saída para calibração

5.2.7.1 O medidor deve possuir saída para calibração de energia ativa através de led de luz
vermelha. Caso possua a funcionalidade de medição de energia reativa, o medidor deve possuir
também um led de luz vermelha que atue como saída de calibração de energia reativa.

5.2.8 Saída de Pulsos

5.2.8.1 A saída de pulsos deve ser em coletor aberto atendendo às seguintes características
elétricas em corrente contínua:
• Tensão de alimentação: de 5V a 30V 5%
• Consumo máximo: 250 mW;
• Tensão máxima na saída a nível baixo: 10% da tensão de alimentação;
• Corrente máxima na saída a nível baixo: 100 A;
• Tensão mínima aplicável na saída a nível alto: 90% da tensão de
alimentação;
• Corrente mínima na saída a nível alto: 10 mA.
5.2.8.2 Considera-se pulso como sendo um ciclo completo entre transições do mesmo tipo (em
função de mesas de calibração, normalmente, na transição do nível alto para baixo).

5.2.8.3 A saída de pulsos pode ser simples (a 2 (dois) condutores).

5.2.8.4 O medidor deve ter conectores tipo borne para a saída de pulsos, com dimensões tais que
comportem condutores de até 0,3 mm2.

5.2.9 Dispositivo de Chaveamento de Carga

5.2.9.1 Caso exista, o dispositivo de chaveamento (relé ou similar) deve permitir operar, no
mínimo, 3.000 cortes e 3.000 religamentos com tensão nominal e corrente máxima, com fator de
potência 0,5 indutivo. Os dispositivos deverão suportar no mínimo 100A por fase, sendo desejável
que a sua abertura ocorra de forma controlada próxima ao ponto de “corrente zero”.

5.2.9.2 Na ocorrência de falta de energia elétrica, o estado de atuação do dispositivo de


chaveamento deve permanecer o mesmo da condição anterior, após a nova energização.

5.2.9.3 O dispositivo de chaveamento de carga deve ser acionado através de um circuito


eletrônico de controle. Esse circuito deve monitorar a presença de tensão na saída do dispositivo
de chaveamento, e, caso seja detectada a presença de tensão com esse dispositivo aberto, deve
ser disponibilizado sinalização por contato analógico e/ou digital, podendo ainda sinalizar este
evento por led frontal.
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5.2.10 Porta de comunicação

5.2.10.1 Caso o medidor possua porta de comunicação (óptica ou serial), a versão do firmware
deve possibilitar a utilização de gateways/módulos de comunicação remota dos sistemas de
telemetria implantados na concessionária RORAIMA ENERGIA.

5.2.11 Porta Óptica

5.2.11.1 Deve atender ao padronizado na norma NBR 14519 em sua última versão ou sua
sucessora.

5.2.12 Porta Serial RS-232 ou RS-485.

5.2.12.1 Estas portas devem ser eletricamente isoladas para uma tensão de isolamento de 1,5 kV
(classe de isolação II segundo NBR 14519). As saídas da porta de comunicação devem possuir
os terminais Rx, Tx e Gnd. Essas saídas devem ser providas através de conectores tipo borne,
de dimensões tais que comportem condutores de até 0,3 mm2.

5.2.13 Protocolo de Comunicação

5.2.13.1 Para os medidores eletrônicos que possuam porta de comunicação, será admitido
qualquer protocolo público, documentado detalhadamente, desde que os mesmos permitam a
integração desses equipamentos através de qualquer gateway/módulo existente no mercado ao
Sistema de Gestão da Medição (SGM) da CONTRATANTE, atualmente MECE e ENERGY IP.

5.2.13.2 Esta integração deve necessariamente envolver o reconhecimento, leitura, parametrização


e monitoramento remoto dos medidores.

5.2.13.3 Caso a integração exija um novo driver, este será desenvolvido pelo FORNECEDOR, o
qual deverá obter as informações necessárias junto ao provedor do SGM e dos
gateways/módulos, mesmo que para isto seja necessário firmar termo de confidencialidade.

5.2.13.4 O protocolo adotado deve permitir a transferência de todos os dados da medição ao SGM,
atendendo as condições definidas na resolução nº 414/ANEEL/2010, Módulos 5 e Módulo 8 do
PRODIST e REN 871/2020.

5.2.13.5 Os medidores devem permitir a atualização de firmware ou até mesmo a substituição do


protocolo de comunicação de forma remota.

5.2.13.6 Para permitir a comunicação deve ser acrescido aos protocolos uma extensão da seguinte
forma:

5.2.13.7 Inserção de um cabeçalho ao frame de comando, sendo esse composto por:

• 99 – um octeto indicando ao medidor que se trata de uma comunicação em


broadcast.

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• XX XX XX XX – 4 octetos indicando o número serial do medidor, ou seja, o
mesmo número enviado pelo medidor nas respostas aos comandos
solicitados.

99 XX XXXXXX FRAME CONVENCIONAL (Estrutura do protocolo sem


alterações)

Notas:
1) O número de série a ser gravado no medidor corresponde aos 8 dígitos finais do número de
série presente na placa de características do medidor, o qual será definido pela CONTRATANTE.
2) O número de série deverá ser gravado, em fábrica, no campo destinado ao Código da
instalação. A informação presente nesse campo (Código da instalação), não deve ser passível de
modificação pelo usuário. Caso o projeto do medidor permita alteração dessa informação, essa
alteração só deve ser passível de ocorrer após o rompimento dos lacres do medidor, por parte do
fabricante e/ou reformador de medidores.

5.2.13.8 Os 5 octetos inseridos no frame não entram no cálculo de CRC, permanecendo o cálculo
definido no protocolo.

5.2.13.9 Os protocolos devem possuir um comando para leitura de parâmetros sem reposição de
demandas atuais (comando 21 ABNT), o qual será enviado pelo dispositivo leitor para possibilitar
a identificação do número do medidor que está conectado a ele. Ao ser enviado este comando, o
medidor responderá normalmente com o seu número de série.

5.2.13.10 Os protocolos devem aceitar, no mínimo, comandos para leitura da página fiscal,
grandezas da medição e energia, informações de qualidade de energia e código da instalação (caso
algum item não seja disponibilizado, a aceitação deverá passar pela aprovação da
CONTRATANTE).

5.2.13.11 Caso o protocolo dos medidores de código inicial F1 e F2 seja ABNT, o mesmo deve
contemplar as seguintes características:

5.2.13.12 O frame de resposta fica inalterado, ou seja, conforme definido na NBR-14522.


5.2.13.13 Não serão utilizados caracteres sinalizadores como ENQ, ACK, NAK, WAIT.

5.2.13.14 Na ocorrência de erro no leitor o comando deverá ser reenviado. Se o erro ocorrer no
medidor esse não enviará nenhuma resposta. Essa ausência de resposta forçará o dispositivo leitor
a reenviar o comando.

5.2.13.15 No caso de comando composto utilizado na leitura de memória de massa, o qual, com o
protocolo da NBR-14522 deveria ser enviado um ACK para que o próximo pacote seja enviado,
deve ser introduzido um octeto com a função de indicar se é uma requisição de primeiro pacote, se
é uma requisição de próximo pacote (ACK) ou se é uma requisição para repetir o último pacote
enviado (NAK).
99 XX XXXXXX CMD YYYYYY CÓDIGO 00 0000 ... CRC16

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