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Patrícia Monteiro Moreno - patricia.monteiro.moreno@gmail.com - CPF: 723.676.602-04


Seja muito bem-vindo!

Você acaba de adquirir o material: Caderno Mapeado para o Concurso Nacional Uni-
ficado – 2024.

Esse material é totalmente focado no certame e aborda os principais pontos do edital


da disciplina de Matemática – Bloco 8 do CNU.

Nele foi inserido toda a teoria sobre a matéria cobrada no certame, para facilitar a sua
compreensão, e marcações das partes mais importantes.

Assim, trabalharemos os assuntos mais importantes para a sua prova com foco na
banca Cesgranrio.

Caso tenha qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando seus
questionamentos para o suporte: suporte@cadernomapeado.com.br e WhatsApp.

Bons Estudos!

Rumo à Aprovação!!

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Patrícia Monteiro Moreno - patricia.monteiro.moreno@gmail.com - CPF: 723.676.602-04
SUMÁRIO
CADERNO MAPEADO ................................................................................................................................... 4
MATEMÁTICA ................................................................................................................................................ 4
1) Conjuntos numéricos............................................................................................................................... 4
1.1) Números naturais, inteiros, racionais e reais ............................................................................. 4
1.2) Múltiplos, divisores e primos ............................................................................................................. 6
1.3) Potências e raízes .................................................................................................................................. 7
2) Sistemas de Unidades de Medidas: comprimento, área, volume, massa e tempo................... 8
3) Razão e proporção ................................................................................................................................. 10
3.1) Regra de três simples e composta .................................................................................................. 11
3.2) Porcentagem ........................................................................................................................................ 14
3.3) Juros simples e compostos ............................................................................................................... 15
4) Funções, equações e inequações de 1º e de 2º grau ..................................................................... 17
4.1) Termos de uma equação e de uma inequação ............................................................................ 17
4.2) Membros de uma equação e de uma inequação ........................................................................ 18
4.3) Desigualdade e igualdade ................................................................................................................ 18
4.4) Grau ........................................................................................................................................................ 18
4.5) Resolução de equações de 1º e 2º grau ........................................................................................ 19
4.6) Sistemas de Equações ........................................................................................................................ 20
5) Progressões aritméticas e geométricas ............................................................................................ 22
6) Análise combinatória: princípio fundamental da contagem, permutação, arranjo e
combinação .................................................................................................................................................. 25
7) Probabilidade .......................................................................................................................................... 26
8) Estatística básica: leitura e interpretação de dados representados em tabelas e gráficos;
medidas de tendência central (média, mediana, moda) ................................................................... 28
9) Geometria plana ..................................................................................................................................... 30
9.1) Polígonos, circunferência, círculo, teorema de Pitágoras e trigonometria no triângulo
retângulo ....................................................................................................................................................... 30
9.2) Perímetros e áreas .............................................................................................................................. 36
10) Geometria espacial .............................................................................................................................. 36
10.1) Prisma, pirâmide, cilindro, cone e esfera .................................................................................... 36

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CADERNO MAPEADO

Neste caderno de matemática, o foco principal é fazer você compreender a teoria e conseguir
aplicá-la em questões da CESGRANRIO. Para aprender exatas (principalmente matemática), você
precisa treinar.

A rota para dominar essa matéria é um pouco diferente das outras. Em direito, por exemplo, você
precisa decorar prazos e alguns termos específicos. Por outro lado, aqui, o segredo é praticar e
aprender como a teoria pode ser cobrada e aplicada em diferentes contextos. O mais difícil é inter-
pretar a questão e entender como determinado conceito teórico, que será ensinado aqui, é aplicado.
Dessa forma, pratique muito. Apenas aprenda o conceito e pratique.

MATEMÁTICA

1) Conjuntos numéricos

Conjuntos numéricos são grupos ou coleções de números que compartilham características co-
muns. Eles são usados na matemática para classificar diferentes tipos de números com base em suas
propriedades e características. Cada conjunto numérico tem suas próprias características distintas e
é útil para resolver diferentes tipos de problemas e situações. Os principais conjuntos numéricos
incluem: números naturais, inteiros, racionais e reais.

1.1) Números naturais, inteiros, racionais e reais

Números naturais

Os números naturais, números inteiros positivos, começando em 1 e continuando indefinidamente,


são um conjunto fundamental na matemática que representa os números usados para contar obje-
tos ou enumerar elementos. Eles formam a base para outros conjuntos numéricos e são represen-
tados pelo símbolo ℕ. Formalmente, o conjunto de números naturais é representado por ℕ = {1,2,3,4,
...}.

Números inteiros

Por sua vez, os números inteiros são um conjunto numérico que inclui todos os números naturais,
seus negativos e o zero. Eles são representados pelo símbolo ℤ. A representação é feita por ℤ =
{…,−3,−2,−1,0,1,2,3,…}.

Números racionais
𝑎
Os números racionais são todos os números que podem ser expressos como frações 𝑏 , onde a e b
são números inteiros e b não é zero. A representação formal dos números racionais pode ser ex-
𝑎
pressa por ℚ = {𝑏 ∣ a, b, ∈ ℤ, b ≠ 0}. Percebe que retornamos ao conceito de números inteiros e

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naturais? Pois é! É importante que você retorne aos ensinamentos expostos anteriormente para re-
visá-los, pois iremos utilizar durante todo o curso.

Números reais

Por fim, os números reais são uma classe de números que incluem todos os números racionais
(números que podem ser expressos como uma fração de dois inteiros) e todos os números irracio-
nais (números que não podem ser expressos como uma fração de dois inteiros).

Os números reais podem ser representados em uma reta numérica, em que cada ponto na reta
corresponde a um número real. A reta é dividida em segmentos por pontos chamados de "números
inteiros", que correspondem aos inteiros positivos e negativos.

A reta numérica é uma ferramenta visual que nos ajuda a entender a relação entre diferentes núme-
ros reais. Cada ponto na reta numérica corresponde a um número real específico. Números maiores
estão à direita, e números menores estão à esquerda.

Tome nota!

Alguns exemplos de números reais incluem:

a) Números inteiros: -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3


b) Números racionais: 1/2, -3/4, 5/6, 2
c) Números irracionais: pi (π), raiz quadrada de 2 (√2), raiz quadrada de 3 (√3)

Exemplos práticos:

a) Se você mede 1.75 metros, esse valor é um número real, mais especificamente um número
real decimal finito.
b) A constante π é um número real irracional e aparece em fórmulas matemáticas relacionadas
a círculos.

Importante!

Os números reais são importantes na matemática porque fornecem uma maneira de descrever
quantidades contínuas, como o tempo, a velocidade e a distância. Eles também são usados em
muitas outras áreas, como física, economia e engenharia.

Além disso, como veremos a seguir, os números reais têm propriedades importantes, como a pro-
priedade de fechamento (a soma, multiplicação e subtração de números reais sempre resultam em

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outro número real), a propriedade de densidade (entre quaisquer dois números reais distintos, sem-
pre existe outro número real), entre outras.

1.2) Múltiplos, divisores e primos

Múltiplos de um número são os resultados da multiplicação desse número por outros inteiros (ex.:
múltiplos de 5: 5, 10, 15, 20). Divisores de um número são os inteiros pelos quais esse número pode
ser dividido sem deixar resto (ex.: divisores de 12: 1, 2, 3, 4, 6, 12).

Máximo divisor comum (MDC), comumente conhecido como MDC, é um conceito matemático
fundamental que representa o maior número que pode dividir dois ou mais números inteiros, dei-
xando um resto igual a zero. Em outras palavras, é o maior número que é divisor comum a todos os
números dados.

É um conceito complexo, não é? Vamos utilizar um exemplo para torná-lo um pouco mais palpável
a você. Exemplo:

Considere os números 24 e 36. Vamos calcular o MDC.

a) Decomponha os números em fatores primos (não lembra, vou fazer para facilitar):

24 = 2³×3 — decomposição: 2 x 2 x 2 x 3
36 = 2² x 3² — decomposição 2 x 2 x 3 x 3

b) Identifique os fatores primos comuns com as menores potências: os fatores primos comuns
são 2² e 3.

c) Multiplique esses fatores primos comuns:

MDC (24,36) = 2² x 3 = 12

Portanto, o MDC de 24 e 36 é 12. Ou seja, 12 é o maior número que pode dividir 24 e 36, deixando
um resto igual a zero.

Por outro lado, Mínimo Múltiplo Comum (MMC) é o menor número inteiro positivo que é múltiplo
comum a todos os números dados. Para compreender melhor o conceito, vamos calcular o MMC:

Considere os números 8 e 12.

a) Decomponha os números em fatores primos:

8 = 2³ — decomposição: 2 x 2 x 2
12 = 2² x 3 — decomposição: 2 x 2 x 3

b) Identifique todos os fatores primos, incluindo as maiores potências:

Os fatores primos são 2³ x 3

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c) Multiplique esses fatores primos:

MMC (8,12) = 2³ x 3 = 24

Portanto, o MMC de 8 e 12 é 24. O MMC é frequentemente utilizado em questões que envolvem


períodos, ciclos e frações, especialmente ao somar ou subtrair frações com denominadores diferen-
tes. Questões que cobram esse tema, geralmente, são complexas. O ideal é selecionar e fazê-las à
exaustão. Dessa forma, você pega o “modelo” que sempre é cobrado, não deixe para fazer isso perto
da prova, pois você pode ser surpreendido.

Momento da Questão

CESGRANRIO – Banco do Brasil – 2021 - Um casal está muito apaixonado, mas devido à dis-
tância de suas casas e ao regime de trabalho dos dois, eles não conseguem se encontrar com
a frequência de que gostariam. A moça só tem folga aos sábados, e o rapaz trabalha três dias
seguidos, folgando no quarto dia. Se hoje é terça-feira e é dia de folga do rapaz, quantas folgas
dele cairão no sábado nos próximos 365 dias?

a) 4

b) 8

c) 12

d) 13

e) 15

Gabarito: Letra D.

Comentário: Vamos analisar a questão. A moça só tem folga aos sábados (7 dias). O rapaz, por
sua vez, só tem folga a cada 3 dias, ou seja, uma folga a cada 4 dias (4 dias). Atente-se: o dia precisa
ser o dia de folga dos dois, por isso iremos utilizar MMC. Essa interpretação da questão é a parte
mais difícil. Feito isso, vamos calcular o MMC:
7,4 l 2
7,2 l 2
7,1 l 7
1,1 l 28
Ou seja: vão se encontrar a cada 28 dias. Como queremos saber quantas folgas cairão no sábado,
temos que dividir 365 (número de dias do ano) por 28. O resultado é 13! Lets go!

1.3) Potências e raízes

Tema um pouco chatinho, sem tanta cobrança em prova, mas é essencial entender para formar uma
boa base na matéria.

Potência e raízes são conceitos fundamentais na matemática que estão relacionados ao conceito de
exponenciação e inversão da exponenciação, respectivamente.

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A potência é uma operação matemática que representa a multiplicação repetida de um número
por ele mesmo. É indicada pelo símbolo an, onde a é a base (número que está sendo multiplicado)
e n é o expoente (indica quantas vezes a base deve ser multiplicada por ela mesma). Por exemplo,
em 2³, a base é 2 e o expoente é 3. Isso significa que estamos multiplicando 2 por si mesmo três
vezes: 2 × 2 × 2 = 8.

As raízes são o inverso das potências. Elas são usadas para encontrar um número (raiz) que, quando
multiplicado por ele mesmo um número específico de vezes, resulta em um valor específico. A raiz
quadrada é a mais comum e é representada pelo símbolo √𝑎. Ela indica o número que, quando
multiplicado por ele mesmo, resulta na base a. Por exemplo, √25 = 5, pois 5 × 5 = 25.

Há relação direta entre as potências e as raízes: elevar um número a um expoente n é o mesmo que
tirar a raiz n-ésima do resultado. Vamos usar um exemplo para esclarecer essa ligação: 2³ = 8 e √8 =
3

2. Ou seja, representa uma operação inversa entre os dois conceitos.

2) Sistemas de Unidades de Medidas: comprimento, área, volume, massa e tempo

Os sistemas de unidades de medidas são conjuntos padronizados de unidades que são usadas
para medir diferentes quantidades físicas. Cada sistema de unidades consiste em unidades de base
e unidades derivadas, que são utilizadas para medir diversas grandezas. Neste material, utilizaremos
o Sistema Internacional de Unidades (SI), sistema de unidades amplamente utilizado em todo o
mundo e baseado em sete unidades de base. Falaremos sobre comprimento, área, volume, massa e
tempo.

Unidades de medidas de comprimento

Iremos abordar alguns conceitos teóricos conhecidos, mas são importantes para contextualizar a
tabela abaixo. Em síntese, o comprimento é a medida de uma dimensão em linha reta entre dois
pontos. É usado para medir distâncias ou extensões físicas. Podemos ver a unidade de medida pri-
mária e secundária nesta tabela:

Nome Símbolo Valor


Quilômetro km 1.000 m
Hectômetro hm 100 m
Decâmetro dam 10 m
Metro m 1m
Decímetro dm 0,1 m
Centímetro cm 0,01 m
Milímetro mm 0,001 m

Unidades de medidas de área

Área é a medida de uma superfície plana dentro de um limite definido. É expressa em unidades
quadradas e é calculada multiplicando-se o comprimento pela largura. Podemos ver a unidade de
medida primária e secundária nesta tabela:

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Nome Símbolo Valor
Quilômetro quadrado km² 1.000.000 m²
Hectômetro quadrado hm² 10.000 m²
Decâmetro quadrado dam² 100 m²
Meto quadrado m² 1 m²
Decímetro quadrado dm² 0,01 m²
Centímetro quadrado cm² 0,0001 m²
Milímetro quadrado mm² 0,000001 m²

Unidades de medidas de volume

Volume é a medida do espaço ocupado por um objeto em três dimensões. É calculado multipli-
cando-se o comprimento pela largura e pela altura. Podemos ver a unidade de medida primária e
secundária nesta tabela:

Nome Símbolo Valor


Quilômetro cúbico Km³ 1.000.000.000 m³
Hectômetro cúbico hm³ 1.000.000 m³
Decâmetro cúbico dam³ 1.000 m³
Meto cúbico m³ 1 m³
Decímetro cúbico dm³ 0,001 m³
Centímetro cúbico cm³ 0,000001 m³
Milímetro cúbico mm³ 0,000000001 m³

Unidades de medidas de massa

Massa é a quantidade de matéria em um objeto. É uma medida da inércia de um objeto e não deve
ser confundida com peso, que é a força exercida sobre um objeto devido à gravidade. Podemos ver
a unidade de medida primária e secundária nesta tabela:

Nome Símbolo Valor


Quilograma kg 1.000 g
Hectograma hg 100 g
Decagrama dag 10 g
Grama g 1g
Decigrama dg 0,1 g
Centigrama cg 0,01 g
Miligrama mg 0,001 g

Unidades de medidas de tempo

Tempo é uma medida da duração entre eventos ou mudanças. É uma das sete grandezas fundamen-
tais do Sistema Internacional de Unidades (SI). Podemos ver a unidade de medida primária e secun-
dária nesta tabela:

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Nome Símbolo Valor
Mês - 28 a 31 dias
Dia d 24 h
Hora h 60 min
Minuto min 60 s
Segundo s 1s
Microssegundo us 0,001 s

3) Razão e proporção

Como o edital solicita alguns conceitos teóricos, torna-se importante entender (e decorar) essa parte
da matéria. O edital deste concurso foca, principalmente, nos fundamentos da matemática e do ra-
ciocínio lógico. Assim, você verá uma abordagem com ênfase principiológica.

Nessa linha, a proporcionalidade refere-se à relação constante entre duas ou mais quantidades,
de modo que uma variação em uma delas corresponde a uma variação proporcional nas outras. Essa
relação constante é expressa pela ideia de proporção, que compara a razão entre duas quantidades
e afirma que essa razão permanece constante, independentemente do valor absoluto das quantida-
des.

Exposta essa definição, surgem conceitos básicos da proporcionalidade: razões e proporções,


grandezas diretamente e inversamente proporcionais.

Razão e proporção são utilizadas para realizar comparações ou estabelecer igualdade entre gran-
dezas diferentes. Dessa forma, a razão realiza a comparação enquanto a proporção faz a igual-
dade.

Usamos razão para fazer comparação entre duas grandezas. Assim, quando dividimos uma grandeza
pela outra estamos comparando a primeira com a segunda. Razão e proporção são utilizadas para
realizar comparações ou estabelecer igualdade entre grandezas diferentes. Dessa forma, a razão re-
aliza a comparação enquanto a proporção faz a igualdade.

Por sua vez, proporção é a igualdade entre duas razões (equivalências entre razões). Ou seja, se
dissermos que as razões são iguais, é o mesmo que dizer que elas formam uma proporção. A pro-
porção consiste na igualdade entre duas ou mais razões, que são a divisão entre números na qual
devemos obedecer a ordem em que eles são colocados. Por exemplo, na sequência de Fibonacci, a
razão entre qualquer termo e o seu antecessor será sempre proporcional, ou seja, igual.

O estudo das proporções é de muita importância, uma vez que, na natureza e em nosso cotidiano,
esse conceito aparece frequentemente. São exemplos de proporções: escala de um mapa, veloci-
dade média de um móvel e densidade de uma solução.

Em relação à divisão em partes diretamente proporcionais, podemos afirmar que, quando uma
quantidade total é dividida em partes diretamente proporcionais, significa que cada parte é uma
fração constante da quantidade total. Ou seja, à medida que uma parte aumenta, as outras também
aumentam proporcionalmente, e à medida que uma parte diminui, as outras também diminuem
proporcionalmente. Exemplo:

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Suponha que $500 seja dividido em três partes diretamente proporcionais aos números 2, 3 e 5. Para
calcular a parte correspondente a cada número, calculamos a fração da quantidade total para cada
número.

2 2
a) Primeira parte (2): 2+3+5 × 500 = 10 × 500 = 𝟏𝟎𝟎 (número menor, parte menor)

3
b) Segunda parte (3): 10 × 500 = 𝟏𝟓𝟎 (número médio, parte média)

5
c) Terceira parte (5): 10
× 500 = 𝟐𝟓𝟎 (número maior, parte maior)

Dessa forma, a divisão em partes diretamente proporcionais resulta em partes que aumentam ou
diminuem proporcionalmente em relação ao total.

E, por fim, temos o conceito de divisão em partes inversamente proporcionais em que cada parte
é inversamente proporcional a uma quantidade específica. Isso significa que, à medida que uma
parte aumenta, a outra correspondente diminui e vice-versa. O produto das partes e suas quantida-
des inversamente proporcionais é constante. Exemplo:

Suponha que $600 seja dividido em duas partes inversamente proporcionais aos números 3 e 4. Para
calcular a parte correspondente a cada número, calculamos a fração inversa para cada número.

4 4
a) Primeira parte (3): × 600 = × 600 ≈ 𝟑𝟒𝟐. 𝟖𝟔 (número menor, parte maior)
3+4 7

3
b) Segunda parte (4): 7 × 600 ≈ 𝟐𝟓𝟕. 𝟏𝟒 (número maior, parte menor)

Não são conceitos complicados, perceba a relação entre diretamente proporcionais e inversamente
proporcionais e pratique o máximo possível em questões.

3.1) Regra de três simples e composta

Regra de três simples

A regra de três simples é uma técnica matemática usada para encontrar um valor desconhecido a
partir de três valores conhecidos, geralmente expressos em proporções. É muito útil para resolver
problemas envolvendo proporções, seja em situações cotidianas, financeiras, de engenharia ou ou-
tras áreas.

Para usar a regra de três simples, é preciso ter três valores conhecidos que estejam em proporção
entre si, ou seja, se um valor aumenta ou diminui, os outros valores também devem mudar propor-
cionalmente.

O método consiste em montar uma equação com os três valores conhecidos e o valor desconhecido,
usando a mesma proporção em todos os termos da equação. Depois, é só resolver a equação para
encontrar o valor desconhecido.

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Tome nota!

Por exemplo, suponha que você queira saber quanto irá custar 5 pacotes de açúcar se um pacote
custa R$2,50. Se você sabe que 2 pacotes de açúcar custam R$5, pode usar a regra de três simples
para encontrar a resposta:

Pacotes de açúcar Preço


1 R$ 2,50
5 X (não conhecemos)

Agora é só fazer multiplicação cruzada, dividir pelo valor que está multiplicando x e descobrir o
valor:

5 × 2,50
1 ×X

12,50
1

𝐗 = 12,50

Portanto, cinco pacotes de açúcar custam R$12,50.

Outro exemplo: suponha que você queira saber quantas horas são necessárias para percorrer 600
km a uma velocidade constante de 100 km/h. Se você sabe que 300 km foram percorridos em 3
horas, pode usar a regra de três simples para encontrar a resposta:

Distância Tempo
300 km 3 horas
600 km X (não conhecemos)

600 × 3
300 × 𝑋

1800
300

𝐗=6

Portanto, são necessárias 6 horas para percorrer 600 km a uma velocidade constante de 100 km/h.

Regra de três composta

Por outro lado, a regra de três composta também é um método utilizado para resolver problemas
envolvendo grandezas proporcionais. Ela é uma extensão da regra de três simples e é aplicada
quando há mais de duas grandezas proporcionais envolvidas. Geralmente, é utilizada para encontrar
o valor de uma grandeza desconhecida em relação a outras grandezas conhecidas.

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Vamos entender a regra de três composta com um exemplo:

Suponha que três grandezas (A, B e C) sejam proporcionais entre si. Se A é diretamente proporcional
a B, e B é inversamente proporcional a C, a regra de três composta pode ser usada para relacionar
A, B e C. A relação seria expressa como:

A diretamente proporcional a B e inversamente proporcional a C.


A fórmula da regra de três composta pode ser escrita da seguinte maneira:

𝐴 𝐶
=
𝐵 𝐷

A e D são diretamente proporcionais.


B e C são inversamente proporcionais.

Exemplos práticos:

Ex. 1: Vamos considerar que 4 litros de tinta são suficientes para pintar uma parede de 6 metros
quadrados. Quanto será necessário para pintar uma parede de 10 metros quadrados? Neste caso,
podemos usar a regra de três composta:

𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑡𝑖𝑛𝑡𝑎 𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑡𝑖𝑛𝑡𝑎


=
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒

4 𝑥
=
6 10

40
≈ 6,67
6

Portanto, aproximadamente 6,67 litros de tinta serão necessários para pintar uma parede de 10 me-
tros quadrados.

Ex. 2: Uma bomba d’água esvazia uma piscina em 10 horas. Se a vazão promovida pela bomba fosse
25% maior, em quanto tempo ela esvaziaria a piscina?

10ℎ 100%
=
𝑥 125%

125𝑥 = 1000

𝑥=𝟖
O ponto dessa questão é perceber que são inversamente proporcionais: quanto mais aumenta a
potência, mais reduz o número de horas necessárias, então, no lugar de fazer multiplicação cruzada
(10*125), devemos multiplicar pelo valor da linha, ou seja, 10*100=X*125. Assim chegamos ao valor
de x (8h).

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Momento da Questão

CESGRANRIO – Liquigás - 2018 - Maria comprou 21 metros de corda. Depois comprou 33 me-
tros do mesmo tipo de corda, pagando R$ 9,60 a mais do que pagou na primeira compra. Se,
nas duas compras, cada metro de corda custou a mesma quantia, quanto Maria pagou na pri-
meira compra?

a) R$ 6,10

b) R$ 16,80

c) R$ 19,20

d) R$ 26,40

e) R$ 201,00

Gabarito: Letra B.

Comentário: Vamos chamar o preço por metro de corda na primeira compra de P. Na primeira
compra, Maria comprou 21 metros de corda, então o custo total da primeira compra é 21. Na se-
gunda compra, ela comprou 33 metros do mesmo tipo de corda, pagando R$9,60 a mais do que
pagou na primeira compra. Isso significa que o custo total da segunda compra é 21P+9,60.

O problema nos diz que o custo total da segunda compra é 33P (o preço por metro multiplicado
pela quantidade de metros). Portanto, podemos escrever uma equação relacionando essas duas ex-
pressões:

21P + 9,60 = 33P

Agora, podemos resolver essa equação para encontrar o valor de P:

9,60 = 12P

9,60
P=
12

𝑃 = 80

Portanto, Maria pagou R$0,80 por metro de corda na primeira compra. Se ela comprou 21 metros,
o custo total da primeira compra foi 21 × 0, 80 = R$16,80.

3.2) Porcentagem

Porcentagem é uma forma de expressar uma proporção ou fração como uma porcentagem de 100.
Isso significa que quando se fala em porcentagem, está se referindo a uma parte de um todo. A
porcentagem é representada pelo símbolo % e é utilizada em muitas áreas, como finanças, estatís-
tica, medicina, entre outras. Algumas situações comuns em que a porcentagem é utilizada incluem
descontos em compras, juros de empréstimos, lucro ou prejuízo em negócios, entre outras.

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Por exemplo, imagine que uma loja esteja oferecendo um desconto de 20% em um produto que
custa R$100,00. Para calcular o valor do desconto, basta multiplicar o valor do produto pela porcen-
tagem de desconto:

20% de R$100: 0,20 x R$100 = R$ 20,00

Isso significa que o valor do desconto é de R$20, e o novo preço do produto com o desconto será:
R$ 100,00 - R$20,00 = R$80,00
Outro exemplo comum é o cálculo de juros em um empréstimo, veremos o tema com mais profun-
didade nos próximos tópicos, mas vale exemplificar. Suponha que uma pessoa tenha emprestado
R$1.000 com uma taxa de juros de 10% ao mês. Para calcular o valor dos juros, basta multiplicar o
valor do empréstimo pela taxa de juros:

10% de R$1.000: 0,10 x R$1.000 = R$100,00

Isso significa que o valor dos juros será de R$100 por mês. Se o empréstimo for pago em 3 meses,
o valor total dos juros será:

R$100 x 3 = R$300

O valor total a ser pago pelo empréstimo será, portanto:

R$1.000 + R$300 = R$1.300

Esses são apenas alguns exemplos de como a porcentagem pode ser utilizada para expressar pro-
porções ou frações de um todo. É importante lembrar que a porcentagem sempre se refere a uma
parte de um todo e que seu cálculo pode ser aplicado em diversas situações do dia a dia.

3.3) Juros simples e compostos

Estudado o conceito e as aplicações de porcentagem, partimos para um tema conceitual de extrema


importância: taxas de juros. As diferentes taxas de juros têm propósitos específicos e são calculadas
de maneiras distintas. A chance de a banca explorar esse tema é muita alta, então preste atenção em
cada detalhe.

Os juros simples são calculados apenas sobre o valor inicial (capital principal) ao longo do tempo.
A taxa de juros é aplicada apenas ao capital original, e não há consideração para os juros acumula-
dos em períodos anteriores. A fórmula para calcular os juros simples (J) é dada por:

J = montante do juro
C = capital ou valor principal
i = taxa de juro (porcentagem)
t = tempo

É bem simples, né? Preste atenção neste exemplo:

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Suponha que você empreste R$ 5.000,00 a uma taxa de juros de 8% ao ano. Quanto de juros sim-
ples você pagará após 3 anos?

Fórmula:

Vamos seguir o processo de resolução:

a) Separe os dados:

C (capital Inicial ou principal) = R$ 5.000,00


i (taxa de Juros) = 8% ou 0,08 (em forma decimal)
t (tempo) = 3 anos

b) Substitua os valores:

d) Portanto, após 3 anos, você pagaria R$ 1.200,00 de juros simples sobre o empréstimo de R$
5.000,00 a uma taxa de juros de 8% ao ano. Este valor é obtido multiplicando o capital ini-
cial pela taxa de juros e pelo tempo. Esse é um exemplo básico de como calcular juros sim-
ples em uma situação de empréstimo ou investimento.

Por outro lado, os juros compostos são calculados sobre o valor atualizado do capital, levando
em consideração os juros acumulados em períodos anteriores. Isso resulta em um crescimento ex-
ponencial do valor ao longo do tempo. A fórmula para calcular é um pouco mais complexa, porém,
nada de outro mundo: M = C * (1 + i)t

M representa o montante total acumulado após um determinado período.


C é o capital.
i é a taxa de juros por período (em forma decimal).
t é o tempo, o número de períodos em que os juros são compostos.

Tudo bem, compreendi o conceito e as fórmulas. Agora como eu posso aplicar isso em uma questão?
Vamos lá:

a) Adicione 1 à taxa de juros por período. Isso representa o fator de crescimento para cada pe-
ríodo (1+i).
b) Eleve o fator de crescimento ao número total de períodos. Isso representa a taxa de cresci-
mento acumulado ao longo do tempo (1+i)t.
c) Multiplica o capital inicial pelo fator de crescimento acumulado, resultando no montante
total após o tempo (C x (1+i)t.

Vamos aplicar tudo isso em um caso prático:

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Suponha que você invista R$ 1.000,00 a uma taxa de juros de 5% ao trimestre por 2 anos. Usando a
fórmula:

Portanto, após 2 anos com uma taxa de juros de 5% ao trimestre, o montante total seria aproxima-
damente R$ 1.477,46. Essa fórmula é muito útil para calcular o crescimento de investimentos ao
longo do tempo quando os juros são compostos. O problema é que o cálculo não é tão simples e
vai consumir bastante tempo durante a prova. O macete aqui é sempre fazer um cálculo aproximado
e verificar se há resposta que se aproxime do resultado encontrado. Se for calcular tudo, você perderá
muito tempo.

Exercícios de fixação

1 - Em um colégio, 28% dos alunos são meninas. Quantos alunos possui o colégio, se elas são em
número de 196?

196 28 196 x 100


+ →𝑃= = 700
𝑃 100 28

Logo, o colégio possui 700 alunos.

O tema é simples, você só precisa ser bom em multiplicação e divisão, aqui não há segredo. Veja se
você está acompanhando as explicações. Resolva a atividade a seguir:

4) Funções, equações e inequações de 1º e de 2º grau

Equações e inequações são relações entre expressões algébricas que envolvem uma igualdade (para
as equações) e uma desigualdade (para as inequações). Equações são expressões algébricas que
possuem uma igualdade. Essas expressões são chamadas de algébricas porque possuem pelo me-
nos uma incógnita, que é um número desconhecido representado por uma letra. As inequações, por
sua vez, são relações semelhantes às equações, contudo, apresentam uma desigualdade.

Dessa forma, enquanto as equações relacionam os termos do primeiro membro aos termos do se-
gundo, afirmando sua igualdade, as inequações mostram que os termos do primeiro membro são
maiores ou menores que os elementos do segundo.

4.1) Termos de uma equação e de uma inequação

Termo é o nome que se dá ao produto de algum número por alguma letra. Para identificá-los, basta
procurar pelas multiplicações separadas por sinais de adição ou subtração. Veja a equação seguinte:

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4x + 2x – 7x = 16 – 5x

Os termos são:

4x, 2x, – 7x, 16 e – 5x

4.2) Membros de uma equação e de uma inequação

Primeiro e segundo membros são definidos pela igualdade nas equações e pela desigualdade nas
inequações. Todos os termos dispostos à esquerda da igualdade ou da desigualdade compõem o
primeiro membro de uma equação ou inequação. Todos os termos dispostos à direta da igualdade
ou desigualdade determinam o segundo membro de uma equação ou inequação.

Desse modo, dada a inequação:

2x + x – 9x ≤ 15 – 4x

Os termos 2x, x e –9x pertencem ao primeiro membro, e os termos 15 e – 4x pertencem ao segundo.

4.3) Desigualdade e igualdade

Ambos determinam relações de ordem entre números e incógnitas. O sinal de igual é utilizado
quando se quer expressar a seguinte situação: existe um valor para as incógnitas que faz com que o
resultado dos cálculos propostos no primeiro membro seja igual ao resultado dos cálculos propostos
no segundo. A desigualdade, por sua vez, pode ser representada por um dos quatro símbolos se-
guintes: <, >, ≥ e ≤

Esses símbolos mostram que o conjunto de operações do primeiro membro possui um resultado
“menor”, “maior”, “maior igual” ou “menor igual” ao resultado do segundo membro.

4.4) Grau

O grau de equações e de inequações pode ser encontrado da seguinte maneira: se a equação ou a


inequação possui apenas uma incógnita, então, o grau dela é dado pelo maior expoente da in-
cógnita. Por exemplo: o grau da equação 4x3 + 2x2 = 7 é 3.

Se a equação ou inequação possui mais de uma incógnita, então, o grau dela é dado pela maior
soma entre os expoentes de um mesmo termo. Por exemplo, o grau da equação 4xyz + 7yz2 –
5x2y2z2 = 0 é 6.

Exemplos de equações:
1) 4x = 16
2) 2x – 8 = 144
3) 18x2 = 2x – 8/x

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Exemplos de inequações:
1) 12x + x2 ≤ 12
2) 144 ≥ 12x + 7
3) 128 – 14x < 12x + 4

4.5) Resolução de equações de 1º e 2º grau

Equação de primeiro grau

Uma equação de primeiro grau é uma expressão matemática que contém uma variável elevada à
primeira potência, sendo expressa na forma ax + b = 0, onde "a" e "b" são constantes conhecidas
e "x" é a variável desconhecida que estamos tentando encontrar.

O objetivo é encontrar o valor numérico de "x" que torna a equação verdadeira. Em outras palavras,
estamos procurando um número que, ao ser multiplicado por "a" e somado a "b", dê como resultado
zero.

Por exemplo, a equação 2x + 5 = 0 é uma equação de primeiro grau, pois a variável "x" aparece com
expoente 1. Para encontrar o valor de "x", podemos começar isolando-o no lado esquerdo da equa-
ção, fazendo as operações inversas das que estão sendo realizadas:

2x + 5 = 0 2x = -5 x = -5/2

Portanto, o valor de "x" que satisfaz a equação é -5/2.

Outro exemplo de equação de primeiro grau é 3x - 9 = 0. Para encontrar o valor de "x", podemos
seguir o mesmo processo:

3x - 9 = 0 3x = 9 x = 3

Assim, o valor de "x" que satisfaz a equação é 3.

Equações de primeiro grau são usadas em diversas situações na matemática e na vida cotidiana,
como em problemas de proporção, em cálculos de juros simples, em sistemas de equações lineares,
entre outras aplicações.

Exemplo n. 1:

Equação: 3x + 5 = 14

Resposta: x = 3

Explicação: Neste exemplo, temos a equação 3x + 5 = 14. Para encontrar o valor de x, devemos
isolar a incógnita. Começamos subtraindo 5 de ambos os lados da equação: 3x = 14 - 5. Isso resulta
em 3x = 9. Em seguida, dividimos ambos os lados por 3 para obter o valor de x: x = 9/3, que é igual
a 3.

Exemplo n. 2:

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Equação: 2y - 8 = 10

Resposta: y = 9
Explicação: Neste exemplo, temos a equação 2y - 8 = 10. Para encontrar o valor de y, começamos
adicionando 8 a ambos os lados da equação: 2y = 10 + 8. Isso nos dá 2y = 18. Em seguida, dividimos
ambos os lados por 2 para obter o valor de y: y = 18/2, que é igual a 9.

Esses são apenas dois exemplos básicos de equações de primeiro grau. As equações de primeiro
grau são aquelas em que a incógnita tem um expoente 1 e estão na forma ax + b = c, em que a, b e
c são constantes.

A solução dessas equações envolve realizar operações algébricas para isolar a incógnita e encontrar
o valor correto.

Equação de segundo grau

Uma equação de segundo grau é uma equação polinomial que pode ser escrita na forma geral:

ax² + bx + c = 0

Onde a, b e c são constantes conhecidas como coeficientes da equação e x é a incógnita, que é o


valor que queremos descobrir. Para resolver uma equação de segundo grau, usamos a fórmula de
Bhaskara, que é dada por:

−𝑏 ± √𝛥
𝑥=
2. 𝑎

Existem três possibilidades para o resultado da equação de segundo grau, dependendo do valor de
delta, que é dado por delta = b² - 4ac. Se delta for maior que zero, a equação tem duas raízes
reais diferentes.

Por exemplo, a equação x² - 5x + 6 = 0 tem as raízes x = 2 e x = 3. Se delta for igual a zero, a


equação tem uma raiz real dupla. Por exemplo, a equação x² - 6x + 9 = 0 tem a raiz x = 3.

Se delta for menor que zero, a equação não tem raízes reais, mas sim raízes complexas conjuga-
das. Por exemplo, a equação x² + 4x + 5 = 0 não tem raízes reais, mas tem as raízes complexas
conjugadas x = -2 + i e x = -2 - i, onde i é a unidade imaginária (√-1).

4.6) Sistemas de Equações

Um sistema de equações ou sistema linear é um conjunto de equações lineares que descrevem a


relação entre várias variáveis. Essas equações são chamadas de "lineares" porque cada variável apa-
rece apenas com expoente 1 e não é elevada a nenhuma potência maior.

Por exemplo, o seguinte conjunto de equações é um sistema linear:

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2x + 3y = 10
4x - 2y = 6

Nesse sistema, x e y são as variáveis e cada equação é linear porque as variáveis aparecem apenas
com expoente 1. Os sistemas lineares podem ser representados em forma matricial, onde os coefi-
cientes das variáveis são organizados em uma matriz, e os valores constantes são organizados em
um vetor.

Por exemplo, o sistema acima pode ser escrito como:

| 2 3 | | x | | 10 |

| 4 -2 | | y | = | 6 |

Essa representação matricial permite o uso de técnicas matemáticas para resolver o sistema e en-
contrar os valores das variáveis. Uma das principais aplicações dos sistemas lineares é na resolução
de problemas de engenharia e ciência que envolvem relações lineares entre várias variáveis. Por
exemplo, em um sistema de equações que modela o comportamento de um circuito elétrico, os
valores das correntes e tensões podem ser encontrados resolvendo-se um sistema linear.

Desigualdades ou equações e inequações modulares são as que a variável desconhecida aparece


dentro de uma expressão modular, ou seja, uma função que retorna o valor absoluto de um número.

Para resolver essas equações, geralmente precisamos considerar dois casos, um em que a expressão
dentro do valor absoluto é positiva e outro em que é negativa.

Por exemplo, considere a equação modular:

|2x - 5| = 9

Podemos considerar os casos em que 2x - 5 é positivo e negativo. Se 2x - 5 for positivo, então


podemos simplesmente reescrever a equação como:

2x - 5 = 9

Em seguida, podemos isolar x dividindo ambos os lados por 2:

x=7

Se 2x - 5 for negativo, então podemos reescrever a equação como:

-(2x - 5) = 9

Expandindo a expressão, temos:

-2x + 5 = 9

Isolando x, temos:

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x = -2

Portanto, as soluções da equação são x = 7 e x = -2.

As inequações modulares também podem ser resolvidas considerando os casos em que a expressão
dentro do valor absoluto é positiva e negativa. Por exemplo, considere a inequação modular:

|2x - 5| < 9

Se 2x - 5 for positivo, podemos reescrever a inequação como:

2x - 5 < 9

Isolando x, temos:

x<7

Se 2x - 5 for negativo, podemos reescrever a inequação como:

-(2x - 5) < 9

Expandindo a expressão, temos:

-2x + 5 < 9

Isolando x, temos:

x > -2

Portanto, as soluções da inequação são -2 < x < 7.

5) Progressões aritméticas e geométricas

Progressão é uma sequência que, geralmente, possui uma lei de recorrência, o que torna possível
prever quais serão os próximos termos conhecendo os seus antecessores. Podemos montar sequên-
cias numéricas com diferentes critérios, como uma sequência dos números pares, ou sequência dos
números divisíveis por 4, sequência de números primos, sequência dos quadrados perfeitos, enfim,
existem várias possibilidades de sequências numéricas.

Quando classificamos a sequência quanto à quantidade de termos, a sequência pode ser finita
ou infinita. Quando classificamos a sequência quanto ao comportamento dos termos, essa se-
quência pode ser crescente, decrescente, oscilante ou constante. Existem casos especiais de se-
quências que são conhecidos como progressões aritméticas e progressões geométricas.

Progressão geométrica (PG) e progressão aritmética (PA) são sequências numéricas que possuem
uma regularidade específica na qual cada termo da sequência é obtido através da aplicação de uma
fórmula matemática simples.

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Na progressão geométrica, cada termo subsequente é obtido multiplicando-se o termo anterior
por uma constante chamada de razão da progressão.

Exemplo: Considere a sequência 2, 4, 8, 16, 32, ... A razão da progressão é 2, pois cada termo sub-
sequente é obtido multiplicando-se o termo anterior por 2. Logo, o sexto termo da sequência será
2^5 = 32 x 2 = 64.

Representação de uma PG:

Já na progressão aritmética, cada termo subsequente é obtido adicionando-se uma constante cha-
mada de razão da progressão ao termo anterior.

Exemplo: considere a sequência 2, 5, 8, 11, 14, ... A razão da progressão é 3, pois cada termo subse-
quente é obtido adicionando-se 3 ao termo anterior. Logo, o sexto termo da sequência será 2 + 3 x
5 = 17.

Representação de uma PA:

Importante!

Por exemplo, na área financeira, a PG é frequentemente usada para modelar o crescimento de in-
vestimentos de longo prazo, enquanto a PA é usada para modelar o aumento de preços ao longo
do tempo.

Um exemplo de aplicação da PG é na fórmula de juros compostos, onde o valor inicial é multiplicado


pela razão da progressão elevada ao número de períodos. Um exemplo de aplicação da PA é na

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determinação de séries temporais, onde a variação de uma grandeza ao longo do tempo é modelada
pela adição da razão da progressão a cada termo da sequência.

Aqui estão dois exemplos de Progressão Geométrica (P.G.) e dois exemplos de Progressão Aritmética
(P.A.), com as respostas e explicações:

Exemplo - Progressão Geométrica: 1, 3, 9, 27, ...

Resposta: O próximo termo é 81. Explicação: Nessa progressão geométrica, cada termo é obtido
multiplicando o termo anterior por 3. Começamos com 1, multiplicamos por 3 para obter 3, multi-
plicamos por 3 novamente para obter 9 e assim por diante. Portanto, o próximo termo será 27 mul-
tiplicado por 3, que é igual a 81.

Exemplo - Progressão Geométrica: 100, 50, 25, 12.5, ...

Resposta: O próximo termo é 6.25. Explicação: Nessa progressão geométrica, cada termo é obtido
dividindo o termo anterior por 2. Começamos com 100, dividimos por 2 para obter 50, dividimos por
2 novamente para obter 25 e assim por diante. Portanto, o próximo termo será 12.5 dividido por 2,
que é igual a 6.25.

Agora, vamos ver dois exemplos de Progressão Aritmética (P.A.):

Exemplo 1 - Progressão Aritmética: 10, 15, 20, 25, ...

Resposta: O próximo termo é 30.

Explicação: Nessa progressão aritmética, cada termo é obtido somando 5 ao termo anterior. Come-
çamos com 10, somamos 5 para obter 15, somamos 5 novamente para obter 20 e assim por diante.
Portanto, o próximo termo será 25 somado a 5, que é igual a 30.

Exemplo 2 - Progressão Aritmética: -3, 2, 7, 12, ...

Resposta: O próximo termo é 17.

Explicação: Nessa progressão aritmética, cada termo é obtido somando 5 ao termo anterior. Come-
çamos com -3, somamos 5 para obter 2, somamos 5 novamente para obter 7 e assim por diante.
Portanto, o próximo termo será 12 somado a 5, que é igual a 17.

Esses são exemplos básicos de progressões geométricas e aritméticas. É importante observar os pa-
drões de multiplicação ou adição entre os termos para identificar a regra de formação e calcular os
próximos. termos.

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Tome nota!

Progressão aritmética Progressão geométrica


Cresce na mesma proporção. Tem razão igual Cada termo, a partir do 2º, é igual a multiplica-
(R). ção do termo anterior por uma constante (q).

Razão: Razão:
𝑎𝑛
R = an – an-1 a2 = 𝑎𝑛−1

Termo geral: Termo geral:


an = a1 + (n-1)R an = a1 × qn-1

Termo médio: Termo médio:


(a1+a3)
𝑎2 = √𝑎1× a3
𝑛
a2 = 2

Soma Soma:
+∞ (infinita)
𝑎1
S∞ = (infinita)
1−𝑞

(a1+an)×𝑛
Sn = 2
(finita) Sn =
𝑎1 (𝑞𝑛−1)
(finita)
𝑞−1

Além disso, temos as séries numéricas que podem ser usadas para obter valores funcionais de uma
certa função f (x), portanto é necessário que saibamos interpretá-los, para saber seu significado pre-
ciso. Uma sequência é indicada por (a1, a2, a3, · · ·, an, · · ·) ou simplesmente (an) e o conjunto de
seus termos é dado por a(N) = {a1, a2, a3, · · ·, an, · · · }.

Exemplo: (1, 12, 13, · · ·), possui como termo geral an = 1/n e {1, 12, 13, · · ·} é seu conjunto de valores.

Exemplo: A sequência (1, −1, 1, −1, 1, −1, · · ·) tem como termo geral an = (−1) n+1 e seu conjunto
de valores é {−1, 1}.

6) Análise combinatória: princípio fundamental da contagem, permutação, arranjo e combi-


nação

Análise combinatória é um ramo da matemática que se dedica a estudar as possibilidades de com-


binações e arranjos de um determinado conjunto de elementos. Esses elementos podem ser obje-
tos, pessoas, números, letras ou qualquer outro tipo de elemento que possa ser organizado em uma
ordem específica ou agrupado de alguma maneira.

Para essa prova, você precisa entender os princípios fundamentais que sustentam a análise com-
binatória: princípio da multiplicação e da adição.

Princípio da multiplicação: Este princípio é aplicado quando você precisa contar o número de ma-
neiras de realizar duas ou mais tarefas independentes. Se você tem y maneiras de fazer uma coisa e
n maneiras de fazer outra coisa, então o número total de maneiras de fazer ambas as coisas é y*x.
Exemplo: Considere que você tem 3 camisas e 4 calças. Se você quiser escolher uma camisa e uma
calça, o número total de combinações possíveis seria 3 × 4 = 12.

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Por outro lado, de maneira simplificada, o princípio da adição diz que, se uma tarefa pode ser
realizada de duas maneiras diferentes (evento A ou evento B), então o número total de maneiras de
realizar a tarefa é a soma do número de maneiras de realizar o evento A com o número de maneiras
de realizar o evento B.

Além disso, temos outros conceitos essenciais, como, por exemplo:

a) Fatorial:– significa multiplicar esse número por todos os seus antecessores.


b) Permutações: são arranjos de elementos em que a ordem importa. Por exemplo, se tiver-
mos as letras A, B e C, as permutações possíveis são ABC, ACB, BAC, BCA, CAB e CBA.
c) Combinações: são agrupamentos de elementos em que a ordem não importa. Por exemplo,
se tivermos as letras A, B e C, as combinações possíveis de 2 elementos são AB, AC e BC.
d) Arranjos: são agrupamentos de elementos em que a ordem importa, mas nem todos os
elementos precisam ser usados. Por exemplo, se tivermos as letras A, B e C e quisermos
formar arranjos de 2 elementos, teríamos AB, AC, BA, BC, CA e CB.

Tome nota!

Existem diversas fórmulas e técnicas para resolver problemas de análise combinatória, dependendo
do tipo de problema e do número de elementos envolvidos. Alguns exemplos de problemas que
podem ser resolvidos utilizando a análise combinatória incluem:

a) Quantas senhas de 4 dígitos podem ser criadas usando os números de 0 a 9? (solução:


10 x 10 x 10 x 10 = 10.000)
b) Em uma sala com 10 pessoas, quantos grupos de 4 pessoas podem ser formados? (solu-
ção: 10! / 4! = 210)
c) Quantos anagramas podemos formar com as letras da palavra "BANANA"? (solução:
6!/(3!2!) = 60)
d) Quantas maneiras existem de escolher um presidente, um vice-presidente e um tesou-
reiro em um grupo de 10 pessoas? (solução: 10 x 9 x 8 = 720)

Esses são apenas alguns exemplos de problemas de análise combinatória, mas existem muitos outros
tipos de problemas que podem ser resolvidos utilizando essa técnica. É importante entender bem os
conceitos básicos de permutações, combinações e arranjos para poder aplicá-los corretamente em
diferentes situações.

7) Probabilidade

A probabilidade é uma medida numérica da chance de um evento ocorrer e é amplamente utilizada


em estatística, teoria das probabilidades e ciências aplicadas. Vamos começar com alguns conceitos
essenciais:

a) Espaço amostral (S): conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório.


b) Evento (E): subconjunto do espaço amostral, representando um resultado específico ou um
conjunto de resultados.

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c) Probabilidade (P): medida numérica da chance de ocorrência de um evento. A probabilidade
de um evento E é denotada por P(E) e está no intervalo de 0 a 1.

0 ≤ 𝑃 (𝐸) ≤ 1

Essa fórmula causou confusão na sua cabeça, né? Irei explicá-la:

A fórmula que expressa a probabilidade de um evento, como mencionada anteriormente, é uma


maneira de quantificar a chance de um evento ocorrer. A fórmula é:

𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑖𝑠 𝑎 𝐸


𝑃(𝐸) =
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑛𝑜 𝑒𝑠𝑝𝑎ç𝑜 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙

Vamos analisar cada parte da fórmula:

a) P(E): representa a probabilidade do evento E. É uma medida numérica que indica a chance
de E ocorrer.
b) Número de resultados favoráveis: Refere-se à quantidade de resultados no espaço amos-
tral que correspondem ao evento E. Esses são os resultados que consideraríamos como
"bem-sucedidos" ou "favoráveis" para E.
c) Número total de resultados no espaço amostral: Indica a quantidade total de resultados
possíveis em um experimento aleatório. É o tamanho do espaço amostral, representado por
S.

A razão entre o número de resultados favoráveis a E e o número total de resultados no espaço


amostral fornece a proporção ou fração de resultados que são favoráveis ao evento E. Essa razão é,
então, convertida em um valor no intervalo de 0 a 1, refletindo a probabilidade.

Portanto, a probabilidade P(E) é sempre um número entre 0 e 1, inclusivos. Quando P(E)=0, significa
que o evento E é impossível, e quando P(E)=1, significa que o evento E é certo. Quanto mais próximo
o valor de P(E) estiver de 1, maior é a probabilidade de E ocorrer.

É um tema complicado e, por isso, complementaremos com três questões:

Momento da Questão

CESGRANRIO – Transpetro – 2018 - Considere 2 urnas: na primeira urna há 1 bola branca e 1


bola preta; na segunda urna, há 1 bola branca e 2 pretas. Uma bola é selecionada aleatoria-
mente da urna 1 e colocada na urna 2. Em seguida, uma bola é selecionada, também aleatori-
amente, da urna 2. Qual a probabilidade de que a bola selecionada na urna 2 seja branca?

a) 12,5%

b) 25%

c) 37,5%

d) 50%

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e) 62,5%

Gabarito: Letra C.

Comentário: Vamos analisar por cenários:

Primeiro cenário

1 1 1
+ =
2 4 8

Segundo cenário

1 2 2
+ =
2 4 8

Soma dos dois cenários

1 2 3
+ = = 𝟑𝟕, 𝟓%
8 8 8

Probabilidade pura e simples. Para chegar nesse nível, você só precisa praticar muito. Apenas isso.
Matemática é prática. Há outra forma de resolver também:

a) Se a bola que eu coloquei na urna 2 foi branca, ficaria 2/2 e quando eu fosse retirar teria 50%
de chances de sair branca.
b) Se a bola que eu coloquei na urna 2 foi preta, ficaria 1/3 e quando eu fosse retirar teria 25%
de chances de sair branca.
c) Logo já não poderia ser a alternativa B e nem a D, pois eu não tinha certeza da bola. Portanto,
deve-se procurar a alternativa que apresenta um meio termo entre esses dois percentuais,
logo, 37,5%.

8) Estatística básica: leitura e interpretação de dados representados em tabelas e gráficos;


medidas de tendência central (média, mediana, moda)

Junto com geometria plana, esse tema é, de longe, um dos mais cobrados em prova. Você precisa
dominá-lo completamente para não errar questão. Além de ser muito cobrado, é bem simples e fácil
de compreender.

As medidas de tendência central são estatísticas que representam o "centro" ou "meio" de um


conjunto de dados. Elas são usadas para resumir e descrever a distribuição dos dados, ajudando a
entender onde a maioria dos valores está concentrada. As três medidas de tendência central mais
comuns são a média, a mediana e a moda. Vou explicar cada uma delas:

Média

A média é a medida mais conhecida de tendência central e é calculada somando todos os valores
de um conjunto de dados e dividindo pelo número total de valores. A fórmula é complexa e, neste
caso, vai mais atrapalhar do que ajudar, mas eu vou simplificá-la a você:

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∑𝑛𝑖=1 𝜅𝑖 𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 + ⋯ + 𝑥𝑛
𝑥= =
𝑛 𝑛

Em síntese, você somará os valores do conjunto e dividirá pelo número de total de “itens”. Vamos
considerar um exemplo simples de aplicação do cálculo da média. Suponha que você esteja estu-
dando para um exame e queira calcular sua média de notas em três provas que você fez. As notas
são as seguintes:

a) Prova 1: 85
b) Prova 2: 90
c) Prova 3: 75

Para calcular sua média de notas, você precisa somar todas as suas notas e depois dividir pelo nú-
mero total de provas. Então, vamos calcular:

85+90+75
Média = 3

250
Média =
3

Média = 83,33

Portanto, sua média de notas nas três provas é de aproximadamente 83,33. Isso significa que, em
média, você está alcançando essa pontuação nas provas.

Mediana

Por outro lado, a mediana é uma medida de tendência central que representa o valor que divide um
conjunto de dados ordenados ao meio. Simplificando: é o valor do meio quando os dados estão
organizados em ordem crescente ou decrescente.

Para encontrar a mediana, os dados devem primeiro ser organizados em ordem crescente ou de-
crescente. Em seguida, o valor que está no meio da lista é identificado como a mediana.

Se o conjunto de dados tiver um número ímpar de observações, a mediana é simplesmente o


valor do meio. Por exemplo, no conjunto de dados {3, 6, 9, 12, 15}, a mediana é 9, porque é o valor
que divide os dados ao meio, com três valores menores e três valores maiores.

Se tiver um número par, a mediana é calculada encontrando a média dos dois valores do meio.
Por exemplo, no conjunto de dados {2, 4, 6, 8}, a mediana é a média de 4 e 6, que é 5. Isso ocorre
porque 4 e 6 são os dois valores do meio quando os dados estão ordenados.

Moda

Por fim, a moda é uma medida de tendência que representa o valor que ocorre com mais frequência
em um conjunto de dados (valor que aparece mais vezes).

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É importante observar que um conjunto de dados pode ter uma moda (unimodal), duas modas
(bimodal) ou mais modas (multimodal). Se nenhum valor se repetir, o conjunto de dados é consi-
derado a-modal, o que significa que não há moda.

Por exemplo, considere o conjunto de dados {5, 7, 7, 8, 10, 10, 10, 12}. Neste conjunto, o valor 10
ocorre com mais frequência (três vezes), enquanto os outros valores ocorrem apenas uma vez. Por-
tanto, a moda deste conjunto de dados é 10.

9) Geometria plana

Talvez o tema mais cobrado da prova. Nesse tópico, nós precisamos focar no básico. O básico feito
com excelência fará você acertar todas as questões fundamentais de geometria plana. Quando falo
do básico, leia-se: o que mais cai em provas.

De início, geometria plana é a parte da geometria que estuda as figuras e propriedades geomé-
tricas que existem em um plano, ou seja, em duas dimensões. Nesse contexto, um plano é uma
superfície bidimensional infinita que se estende sem limites em todas as direções. A geometria plana
lida com temas como pontos, linhas, ângulos, polígonos, círculos e suas interações.

9.1) Polígonos, circunferência, círculo, teorema de Pitágoras e trigonometria no triângulo re-


tângulo

Polígonos

Polígonos são figuras geométricas planas formadas por segmentos de reta chamados de lados.
Os lados se encontram em pontos chamados de vértices. Os polígonos podem ter diferentes núme-
ros de lados e, portanto, são classificados de acordo com isso. Alguns exemplos de polígonos co-
muns incluem triângulos (3 lados), quadriláteros (4 lados), pentágonos (5 lados), hexágonos (6 lados),
entre outros.

O perímetro de um polígono é a soma dos comprimentos de todos os seus lados. A fórmula para
calcular o perímetro de diferentes polígonos varia de acordo com o tipo de polígono. Por exemplo:

a) Triângulo: perímetro = lado1 + lado2 + lado 3


b) Quadrilátero: perímetro = lado1 + lado2 + lado 3 + lado4

A área de um polígono é a medida da região contida dentro de seus limites. A fórmula para
calcular a área de diferentes polígonos também varia de acordo com o tipo de polígono. Por exem-
plo:

𝑏ℎ (𝑏𝑎𝑠𝑒∗𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎
a) Triângulo: área =
2

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b) Quadrilátero (quadrado ou retângulo): área = bh (base*altura)

São apenas exemplos de como calcular o perímetro ou a área de um polígono, fique tranquilo que
trataremos desse tema de forma mais detalhada em cada tema deste tópico.

Os polígonos podem ser classificados de várias maneiras com base em diferentes critérios. Aqui
estão algumas das classificações mais cobradas em concursos e que, sem dúvidas, podem cair na
sua prova:

a) Número de lados:
• Triângulo: 3 lados.
• Quadrilátero: 4 lados.
• Pentágono: 5 lados.
• Hexágono: 6 lados.
• Heptágono: 7 lados.
• Octógono: 8 lados.

b) Regularidade:
• Regular: Todos os lados e ângulos são iguais.
• Irregular: Lados e/ou ângulos de medidas diferentes.

c) Relação entre lados:


• Equilátero: Todos os lados são iguais.
• Isósceles: Dois lados são iguais.
• Escaleno: Todos os lados são diferentes.

Momento da Questão

Questão inédita – Qual é a fórmula para calcular o perímetro de um círculo?

a) P=2πr

b) P=πr²
1
c) P=2 πr²

d) P=πd

Gabarito: Letra D.

Comentário: O perímetro de um círculo é a medida da circunferência, que é dada pela fórmula


P=πd, em que d é o diâmetro do círculo.

Questão inédita – Se um quadrado tem lado de comprimento 6 metros, qual é a área do qua-
drado?

a) 12m²

b) 18m²

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c) 24m²

d) 36m²

Gabarito: Letra D.

Comentário: A área de um quadrado é dada pelo quadrado do comprimento do lado. Assim,


para um quadrado com lado de 6 metros, a área é 6² = 36 metros quadrados.

Circunferência e círculo

Preste atenção neste conceito, pois ele pode causar confusão na prova. Uma circunferência é a linha
curva que delimita a região de um círculo. Ou seja, é o conjunto de todos os pontos em um plano
que estão a uma distância fixa (raio) de um ponto central chamado centro. Iremos focar em dois
pontos que são extremamente cobrados: perímetro e área.

diâmetro perímetro

O comprimento da circunferência é também chamado de perímetro do círculo. A fórmula para cal-


cular o comprimento da circunferência é dada por:

Perímetro = 2𝜋𝑟

r é raio da circunferência.
𝜋 (𝑝𝑖) é uma constante aproximadamente igual a 3.14159, que representa
a relação entre o perímetro e o diâmetro de qualquer círculo.

Para facilitar a compreensão, veja este exemplo:

Suponha que temos uma circunferência com raio r = 5. Para calcular o comprimento da circunferên-
cia (perímetro), podemos usar a fórmula da seguinte maneira:

Perímetro = 2𝜋5
Perímetro = 10 𝜋

Se desejarmos o valor numérico aproximado do perímetro, podemos usar ≈ 3.14159. Teremos:

Perímetro = 10 ×3.14159
Perímetro ≈ 31.4159

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Por outro lado, a área do círculo é a medida da região contida dentro da circunferência. A fórmula
para calcular a área do círculo é dada por:

Área = 𝜋𝑟 2

Já que você conhece a fórmula e sabe o significado de cada item, vamos para mais um exemplo:

Suponha que temos uma circunferência com raio r=4. Nesse caso, teremos:

Área = 𝜋4²

Área = × 16 (sabemos que pi vale, aproximadamente, 3.14)

Área ≈ 50.26544

Portanto, a área da circunferência, com raio 4 unidades, é aproximadamente 50.26544 unidades


quadradas.

Teorema de Pitágoras

O Teorema de Pitágoras é um princípio fundamental da geometria que descreve a relação entre os


comprimentos dos lados de um triângulo retângulo. Um triângulo retângulo é aquele que possui
um ângulo reto, ou seja, um ângulo de 90 graus. O teorema afirma que, em um triângulo retângulo,
o quadrado do comprimento da hipotenusa (o lado oposto ao ângulo reto) é igual à soma dos
quadrados dos comprimentos dos outros dois lados.

Matematicamente, o Teorema de Pitágoras é expresso da seguinte forma:

a² + b² = c²

a e b são os comprimentos dos catetos (os dois lados que formam o ângulo reto).
c é o comprimento da hipotenusa.

Para facilitar, segue a representação da fórmula:

Exemplo de aplicação da fórmula:

Ex. 1: Em um triângulo retângulo, um dos catetos mede 3 unidades e o outro cateto mede 4 unida-
des. Qual é o comprimento da hipotenusa?

Neste problema, temos um triângulo retângulo onde conhecemos os comprimentos dos dois cate-
tos. Usando o Teorema de Pitágoras, podemos estabelecer a seguinte equação:

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Cateto² + Cateto² = Hipotenusa²
3² + 4² = Hipotenusa²
9 + 16 = Hipotenusa²
25 = Hipotenusa²

Para encontrar o valor da hipotenusa (c²), tomamos a raiz quadrada de ambos os lados da equação:

Hipotenusa = √25 = 𝟓

Momento da Questão

Instituto Excelência – Prefeitura de Taquarituba – SP - 2016 - De acordo com a definição básica


do teorema de Pitágoras, assinale a alternativa CORRETA:

a) O Teorema de Pitágoras relaciona as medidas dos catetos de um triângulo retângulo à medida


de sua hipotenusa. O Teorema de Pitágoras diz que: “a soma dos quadrados dos catetos é igual ao
quadrado da hipotenusa”.

b) O Teorema de Pitágoras pode ser determinado pela seguinte lei de correspondência: “Feixes de
retas paralelas cortadas ou intersectadas por segmentos transversais formam segmentos de retas
proporcionalmente correspondentes”.

c) O Teorema de Pitágoras pode ser utilizado para fazer a divisão de polinômios. Para fazer a divisão
de um polinômio P(x) por outro polinômio Q(x), é fundamental que o polinômio Q(x) seja da forma
x + u ou x – u, isto é, deve ser um binômio de 1° grau.

d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra A.

Comentário: É exatamente o conceito que estudamos anteriormente: “a soma dos quadrados


dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa”.

Questão inédita – No triângulo retângulo abaixo, qual é o comprimento da hipotenusa? (Con-


sidere que as medidas são inteiras)

a) 6

b) 8

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c) 10

d) 12

Gabarito: Letra C.
Comentário: Pelo Teorema de Pitágoras, a hipotenusa de um triângulo retângulo é a raiz
quadrada da soma dos quadrados dos catetos. Neste caso, a hipotenusa é √82 + 62 = √100 = 10.

Trigonometria no triângulo retângulo

Tema difícil, mas nas questões deste concurso, acreditamos que a banca não pesará a mão com
cálculos complexos, mas conceituais. O foco dessa prova deve ser em conceitos teóricos e funda-
mentais. Por exemplo: qual a definição de seno? Qual a representação de seno, cosseno ou tangente?

A trigonometria no triângulo retângulo é um ramo da matemática que estuda as relações entre os


ângulos e os lados de um triângulo retângulo. Um triângulo retângulo é um triângulo que possui
um ângulo reto (90 graus). Na trigonometria do triângulo retângulo, três funções trigonométricas
principais são definidas em relação aos ângulos agudos do triângulo: seno, cosseno e tangente.
Vamos abordar cada uma dessas funções trigonométricas:

a) Seno (sen): O seno de um ângulo agudo em um triângulo retângulo é definido como a razão
entre o comprimento do cateto oposto ao ângulo e o comprimento da hipotenusa.

𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜
sin(θ) =
ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎

b) Cosseno (cos): O cosseno de um ângulo agudo em um triângulo retângulo é definido como


a razão entre o comprimento do cateto adjacente ao ângulo e o comprimento da hipotenusa.

𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒
cos(θ) =
ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎

c) Tangente (tan): A tangente de um ângulo agudo em um triângulo retângulo é definida como


a razão entre o comprimento do cateto oposto ao ângulo e o comprimento do cateto adja-
cente ao ângulo.

𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜
tan(θ) =
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒

Além dessas funções trigonométricas, o tema também inclui o Teorema de Pitágoras, que relaciona
os comprimentos dos lados de um triângulo retângulo, e as identidades trigonométricas básicas,
que são relações entre as funções trigonométricas. Além disso, temos as relações trigonométricas
para definição de ângulos e lados, mas esse assunto quase não cai em prova, portanto, neste mate-
rial, não é viável estudá-lo com profundidade, somente os conceitos básicos são suficientes para
você acertar questões sobre trigonometria.

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9.2) Perímetros e áreas

Estudamos o conceito de perímetro e área nos tópicos anteriores. Dessa vez, nós revisaremos as
fórmulas das figuras mais cobradas em questões:

Perímetro em figuras comuns:

a) Retângulo: 2×(base+altura)
b) Quadrado: 4×lado
c) Triângulo: lado1 + lado2 + lado3
d) Círculo: 2π × raio

Área de figuras comuns:

a) Retângulo: base × altura


b) Quadrado: lado²
1
c) Triângulo: 2 × base × altura
d) Círculo: π × raio²

10) Geometria espacial

Geometria espacial é a parte da geometria que estuda figuras geométricas tridimensionais, ou


seja, aquelas que possuem três dimensões: comprimento, largura e altura (ou profundidade). Dife-
rentemente da geometria plana, que lida com figuras bidimensionais como triângulos, quadrados e
círculos, a geometria espacial trata de sólidos como cubos, esferas, cilindros e pirâmides, entre ou-
tros. Nesse tópico, nós estudaremos prisma, pirâmide, cilindro, cone e esfera. Dominar o básico des-
ses temas é fundamental para matar as questões com celeridade.

10.1) Prisma, pirâmide, cilindro, cone e esfera

Prisma

Prisma é um sólido geométrico com duas faces paralelas e congruentes chamadas bases, conec-
tadas por faces laterais que são paralelogramos. As faces laterais são perpendiculares às bases e
têm a mesma forma e tamanho. Pode ser reto (bases alinhadas com as faces laterais) ou oblíquo (a
base não é alinhada com as faces — inclinado). O prisma é nomeado de acordo com a forma de suas
bases. Por exemplo, um prisma com bases retangulares é chamado de prisma retangular, enquanto
um prisma com bases triangulares é chamado de prisma triangular.

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As fórmulas para calcular a área e o volume de um prisma dependem da forma de suas bases. Va-
mos estudar as fórmulas para um prisma genérico e para alguns casos específicos.

a) Área da superfície de um prisma: se B é a área da base e P é o perímetro da base, então a


área total da superfície (incluindo todas as faces laterais) de um prisma é dada por:
A = 2B + Ph

B é a área da base do prisma.


P é o perímetro da base do prisma.
h é a altura do prisma.

b) Volume de um prisma: o volume de um prisma é calculado multiplicando a área da base


pela altura do prisma:

V = Bh

B é a área da base do prisma.


h é a altura do prisma.

Para prisma com bases específicas, como prisma retangular ou triangular, as fórmulas para calcu-
lar podem ser diferentes. Aqui estão algumas fórmulas adicionais para casos específicos:

a) Prisma retangular:

Área da base (B): Comprimento × Largura


Volume (V): Comprimento × Largura × Altura

b) Prisma triangular:

1
Área da base (B): 2× Base × Altura²
1
Volume (V): 2
× Base × Altura × Altura do prisma

c) Prisma hexagonal:

3√3
Área da base (B): 2
× Lado² (para um hexágono regular)
3√3
Volume (V): 2 × Lado² × Altura do prisma

Essas são algumas das fórmulas mais comuns para calcular a área da superfície e o volume de um
prisma. É importante lembrar que a escolha da fórmula correta depende da forma das bases do
prisma. Nas provas, você perceberá que o prisma genérico é o mais cobrado, então fique tranquilo.

Pirâmide

De longe, o maior alvo de questões em prova. Fique atento!

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Pirâmide é um sólido tridimensional que tem uma base plana poligonal e faces triangulares que se
encontram em um ponto chamado vértice. A altura da pirâmide é a distância entre a base e o vértice.
Dependendo do formato da base, podemos ter diferentes tipos de pirâmides, como pirâmides tri-
angulares, quadrangulares, pentagonais etc.

No caso desse sólido, faz-se necessário trabalhar com um pouco mais de profundidade, por isso,
vale destacar as características de uma pirâmide:

a) Base: figura plana poligonal.


b) Faces laterais: triângulos que se encontram no vértice da pirâmide.
c) Altura: distância entre a base e o vértice.
d) Vértice: ponto onde todas as faces laterais se encontram.
e) Volume: quantidade de espaço tridimensional contido dentro da pirâmide.
f) Área da superfície: soma das áreas de todas as suas faces, incluindo a base e as faces laterais.

Principais fórmulas:

a) Área da superfície: Se B é a área da base e L é o perímetro da base, então a área total da


superfície (incluindo a base e as faces laterais) de uma pirâmide é dada por:

1
A=B+2×P×L

B é a área da base da pirâmide.


P é o perímetro da base.
L é a medida da geratriz da pirâmide, que é a distância
do vértice ao ponto médio de uma aresta da base.

b) Volume: O volume de uma pirâmide é calculado multiplicando a área da base pela altura da
pirâmide e depois dividindo por 3:

1
V=3×B×h

B é a área da base da pirâmide.


h é a altura da pirâmide, que é a distância do vértice ao plano da base.

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Essas são algumas das fórmulas mais comuns para calcular a área da superfície e o volume de uma
pirâmide. Porém, há pirâmides com fórmulas específicas, como a retangular e a triangular:

a) Pirâmide retangular:

Área da base (B): Comprimento × Largura


1
Volume (V): 2 × Comprimento × Largura × Altura

b) Pirâmide triangular:

1
Área da base (B): 2 × Base × Altura
1
Volume (V): 3
× Base × Área da base × Altura

Cilindro

Cilindro é um sólido geométrico que possui duas bases circulares paralelas, conectadas por uma
superfície lateral que é curva e cilíndrica. As bases circulares do cilindro têm o mesmo raio e são
concêntricas, ou seja, têm o mesmo centro. O eixo do cilindro é uma linha reta que passa pelo centro
de ambas as bases e é perpendicular a elas.

Fórmulas:

A área da superfície de um cilindro é a soma das áreas das duas bases circulares e da área da super-
fície lateral. A área da base (Abase) de um cilindro é calculada usando a fórmula da área do círculo: A
base = πr², onde r é o raio da base do cilindro. A área da superfície lateral (Alat) de um cilindro é
dada pela fórmula da área do retângulo que foi desenrolado para formar a superfície lateral. Para
um cilindro com altura ℎ e circunferência da base C, a área da superfície lateral é Alat = C × h.

Assim, a área da superfície total (A) do cilindro é a soma das áreas da base e da superfície lateral:

A = 2 × Abase+Alat

Substituindo as fórmulas para a área da base e a área da superfície lateral, obtemos:

A = 2 × πr² + 2πr × h

Por outro lado, o volume de um cilindro é calculado multiplicando a área da base pela altura do
cilindro.

V=Abase× h

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Substituindo a fórmula para a área da base, obtemos:

V=πr² × h

Essas são as fórmulas para calcular a área da superfície e o volume de um cilindro. É importante
lembrar que o raio (r) e a altura ( ℎ h) devem estar na mesma unidade de medida para garantir que
os resultados estejam na unidade de medida desejada.

Cone

Cone é um sólido geométrico que possui uma base circular e uma superfície lateral que converge
para um ponto chamado vértice. O vértice está diretamente acima do centro da base circular, e a
altura do cone é a distância entre o vértice e o plano da base.

É válido estudar e conhecer as principais características dos cones:

a) Base: circunferência com um raio r.


b) Faces laterais: superfície cônica que se estende do círculo da base até o vértice.
c) Altura: distância entre o vértice e o plano da base.
d) Raio: distância do centro da base ao longo da circunferência da base.
e) Volume: quantidade de espaço tridimensional contida dentro dele.
f) Área da superfície: soma da área da base e da área da superfície lateral.

Fórmulas:

a) Volume: para um cone com raio da base r e altura ℎ, o volume V é dado por:

1
V = πr²h
3

b) Área: a área da superfície de um cone pode ser calculada usando a fórmula:

A = πr (r+l)

r é o raio da base.
l é a geratriz do cone.

Esfera

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Esfera é um sólido geométrico tridimensional que é composto por todos os pontos do espaço que
estão a uma distância fixa de um ponto central chamado centro. A esfera é uma forma tridimensional
completamente simétrica, e todas as suas seções transversais são círculos de mesmo raio.

Principais características e propriedades de uma esfera:

a) Centro: ponto no espaço a partir do qual todas as distâncias para a superfície da esfera são
iguais.
b) Raio: distância do centro da esfera a qualquer ponto de sua superfície.
c) Diâmetro: é dobro do raio.
d) Volume: quantidade de espaço tridimensional contida dentro dela.
e) Área da superfície: medida total de sua superfície externa.

Fórmulas cobradas em questões:

a) Volume: Para uma esfera com raio r, o volume V é dado por:

4
V = πr³
3

b) Área: A área da superfície de uma esfera com raio r é dada por:

A = 4πr²

Essas são as principais características, propriedades e fórmulas relacionadas a esferas em geometria


espacial. Não é um tema tão cobrado, mas conhecer o básico é importante para não perder questões
tranquilas.

Parabéns por ter concluído o estudo da matéria!

41
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Bora para cima!

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