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Monografia nº____/______
Aos nossos pais que tanto acreditam e nos apoiam, irmãos e amigos que se
fazem presentes nos mais diversos momentos.
i
AGRADECIMENTOS
ii
RESUMO
ABSTRACT
iii
INDICE DE ILUSTRAÇÕES
INDICE DE FIGURAS
INDICE DE TABELAS
iv
LISTA DE ABREVIATURAS
v
ÍNDICE GERAL pagina
DEDICATÓRIA .....................................................................................................................................i
AGRADECIMENTOS ........................................................................................................................ii
RESUMO.............................................................................................................................................. iii
INDICE DE ILUSTRAÇÕES ........................................................................................................... iv
INDICE DE FIGURAS ...................................................................................................................... iv
INDICE DE TABELAS ...................................................................................................................... iv
LISTA DE ABREVIATURAS............................................................................................................ v
INTRODUÇÃO. .................................................................................................................................. 1
SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA .................................................................................. 1
PROBLEMA DE INVESTIGAÇÃO ............................................................................................... 2
OBJETO DE ESTUDO ..................................................................................................................... 2
OBJETIVO GERAL ........................................................................................................................... 2
OBJECTIVO ESPECÍFICO............................................................................................................. 2
HIPÓTESES ........................................................................................................................................ 3
VARIÁVEL INDEPENDENTE .................................................................................. 3
VARIÁVEL DEPENDENTE ...................................................................................... 3
JUSTIFICAÇÃO DO ESTUDO ...................................................................................................... 3
METODOLOGIA. ............................................................................................................................... 4
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO UTILIZADOS:...................................................................... 4
NÍVEL TEÓRICO ..................................................................................................... 4
Histórico–Lógico:...................................................................................................... 4
NÍVEL EMPÍRICO .................................................................................................... 5
NÍVEL ESTATÍSTICO-MATEMÁTICO ..................................................................... 5
CAPÍTULO 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DOS LUBRICANTES EXISTENTES NA
ACTUALIDADE .................................................................................................................................. 6
1.1. Teoria da Lubrificação .................................................................................... 6
1.2. Histórico da tribologia ..................................................................................... 7
1.2.1. Conceitos da tribologia ............................................................................ 9
1.2.1.1. Atrito ..................................................................................................... 9
1.2.1.2. Desgaste ............................................................................................ 11
1.2.1.3. Lubrificação ........................................................................................ 15
1.2.1.4. Funções da lubrificação...................................................................... 17
1.2.1.5. TIPOS DE LUBRIFICAÇÃO ............................................................... 18
1.2.2. Sistemas de lubrificação ........................................................................ 18
1.2.3. FUNÇÕES DOS LUBRIFICANTES ....................................................... 19
1.3. Propriedades dos fluidos lubrificantes .......................................................... 21
1.3.1. TIPOS DE LUBRIFICANTES ................................................................. 21
1.4. Variação das propriedades dos lubrificantes usados a diferentes condições
de trabalho. ............................................................................................................ 24
1.4.1. Principais propriedades ......................................................................... 24
1.5. Fluidos misturáveis e não misturáveis.......................................................... 26
1.5.1. Fluidos independentes do tempo ........................................................... 28
1.5.2. Modelos matemáticos que descrevem o comportamento dos fluidos.... 28
1.5.3. Classificação dos fluidos ....................................................................... 29
1.5.4. Fluidos para sistemas hidráulicos .......................................................... 30
1.6. Especificações na variação do índice de viscosidade dos lubrificantes
usados a diferentes condições de serviço ............................................................. 32
1.6.1. Grau e índice de viscosidade ................................................................ 33
1.6.1.1. óleos de diferentes viscosidades dentro do motor ............................. 33
Alta viscosidade .................................................................................................. 33
1.6.1.2. Viscosidade x Temperatura ................................................................ 34
1.6.1.3. Graus de viscosidade do óleo ............................................................ 35
1.6.1.4. Índice de viscosidade do óleo ............................................................ 37
1.7. Comparação de métodos de restauração das propriedades dos lubrificantes
39
1.7.1. Processos já industrializados ................................................................ 39
1.7 Comparação dos aditivos para lubrificantes e suas particularidades ........... 43
CAPÍTULO 2. PROPOSTA DE DIRECTRIZES PARA IMPLEMENTAÇÃO DE
METODOS PARA REAJUSTAR AS PRINCIPAIS PROPROPRIEDADES DOS
LUBRIFICANTES USADOS ......................................................................................................... 44
2.1 Condições necessárias para a restauração das principais propriedades do
lubrificante usado ................................................................................................... 44
2.1.1. Recolha de Informações ........................................................................... 44
2.2.2. Condições Técnicas/Materiais para a restauração ................................... 46
2.2 Analise dos resultados ................................................................................. 47
2.2.1. Analise dos lubrificantes usados ............................................................... 47
2.2.2. Quantidade relativa entre o lubrificante a reajustar e o aditivo a introduzir.
............................................................................................................................ 52
2.3 Proposta de estimativas orçamentais para implementação ......................... 53
2.4 Estudo de viabilidade ................................................................................... 55
4.1. Definição do Problema .................................................................................... 55
1.2. Índice de Perda de Suprimento .................................................................... 55
1.3. A Solução do Problema................................................................................ 56
4.4. Aspectos de Custos ........................................................................................ 56
4.5. Impacto Ambiental .......................................................................................... 56
CONCLUSÕES ................................................................................................................................ 57
RECOMENDAÇÕES ...................................................................................................................... 58
Bibliografia ......................................................................................................................................... 59
INTRODUÇÃO.
SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA
A crescente necessidade do uso de óleo lubrificante, sobretudo em
empresas, provocada pelo aumento da Produção e com a Industrialização, no uso de
meios para satisfazer muitas necessidades da humanidade e das empresas,
abrangendo a sociedade mineira de Catoca, provocam o aumento do nível de
produção nos principais centros de produção e refinação de lubrificantes,
acompanhada a esse factor vêm os modos de deposição, reciclagem e dispersão em
locais não apropriados, provocando alterações na fauna e na flora do nosso planeta,
1
que termina com prejuízos a saúde do próprio homem, devido as elevadas taxas de
poluição e contaminação do planeta.
PROBLEMA DE INVESTIGAÇÃO
Como restaurar as propriedades necessárias no lubrificante usado
(queimado), para um funcionamento aceitável do par tribológico.
OBJETO DE ESTUDO
Processo de restauração das propriedades do lubrificante usado
(queimado).
CAMPO DE ACÇÃO
Técnicas de restauração das propriedades do lubrificante usado
(queimado), para um funcionamento aceitável do par tribológico.
OBJETIVO GERAL
Determinar as técnicas para restauração das propriedades do
lubrificante usado (queimado), para um funcionamento aceitável do par tribológico.
OBJECTIVO ESPECÍFICO
➢ Referenciar algumas teorias sobre a lubrificação e a variação das
propriedades do óleo lubrificante usado (queimado), com relação aos demais
lubrificantes;
2
HIPÓTESES
Se se utilizar técnicas e métodos de restauração dos lubrificantes usados
(queimado), haverá redução das quantidades na aquisição de novos lubrificantes e
contribuirá na redução na contaminação ambiental.
VARIÁVEL INDEPENDENTE
Restauração dos lubrificantes usados (queimado).
VARIÁVEL DEPENDENTE
Redução das quantidades na aquisição de novos lubrificantes e redução
na contaminação ambiental.
JUSTIFICAÇÃO DO ESTUDO
A presente investigação tem bases no campo da mecânica de fluidos e
a tribologia que são ciências crescentes, devido a que a análise de métodos de
lubrificação, que permite diminuir o desgaste dos materiais utilizados para a
engenharia. É importante, visto que, a análise das propriedades destes, permite ter
um maior conhecimento das vantagens ou desvantagens de obter fluídos lubrificantes
com características aproximadas.
As grandes mineradoras sempre estão procurando maneiras para
manter seus equipamentos trabalhando, de forma com que não falhem para não gerar
prejuízo. Para manter a eficiência da operação, são feitos diversos tipos de
manutenção nos equipamentos, a fim de se assegurar que os mesmos não venham a
falhar de forma que atrapalhe ou pare a produção.
3
Também pela importância econômica, Angola é nitidamente consumidor
de produtos lubrificantes produzidos nos outros países, pois a importação desse
produto, seria de menor repetência e menores quantidades, devido o facto de que os
principais materiais tribológicos deixem de consumir enormes quantidades de
produtos importados, devido a redução das excessivas quantidades na fase de
aquisição, o que provocaria que o óleo lubrificante restaurado tenha um custo mais
baixo que um lubrificante mineral normal e proporcionassem condições de
funcionamento aceitáveis.
METODOLOGIA.
A investigação desenvolvida se caracteriza em quanto ao seu fim, de
tipo casual porque tende a determinar e elaborar uma proposta de técnicas
necessárias para restaurar os óleos lubrificantes usados para o seu reaproveitamento
sobre tudo em pares tribológicos, tendo em conta os conhecimentos científicos e
empíricos, atualizados nas bibliografias consultadas.
NÍVEL TEÓRICO
Análises–Sínteses: caracterizar de forma detalhada os diferentes
métodos de reajuste, bem como as vantagens e limitações de cada um desses
métodos.
Histórico–Lógico:
Para refletir no histórico relacionado ao uso dos lubrificantes em
diferentes aplicações, bem como o processo de evolução dos lubrificantes até aos
dados actuais.
4
Indutivo-dedutivo: Para justificativa de hipóteses da quantidade relativa
de um lubrificante usado, aos critérios a aplicar, sem comprometer outras variáveis
envolvidas.
NÍVEL EMPÍRICO
Entrevista: Recolher informações a oficinas mecânicas e outros
mecânicos localizados na cidade de Saurimo, bem como na sociedade mineira de
catoca, referente a análise de cada tipo de lubrificante usado, vantagens em relação
aos outros tipos de lubrificantes em função das condições de trabalho de cada
lubrificante.
NÍVEL ESTATÍSTICO-MATEMÁTICO
Estatística descritiva: Para análise minuciosa e detalhada na fase
inicial e o posterior processamento dos resultados obtidos.
5
CAPÍTULO 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DOS LUBRICANTES
EXISTENTES NA ACTUALIDADE
6
importante para a indústria pois equipamentos lubrificados corretamente e que são
acompanhados por profissionais tem seu risco de acidentes diminuído. Isso beneficia
a indústria e o operador do equipamento.
7
relacionados entre si, mas uma relação simples e compreensível entre eles não deve
ser esperada (KATO,2001).
Desta maneira, conforme Zum-Gahr (1987) um sistema tribológico
consiste nas superfícies de dois corpos que se encontram em contato móvel um com
o outro e com a área adjacente. O tipo, evolução e extensão do desgaste são
determinados pelos materiais e rugosidade da superfície, eventuais materiais
intermediários, influências da área adjacente e condições de operação. Na figura 3
ilustra todos esses processos que determinam um sistema tribológico.
Tal técnica, conhecida há mais de 5000 anos, é utilizada para que a força
de resistência entre a superfície do solo e da estátua seja diminuído pela utilização da
madeira, (STOETERAU, 2014 apud MENDES, 2014).
8
1.2.1. Conceitos da tribologia
O estudo da Tribologia se divide em três grandes ramos: o estudo do
atrito; da lubrificação; e do desgaste. A seguir serão apresentadas algumas
características inerentes a cada um deles.
1.2.1.1. Atrito
Segundo a norma ASTM G40 (1999) a força de atrito (F) é definida como
a força de resistência tangencial à interface entre duas superfícies quando, sob a ação
de uma força externa, uma superfície tende a se mover em relação à outra. A força
de atrito, a qual é uma das principais características da fricção entre dois materiais, é
determinada pela interação entre duas superfícies.
𝐹𝑓
𝜇= (Eq.1)
𝑁
Em que:
9
➢ 𝐹𝑡 – Força que provoca ou resiste ao movimento (Força de atrito);
➢ N – Força normal aplicada [N];
➢ µ - Coeficiente de atrito.
𝐹𝑓 = 𝐹𝑎 + 𝐹𝑏 (Eq. 2)
Para Czichos (2020), uma visão geral do mecanismo de atrito pode ser
obtida considerando o balanço de energia do atrito sólido. A energia mecânica
associada ao atrito sólido entre dois tribo elementos, envolvem o seguinte:
10
➢ Processo de transformação: adesão e cisalhamento, deformação
plástica e histerese e amortecimento.
➢ Processo de dissipação, processos térmicos, contato entre (1) e
(2) com tensões residuais, geração de defeitos, pontuais e deslocamentos, emissões,
como calor, ruídos, detritos, triboluminescência.
1.2.1.2. Desgaste
11
O desgaste é um fenômeno que pode ser determinado por testes em
tribossistemas, onde parâmetros como propriedades da superfície, composição
química do material, distância de deslizamento, velocidade e carga aplicada, devem
ser analisados para uma melhor compreensão dos mecanismos de desgaste. Em
decorrência é necessário especificar um sistema bem definido de modo a delimitar o
campo de validade das propriedades tribológicas (HUTCHINGS, 1992).
𝑣𝑊
𝐾 = 𝐹𝑛+𝑆 (Eq. 2)
Onde:
12
➢ Por corrosão;
➢ Por marcação;
➢ Por adesão;
➢ Por abrasão;
➢ Por fadiga superficial;
➢ Por fricção;
➢ Por cavitação.
13
(SCHUITEK,2007). Como a área de contato é muito pequena, desenvolve-se
localmente altas pressões de contato que provocam deformação plástica, adesão e
formação de junções. O aumento de temperatura nesse caso é bem perceptível, pois
após o contato as altas pressões exercidas entre os pares, o material aquece e, em
alguns casos, chega a se fundir.
14
raspagem de pequenas partículas encontradas nos pontos mais altos da superfície do
corpo menos duro por entidades, tais como bordas, do material de maior dureza.
1.2.1.3. Lubrificação
Como já foi citado, a Tribologia é uma ciência que tem três grandes áreas
de atuação: o estudo do atrito, dos mecanismos de desgaste e da lubrificação. Apesar
de ser uma doutrina recente, o estudo sobre como acontece o fenômeno fricção
acontece desde o século XVI, porém, os trabalhos apresentados não tinham enfoque
na questão da lubrificação em si. Atualmente, esse desenvolvimento de pesquisa no
âmbito de lubrificação tem sido feito tanto em universidades quanto pelos próprios
fabricantes dos lubrificantes, contudo, pelo foco na multidisciplinaridade nas
15
pesquisas conduzidas pelos próprios fabricante, eles oferecem os melhores
resultados práticos da atualidade pós a falta de lubrificação caus:(MANG, DRESEL,
2007).
➢ Aumento do atrito;
➢ Aumento de desgaste;
➢ Aquecimento;
➢ Dilatação das peças;
➢ Desalinhamento;
➢ Ruídos;
➢ Ruptura das peças.
➢ Redução de custos;
➢ Aumento de produtividade;
➢ Máquinas mais seguras;
➢ Aumento de rentabilidade.
16
A resistência ao movimento deixa de ser controlada pela força
necessária para separar as asperezas das duas superfícies em movimento. Ela passa
a ser determinada pela força necessária para fazer deslizar as camadas de
lubrificante, umas sobre as outras, que é muito inferior à que seria necessária para
superar o atrito entre duas superfícies sólidas sem lubrificação (Shell, 2006).
17
CONTROLE DA CORROSÃO - evita que a ação de ácidos destrua os
metais.
Lubrificação Limítrofe
A lubrificação limítrofe é aquela na qual a película lubrificante é bastante
fina, havendo possibilidade de seu rompimento, o que ocasionaria o contato entre as
superfícies, podendo ocorrer soldagem.
Lubrificação Hidrostática
A lubrificação hidrostática ocorre quando o lubrificante é injetado sob
pressão no espaço entre as superfícies, antes do início da operação. Este tipo de
lubrificação é adequado quando altas cargas estão envolvidas, visando evitar o
grande atrito gerado na partida.
Lubrificação Hidrodinâmica
A lubrificação hidrodinâmica é caracterizada pelo fato de que o único
atrito existente é o fluido, ou seja, o óleo separa completamente as superfícies sólidas.
Na prática, não se consegue uma lubrificação totalmente hidrodinâmica.
18
➢ Sob pressão;
➢ Por salpico;
➢ Emulsão.
19
Os lubrificantes, que tem por funções reduzir o desgaste, dissipar calor
em peças, vedar componentes, evitar a oxidação de peças, entre outras, são parte
essencial no estudo de funcionamento dos equipamentos mecânicos. Dessa forma,
os lubrificantes interferem diretamente no funcionamento das máquinas e em seu
tempo de vida.
𝑑𝛾
𝜏=𝜂 (Eq. 4)
𝑑𝑡
Onde:
20
➢ η: viscosidade dinâmica [Pa.s]
𝜂
𝑍= (Eq. 5)
𝜌
Sendo:
21
usados como lubrificantes incluem óleos naturais (animais e vegetais) e óleos
sintéticos. Os óleos minerais, são formados basicamente dos elementos químicos
carbono e hidrogênio, sob a forma de hidrocarbonetos. Estes hidrocarbonetos
constituintes do óleo mineral podem ser predominantemente parafínicos, nafténicos
ou mistos. São os mais usados e podem ser subdivididos:
➢ Óleos graxos;
➢ Óleos minerais puros;
➢ Óleos aditivados;
➢ Óleos semi-sintético;
➢ Óleos sintéticos.
ÓLEOS ADITIVADOS - são óleos minerais mais puros, aos quais foram
adicionadas substâncias chamadas de Aditivos com o fim de reforçar ou acrescentar
determinadas propriedades.
22
- Lubrificantes Pastosos - São empregados onde os lubrificantes líquidos
não executam suas funções satisfatoriamente, sendo subdivididos em:
➢ Graxas de sabão metálico;
➢ Graxas sintéticas;
➢ Graxas à base de argilas;
➢ Graxas betuminosas.
- Óleos Compostos
Os óleos compostos consistem em óleos graxos adicionados a óleos
minerais, conferindo a estes maior oleosidade. O objetivo da mistura, é conferir maior
oleosidade ou maior facilidade de emulsão em presença de vapor d’água. As
principais substâncias usadas como lubrificantes Compostos (sólidos) são o grafite, o
bissulfeto de molibdênio e o teflon. São muito menos usados do que os óleos e graxas,
mas são essenciais para aplicações especiais em condições que os óleos e graxas
não podem suportar.
23
Lubrificantes Sólidos
São usados geralmente como aditivos de lubrificantes líquidos ou
pastosos. Algumas vezes são utilizados em suspensão, misturados a solventes que
se evaporam após a sua aplicação. Os mais empregados são o grafite, o molibdênio
o talco e a mica por apresentarem grande resistência a temperaturas e pressões
elevadas.
Desta forma as partes componentes dos motores à combustão interna
que devem ser lubrificadas são as seguintes:
➢ Mancais e cilindros;
➢ Bombas injetoras;
➢ Sistemas de refrigeração;
➢ Pontos de menor importância.
1.4. Variação das propriedades dos lubrificantes usados a
diferentes condições de trabalho.
1.4.1. Principais propriedades
Os lubrificantes apresentam certas características físicas e químicas que
permitem avaliar seu nível de qualidade, bem como o controle de sua uniformidade.
As principais propriedades estão relacionadas a seguir:
Viscosidade
A viscosidade de um fluido é a medida da sua resistência ao
escoamento. É a principal característica a ser observada na indicação correta do
lubrificante a ser utilizado num certo sistema. A viscosidade é função inversa da
temperatura. ° instrumento que mede a viscosidade denomina-se viscosímetro.
Existem vários tipos de viscosímetros, entre eles podemos destacar:
24
Índice de Viscosidade
O Índice de Viscosidade (IV) é um número adimensional que indica a
taxa de variação da viscosidade de um óleo quando se varia a temperatura. Um alto
IV indica que esta taxa de variação é pequena, significando que sua viscosidade é
mais estável às variações térmicas.
Densidade
A densidade é definida como sendo a relação entre a massa e o volume
de uma substância numa determinada temperatura.
Cor
É determinada por um equipamento chamado colorímetro ótico, através
da comparação amostra com padrões de cores. A sua determinação isoladamente
não tem relação com a sua performance em operação.
Ponto de Fulgor
o ponto de fulgor é a temperatura em que o óleo, quando aquecido em
condições padrões, desprende vapores que se inflamam momentaneamente ao
contato com uma chama piloto. A contaminação de lubrificantes usados em motores
de combustão interna com o combustível resume na queda acentuada do ponto de
fulgor.
Ponto de Fluidez
Ponto de mínima fluidez é a menor temperatura na qual o lubrificante
ainda flui nas condições do teste.
Acidez e Basicidade
A acidez ou basicidade de um óleo podem ser expressas pelos números:
25
ácidos. Já um decréscimo no TBN representa a degradação do aditivo, em virtude do
ataque dos componentes ácidos, e o valor do TBN indicará o quanto ainda resta de
reserva alcalina.
Teor de Cinzas
Teor de Cinzas Simples: o teor de cinzas simples representa, em
termos percentuais, o peso final das cinzas formadas após a queima, seguida da
calcinação da amostra, em relação ao peso antes da queima. As cinzas são
resultantes da presença de aditivos metálicos ou partículas metálicas provenientes de
desgaste mecânico ou se a amostra está contaminada por impurezas de bases
inorgânicas.
Resíduo de Carbono
O resíduo de carbono de um óleo é a percentagem de resíduos que o
óleo poderia deixar quando submetido a evaporação por altas temperaturas na
ausência de oxigênio. O resultado deste ensaio não pode ser analisado
separadamente.
Demulsibilidade
Demulsibilidade é a capacidade que os óleos possuem de se separarem
da água.
26
de alteração nas propriedades originais de uma formação. Esta afirmação ainda está
longe de ser uma realidade, pois os problemas de reatividade ainda causam grandes
perdas à indústria do petróleo.
27
➢ causar danos ao meio ambiente e aos seres humanos.
1.5.1. Fluidos independentes do tempo
➢ Sem tensão limite de escoamento
Plásticos de Bingham ->. Este fluido possui uma relação linear entre a
tensão de cisalhamento e a taxa de deformação quando submetido a tensões acima
da tensão limite de escoamento. Alguns exemplos são fluidos de perfuração de poços,
algumas suspensões de sólidos granulados.
Power-Law
Onde:
k= índice de consistência
28
n= índice de potência
29
salgada. Caso seu meio de dispersão seja os derivados do petróleo, como por
exemplo, diesel, o fluido é dito base óleo (conhecidos como OBM).
Caso o meio de dispersão seja o gás, ele é dividido em: ar, que é a
injeção de ar atmosférico ou gás natural para dentro do poço. Além destes, por
questões de projeto, pode-se criar um fluido de perfuração oriundo da mistura do meio
líquido com o gasoso. Se a maior parte da sua composição for a água, diz-se que o
fluido é uma mistura denominada água aerada. Caso a mistura seja mais rica em gás,
chama-se de espuma.
31
A base de ésteres sintéticos
Longa vida útil e um amplo alcance de temperatura são os grandes
desempenhos desta família. O preço deles é mais alto do que os demais, mas a
compatibilidade com a mecânica de sistemas hidráulicos também é melhor em
comparação aos demais.
A base de água
Óleos à base de água são resistentes a fogo, são ambientalmente
amistosos e aceitáveis, mas a temperatura máxima de serviço fica limitada.
32
A viscosidade geralmente diminui com o aumento de temperatura, uma
vez que, em altas temperaturas, as moléculas possuem maior energia de translação
e rotação, permitindo vencer as barreiras energéticas de interações intermoleculares
com maior facilidade. Por exemplo, a viscosidade da água a 100 °C é de apenas 1/6
de seu valor a 0°C, ou seja, a mesma quantidade de líquido flui seis vezes mais
rapidamente na temperatura mais elevada.
Alta viscosidade
Um óleo de viscosidade alta teria maior resistência para fluir, portanto
demoraria mais tempo para circular dentro do motor. Também aumentaria o consumo
de combustível, já que exige mais energia para fazer circular o óleo. A película ou
filme lubrificante seria maior, gerando maior proteção.
33
Baixa viscosidade
Um óleo de baixa viscosidade teria mais fluidez, portanto demoraria
menos tempo para circular dentro do motor principalmente na partida a frio. Da mesma
maneira, economiza mais combustível pois exige menos esforço do motor para se
movimentar. No entanto, a baixa viscosidade produz uma película ou filme lubrificante
menor, gerando menor proteção se comparado ao caso acima.
Assim, quanto mais quente estiver o óleo, menos viscoso ele fica e o
contrário também vale. Quanto mais frio estiver o óleo, maior será sua viscosidade e
ele fluirá mais lentamente. Todo óleo passa por esse comportamento, mas
dependendo do tipo de óleo básico, esse comportamento será um pouco diferente:
34
Pensando nessas duas informações, vamos analisar o comportamento
da linha amarela, que representa o comportamento da viscosidade em função da
temperatura para um óleo mineral.
35
Veremos mais adiante o que essa norma significa, mas por enquanto, vamos nos
concentrar em entender os graus de viscosidade de motor.
36
Vamos comparar dois produtos com viscosidades diferentes abaixo para
exemplificar o que vimos até então. Nesse caso, ambos são óleos para motores de
motos com embreagens úmidas, 100% sintéticos, mas com graus de viscosidades
diferentes:
37
Para a maioria dos óleos mais modernos, o índice de viscosidade pode
ser calculado se soubermos a sua viscosidade cinemática (ou dinâmica) a 40°C e a
100°C, usando uma tabela de referência com valores para cálculo conforme a
viscosidade a 100°C.
Um monoviscoso 15W, por exemplo, seria bom para o inverno, pois teria
uma viscosidade razoavelmente baixa para proporcionar uma partida fácil do motor
quando estivesse frio. No entanto, no calor sua viscosidade a quente seria muito baixa
para conseguir proteger o motor adequadamente. Então seria necessário usar o SAE
40 quando estivesse quente, pois ele teria uma viscosidade razoavelmente boa para
trabalhar com o motor quente, mas caso fosse usado no frio, provavelmente a partida
do motor seria bem mais difícil. Portanto, o índice de viscosidade de um óleo
monoviscoso seria menor que o de um multiviscosos.
38
problemas de lubrificação, pois a fluidez do óleo não está de acordo com o projeto do
motor (folgas, tipo e qualidade de acabamento superficial das peças, tratamento de
superfícies, etc.).
Outro detalhe que quase todos já devem ter presenciado é que não
podemos determinar a condição do óleo através de exame visual ou tátil. A
viscosidade só pode ser determinada através de ensaios em laboratório com
equipamentos especializados.
39
É o processo mais utilizado em todo mundo. Sua simplicidade, tornando-
o atraente do ponto de vista económico, consiste basicamente na sequência de quatro
operações (Reis, 2008).
40
O óleo sofre ainda um tratamento final de acabamento com terras
adsorventes que lhe retiram compostos corados e melhoram o cheiro. Esta operação
decorre, normalmente num reactor agitado e a cerca de 200ºc. no fundo do reactor
introduz-se vapor vivo, a fim de remover compostos leves presentes (formados
durante o tratamento ácido ou não removidos pela operação inicial de destilação
flash). Esta retificação melhora o odor do produto final, uma vez que os compostos de
cheiro mais penetrante se encontram usualmente entre as matérias mais voláteis do
óleo.
41
destilação, que tem tendência a sofrer incrustação e corrosão. Uma alternativa que
tem sido proposta é o uso de colunas de destilação rotativas, mas tanto quanto
sabemos ainda não foi industrializada (Reis, 2008).
➢ Outros processos
Importa salientar que para alem dos processos acima mencionados,
existem vários processos alguns em desenvolvimento que ajudam a regenerar o óleo
lubrificante usado, como é o caso da Regeneração com solução aquosa de ácido
sulfúrico, Regeneração com acido sulfúrico e hidrogenação catalítica, Regeneração
pelo calor, regeneração por destilação sucessiva, regeneração por destilações flash
sucessivas, regeneração por precipitação com solução aquosa dum hidróxido
metálico, regeneração com hidrazina, regeneração com isopropanolamina,
regeneração com diazometano, regeneração com propano, butano e amoníaco
líquidos, regeneração com metilectilcetona, regeneração com n-butanol, regeneração
com o solvente do bartesville energy reseach center, regeneração por ultrafiltração,
regeneração pelo sólido metálico e destilação, regeneração com solução aquosa de
carbonato de sódio e álcool isopropílico, regeneração com sulfato de amónio ou
fosfato de amónio, regeneraçao com cloreto de zinco, regeneração com derivados
halogenados e oxigénio monoatómico, regeneração com ácidos e dimetilsufóxido,
regeneração com peróxido de hidrogénio e outros peróxidos, regeneração com
agentes tensioactivos, regeneração com substancias coagulantes, (Reis, 2008).
42
Os lubrificantes restaurados através dos processos acima, são projetados para
muitas aplicações industriais e não só, dai que o elevado custo de operação para
regeneração dos lubrificantes é compensado pela sua vasta aplicação.
Para aplicações de reduzir a fricção entre materiais que se encontram
em movimento relativo, sobre tudo no par tribológico, as características de um
lubrificante para essas aplicações pode ser obtida, através dum processo eficiente de
menor custo, que é o reajuste das principais propriedades do lubrificante usado para
um funcionamento aceitável do par tribológico.
Substâncias
Tipo de Aditivo Função
Usadas
Antioxidantes retardar a oxidação dos óleos lubrificantes, ditiofosfatos,
que tendem a sofrer esse tipo de fenóis, aminas
deterioração quando em contato com o ar,
mesmo dentro do motor.
Detergentes / impedir a formação de depósitos de produtos sulfonatos,
Dispersantes de combustão e oxidação, mantendo-os em fosfonatos,
suspensão no próprio óleo e permitindo que fenolatos
sejam retirados pelos filtros ou na troca do
lubrificante.
Anticorrosivos neutralizar os ácidos que se formam durante ditiofosfatos de
a oxidação e que provocam a corrosão de zinco e bário,
superfícies metálicas sulfonatos
Antiespumantes minimizar a formação de siliconas,
espumas que tendem a se formar devido a polímeros
agitação dos óleos lubrificantes e prejudicam sintéticos
a eficiência do produto.
Rebaixadores de impedir que os óleos “engrossem” ou
ponto de fluidez congelem, mantendo sua fluidez sob baixas
temperaturas
Melhoradores de reduzir a tendência de variação da
índice de viscosidade com a variação de temperatura
viscosidade
Fonte: (Silva, 2019)
43
CAPÍTULO 2. PROPOSTA DE DIRECTRIZES PARA IMPLEMENTAÇÃO DE
METODOS PARA REAJUSTAR AS PRINCIPAIS PROPROPRIEDADES DOS
LUBRIFICANTES USADOS
44
Propomos que para alem da análise no lubrificante, com recurso ao
magnetismo, possamos retirar as partículas abrasivas presentes no óleo lubrificante,
através da filtragem com auxilio da força magnética, em um filtro possuindo grandezas
magnéticas, essas partículas são retidas.
Óleo lubrificante acabado é aquele que está pronto para ser utilizado
para a finalidade para a qual foi elaborado. (Associação de Proteção ao Meio
Ambiente de Cianorte - APROMAC, 2005).
45
A Sociedade dos Engenheiros automotivos (SAE) do Ingles Society
Automotive Engineer’s, instituiu a norma SAE, seguida de um número que em função
do número que, quanto maior, indicará um lubrificante mais viscoso.
Nesse sistema, os lubrificantes são divididos em três categorias (altas
temperaturas (“verão”), baixas temperaturas (“inverno”) e multiviscosos (“ano todo”),
por esse sistema, os lubrificantes são classificados através dos indicadores de oW a
25W, para viscosidade em baixas temperaturas e indicadores de 20 a 60, para
viscosidade em alta temperatura, (Associação de Proteção ao Meio Ambiente de
Cianorte - APROMAC, 2005).
46
Os Diferentes graus de filtragem são geralmente classificados por meio
de uma escala, conhecida como mícron rating. Essa escala indica o tamanho de
partículas que o filtro é capaz de reter. Alguns exemplos comuns de gras de filtragem
incluem 10 microns, 5 microns e 1micron. Quanto menor o número, maior a
capacidade de retenção de partículas finas. (Referenciar)
47
Teor em metais Ppm
Calcio (Ca) 1808
Procurar (Ba) 255
Zinco (Zn) 763
Chumbo (Pb) 2335
48
Indice de Viscosidade 124
Ponto de fluxão -36ºC
Ponto de inflamação 172ºC
Residuo de Carbono 1,98 %
Cinzas 1,17 %
Indice de acidez 2,03 TAN
Indice de Basicidade 3,23 TBN
Teor em metais Ppm
Calcio (Ca) 920
Procurar (Ba) 1150
Zinco (Zn) 1641
Chumbo (Pb) 1557
Fonte: (Reis, 2008)
49
Tabela 5 - Óleo Galp Super 20w50, proveniente da instalação de fabrico de óleos
acabados da refinaria do Porto.
Propriedades Principais Resultado
cor negra
Densidade a 15ºC 0,895g/cm3
Viscosidade cinemática à 40ºC 146,37 cSt
Viscosidade Cimemática à 100ºC 17,74 cSt
Indice de Viscosidade 134
Ponto de fluxão -24ºC
Ponto de inflamação 232ºC
Residuo de Carbono 0,91 %
Cinzas 0,75 %
Indice de acidez 4,31 TAN
Indice de Basicidade 5,31 TBN
Teor em metais Ppm
Calcio (Ca) 1800
Procurar (Ba) 0
Zinco (Zn) 1100
Chumbo (Pb) 0
Fonte: (Reis, 2008)
Propriedades Resultado
Cor ASTM 1,5 Negra
Densidade a 15ºC 0,9 g/cm3
Viscosidade cinemática a 100ºC 530 Cst
Ponto de Fluxão -36ºC
Ponto de Inflamação 200 ºC
Fonte: (Reis, 2008)
𝐹 𝑑𝑉
µ = 𝐴 𝑑𝐻 (𝑁. 𝑠/𝑚2), (Eq. 5)
Onde:
µ - viscosidade dinâmica (Pa.s ou Kg.s/m2)
F – Força Viscosa
A – Área Nominal
Onde:
Vf- Velocidade Final do lubrificante;
Vi – Velocidade Inicial do lubrificante;
Hf – Espeçura final do filme lubrificante;
Hi – Espeçura inicial do Filme lubrificante.
51
µ
ѵ=𝜌 (Eq. 7)
Onde:
52
Tabela 8 - Óleos de Transmissão
53
➢ Aquisição de aditivos melhoradores de índice de viscosidade,
antioxidantes e anticorrosivos.
➢ Aquisição de equipamentos e ferramentas de trabalho
Fornecedores Sites
Pall Corporation www.pall.com
Donaldson Company, Inc www.donaldson.com
Parker Hannifin Corporation www.parker.com
Cim-Tek Filtration www.cim-tek.com
Hy-Pro Filtration www.hyprofiltration.com
Vacuum Distillation Technologies LLC www.vacuumdistillationtech.com
Oil Skimmers, Inc www.oilskim.com
54
2.4 Estudo de viabilidade
55
A variável chave que determina o índice de perda de suprimento é o
tempo de vida útil destas ferramentas, e a confiabilidade do lubrificante.
56
CONCLUSÕES
57
RECOMENDAÇÕES
58
Bibliografia
Aulas de Engenharia dos Fluidos (TMECAF 2). (2022). Materiais Lubrificantes. Conferencia 4 (pp. 2, 4,
5). Saurimo: IPLS.
Matsumoto, T. (2020). Conceitos basicos e viscosidade. (p. 14). Campus de ilha solteira:
www.feis.unesp.br.
59
ANEXOS
60