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A Error: Reference source not found apresenta o Mapa Hidrogeológico com a delimitação

dos aquíferos na região do município de São Paulo, é importante ressaltar que embora esta
figura pareça demonstrar que a região esteja abastecida somente pelo aquífero São Paulo, na
verdade ambos podem ser explorados nessa região, pois o aquífero São Paulo tem espessura
relativamente pequena e permite a exploração do Cristalino logo abaixo, inclusive o entorno do
imóvel possui poços de captação nesses dois aquíferos.

PR2745.21_Transporte_Terraplanagem_Rubão_AP_IC_r6

Regionalmente a área em questão oferece como aquíferos potenciais ao armazenamento e


captação de águas subterrâneas, os aquíferos Litorâneo (Ql) e Cristalino Pré-cambriano (pC),
descritos detalhadamente a seguir.

Sistema aquífero Litorâneo (Ql)

O Aquífero Litorâneo segmentado pelas rochas do embasamento pré-Cambriano, distribui-se


de forma irregular ao longo da costa a partir da região de Cananéia, ao sul, até a região de
Caraguatatuba e Ubatuba, ao norte. É formado por depósitos sedimentares da Planície
Litorânea que é caracterizada por baixas altitudes (variação de 0 a 20 m), e cada uma de suas
subdivisões tem regimes hidrológicos independentes (DAEE et al., 2005).

Este aquífero é de porosidade granular, livre, de extensão limitada e transmissividade


moderada a alta. As camadas de areia, entre as camadas de argila e silte, estabelecem
aquíferos lenticulares. A interferência oceânica é notável pela presença de canais de maré e
braços de mar que ocasionam na intrusão de águas salobras ou da própria cunha salina dos
aquíferos (DAEE et al., 2005).

Segundo DAEE (2005), em relação a superfície potenciométrica, as linhas de fluxo indicam


sentidos de escoamento da água predominantemente para o oceano, exceto quando
interceptadas por grandes drenagens (como o caso dos rios Ribeira de Iguape, Una, Preto,
Itapanhaú e outros).

Conforme DAEE (2005), a temperatura das águas do Aquífero Litorâneo varia de 23,5 a 27,0°C
e pH de 6,90 a 8,14. Identificam-se teores salinos na faixa de 150 a 200 mg/L e os tipos
químicos principais são bicarbonatadas sódicas e cloretadas cálcicas.

Sistema aquífero Cristalino Pré-Cambriano (pC)


O Sistema aquífero Cristalino Pré-Cambriano é um aquífero fraturado e de extensão regional.
Formado há mais de 550 milhões de anos, é composto pelas rochas mais antigas do Estado de
São Paulo (de formação ígnea ou metamórfica, como granitos, gnaisses e xistos). Aflora na
porção leste do território paulista, em área de aproximadamente 53.400 km², abrangendo
cidades como Campos de Jordão, Águas de Lindóia, Jundiaí, Tapiraí, Iporanga, dentre outras,
a Região Metropolitana de São Paulo, chegando até o litoral. Estende-se para o oeste do
Estado, abaixo da Bacia Sedimentar do Paraná, a grandes profundidades, constituindo,
portanto, o embasamento sobre o qual os aquíferos sedimentares se depositaram (IRITANI;
EZAKI, 2012).

Caracteriza-se por duas zonas distintas de sistema de fluxo de água subterrânea: a rocha
alterada onde a água percola principalmente nos interstícios resultantes do intemperismo, e a
rocha sã ou pouco alterada, onde a água flui preferencialmente pelas fissuras e fraturas (DAEE
et al., 2005).

Em função de sua constituição, este sistema aquífero apresenta características hidrogeológicas


muito heterogêneas, associadas às descontinuidades rúpteis existentes. Assim, poços
distantes dezenas de metros apresentam vazões totalmente diferentes quando associados a
sistemas totalmente distintos de fraturas. Esta variabilidade é observada também nos
parâmetros hidrodinâmicos, refletindo a dificuldade de caracterização (DAEE et al., 2005).

A partir de dados de testes de bombeamento realizados em poços que exploram este sistema,
o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) obteve valores de transmissividade entre
0,05 a 14,3 m²/dia (4,1 x 10-5 m²/s). O estudo mostrou que este aquífero se caracteriza pela
baixa produtividade, sendo que a análise de 934 poços forneceu uma capacidade específica
média de 0,34 m³/h/m (9,4 x 10-5 m³/s/m), sendo que 80% destes apresentaram valores abaixo
da média (DAEE, 1975).

A Error: Reference source not found apresenta a localização do local estudado no mapa de
águas subterrâneas do Estado de São Paulo.

PR2835.21_Cerâmica_Catão_AP_IC

Regionalmente a área em questão oferece como aquíferos potenciais ao armazenamento e


captação de águas subterrâneas, os aquíferos Tubarão (Cpt) e Cristalino Pré-cambriano (pC),
descritos detalhadamente a seguir.

1.1.1.1. Sistema aquífero Tubarão (Cpt)


A faixa aflorante do Aqüífero Tubarão encontra-se no centro-sudeste do estado de São Paulo,
ocupando uma área de 20.700 km². Enquadra-se na Depressão Periférica Paulista, envolvendo
parte das UGRHIs 4, 5, 9, 10 e 14 (SÃO PAULO, 2005).

Este aqüífero é composto pelas seguintes unidades geológicas:

 Grupo Itararé e Formação Aquidauna (Permo-Carbonífero): depositados em ambiente


glacial continental com ingressões marinhas; e
 Grupo Guatá (Permiano): contém as formações Tatuí (predominante), Rio Bonito e
Palermo (subordinadas), depositado em ambiente marinho raso (SÃO PAULO, 2005).

O Grupo Itararé consiste na unidade aqüífera principal e apresenta uma complexa associação
de diamictitos, ritmitos, siltitos, argilitos, folhelhos, conglomerados e arenitos, de cor cinza claro
a escuro, que ocorrem tanto na vertical como na horizontal. As camadas destas rochas
sedimentares podem chegar a dezenas de metros de espessura e relacionam-se a diversos
subambientes do ambiente glacial, ou seja, fluvial, marinho, lacustre, praiano, deltáico, entre
outros. A Formação Aquidauana, presente na porção nordeste do aqüífero, é composta
principalmente por arenitos, conglomerados, siltitos e folhelhos (SÃO PAULO, 2005).

A base de dados utilizada para a avaliação e representação das características principais do


Aqüífero Tubarão dispôs de 853 poços selecionados, resultantes dos cadastros de poços do
DAEE e do IG. A capacidade específica, disponível para 765 poços dos selecionados, oscila
entre 0,002 e 4,67 m3/h/m e apresenta média, mediana e desvio padrão de 0,30 m³/h/m, 0,11
m³/h/m e 0,54, respectivamente. Além disso, verificou-se a presença de áreas pontuais de
elevada produtividade (2,2 a 4,6 m3/h/m), próximas a áreas de baixa e média produtividade,
indicando a compartimentação do sistema em escala local (SÃO PAULO, 2005).

Segundo a análise dos dados dos poços selecionados, recomendam-se uma profundidade
máxima de 150 m para a abertura de novos poços, e um rebaixamento máximo da ordem de 30
m. Também é proposto um espaçamento mínimo de 500 m entre poços (ou 4 poços/km²) (SÃO
PAULO, 2005).

As águas do Aqüífero Tubarão são levemente salinas, bicarbonatadas sódicas (Grupo Itararé)
e secundariamente bicarbonatadas cálcicas (Formação Aquidauana) ou mistas. Verifica-se a
variação do pH entre 4,8 a 8,9 e o resíduo seco de 21 a 421 mg/L, sendo adequadas para o
abastecimento público e uso geral (SÃO PAULO, 2005).

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A área em questão oferece como aquíferos potenciais ao armazenamento e captação de águas


subterrâneas, os seguintes aquíferos, representados na Error: Reference source not found.
Sistema aquífero São Paulo (Tsp)

O Sistema Aquífero São Paulo, o menor em extensão no contexto hidrogeológico do Estado de


São Paulo, possui importância vital uma vez que é inteiramente ocupado pela metrópole, onde
os principais rios estão totalmente poluídos.

Em termos de produtividade, o Sistema Aquífero São Paulo possui um valor de capacidade


específica média de 1,6 m³/h/m (4,4 x 10-4 m³/s/m) e os valores de transmissividade variando
de 15,0 a 70,0 m²/dia (1,7 x 10-4 a 8,1 x 10-4 m²/s), com a média em torno de 50,0 m²/dia (5,8
x 10-4 m²/s) (DAEE, 1975).

As formações São Paulo e Itaquaquecetuba, pertencentes ao Sistema Aquífero São Paulo, não
podem ser separadas em aquíferos distintos devido à ausência de estudos nesse sentido.
Parisot (1983) e DAEE (1975) não tratam ambas as formações de maneira diferenciada devido
às suas ligações hidráulicas e à dificuldade em diferenciá-las pelos dados de perfuração. Além
disso, a relação estratigráfica entre as formações não é nítida, devido à ausência de relações
diretas de contato entre as duas unidades (MELO; CAETANO; COIMBRA, 1986).

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