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UFCD 9373

Pós-Produção vídeo
digital - edição
Manual de Apoio à Formação

Formadora: Telma Cardoso


Sessão 1 - Apresentação da UFCD

PÓS-PRODUÇÃO
VÍDEO DIGITAL
- EDIÇÃO
Apresentação da UFCD
Critérios e Metodologias de Avaliação
Calendarização

EFA NS PRO
Formadora: Telma Cardoso DATA
13 de setembro de 2023 Técnico de Comunicação, MKT, RP e
Pub

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Apresentação da UFCD
‣ Objetivos

1. Editar vídeo e áudio de diferentes produtos, em sistemas digitais.

2. Distinguir e aplicar o método de trabalho de acordo com o tipo

de documento audiovisual em questão.

3. Estruturar a edição de um projeto.

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Apresentação da UFCD
‣ Conteúdos programáticos

1. Ferramentas de edição

2. Técnicas de edição

3. Edição e estrutura temporal da narrativa

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Apresentação da UFCD
‣ Temas a abordar

1. Vídeo Digital

2. Formatos de vídeo

3. Compressão

4. Som e Pós-Produção

5. Estruturas Narrativas

6. Storytelling

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Critérios e metodologias de avaliação
‣ Parâmetros de Avaliação

A avaliação da UFCD é composta por duas partes:

➡ Avaliação Prática ou Sumativa; (65%)

➡ Avaliação Contínua. (35%)

A Avaliação Contínua é distribuída da seguinte forma:

➡ Participação; (10%)

➡ Trabalho em Equipa; (10%)

➡ Comportamento Relacional; (10%)

➡ Assiduidade e Pontualidade. (5%)

10% + 10% + 10% + 5% = 35% (Avaliação Contínua)

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Critérios e metodologias de avaliação


‣ Parâmetros de Avaliação

A Avaliação Prática ou Sumativa é distribuída da seguinte


forma:

➡Teste teórico (15%)

➡Trabalho prático final (40%)

30% + 35% = 65% (Avaliação Prática ou Sumativa)

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Calendarização

Datas a reter:

➡Início da UFCD: 13 de setembro


DATA

➡Fim da UFCD: 3DATA


de novembro

DATA
➡Teste teórico: 18 de outubro

➡Entrega do trabalho prático: 2DATA


de novembro

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Sessão 2 - Vídeo Digital

Vídeo
digital
Conceito de vídeo
Vídeo digital
Parâmetros básicos do vídeo digital

EFA NS PRO
Formadora: Telma Cardoso
DATA
15 de setembro de 2023 Técnico de Comunicação, MKT, RP e
Pub

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Vídeo Digital
‣ Conceito de vídeo

O QUE É O VÍDEO?

• Podemos considerar vídeo como sendo um conjunto de imagens

(as frames) que, quando mostradas em rápida sequência por um

dispositivo electrónico, a uma cadência fixa, criam a ilusão de

movimento.

• Estas imagens podem estar sincronizadas com informação áudio.

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Vídeo Digital
‣ Vídeo Digital

• O vídeo digital usa uma representação eletrónica das imagens

segundo uma lógica binária, isto é, contendo apenas dois dígitos:

0 e 1.

• É, assim, uma sequência de pixel (pontos digitais cuja única

propriedade é a sua cor), agrupados em imagens, com/sem

sincronização com sequências de valores digitais de pressão

sonora.

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Vídeo Digital
‣ Vídeo Digital

• O vídeo digital usa uma representação eletrónica das imagens

segundo uma lógica binária, isto é, contendo apenas dois dígitos:

0 e 1.

• É, assim, uma sequência de pixel (pontos digitais cuja única

propriedade é a sua cor), agrupados em imagens, com/sem

sincronização com sequências de valores digitais de pressão

sonora.

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Vídeo Digital
‣ Vídeo Digital
DIGITALIZAÇÃO DE VÍDEO ANALÓGICO

• Faz-se através da utilização de um dispositivo de digitalização

de vídeo (placa de captura de vídeo).

• O dispositivo de digitalização é controlado por um computador,

que terá que:

➡ Possuir software para realizar a tarefa

➡ e configurar os parâmetros de digitalização (tamanho de

imagem, tamanho de amostra e frame-rate)

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Vídeo Digital
‣ Vídeo Digital

CÂMARAS DIGITAIS

• Nas câmaras digitais, o processo de digitalização ocorre num

componente do sensor, após a conversão da luz em impulsos

elétricos e destes (no ADC) num mapa digital de cores.

• A luz transforma-se em impulsos elétricos no sensor, que é o

componente que determina o tamanho (em pixel) da imagem

captada – isto é, determina a resolução da câmara.

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Vídeo Digital
‣ Vídeo Digital

CÂMARAS DIGITAIS

• Nas câmaras digitais, o processo de digitalização ocorre num

componente do sensor, após a conversão da luz em impulsos

elétricos e destes (no ADC) num mapa digital de cores.

• A luz transforma-se em impulsos elétricos no sensor, que é o

componente que determina o tamanho (em pixel) da imagem

captada – isto é, determina a resolução da câmara.

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Vídeo Digital
‣ Vídeo Digital

IMAGENS DE SÍNTESE

• É um processo ‘nativo digital’, isto é, não se dá a digitalização do

vídeo – ‘apenas’ um minucioso e demorado processo

integralmente digital, no qual se dá o desenho e texturização 3D

de ambientes, personagens e objetos, seguido de geração de

vídeo (render).

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Vídeo Digital
‣ Parâmetros básicos do vídeo digital

TAMANHO DA IMAGEM

• O tamanho de imagem tem impacto no resultado visível do vídeo,

na qualidade de imagem (no seu nível de detalhe) e na escolha do

equipamento de display.

• Corresponde ao número de colunas (largura) e de linhas (altura)

que compõem a imagem.

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Vídeo Digital
‣ Parâmetros básicos do vídeo digital

TAMANHO DA IMAGEM

• No vídeo digital, dá-se, normalmente, uma equivalência entre o

número de colunas/linhas e o número de pixel na horizontal/

vertical.

• Este é um valor fixo para um dado ficheiro vídeo. Exemplos:

Blu-Ray (em Full HD): 1920 x 1080 pixel

HD TV (na TDT Portuguesa): 1280 x 720 pixel

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Vídeo Digital
‣ Parâmetros básicos do vídeo digital

TAMANHO DA AMOSTRA

• O tamanho da amostra (Bit Depth ou Bits Per Pixel) é o número

de bits usados para descrever a cor de um pixel e tem impacto na

fidelidade às cores “reais” – e por isso na qualidade de imagem.

• Assim, quantifica o número de cores únicas disponíveis na paleta

de um ficheiro de vídeo – que é a mesma para todas as suas

imagens.

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Vídeo Digital
‣ Parâmetros básicos do vídeo digital

TAMANHO DA AMOSTRA

• A noção de Bits per channel complementa o entendimento do

tamanho de amostra, quando este é de 24 bits.

• Bits per channel refere-se ao número de bits usados em cada

canal de cor (Red, Green, Blue).

• Deste modo, bits per pixel (bpp) é a soma do número de bits de

todos os canais de cor usados para representar um único pixel.

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Vídeo Digital
‣ Parâmetros básicos do vídeo digital

TAMANHO DA AMOSTRA

• O tamanho de amostra define o espaço cromático disponível, ou

amostra seja, a quantidade de cores que uma imagem pode usar

em simultâneo.

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Vídeo Digital
‣ Parâmetros básicos do vídeo digital

FRAME RATE

• A cadência, frame rate ou resolução temporal, corresponde ao

número de imagens de uma sequência de vídeo que é mostrado

em cada segundo, para criar a ilusão de movimento – mede-se em

frames per second (fps).

• O frame rate tem forte impacto na percepção que o espectador

tem acerca da continuidade do movimento. Quanto maior o seu

valor, mais suave será essa perceção.

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Sessão 3 - Vídeo Formatos

Vídeo
formatos
Standards de vídeo analógico
Modos de construção de imagem
Compatibilidade analógico/digital
Proporcionalidade e tamanho dos formatos

EFA NS PRO
Formadora: Telma Cardoso
DATA
25 de setembro de 2023 Técnico de Comunicação, MKT, RP e
Pub

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Vídeo formatos
‣ Standards de Vídeo Analógico

TV ANALÓGICA

• Há vários standards de sinal de Televisão analógica, com

implicações na recolha, edição e transmissão de imagens vídeo.

• Estes standards têm condicionado a convergência entre os

sistemas TV e a tecnologia de imagem digital e dificultado todos

os processos relacionados.

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Vídeo formatos
‣ Standards de Vídeo Analógico

• Misturar vídeo dos dois sistemas ou tentar usar imagens de um

em aparelhos destinados ao outro, causa problemas. As

diferenças mais significativas ocorrem ao nível de:

• Frame-rate: nº de imagens (frames) por segundo - fps

• Tamanho da imagem (medido em linhas)

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Vídeo formatos
‣ Standards de Vídeo Analógico

TV ANALÓGICA E FRAME-RATE

• Por razões históricas (que se prendem com a frequência da

corrente elétrica)…

• O frame-rate nos sistemas PAL é de 25 fps – a corrente eléctrica é

de 50 Hz.

• E o frame-rate nos sistemas NTSC é de 30 fps – a corrente

eléctrica é de 60 Hz.

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Vídeo formatos
‣ Standards de Vídeo Analógico

TV ANALÓGICA E TAMANHO DE IMAGEM

• Na TV analógica existem especificidades ligadas ao tamanho da

imagem:

• Sistemas PAL = 576 linhas (visíveis)

• Sistemas NTSC = 480 linhas (visíveis)

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Vídeo formatos
‣ Standards de Vídeo Analógico

TV ANALÓGICA E TAMANHO DE IMAGEM

• Em equipamentos de TV antigos existe

também um problema relacionado com o

tamanho visível da imagem: a overscanned

region.

• A overscanned region existe porque os

aparelhos de TV analógicos projetam a

imagem para além dos limites do ecrã

(menos notório nos ecrãs planos)

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Vídeo formatos
‣ Standards de Vídeo Analógico

STANDARDS DA TV ANALÓGICA: TAMANHO DA IMAGEM

• A overscanned region levou à definição de duas safe areas, que

importa respeitar, mesmo se a produção for digital.

• Text safe area: Garante que o texto fica na zona estável e linear

do ecrã – não sofre distorções

• Action safe area: Define uma segunda zona em que é possível

ocorrer alguma distorção, que não prejudica o fundamental da

imagem.

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Vídeo formatos
‣ Standards de Vídeo Analógico

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Vídeo formatos
‣ Modos de construção de imagem

• A imagem de um ecrã de televisão (e de um monitor) é composta

por uma série de linhas horizontais (também chamadas campos –

par e ímpar / odd e even), que são iluminadas pela passagem da

corrente elétrica.

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Vídeo formatos
‣ Modos de construção de imagem

• Atualmente há (ainda) dois modos diferentes dos equipamentos

(TVs, monitores, …) apresentarem no ecrã as linhas que

constituem uma frame:

• Modo entrelaçado (interlaced scan– i)

• Modo progressivo (progressive scan – p)

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Vídeo formatos
‣ Modos de construção de imagem

MODO INTERLACED

• No modo entrelaçado (que surgiu com os primeiros sistemas

analógicos de transmissão de televisão) a imagem é construída

projetando alternadamente as suas linhas, pelo que são

necessárias duas passagens:

• A 1ª passagem constrói todas as linhas ímpares

• A 2ª passagem constrói todas as linhas pares

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Vídeo formatos
‣ Modos de construção de imagem

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Vídeo formatos
‣ Modos de construção de imagem
MODO INTERLACED

• No entanto, percebeu-se que se podem transmitir apenas “meias-

imagens”, que os olhos (e o cérebro) acabam por “agregar” numa única –

isto é, enviam-se apenas as linhas pares de uma frame e as ímpares da

seguinte.

• Assim, o modo entrelaçado usa apenas metade da informação para criar

a ilusão de movimento.

• Deste modo, é ainda usado nos sistemas digitais como forma de

compressão.

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Vídeo formatos
‣ Modos de construção de imagem

MODO INTERLACED

• Este modo de construção

do ecrã pode criar o efeito

de ‘flickering’, sobretudo

notório em cenas de

movimento ou com

vestuário listado

horizontalmente.

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Vídeo formatos
‣ Modos de construção de imagem

MODO PROGRESSIVE

• Os problemas do modo entrelaçado desaparecem com o modo

progressivo (progressive scan). Os modernos aparelhos HDTV e

monitores usam este modo.

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Vídeo formatos
‣ Modos de construção de imagem

MODO PROGRESSIVE

• Todas as linhas de uma imagem são desenhadas no ecrã em

simultâneo, provocando maior suavidade e detalhe visual, com

ganhos no movimento.

• Percebe-se que a conversão p para i é muito mais fácil que o

contrário (basta retirar linhas a cada frame completa).

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Vídeo formatos
‣ Compatibilidade Analógico/Digital

• A compatibilidade analógico/digital obtém-se convertendo em pixel

cada linha de uma imagem: as 576 linhas PAL são, assim, convertidas

em 576 sequências horizontais de pixel.

• Mas qual a dimensão em pixel de cada uma dessas sequências

horizontais?

A proporcionalidade típica 4:3 dos ecrãs Standard-TV implicou:

Dimensão H = 576 x 4/3 = 768

Se o pixel for quadrado, a imagem PAL = 768 x 576 pixel.

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Vídeo formatos
‣ Compatibilidade Analógico/Digital

• Mas, como o olho humano é bastante tolerante à perda de

informação horizontal, e por uma questão de compressão,

chegou-se ao consenso de usar 720 x 576 pixel, com pixel

retangulares (‘mais largos’).

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Vídeo formatos
‣ Compatibilidade Analógico/Digital

Tamanho de imagem e TV digital

• Nos formatos e dispositivos digitais usam-se as letras “i” e “p”

para identificar o modo de desenho de ecrã utilizado. Conjugado

com o tamanho de frame, passamos a conhecer as características

de um ficheiro de vídeo ou a capacidade de um ecrã.

• Por exemplo, 1080p significa que um dado ficheiro de vídeo tem

1080 linhas (pixel) de altura.

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Vídeo formatos
‣ Compatibilidade Analógico/Digital

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Vídeo formatos
‣ Compatibilidade Analógico/Digital
Tamanho de imagem e TV digital

• É importante notar que, no modo interlaced, o tamanho real

corresponde a metade do tamanho referido, pois a imagem nunca é

projetada na íntegra, mas sim “às metades” (ora a ímpar/ora a par).

• Quando se refere uma resolução de 1080i, na verdade, são apenas

540 pixel de altura por imagem.

• No modo progressive a resolução real corresponde à resolução

anunciada, pois são sempre projetadas imagens inteiras.

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Vídeo formatos
‣ Compatibilidade Analógico/Digital
Tamanho de imagem e TV digital

• Assim, em termos de quantidade de pixel em altura de uma imagem

projetada (com impacto na sua qualidade visual), temos:

480i < 720i < 480p < 1080i < 720p < 1080p,

ou seja

240 < 360 < 480 < 540 < 720 < 1080

pixel em altura efetivamente presentes em cada frame

• Isto embora haja um entendimento (errado) do senso-comum que, no que

toca ao tamanho da imagem, temos:

(480i=480p) < (720i=720p) < (1080i=1080p).

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Vídeo formatos
‣ Proporcionalidade e Tamanho dos Formatos
PROPORCIONALIDADE DE IMAGEM

• Refere-se ao formato da imagem, no que respeita à proporção entre a

sua largura e a sua altura. As proporcionalidades mais frequentes são:

• Standard TV = 4:3

• Widescreen TV = 16:9 (Ecrã panorâmico)

• Compromised Broadcast = 14:9

• Cinema = 2,39:1 ou 2,35:1

• Estas proporcionalidades-tipo são respeitadas nos diversos tamanhos de

ecrã que foram sendo adotados pela indústria.

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Vídeo formatos
‣ Proporcionalidade e Tamanho dos Formatos

Tamanho de imagem e display

• À conversão necessária para que um ficheiro de vídeo seja exibido

num ecrã de maior resolução chama-se upscaling e é realizada

pelo hardware do próprio ecrã.

• A qualidade dessa conversão depende do próprio ecrã e é um fator

a ter em conta quando se adquire ou seleciona equipamento.

• O processo inverso chama-se downscaling e a sua qualidade

também depende do hardware.

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Vídeo formatos
‣ Proporcionalidade e Tamanho dos Formatos

Implicações

• A proporcionalidade de ecrã tem implicações na produção pois

importa, logo à partida, estar consciente do tipo de dispositivos a

que se destina o vídeo a ser produzido (cinema, youtube, TV, …).

Esta razão condiciona os formatos de filmagem e de edição a

adotar.

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Vídeo formatos
‣ Proporcionalidade e Tamanho dos Formatos

Implicações

• Por razões estéticas há quem, independentemente da

proporcionalidade da imagem, adote um look cinemático através

da inclusão de duas barras negras (uma no topo e outra em baixo),

que garantem uma proporcionalidade visual de 2.39:1.

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Sessão 4 - Vídeo Compressão

Vídeo
compressão
Técnicas de compressão de vídeo digital
Integridade de Dados
Âmbito de compressão
CODECs e formatos

EFA NS PRO
Formadora: Telma Cardoso
DATA
6 de outubro de 2023 Técnico de Comunicação, MKT, RP e
Pub

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Vídeo compressão
‣ Técnicas de compressão de vídeo digital

A COMPRESSÃO VÍDEO

• A escolha do formato de compressão vídeo é a busca do melhor

compromisso possível entre:

• Qualidade (de imagem/som);

• Fluidez de dados do videostream (optimização do data-rate);

• Tamanho de ficheiro.

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Vídeo compressão
‣ Técnicas de compressão de vídeo digital

A COMPRESSÃO VÍDEO

• A escolha do formato de compressão vídeo é a busca do melhor

compromisso possível entre:

• Qualidade (de imagem/som);

• Fluidez de dados do videostream (optimização do data-rate);

• Tamanho de ficheiro.

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Vídeo compressão
‣ Técnicas de compressão de vídeo digital

• Há dois aspetos essenciais para analisar as técnicas de

compressão de vídeo digital:

• Integridade dos dados

• Âmbito da Compressão

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Vídeo compressão
‣ Integridade de dados

• Do ponto de vista da integridade dos dados, as técnicas de

compressão dividem se em:

• Lossless: não há perdas irreversíveis

• Lossy: há perdas irreversíveis, mas que se tenta não serem

perceptíveis ou que o sejam pouco

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Vídeo compressão
‣ Integridade de dados

• As técnicas lossless são relativamente eficazes apenas em situações

não foto-realistas

• Podem reduzir em 50% o tamanho original de ficheiros contendo

ilustrações animadas

• Ex: RLE (Run Lenght Encoding). Cada frame é recodificada de modo

a “eliminar” da representação binária zonas contínuas da mesma cor

• As técnicas lossy podem reduzir a 10% o tamanho original de

ficheiro.

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Vídeo compressão
‣ Âmbito da compressão

• Do ponto de vista do âmbito da compressão, as técnicas

dividem-se em:

• Espacial ou intraframe: atua em cada frame, não

analisando a sua relação com outras frames

• Temporal ou interframe: relaciona cada frame com outras

da mesma sequência, analisando as diferenças que ocorrem

ao longo do tempo.

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Vídeo compressão
‣ Âmbito da compressão

COMPRESSÃO ESPACIAL

• As técnicas de compressão espacial (intraframe) analisam cada

frame do vídeo individualmente, criando apenas sequências de

imagens comprimidas.

• São, por isso, independentes da quantidade de movimento do

vídeo que, assim, não acarreta efeitos indesejados.

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Vídeo compressão
‣ Âmbito da compressão

COMPRESSÃO ESPACIAL

• Estas técnicas têm origem na compressão de imagens estáticas

(JPEG, GIF, TIF), sendo de edição mais fácil e rápida mas

produzindo ficheiros maiores.

• São técnicas que tanto podem ser lossy como lossless,

dependendo da implementação

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Vídeo compressão
‣ Âmbito da compressão
COMPRESSÃO TEMPORAL

• As técnicas de compressão temporal (interframe) analisam as

diferenças que se verificam na sucessão de imagens, eliminando

as redundâncias encontradas. Assim, são sempre técnicas lossy.

• São dependentes da quantidade de movimento do vídeo, o que

acaba por provocar efeitos indesejados no cálculo das frames

intermédias de cenas com muito movimento.

• Ex: MPEG 1, MPEG 2, WMV, H.264, H.265

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Vídeo compressão
‣ Âmbito da compressão

COMPRESSÃO TEMPORAL

• As técnicas interframe são cada vez mais sofisticadas,

combinando 3 tipos de frames

- I-Frames

- P-Frames

- B-Frames

• Importa percebermos a função de cada um destes tipos de frame

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Vídeo compressão
‣ Âmbito da compressão
COMPRESSÃO TEMPORAL: I-FRAMES

• As Intra-Frames (keyframes ou i-frames) são imagens

independentes, pois podem ser descodificadas

independentemente de qualquer outra.

• Assim, cada i-Frame resulta de uma frame original que sofreu

compressão espacial (lossy ou lossless).

• Deste modo, as técnicas lossless baseiam se na utilização apenas

de i-frames com compressão lossless.

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Vídeo compressão
‣ Âmbito da compressão

COMPRESSÃO TEMPORAL: P-FRAMES

• As P-Frames (Predicted Frames ou Forward-Predicted-Frames)

são imagens codificadas tomando a i-frame anterior (assim

designada anchor-frame) como referência.

• Na compressão, apenas as diferenças entre uma p-frame e a

anchor-frame de referência são guardadas no ficheiro (direção e

distância são guardadas em vetores de movimento).

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Vídeo compressão
‣ Âmbito da compressão

COMPRESSÃO TEMPORAL: P-FRAMES

• No momento da descodificação (quando queremos ver o vídeo) toma

se a anchor-frame e ‘soma se’ a p-frame para construir a imagem visível

correspondente. Esta técnica acarreta efeitos indesejáveis quando há

mudanças drásticas no vídeo ex: movimentos rápidos na ação ,

mudança de cenário com grande alteração de cor, …).

• Têm sido desenvolvidas técnicas que procuram diminuir esses efeitos,

designadas por motion compensation - hoje em dia já muito avançadas

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Vídeo compressão
‣ Âmbito da compressão
COMPRESSÃO TEMPORAL: B-FRAMES

• As B-Frames (Bidirectional Frames ou Backwards-Predicted-

Frames) são imagens cuja codificação resulta da comparação

entre a frame a codificar e a i-frame anterior ou a p-frame

posterior. Tem, assim, duas anchor-frames como referência, mas

guarda apenas o vetor de movimento da menor das diferenças

verificadas, que vai servir, na descodificação, para a reconstrução

dessa imagem.

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Vídeo compressão
‣ Âmbito da compressão
USO DE I-, P- E B-FRAMES

• Técnicas de compressão baseadas (exclusivamente) em i-

frames

- Menos compressão

- Codificação e descodificação muito rápidas

- São técnicas tendencialmente simétricas (o tempo de

compressão é muito semelhante ao de descompressão)

- Maior facilidade de edição

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Vídeo compressão
‣ Âmbito da compressão

USO DE I-, P- E B-FRAMES

• Técnicas de compressão baseadas em i-frames e p-frames

- Compressão moderada.

- Codificação e descodificação mais lentas tendencialmente

com codificação mais lenta que a descodificação.

- Atraso nas transmissões em direto.

- Alguma facilidade de edição.

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Vídeo compressão
‣ Âmbito da compressão
USO DE I-, P- E B-FRAMES

• Técnicas de compressão baseadas em i-frames, p-frames e b-frames

- Compressão elevada e eficaz.

- Codificação e descodificação lentas, sendo a codificação

extremamente lenta.

- A descodificação exige uma leitura em avanço das p-frames para

poder calcular as b-frames.

- Não indicado para vídeo-telefonia ou videoconferência.

- Maior dificuldade de edição.

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Vídeo compressão
‣ Data-Rate

• É necessário considerar a variável data-rate na compressão

vídeo, devido essencialmente a dois fatores:

• Limitações na velocidade de leitura de alguns dispositivos

(leitores DVD, por exemplo)

• Limitações na velocidade de transmissão de dados via rede

informática (internet ou outra; em contexto de produção: satélite,

cabo, etc)

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Vídeo compressão
‣ CODECs e Formatos
• Um CODEC é o conjunto de regras de compressão (no render) e

descompressão (na leitura).

- Ex: MPEG 2, H.264, DIVX

• Um formato (ou container) é uma implementação específica de

informação vídeo, que usa um dado CODEC. Daí a possível confusão.

- Ex: MKV, AVI, VOB, …

• A diversidade de formatos (uns mais abertos que outros) deve-se à

guerra comercial entre fabricantes de software e hardware, que tentam

impor o seu standard.

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Vídeo compressão
‣ CODECs e Formatos

• Nesta altura, os principais CODECs usados na distribuição de

conteúdos vídeo são:

- MPEG4 - Parte 10 (H.264)

- MPEGH - Parte 10 (H.265)

• Estes CODECs são usados num grande número de formatos

diferentes: MKV, AVI, MOV, MP4, TDT, 3GPP, …

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Vídeo compressão
‣ CODECs e Formatos

• Na produção profissional de grande qualidade, usam se

CODECs específicos que apresentam muito maiores data-rates e

tamanho de amostra (são uma espécie de ‘negativo’ do vídeo

digital):

- DVCPRO50 / DVCPROHD / HDD5 (Panasonic)

- HDCAM SR (Sony)

- PRORES (Apple)

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Vídeo compressão
‣ CODECs e Formatos

MPEG-4 - Parte 10

• É um sistema de codificação vídeo muito avançado e a sua

importância é enorme, apresentando um grande impacto na

disseminação de vídeo.

• É, nesta altura, o preferido para vídeo em alta definição (HD).

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Vídeo compressão
‣ CODECs e Formatos

MPEG-4 - Parte 10

• AVC (Advanced Video Coding) e H.264 são duas outras

designações que identificam o standard associado a este

CODEC.

• O H.264 é usado em Blu-Ray e é a base do AVCHD (formato

proprietário da Sony/Panasonic)

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Vídeo compressão
‣ CODECs e Formatos

HEVC / H.265

• Também é referido como MPEG-H Part 2. O H.265 é o CODEC

que melhor se posicionou para suceder ao H.264 e já suporta

resoluções de 8K (8192 × 4320), apresentando elevados ganhos

de bit-rate

• Tal como H.264 e, antes dele o MPEG-2, o HEVC usa três tipos de

frames: I -, P- e B-Frames.

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Som e
pós-produção
Som para filme
Tipos de Som
Técnicas narrativas
Produção e pós-produção

EFA NS PRO
Formadora: Telma Cardoso DATA
6 de outubro de 2023 Técnico de Comunicação, MKT, RP e
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Som e pós-produção
‣ Som para filme
FUNÇÕES

• As principais funções do som, quando aliado a filme, são:

1. Criar predisposição para a cena, gerir emoções

2. Ajudar a sua interpretação

3. Sincronizar os sentidos

4. Direcionar a atenção para determinado ponto da imagem

5. Criar expectativas

6. Dar valor expressivo e narrativo ao silêncio

7. Ampliar possibilidades criativas

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Som e pós-produção
‣ Tipos de sons

• O som diegético refere-se a todos os elementos sonoros que

fazem parte da cena, sendo escutados quer pelo espectador, quer

pelas personagens do filme.

• Estes sons podem ocorrer onscreen ou offscreen.

• Ex: som envolvente, objetos manipulados, diálogos, música

emitida por um rádio ou TV que façam parte da cena

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Som e pós-produção
‣ Tipos de sons

• O som não-diegético inclui todos os sons que contribuem para a

narrativa mas que não pertencem ao espaço físico da cena

ilustrada no filme. Isto é, os personagens não os escutam.

• Ex: música de itenção dramática/narrativa, vozes de narrador, etc

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Som e pós-produção
‣ Tipos de sons

• O som meta-diegético diz respeito ao som que diz respeito ao

mundo interior de um personagem da cena que, não o ouvindo,

tem dele conhecimento.

• Ex: pensamentos, sonhos, consciência do bater do coração

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Som e pós-produção
‣ Técnicas Narrativas

• O silêncio é usado como técnica de expressão dramática,

aplicada para acentuar um clima de suspense ou expectativa, criar

um ambiente assustador, mostrar o “amor à primeira vista”,

antecipar um momento alto de felicidade, ...

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Som e pós-produção
‣ Técnicas Narrativas

• Uma máscara auditiva consiste em sobrepor sons numa cena de

tal modo que os outros sons (normalmente diálogos) ficam

impercetíveis. Serve, em termos narrativos, para esconder

elementos que, mais tarde, serão fundamentais para o clímax da

história.

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Som e pós-produção
‣ Técnicas Narrativas

• O som interior é uma técnica que simula a perceção sonora

interna a um personagem, permitindo que se ouçam (ou

exagerem) sons normalmente inaudíveis: respiração, batimento

cardíaco, pensamentos, ...

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Som e pós-produção
‣ Técnicas Narrativas

• A sobreposição consiste na construção de uma ligação entre uma

cena e outra usando elementos sonoros comuns (uma música,

uma gargalhada, um espirro, um corte...)

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Som e pós-produção
‣ Técnicas Narrativas

• A antecipação estabelece uma ligação entre duas cenas de tal

modo que o som da cena seguinte já pode ser ouvido antes da

transição da imagem.

• Difere da sobreposição, uma vez que o elemento sonoro de

ligação não “pertence” às duas cenas.

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Som e pós-produção
‣ Técnicas Narrativas

• A técnica split second consiste na introdução de um rapidíssimo

momento de silêncio entre um acontecimento e a sua

consequência, aumentando o efeito emocional dessa

consequência.

• Um segundo de silencio antes de uma explosão torna-a muito

mais intensa.

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Som e pós-produção
‣ Técnicas Narrativas

• Na técnica de animation motion (ou Mickeymousing), os

movimentos são sincronizados com sons musicais – como vemos

frequentemente nos cartoons.

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Som e pós-produção
‣ Técnicas Narrativas

• A técnica denominada soundmotif (ou, de modo não

exclusivamente sonoro, Leitmotif) consiste em associar

consistentemente um tema musical (ou efeito sonoro) a uma dada

personagem, ideia ou ação.

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Som e pós-produção
‣ Produção e Pós-Prudução
• A pós-produção é responsável, tipicamente, por 80% dos sons que

escutamos num filme. (100% se for cinema de animação)

• Trata-se de um processo complexo e demorado que implica, idealmente:

- Uma equipa extensa e multidisciplinar (músicos, editores, sound-

designers, foley-artists, engenheiros de som, …)

- Uma organização exigente, para que a articulação da produção

aconteça sem sobressaltos

- Articulação com os realizadores e editores da parte visual

- Equipamento adequado

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Som e pós-produção
‣ Produção e Pós-Prudução

• A produção e pós-produção sonora para filmes lidam com três

grandes categorias que, em condições ideais, implicam a

existência de, pelo menos, três equipas especializadas:

- Diálogos e vozes

- Efeitos sonoros

- Música

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Som e pós-produção
‣ Produção e Pós-Prudução

• Os diálogos e vozes são quase sempre gravados posteriormente

em estúdio, especialmente em cenas de exterior. Para...

- Remediar problemas técnicos na gravação

- Resolver problemas de continuidade sonora

- Substituir a performance vocal

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Som e pós-produção
‣ Produção e Pós-Prudução

EFEITOS SONOROS

• Os efeitos sonoros, tipicamente, dividem-se em:

• Paisagem sonora: que contextualiza a cena e é editada de

modo a simplificar (tem muito menos elementos do que as

cenas reais). Implica:

• Efeitos especiais: para criar sons que não existem na vida real

(ex: sabres de luz) – pós-produção

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Som e pós-produção
‣ Produção e Pós-Prudução

PAISAGEM SONORA

• Durante a produção:

• Gravar location-sound, que vai ser útil na mistura sonora

• Gravar wild tracks das cenas, sem diálogos, para captar

melhor os sons correspondentes a movimentos dos atores

• Em pós-produção:

• Foley-art

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Som e pós-produção
‣ Produção e Pós-Prudução

FOLEY-ART

• Foley é a arte de produzir sons em pós-produção que sejam

complementares a um filme (qualquer que seja o género), para

melhorar a sua expressividade e ampliar a experiência auditiva.

• Inclui a criação de sons como portas a bater, vidros a partir, ossos

a quebrar, a passagem das páginas de um livro, interruptores a

ligar, etc, com o intuito de os tornar mais importantes no discurso

do filme.

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Som e pós-produção
‣ Produção e Pós-Prudução

FOLEY-ART

• Um artista de foley cumpre tanto melhor o seu trabalho, quanto

mais este passar despercebido ao público.

• Serve tanto à construção de paisagens sonoras como à produção

de efeitos especiais.

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Som e pós-produção
‣ Produção e Pós-Prudução

MÚSICA

• A música é o elemento sonoro criado com o objetivo de conduzir

emocionalmente a audiência, gerando diferentes sentimentos.

• Assim:

• Altera a perceção do filme

• Tem função narrativa

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Som e pós-produção
‣ Produção e Pós-Prudução

PÓS-PRODUÇÃO

• Na fase final da pós-produção, normalmente manipula-se a

espacialização dos efeitos sonoros (paisagens e efeitos especiais):

• Em stereo: panorâmicas (lateralidade) e volume (profundidade)

• Em surround-sound: colocação mais flexível e precisa de cada

fonte sonora no espaço envolvente, dependendo da

configuração do sistema (5.1, 6.1, 7.1, etc)

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Estruturas
narrativas
Tipos de Narrativa
Elipse
Flashback

EFA NS PRO
Formadora: Telma Cardoso DATA
6 de outubro de 2023 Técnico de Comunicação, MKT, RP e
Pub

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Estruturas narrativas
‣ Tipos de Narrativa

NARRATIVA LINEAR

• A narrativa ou enredo linear é quando a história é apresentada na

ordem cronológica dos factos.

• Na narrativa linear é necessário manter a continuidade.

• Quando a continuidade é quebrada chamamos a isso

commumente de furo no enredo.

• O furo no enredo é uma falha na consistência da narrativa que

inviabiliza por completo a lógica do filme.

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Estruturas narrativas
‣ Tipos de Narrativa

NARRATIVAS PARALELAS

• São várias realidades num mesmo hiato de espaço e tempo.

• Diferentes possibilidades, escolhas e consequências em tempos

paralelos.

• Construção de uma narrativa através da criação de uma realidade

onde existem simultaneamente duas personagens que agem em

tempos paralelos e seguindo as suas vontades.

• As narrativas paralelas podem ou não cruzar-se durante o filme.

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Estruturas narrativas
‣ Tipos de Narrativa

NARRATIVAS ALTERNATIVAS

• Narrativas alternativas define a montagem alternada como a forma

de edição que alterna os planos de duas ou mais sequências

apresentando ações que se passam simultaneamente em locais

diferentes.

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Estruturas narrativas
‣ Elipse

• As elipses são uma estrutura narrativa muito utilizada nos filmes.

• Estas são usadas na medida em que permitem limpar ações que

não agregam nada à narrativa.

• Para além desse efeito, também se recorre à elipse para avançar

no tempo da história.

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Estruturas narrativas
‣ Flashback

• O flashback é algo que aconteceu no passado e é trazido no

momento atual em que decorre a ação.

• Este pode ser introduzido através de recordações das

personagens, sonhos ou mesmo sem nenhum gatilho explícito em

cena.

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