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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

Bruna Teodoro Naves

Camila Slywitch Lima

Jairla Gomes

UNIFORMIDADE DA IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO

MINI-PIVÔ CENTRAL

MONTE CARMELO – MG
2022
Bruna Teodoro Naves

Camila Slywitch Lima

Jairla Gomes

UNIFORMIDADE DA IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO

MINI-PIVÔ CENTRAL

Trabalho apresentado como pré-


requisito na disciplina de Irrigação e
Drenagem do curso de Agronomia
da Universidade Federal de
Uberlândia, campus Monte
Carmelo.

Docente: Dr. Eusímio Fraga

Monte Carmelo - MG
2022
Sumário
1 Introdução.....................................................................................5
2 Objetivo.........................................................................................5

3 Material e Métodos.................................... ..................................6

4 Resultados....................................................................................8
5 Conclusão...................................................................................10

6 Referências.................................................................................11
1. INTRODUÇÃO

O uso da água na agricultura representa, a nível mundial, cerca de 70% de


toda a água doce, enquanto a indústria utiliza 23% e o abastecimento humano,
7% (Santos, 1998). Isto é reflexo da necessidade dos irrigantes em usá-la com
a maior eficiência possível, visto que as reservas de água utilizável estão cada
vez mais escassas.

Na irrigação por aspersão o sistema precisa ser avaliado após a


implantação do projeto, no intuito de verificar se o seu desempenho está de
acordo com o que foi preestabelecido, caso não esteja como o planejado deve-
se ter a realização de ajustes para melhorar a sua performance e,
regularmente, com o objetivo de avaliar a qualidade da manutenção e do
manejo do sistema.

Segundo Frizzone (1992) o coeficiente de uniformidade de distribuição da


água e a eficiência de aplicação são os principais parâmetros utilizados nesta
avaliação, pois expressam a qualidade da irrigação e são decisivos no
planejamento e na operação desses sistemas. O coeficiente de uniformidade
exprime a variabilidade da lâmina de irrigação na superfície do solo e é
influenciado, principalmente, pelo espaçamento entre aspersores, velocidade
do vento e pressão de serviço.

As medidas de eficiência quantificam fisicamente a qualidade da irrigação e


dependem da uniformidade e do manejo do sistema.

2. OBJETIVO

Capacitar os alunos para a execução de análise da uniformidade de


distribuição de água por sistema de irrigação por aspersão do tipo mini pivô
central em campo com auxílio de coletores e em sala de aula com cálculos
específicos para tal atribuição.
3. MATERIAL E MÉTODOS

De início foi apresentado um bombeamento simples aplicado para


qualquer sistema de irrigação que tenha uma pressurização, como
mencionando em relatórios anteriores, que de certa maneira são interligados a
este.

É necessário que para o bom funcionamento dos emissores haja uma


pressão ideal de funcionamento. A escolha de tais vai de acordo com a
necessidade e também o tamanho da área, pois é necessário que a área total
seja irrigada sem falhas,

Para a realização da avaliação da uniformidade de distribuição da


irrigação foi instalado na área coletores na disposição de “ + “, pegando os
quatro ângulos do raio do pivô (Figuras 1 e 2) com distância de 1m entre eles
para uma melhor obtenção dos dados e também pelo fato de que a área é
pequena, sendo assim o sistema de irrigação foi ligado no painel do
“controlador de irrigação”, após isso foi marcado 30 minutos de funcionamento
do pivô (Figura 3) e após esse período foi coletado o volume de água dentro de
cada coletor, no qual foram todos medidos em uma proveta (Figura 4).
Com os volumes coletados é possível saber como está a uniformidade
do sistema. Nos sistemas de irrigação por aspersão é preciso levar em
consideração a velocidade e o sentido do vento, pois é um fator que pode
interferir de forma significativa na uniformidade do sistema (Figuras 5 e 6).
Figura 1 Figura 2

Figura 3 Figura 4
Figura 5 Figura 6

4. RESULTADOS

O raio obtido como referência de posição dos coletores foi de 9m,


compondo num total de 4 emissores SENNINGER (Figura 7) e dois micro
aspersores (bailarinas) MF2 da marca AMANCO dispostos juntamente com o
último aspersor do mini pivô (Figura 8).
Figura 7 Figura 8

Chegando no objetivo da aula prática, coletamos o volume de cada coletor


que foi disposto na área, conforme dados prescritos abaixo:

1º Área do Pivô:

2
A=π .(r+ VB)
2
A=π .( 9+0)
A=254,46 m² ou 0,02545 ha
2º Velocidade no qual ele completa uma volta:

- Perímetro :2 x π x Raio últ . torre


Perímetro : 56,54 m

Púlt . torre
- V últ . torre=
T volta
56,54 m
V últ . torre=
784,2 s
V últ . torre=0,0721 m/s

3º Aplicando os dados coletados no coeficiente de uniformidade de


Christanser (CUC):

CUC=100. ¿)

Onde:

CUC é o coeficiente de uniformidade de Christanser em %;


x i é o valor coletado em cada coletor em mm;
x é a média geral dos volumes coletados em mm;
N é o nº de coletores.

CUC=100. ¿)

CUC=58,4 %

4º Agora usando os dados coletados para obtenção da Intensidade real


de Aplicação dos aspersores:

1º aspersor

Q aspersor( mm) x 1000


IA= 2 IA=19,69 L/m
2
A aspersor (m )
ou
5,01 x 1000
IA=
254,46
IA=19,69 mm
IA=20,51 L/m²
2º aspersor
ou
4,97 x 1000 IA=20,51 mm
IA=
254,46

IA=19,53 L/ m²
3º aspersor 4º aspersor

5,22 x 1000 5,08 x 1000


IA= IA=
254,46 254,46

IA=19,96 L/m ²
ou ou
IA=19,53 mm IA=19,69 mm

5. CONCLUSÃO

Conclui-se que o coeficiente de uniformidade de Christanser não foi tão


bom quanto o esperado considerando que um bom nível para este coeficiente
seja acima de 80%.
Também podemos observar que com os cálculos de IA observou-se que
3 dos 4 aspersores não estão em condições favoráveis de funcionamento, de
acordo com o recomendado pelo catálogo de características operacionais da
SENNINGER.

6. REFERÊNCIAS

SANTOS, J.R. dos. Irrigar é preciso. Agroanalysis, Rio de Janeiro, v.18, n.3,
p.29-34, 1998.
FRIZZONE, J.A. Irrigação por aspersão. Piracicaba: ESALQ – Departamento
de Engenharia Rural, 1992. 53p. Série Didática, 3.

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