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Pedro Leopoldo
Agosto/2013
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Pedro Leopoldo
Agosto/2013
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por toda sabedoria, força e coragem para superar os
meus limites. A minha família e principalmente ao meu marido Rodrigo Salomão pela
paciência, compreensão e apoio nos momentos em que precisei. Ao meu orientador
Wilken Geraldo Moreira, pela sua paciência, disposição e ensinamentos.
“Dificuldades não existem para fazer você desistir, e sim para te tornar mais forte.”
Clarisse Lispector
Obrigada a todos.
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SUMÁRIO Página
1- Introdução................................................................................................................... 7
2- Diagnóstico................................................................................................................. 9
2.1- Introdução.............................................................................................................. 9
2.3.9- Visão................................................................................................................. 14
3.1- Introdução............................................................................................................ 23
3.4.1- Estresse............................................................................................................ 33
4- Conclusão ................................................................................................................. 53
5.1- Conclusão............................................................................................................ 54
7- Anexos ...................................................................................................................... 59
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1- Introdução
O desafio das empresas é hoje um fator humano, que vem necessitando de grande
atenção de especialistas do ramo de Administração de Empresas.
Atualmente as empresas se deparam com a seguinte questão, de um lado, como
conseguir equilibrar a vida privada e profissional dos funcionários em meio a um ritmo
de vida considerado acelerado e, de outro, como manter uma boa relação entre os
mesmos, dentro do ambiente de trabalho, objetivando eliminar a queda da
produtividade, o mau desempenho e o absenteísmo.
O absenteísmo tem se tornado um fator problemático tanto para as empresas quanto
para os administradores. É um tema bastante complexo, podendo ter como causas e
consequências diversos fatores como: estresse, insatisfação, mau gerenciamento, falta
de motivação, falta de comunicação, problemas familiares etc.
O fato é que o absenteísmo, gera preocupações e obstáculos para as empresas, pois
ocasionam desorganização das atividades, queda na qualidade dos serviços prestados,
atrasos no andamento dos trabalhos, sobrecargas nos funcionários que estão
presentes, afeta significativamente a produtividade e consequentemente, a
lucratividade, atrapalhando a saúde financeira da empresa, além de diminuir a
qualidade de serviços prestados aos clientes.
O estudo do absenteísmo proporciona algumas informações a respeito da satisfação
dos funcionários com a empresa e com o seu próprio trabalho. Desde modo, fatores
organizacionais tais como as más condições de trabalho, liderança deficiente, excesso
de regras, falta de diálogos, em conjunto com outros fatores, contribuem para a
insatisfação do funcionário e, em consequência disto, para o aumento do absenteísmo.
O bom relacionamento é uma ferramenta bastante desejada no ambiente de trabalho,
pois, as pessoas são produtos dos meios que vivem, tem emoções, sentimentos e
agem de acordo com o conjunto que as cercam, seja o espaço físico ou social. Afinal,
as pessoas se diferem na maneira de pensar, sentir e agir.
A valorização do ser humano, a preocupação com os sentimentos, com as emoções, e
com a qualidade de vida no ambiente de trabalho são fatores que fazem a diferença em
uma empresa, pois o bom relacionamento torna e mantêm o ambiente harmonioso e
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2- Diagnóstico
2.1- Introdução
CNPJ: 07.481.214/0001-76
IE: 783.391.051-0031
A empresa procura criar parcerias com seus fornecedores para que possa oferecer a
seus clientes a prestação de serviços com preços mais competitivos, com qualidade e
segurança, levando em conta que o cliente é o foco principal do negócio.
Em relação aos funcionários, procura selecionar pessoas que estejam localizadas na
mesma região em que a empresa está instalada trazendo benefícios para a mesma,
que acaba reduzindo seus custos com vale transporte e principalmente gerando
oportunidade para o município de Confins.
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2.3.7- Objetivo
2.3.8- Missão
2.3.9- Visão
Ser uma empresa de referência em relação à qualidade dos serviços que presta.
2.3.9.1- Valores
Ética;
Transparência;
Respeito;
Espírito empreendedor;
Respeito ao meio ambiente;
Segurança;
Qualidade nos serviços prestados;
Relacionamentos baseados na transparência.
De modo geral a empresa preza a honestidade e integridade no relacionamento
com seus clientes, tendo em vista que ele é o foco do seu serviço, o que acaba
agregando resultados financeiros e éticos para a empresa.
Concorrência na área;
Necessidade de expansão da parte física da empresa;
Dificuldade em encontrar mão de obra qualificada.
2.4.1- Gerência
Poder centralizado, pois fiscaliza todas as tomadas de decisão dos outros setores;
Perca de tempo hábil;
Retrabalho ao fiscalizar os outros setores.
Conta com seis funcionários qualificados e com vasta experiência na área. São
responsáveis por reabilitar, reformar e dar manutenção em equipamentos industriais,
deixando-os em condições satisfatórias, com a vida útil mais longa, isto só é
conseguido através de um sistema adequado e eficiente de manutenção.
O grande problema desse setor é com relação ao alto índice de absenteísmo e os
problemas que ele causa, pois mesmo dispondo de uma equipe experiente e
qualificada, a empresa não possui uma estrutura física adequada para realização das
atividades, falta hierarquia na operação, falha na comunicação, há sobrecargas nas
tarefas, problemas esses que tem trazido consequências graves para empresa como:
atrasos na execução dos serviços, insatisfação dos clientes, perda de credibilidade no
mercado e queda na lucratividade.
Estes problemas que foram detectados tem relação com a desmotivação e
insatisfação dos funcionários que não recebem benefícios como vale refeição, não
possuem planos de cargos e salários e não tem participação nos lucros da empresa.
Conta com um funcionário experiente e muito bem treinado, a empresa ainda não
possui certificações na área, mas se preocupa muito com este setor, pois é
responsável pela verificação rigorosa dos serviços prestados, para que não ocorra a
não conformidade e a insatisfação de seus clientes.
Conta com uma funcionária que não possui especialização na área financeira, falta
espaço físico adequado para a realização da atividade e há excesso de informação
centralizado em uma pessoa.
Este setor é responsável pelo controle de contas a pagar (salários, fornecedores etc) e
a receber que são feitas através de um sistema informatizado. Os pagamentos são
realizados dentro do prazo e os controles das contas bancárias são feitos
periodicamente.
Por se tratar de uma empresa de pequeno porte à apuração de impostos, folha de
pagamento, dentre outros serviços, são realizados por uma empresa terceirizada de
contabilidade.
Este setor conta com uma funcionária Pós Graduada em Recursos Humanos e com
cursos de especialização na área, as dificuldades encontradas, estão relacionadas
com a falta de espaço físico adequado para realização da atividade e excesso de
informação centralizado em uma pessoa que é responsável pelo recrutamento e
seleção de candidatos, realizados através de análises de currículos e indicações de
funcionários da própria empresa. Os funcionários que não residem na cidade recebem
vale transporte, mas a preferência de contratação é atribuída aos candidatos que
residem na cidade de Confins, permitindo a geração de empregos na comunidade
onde a empresa está instalada, objetivando a redução de custos com vale transporte.
Tanto para admissão ou demissão, são realizados exames por uma empresa
terceirizada.
O controle de entrada e saída dos funcionários é feita através de um cartão de ponto.
A empresa não possui plano de cargos e salários, não fornecem vale alimentação aos
funcionários e não recebem participação nos lucros da empresa.
Clientes fiéis;
Descontos para clientes fiéis;
2.5- Conclusão
3- Estudo Temático
3.1- Introdução
3.2- Absenteísmo
Já Stockmeier (2004), o absenteísmo pode ser definido como ausência ao trabalho por
qualquer razão: doenças, acidentes de trabalho, direitos legais como, por exemplo,
doação de sangue, participação em júris ou eleições e licença maternidade, fatores
sociais (como doença de parentes, por exemplo), fatores culturais extras ou intra-
empresariais como emendar feriados, copo do mundo, feriados religiosos não oficiais,
legalização de uma falta gerada por outra motivação não relacionada à saúde, etc.
Nos dias atuais, novos estudos já mostram que o gerenciamento feito por maus
gestores, líderes arbitrários e insensíveis não apenas elevam o estresse no ambiente
de trabalho, mas também podem causar a insatisfação de seus funcionários,
prejudicando sua saúde, afetando produtividade das empresas, aumentando o índice
de absenteísmo.
Os gerentes e líderes supervisionam seus funcionários como parte de seu trabalho,
nada mais, além disso, esquecendo que os funcionários requerem atenção e
acompanhamento, pois enfrentam várias contingências internas e externas e sempre
estão sujeitos a vários tipos de problemas pessoais, familiares, financeiro, saúde etc.
Problemas que, afetam o comportamento de trabalho, a comunicação com a chefia e o
clima organizacional da empresa.
1. Controle;
2. Motivação;
3. Expressão emocional;
4. Informação.
Portanto, uma maior conscientização dos gerentes e dos seus funcionários é condição
fundamental no aprimoramento das relações interpessoais, visto que o talento humano
passou a ser tão importante quanto o próprio negócio, pois é elemento essencial para
uma maior harmonia, equilíbrio pessoal, profissional e sucesso organizacional.
As empresas estão buscando um relacionamento melhor entre os gestores e seus
funcionários, incentivando o trabalho em equipe e a harmonia em grupo.
Através desse conceito, todas as empresas deveriam enxergar seus funcionários como
pessoas, pois elas são de certa forma a base estrutural de qualquer empresa e devem
ser reconhecidas e valorizadas de acordo com as necessidades humanas, usando
fatores motivacionais e benefícios para que desperte sempre interesse pelo seu
trabalho.
Os fatores motivacionais também são questões que devem ser observados nas
empresas. A motivação funciona como força ativa e impulsionadora, que por sua vez
faz o papel de desejos e receios. O funcionário deseja poder, status e receia as
ameaças à sua autoestima.
Sem motivação os funcionários têm um péssimo rendimento e consequentemente
prejudicam o resultado financeiro da empresa, pois sabemos que cada pessoa é atraída
por um conjunto diferente de metas.
Um dos maiores desafios dos gerentes é motivar os funcionários, torná-los decididos,
confiantes e comprometidos com o seu trabalho.
Em muitos casos os gerentes têm suas próprias teorias, conjuntos de ideias e conceitos
diferentes sobre como motivar seus funcionários e agem de maneira que acabam
desmotivando ainda mais a sua equipe. Alguns gerentes, por exemplo, acham que se
forem bastante coesivos, estarão motivando e ainda supõem que a motivação consiste
em nada mais que controlar o comportamento das pessoas.
Segundo Chiavenato (2002), os gerentes e líderes devem ficar atentos com essas
questões e motivar a sua equipe transmitindo confiança e fazendo com que seus
funcionários acreditem que ele esteja junto com eles enfrentando qualquer dificuldade.
O ideal é trabalhar individualmente, pois as pessoas são diferentes e possuem pontos
de vista e expectativas individuais, e os gestores devem saber identificar essas
individualidades.
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Não adianta tentar motivar uma equipe sem possuir ferramentas de treinamentos
adequados e sem estabelecer objetivos claros e metas muito bem definidas.
Outro fator agravante do absenteísmo está relacionado com o clima organizacional, que
é a maneira, positiva ou negativa influenciada por fatores internos ou externos à
organização, percebem e reagem num determinado momento, ao conjunto de variáveis
e fatores como as políticas, os procedimentos, usos e costumes existentes e praticados
pela empresa.
Chiavenato (2º edição, p. 267) conceitua:
“Clima Organizacional é qualidade ou propriedade do ambiente organizacional que é
percebida ou experimentada pelos membros da organização e que influencia
poderosamente o seu comportamento”.
O clima organizacional está intimamente relacionado com o grau de motivação
existente nas empresas. Quando há elevada motivação entre os funcionários, o clima
organizacional se eleva e traduzem em satisfação, animação, interesse, colaboração e
um excelente desempenho. Todavia, quando há baixa motivação entre os funcionários,
seja por frustração ou imposição de barreiras à satisfação das necessidades imposta
pelos gerentes, o clima organizacional tende a baixar, caracterizando-se por estados de
depressão, desinteresse, apatia, insatisfação etc., podendo em casos extremos chegar
a estados de agressividade, tumulto, inconformismo etc., típicos de situações que os
funcionários se defrontam abertamente com a empresa demonstrado o seu grau de
insatisfação. (CHIAVENATO, 2000)
As pessoas estão continuamente engajadas no ajustamento a uma variedade de
situações no sentido de satisfazer suas necessidades e manter um equilíbrio
emocional. Este ajustamento varia de uma pessoa para outra e dentro do mesmo
indivíduo de um momento para outro e está ligada diretamente a saúde mental.
(CHIAVENATO, 2000)
Portanto, os gerentes devem sempre estar atento ao planejamento estratégico da
empresa, focando sempre no trabalho em equipe, orientação para resultados, salário,
condições físicas do trabalho, estilo gerencial, desenvolvimento profissional,
comunicação etc., pois um ambiente saudável ajuda a produzir mais e traz um bem
estar a todos.
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Contudo, existem, ainda segundo Couto, vários outros tipos que podem ser
classificados da seguinte forma:
Chiavenato (2000), afirma também que são várias as causas do absenteísmo, que
merecem ser identificadas e estudadas, inclusive sob uma visão de sua repercussão na
produtividade organizacional.
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Segundo Soares e Silva (2007) “Dentre uma das mais graves e usuais consequências
do absenteísmo para as organizações, ressalta-se a queda da produtividade, e em
consequência disto, a queda dos lucros.”
As consequências do absenteísmo estão diretamente ligadas ao lado financeiras das
empresas, portanto, para toda e qualquer organização, a produtividade e os lucros
devem ser alcançados para que as empresas ocupem uma posição de destaque no
mercado.
De acordo com Jucius (1979), dentre muitas as causas do absenteísmo, as mais
frequentes são:
As enfermidades, que em alguns casos chegam a ocupar 50% nas listas das
causas;
As doenças ocupacionais;
As horas de trabalho também contribuem para elevar o índice de absenteísmo,
pois os funcionários que trabalham além da sua carga horária em atividades
repetitivas, são mais propensos a adquirirem doenças ocupacionais;
As más condições de trabalho juntamente com a falta de estresse pelo serviço;
também contribuem para o aumento do absenteísmo;
Os assuntos pessoais, o mau tempo e a falta de transporte, que parecem ser
fatores simples, também elevam o índice de absenteísmo;
A atitude mental do individuo que pode ser influenciada por fatores sociais,
econômicos e por diversas opiniões de outras pessoas.
Por trás do índice de absenteísmo podemos encontrar uma variada gama de problemas
que interfere diretamente na qualidade de vida do trabalho e constituem risco à saúde,
em seu desempenho e assiduidade no trabalho.
Como as doenças do trabalho são apontadas como uma das principais causas de
afastamento entende-se que o assunto merece maior atenção. Assim, a seguir se
abordará detalhadamente algumas doenças que diminuem a capacidade do funcionário
em realizar suas tarefas com eficiência ou até mesmo deixar de realizá-la.
3.4.1- Estresse
Essa doença é predominante nas profissões que exigem movimentos repetitivos, como
em digitadores, caixas bancários, operadores de telemarketing e outros.
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A LER é caracterizada pela inflamação nos tendões, nas articulações, nos ligamentos
e, geralmente, manifesta-se por dor nos membros superiores, gerando a incapacidade
funcional. A má postura, ou a postura incorreta, também podem causar a LER.
Mais difíceis de detectar e principalmente relacionar ao trabalho, pode ter ligação com
diversas circunstâncias e grau de desenvolvimento. Com mais frequência, sofrem com
isso operadores de telemarketing, bancários e pessoas que lidam diretamente e com
frequência ao público externo da sua organização.
Para Codo ; Sampaio (1995), a organização do trabalho exerce, sobre o homem, uma
ação específica, cujo impacto é o aparelho psíquico. Em certas condições, emerge um
sofrimento que pode ser atribuído ao choque entre uma história individual, portadora de
projetos, de esperanças e de desejos, e uma organização de trabalho que os ignora.
Esse sofrimento, de natureza mental, começa quando o homem, no trabalho, já não
pode fazer nenhuma modificação na sua tarefa no sentido de torná-la mais conforme as
suas necessidades fisiológicas e a seus desejos psicológicos, isto é, quando a relação
homem-trabalho é bloqueada.
Hoje em dia as empresas requerem cada vez mais produtividade e, na maioria das
vezes, acabam sobrecarregando o funcionário e fazendo com que ele trabalhe além do
horário, para que sejam atingidas as metas da empresa. Este tipo de atitude gera um
desgaste muito grande ao funcionário, tanto físico como metal, fator que acaba
elevando o índice de absenteísmo nas empresas. (CODO ; SAMPAIO, 1995)
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Onde:
Ia = Índice de absenteísmo;
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Quanto à solução para a redução ou eliminação do absenteísmo, vale ressaltar que não
existe uma única medida, se faz necessário adotar um conjunto de ações de controle,
como propõe McDonald e Shaver (apud Nascimento, 2003):
Além de adotar todas essas medidas, é importante destacar que é papel do gestor
ajudar a prevenir o absenteísmo, pois ele poderá identificar em sua equipe os reais
motivos das faltas, buscando alternativas que proporcionará ao funcionário um
ambiente de trabalho agradável, reduzindo as tendências às faltas.
O conforto térmico e acústico é outro fator que, se não proporcionado, pode gerar
problemas como reumatismo, artrites, nervosismo, irritação, surdez e impotência
sexual. As consequências podem ser agravadas se houver vibração ou impacto
presente, o que é comum em empresas que utilizam grandes máquinas rotativas
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Além de todas as situações já citadas, o funcionário que só executa uma pequena parte
do processo, sem conhecê-lo no seu todo e, portanto, desconhecendo a importância do
seu trabalho, perde o poder e a oportunidade de decidir e de opinar sobre suas
atividades, fica insatisfeito e, desmotivado, torna-se um forte candidato ao absenteísmo.
De acordo com Chiavenato (1999), outros fatores que interferem no trabalho e são
fontes de possíveis ausências são, dentre outras: a relação hostil entre a chefia e
subordinado, a organização deficiente da área de trabalho, correlação inadequada entre
responsabilidades e salário e vantagens.
A relação hostil entre a gerência e o funcionário é muitas vezes determinada pela nítida
deficiência e despreparo que tem o gestor em administrar pessoas e pelo
desconhecimento das peculiaridades individuais e até mesmo gerais de satisfação,
motivação, valorização e respeito ao ser humano. Neste aspecto, um relacionamento
estabelecido em elevados padrões de profissionalismo e com respeito mútuo, quando
gerentes e funcionários tratarem-se como iguais em sua natureza humana, o
absenteísmo, junto com outros fatores como satisfação, motivação e rotatividade será
beneficiado. (CHIAVENATO, 1999)
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3.4.7.1- Salário
Tem sido comum nas últimas décadas, particularmente no Brasil, à adoção de políticas
voltadas para a oferta de incentivos em forma de benefícios e essas iniciativas são
bastante apreciadas pelos funcionários, valendo destacar:
Tudo extensivo aos familiares que se veem mais saudáveis, mais preparados e menos
preocupados. Entretanto, em muitos casos, tais “incentivos” não são acompanhados de
um programa eficiente de orientação e de esclarecimentos aos funcionários e acabam
por não produzirem os resultados esperados quando se examina, por exemplo, a
questão do elevado índice do absenteísmo. (RIGOTTO, 1998)
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Ainda segundo o autor, uma pesquisa realizada com executivos de recursos humanos
americanos, indica, pela primeira vez nos sete anos em que a pesquisa é realizada, que
fatores pessoal-familiares superaram os problemas de saúde como causa de faltas ao
trabalho. Foram 26% que justificaram suas faltas como sendo por motivos pessoal-
familiares contra 22% por motivos de doença. Esta mesma pesquisa mostra que as
grandes empresas estão perdendo com os custos indiretos do absenteísmo U$ 757 por
empregado ao ano. Como forma de contornar este tipo de absenteísmo, a pesquisa
aponta como solução, pela ordem: jornada flexível, creche na empresa e cuidados de
emergência para crianças.
Segundo Stockmeier (2004, p.6), ainda existem outros tipos de causas do absenteísmo
que podem afetar o índice de absenteísmo na empresa, são eles:
Uma das grandes preocupações dos gestores é como evitar que os funcionários faltem,
já que o absenteísmo prejudica não apenas um único funcionário, mas também pode
ter efeitos significativos sobre o desempenho de toda equipe. Mas o que pode ser feito
para se reduzir os índices de absenteísmo?
Bispo (2010), afirma que estas observações podem ser um meio pra a busca da
redução de absenteísmo, portanto:
podem ser evitados. Dentre algumas ações simples, podemos destacar: revisão
no ar condicionado; banheiro e refeitórios limpos; lixo devidamente
acondicionado etc;
Adoção de um programa de melhoria da Qualidade de Vida. Um programa com o
objetivo de estimular a melhoria da qualidade de vida em casa e no trabalho
contribui significativamente para reduzir outros fatores causadores de
absenteísmo, tais como, a insatisfação no trabalho, alcoolismo, problemas
domésticos, e doenças;
A promoção de campanhas de conscientização sobre a importância do trabalho
de cada funcionário faz um diferencial significativo. Isso porque o profissional
passa a entender a importâncias que as atividades que ele desenvolve têm, de
fato, valor para a companhia. Isso, por sua vez, pode estimulá-lo trabalhar novas
competências técnicas e comportamentais;
A ergonomia também contribui para a redução do absenteísmo através da
adequação de esteiras, bancadas e cadeiras ergonômicas na área de produção,
montagens e manuseio de produtos e equipamentos. Na administração, por
exemplo, é recomendável o uso de apoio de punho para utilização de micros,
evitando a DORT – Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho. As
cadeiras também deverão ser ajustáveis com descansador de pés. Nas áreas de
carregamento manual de peso, deverá existir a orientação quanto à postura
correta da coluna;
A presença de gestores despreparados ou, então, de pessoas que chegam ao
extremo de usar a autoridade para humilhar os liderados, é um dos fatores que
levam profissionais a se ausentarem do trabalho ou mesmo procurar outra
oportunidade no mercado. Dizer "Não" aos líderes tiranos é dizer "SIM" para uma
equipe motivada;
A presença do profissional de Recursos Humanos em todos os departamentos
da companhia serve de termômetro para avaliar o clima, identificar falhas gestão
e encontrar soluções, antes que a empresa sofra algum tipo de prejuízo;
A concepção de individualismo já não faz parte da cultura de uma empresa
globalizada e que deseja sobreviver à concorrência. Nesse sentido, a gestão
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Integração;
Transparência e mapeamentos sistemáticos;
Estimular a educação em todos os níveis.
Para dar conta das suas responsabilidades, as pessoas enfrentam um ritmo cada vez
mais acelerado, e isso já não é apenas percebido nas regiões metropolitanas. Essa
realidade que leva muitos indivíduos ao estresse não é restrita apenas à vida pessoas e
há um bom tempo faz parte da rotina das empresas. Por isso, os programas voltados
para a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) são cada vez mais comuns. (BISPO,
2010)
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Ao realizar uma contratação, no mínimo, uma empresa espera que aquele profissional
atenda ás suas expectativas e necessidades e consiga atingir ou superar metas. A
realidade mostra que nem sempre o funcionário está presente no seu posto de trabalho,
ou seja, ele se ausenta pelos mais variados motivos:
Atrasos;
Problemas pessoais;
Doenças que resultam em licenças médicas;
Condições inadequadas do ambiente de trabalho,
Falta de motivação, etc.
Aconselhamento;
Incentivos de compensação;
Disciplina;
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Para isso faz-se necessário uma equipe multidisciplinar composta por médicos,
enfermeiras e auxiliares de enfermagem que realizem análises cientificamente
conduzidas para buscar uma solução adequada ao problema.
Segundo Souto (1980, p.37), qualquer plano bem estruturado para controle de
absenteísmo deverá desenvolver:
Qualidade de vida é uma noção eminentemente humana, que tem sido aproximada ao
grau de satisfação encontrado na vida familiar, amorosa, social e ambiental e à própria
estética existencial. Pressupõe a capacidade de efetuar uma síntese cultural de todos
os elementos que determinada sociedade considera seu padrão de conforto e bem-
estar. (MARTIN ; STOCKLER, 1998)
Seidl ; Zannon (2004) assinalam que “os termos qualidade de vida e saúde aparecem
quase como sinônimos”.
Os ganhos do funcionário são: melhor qualidade na vida, que será provavelmente mais
longa, maior saúde física e mais felicidade. A felicidade decorre da maior satisfação
com o trabalho, com suas atividades, por perceber que a empresa está preocupada e
engajada na melhoria da vida dos funcionários o que gera maior comprometimento e
viabiliza a produtividade e qualidade dos serviços. Devido a estes fatores ocorre uma
melhoria nas relações de trabalho, maior disposição para trabalhar e uma vivência do
trabalho como prazeroso e desejável. (SILVA ; MARCHI, 1997)
De acordo com Balerini (2003), várias empresas têm mostrado experiências de sucesso
com a implantação desses programas, como o ''pratique essa ideia'' dos Laboratórios
Roche cujo objetivo é orientar e estimular hábitos que ajudem os funcionários a
equilibrar sua vida pessoal e profissional, tornando-os mais saudáveis e produtivos e
melhorando o ambiente de trabalho e as relações interpessoais. Nesse programa, são
desenvolvidas campanhas de prevenção de doenças como o câncer e hipertensão,
ginástica laboral, alimentação saudável, entre outras. Alguns resultados das ações
desse programa foram vistos, como a redução no número de fumantes entre os
trabalhadores (14,0% em 1990, para 11,0% em 2001), além de 75% dos participantes
disseram ter sentido melhoras em sua saúde com a ginástica laboral e uma redução de
40% no número de atendimentos ambulatoriais.
A ABB (Asea Brown Boveri), em parceria com os grêmios e clubes, busca disseminar
os conceitos de qualidade de vida, através de um programa que se baseia em cinco
pilares:
Respeito à vida;
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Rejeição à violência;
Generosidade;
Ouvir para compreender e;
Redescoberta da solidariedade.
Outra empresa que vem atuando nessa linha é a Motorola, com a criação do programa
Motiviva – Programa Motorola de Qualidade de Vida, cujo objetivo é a promoção da
saúde integral de seus funcionários e a busca do equilíbrio sob vários aspectos. O
programa abrange as dimensões da saúde consideradas pela empresa como
fundamentais para a conquista da qualidade de vida: espiritual, física, profissional,
intelectual, social e emocional. (BALERINI, 2003)
4- Conclusão
Este estudo temático mostrou que o absenteísmo está diretamente ligado à saúde dos
funcionários, de sua satisfação com a empresa e com o próprio trabalho.
É importante destacar que o absenteísmo não resulta de um único fator. Nesse sentido,
para preveni-lo, faz-se necessário em primeiro lugar identificar as principais causas
relacionadas às ausências, onde se tomarão medidas necessárias para garantir o bem
estar do trabalhador e consequentemente prevenir futuras faltas.
5- Considerações Finais
5.1- Conclusão
6- Referências Bibliográficas
CHIAVENATA, Idalberto. Recursos Humanos. Ed. Compacta. São Paulo: Atlas, 1985
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. Ed. Compacta. 5. Ed. São Paulo: Atlas,
2000. Gestão de pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio
de Janeiro, Elsevier, 2004.
COUTO, H. A. Guia prático de tenos senovites e outras lesões. Belo Horizonte. Ergo,
1991.
57
LIMA, M. E. A. LER: Lesões por Esforços Repetitivos. Belo Horizonte: Health. P. 237-
263, 1997.
MARTIN, A. J. & STOCKLER M. Quality of life assessment in health care research and
practice. Evolução & Saúde Profissional. P. 47-64, 141-156, Jul./dez. 1998.
7- Anexos
Gerência