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Sistemas Aquíferos de Portugal Continental

SISTEMA AQUÍFERO: CAMPINA DE FARO (M12)

Figura M12.1 – Enquadramento litoestratigráfico do sistema aquífero Campina de Faro

Sistema Aquífero: Campina de Faro (M12) 549


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Identificação
Unidade Hidrogeológica: Orla Meridional
Bacia Hidrográfica: Ribeiras do Sotavento
Distrito: Faro
Concelhos: Faro, Loulé e Olhão

Enquadramento Cartográfico
Folhas 606, 607, 610 e 611 da Carta Topográfica na escala 1:25 000 do IGeoE
Folha 53-A do Mapa Corográfico de Portugal na escala 1:50 000 do IPCC
Folha 53-A da Carta Geológica de Portugal na escala 1:50 000 do IGM

ALPORTEL
TAVIRA

LOULÉ FARO
606
607

53A OLHÃO

610
611

Figura M12.2 – Enquadramento geográfico do sistema aquífero Campina de Faro

Enquadramento Geológico

Estratigrafia e Litologia
Praticamente, toda a área ocupada pelo sistema corresponde a uma plataforma bastante
plana, ocupada na sua maior parte pela formação Areias de Faro-Quarteira. O Miocénico
subjacente aflora apenas nalguns locais, sendo a área de afloramento bastante reduzida.

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As formações aquíferas dominantes são os Calcários de Galvanas, os Siltes Glauconíticos


de Campina de Faro, do Miocénico, e as Areias e Cascallheiras de Faro-Quarteira, do
Quaternário.
Os Calcários de Galvanas, do Langhiano-Serravaliano, são constituídos por bancadas de
biocalcarenitos bastante grosseiros, com fósseis e seixos de quartzo, numa espessura que não
deve exceder 50 metros (Antunes e Pais, 1987). Estes autores consideram que a formação
poderá estar afectada de uma notável deformação o que explicaria espessuras aparentes
bastantes maiores que a espessura real (cerca de 70 m atravessados por uma sondagem).
A formação Siltes Glauconíticos de Campina de Faro, do Tortoniano superior, é
constituída por cerca de 30 a 40 metros de siltes, localmente ricos de glauconite, podendo
apresentar fácies mais grosseiras e carbonatadas (Antunes e Pais, 1987).
A formação das Areias e Cascalheiras de Faro-Quarteira é constituída por areias
feldspáticas rubeficadas e arenitos grosseiros, argilosos, acastanhados, passando a
cascalheiras e conglomerados. Anteriormente consideradas pliocénicas ou do Plio-
Quaternário, foram recentemente incluídas no Plistocénico (Pais, 1992). A espessura máxima
é, segundo Moura e Boski (1994), de 30 metros. No entanto, segundo Silva (1988) a
espessura nalguns locais seria superior podendo atingir 60 m (Figura M12.3).
Embora não aflorando, as formações miocénicas subjacentes aos Calcários de Galvanas
estão presentes, pois algumas sondagens cortaram litologias aparentemente daquela idade
(Formação Carbonatada Lagos-Portimão?), num caso até aos 298 m.

Trabalhos de prospecção geofísica, realizados por Geinaert et al. (1982), indicam que a
espessura pode ultrapassar os 300 m, aumentando para Sul. O sector mais espesso, situado na
Campina, é limitado lateralmente por falhas, uma acompanhando de perto a estrada Faro-
Portimão, prolongando-se até Patacão e outra situada perto dos limites com as formações
cretácicas a leste, nas imediações de Conceição. Para oeste da falha Faro-Patacão a espessura
do Miocénico reduz-se consideravelmente.

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Figura M12.3 - Espessura das Areias de Faro-Quarteira na Campina de Faro

(Silva, 1988)

Tectónica
As formações que constituem o sistema aquífero da Campina de Faro fazem parte de uma
estrutura monoclinal com inclinação suave para sul. No entanto, como já foi referido,
Antunes e Pais (1987) consideram uma deformação importante na Campina de Faro que
justificaria a aparente grande espessura do Miocénico nessa região. Os depósitos quaternários
assentam em discordância angular sobre os miocénicos e são sub-horizontais.

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Um importante aspecto a referir é a presença de estruturas diapíricas, que têm sido


identificadas por trabalhos geofísicos (Victor et al., 1978). Massas de gesso têm sido cortadas
por sondagens, por ex. em Pontes de Marchil e Quinta da Penha, às profundidades de 120 e
91 m, respectivamente (Silva, 1988) e afloram em Faro.
As formações miocénicas assentam em discordância, em geral, sobre margas, arenitos e
calcários margosos cretácicos. Para leste da ribeira do Rio Seco, o Miocénico assenta sobre
calcários cristalinos (Calcários Cristalinos de Pão Branco).

Hidrogeologia

Características Gerais
O sistema aquífero da Campina de Faro é limitado a Norte pelas formações menos
permeáveis do Cretácico; estende-se para leste até Olhão e para Oeste contacta com o Sistema
Aquífero de Quarteira, sendo provável a existência de conexão hidráulica entre eles. A Sul, é
limitado pelo mar. A sua área é de 86,4 km2 .
Os depósitos plistocénicos suportam um aquífero livre superficial. As formações
subjacentes, miocénicas, abrigam um aquífero confinado multicamada. As observações de
campo e a análise dos dados referentes a sondagens efectuadas neste sistema, apontam para a
independência entre os dois aquíferos. Em apoio desta afirmação podemos referir um ensaio
prolongado, efectuado numa captação implantada no Miocénico, com observações num furo
captando apenas as formações detríticas no qual não se observou nenhuma variação de nível.
Por outro lado, os dados referentes a uma antiga campanha de sondagens indicam a existência
de vários furos com artesianismo repuxante, situação essa que indica a presença de uma
camada confinante, entre os dois aquíferos. No entanto, não se pode pôr de lado a hipótese de
existir conexão hidráulica nalguns sectores, devido à inexistência dessa camada confinante.
Há que referir, ainda, a conexão hidráulica que foi estabelecida em muitas captações,
nomeadamente nas antigas noras que captavam o aquífero superficial, no fundo das quais
foram, posteriormente, executados furos para captar o Miocénico. Essa conexão poderá ter
uma importância muito grande, pois permite a contaminação do aquífero miocénico,
relativamente bem protegido, por águas do aquífero superficial, muito vulnerável à
contaminação devido às actividades agrícolas e pecuárias.
O aquífero superficial recebe recarga directa a partir das precipitações. Devido à quase
inexistência de afloramentos, o Miocénico terá que ser recarregado de forma indirecta. Parte
da recarga far-se-á através do leito das linhas de água, nomeadamente através da ribeira do
Rio Seco. De facto, neste curso de água, foram efectuadas medidas de caudal, em vários
locais, que mostraram uma diminuição progressiva de caudal, para jusante da povoação de
Estoi, verificando-se perdas, dependentes do caudal da ribeira, que poderão atingir os 100%
nalgumas situações. Por exemplo, em 1985, efectuaram-se duas medições que indicaram
perdas, ao longo da referida ribeira, superiores a 100 L/s.
Pensa-se, no entanto, que esta não será a origem mais importante da recarga do Miocénico
da Campina. Tudo indica que existirão transferências importantes a partir dos calcários
jurássicos situados mais a norte. A conexão hidráulica entre estes calcários e o Miocénico
seria feita em zonas onde a presença de falhas, ou outros condicionalismos estruturais,
levassem à ausência das formações cretácicas menos permeáveis. Como zonas suspeitas de
apresentar estas características, destacam-se a área entre a Navalha e Gambelas, a Oeste de

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Faro, e o corredor que acompanha o curso superior da ribeira do Rio Seco, a Norte de
Conceição. Em relação à existência de falhas, a área correspondente à do Sistema Aquífero é
atravessada por vários acidentes extensos, de orientação principal NNW-SSE a NNE-SSW,
que foram reconhecidas em trabalhos de campo e/ou em estudos de prospecção geofísica.

Parâmetros Hidráulicos e Produtividade


A produtividade é boa, como o mostra o quadro M12.1 e figura M12.4, cujas estatísticas
foram calculadas a partir de 470 dados de caudais de exploração (expressos em L/s):

Desvio
Média Mínimo Q1 Mediana Q3 Máximo
padrão
7,0 4,8 0,4 4,2 6,0 8,0 44

Quadro M12.1 – Principais estatísticas dos caudais

Figura M12.4 - Distribuição cumulativa dos caudais

Silva (1988) obteve um valor de transmissividade de 300 m2 /dia a partir de um ensaio de


recuperação num furo situado na Quinta do Lago e que atravessa o aquífero inferior. Estimou
também a transmissividade a partir dos caudais específicos de captações nesta mesma zona.
Este método deu valores fracos, entre 18 e 53 m2 /dia.
Um ensaio de caudal efectuado pela DRAH, em Gambelas, deu os resultados seguintes:
T = 397 m2 /dia
S = 1,3×10-4
No sector da Campina, um outro ensaio forneceu valores de transmissividade que variam
entre 140 e 284 m2 /dia (Silva, 1988).
Para o aquífero superior não se dispõe de dados referentes às suas propriedades hidráulicas
excepto alguns valores de condutividade hidráulica determinados por Silva (1988). Estes
indicavam um meio muito pouco permeável. No entanto, dada a evidente heterogeneidade da
unidade detrítica superior é provável que existam áreas caracterizadas por valores daquele
parâmetro significativamente superiores.

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Análise Espaço-temporal da Piezometria


O conjunto mais numeroso de observações piezométricas refere-se a Outubro de 1983. No
entanto, o mapa piezométrico que se obtém a partir destas observações é extremamente
irregular, certamente devido a numerosas depressões locais da superfície piezométrica
causadas pelo efeito das extracções. Acresce que esse período não é representativo da situação
média pois é nele que se atingem os níveis mais baixos do intervalo 1978 a 1998. A análise
dos dados correspondentes a outros períodos permitem concluir que o fluxo é divergente para
SE e SW, a partir de uma zona central, caracterizada por níveis mais altos. Este padrão estaria
de acordo com a hipótese da alimentação do sistema a partir dos calcários jurássicos situados
a norte e a partir da ribeira do Rio Seco.
A evolução temporal da piezometria do sistema pode ser apreciada analisando as séries de
observações que têm sido feitas em vários piezómetros. As mais completas cobrem o período
de 1978 a 1999. O comportamento geral é bastante semelhante sendo de salientar os seguintes
aspectos (Fig. M12.5):
• a amplitude máxima de oscilação é de cerca de 15 m;
• a amplitude das oscilações interanuais é da ordem dos 2 a 3 m;
• os níveis mais baixos correspondem a 1983 e 1995 e os mais altos a 1990;
• em termos gerais não é discernível nenhuma tendência persistente, pelo que se pode
considerar que o sistema se encontra em regime de equilíbrio. Apenas um piezómetro,
606/647 (Vale de Lobo) (Fig. M12.6), apresenta um comportamento diferente, mostrando
uma tendência para níveis progressivamente mais baixos, indiciando uma situação
localizada de sobreexploração. Dado que a partir de 1993 os níveis se situam abaixo da
cota zero, esta situação poderá induzir uma intrusão marinha.

611/115
8
Nível Piezométrico (m)

6
4
2
0
-2
-4
-6
Aug-78

Aug-79

Aug-80

Aug-81

Aug-82

Aug-83

Aug-84

Aug-85

Aug-86

Aug-87

Aug-88

Aug-89

Aug-90

Aug-91

Aug-92

Aug-93

Aug-94

Aug-95

Aug-96

Aug-97

Aug-98

Aug-99

Figura M12.5 – Evolução Piezométrica no piezómetro 611/115

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606/647
10
8
Nível Piezométrico (m)

6
4
2
0
-2
-4
-6
-8
Mar-78

Mar-79

Mar-80

Mar-81

Mar-82

Mar-83

Mar-84

Mar-85

Mar-86

Mar-87

Mar-88

Mar-89

Mar-90

Mar-91

Mar-92

Mar-93

Mar-94

Mar-95

Mar-96

Mar-97

Mar-98

Mar-99
Figura M12.6 – Evolução do Nível Piezométrico no piezómetro 606/647

Figura M12.7 - Localização dos piezómetros que monitorizam os níveis piezométricos

Balanço Hídrico
As entradas no sistema são constituídas pela recarga directa, por perdas nos cursos de água,
e por eventuais transferências a partir doutros sistemas. A recarga directa provavelmente não
excederá, em média, os 10 hm3 /ano, tendo em conta a área do sistema que é de cerca de
86 km2 , a precipitação média de cerca de 550 mm e a taxa de recarga das Areias e
Cascalheiras de Faro-Quarteira, que deverão situar-se entre 15 e 20% da precipitação. Quanto
às outras contribuições, a sua quantificação é ainda mais difícil de obter, mas deverão
aproximar-se do valor necessário para fechar o balanço hídrico, pois é de admitir que o
sistema se encontre em equilíbrio, dado que os níveis médios tendem a ser mantidos,
exceptuando o caso já referido.

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As saídas para abastecimento público tiveram um máximo em 1994, ano em que atingiram
2,3 hm3 . A partir desse ano decresceram, situando-se em 1997 em cerca de 1 hm3 . As
extracções para rega estimam-se em cerca de 12 hm3 /ano com base nos inventários da
DRAOT Algarve.

Qualidade

Considerações Gerais
Sob o ponto de vista de qualidade química das águas subterrâneas, a Campina de Faro
representa um caso paradigmático da influência de processos de contaminação devidos
fundamentalmente à agricultura intensiva (Almeida e Silva, 1987, Silva et al., 1986). Esses
processos antropogénicos, aliados a processos naturais, dão origem a águas com uma qualidade
bastante deficiente, tornando-a, em muitas áreas imprópria para consumo, sem um adequado
tratamento, e, mesmo imprópria para outros fins, incluindo a rega. Tratando-se de um sistema
multiaquífero, verificam-se diferenças acentuadas entre o quimismo do aquíferos superior livre
e do inferior confinado. Dada a dificuldade de estabelecer com segurança quais as amostras
provenientes exclusivamente de um ou do outro aquífero, faz-se a caracterização em conjunto.
Os VMRs são ultrapassados, praticamente, em todos os iões maioritários e condutividade e
os VMAs relativos aos Nitratos, Sódio, Dureza total e Magnésio, são ultrapassados numa
percentagem considerável de furos.
As fácies predominantes são a bicarbonatada cálcica, cloretada sódica e mistas (Figura
M12.8). As principais estatísticas relativas às águas deste sistema são apresentadas no Quadro
M12.2.

Figura M12.8 - Diagrama de Piper relativo às águas do sistema da Campina de Faro

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n Média Desvio Mínimo Q1 Mediana Q3 Máximo


Padrão
Condutividade 20 1177 570 507 774 9868 1370 2980
(µS/cm)
pH 23 7,2 0,3 6,9 7,0 7,1 7,3 8,0
Cloreto (mg/L) 22 131 77 47 73 115 183 328
Sulfato (mg/L) 23 94 78 15 30 55 158 284
Nitrato (mg/L)
23 91 93 0,0 7,8 82 168 329
recente
Nitrato (mg/L)
118 112 124 0 20 59 165 682
antigo
Sódio (mg/L) 328 109 112 15 50 76 125 1340
Potássio (mg/L) 324 6,0 6,6 1,1 2,6 3,9 6,8 68
Cálcio (mg/L) 161 114 88 9 55 83 146 468
Magnésio (mg/L) 156 36 28 4 19 30 46 189
Dureza Total 23 465 207 230 310 440 568 960
(mg/L)

Quadro M12.2 - Principais estatísticas relativas às águas do sistema da

Campina de Faro
A DRAOT Algarve monitoriza quatro pontos relativamente aos nitratos e fazendo a análise
de tendências deste parâmetro, verifica-se que apenas num ponto (referência 611/201) se
observa um aumento regular com uma taxa de cerca de 7 mg/L, por ano, a partir de 1991.

Qualidade para Consumo Humano


Para a caracterização da qualidade para consumo humano foram usados dois conjuntos de
dados: para a maior parte dos parâmetros, um conjunto constituído por análises recentes (de
1995 a 1998) e um conjunto de análises antigas (até 1995) para os parâmetros que não têm
sido analisados recentemente (iões alcalinos e alcalino-terrosos). No caso dos nitratos, foram
trabalhados os dois conjuntos de dados, para efeitos de análise da evolução, verificando-se
para os dois conjuntos igual percentagem (44%) de análises abaixo do VMR. Entretanto,
verifica-se um agravamento, pois no conjunto mais moderno, 56% das análises ultrapassam o
VMA enquanto que no mais antigo a percentagem é de 44%. A apreciação da qualidade face
aos valores normativos consta do quadro seguinte.

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Anexo VI Anexo I -Categoria A1


Parâmetro
<VMR >VMR >VMA <VMR >VMR >VMA
pH 100 0 0 100 0
Condutividade 0 100 55 45
Cloretos 0 100 82 18
Dureza total 65 35
Sulfatos 0 100 4 74 26 4
Cálcio 30 70
Magnésio 50 50 20
Sódio 0 100 20
Potássio 86 14 8
Nitratos 44 56 56 44 56 56
Nitritos 3
Azoto amoniacal 97 3 0 97 3
Oxidabilidade 96 4 0
Ferro 65 35 18 79 21 9
Manganês 100 0 0 100 0
Fosfatos 100 0 0 100 0

M12.4 - Apreciação da qualidade face aos valores normativos

Uso Agrícola
A maioria das águas analisadas pertence às classes C3 S1 (78%) e as restantes à classe C2 S1
(22%) pelo que representam risco de alcalinização dos solos baixo e risco de salinização
médio a alto (ver Figura M12.8). Quanto aos parâmetros fisico-químicos, nenhum excede o
VMA. A condutividade excede o VMR em cerca de 40% dos casos e os cloretos excedem
aquele limite em cerca de 85% das análises e os nitratos em 86%.

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Figura M12.8 - Diagrama de classificação da qualidade para uso agrícola

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