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PROGRAMA
LEVANTAMENTOS
GEOLÓGICOS BÁSICOS
DO BRASIL
PROJETO
BACIA DO TUCANO SUL
Estado da Bahia
Escala 1:200.000
Salvador CPRM
Serviço Geológico do Brasil
2002 Superintendência Regional de Salvador
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
SECRETARIA DE MINAS E METALURGIA
Organizado por
José Torres Guimarães
SALVADOR, 2002
SUMÁRIO
RESUMO .
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO
3. ESTRATIGRAFIA
EMBASAMENTO.
Arqueano a Paleoproterozóico
3.1 Bloco de Serrinha
3.2 Cinturão Móvel Salvador-Curaçá
3.3 Cinturão Móvel Salvador-Esplanada
Neoproterozóico
3.4 Grupo Estância
Mesozóico
Neojurássico
3.5 Fase Tectônica Pré-rifte (Tectonosseqüência Pré-rifte – TPRR)
3.5.1 Trato de Sistemas de Lago Alto (ts-I)
Eocretáceo
3.6 Fase Tectônica Sinrifte
3.6.1. Tectonosseqüência Sinrifte1 (TSR1)
3.6.1.1 Trato de Sistemas de Margem de Plataforma (ts-II)
3.6.1.2 Trato de Sistemas Transgressivo (ts-III
3.6.1.3 Trato de Sistemas de Lago Alto (ts-IV)
3.6.2 Tectonosseqüência Sinrifte2 (TSR2)
3.6.2.1 Trato de Sistemas de Lago Baixo (ts-V)
3.7 Fase Tectônica Pós-rifte (Tectonosseqüência Pós–rifte - TPOR)
3.7.1 Trato de Sistemas de Lago Baixo (ts-VI)
Cenozóico
Neógeno
Grupo Barreiras
Quaternário
Coberturas Residuais e Detríticas
4. GEOLOGIA ESTRUTURAL/TECTÔNICA
4.1 Estrutura
4.2 Tectônica
4.3 Modelo Evolutivo Tectonossedimentar
6. RECURSOS MINERAIS
6.1 Hidrocarbonetos
6.2 Bário
6.3 Urânio-Vanádio
6.4 Chumbo
6.5 Ouro
6.6 Argila
6.7 Calcário
6.8 Ferro
6.9 Granito e Granulito
7. CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APÊNDICES
• Listagem dos Jazimentos Minerais
• Súmula dos Dados de Produção
• Documentação Disponível para Consulta
ANEXO
• Mapa Geológico
RESUMO
Este trabalho abrange a parte sul da Sub-bacia do Tucano Central, a quase totalidade da Sub-bacia do
Tucano Sul e a porção norte da Bacia do Recôncavo, que integram o rifte Recôncavo-Tucano-Jatobá (RTJ),
evoluído em três fases tectônicas: pré-rifte, sinrifte e pós-rifte. Essa megaestrutura, interpretada por
Magnavita (1992) como uma bacia do tipo rifte-sag, acomoda mais de 9.000m de sedimentos no seu
principal depocentro, tem uma área aproximada de 46.500km2 e estende-se por cerca de 450km na direção
meridiana, infletindo abruptamente para NE no seu extremo setentrional.
Como mostra a figura 1.1, a área investigada situa-se na região nordeste da Bahia, entre os paralelos
11º e 12ºS e os meridianos 38º e 39ºW, e eqüivale a quatro folhas de escala 1:100.000: Cipó, Olindina, Sátiro
Dias e Inhambupe. Compreende 12.000km2, 2.500 km2 dos quais correspondem a unidades pré-cambrianas,
que não foram objeto de investigação. Na figura 1.1 aparecem também as sedes e limites municipais e as
principais vias de acesso à área.
Os objetivos do Projeto Bacia do Tucano Sul são: (1) apresentar um mapa geológico atualizado da
área, na escala 1:200.000 (anexo I), para subsidiar o Programa de Recursos Hídricos Subterrâneos para a
Região Nordeste, ora em execução pela CPRM – Serviço Geológico do Brasil, na Sub-bacia do Tucano Sul;
e (2) propor um modelo para a evolução tectonossedimentar da bacia, baseado em estudos sedimentológicos,
paleogeográficos, estratigráficos, estruturais e tectônicos integrados.
A área do projeto está enquadrada parcialmente, no “Polígono das Secas”, em pleno sertão baiano,
onde os recursos hídricos são carentes em superfície e fartos em subsuperfície, armazenados nas rochas
sedimentares do rifte, que constituem grandes reservatórios. O clima semi-árido, com variações locais para
regimes mais chuvosos e a vegetação do tipo caatinga aberta, dominante na parte centro-norte da região, ou
mais densa, na sua parte sudeste, mais próxima do litoral, juntamente com os tipos litológicos, controlam o
relevo e a drenagem regionais.
A parte centro-norte da área do Projeto Bacia do Tucano Sul corresponde a um grande planalto, com
chapadas e extensos tabuleiros com terminações escarpadas, cortados por vales estreitos e profundos. Essa
morfologia foi esculpida nos arenitos pós-rifte da Formação Marizal e no Grupo Barreiras. No sul da área,
essas feições tornam-se mais dissecadas pela erosão e entalhadas pela drenagem, o que gera tabuleiros menos
extensos e mesas. Margeando esses tabuleiros, no lado oeste da bacia, ocorrem rochas pelito-psamíticas
relacionadas às fases pré e sinrifte, que permitem esculpir um relevo mais baixo, onde alternam-se formas
suaves ou levemente onduladas e amplas regiões dissecadas mais intensamente. As rochas mais antigas que
flanqueiam o rifte RTJ, mostram-se em morros arredondados, mais elevados que a bacia.
Três sistemas fluviais de baixo gradiente cortam a área de oeste para leste: o do rio Itapicuru, que
fica na parte mais setentrional da área e os sistemas dos rios Inhambupe e Subauma, que se localizam,
respectivamente, nas suas porções central e meridional (anexo I). Embora esses rios sejam perenes, a maioria
dos seus afluentes são intermitentes e permanecem secos durante a maior parte do ano.
O capítulo 2 deste texto trata dos aspectos geológicos regionais; o capítulo 3 da
estratigrafia/sedimentologia da área, enfocados com base no estudo dos tratos de sistemas e na organização
dos mesmos em tectonosseqüências; o de número 4 aborda os aspectos tectono-estruturais das bacias e
propõe um modelo evolutivo para as mesmas. Os aspectos hidrogeológicos, econômicos e as conclusões
sobre a área são tratados, respectivamente, nos capítulos 5, 6 e 7. Os dados relativos aos afloramentos e aos
estudos petrográficos do projeto, serão incorporados às bases de dados AFLO e PETR, integrantes do
Sistema de Informações Geológicas do Brasil - MICROSIR, gerenciado pela CPRM.
(C)
EUCLIDES
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Área do
Projeto
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Figura 1.1 - (A) Mapa de localização; (B) situação da área do projeto em relação ao rifte
Recôncavo/Tucano/Jatobá e às bacias Tucano Sul/Central e Recôncavo; (C) sedes e
limites municipais, principais vias de acesso e articulação das folhas1:100.000 (I -
Cipó, II - Olindina, III - Sátiro Dias, IV - Inhambupe).
2
CONTEXTO GEOLÓGICO REGIONAL
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Figura 2.1 - Esboço tectônico das regiões nordeste da Bahia e sul de Sergipe com a localização da área do Projeto Bacia
doTucano Sul. Província do São Francisco: 1.Bloco de Jequié; 2.Bloco de Serrinha; 3. Geenstone Belt do Rio
Itapicuru; 4.Cinturões Móveis Salvador-Curaçá (I) e Salvador-Esplanada (II), Província Borborema:5.Faixa de
Dobramentos Sergipana, Bacias Mesozóicas: 6. Rifte Recôncavo-Tucano-Jatobá (Bacias: Jatobá-j, Tucano
Norte-tn, Tucano Central-tc, Tucano Sul-ts, Recôncavo-r); 7. Bacias de Sergipe (I) e Camamu(II), 8.Área do
projeto, 9.Contatos, 10. Cavalgamentos e empurrões, 11. Falhas transcorrentes/transferentes, 12.Falhas
normais, 13.Lineamentos estruturais, avb-Arco do Vaza Barris, ap-Alto de Aporá, lp-Lineamento de
Pernambuco, Falhas:Ibimirim (fib); São Saité (fss); Adustina (fa);Inhambupe (fin); Salvador (fs) e Maragogipe
(fm).Modificado de Magnavita (1992) e Delgado & Pedreira(1995).
390 380
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Figura 2.2 - (A) Mapa de profundidade do embasamento nas bacias do Tucano Sul e Central (fonte:
Magnavita, 1992); (B) Mapa Bouguer do rifte Recôncavo-Tucano-Jatobá (fonte: Magnavita,
1992);(C) arquitetura, direção de abertura e zonas de transferência do rifte .
39° 38°
11° 11°
Jorro
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12° 12°
39° 38°
LEGENDA
1 Fase pós-rifte; 2 Fase sinrifte; 3 Fase pré-rifte; 4 Grupo Estância; 5 Cinturão Móvel
Salvador-Esplanada; 6 Cinturão Móvel Salvador-Curaçá; 7 Bloco de Serrinha; 8 Falha de
Itapicuru; 9 Falha de Inhambupe; 10 Falha Córrego Olho D'Água/Tombador.
TECTÔNICA
TECTÔNICO
MEGASSE-
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K1m
arenito fino a grosso, bem e mal selecionado; conglomerado polimítico e ritmito
(folhelho/siltito/silexito) BLOCO DE SERRINHA
Berriasiano a Eoaptiano PPri Greenstone Belt do Rio Itapicuru-Indiviso: unidades Sedimentar, Vulcânica Félsica e
FASE SINRIFTE Vulcânica Máfica
GRUPO MASSACARÁ
Formação São Sebastião MAsl Complexo Santa Luz: ortognaisses migmatíticos
K1ss(s) Superior: arenito fino e médio, bem selecionados; arenito médio, grosso a conglomerático,
mal selecionados; conglomerado polimítico e pelito subordinados CINTURÃO MÓVEL SALVADOR-CURAÇÁ
K1ss(i) Inferior (Unidade Umburana): arenito fino e médio, bem selecionados, fluidizados, às vêzes
bimodais; arenito grosso a conglomerático, mal selecionado, feldspático; conglomerado CINTURÃO MÓVEL SALVADOR-ESPLANADA
polimítico e ritmito (folhelho e siltito) com ondulação cavalgante
PP t Suíte Teotônio/Pela-Porco: rochas granitóides intrusivas
GRUPO ILHAS
Indiviso: alternância de arenito fino e médio, bem selecionados, com estratificação APgl Complexo Granulítico
K1is
sigmoidal; siltito com ondulação cavalgante e folhelho. Rocha carbonática e conglomerado
ocorrem subordinadamente MAgm Complexo Gnáissico-Migmatítico
Arqueano a Paleoproterozóico
Estende-se desde a cidade de Nazaré, a sul, até o rio São Francisco, a norte (figura 2.1). Trata-se de
um cinturão de cisalhamento dúctil, com evolução paleoproterozóica, constituído por rochas metamórficas
de alto grau (fácies granulito/anfibolito), agrupadas na Suíte São José do Jacuípe e nos complexos Tanque
Novo-Ipirá e Caraíba (Teixeira & Melo,1990; Melo et al., 1992). Dessas unidades, apenas o Complexo
Caraíba aflora na área, em seu extremo sudoeste, limitado a leste com o Complexo Santa Luz. É composto
por ortognaisses granulíticos de composição tonalítico-trondhjemítico-granodiorítica e por corpos
lenticulares de rochas gabro-dioríticas (Melo et al., 1995) (figura 3.3 e anexo I).
Corpos intrusivos não diferenciados, de biotita granodiorito gnaissificado e de biotita-hornblenda-
augen gnaisse, de composição monzonítica a quartzomonzonítica, ocorrem associados ao Complexo Caraíba.
Estende-se segundo a direção nordeste-sudoeste, desde a cidade de Salvador, até a altura do paralelo
de 11°00’(figura 2.1). Na área do projeto ocorre no quadrante sudeste, limitado a oeste pelas rochas
sedimentares da Bacia do Tucano e a sul pelas unidades da Bacia do Recôncavo. É formado por gnaisse e
migmatito de médio e alto graus metamórficos e por granitóide, de idades arqueanas a paleoproterozóicas,
agrupados nos complexos Gnáissico-Migmatítico e Granulítico e na Suíte Intrusiva Teotônio/Pela Porco
(figura 3.3 e anexo I).
O Complexo Gnáissico-Migmatítico é constituído de: (i) biotita ortognaisse, às vezes migmatítico,
de composição monzonítica a granodiorítica, com porfiroclastos de feldspato potássico, cisalhado, quase
sempre milonitizado, distribuído por uma faixa de 10 a 12km de largura, denominada por Oliveira Júnior
(1990) de Zona de Cisalhamento Aporá-Itamira; (ii) biotita gnaisse migmatítico de composição granítico-
granodiorítica, com alguns corpos de anfibolito e de quartzito associados; (iii) ortognaisse de composição
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F3 ressecamento, ondulação cavalgante, vertical em planícies de inundação e
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matéria orgânica e vegetal. (subordinados).
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Migração de dunas 2D e 3D formando
barras em pontal.
TEOFILÂNDIA
CRISÓPOLIS
Conglomerados Gradação normal, estratificação
cruzada tabular e acanalada, de
pequeno e médio portes.
BR-116
ts - I (Lago Alto)
SÁTIRO DIAS
BIRITINGA
SI
APORÁ
SERRINHA
ACAJUTIBA
Folhelhos/siltitos Laminados, maciços e placosos, gretas Depósitos lacustres formados por
de ressecamento, estrutura lenticular, mecanismos de suspensão,por
ondulação cavalgante. extravasamento de canais
TPRR
ESP. MÁXIMA - 116 m
subaquáticos e por correntes de
INHAMBUPE
LAMARÃO
Calcilutitos Laminados, maciços. turbidez de baixa concentração.
CAPIANGA
Arenitos Estratificação cruzada acanalada, Migração de dunas 2D e 3D através de
ÁGUA FRIA
tabular, sigmoidal, estratificação canais curvos e depósitos de
paralela irregular, lenticular, ondulação extravasamento subaquáticos.
ALIANÇA
0 6,4 12,8km
ENTRE RIOS cavalgante.
SANTA
BÁRBARA
Conglomerados Gradação normal Fluxos canalizados
F1
12º
Arenitos Às vezes bimodais com estratificação Migração de dunas 2D e 3D através de
LEGENDA DO MAPA E PERFIL c r u z a d a a c a n a l a d a e t a b u l a r, canais fluviais curvos e entrelaçados
SI Superfície de inundação
estratificação plano-paralela, com retrabalhamento eólico.
Formação Sergi fragmentos de argila.
D1 Discordância
Nível de base do lago
Formação Aliança
(Capianga) F1 Fotografia
ts I Conglomerados Gradação normal, suportado pela Fluxos de detritos não-coesivos,
ESP. MÁXIMA - 165 m
Alto
Formação Aliança Paleocorrente matriz e clasto. canalizados.
FORMAÇÃO
(Boipeba)
BOIPEBA
Arenitos
Folhelhos/siltitos Laminação planoparalela e ondulações Depósitos formados por acreção
Conglomerados Baixo cavalgantes. vertical devido a extravasamento de
Tempo canais subaquáticos e a
Carbonatos transbordamentos periódicos
(C) D1
Folhelhos e siltitos
(B)
.. ..
Figura 3.4 -Distribuição geográfica ( A ),estratigrafia, sedimentologia ( B )e nível de base do lago ( C ) da tectonossequência pré-rifte (TPRR).
Foto 3.1 - Contato discordante, angular e erosivo, entre gnaisses migmatíticos, à esquerda da
foto e pelito e arenito vermelho-tijolo, à direita e acima, da Formação Aliança. Setas mostram
a discordância. BA-084, 14km a sul de Água Fria.
Foto 3.2 - Pelito vermelho-tijolo com ondulação cavalgante, alternado com camadas de arenito fino
castanho-avermelhado de topo plano e base irregular. O afloramento está organizado em ciclos
granocrescentes para o topo (Formação Aliança). BR-116, 7,5km a norte de Teofilândia.
Foto 3.1 - Contato discordante, angular e erosivo, entre gnaisses migmatíticos, à esquerda da
foto e pelito e arenito vermelho-tijolo, à direita e acima, da Formação Aliança. Setas mostram
a discordância. BA-084, 14km a sul de Água Fria.
Foto 3.2 - Pelito vermelho-tijolo com ondulação cavalgante, alternado com camadas de arenito fino
castanho-avermelhado de topo plano e base irregular. O afloramento está organizado em ciclos
granocrescentes para o topo (Formação Aliança). BR-116, 7,5km a norte de Teofilândia.
Foto 3.3 – Arcóseo grosso, sub-maturo, mal selecionado, com grânulos e seixos dispersos de
composições variadas. Notar a organização das litofácies em conjuntos de estratos cruzados
tabulares e acanalados, separados por superfícies de descontinuidade (Formação Sergi).
Estrada Arací-Quererá, 10km a leste de Araci.
Foto 3.4 – Camadas de arenito fino, castanho, com estratificação ondulada e ondulação
cavalgante. Na parte superior da foto o banco de arenito dá lugar a um ritmito do arenito fino e
pelito (Formação Candeias). BA-233, Estrada Biritinga – Serrinha, 4 km a oeste de Biritinga.
Foto 3.3 – Arcóseo grosso, sub-maturo, mal selecionado, com grânulos e seixos dispersos de
composições variadas. Notar a organização das litofácies em conjuntos de estratos cruzados
tabulares e acanalados, separados por superfícies de descontinuidade (Formação Sergi).
Estrada Arací-Quererá, 10km a leste de Araci.
Foto 3.4 – Camadas de arenito fino, castanho, com estratificação ondulada e ondulação
cavalgante. Na parte superior da foto o banco de arenito dá lugar a um ritmito do arenito fino e
pelito (Formação Candeias). BA-233, Estrada Biritinga – Serrinha, 4 km a oeste de Biritinga.
sugerir áreas-fontes situadas a norte e oeste da área, para os sedimentos que preencheram a bacia nessa fase
(figura 3.4A).
Acumulou-se durante o andar Dom João, sob condições de clima árido e seco (Gontijo,1988; Caixeta
et al., 1994). Está limitado internamente por contatos gradacionais e interdigitados, sugerindo que as rochas
que o compõem pertencem a uma suite de litofácies geneticamente relacionadas (figuras 3.1 e 3.4).
As rochas que compõem esse trato de sistemas são:
1) Folhelho, siltito e argilito vermelho-tijolo - localmente listrados de branco - marrom, arroxeado e cinza-
esverdeados, calcíferos, às vezes micáceos, com intercalações de silexito e calcilutito. Essas litofácies se
acumularam em lago raso e em planície deltáica e estão organizadas em finos estratos rítmicos, tabulares e
lenticulares;
2) Arenito muito fino a médio castanho-avermelhado, cinza-esverdeado e esbranquiçado, bem selecionado,
às vezes bimodal, friável, composto de quartzo predominantemente hialino e minerais micáceos e argilosos.
Localmente ocorrem fragmentos angulares e discóides de argila esverdeada. Esta litofácies apresenta-se em
estratos tabulares e lenticulares, direcionados preferencialmente para os quadrantes S, SE e SW;
3) Arenito (arcóseo/subarcóseo/sublitoarenito) médio a muito grosso avermelhado, esbranquiçado e
acinzentado, mal selecionado, friável e poroso, com concentração de clastos na base das camadas. Constitui-
se de grãos de quartzo subangulares a subarredondados, de minerais argilosos, caolínicos, calcíferos e de
fragmentos de feldspatos, de rocha granitóide, de metabasito, silexito e calcário. Organiza-se em conjuntos
de estratos lenticulares e tabulares, limitados por superfícies de descontinuidade locais, formando ciclos
granodecrescentes no sentido do topo (finning-upward), que compõem sucessões maiores granocrescentes
neste sentido (coarsening-upward). A polaridade dos seus estratos cruzados aponta para os quadrantes SE, E
e NE;
4) Arenito fino a grosso avermelhado e amarelado, bem selecionado, bimodal, maturo, friável e poroso,
constituído de quartzo (até 85% do volume total da rocha), feldspatos e fragmentos de rochas, cimentados
por material silicoso ou calcítico. Este arenito ocorre principalmente na parte superior do trato ts-I, tem
paleocorrentes que apontam para os quadrantes NE e SE e é interpretado como derivado de sistemas flúvio-
deltáicos retrabalhados parcialmente pelo vento. As paleocorrentes e mais a composição do arenito, sugerem
área-fonte derivada de terrenos de natureza granítico-granulítica, comuns nas unidades do Bloco de Serrinha
e do Cinturão Movel Salvador-Curaçá;
5) Conglomerado suportado pela matriz e pelo clasto, imaturo, polimítico (clastos de tamanhos variados -
grânulos a calhaus - de quartzo, chert, feldspatos, rocha granitóide, metabasito, quartzito, calcário e
fragmentos de pelito). Os clastos variam de bem arredondados, normalmente os mais resistentes (quartzo,
quartzito, chert), a angulares (os demais) e a matriz é arenosa a areno-argilosa, média e grossa, às vezes lítica
a grauváquica, mal selecionada, cinza, esbranquiçada, avermelhada e castanho-amarelada. A presença de
clastos arredondados e angulares juntos, indica que os primeiros foram reciclados e retrabalhados antes da
deposição final e os últimos sofreram transporte e deposição rápidos, a partir de uma fonte próxima, em um
único ciclo deposicional. Interpreta-se esse conglomerado como derivado de sistemas flúvio-deltáicos.
O trato de sistemas de lago alto (ts-I), mostra uma sucessão que fica mais rasa no sentido do topo
(shallowing-upward), organizada verticalmente com arenito e pelito de planície deltáica, sucedidos por pelito
e arenito lacustres e por arenito e conglomerado flúvio-eólicos. Os depósitos eólicos dominam no topo do
trato e atestam a discordância desse conjunto com a tectonosseqüência superior. Tal sucessão reflete um
aumento gradativo do espaço disponível para sedimentação, seguido de diminuição desse espaço em
decorrência da queda progressiva do nível de base do lago (figura 3.4 B,C).
Eocretáceo
É constituída de dois estágios evolutivos principais: o primeiro no Meso-Rio da Serra, durante uma
época de bacia faminta e o segundo no Eojiquiá (Wermund et al, 1976; Szatmari et al., 1984, 1985; Milani,
1987; Milani & Davison, 1988). Esses estágios tectônicos são representados na área, respectivamente, pelas
tectonosseqüências sinrifte1 (TSR1) e sinrifte2 (TSR2), limitadas entre si por discordância do tipo 1 e
separadas da inferior e superior por discordâncias dos tipos 2 e 1 (figuras 3.1, 3.5 B e 3.6)
Perfil Tecto- Trato
Associação
MAPA GEOLÓGICO SIMPLIFICADO DOS TRATOS DE SISTEMAS Gráfico - nosse-
.. de de Características Interpretação
(ts- II, III, IV eV) Sedimentar quên- sistemas
litofácies
(A) cia
S. Seb.
2 5 8 0m
Migração de dunas 2D e 3D, fluxos torrenciais
T SR-2
baixo)
(sup.)
Arenitos
(l a g o
Estratificação cruzada tabular e acanalada,
ts V
JORRO
JORRO
Conglomerados ciclos granodecrescentes para o topo. canalizados e em lençol, depósitos de
RIBEIRA DO
RIBEIRA DO
AMPARO
AMPARO inundações episódicas e de retrabalhamento
Folhelhos/siltitos eólico.
D1
CIPÓ
CIPÓ Arenitos Carbonosos, estratificação cruzada tabular, Migração de dunas 2D e 3D,em canais
F10,11 acanalada, fluidização, estratificação plano- entrelaçados e curvos, depósitos de planície
paralela, escamas de peixe, gradação aluvial formados por acreção vertical,
3.151m
Grupo Ilhas/ F. S. Sebastião inferior
normal. depósitos de enxurradas e depósitos eólicos.
F7 TOBIAS
TOBIAS Conglomerados Sustentados por matriz com estratificação
BARRETO
BARRETO cruzada acanalada, gradação normal.
NOVA
NOVA
Folhelhos/siltitos Ondulação cavalgante
SOURE
SOURE Carvão Traços
ts IV (lago alto)
ITAPICURU
ITAPICURU
Arenitos Estratificação cruzada tabular, acanalada, Depósitos de planície deltáica formados pela
ARACI F6,8,9 sigmoidal, estratificação planoparalela, migração de dunas 2D e 3D, pelo
pisolíticos.
BIRITINGA SÁTIRO DIAS
SÁTIRO DIAS
BIRITINGA
F4 SI Carvão Traços
APORÁ
APORÁ
T SR-1
SERRINHA
SERRINHA ACAJUTIBA
ACAJUTIBA Folhelhos/siltitos Cinza - escuro, pretos, orgânicos, Depósitos lacustres formados por
laminados/placosos / maciços, fossilíferos, mecanismos de suspensão ,por
ondulações cavalgantes extravasamento de canais subaquáticos, por
ts III (transgressivo)
esp. máxima 1.378m
correntes de turbidez de alta e baixa
Formação Candeias
. concentração e por fluxos canalizados
INHAMBUPE
INHAMBUPE
LAMARÃO
LAMARÃO
Carbonatos Estratificados e maçicos, calcareníticos e subaquáticos e fluxos fluidizados.
calcilutíticos, ostracoidais e oolíticos
ÁGUA FRIA
ÁGUA FRIA
0 6,4 12,8km
Arenitos Com ondulações cavalgantes, estratificação
ENTRE
ENTRERIOS
RIOS planoparalela, cruzada tabular, às vezes
SANTA
SANTA bioturbados
BÁRBARA
BÁRBARA
F5
Carvão Camadas finas esparsas
Nível de base do Lago
ST
Gde.
ts IV Arenitos Com estratificação cruzada tabular e Fluxos em lençol e canalizados com migração
27m
Formação São Sebastião Inferior (lago baixo) Folhelhos/siltitos Laminados/placosos/maciços,algo Depósitos lacustres e de planície de
ts II
F .Itaparica
ts V
Formação Candeias (C) Tempo Arenitos Finos, muito finos
D2
Conglomerados (B)
Arenitos
..
Figura 3.5 -Distribuição geográfica ( A ),estratigrafia, sedimentologia ( B ) e nível de base do lago ( C ) das tectonossequências sinrifte1 (TSR1) e sinrifte2 (TSR2).
A 39º C 38º
11º
EM
FQ-1 FQ-2 FQL-1 RC-2 RPST-1 QLST-1
B. TUCANO CENTRAL
BA
E
W
SA
M
EN
TO
1 R1
TS
CL-2
FI
PAL-2 FMP-1
W E
B. TUCANO SUL
2
EMBASAMENTO
O
AP
DE
TO
AL
IN
SF
R1
TS
1
TSR
QP-1 PIST-1 CF-1 SV-2
W LJ-1 IN-1
E B. RECÔNCAVO
4 12º
EM
B. TUCANO CENTRAL
BA
SA
ME
NT
O
CNS-1 O-3 FAF-3
Escala Vertical R2
W E
0km 2,5 5,0 TS
6 FI
TSR2
B. TUCANO SUL
CNS-1 FCI-1 JC-1 PIST-1 CPE-1 PAL-2 FQ-1 UB-2 MC-1
S N
Á
EMBASAMENTO
OR
7
AP
DE
O-3 OST-1 VI-2 SV-2 FPO-1 FMP-1 RC-2 MDS-1
IN
TO
S N
TSR2
SF
AL
8
B. RECÔNCAVO
12º
FAF-3 SM-1 FMT-2 LB-1 IN-1 BRN-1 CL-2 QLST-1
S
N
9 LEGENDA
B FQ-1
39º 38º
MC 11º Poços (Petrobrás)
B. TUCANO CENTRAL
MDS Jiquiá
UB Buracica
QLST
RPST Aratu
FQ-1 FQL
1 RC
FQ-2 Rio da Serra
FI
Quebra de Plataforma,flexura do embasamento
B. TUCANO SUL
ou degrau de falha
FMP CL Falha extensional
PAL
MOST Falha de transferência
FPO
2 QE Limite da sedimentação no estágio Jiquiá
CPE
Paleofluxos dos sedimentos
BI BRN ..
3 Tectonossequência sinrifte -1 (estágios R.Serra,
Á
TSR1
OR
QP PIST SV
4 Aratu,Buracica)
AP
IN
CF ..
DE
TO
SF
FI Falha do Itapicurú
AL
FCI VI
FMT LB SFIN Sistema de falhas de Inhambupe
Escala 5
0km 8 16
OST SM LS B. RECÔNCAVO
6 CNS
O FAF 12º
7 8 9
Figura 3.6 - (A) Perfis de poços mostrando a variação das espessuras dos sedimentos nas sub - bacias do Tucano Sul e
Central durante a fase sinrifte, (B) Mapa de localização dos poços, (C) Paleofluxo dos sedimentos nos estágios
Rio da Serra, Aratu e Buracica, (D) Paleofluxo dos sedimentos no estágio Jiquiá.
Duas bacias, com comportamentos tectonossedimentares distintos, se formaram durante essa fase
tectônica: (1) a Bacia do Tucano Sul/Central, que se espessa de sul para norte durante o estágio tectônico
TSR1 e de norte para sul no intervalo TSR2 e apresenta medidas direcionais, respectivamente de W/SW para
E/NE e de N/NW para S/SE; e (2) a Bacia do Recôncavo com paleofluxos de N e W para S e E no estágio
TSR1 e de N para S no intervalo TSR2 (figura 3.6 C,D).
Os sedimentos acumulados nessas bacias fluiram das terras altas para as depressões através de paleo-
drenagens axiais e transversais aos depocentros das bacias, oriundas das suas margens flexural e falhada
(figura 3.7).
É formada pelos tratos de sistemas: (i) de margem de plataforma ts-II, correspondente às formações
Itaparica e Água Grande, constituídas de pelito e arenito; (ii) transgressivo ts-III, correspondente à formação
Candeias, composta de pelito com intercalações de arenito, carbonato e traços de carvão e, à metade inferior
da Formação Salvador, constituída essencialmente de conglomerado; e (iii) de lago alto ts-IV, representado
por arenito e pelito do Grupo Ilhas indiviso, com níveis subordinados de carbonato, conglomerado e carvão,
pela parte inferior da Formação São Sebastião, composta de arenito, conglomerado e de níveis subordinados
de pelito e traços de carvão e pela parte intermediária da Formação Salvador, conglomerática (figura 3.5B).
O ts-II e a Formação Salvador não afloram na área. As demais unidades ocorrem continuamente em
toda a faixa centro-ocidental da Bacia do Tucano Sul/Central, limitadas a oeste pela tectonosseqüência TPRR
e a leste pelas tectonosseqüências TSR2 e TPOR. Ocorrem também no extremo sudeste da área (Bacia do
Recôncavo), limitadas a norte pela tectonosseqüência TPRR e projetadas para sul além dos limites do projeto
(figura 3.5A). A espessura desse conjunto ultrapassa 9.000m no Baixo Estrutural de Cícero Dantas,
localizado na Sub-bacia do Tucano Central (Milani, 1987 e Magnavita, 1992). Perfis de poços e sísmicos
mostram que essas unidades se espessam a partir da borda flexural para a borda falhada, onde se localizam os
principais depocentros das bacias (figura 3.6A) e para onde fluiam os principais sistemas de paleodrenagens,
oriundos das terras altas adjacentes. As regiões próximas à borda falhada contribuíram de forma subordinada
para o preenchimento dessas bacias, através de processos de fluxos gravitacionais transportando detritos
grosseiros e acumulando-os ao longo das margens escarpadas.
Na TSR1 foram feitas trinta e seis medidas de paleocorrentes em estratos cruzados tabulares e
acanalados das litofácies de arenito e conglomerado, sendo vinte e uma no Grupo Ilhas, oito na Formação
Candeias e sete na Formação São Sebastião inferior. As direções desses paleofluxos na Bacia do Tucano
estão orientadas, no geral, para E, SE e NE, enquanto na Bacia do Recôncavo os mesmos estão direcionados
para SE e SW, compatíveis com o aumento da espessura da tectonosseqüência nessas bacias, nesses sentidos,
(figuras 3.5A e 3.6A,C). Esses dados permitem sugerir a existência de duas áreas-fontes principais para os
sedimentos que se acumularam na bacia: uma situada a oes-sudoeste da Bacia do Tucano, representada pelas
rochas do Bloco de Serrinha e Cinturão Móvel Salvador-Curaçá, responsável pelos detritos que fluiam para
E/NE e outra área-fonte localizada a norte da Bacia do Recôncavo, coincidente com a Rampa de
Revezamento de Aporá (Cinturão Móvel Salvador-Esplanada), com polaridade sedimentar dirigida para
S/SE, ortogonal ou contrária à anterior.
As unidades desse trato foram identificadas apenas em subsuperfície na parte sul da área. Trata-se
dos depósitos inferiores da fase tectônica sinrifte, acumulados possivelmente em lagos rasos e restritos no
início do Andar Rio da Serra, sob condições de clima úmido e semi-árido, indicado por seus tipos litológicos
(figura 3.5B).
A espessura máxima do ts-II, medida em poços, é de 81m. Está limitado na base com a
tectonosseqüência pré-rifte, por uma discordância do tipo 2 e no topo com o trato de sistemas ts-III, através
de uma superfície transgressiva.
As descrições das litofácies desse trato basearam-se nos perfis de poços e em Silva, H. (1993) e são
as seguintes: (1) folhelho e siltito verde-claro, marrom, cinza-oliva, cinza-arroxeados e avermelhados, às
vezes micáceos, calcíferos e carbonosos, com intercalações de arenito muito fino e fino cinza-esverdeados,
cinza-escuro e castanho e calcarenito cinza e creme. O arenito é calcífero e tem restos de vegetais e conchas.
O calcarenito tem níveis de ostracodes e camadas centimétricas de calcita fibrosa; (2) arenito médio e grosso
(quartzo-arenito, subarcóseo) cinza-claro, branco e amarelados, mal selecionados, friáveis, porosos e
permeáveis, compostos de grãos de quartzo, argila e, às vezes, fragmentos de folhelho e siltito, depositados
N LEGENDA
P a leofluxos do s sedimentos
durante os estágios R. Serra, Aratu
e Buracica.
Área do Projeto.
Borda falhada
Conglomerados
38º
11º
ll
a
Footw
39 º
ll
g wa
n gi n
Ha
l
12º
Hangingwal
RRA
ll a
Footw
Está representado: (i) pelo Grupo Ilhas, que embora dividido em duas formações (Marfim e Pojuca)
na Bacia do Recôncavo, permanece formalmente indiviso neste trabalho; (ii) pela parte inferior do Grupo
Massacará, correspondente à base da Formação São Sebastião, correlacionável aos membros Paciência e
Passagem dos Teixeiras na Bacia do Recôncavo e (iii) pela parte superior, fandeltáica subaquática, da
Formação Salvador não-aflorante na área.
Na parte noroeste da Bacia do Tucano Sul/Central, Menezes Filho (2001) cartografou um conjunto
de rochas sedimentares com direção norte-sul, interpretado tradicionalmente como topo do Grupo Ilhas e o
incluiu na base do Grupo Massacará, devido aos seguintes critérios: (1) amplo predomínio da fração areia
sobre argila; (2) contato basal brusco e erosivo, com o Grupo Ilhas e gradacional com a Formação São
Sebastião; e (3) assinatura em perfilagem elétrica similar às rochas da Formação São Sebastião. O autor
denominou informalmente esse conjunto de "Unidade Umburana", nome derivado da fazenda homônima,
onde existem bons afloramentos da mesma e um poço perfurado pela Petrobras (UB-1). Existem também
boas exposições na vila Quererá, 13 km a leste de Araci, na serra da Umburana, imediações dos poços UB-1
e UB-2, entre a vila Tracupá e o morro do Pai Miguel e a leste da localidade de Jorrinho. Neste relatório,
mantem-se o posicionamento estratigráfico dessa unidade, conforme sugerido por Menezes Filho (2001),
relacionada à parte inferior da Formação São Sebastião (anexo I e figura 3.1).
O ts-IV, que apresenta contatos gradacionais, interdigitados e localmente bruscos entre as suas
litofácies, marca o fechamento da tectonossedimentação sinrifte1 (TSR1) e limita-se no topo com o trato de
sistemas de lago baixo ts-V, por uma discordância do tipo 1. As espessuras das suas litofácies, com base em
observações de afloramentos e nos registros de poços, variam de centímetros até 40m e a sua espessura
máxima, medida em perfís de poços e representada pelo perfil gráfico-sedimentar composto da figura 3.5B,
pode alcançar 7.000m.
A deposição da unidade começou no Andar Rio da Serra e prolongou-se até o Andar Buracica,
durando mais de 10Ma (figura 3.1). Ocorre em toda a parte centro-oeste da Bacia do Tucano Sul/Central e no
extremo sudeste da área, na Bacia do Recôncavo (figura 3.5A e anexo I). A passagem do trato transgressivo
ts-III, sotoposto, para o trato de lago alto ts-IV, é marcada pelo incremento e espessamento das camadas de
arenito, que passam a dominar em relação aos pelitos e carbonatos no sentido do topo do perfil. Essa
associação arenito/pelito se expressa também na topografia, na forma de um relevo mais acidentado em
relação aos terrenos mais dissecados, pertencentes ao trato inferior. Atualmente esse aspecto morfológico da
unidade está melhor revelado na metade setentrional da área, onde o clima mais seco impede o
desenvolvimento de perfís de solos espessos e propicía uma melhor exposição das rochas.
As litofácies que formam o ts-IV são psamitos, pelitos (folhelho e siltito), conglomerado e
carbonatos (figura 3.5B).
Os psamitos podem ser separados em: (i) arenito muito fino a médio, amarelado, avermelhado, cinza
e esbranquiçado, bem selecionado, às vezes bimodal, com porosidade variável, carbonoso, calcífero e
fossilífero, composto de grãos de quartzo subarredondados a subangulares, feldspatos, micas e argila. Ocorre
em corpos tabulares e lenticulares, maciços e estratificados (figura 3.5B); (ii) arenito médio e grosso
castanho, cinza-claro, branco e avermelhados, mal e bem selecionados e porosos. Formam camadas com
espessuras decimétricas a métrica e são constituídos de grânulos de quartzo, feldspato, mica, argila e de
fragmentos de rocha cristalina e de pelito. Gontijo (1988) identificou nesses arenitos fragmentos de filito,
xisto e quartzito e grânulos de quartzo com extinção ondulante, lamelas de deformação e contatos suturados.
Essas evidências petrográficas encontradas nos grãos de quartzo, sugerem fonte a partir de rochas
metamórficas de baixo a médio graus (fotos 3.6, 3.7 e 3.8).
As medidas direcionais e a composição mineralógica dos psamitos são condizentes com as obtidas
nos arenitos do ts-III, o que indica como possíveis áreas-fontes dos mesmos: (i) os terrenos pertencentes ao
Bloco de Serrinha/Cinturão Móvel Salvador-Curaçá e grupos Estância e Brotas, no caso da Bacia do Tucano
Sul/Central; e (ii) os terrenos dos Cinturões Móveis Salvador-Esplanada/Salvador-Curaçá e grupos Estância
e Brotas para a Bacia do Recôncavo (figuras 2.1 e 3.6C).
Os pelitos (folhelho e siltito) são amarelados, avermelhados, cinza-esverdeados, esbranquiçados e
castanho, micáceos, carbonosos, calcíferos e fossilíferos e formam camadas com geometria tabular e
lenticular. A ondulação cavalgante é a estrutura sedimentar mais freqüente (foto 3.9). Os carbonatos
(calcilutito e calcarenito) são creme, cinza, branco e castanho e apresentam-se em camadas delgadas, com
grãos argulosos de quartzo, material opaco, biotita, e restos de carapaças (possivelmente gastrópodes)
disseminados na matriz carbonática. De acordo com Sensora (1982), camadas rítmicas, decimétricas, de
coquinas compostas exclusivamente de ostracodes ou apresentando macrofósseis de moluscos, peixes e
crocodilianos, além de restos vegetais, estão associadas com os pelitos. Corpos lenticulares e tabulares pouco
extensos, com até 1,5m de espessura, de conglomerado e traços de carvão, também fazem parte desse
conjunto. O conglomerado é avermelhado e acinzentado, polimítico (quartzo, chert, gnaisse e pelito), às
vezes pisolítico, sustentado por matriz arenítica fina a média, feldspática e mal selecionada.
As litofácies descritas acima derivam de sedimentos transportados a partir da borda flexural das
bacias, de oes-sudoeste para es-nordeste na Bacia do Tucano Sul/Central e de norte e oeste para sul e leste na
Bacia do Recôncavo (figura 3.6C). Já para Netto et.al. (1984) e Gontijo (1988), o transporte desses
sedimentos aconteceu, sempre, de norte para sul e a sua deposição se deu nos depocentros dessas bacias por
sistemas deltáico e fluvial, de médio e baixo gradientes, com retrabalhamento parcial pelo vento (figura
3.5B). Espessos pacotes de conglomerado polimítico gerado por fluxos gravitacionais e correntes de
turbidez, provenientes da borda falhada da bacia (sistema de falhas de Inhambupe) estão presentes na área,
registrados em perfís de poços. Para maiores detalhes sobre esse conglomerado ver o trato transgressivo ts-
III.
O trato de lago alto ts-IV mostra uma sucessão de litofácies do tipo shallowing e thickening-upward,
iniciada no final de uma subida do nível de base e finalizada na descida subseqüente desse nível (figura
3.5C). Essa distribuição vertical está caracterizada na área pelo assoreamento gradual dos depósitos lacustres
Foto 3.7 – Três associações de litofácies superpostas, separadas por superfícies de descontinuidade: a
mais inferior é composta de arenito médio e fino, bimodal, avermelhado, com estratificação cruzada
tangencial na base de grande porte; a intermediária é constituída de arenito fino a médio, avermelhado,
com estratificação cruzada sigmoidal; e a associação superior é formada de ritmito de arenito fino e
pelito, vermelhos. Notar o contato litológico brusco entre as associações intermediária (Grupo Ilhas) e
superior (Formação São Sebastião inferior – Unidade Umburana). Setas mostram as superfícies de
descontinuidade. Nove quilômetros a sul de Tracupá.
Foto 3.8 – Camadas de arenito com estrato cruzado, afetado por estrutura de deformação
plástica (fluidização) (Formação São Sebastião inferior-Unidade Umburana). Proximidades da
vila Quererá.
Foto 3.7 – Três associações de litofácies superpostas, separadas por superfícies de descontinuidade: a
mais inferior é composta de arenito médio e fino, bimodal, avermelhado, com estratificação cruzada
tangencial na base de grande porte; a intermediária é constituída de arenito fino a médio, avermelhado,
com estratificação cruzada sigmoidal; e a associação superior é formada de ritmito de arenito fino e
pelito, vermelhos. Notar o contato litológico brusco entre as associações intermediária (Grupo Ilhas) e
superior (Formação São Sebastião inferior – Unidade Umburana). Setas mostram as superfícies de
descontinuidade. Nove quilômetros a sul de Tracupá.
Foto 3.8 – Camadas de arenito com estrato cruzado, afetado por estrutura de deformação
plástica (fluidização) (Formação São Sebastião inferior-Unidade Umburana). Proximidades da
vila Quererá.
Foto 3.9 – Siltito avermelhado e arenito fino cinza, organizados em conjuntos de estratos
lenticulares com ondulação cavalgante (Grupo Ilhas). Proximidades da vila Quererá.
Foto 3.10 – Arenito fino e médio, esbranquiçados e avermelhados, com estratificação cruzada
tangencial na base. Morro do Pai Miguel, 11km a sudeste de Jorro.
Foto 3.9 – Siltito avermelhado e arenito fino cinza, organizados em conjuntos de estratos
lenticulares com ondulação cavalgante (Grupo Ilhas). Proximidades da vila Quererá.
Foto 3.10 – Arenito fino e médio, esbranquiçados e avermelhados, com estratificação cruzada
tangencial na base. Morro do Pai Miguel, 11km a sudeste de Jorro.
do trato inferior, pelos depósitos progradantes de planície deltáica e de planície aluvial subaérea,
retrabalhados parcialmente pelo vento, desse trato de lago alto. O raseamento do sistema para o topo é
indicado pela redução significativa dos pelitos, pelo aumento na espessura e intensidade dos corpos de
arenitos e pelo desaparecimento dos carbonatos, nesse sentido. Os depósitos oriundos da margem falhada
desse trato de sistemas, embora não-aflorantes na área, existiram durante todo o desenvolvimento dessa
sedimentação, conforme registros de poços, e caracterizam-se por apresentarem um padrão de sedimentação
dominantemente agradacional.
Ribeiro & Lavina (1994), em pesquisa realizada sobre a Formação Santa Maria (Triássico), na Bacia
do Paraná, sugerem que sucessões de litofácies desse tipo se depositam devido à diminuição gradativa do
espaço disponível para sedimentação, causada pela elevação na taxa de sedimentação.
Relaciona-se ao segundo estágio tectônico acontecido durante a fase sinrifte do rifte RTJ e é formada
por um trato de sistemas de lago baixo (ts-V). Nesse intervalo houve rejuvenescimento de relevo e geração e
reativação de falhas do embasamento, sem, contudo, produzir um sistema lacustrino amplo nas bacias então
formadas, como ocorreu durante a TSR1 (Silva H., 1993). Corresponde: (i) ao topo do Supergrupo Bahia,
representado na área pela parte superior da Formação São Sebastião, correlacionável, provavelmente, ao
membro Rio Joanes, definido na Bacia do Recôncavo por Pontes & Ribeiro (1964) e (ii) à parte superior da
Formação Salvador, não-aflorante. Segundo Della Fávera (1970), Gama Jr. (1970) e Wermund et.al. (1976),
a Formação São Sebastião progradou axialmente do sul da Sub-bacia do Tucano Norte para a Bacia do
Tucano Central/Sul e do sudeste da Sub-bacia do Tucano Sul para a Bacia do Recôncavo. Neste relatório,
com base no estudo de paleocorrentes, na composição e textura das rochas sedimentares, nos sistemas
deposicionais identificados, na variação da espessura dos corpos sedimentares e na presença confirmada de
um intervalo tectônico ativo ocorrido no Eojiquiá (Milani, 1987; Magnavita, 1992; Silva H., 1993),
concorda-se com a progradação axial de norte para sul, apenas para a sedimentação superior da Formação
São Sebastião (estágio Jiquiá), aqui relacionada à tectonosseqüência TSR2, enquanto as partes média e
inferior dessa formação relacionam-se à tectonosseqüência TSR1 (figuras 3.5A,B e 3.6C,D).
Embora a quantidade total de medidas direcionais feitas nas litofácies de arenitos, siltitos e
conglomerados com estratificações cruzadas que compõem as tectonosseqüências TSR1 e TSR2, cerca de 50
medidas, seja insuficiente para um tratamento estatístico, elas são reveladoras de um redirecionamento da
drenagem do rifte, que fluia de oes-sudoeste, durante a deposição da TSR1 e passa a fluir de nor-noroeste
para su-sudeste, durante a TSR2. Esse redirecionamento é provocado pela reorganização tectônica do
sistema, acontecida entre esses intervalos tectono-deposicionais (figuras 3.5 e 3.6).
O trato de sistemas de lago baixo ts-V é essencialmente arenoso, acumulou-se através de sistemas
flúvio-eólicos e é recoberto discordantemente pela tectonosseqüência pós-rifte TPOR. Para Chorley et al.
(1984) sedimentação desse tipo se constitui em forte evidência sedimentológica de condições climáticas
áridas.
Ocorre nas partes norte e centro-leste da área, a leste das localidades de Jorro e Olindina e possui
espessura máxima superior a 2.500m, com base em perfís de poços (figura 3.5A,B e anexo I). A sua parte
superior é marcada por erosão e basculamento de camadas. Para Regali (1966) e Silva, H. (1993), as
litofácies desse trato de sistemas, depositadas predominantemente durante o Andar Jiquiá, sob condições de
clima seco e árido, foram profundamente erodidas nas bacias do Recôncavo e Tucano Sul e ficaram restritas
a alguns depocentros (por exemplo: o Baixo Estrutural de Inhambupe).
A sedimentação do ts-V ocorreu, simultaneamente, a partir das bordas flexural e falhada do rifte
RTJ.
As litofácies oriundas da borda flexural são arenitos finos e médios, branco, cinza e castanho-
avermelhados, bem selecionados, porosos, compostos de quartzo, argila e de minerais micáceos, carbonosos,
piritosos e calcíferos, com estratificação planoparalela e acanalada de médio e grande portes (fotos 3.10 e
3.11). No sentido do topo passam para arenitos médios, grossos e conglomeráticos, mal selecionados, de
mesmas colorações, organizados em conjuntos granodecrescentes para cima, com intercalações de
conglomerado polimítico, pelito micáceo e carvão (figura 3.5B). Normalmente são rochas friáveis e porosas,
compostas de quartzo hialino e opaco e de minerais argilosos e micáceos, com estratificações tabular e
acanalada, de pequeno e médio portes, direcionadas principalmente para os quadrantes SE e S, e
Foto 3.11 – Arenito médio e grosso mal selecionados, avermelhados, com grânulos e seixos
dispersos e com estratificação cruzada tangencial na base e gradação normal (Formação São
Sebastião superior). Morro do Pai Miguel, 11km a sudeste de Jorro.
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paralela, marcas onduladas e gretas
de ressecamento.
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Paleocorrente
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Figura 3.8 -Distribuição geográfica (A), estratigrafia, sedimentologia (B)e nível de base do lago (C) da tectonossequência pós-rifte (TPOR).
por superfícies de discordância angular e erosiva ampla, irregular e profunda (Ghignone, 1979; Lima, 1991;
Magnavita, 1992).
As litofácies que compõem o ts-VI são: (i) camadas lenticulares de arenito médio, grosso e
conglomerático (arcóseo), castanho-amarelados, esbranquiçados e avermelhados, mal selecionados,
ferruginizados, textural e mineralogicamente imaturos, contendo grãos de quartzo subarredondados a
subangulares, feldspatos preservados e minerais argilosos e micáceos; (ii) camadas tabulares e lenticulares de
arenito fino e médio (arcóseo), de cores semelhantes às do item (i), bem selecionados, micáceos e caolínicos,
com grãos de quartzo subangulares a arredondados, hialino e opacos; (iii) conglomerado polimítico
(grânulos, seixos e blocos, arredondados e angulares, de gnaisse, granito, filito, quartzito, chert, quartzo,
arenito e pelito), estratificado e maciço, sustentado por clastos e por matriz arenosa e areno-argilosa mal
selecionada; (iv) ritmito de folhelho, siltito e silexito castanho-avermelhados, esbranquiçados, esverdeados e
cinza; (v) níveis milimétricos de crosta ferruginosa amarelada e marrom; e (vi) camadas descontínuas de
carbonato, por vezes silicificado e de folhelho betuminoso (figura 3.8B e fotos 3.12, 3.13, 3.14, 3.15, 3.16).
Os pelitos são bastante comuns na região compreendida entre as localidades de Sátiro Dias,
Inhambupe e Olindina, enquanto os arenitos são freqüentes no restante da área.
Essas litofácies ocorrem normalmente associadas e refletem uma progradação acontecida na região
em um período de queda generalizada do nível de base do lago, quando sistemas fluviais de alto e médio
gradientes e leques aluviais subaéreos dominavam no ambiente. Parte desse material foi retrabalhada pelo
vento (figura 3.8C).
Cenozóico
Neógeno
Grupo Barreiras
É dividido da base para o topo nas formações Guararapes e Riacho Morno, separadas por uma
discordância erosiva (Bigarella & Andrade, 1964). No presente trabalho não foi possível o reconhecimento
dessas formações, mantendo-se a designação de Grupo Barreiras indiviso. Representa a sedimentação que
ocorreu na área entre 3 e 5 Ma atrás, no intervalo de tempo que vai do Plioceno inferior ao superior (Suguio
et.al, 1986). Essas idades provém de análises paleomagnéticas realizadas em amostras coletadas próximo à
cidade de Salvador.
A observação da figura 3.1 mostra um hiato deposicional de mais de 100Ma de anos entre a
sedimentação da Formação Marizal e a do Grupo Barreiras. Nesse intervalo, a região deve ter sido afetada
apenas, por etapas de soerguimento e erosão das unidades inferiores.
O Grupo Barreiras é identificado no vale amazônico e em toda a região costeira norte e nordeste do
Brasil até o estado do Espirito Santo. Os seus depósitos são correlativos de duas bem marcadas fases de
pediplanação, que ocorreram ao longo de toda a costa brasileira durante o Cenozóico (Andrade, 1955 e
Bigarella & Andrade, 1964). Segundo Bigarella (1975) a primeira grande fase de aplainamento relacionada à
sedimentação Barreiras foi provavelmente desenvolvida no Plioceno inferior, tendo sido designada de
Superfície Sul-americana por King (1956), enquanto a segunda fase de aplainamento teria acontecido no
Plioceno superior-Pleistoceno inferior, correspondendo à Superfície Velhas, de King (1956).
As litofácies do Grupo Barreiras ocorrem na metade meridional da área deste trabalho, formam
depósitos com espessura máxima da ordem de 60 metros e compõem extensos tabuleiros dispostos em
patamares ligeiramente inclinados em direção à costa, que recobrem discordantemente rochas do
embasamento, do Supergrupo Bahia e da Formação Marizal (Viana et al., 1971) (figura 3.9 e anexo I). A
separação dos seus representantes dos da Formação Marizal, na parte centro-norte da área, é complicada,
devido às semelhanças morfológicas e litológicas das duas unidades.
A sedimentação do grupo é representada por: (i) areia, argila e canga de óxido de ferro; (ii) arenito
argiloso fino a grosso vermelho, castanho-amarelado, cinza-claro e branco, mal selecionado, pouco
consolidado, com estratificação irregular, normalmente indistinta. Em geral é afossilífero, composto de grãos
de quartzo subangulares e arredondados e, às vezes, de fragmentos líticos. Um bom afloramento dessa
litofácies ocorre 5,2km a sudeste da cidade de Olindina, na BR-110, onde estão preservadas estruturas de
corte e preenchimento e estratificações planoparalela e acanalada de médio porte; (iii) conglomerado
Foto 3.13 – Arenito médio, argiloso, vermelho, organizado em conjuntos lenticulares
amalgamados de estratos cruzados tangenciais na base (Formação Marizal). Sul de Iraí.
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Quaternário
As coberturas residuais foram cartografadas apenas na parte centro-oeste da área (figura 3.9 e anexo
I), sobre a Formação Marizal. Trata-se de areia grossa a granulosa, média e fina e de argila esbranquiçada,
amarelada e avermelhada, derivadas de processos intempéricos atuantes sobre a unidade inferior, durante o
Quaternário, sem o envolvimento de transporte.
As coberturas detríticas distribuem-se irregularmente na parte noroeste da área (figura 3.9), sobre as
rochas sedimentares da tectonosseqüência sinrifte, e ao longo dos cursos dos principais rios da região. No
primeiro caso trata-se de depósitos inconsolidados areno-argilosos e de cascalho, pouco espessos,
acumulados em zonas rebaixadas topograficamente e dissecadas (cotas entre 150 e 200m), resultantes da
erosão e transporte da Formação Marizal (Menezes Filho, 2001). Já os depósitos que ocorrem ao longo das
drenagens correspondem a sedimentos recentes derivados dos rios Itapicuru, Inhambupe e Subauma (figura
3.9). Essas drenagens acumulam nos seus leitos e margens, areia, silte, argila e cascalho com estruturas
primárias preservadas. Nas planícies de inundação desses rios é comum a presença de sedimentos silto-
argilosos enriquecidos com matéria orgânica que são, em certos locais, utilizados no fabrico de telhas e
tijolos.
4
GEOLOGIA ESTRUTURAL/TECTÔNICA
Numa bacia do tipo rifte, a tectônica é o elemento controlador do seu processo evolutivo. Desse
parâmetro derivam a forma, as taxas de subsidência, de sedimentação e de erosão, o relevo e o
desenvolvimento dos ambientes e sistemas deposicionais.
A evolução do rifte Recôncavo-Tucano-Jatobá (RTJ) aconteceu num intervalo do tempo geológico
sem registros de glaciação (Chagas,1996), como resultado de esforços distensivos relacionados à abertura do
oceano Atlântico Sul. A ausência de registros de glaciação nesse período, reforça, para esse rifte, a hipótese
do predomínio da influência da tectônica sobre o clima durante o seu desenvolvimento. A geometria dessa
megaestrutura na área deste trabalho, configura-se como dois semigrábens assimétricos, paralelos a sub-
paralelos, formados em um contexto ensiálico e separados pelo alto de Aporá - Boa União, que caracteriza a
Rampa de Revezamento de Aporá. Um semigráben corresponde às sub-bacias do Tucano Sul e Central,
separadas pela falha do Itapicuru, e o outro constitui a Bacia do Recôncavo (figuras 2.1 e 2.2C).
Na bacia do Tucano Sul/Central o semigráben é composto por um sistema de falhas de borda com
geometria planar, estilo dominó (sistema de falhas de Inhambupe) e por uma borda flexural, em rampa ou
monoclinal, que mergulha contra a borda falhada e forma os baixos estruturais de Olindina e Inhambupe, a
plataforma de Umburana e os patamares de Quilombo, Baraúnas e Conceição. Na Bacia do Recôncavo
aparece, na área de estudo, apenas o Baixo Estrutural de Quiambina (Milani, 1987; Magnavita 1992 e
Magnavita & Rocha, 1996) (figura 4.1A).
4.1. Estrutura
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Figura4.1- (A) Arcabouço estrutural da área segundo Milani (1987) (B) .. Mapa estrutural (C) Blocos diagramas esquemáticos
mostrando os.. modelos paleogeográficos e as tectonossequências propostos para a área. Paleogeografia das
tectonossequências: (1) pré-rifte (TPRR); (2) sinrifte-1 (TSR -1); (3) sinrifte -2 (TSR-2); (4) pós-rifte (TPOR). Falhas:
FVA - Varginha; FRB -Rch.do Barreiro; FI - Itapicuru; FPA - Poço de Areia; FJ - Jacaré; FB - Biritinga, FPO - Pau Ôco,
FPt - Pataíba, FV - Vitória; FCA - Canabrava; FOD - Córrego Olho D'água; FCT - Coité/Tombador; F P - Pedras; FU -
Umburana; FPN - Pontal; FQ - Quererá; FQU - Quixabeirinha; FSD - Sátiro Dias; FM - Mocambinho; FO -
Ouriçangas; SFIN - Inhambupe; FBA - Baraúnas; FT - Tombador. Plataforma de Umburana (PlU) ; Patamares de
Quilombo (PaQI), Baraúnas (PaBa), Conceição (PaC); Alto de Boa União (ABU); Alto de Aporá (Rampa de
Revezamento de Aporá) (AP).
Foto 4.1 – Feixes de falhas em arenito da Formação Aliança. BA-233, Serrinha/Biritinga, 8km
a oeste de Biritinga.
Foto 4.2 –Falha extensional preenchida com material cominuido, cortando arenito do Grupo
Ilhas. Oito quilômetros a sudoeste de Sítio do Meio.
Foto 4.1 – Feixes de falhas em arenito da Formação Aliança. BA-233, Serrinha/Biritinga, 8km
a oeste de Biritinga.
Foto 4.2 –Falha extensional preenchida com material cominuido, cortando arenito do Grupo
Ilhas. Oito quilômetros a sudoeste de Sítio do Meio.
(B mínimo=1,03-1,17). Isso explicaria a ausência de vulcanismo intercalado com a seção sedimentar do rifte
RTJ.
Para Santos (2000), os sistemas de falhas orientados NW-SE e NS truncam as camadas do trato de
sistemas ts-I, indicando que foram desenvolvidos após a litificação dessas rochas e os seus cruzamentos
mútuos sugerem que eles foram gerados quase sincronicamente, durante o mesmo evento tectônico.
Os elementos estruturais responsáveis pela formação do rifte RTJ, possibilitaram o acúmulo nessas
bacias, de sedimentos organizados em camadas estratificadas, inclinadas no geral para E com mergulhos
variáveis e compartimentadas em blocos estruturalmente coerentes. Esses blocos são o resultado da distensão
progressiva acontecida na região durante o Eocretáceo.
4.2. Tectônica
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8ºS Tensional
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Conjugado
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Eixo de distensão R S=10º
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Exo de transferência ^
R' S=77º
^ S=78,5º
R R'=67º R
Empurrão ^ ^ R'=67º
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0 50km ^ ^
e = Critério de Cisalhamento Coulomb = 23º
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Recôncavo
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Compressão
Extensão
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Bloco Norte
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DO Cisalhamento
AMÉRICA SUL
DO ÁFRICA
20º SUL Bloco Sul 20º
ÁFRICA
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Quente
Extensão
40º 40º
Direção relativa de
movimento
Lineamentos mag-
néticos Mesozóicos
LPN-Lineamento Pernambuco-Nagaoundere Continente Oceano Limite crosta con-
tinental /oceânica
O Projeto Bacia do Tucano Sul abrange terrenos igneos e metamórficos, que constituem o
embasamento pré-cambriano e terrenos sedimentares, pertencentes às bacias do Tucano e Recôncavo Norte.
A área do projeto insere-se parcialmente no “Polígono das Secas” e apresenta escassez de recursos hídricos
superficiais, restritos aos vales úmidos dos poucos rios perenes que a cortam. A variação de precipitação
pluviométrica anual (100mm até 850mm, para os períodos de 1934 a 1960 e 1983 a 1995), às vezes com
intervalos prolongados de estiagem, obriga a sua população a se abastecer de pequenas fontes e cisternas,
que ocasionalmente resistem às secas (Ferreira, 1964; Carvalho & Costa, 1996).
Os poucos recursos hídricos superficiais contrastam com os fartos mananciais armazenados em
subsuperfície, entre as rochas sedimentares da bacia, que constituem grandes reservatórios, passíveis de
solucionar o grave problema do abastecimento d’água que afeta grande parte dos habitantes da região.
As unidades que ocorrem nas bacias do Tucano Sul/Central e Recôncavo Norte são analisadas aqui,
sob a ótica das suas potencialidades hidrogeológicas como reservatório. O aumento significativo das
unidades arenosas, de sul para norte, ou da Bacia do Recôncavo para a Bacia do Tucano, induz à presença de
aqüíferos mais significativos nesse sentido.
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LEGENDA
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Aquíferos intergranulares livres de alto potencial Aquíferos intergranulares multicamadas parcialmente
1 hidrogeológico como área de recarga 4 confinados de baixo potencial hidrogeológico como reservatório
..
Aquíferos intergranulares parcialmente confinados de alto Aquíferos intergranulares parcialmente confinados de
2 5
potencial hidrogeológico como reservatório médio potencial hidrogeológico como reservatório
Aquíferos intergranulares multicamadas parcialmente Aquíferos intergranulares multicamadas parcialmente
3 confinados de alto potencial hidrogeológico como reservatório 6
confinados de baixo a médio potencial hidrogeológico
como reservatório
..
Figura 5.1 - Sistemas aquíferos da Bacia do Tucano Sul/Central
termal, como acontece nas estâncias hidrominerais de Caldas do Jorro, Jorrinho e Cipó. A alimentação desse
sistema aqüífero é feita diretamente pelas águas das chuvas, pela infiltração a partir do sistema descrito no
item 1 e pelos rios Itapicuru e Inhambupe; e suas descargas naturais acontecem através dos rios citados
acima e de seus afluentes, das nascentes e da evapotranspiração, esta ultima potencializada pelo clima semi-
árido dominante na região. A migração das águas no sistema relaciona-se diretamente à permeabilidade, à
inclinação das camadas, que normalmente mergulham para leste em direção ao depocentro da bacia, e aos
sistemas de falhas;
4) Sistema Aqüífero Intergranular Multicamadas Parcialmente Confinado - de baixo potencial
hidrogeológico como reservatório, representado pelas formações Candeias, Água Grande e Itaparica, com
espessuras superiores a 1.300m; a primeira, parcialmente aflorante e as duas últimas não-aflorantes na área.
As formações Candeias e Itaparica são constituídas predominantemente de pelito, associado a níveis
centimétricos até alguns metros de arenito bem e mal selecionado, permoporoso, e carbonato. A Formação
Água Grande é representada por um pacote de arenito com até 27m de espessura, balizado pelas formações
Candeias, no topo, e Itaparica, na base. Embora essa associação de litofácies tenha um comportamento
hidrogeológico de multicamadas, análogo ao aqüífero do item 3, o tratamento diferenciado como sistema
aqüífero de baixo potencial que lhe é atribuído deve-se ao predomínio absoluto de rochas impermeáveis,
desfavoráveis a uma boa produtividade, e à considerável profundidade em que se encontra a grande maioria
dessas litofácies, inviabilizando a recuperação das suas reservas e favorecendo o aumento da taxa de
salinidade do sistema. Apesar das desvantagens citadas acima, a falta de outras fontes alternativas em
algumas partes da região, faz com que o suprimento d’água seja obtido das camadas aflorantes e
subaflorantes do arenito confinado ou semi-confinado do sistema, através de poços tubulares;
5) Sistema Aqüífero Intergranular Parcialmente Confinado - de médio potencial hidrogeológico
como reservatório, representado pela Formação Sergi, composta essencialmente de arenito permoporoso,
cortado por sistemas de falhas e fraturas. Uma espessura máxima de 289m é atribuída a essa formação, cujos
tipos litológicos conformam um relêvo de morros alongados e descontínuos com altitudes de até 350m.
Trata-se de um sistema aqüífero livre nas suas áreas de afloramento e confinado em profundidade pelos
sistemas anteriores. Carvalho & Costa (1996) recomendam a perfuração de poços tubulares nessas áreas com
profundidade até 200m, locados sobre a zona de baixo potencial para água subterrânea do item 4, próximo ao
contato, onde as condições de surgência são melhores e as taxas de salinidade são menores. A sua principal
fonte alimentadora provém diretamente das chuvas, enquanto a evapotranspiração e a infiltração constituem-
se nos fatores básicos responsáveis pela descarga natural do sistema;
6) Sistema Aqüífero Intergranular Multicamadas Parcialmente Confinado - de baixo a médio
potencial hidrogeológico, representado pela Formação Aliança, composta de um pacote superior (membro
Capianga) de pelito, com 116m de espessura máxima, associado com níveis subordinados de arenito; e de
um pacote inferior (membro Boipeba) de arenito, com até 165m de espessura, com intercalações de pelito. O
pacote superior não é recomendável como aqüífero, porém o conjunto inferior pode se constituir em uma
zona razoável de captação de água nas suas áreas livres ou nas zonas confinadas próximas ao contato com o
membro Capianga. Nas áreas mais afastadas das zonas de afloramento a taxa de salinidade e a profundidade
de captação da água inviabilizam esse reservatório.
6
RECURSOS MINERAIS
As rochas sedimentares pertencentes ao rifte RTJ envolvidas na área do projeto, não foram ainda
suficientemente estudadas quanto ao seu potencial mineral; porém, é conhecida a vocação desses terrenos
para água subterrânea, com fartos reservatórios passíveis de serem utilizados (ver capítulo 5), e para
hidrocarbonetos, principalmente gás, evidenciada pelos cerca de 120 poços perfurados na área pela
Petrobras, distribuídos, quase todos, nos campos de Conceição, Iraí e Quererá (figura 6.1 e anexo I). Desses
poços, apenas dois no Campo de Conceição, um no Campo de Quererá, um em Subauma Mirim (SM-1), um
em Sempre Viva (SV-1) e um no Norte de Pontal (NP-1) mostram-se produtores potenciais de óleo (Muricy,
2001). Além desses bens minerais, indícios de ouro e concentrações de bário, chumbo, urânio e vanádio
realçam o potencial mineral dessa bacia. Depósitos de argila também já despertam interesse empresarial, haja
visto o registro de áreas requeridas junto ao DNPM.
No domínio do embasamento tem-se jazimentos de calcário, ouro, argila, ferro e pedreiras de granito
e granulito, que também estão sendo alvo de considerações neste trabalho (figura 6.1 e anexo I).
6.1 Hidrocarbonetos
6.2 Bário
6.3 Urânio-Vanádio
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Jazimentos minerais
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SM1 Poços produtores potenciais de óleo
Figura 6.1- Mapa geológico simplificado com a localização dos jazimentos minerais
de sondagem durante os trabalhos de prospecção de petróleo. Posteriormente, verificou-se também a
ocorrência de carnotita em afloramentos desses arenitos, ampliando assim a importância dessas
mineralizações.
Trabalhos de prospecção revelaram valores máximos de 100.000 ppm (10%) de vanádio em arenitos
fluviais da Formação Sergi, ricos em matéria orgânica, localizados na região limítrofe entre as sub-bacias
Tucano Central e Tucano Sul (3 U/V e 4 U/V), enquanto amostras intemperizadas dessas rochas forneceram
teores em torno de 4% de vanádio (Santana, 1980). O urânio e vanádo ocorrem sob as formas de vanadatos,
silicatos e sulfetos, impregnando os interstícios de grãos de quartzo e feldspato.
De acordo com Saad & Munne (1982), essa mineralização apresenta amplitude regional, ocorre sob a
forma de lentes e pode associar-se a sulfetos de cobre e níquel (calcopirita+pentlandita), além de pirita. Seus
melhores teores encontram-se em profundidades superiores a 200m (17,4% de V2O5 e 0,75% de U308).
Foram identificados patronita, montroseita, coffinita e heweltita, como minerais da mineralização primária,
enquanto os minerais secundários correspondem a zippeita, carnotita e metatyuyamonita. As espessuras dos
níveis mineralizados são variáveis (centimétricas até vários metros) e diversos desses níveis podem ocorrer
num mesmo furo.
6.4 Chumbo
6.5 Ouro
Trabalhos de prospecção desenvolvidos na borda oeste da Bacia do Tucano (Conceição Filho &
Rangel, 1994), entre os paralelos 10º e 12º de latitude sul e os meridianos 38º30’ e 39º30’ de longitude oeste,
objetivaram a verificação de valores anômalos para ouro asssociados a rochas areno-conglomeráticas das
formações Aliança, Sergi e Marizal. Essa investigação decorreu do fato do embasamento situado a oeste
dessa bacia encerrar o Greenstone Belt do Rio Itapicuru, portador de jazimentos de ouro e possível
fornecedor de material para o seu preenchimento.
Inicialmente esses trabalhos registraram a presença de ouro em conglomerado da Formação Marizal,
no Morro do Pai Miguel, com teores de 0,17g/t de Au até 0,4g/t de Au e em arenitos das formações Sergi (50
pintas de ouro) e Aliança (65 pintas de ouro) (Noguti, 1998). Esses trabalhos de prospecção tiveram
continuidade em duas áreas-alvo, que totalizam 1.050 km2 (áreas de Canabrava e de Teofilândia), mediante
um programa de exploração geológica e de geoquímica regional. Na área de Canabrava as concentrações
anômalas para Au variaram entre 1,20ppm e 5,75 ppm e estão associadas a psamitos/psefitos da Formação
Marizal e na área de Teofilândia essas concentrações variaram de 1,07ppm a 14,40ppm, relacionadas a
arenito da Formação Aliança (Conceição Filho & Rangel, 1994).
A oeste da Sub-bacia do Tucano Sul estão cadastrados três jazimentos de ouro relacionados a restos
da seqüência matavulcanossedimentar do Grenstone Belt do Rio Itapicuru. Desses registros o mais
importante é o de Lagoa do Gato, onde foi definido um pequeno depósito pela Companhia Vale do Rio Doce
(CVRD), com reservas totais de 111.700t de minério e teores de 4,72g/t de Au para as reservas medidas e
3,56g/t de Au para as reservas indicadas e inferidas.
6.6 Argila
É um bem mineral utilizado na fabricação da cerâmica estrutural de piso (tijolos, telhas, lajotas etc),
para cerâmica branca e na indústria de refratários e de agregados leves. Na Sub-bacia do Tucano Sul o
potencial para argila provém não só de níveis pelíticos que integram as suas diversas unidades
litoestratigráficas, como também de depósitos de baixada ou argila de várzea, recentes. A Formação Marizal
se destaca como potencialmente importante por ter maior extensão aflorante e por apresentar um relevo que
facilita eventuais operações de lavra nos denominados depósitos de morro; embora a sua situação geográfica
em relação aos principais mercados consumidores ainda seja obstáculo ao aproveitamento dos potenciais
depósitos desse bem mineral.
Apenas um jazimento de argila (60ag) está cadastrado na área, fora do domínio da Sub-bacia do
Tucano Sul. Trata-se de um garimpo de argila de várzea, de idade quaternária, cuja camada tem espessura
variável de 0,2m a 1,0m e é utilizada para fabrico de telhas e tijolos.
6.7 Calcário
Quatro dos sete jazimentos de calcário cadastrados na área estão relacionados ao Grupo Estância; os
demais referem-se à Formação Aliança (figura 6.1). Os sete jazimentos foram alvo de explotação, seja na
condição de mina (50ca e 56ca), ou de lavra intermitente e rudimentar comparável à garimpagem (os cinco
jazimentos restantes). No jazimento da Pedreira Pau de Colher (50ca), a rocha carbonática corresponde
composicionalmente a um dolomito calcífero com 17% de MgO e as reservas totais eram originalmente da
ordem de 5,8 milhões de toneladas. Na mina da fazenda Aracitu (56ca) as reservas medida e indicada,
aprovadas pelo DNPM, somam cerca de 6,8 milhões de toneladas.
6.8 Ferro
Apresenta-se como uma pequena ocorrência de óxidos de ferro associados a quartzo, sem interesse
prospectivo, encaixada em granulitos do Complexo Caraíba.
6.9.Granito e Granulito
(1) A parte do rifte Recôncavo-Tucano-Jatobá (RTJ) abrangida neste trabalho, representa uma
sedimentação continental siliciclástica produzida por sistemas aluvial, fluvial, eólico, deltáico e lacustre,
acontecida do Neojurássico ao Eocretáceo em uma bacia do tipo rifte-sag, evoluída em três fases tectônicas:
fase pré-rifte, caracterizada por estiramento crustal; fase sinrifte dominada por subsidência mecânica; e fase
pós-rifte, gerada por subsidência termal da crosta. Essas fases tectônicas compõem uma megasseqüência
deposicional relacionada às unidades litoestratigráficas definidas para a bacia por Viana et.al. (1971);
(2) Quatro tectonosseqüências foram identificadas na área, da base para o topo: tectonosseqüência
pré-rifte (TPRR), tectonosseqüência sinrifte1 (TSR1), tectonosseqüência sinrifte2 (TSR2) e tectonosseqüência
pós-rifte (TPOR). Cada uma delas inclui um ou mais tratos de sistemas. A TPRR corresponde ao Grupo
Brotas (formações Aliança e Sergi), relacionada a um trato de sistemas de lago alto (ts-I); a TSR1
corresponde aos grupos Santo Amaro (formações Itaparica, Água Grande e Candeias), Ilhas e Massacará
inferior e, parcialmente, à Formação Salvador e é formada por três tratos de sistemas (margem de
plataforma/ts-II, trangressivo/ts-III e lago alto/ts-IV); a TSR2 é representada pelo Grupo Massacará superior e
por parte da Formação Salvador, relacionados a um trato de sistemas de lago baixo (ts-V); e a TPOR
corresponde à Formação Marizal, constituída de um trato de sistemas de lago baixo (ts-VI);
(3) Essa sedimentação foi controlada fundamentalmente pela tectônica no Eocretáceo, que reativou
anisotropias preexistentes, evidenciadas pelo forte paralelismo existente entre os traços estruturais do
embasamento e algumas das falhas de borda do rifte; e regulou o suprimento, a taxa de acomodação de
sedimentos na bacia e a variação relativa do nível do lago;
(4) A megaestrutura do rifte RTJ, produzida pela fragmentação da crosta, é retratada na área do
projeto por dois semigrábens assimétricos. Um semigráben corresponde às sub-bacias do Tucano Sul e
Central, separadas pela falha transferente do Rio Itapicuru e o outro constitui a Bacia do Recôncavo,
separada da Sub-bacia do Tucano Sul pela Rampa de Revezamento de Aporá;
(5) Três sistemas de falhas, geralmente extensionais oblíquas, penetrativas nas rochas do
embasamento, orientados NE-SW, NS e NW-SE, estruturam internamente essas bacias. Esses sistemas
regionais estão marcados nos afloramentos por feixes de falhas de espessuras milicentimétricas, arranjados
segundo um padrão entrelaçado e preenchidos por material cominuído e cimentado;
(6) A evolução tectonossedimentar das bacias em apreço começou no Neojurássico com a formação
de uma ampla depressão intracratônica e acumulação dos depósitos pertencentes à tectonosseqüência TPRR,
provenientes de norte e oeste. Seguiu-se a essa fase um período de exposição e erosão das unidades então
depositadas, marcado por uma discordância regional, sobre a qual se instalou, no Eocretáceo, nova
sedimentação, agora fortemente controlada pela tectônica e relacionada à fase sinrifte, dividida nas
tectonosseqüências TSR1 e TSR2. A tectonosseqüência TSR1 depositou-se durante o Andar Rio da Serra,
quando o aporte de sedimentos para a bacia se deu de W/SW para E/NE na Bacia do Tucano Sul/Central e de
N e W para S e E na Bacia do Recôncavo. A deposição da tectonosseqüência TSR2 aconteceu no Eojiquiá, e
se caracteriza pela mudança na polaridade sedimentar, com fluxo dos detritos de N/NW para S/SE na Bacia
do Tucano Sul/Central e de N para S na Bacia do Recôncavo. Novo intervalo não-deposicional acompanhado
de exposição/erosão e marcado por discordância regional, baliza o preenchimento final dessas bacias,
acontecido no final do Eocretáceo. Nesse intervalo se forma uma bacia do tipo sag, gerada por subsidência
flexural, decorrente do resfriamento e contração litosféricos, onde se acumularam as unidades que
constituem a tectonosseqüência TPOR, provenientes principalmente de norte;
(7) A área apresenta escassez de recursos hídricos superficiais, embora seja rica em mananciais
subsuperficiais, armazenados entre as unidades do rifte RTJ. Esses mananciais subsuperficiais foram
enquadrados em seis sistemas aqüíferos de importância hidogeológica variável: (a) sistema aqüífero
intergranular livre, de alta importância hidogeológica como área de recarga, (b) sistema aqüífero
intergranular parcialmente confinado, de alto potencial hidrogeológico como reservatório, (c) sistema
aqüífero intergranular multicamadas parcialmente confinado, de alto potencial hidrogeológico como
reservatório, (d) sistema aqüífero intergranular multicamadas parcialmente confinado, de baixo potencial
hidrogeológico como reservatório, (e) sistema aqüífero intergranular parcialmente confinado, de médio
potencial hidrogeológico como reservatório e (f) sistema aqüífero intergranular multicamadas parcialmente
confinado, de baixo a médio potencial hidrogeológico como reservatório;
(8) Reservas importantes de hidrocarbonetos, principalmente gás, indícios de ouro e concentrações
de bário, chumbo, urânio e vanádio, ainda não suficientemente avaliados, fazem parte do potencial mineral
da Bacia do Tucano Sul/Central.
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APÊNDICES
Listagem dos Jazimentos Minerais
Listagem dos Jazimentos Minerais
Coordenadas Rocha
Nº do Geográficas Encaixante/ Hospe-
N.º de Local/ Status da Mineralização/
DOC Latitude (S) Substância deira e/ou Associada
ordem Município/UF Produção/Reservas/Teores
META Longitude
(W)
11o00’52’’ Bário Faz. Manteiga/ Caldas do Calcários Ocorrência mineral
01 17803
38o47’20’’ Jorro/ BA
11o00’55’’ Bário Faz. Itapicuru/ Caldas do Calcários Ocorrência mineral
02 17802
38o43’30’’ Jorro/ BA
11o04’25’’ Urânio e vaná- Tiririca/ Tucano/ BA Arenitos Indício
03 01001
38o44’55’’ dio
11o05’50’’ Urânio e vaná- Poço Redondo/ Tucano/ BA Arenitos Indício
04 01000
38o52’15’’ dio
11o06’11’’ Bário Faz. Lagoa da Entrada/ Tu- Arenitos Ocorrência mineral
05 17768
38o50’55’’ cano/ BA
11o06’11’’ Bário Tracupa/ Tucano/ BA Siltito calcífero Ocorrência mineral
06 17767
38o49’45’’
11o08’50’’ Bário Faz. Barreiras/ Tucano/ BA Arenitos Ocorrência mineral
07 17759
38o47’28’’
11o09’19’’ Bário Faz. Barreiras/ Tucano/ BA Arenitos Ocorrência mineral
08 17761
38o47’23’’
11o09’31’’ Bário Faz. Barreiras/ Tucano/ BA Arenitos Ocorrência mineral
09 17766
38o47’26’’
11o09’41’’ Bário Faz. Barreiras/ Tucano/ BA Arenitos Ocorrência mineral
10 17760
38o47’30’’
11o09’49’’ Bário Faz. Barreiras/ Tucano/ BA Arenitos Ocorrência mineral
11 17770
38o46’48’’
11o09’55’’ Bário Faz. Barreiras/ Tucano/ BA Arenitos Ocorrência mineral
12 17771
38o47’08’’
11o10’33’’ Bário Faz. Barreiras/ Tucano/ BA Arenitos Ocorrência mineral
13 17769
38o47’05’’
11o13’13’’ Bário Faz. Lagoa da Entrada/ Tu- Arenitos Ocorrência mineral
14 17763
38o49’05’’ cano/ BA
11o13’18’’ Bário Faz. Queimada/ Tucano/ BA Arenitos Ocorrência mineral
15 17765
38o49’15’’
11o13’24’’ Bário Faz. Lagoa da Entrada/ Tu- Arenitos calcíferos Ocorrência mineral
16 17764
38o51’10’’ cano/ BA
11o13’26’’ Bário Faz. Queimada/ Tucano/ BA Arenitos Ocorrência mineral
17 17762
38o51’35’’
11o15’05’’ Bário Faz. Pau do Rato/ Tucano/ Arenitos Ocorrência mineral
18 17796
38o50’05’’ BA
11o16’11’’ Bário Faz. Pau do Rato/ Tucano/ Arenitos Ocorrência mineral
19 17794
38o51’00’’ BA
11o16’47’’ Bário Faz. Pau do Rato/ Tucano/ Arenitos Ocorrência mineral
20 17795
38o50’50’’ BA
11o16’44’’ Bário Faz. Outeiros/ Tucano/ BA Arenitos Ocorrência mineral
21 17793
38o49’10’’
11o18’04’’ Bário Faz. Ouro Preto/ Tucano/ Arenitos Ocorrência mineral
22 17788
38o49’15’’ BA
11o20’23’’ Bário Faz. Maria Preta/ Tucano/ Arenitos Ocorrência mineral
23 17792
38o49’20’’ BA
11o20’31’’ Bário Faz. Tamanduá/ Araci/ BA Calcários Ocorrência mineral
24 17790
38o51’25’’
11o20’48’’ Bário Quererá/ Tucano/ BA Arenitos Ocorrência mineral
25 17789
38o50’00’’
11o20’53’’ Bário Quererá/ Araci/ BA Arenitos Ocorrência mineral
26 17785
38o50’12’’
11o21’03’’ Bário Quererá/ Araci/ BA Siltitos calcíferos Ocorrência mineral
27 17783
38o50’39’’
11o20’40’’ Bário Quererá/ Araci/ BA Arenitos Ocorrência mineral
28 17786
38o49’25’’
11o20’55’’ Bário Quererá/ Araci/ BA Arenitos Ocorrência mineral
29 17784
38o49’27’’
11o21’53’’ Bário Faz. Pau Seco/ Araci/ BA Arenitos Ocorrência mineral
30 17787
38o49’28’’
11o22’11’’ Bário Faz. Pau Seco/ Araci/ BA Arenitos Ocorrência mineral
31 17782
38o49’05’’
11o22’40’’ Bário Faz. Pau Seco/ Araci/ BA Arenitos Ocorrência mineral
32 17791
38o49’10’’
11o24’50’’ Bário Faz. Carrancuda/ Teofilân- Arenitos Ocorrência mineral
33 17780
38o49’35’’ dia/ BA
Listagem dos Jazimentos Minerais
Coordenadas Rocha
Nº do Geográficas Encaixante/ Hospe-
N.º de Local/ Status da Mineralização/
DOC Latitude (S) Substância deira e/ou Associada
ordem Município/UF Produção/Reservas/Teores
META Longitude
(W)
11o00’52’’ Bário Faz. Manteiga/ Caldas do Calcários Ocorrência mineral
01 17803
38o47’20’’ Jorro/ BA
11o00’55’’ Bário Faz. Itapicuru/ Caldas do Calcários Ocorrência mineral
02 17802
38o43’30’’ Jorro/ BA
11o04’25’’ Urânio e vaná- Tiririca/ Tucano/ BA Arenitos Indício
03 01001
38o44’55’’ dio
11o05’50’’ Urânio e vaná- Poço Redondo/ Tucano/ BA Arenitos Indício
04 01000
38o52’15’’ dio
11o06’11’’ Bário Faz. Lagoa da Entrada/ Tu- Arenitos Ocorrência mineral
05 17768
38o50’55’’ cano/ BA
11o06’11’’ Bário Tracupa/ Tucano/ BA Siltito calcífero Ocorrência mineral
06 17767
38o49’45’’
11o08’50’’ Bário Faz. Barreiras/ Tucano/ BA Arenitos Ocorrência mineral
07 17759
38o47’28’’
11o09’19’’ Bário Faz. Barreiras/ Tucano/ BA Arenitos Ocorrência mineral
08 17761
38o47’23’’
11o09’31’’ Bário Faz. Barreiras/ Tucano/ BA Arenitos Ocorrência mineral
09 17766
38o47’26’’
11o09’41’’ Bário Faz. Barreiras/ Tucano/ BA Arenitos Ocorrência mineral
10 17760
38o47’30’’
11o09’49’’ Bário Faz. Barreiras/ Tucano/ BA Arenitos Ocorrência mineral
11 17770
38o46’48’’
11o09’55’’ Bário Faz. Barreiras/ Tucano/ BA Arenitos Ocorrência mineral
12 17771
38o47’08’’
11o10’33’’ Bário Faz. Barreiras/ Tucano/ BA Arenitos Ocorrência mineral
13 17769
38o47’05’’
11o13’13’’ Bário Faz. Lagoa da Entrada/ Tu- Arenitos Ocorrência mineral
14 17763
38o49’05’’ cano/ BA
11o13’18’’ Bário Faz. Queimada/ Tucano/ BA Arenitos Ocorrência mineral
15 17765
38o49’15’’
11o13’24’’ Bário Faz. Lagoa da Entrada/ Tu- Arenitos calcíferos Ocorrência mineral
16 17764
38o51’10’’ cano/ BA
11o13’26’’ Bário Faz. Queimada/ Tucano/ BA Arenitos Ocorrência mineral
17 17762
38o51’35’’
11o15’05’’ Bário Faz. Pau do Rato/ Tucano/ Arenitos Ocorrência mineral
18 17796
38o50’05’’ BA
11o16’11’’ Bário Faz. Pau do Rato/ Tucano/ Arenitos Ocorrência mineral
19 17794
38o51’00’’ BA
11o16’47’’ Bário Faz. Pau do Rato/ Tucano/ Arenitos Ocorrência mineral
20 17795
38o50’50’’ BA
11o16’44’’ Bário Faz. Outeiros/ Tucano/ BA Arenitos Ocorrência mineral
21 17793
38o49’10’’
11o18’04’’ Bário Faz. Ouro Preto/ Tucano/ Arenitos Ocorrência mineral
22 17788
38o49’15’’ BA
11o20’23’’ Bário Faz. Maria Preta/ Tucano/ Arenitos Ocorrência mineral
23 17792
38o49’20’’ BA
11o20’31’’ Bário Faz. Tamanduá/ Araci/ BA Calcários Ocorrência mineral
24 17790
38o51’25’’
11o20’48’’ Bário Quererá/ Tucano/ BA Arenitos Ocorrência mineral
25 17789
38o50’00’’
11o20’53’’ Bário Quererá/ Araci/ BA Arenitos Ocorrência mineral
26 17785
38o50’12’’
11o21’03’’ Bário Quererá/ Araci/ BA Siltitos calcíferos Ocorrência mineral
27 17783
38o50’39’’
11o20’40’’ Bário Quererá/ Araci/ BA Arenitos Ocorrência mineral
28 17786
38o49’25’’
11o20’55’’ Bário Quererá/ Araci/ BA Arenitos Ocorrência mineral
29 17784
38o49’27’’
11o21’53’’ Bário Faz. Pau Seco/ Araci/ BA Arenitos Ocorrência mineral
30 17787
38o49’28’’
11o22’11’’ Bário Faz. Pau Seco/ Araci/ BA Arenitos Ocorrência mineral
31 17782
38o49’05’’
11o22’40’’ Bário Faz. Pau Seco/ Araci/ BA Arenitos Ocorrência mineral
32 17791
38o49’10’’
11o24’50’’ Bário Faz. Carrancuda/ Teofilân- Arenitos Ocorrência mineral
33 17780
38o49’35’’ dia/ BA
11o26’03’’ Chumbo Faz. Olhos d’Água/ Teofi- Arenitos conglomerá- Ocorrência mineral
34 17779
38o49’55’’ lândia/ BA ticos
11o27’07’’ Bário Faz. Olhos d’Água/ Teofi- Arenitos Ocorrência mineral
35 17781
38o50’20’’ lândia/ BA
11o35’04’’ Bário Faz. Baixa Funda (Pedreira Arenitos Indício
36 17772
38o49’58’’ do Norberto)/Biritinga/BA
11o36’29’’ Bário Faz. Pedro Sinal/ Biritinga/ Arenitos Depósito mineral
37 17799
38o48’30’’ BA RM=26000t de BaSO4
11o36’47’’ Bário Pedra do Mocó/ Biritinga/ Arenitos Indício
38 17776
38o48’20’’ BA
11o37’07’’ Bário Saída de Biritinga (direção Arenitos Indício
39 17777
38o48’05’’ E)/ Biritinga/ BA
11o37’14’’ Bário Faz. Tapera/ Biritinga/ BA Arenitos Ocorrência mineral
40 17778
38o48’25’’
11o36’48’’ Bário Faz. Roça do Mato/ Biritin- Arenitos Indício
41 17773
39o47’10’’ ga/ BA
11o37’10’’ Bário Faz. Poço de Dentro/ Biri- Arenitos Indício
42 17774
38o47’15’’ tinga/ BA
11o37’20’’ Bário Faz. Roça do Mato/ Biritin- Arenitos Indício
43 17775
38o46’50’’ ga/ BA
11o40’43’’ Bário Faz. Buraco do Dinheiro/ Arenitos Ocorrência mineral
44 17800
38o48’58’’ Biritinga/ BA
11o43’27’’ Bário Faz. Jacaré/ Água Fria/ BA Arenitos Ocorrência mineral
45 17798
38o45’55’’
11o43’39’’ Bário Faz. Jacaré/ Água Fria/ BA Arenitos Ocorrência mineral
46 17801
38o44’50’’
11o43’53’’ Bário Faz. Jacaré/ Água Fria/ BA Arenitos Ocorrência mineral
47 17797
38o45’15’’
11o55’45’’ Granulito (pe- Riacho da Guia/ Inhambupe/ Granulitos Mina intermitente
48 17741
38o23’05’’ dra de talhe) BA
11o51’25’’ Calcário Faz. Saquinho/ Inhambupe/ Calcários Garimpo intermitente
49 00999
38o19’10’’ BA
Calcários Mina inativa
11o33’35’’ Dolomito cal- Pedreira Pau de Colher/ RM=1.082.500t; RI=1.100.000t;
50 00996
38o06’55’’ cítico Crisópolis/ BA Teores: MgO=17%, CaO=40%.
RIF=3.670.000t
00997 11o33’00’’ Calcário Faz. Pequara/ Crisópolis/ Calcários Garimpo intermitente
51
38o08’00’’ BA
00998 11o33’00’’ Calcário Faz. Outeiro do Matame/ Calcários Garimpo intermitente
52
38o06’55’’ Crisópolis/ BA
11o29’30’’ Calcário Faz. Buril/ Rio Real/ BA Calcários Garimpo intermitente
53 00995
38o02’30’’
11o00’25’’ Ouro SE de Mandacaru/ Tucano/ Metavulcânicas e Indício
54 17745
38o59’40’’ BA metassedimentos
11o09’45’’ Riacho Pega Fogo (Faz. Calcários Garimpo intermitente
55 00993 Calcário
38o57’30’’ Dantas Bezera)/ Araci/ BA
11o10’00’’ Mina inativa
56 00994 Calcário Faz. Aracitu/ Araci / BA Calcários
38o57’00’’ RM=3.178.758t; RI=3.702.402t
17744 11o22’50’’ Ouro SW de Araci/Araci/ BA Metavulcânicas e me- Indício
57
38o59’50’’ tassedimentos
Depósito mineral
RM=72.700t, teor médio de
11o24’40’’ Lagoa do Gato/ Teofilândia/ Metavulcânicas e me-
58 17743 Ouro Au=4,72g/t; RI=15000t, teor médio
38o59’50’’ BA tassedimentos
de Au=3,56g/t; RIF=24.000t, teor
médio de Au=3,56g/t.
11o33’13’’ Granito (pedra Faz. Maravilha/ Serrinha/ Granitos Garimpo intermitente
59 17740
38o56’09’’ de talhe) BA
11o39’21’’ Argila Faz. Maçaranduba/ Serri- Argilas Garimpo intermitente
60 17739
38o59’43’’ nha/ BA
11o48’35’’ Ferro Faz. Lamarãozinho/ Lama- Granulitos Indício
61 00991
38o58’00’’ rão/ BA
Fonte dos dados: CPRM – Base META, atualizada até março/1998. Todas as referências bibliográficas constam na própria base de dados que pode ser aces-
sada também pela Internet (http:www.cprm.gov.br).
Representação: Os jazimentos estão representados no mapa geológico pelo nome da substância (4a coluna) e na base de dados pelo no do DOCMETA (2a co-
luna).
Súmula dos Dados de Produção
Obras consultadas
Teses universitárias.......................................................................................................................6
Dados do projeto
Afloramentos estudados.............................................................................................................72*
Amostras coletadas....................................................................................................................45
Análises petrográficas...............................................................................................................45
1. Documentos arquivados na Unidade Operacional da CPRM de Salvador (SUREG/SA), situada na Av. Ulysses
Guimarães, 2.862, Centro Administrativo da Bahia.
• Mapas geológicos na escala 1:100.000 das folhas Cipó, Olindina, Sátiro Dias e Inhambupe (arquivos vetoriais)
• Mapas planimétricos na escala 1:100.000 das folhas Cipó, Olindina, Sátiro Dias e Inhambupe (arquivos
vetoriais)
• Mapa geológico integrado na escala 1:200.000 das folhas Cipó, Olindina, Sátiro Dias e Inhambupe
2. Produtos disponíveis em arquivos eletrônicos sob a forma de banco de dados do Sistema de Informações
Geológicas do Brasil - MICROSIR, que podem ser acessados através de computadores interligados à Rede
Nacional de Comunicação de Dados por Comutação de Pacotes - RENPAC, da EMBRATEL, mediante consulta ao
Serviço de Atendimento ao Usuário do DIDOTE - Divisão de Documentação Técnica da CPRM, no Escritório do
Rio de Janeiro, situado na Avenida Pasteur, 404, Urca.
Revisão Final
Roberto Campêlo de Melo
CDD 558.14
in memoriam
Supervisão de Informática
José da Silva Amaral
EQUIPE DE PRODUÇÃO
6
K1c 4
J3ab SUB-BACIA TUCANO CENTRAL
-11
K1m 2
BR
K1ss(s)
Qa Rua Nova Qa Itapicuru de Cima RIBEIRA DO
Qa K1m Cipó
J3s J3s Jorrinho AMPARO
J3ab
Ri
o u Mandassaia
Qa
r
I t a p i cu 4
J3s
J3ab 5 NPe
K1m
U/V
K1is Pedra Grande Faz. Tapera
CIST1 NPe 8
J3s CIST1
SR1
J3ab J3s 10 Canas 3 1
J3ab U/V 5 8 CIPÓ as Tapera
Ba Faz. Praia Verde
d
Ba K1ss(s) ho
2
c
K1c Tracupá 10 20
ia
R
J3ac
20
3 3 2
UZB1
NPe 15
5 Faz. Pai Miguel 10
5 K1ss(i) Qa Qr 7
Arapuá 10 UB1 1
K1c Buri Pau da Jurema
MAsl Itapicuru
6
10 4
-11
J3s A' SUB-BACIA TUCANO SUL
BR
J3s Ba
UB2 Baixa da Varzinha
Ba K1m
12 Ba
R
Ba io
Rio
12 Ba Ba QLST1
7 Sátiro Dias
RÁ
NPe 25
Cafuzinho
Qd Ba K1m
Re
TOBIAS
O
Ba K1m al
Serrinha
AP
Ria K1ss(s) BARRETO
ch Ba FT1 gá
o o do I n 5
DE
K1c K1ss(s)
ch
Mu
R ia
15
TO
Romeiro
lungu
Assentamento
PPri Ria cho Cipó 12 Torre Telemar
AL
Pé de Serra Sambaíba
(INCRA) K1m RPST1 K1m Inhambupe
J3ac Qd K1ss(i) K1m 4
J3s Ind.Cajuba K1m NPe 4
5 6 FQ1 FQL1
10 9
8760 8760 3
A J3ac
15 Ba
Ba
Ba Ba Qa
20 5
MAsl J3ab K1c
FQ2
Faz.Monte Alegre K1m Boa Vista 6 BACIA RECÔNCAVO NORTE
K1ss(s) SO1 3 3 2
5 K1is 10
RC2 2
J3ab 5 12° 12°
Ba NOVA 39° 38°
mburi
J3s K1ss(s)
Angico SOURE 1 Fase pós-rifte; 2 Fase sinrifte; 3 Fase pré-rifte; 4 Grupo Estância; 5 Cinturão Móvel Salvador-
Asl RCST1 K1ss(s)
Riacho Ta
K1m Mosquete 5 15
Esplanada; 6 Cinturão Móvel Salvador-Curaçá; 7 Bloco de Serrinha; 8 Falha de Itapicuru; 9
Ba Mangabeira
K1c Falha de Inhambupe; 10 Falha Córrego Olho D'Água/Tombador.
8
Ba K1m
J3ac Qd Ba 15
K1c Qr
o
arr
6 ho
un
K1m
do B
uz
J3s
f
a
Riacho C
K1ss(s)
FORMAÇÕES SUPERFICIAIS CONTINENTAIS
o
Riach
Ba Várzea
Barreiro
J3ab do Pote
FCA1 Colônia
Getulio Vargas ITAPICURU K1m
CENOZÓICO
ho do
São João
J3a 20
12
do Paiaiá
QUATERNÁRIO
R i ac
Canavieira
MAsl K1ss(i)
Ba Rio
ARACI J3s
Quererá Qa Depósitos aluviais: areia, argila e cascalho
Ba 20 It
ap
Ba Ba ic
uru Vila Velha
Ba Ba Ba K1ss(s)
Qd
Ba OLINDINA N2b Qr
Faz.Baixada
K1m Coberturas residuais: areia e argila
K1c
Paiaiá
Ba FCB1 NP1
J3s Galo Assanhado
Ba
on d o
Coberturas detríticas arenosas coluviais
R io
K1c Qd
rimb
Ma
h.
PPri J3ab Gabriel
Rc
6 NEÓGENO
Au K1ss(s) Sitio N.S. do
J3s J3a rro Qa
Livramento
Plioceno
Ba K1m Ba
o
J3ac
Barreir
do
K1m h.
8 N 2b
Rc
K1c K1ss(s)
h. d o
J3ac
Mocó GRUPO BARREIRAS
Pb 8
Rc
J3s Cana Brava 20
J3ab Roça de Baixo
FMP1 N 2b N 2b Indiviso: Arenito fino a grosso e conglomerado polimítico sustentado por matriz
CLST1
Au J3ab K1c K1ss(s)
Umbuzeiro it NPe
í
Colonia h.
O
MAsl Ba Margarida Alves Rc
J3s PAL2
MAsl
10
MAsl
K1c
CL2
K1m 10 K1m BACIA SEDIMENTAR DO TIPO RIFTE-SAG
J3s FSR1
Faz.Porteiras
J3ab J3s
K1c Qr K1m
PAL1
Santana
25 TUCANO SUL/CENTRAL E RECÔNCAVO NORTE
TEOFILÂNDIA J3a J3a
K1m K1m MESOZÓICO
co NPe ca
11º30'
J3s Por K1m 11º30'
EOCRETÁCEO
de
30 QEX3 ça CRISÓPOLIS
K1c N 2b
e
io
R
ch Cab
Most-1 Covão N2b
N 2b K1m
Peq Neoaptiano a Eoalbiano
.
N 2b a
u
25 Colonia Boa Vista
Qr s
FASE PÓS - RIFTE
R
ra
Qa
K1c
i
Mora
N2b N2b
FPO1
N2b
da
J3s Qa Formação Marizal
n
QEX1
o
Aguada N 2b
Fu
QE5
ch
55
ixa
K1c 55 35 ca 20 MAgm
Ria
gr(pt) K1m Arenito fino a grosso, bem e mal selecionado; conglomerado polimítico e ritmito (folhelho/siltito/silexito)
. Ba
K1is QE10
QE9
Pau de Colher ca
Caeira
Rch
J3a ca
N2b 45
QE1 QE2 N2b NPe 70
MAsl J3s
QEX4 N2b
N 2b
Berriasiano a Eoaptiano
8720 J3s Pau de Gamela 8720
QE3 o
G
FASE SINRIFTE
an g
Vertente Ba QEX5 N2b
Ri
N 2b u Faz. Barreiras
4
25-50 N2b
-08
Ba 40
Ba N 2b 50 Formação São Sebastião
K1c Ba Ba
Ba Alto do Narcísio
K1ss(s)
Superior: arenito fino e médio, bem selecionados; arenito médio, grosso a conglomerático, mal
BIRITINGA Ba K1m
K1m
La. Branca selecionado; conglomerado polimítico e pelito subordinados
N2b J3a TBO1
BA
233
BI1 N 2b
23
BA-
J3s
-23
-2
N2b N 2b
BA
N2b K1is N 2b
3
35 K1is
MAgm PP t
.
Qa K1m Inferior (Unidade Umburana): arenito fino e médio, bem selecionados, fluidizados, às vêzes bimodais;
K1c BRN1
ag Faz. Caraiba N 2b á rzea ACAJUTIBA K1ss(i)
arenito grosso a conglomerático, mal selecionado, feldspático ; conglomerado polimítico e ritmito
a V
(folhelho e siltito) com ondulação cavalgante.
35
SERRINHA N2b B Qa ho d APORÁ
ra
N 2b K1ss(i) K1m
SV2 ac
ei
QP1
el
N 2b J3s CF2 N2b Ri
am
Araçás
K1is N 2b
G
K1m SV1 Pau de Faz. Barrajado GRUPO ILHAS
ho
N 2b Ba K1m Colher K1m N2b
ac
PIST1 CF1
N2b MAsl J3a Faz. Algodão N 2b be
Ri
m
do
Cu N 2b Indiviso: alternância de arenito fino e médio, bem selecionados, com estratificação sigmoidal; siltito
K1is
Rio
0
Pataiba com ondulação cavalgante e folhelho. Rocha carbonática e conglomerado ocorrem subordinadamente
-11
R
N 2b
BA
Rio S ete Fer ros J3s K1m K1m do
BR
-4
N2b N2b
06
Un
Qa 80 BA-
K1c Qa 80 233
GA2 N 2b Itamira
MAsl N 2b K1c R i o B' Caatinga
dos Mundeis GRUPO SANTO AMARO
N2b N 2b N 2b Ba
Ba JC1 I n
N 2b J3a Ba N2b
K1m N2b Formação Candeias
h
a m b u N2b PP t PP t
N2b N2b N 2b
p e
J3s
Veludo N2b K1c Pelito (folhelho e siltito) associado com arenito fino e médio e carbonato, às vezes ostracoidal
N 2b Vitoria N 2b
Qa K1is Faz.Bacel
Qa LJ1
J3a K1c
8 NEOJURÁSSICO
Rio Tijuc
J3s K1m
N 2b N 2b
BR-116
BA
K1c 55
30-55 Tamborim N2b
-4
N 2b
o
K1is Qa Pedrinhas
N2b
J3a PP t APgl
J3a K1m INHAMBUPE Frade
N 2b LAMARÃO J3s J3s Qa PP t GRUPO BROTAS
MAsl MAgm
N2b Rio da
gem
K1c J3b Indiviso: ritmito (folhelho/siltito) vermelho-tijolo; arenito fino a grosso e níveis subordinados de
S
65 o
K1m PP t
er
R io Var
conglomerado polimítico
ir
N 2b ra
ibe
Fe N 2b K1is 25
J3s K1c
Rio R
60 J3a J3a R io N 2b
J3a Ba
ixa
K1c VI2 La. do Meio da J urem Gameleira APgl Formação Sergi
Umbuzeiro N 2b a Apgl APgl
J3a
J3s VI1
20
N 2b Faz. Aroeira
J3a
J3s Arenito fino a grosso, conglomerático; conglomerado polimítico e níveis subordinados de pelito
N 2b
Sítio FCI1 N2b J3a
N 2b K1c N 2b N 2b
r ia
N 2b J3b J3a
Catana BA NPe
Nova -40 ca Faz. Goiabeira d Formação Aliança
Rio
0 15 Rch. Pau o Um
buas
60 K1is
NI2 LS-1 Rch. Gra
v atá
J3ab Membro Boipeba: arenito médio e grosso a seixoso; conglomerado polimítico
N2b
Pe
Faz. Boa N 2b ou
K1is
reir
Esperança
Fe
CN2 10 Bebedouro
N2b N2b
ge
65 m
60 N 2b N 2b 6
EI1
NI4 a M ir i m gl(pt) N 2b
-1
01 EMBASAMENTO
um
8680 O2 8680
BR
BA-084
SM1 BR-101 Ri N 2b
SANTA Qa 55
u ia
S
J3b 70
BA-
N2b
baum
N 2b CNS1 N 2b N2b N 2b N2b NPe Grupo Estância - Indiviso: argilito, siltito e arenito fino
N 2b N 2b
O3 N 2b 60 N 2b
K1c N 2b K1is N 2b N2b
a
N 2b K1is TRST-1 K1m 40
K1ss(i) N2b
N 2b FAF3 K1ss(i) N2b K1ss(i) K1ss(i)
12º00' 12º00'
39º00' 560 600 38º00'
ARQUEANO A PALEOPROTEROZÓICO
BLOCO DE SERRINHA
MAPA DE LOCALIZAÇÃO ARTICULAÇÃO DAS FOLHAS 1:100.000
Base planimétrica obtida a partir da folha Inhambupe ( SC.24-Z-C-V ), escala Autores: José Torres Guimarães B R A S I L SANTALUZ CIPÓ OLINDINA BUQUIM CINTURÃO MÓVEL SALVADOR-CURAÇÁ
1:100.000 - IBGE/1967, e das folhas Olindina (SC.24-Z-C-II), Cipó (SC.24-Z-C-I), Nelson Ramos de Menezes Filho 8º 8º
Sátiro Dias (SC.24-Z-C-IV), geradas a partir dos mapas da Petrobras nas escalas Área do SC.24-Y-D-III SC.24-Z-C-I SC.24-Z-C-II SC.24-Z-C-III
1:25.000 e 1:50.000, atualizadas com a interpretação de aerofotos e levantamen- Supervisão: Roberto Campelo de Melo ESCALA 1:200.000 Projeto 11º30'
NAc Complexo Caraíba: ortognaisses granulíticos.
tos com GPS. BAHIA
4km 0 4 8 12km SERRINHA SÁTIRO DIAS INHAMBUPE ESPLANADA
Digitalização efetuada em escala 1:100.000, no programa MaxCAD. Na O Programa Levantamentos Geológicos Básicos do
Brasil - PLGB é executado pelas unidades regionais da 16º 16º
editoração foi utilizado o programa CorelDRAW e o sistema Geoexp, v.VI.2000,
para a conversão dos arquivos. CPRM-Serviço Geológico do Brasil, sob a SC.24-Y-D-VI SC.24-Z-C-IV SC.24-Z-C-V SC.24-Z-C-VI CINTURÃO MÓVEL SALVADOR-ESPLANADA
OCE AN O PAC Í F ICO
através da Divisão de Geologia Básica-DIGEOB, Origem da quilometragem UTM: Equador e Meridiano Central 39º W. Gr., FEIRA DE
TI
SANTO
Supervisão de informática : José da Silva Amaral Santos Suíte Teotônio/Pela-Porco: rochas granitóides intrusivas
N
Salvador.
EA
Colaborador durante a fase de editoração: Ricardo Hddie Hage APgl Complexo Granulítico
2002 STO.ANTÔNIO BAÍA DE
C
O
+
NPe
55 Acamadamento com mergulhos medido e indicado Fotolineamento estrutural: traços de superfícies S
+
K1ss(i)
-3000 +
+
+ Sentido de paleocorrente Rocha milonítica
ESCALA +
+
K1is
-4000 0 2.5 5km + Deformação plástica Poço Petrobras
+ Bi-1
+
+
J3s
+
Exagero vertical 2x +
+ K1c Jazimento mineral
+ + Sigmóide Ba
-5000 + J3a +
A A'
+
+
+
Bioturbação Perfil geológico
+
-6000 +
+
+
+
+ SUBSTÂNCIAS MINERAIS
WNW
QP1 PIST1
B N 2b N 2b
CF1 SV1 SV2 IN1 ESE
+500 K1m K1m METÁLICAS Urânio, vanádio (U,V), chumbo (Pb), ferro (Fe), ouro (Au)
Qa N2b N2b N 2b N2b N 2b N 2b
B'
+ Qa Qa
0 + +
J3a K1is K1is Bário (Ba), argila (ag), granito/granulito gr, gl (pt) pedra
J3s K1ss(i)
K1m + NÃO METÁLICAS de talhe, gr (br) brita
+ MAsl+ K1c
+ J3a
+ J3s + + +
+
-1000 + K1is
+ MAsl + K1ss(s) +
CARBONÁTICAS Calcário (ca)
+ +
+ + K1c
+
-2000 + J3s
+ J3a
+ + +
+ K1ss(i) +
CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS
+
-3000 +
+
+ Cidade Estrada não pavimentada Rio principal
+ +
+ tráfego periódico
-4000 K1is
+
+ Povoado Ferrovia Rio secundário
K1sv +
J3s
-5000 + + K1c Fazenda Área alagadiça
Limite estadual
+
+ + +
J3a +
Lagoa
K1sv Formação Salvador +
+ Estrada pavimentada Ponte
-6000 + Masl +
+
+ + + +
+ + Estrada não pavimentada Torre Telemar Barragem
+ + J3s
+
+
tráfego permanente
-7000 +
+
MAgm+ +
-8000 + + +
+
+
CPRM
Serviço Geológico do Brasil
ANEXO I