AULA 6 – Rolamentos -

Generalidades

Prof. Dr. Jaime Duduch

1
 1. Introdução
◼ Definição
Mancais são elementos de máquinas que suportam eixo girante,
deslizante ou oscilante. São classificados em :

• Rolamentos (de esferas, de rolos, de rolos cônicos, de

agulhas);
Mancais convencionais

• Deslizamento (buchas,hidrodinâmicos).

• Hidrostáticos
• Aerostáticos
Mancais especiais
• Aerodinâmicos
Principais fabricantes :
• Magnéticos
www.skf.com.br
www.nsk.com.br
www.schaeffler.com.br

2
 ◼ Mancal de escorregamento X Mancal de
rolamento

• Atrito seco de deslizamento

Atrito estático µe = 0,2 a 0,3

Atrito cinemático µd = 0,1 a 0,15

W 𝐹×𝑟 ≅𝑊×𝑎
F r 𝑎
• Atrito seco de rolamento 𝐹= 𝑊 = 𝜇𝑟𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 × 𝑊
𝑟

a
𝜇𝑟𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 0,0012 𝑎 0,0015

𝜇𝑟𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 ≪ 𝜇𝑑
3
◼ Vantagens do Mancal de Rolamento sobre
o Mancal de Escorregamento
1 - Menor atrito de partida (0,02 contra 0,12)
2 - Lubrificação mais fácil
3 - Amaciamento desnecessário
4 - Liberdade de escolha do material do eixo
5 - Maior capacidade de carga por largura
6 - Padronização

4
◼ Tipos de Elementos Rolantes

ESFERAS CILINDROS CONES ROLOS TOROIDAIS

Capacidade de Coeficiente de
Tipo de contato
carga atrito

Contato puntiforme

Contato linear

5
◼ Construção dos Rolamentos

ROLAMENTO DE ESFERAS ROLAMENTO DE ROLOS CÔNICOS

6
7
 ROLAMENTO AXIAL DE ESFERA DE ESCORA DUPLA COM ARRUELA DE CAIXA ESFÉRICA

ROLAMENTO AXIAL DE ESFERA DE ESCORA DUPLA ROLAMENTO AXIAL DE ESFERAS DE ESCORA SIMPLES

8
 Forma da pista - Área de contato

Suporta carga axial

Não suporta carga axial

Blindagem ( opcional ) :
• proteção contra partículas externas Z 2Z
• placa protetora fixa no anel ext.
-Z (1 placa )
- 2Z ( 2 placas )
- LZ ( pré lubrificadas )
LZ 2LZ

9
◼ Fabricação e Montagem

GAIOLA

REBITADA ESTAMPADA GAIOLAS DE LATÃO

ANÉIS tubo → torneamento → tratamento térmico → retífica → polimento da pista

ELEMENTOS barra → conformação a frio (d ≤ 3/4’’) ou a quente → tratamento térmico → retificação frontal

Fixo
1a escolha : diferença máxima 1 [µm] entre elementos
2a escolha : diferença diâmetro < 1 [µm] (casos especiais de precisão)

https://youtu.be/19duYMdiXi0
10
 Montagem Pista do
anel externo

• Inserção é feita sem gaiola.

• Gaiola é rebitada depois.

• Exige grande distância entre esferas.

• Mais esferas → Melhorar distribuição de esforços

• Rolamentos especiais com maior número de esferas

Canaleta no anel interno p/ inserção → menor carga axial

11
◼ Desvio de batida radial 11. 12

runout

Soma dos desvios dos

componentes do rolamento Trajetória do
centro de rotação

Desvio
total de giro

Normal P6 P5 P4 SP UP

Precisão

Erro
Desvio
de 15 10 5 4 2 [µm]
um rolamento.
d = 50 mm

1211. 12
◼ Tipos de Rolamentos
ROLAMENTO RÍGIDO DE ESFERAS
• mais comum, mais barato
• suporta cargas radiais e um pouco de carga axial
• baixo atrito → altas rotações
• cargas leves e médias

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ROLAMENTOS DE CONTATO ANGULAR
• uso parecido ao anterior
• inclinação do contato aumenta cargas axiais suportadas
• carga axial só num sentido

Rolamento de
esferas de 4
pontos de
contato

Rolamento de dupla carreira de esferas de contato angular

Suporta carga axial nos 2 sentidos

14
ROLAMENTOS AUTOCOMPENSADORES DE ESFERAS
• uma ou duas fileiras de esferas
• compensam desalinhamento angular de até 3 graus
• suportam cargas radiais e axiais leves

15
ROLAMENTOS DE ROLOS CILÍNDRICOS
• maior capacidade de carga
• os anéis são separáveis
• com duas flanges não suporta carga axial ( N, NU )
• com três flanges → axial em um sentido
• com quatro flanges → axial em dois sentidos

16
ROLAMENTO AUTOCOMPENSADOR DE ROLOS

• cargas axiais e radiais maiores que os rolamentos de rolos

17
ROLAMENTOS DE AGULHAS
• d = 1,5 ~ 5 mm, L = 2,5 . d
• Usados nos casos de falta de espaço na direção radial
• São separáveis
• Somente carga radial

1811. 18
ROLAMENTO DE ROLOS CÔNICOS

• Grandes forças inclinadas →  Fa,  Fr

• São separáveis. Montados aos pares, pois recebem carga axial
num só sentido

19
ROLAMENTOS AXIAIS DE ESFERAS
• Somente cargas axiais num só sentido
• Anel do eixo tem d menor
• Anel da caixa tem D maior

20
ROLAMENTOS AXIAIS DE ESFERAS DE CONTATO ANGULAR

21
ROLAMENTOS AXIAIS DE ROLOS CILINDRICOS

ROLAMENTOS AXIAIS DE ROLOS CÔNICOS

ROLAMENTOS AXIAIS DE ROLOS DE AGULHAS

22
◼ Seleção de rolamentos
d, carga
a) Espaço disponível
Rolos Rolos
• Suficiente: Esferas cônicos
cilíndricos

• Insuficiente: Radial : rolamento de agulhas ou gaiola de agulhas

Axial : rolamento axial de agulhas
b) Carga
Cargas leves / médias rolamento rígido de esferas
• Magnitude:
Cargas médias / pesadas rolamento de rolos cilíndricos

- Rolamentos de rolos sem flanges e de agulhas: só carga radial

• Direção - Todos os demais suportam Fa + Fr até certo ponto
- Cargas combinadas :
Fa + Fr
Leves → rígido de esferas
Contato Contato Rolos
Médios / pesados → angular angular cônicos
1 fileira 2 fileiras

Contato angular 1 fileira

Rolos cônicos
Suportam carga axial só num sentido :
Rolos cilíndricos normais
2311. 23
Axiais
c) Desalinhamento angular
• Rolamentos autocompensadores (cada tipo tem desalinhamento máximo suportado)

d) Rotação
• Rolamentos pequenos chegam a 40000 [rpm]
• Cargas radiais → máxima rotação com rolamento rígido de esferas
• Cargas combinadas → contato angular de esferas

e) Precisão
• Rolamentos com folga pequena ou pré-carga
• Máquinas de precisão (alta rotação) → classes P4, SP e UP

f) Funcionamento silencioso
• Mais silencioso → rolamento rígido de esferas

g) Rigidez – de 30 a 150 [Kgf/µm]

• Rolos são mais rígidos que esferas
• Importante em equipamentos de precisão e máquinas ferramentas
• Pré-carga aumenta rigidez → aumenta número de esferas efetivas ativas

h) Facilidade de montagem
• Rolamentos separáveis
• Furo cônico

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 ◼ Aplicações e Fixação de Rolamentos
FIXAÇÃO AXIAL

1 rolamento 1 rolamento
bloqueado e
livre

Retém cargas axiais Permite dilatação térmica

e posiciona

Rolamento bloqueado
• necessariamente tipo que suporte cargas axiais
• deve ser o mancal mais próximo da carga axial
• só em casos especiais de ausência de Faxial dispensa-se o rolamento bloqueado
• Alguns casos há bloqueio duplo:
- eixos curtos
- ausência de dilatação
- prevê-se folga mínima de projeto
- controle de aperto com torquímetro
- montagem na temperatura de trabalho

25
26
27
Fonte: www.ntn.com.br/servicos.htm

28
Fonte: www.ntn.com.br/servicos.htm

29
PORCA DE FIXAÇÃO E ARRUELA DE TRAVA

https://www.youtube.com/watch?v=8hzCaVLVjk4

https://www.youtube.com/watch?v=ZtBg5JpgNB0
https://youtu.be/TeXRgynBb-k 30
ANÉIS ELÁSTICOS DIN 471 E DIN 472

Anéis elásticos - Eixos Anéis elásticos - Furos

d4
b
m

d1
d2
s n

31
32
33
RAIOS DE ARREDONDAMENTO E SAÍDA DE FERRAMENTA

PARA CARGAS PESADAS QUE EXIGEM RAIOS

GRANDES USE UM COLAR DE APOIO AXIAL

SAÍDA DE FERRAMENTA
PARA ra, CONSULTE
CATÁLOGO DO FABRICANTE
PARA CADA PRODUTO
ESECÍFICO 34
MONTAGEM DE ROLAMENTOS DE CONTATO ANGULAR E DE ROLOS CÔNICOS

FACE TO FACE BACK TO BACK TANDEM

35
Rolamento Livre
• Os rolamentos de rolos cilíndricos e de agulhas permitem deslocamento axial dentro do rolamento → ambos
os anéis podem ser presos ou montados com interferência mesmo no rolamento livre.

• Nos outros casos um dos anéis tem que ser livre (montado com ajuste indeterminado com tendência à folga).

anel sob carga giratória → interferência

Forças axiais elevadas ou predominantes

• Separar as ações e usar 1 rolamento específico para cargas axiais e 2 rolamentos radiais.

• Para cargas médias o “ rolamento específico“ pode ser um que suporte carga combinada montado com
grande folga radial → só recebe Faxial.

Montagens especiais (Fax elevadas)

• “O” Fax elevadas 2 sentidos, oferece momento de reação de vínculo

• “X” Fax elevadas 2 sentidos

• “TANDEM” Fax muito elevada em 1 sentido, são rolamentos especiais para

montagem aos pares.

• Rolamentos de rolos cônicos também podem ser montados em O, X e TANDEM

3611. 36
◼ Vedações de Rolamentos

37
Vedações com contato

Vedação radial Idem ao anterior Vedação em V

Lubrificação com óleo
Finalidade principal: reter lubrificante
Temperatura até 190º
HRC 55
Ra ≈ 0,2 a 0,8 µm
Finalidade principal: Ra ≈ 2 a 3,2 µm
excluir contaminantes Temperatura até 150º
Permite
desalinhamentos
relativamente grandes

38
Anéis de feltro. Simples e baratos
Normalmente lubrificação com graxa
Velocidade até 100 m/s
Rugosidade do eixo menor que Ra 3,2 µm

39
Vedações estáticas

juntas O-rings

https://www.norelem.com/xs_db/DOKUMENT_DB/www/NOREL
EM/Technische_Hinweise/23900-Oringe/23900_Indicacao-
tecnica-para-O-Rings_PT.pdf
40
 Vedações sem contato

lubrificação com graxa lubrificação com graxa lubrificação com óleo

ambiente seco e livre de pó ambiente seco e livre de pó Canais helicoidais retornam o óleo
Mais eficaz contra contaminantes Não pode haver reversão

Labirinto radial. Normalmente com

Labirinto axial. Normalmente com Arruelas de vedação:
graxa. Mancal bipartido
graxa. Mais econômicas
Mais eficaz que fresta
Mais eficaz que fresta

41
FIXAÇÃO RADIAL

c/ tendência
H7g6; H7h6
ajustes a folga
carga indeterminados
fixa (de precisão) c/ tendência
a interferência H7j6; H7k6 ; H7m6

carga
Ajuste com tendência à interferência
giratória

42
VER PÁGINA 171 E TABELAS 7 E 8 DO CATALOGO DA SKF

43
Ajustes: Resumo

Eixo (furo H7*) Caixa (eixo h6*)

Indeterminado com tendência à folga g6 , h6 F7 , G7 , H7

Indeterminado com tendência à

j6 , k6 , m6 , n6 J7 , K7 , M7
interferência

Com interferência r6 , r7 P7

• Para aplicações grosseiras usar até IT8 / IT9

• Consultar sempre Catálogo do Fabricante de rolamentos

Temperatura elevada de trabalho

• aumento do furo interno → interferência  (folga  )
• aumento do diâmetro externo do anel externo interferência  (folga  )
Se material / rigidez do eixo e / ou caixa permitirem deformações,
→ escolher interferência maior para resultar em interferência efetiva adequada
Facilidade de montagem / desmontagem → ajuste com tendência a folga

44
◼ Folga Interna nos Rolamentos

Bom funcionamento
Folga ideal : Vida longa
Precisão

Montagem com pré-carga diminui folga

Ruído
Folga excessiva:
Baixa rigidez

Folga insuficiente: vida menor

Denominação :

C1 C2 Normal C3 C4 C5
Folga

~ 1 8 23 38 55
a a a a a
~ 15 µm 28 43 61 90

p/ rolamento esferas d = 50 mm

45
46
EFEITOS DA PRÉ-CARGA/FOLGA INTERNA NOS ROLAMENTOS

Rolamento com furo cônico

• facilita montagem e desmontagem;
• elimina folgas internas;
• controle de torque no aperto de montagem.

47
◼ Considerações sobre Tolerâncias
Geométricas e Rugosidade

48
Tolerâncias para assento cônico
Exemplo de envelope E

49
Rugosidade dos assentos de rolamentos

50
EXEMPLOS DE APLICAÇÃO

Contra-ponto de máquina

Mandril para retífica. Potência 1,3 kW n= 16 000 rpm (FAG)

Mandril para furadeira. Potência 3CV n=3 000 rpm (FAG) 51

Eixo-árvore de retífica interna. Aplicações para rolamentos SKF

52
 Notas de aula – Aula 11 – Mancais de rolamentos

Fonte: www.ntn.com.br/servicos.htm

SEM0568 - Projeto Mecânico de Elementos de Máquinas

11. 53
 Notas de aula – Aula 11 – Mancais de rolamentos

SEM0568 - Projeto Mecânico de Elementos de Máquinas

11. 54
AULA 6 – Dimensionamento de
Rolamentos

55
Dimensionamento de Rolamentos

Inicialmente, dimensiona-se um rolamento com base em valores da capacidades de carga estática, C0 e da

capacidade de carga dinâmica, C. Estes valores são apresentados nas tabelas de rolamentos, individualmente.

6.1 – Carga Estática num Rolamento

Usa-se capacidade de carga C0 para dimensionar um rolamento quando:
• Rotações muito baixas; movimentos lentos de oscilação; estacionário sob carga durante certos períodos.
• Em rotação contínua normal quando atuam elevadas cargas de choque de curta duração

Capacidade de carga estática C0 Fr

É a carga [N] que produz deformação permanente e total no elemento

rolante e na pista, igual a: 0,0001.delem
C0 é dado em catálogo.
Para dimensionar : 𝐶𝑜 ≥ 𝑠𝑜 𝑃𝑜 Fa
𝑃𝑜 = 𝑋𝑜 𝐹𝑟 + 𝑌𝑜 𝐹𝑎 [N]

P0 : carga estática equivalente [N]

X0, Y0 : coeficientes (radial, axial) retirados do catálogo para cada tipo de rolamento
P0 = Fr : para rolamentos que não suportam Fa
P0 = Fa : para rolamentos axiais
s0 : fator de segurança estática
Se P0 < Fr : P0 = Fr

56
 Valores de referência para o valor de segurança s0

Rolamento em rotação

Rolamentos que não

Exigência de giro silencioso
giram
Tipo de operação
sem importância normal alta

Rolamento Rolamento Rolamento Rolamento Rolamento Rolamento Rolamento Rolamento

de esferas de rolos de esferas de rolos de esferas de rolos de esferas de rolos
Suave, sem
0.5 1 1 1.5 2 3 0.4 0.8
vibração

Normal 0.5 1 1 1.5 2 3.5 0.5 1

Cargas de choque
≥ 1.5 ≥ 2.5 ≥ 1.5 ≥3 ≥2 ≥4 ≥1 ≥2
pronunciadas1

Catálogo Geral SKF.

• Para rolamentos axiais autocompensadores de rolos aconselha-se o uso de s0 ≥ 4

• 1 Quando a magnitude da carga é desconhecida, devem ser usados pelo menos valores de s tão grandes quanto
0
os da tabela acima. Se a magnitude das cargas de choque são conhecidas exatamente, pode-se adotar valores
menores de s0.

Ex: Rolamento rígido de esferas:

• Individuais ou em dispostos em Tandem: P0=0,6Fr + 0,5 Fa
• Dispostos em X ou O: P0=Fr+1,7Fa
Ex: Rolamentos autocompensadorers de esfera: P0=Fr+Y0Fa ( ver catálogo SKF)

57
6.2 – Cargas Dinâmicas num Rolamento

Num rolamento em rotação contínua usa-se capacidade de carga dinâmica C no dimensionamento.

C é a carga nominal que implica vida de 106* rotações

Cargas nos rolamentos (Fr , Fa)

Cargas teóricas x Cargas reais de serviço

• valor real da carga (choque por exemplo)

• direção da carga
Incertezas • montagem (folga / apertos excessivos)
• lubrificação, temperatura
• desbalanceamento, vibrações

𝐹𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = 𝑓𝐹𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎
𝑓 = 1,0 𝑎 3,0 (𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑖𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎𝑠 𝑎𝑐𝑖𝑚𝑎)

* ISO 281/I-1987

58
Uma vez determinadas a força radial e a força axial nos mancais calcula-se a carga
dinâmica equivalente Fr

Carga dinâmica equivalente :

𝑃 = 𝑋𝐹𝑟 + 𝑌𝐹𝑎 [𝑁] Fa

•P : carga dinâmica equivalente [N];

• X, Y : Fatores de carga (radial, axial) coeficientes retirados do catálogo para cada tipo de rolamento;
• Fr : Carga radial real, [N];
• Fa : Carga axial real, [N]; e: Catálogo SKF
• P = Fr : para rolamentos que não suportam Fa;
• P = Fa : para rolamentos axiais.

Se P calculado resultar < Fr então usar P = Fr

Nos rolamentos radiais de uma carreira, Fa só é levada em conta se:

𝐹𝑎
>𝑒
𝐹𝑟
fo = fator de carga conforme tabelas de produtos 59
Exemplo: rolamento de esferas

60
61
Cargas variáveis :

Fa, Fr variáveis → usa-se Fmedio

F
F1 F3
1 ciclo
de carga
3 σ 𝐹𝑖3 𝑢𝑖
F2 𝐹𝑚é𝑑 =
σ 𝑢𝑖
u1 u2 u3
ui : número de rotações
u

Se as cargas variam linearmente entre Fmin e Fmax :

𝐹𝑚í𝑛 + 2𝐹𝑚á𝑥
𝐹𝑚é𝑑 =
3

Catálogo Geral SKF, p. 81

62
Para os rolamentos de contato angular com montagens especiais, a carga dinâmica
equivalente é :

𝐹𝑎
• Na disposição em “Tandem” : 𝐹 = 𝐹𝑟 para ≤ 1,14
𝐹𝑟
𝐹𝑎
𝑃 = 0,35𝐹𝑟 + 0,57𝐹𝑎 para > 1,14
𝐹𝑟

• Na disposição em “X” ou em “O”:

𝐹𝑎
𝑃 = 𝐹𝑟 + 0,55𝐹𝑎 para ≤ 1,14
𝐹𝑟
𝑃 = 0,57𝐹𝑟 + 0,93𝐹𝑎 para
𝐹𝑎
> 1,14
𝐹𝑟

FACE TO FACE BACK TO BACK TANDEM

X O >>
63
LOCALIZAÇÃO DO PONTO DE CARGA (REAÇÃO) NA LINHA DE CENTRO DO EIXO CONFORME A
MONTAGEM DE ROLAMENTOS DE ESFERAS DE CONTATO ANGULAR E ROLAMENTOS DE ROLOS
CÔNICOS

MONTAGEM EM “O” MONTAGEM EM “X”

64
6.3 – Vida de Rolamentos

“É o número de rotações antes que se manifeste o primeiro sinal de fadiga

(descascamento) nas pistas e / ou elementos rolantes.”

- material do rolamento.
- valor da carga. %
90%
- vibrações/choques. Ocorr.
Vida L depende de :
- lubrificação.
- temperatura.
- montagem (folgas, interferência, etc.) L10 Número de rotações

Determina-se estaticamente L através de ensaios e tal que 90% dos rolamentos idênticos ensaiados tenham
vida Li > L.
𝑝
L 𝐶
𝑝
𝐶 𝑃
Equação básica : 𝐿=
𝑃
𝐶
L - vida nominal em milhões de rotações 𝑃
C - Capacidade de carga dinâmica do rolamento, dada em catálogo [N]
P - Carga dinâmica equivalente aplicada [N]

p = 3 - elementos rolantes esféricos

10/3 - elementos rolantes de rolos

65
 Vida em horas de serviço : Lh
𝑝
106 𝐶
𝐿ℎ = n : [rpm]
60𝑛 𝑃
Fórmula ampliada da vida de rolamentos (nominal ajustada)
𝑝
𝐶
𝐿 = 𝑎1 𝑎2 𝑎3
𝑃
a1 : fator de ajuste da confiabilidade
% a1
90 1.00 90%
95 0.62 95%

96 0.53
97 0.44
98 0.33
a1L10 L10
99 0.21

a2 : fator de ajuste para material do rolamento

T [°C] a2 Para bons (??) fabricantes e

150 1.00 t < 150°C → a2 = 1.0

200 0.73
250 0.42 a2 ajusta a diminuição das propriedades
mecânicas do material com a temperatura
300 0.22

66
a3 : fator de ajuste para lubrificação

Diagrama 3, p.39, Catálogo Geral SKF (antigo).

A SKF combina os fatores a2 e a3 :

𝑎23 = 𝑎2 × 𝑎3
𝜈
𝑘= Relação de viscosidade
𝜈1

𝜈1 Viscosidade cinemática [mm2/s] requerida na temperatura de serviço

𝜈 Viscosidade do óleo utilizado na temperatura de serviço

Para graxa usar viscosidade do óleo base.

67
Catálogo SKF Pág. 72

68
 Catálogo SKF Pág. 73

Catálogo SKF Pág. 71

69
 Guia para valores de vida nominal requerido L10h em diferentes classes de máquinas
Classe de máquina Horas de trabalho

Eletrodomésticos, máquinas agrícolas, instrumentos, aparelhos técnicos para uso médico 300 a 3000

Máquinas utilizadas em curtos períodos ou intermitentemente:

Máquinas ferramentas manuais, dispositivos de elevação em oficinas, máquinas para construções 3000 a 8000

Máquinas para trabalhar com alta confiabilidade durante períodos curtos ou intermitentemente:
8000 a 12000
Elevadores, guindastes para produtos embalados, ou amarras de tambores, fardos, etc.

Máquinas para 8 horas de trabalho, não totalmente utilizados:

Transmissões de engrenagens para uso geral, motores elétricos para uso industrial, trituradores rotativos, etc. 10000 a 25000

Máquinas para 8 horas de trabalho diário, totalmente utilizados:

Máquinas ferramentas, máquinas para trabalhar madeira, máquinas para indústria mecânica em geral, gruas para 20000 a 30000
materiais a granel, ventiladores, correias transportadoras, máquinas de impressão, separadores e centrífugas.

Máquinas para trabalho contínuo, 24 horas por dia:

Caixas de pinhões para laminadores, maquinário elétrico de porte médio, compressores, elevadores de minas, 40000 a 50000
bombas, máquinas têxteis.

Equipamentos de abastecimento de água, fornos rotativos, torcedeiras de cabos, máquinas propulsoras de navios. 60000 a 100000

Máquinas para fabricação de celulose e papel, máquinas elétricas de grande porte, centrais de energia, bombas e
ventiladores para minas, mancais de eixos propulsores de navios. ~ 100000

Se a vida calculada for insuficiente : Catálogo Geral SKF.

• Melhorar lubrificação
• Mudar para séries mais pesadas (maior C) do mesmo tipo de rolamento. Ex
d D C N°
20 32 2650 61804
20 72 30700 6404
• Mudar de tipo (esfera → rolo)
• Mudar tamanho (  d )

70
Fonte: www.ntn.com.br

71
Cálculo inverso

O método de cálculo apresentado é iterativo (adota-se rolamento e verifica–se se suporta). Isto pode demandar
muitas iterações, neste caso usar o cálculo inverso partindo-se da vida desejada da tabela da página anterior

𝑝
𝐶 𝐿 × 106
𝐿 = 𝑎1 𝑎23 𝐿ℎ =
𝑃 60 × 𝑛

1
𝐿ℎ 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑗𝑎𝑑𝑎 × 60 × 𝑛 𝐶 𝐿𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑎 𝑝
𝐿𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑜 = → =
106 𝑃 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑎
𝑎1 𝑎23

De posse de (C/P)necessária procura-se no catálogo o rolamento que satisfaça.

72
6.4 – Lubrificação de Rolamentos

• Evitar contato metálico elemento rolante / pista / gaiola

Objetivos :
• Proteger contra corrosão

Comparação dos métodos de Lubrificação (catálogo NSK)

73
Comparação dos métodos de Lubrificação (catálogo NTN)

74
EXEMPLOS DE MONTAGEM PARA
AJUSTE DA FOLGA/PRÉ-CARGA EM
ROLAMENTOS DE ROLOS CÔNICOS

75