Você está na página 1de 25

EDIÇÃO DE VÍDEO

AULA 1

Prof. André Corradini


CONVERSA INICIAL

Não é nenhuma novidade falarmos que o vídeo é parte integrante de


nossas vidas, e isso é algo que já acontece há bastante tempo.
Temos vídeos em quase todos os lugares e em todas as formas de acesso
e visualização. Basta acordar e manusear o smartphone e já estaremos
empunhando uma câmera de vídeo.
Em grande parte das residências e em praticamente todos os
condomínios existem câmeras de segurança que nos monitoram 24 horas por
dia. Nos transportes públicos, nas ruas, nas praças, nos restaurantes, cinemas
etc. temos câmeras espalhadas por todos os lugares.
Com toda essa oferta de imagens, é normal esperar que muita gente
queira fazer algo, ou seja, editar e, consequentemente, exibir essas imagens. É
nessa fase que entram vários tipos de softwares oferecendo diferentes níveis de
complexidade de edição, e para todo tipo de usuário, desde o mais amador até
o mais profissional.
O YouTube, sucesso indiscutível há vários anos, é o canal de televisão
particular a que todos têm acesso gratuito, disponível para quem quiser assistir,
ao alcance de alguns cliques.
Toda essa mania audiovisual que vivemos tem um preço. Temos uma
avalanche de videoproduções que em sua grande maioria não prima por
qualquer técnica ou qualidade. O simples fato de ter acesso a tudo não significa
que vamos ter diretores, cinegrafistas, roteiristas, iluminadores etc. em profusão.
Assim, vamos começar estudando a edição de vídeo sob os seguintes
tópicos-chave:

 Conceitos e definições

 O que é edição de vídeo?


 Roteiro e linguagem
 Diferença entre Edição Linear e Não Linear
 Softwares mais utilizados.

Independentemente de tudo isso, ainda precisamos de toda técnica e


conhecimento que nos levarão a produzir um vídeo de qualidade, tecnicamente
adequado aos nossos objetivos, sejam eles um simples hobby ou uma profissão.
A partir de agora, vamos entrar no mundo da videoprodução. E não pense
que bastam uma ideia na cabeça e uma câmera na mão! Você verá que tem
muito mais coisas por trás disso.

CONTEXTUALIZANDO

Editar um vídeo exige muito mais do que conhecimento técnico. Claro que
conhecer os equipamentos e os softwares, sabendo operá-los com maestria é
imprescindível, mas montar um vídeo exige muito mais. Exige sensibilidade e,
sobretudo, referências. Para editar muito bem é preciso conhecer as boas
edições, aprender com tudo aquilo que já existe no mercado.
Cinema, TV, internet etc. temos vídeos e filmes aos milhares, e todos têm
o seu valor. Podemos aprender com cada vídeo ou filme que assistimos, e é isso
que um bom editor tem de fazer: assistir a vídeos e filmes, de todos os tipos,
estilos e gêneros. É importante aprender cada detalhe, desde os roteiros,
passando pelos movimentos de câmera, pela atuação dos atores, pela edição,
até chegar aos efeitos especiais na finalização e sonorização. É preciso aprender
com tudo isso, criando referências para poder aplicá-las naquilo que for
necessário.
E aí eu faço uma pergunta: Qual foi o último filme que você viu no cinema?
Qual programa de televisão você assiste? E as novelas? Séries?
Documentários? São tantas opções disponíveis para aprender que, com certeza,
não teremos tempo para assistir a tudo.
Além disso, são poucas as profissões nas quais você pode aprender se
divertindo. Com certeza, ser editor é uma delas!
O desafio está lançado. Assista a um filme ou a vídeo – enfim, qualquer
produto audiovisual – e aumente sua percepção sobre a edição e seus detalhes
técnicos. Procure perceber como são os cortes, os efeitos especiais e a trilha
sonora.
Depois disso, troque essa experiência com seus colegas de classe!
Vamos lá. Divirta-se e bons filmes!

TEMA 1 – CONCEITOS E DEFINIÇÕES

Antes de pensar na edição propriamente dita, é preciso que exista um


planejamento de produção. Não é viável pensar a edição como um processo

3
isolado, independente. Muito pelo contrário, ela depende diretamente de outras
etapas, como o roteiro e a produção, e também vai influenciar outras etapas,
como a gravação e a finalização, por exemplo.
Devemos planejar tudo, desde o que será escrito e de que forma será
visto até os lugares nos quais poderá ser exibido e quem deverá assistir. Por
isso, vamos saber rapidamente como e quais são as etapas que compõem o
processo de produção de um audiovisual.
O primeiro passo consiste em definir o que vamos produzir. Para isso,
vamos responder a três perguntas básicas:

 Qual será o tema do vídeo? – o tema não é necessariamente o título.


Vamos pensar no assunto, sobre do que se trata o vídeo.

 Qual é o público alvo? – Quem vai assistir ao vídeo? Qual a característica


dessa ou dessas pessoas? Do que elas gostam? Qual o perfil desse
público?

 Qual a ação desejada? – O que eu quero com esse vídeo? Qual seu
objetivo/finalidade?

Essas três perguntas ajudarão a direcionar o rumo da nossa produção.


Com as respostas obtidas de maneira fiel e eficiente, poderemos determinar e
criar a “linguagem” do vídeo, a maneira como vamos ”conversar” com o público
e, com isso, obter o resultado planejado.
Para que esse planejamento seja eficiente e produtivo, podemos dividir
toda a produção de um audiovisual em etapas bem distintas:

 Pesquisa

 Pré-roteiro

 Roteiro

 Versão do roteiro para artes, áudio, gravação e decupagem

 Gravação e preparação das artes

 Edição

 Finalização

Essas etapas são partes integrantes de 3 grandes divisões:

4
 Pré produção – é a etapa em que são definidos os aspectos iniciais de
uma produção, com escolha do argumento, contratação dos profissionais,
cálculo final do orçamento, busca dos recursos financeiros, locação e
todos os demais itens que farão com que a produção possa começar.

 Produção – é quando o vídeo começa a ser executado, ou seja, a


realização e a execução de tudo aquilo que foi planejado na pré-produção.
É a fase das execuções, em que o vídeo começa a tomar forma. Gravam-
se as imagens, faz-se a decupagem, minuta-se os vídeos e prepara-se
todos os materiais para a edição, como as artes (simples) e os sons.

 Pós-Produção – é a fase do “acabamento” do vídeo – edição, criação das


artes mais detalhadas, desenhos, 2D, 3D, infográficos, animações etc.
Também são produzidas a sonorização, com a colocação da trilha sonora
e dos efeitos de áudio, e a sonoplastia.

1.1 Codecs

Codec é a abreviatura de Compressor/Descompressor,


Codificar/decodificar.
Vamos falar de Codecs porque não existe vídeo digitalizado sem Codec.
É ele que faz os cálculos e a codificação de uma imagem, transformando-a em
um arquivo digital.
Os Codecs estão presentes em todos os lugares nos quais existam
vídeos, seja nas câmeras, nos smartphones, nos players ou nos softwares.
A história dos Codecs é antiga. Tudo começou por volta dos anos de 1980,
com um projeto que desenvolveu o MPEG (Moving Picture Experts Group). Esse
projeto visava criar arquivos de vídeo com alta compactação para serem
armazenados e reproduzidos nos mais diversos lugares (mas que ainda não
existiam). Esse foi o primeiro passo para a possibilidade de ler vídeos em
computadores e, posteriormente, em mídias móveis, como CDs, DVDs e, agora,
celulares, smartphones, internet etc. Esse desenvolvimento não parou mais; hoje
temos centenas de formatos de arquivos, cada qual com uma finalidade
diferente.
Todo Codec cria um tipo de arquivo e, com ele, sua assinatura, sua marca,
acrescida de algumas restrições para que outros Codecs não o leiam. Essa
intransigência acaba afetando diretamente quem trabalha com vídeo e,

5
consequentemente, o público que os assiste. Um vídeo criado por um Codec
acaba fazendo com que o dispositivo que faz a sua leitura e quem o assiste
tenham também o mesmo Codec.
As câmeras também possuem Codec para que possam gerar os arquivos
e gravá-los nos cartões ou em suas memórias internas.
Para quem trabalha com vídeo, é preciso ter cuidado redobrado, pois a
escolha do Codec errado na saída da edição (exportação) pode comprometer a
qualidade de todo o trabalho, ou mesmo impedir alguém de assistir ao vídeo.
Temos então uma nova etapa no trabalho, quando será finalizada a
edição. Podemos converter o produto final em vários formatos, de acordo com o
modo ou o local da exibição. Para isso, basta escolher o Codec certo.
Os softwares de edição possuem dezenas de opções de exportação, cada
qual com suas finalidades e objetivos.

1.2 Sistemas digitais

Como vimos, os Codecs são responsáveis pela codificação dos vídeos,


ou seja, por transformar uma imagem em um arquivo digital que será lido em um
computador (lembre-se que um smartphone ou um tablet também são uma
espécie de computador).
Os Codecs estão relacionados aos formatos e aos sistemas digitais dos
vídeos. Esses sistemas também evoluem, e novos sistemas acabam surgindo
sempre que uma nova tecnologia é desenvolvida. A TV é uma prova disso:
passamos dos sistemas analógicos de transmissão para o sistema digital. O
vídeo também acompanha essa evolução: passamos das antigas fitas de vídeo,
como o VHS, para os DVDs, os Blu-rays; agora, praticamente todos os vídeos
são exibidos em mídias virtuais, sem a existência de um componente físico.
Para o processo de edição, é muito importante conhecer os sistemas que
envolvem diretamente a produção de vídeo, além de sua história.

1.2.1 DV

O Formato DV surgiu da união de esforços e de pesquisas de várias


empresas mundiais, como Sony, Phillips, JVC, dentre outras. No início dos anos
de 1990, esse grupo desenvolveu um formato, prevendo sua utilização na futura
TV digital, que também estava sendo desenvolvida.

6
Uma das grandes preocupações era a de criar um formato digital que
tivesse compatibilidade com diversos tipos de equipamentos produzidos pelas
diferentes empresas que compunham esse grupo de desenvolvimento.
Com isso, surgiu o sistema DV para atender à grande maioria das
empresas, além de outros formatos, como o DVCAM, para atender à Sony, o
DVPRO, para atender à Panasonic, e o digital-S, para atender à JVC.
Dentro dessa disputa pela aceitação do mercado, o formato DV acabou
sendo o mais aceito, e as famosas Mini-DV reinaram quase que absolutas em
grande parte do mercado. O Mini-DV acabou sendo o sucessor direto do vídeo
analógico (SD, ou standard definition), mantendo suas características técnicas
(NTSC): Frame Size – 720X480/Frame rate – 29,97 fps/Aspect ratio – 4:3 e 16:9.
O DVD trabalha com as mesmas características de imagem SD.
É importante ressaltar que a imagem Mini-DV ainda é uma imagem SD
com as características relacionadas acima, embora seja um arquivo digital.

1.2.2 HDV

O formato HDV acabou sendo “jogado” para a produção de vídeos pela


demora em definirmos qual seria realmente o formato da TV digital no Brasil.
Muitas empresas produtoras de câmeras e equipamentos de vídeo
desenvolveram sistemas próprios na esperança de que muitos países os
adotassem. Foi quase uma repetição pela popularização do VHS e do Betamax
no século passado, quando duas grandes empresas lançaram formatos
apostando que o mercado os consumisse quase que oficialmente. Naturalmente,
em uma disputa, uns ganham e outros perdem.
O HDV foi desenvolvido para suceder o formato convencional analógico
(SD ou standard definition), levando a produção a uma nova era, a da alta
definição. Contudo, o resultado não é bem o que o nome promete. Embora seja
um formato de alta definição, muito superior ao SD, o HDV não é Full HD, ou
seja, não é o formato de alta definição que o Brasil adotou para a sua TV digital.
As câmeras que gravam em HDV podem fazê-lo ainda em fitas (HDV) ou
em cartões de memória, e gravam as imagens com as seguintes características:
Frame Size: 1440X1080/Frame rate: 29,97/Aspect ratio – Wide (Square pixel).
É possível ainda gravar imagens em HDV com outros tamanhos, em outro
Frame size, mas o mais indicado é realmente o que mencionamos acima.

7
É possível produzir discos de Blu-ray com esse formato, embora não seja
o formato “oficial” para isso.

1.2.3 Full HD

Este é o formato oficial da TV digital brasileira de alta definição (altíssima


definição). É importante ressaltar a palavra “Full”, que vai diferenciar tal formato
das imagens HD ou HDV.
As câmeras que gravam esse formato utilizam cartões de memória ou HD
interno. Também é o formato apropriado para gerar discos de Blu-ray.
As imagens possuem as seguintes características: Frame Size:
1920X1080/Frame rate: 29,97/Aspect ratio – Wide (Square pixel).

TEMA 2 – O QUE É EDIÇÃO DE VÍDEO?

É possível definir “edição de vídeo” como cortar e colar um vídeo/cortar


uma cena e juntá-la à próxima. Outra definição básica seria: o processo de cortar
sequências de imagens de vídeo ou cinema e montar segundo um roteiro pré-
estabelecido ou, no mínimo, pensado. Mas será que é só isso?
Editar é muito mais do que cortar e colar, pode ter certeza. Editar é uma
forma de arte e, como tal, exige técnica, estudo, sensibilidade e talento. Exige
também planejamento. Nenhum trabalho em vídeo consegue cativar e prender
a atenção do público se não tiver pelo menos o esboço de projeto. Editar, mais
que criar, exige um discurso e uma estrutura narrativa, exige a criação de uma
linguagem.
O que acontece é que, com o avanço tecnológico tanto dos equipamentos
como dos softwares, o poder dado a um simples PC (preparado para a edição,
é claro) confere a ele uma capacidade fantástica de produzir efeitos adicionais e
especiais ao vídeo. O que antes era considerado pós-produção, ou finalização,
muitas vezes é aplicado diretamente na edição devido às facilidades dos
recursos e do usuário. E todas essas possibilidades acabam por criar uma
perigosa armadilha, a de confundir edição com finalização, efeitos especiais etc.
O que não se pode confundir é que, embora esse poder esteja presente em
softwares como o Adobe Premiere Pro e o Final Cut, dentre outros, efeitos
especiais e animações (2 e 3D) continuam a fazer parte da finalização, ou pós-
produção, e devem ser encarados, trabalhados e comercializados como tal.

8
A edição pode ser composta de imagens em vídeo, fotos, desenhos
gráficos, ilustrações animações etc., todos organizados e dispostos de acordo
com planejado no roteiro.
Durante a gravação das imagens, as cenas nem sempre são feitas na
sequência prevista na história (ou no enredo ou roteiro). Para aperfeiçoar a
produção, geralmente elas são agrupadas por locação, também chamada de set
de filmagem, e por isso não são gravadas necessariamente na ordem em que
serão apresentadas nas telas na estreia da obra para o público. A edição, devido
a esse fato, também pode ser definida como o ordenamento das imagens
gravadas na sequência em que o vídeo será finalizado. Deve ainda ser
considerado que, para otimizar o fluxo de trabalho e permitir a criatividade da
equipe técnica – composta por diretor geral da obra, diretor de fotografia,
técnicos de iluminação e de áudio –, uma mesma cena é gravada diversas vezes.
Algumas delas, podendo ser captadas em ângulos e planos diferentes.
Para facilitar o trabalho do editor, surgiu a função do continuísta. Não, ele
não é peça de museu! Ainda existe, e é muito importante na produção. Esse
profissional tem como incumbência registrar todas as tomadas gravadas, numa
espécie de relatório. O continuísta anota não apenas esses dados técnicos,
como também registra minuciosamente cada detalhe, adereço, figurino, móvel e
cenário das cenas gravadas. Desse trabalho de continuidade dependem não só
o diretor, o iluminador e o ator, mas principalmente o editor de imagens.
É importante ressaltar que a edição depende de todo o processo de
produção, e principalmente de um bom roteiro. Com isso, deve ser criada uma
linguagem de edição, que estará de acordo com a linguagem de todo o vídeo.

TEMA 3 – ROTEIRO E LINGUAGEM

É muito difícil editar um vídeo sem que exista um roteiro. Existem muitas
definições do que é um roteiro, mas, simplificando, um roteiro é uma maneira de
contar uma história combinando imagens em vídeos, fotos, desenhos etc. e
áudios. Vamos ver algumas definições de roteiro:

O roteiro é a forma escrita de qualquer audiovisual. É uma forma


literária efêmera, pois só existe durante o tempo que se leva para ser
convertido em um produto audiovisual. No entanto, sem material
escrito não se pode dizer nada, por isso um bom roteiro não é garantia
de um bom filme, mas sem um roteiro não existe um bom filme.
(Comparato, 2018)

9
Um roteiro representa um estado transitório, uma forma passageira
destinada a desaparecer, como a larva ao se transformar em borboleta.
Quando o filme existe, da larva resta apenas uma pele seca, de agora
em diante inútil, estritamente condenada a poeira. [...]o roteiro significa
a primeira forma de um filme. E quanto mais o próprio filme estiver
presente no texto escrito, incrustado, preciso, entrelaçado, pronto para
o voo, como a borboleta, que já possui órgãos e todas as cores sob a
aparência de larva, mais a aliança secreta [...] entre o escrito e o filme
terá chances de se mostrar forte e viva. (Carrière; Bonitzer, 1996)

Roteiro é [...] um discurso verbal, escrito de forma a permitir a pré-


visualização do filme por parte do diretor, dos atores, dos técnicos e
dos possíveis financiadores. Um instrumento de trabalho e de
convencimento. [...] uma utopia criativa a serviço de um objetivo
fundamentalmente econômico: uma boa definição não só de roteiro,
mas da própria essência do cinema. (Brasil, 2003)

O roteirista vai além do escritor: o escritor escreve uma história com todo
o realismo dos personagens e locais, e o roteirista deve traduzir tudo isso de
forma que as pessoas possam visualizar as cenas enquanto leem.
Com o roteiro em mãos e os processos de gravação terminados, inicia-se
o processo de decupagem das imagens, ou seja, as imagens (vídeos, fotos etc.)
e os áudios (trilha sonora, locução, narração, som ambiente etc.) serão
escolhidos e separados para que possam ser utilizados na edição.

3.1 Linguagem

A linguagem é a maneira como “conversamos” com o público-alvo. É


preciso que esse público crie uma identificação com o que está assistindo e, de
uma forma ou de outra, possa executar a “ação” planejada.
Linguagem não é apenas a maneira como escrevemos ou falamos. É
tudo: desde a cor que usamos nas artes, a trilha sonora, o tipo de câmera e seus
movimentos, a edição e a finalização e até mesmo o tempo de duração do vídeo.
Achar a linguagem certa para o público-alvo desejado não é tarefa das
mais simples. Exige atenção especial à forma como esse público se comunica,
o que ele gosta de ouvir e ver, fazendo com que ele se interesse pelo que está
assistindo e, assim, cumpra a ação desejada.
A Linguagem pode ser aprimorada ao longo do processo de produção,
mas é de vital importância para o sucesso do vídeo que ela seja estabelecida
em sua essência o quanto antes. Linguagem errada ou não compreendida pelo
público-alvo é sinônimo de vídeo ineficiente.

10
Saiba mais
 Decupar é um processo importantíssimo na produção e,
consequentemente, na edição de um vídeo. É a seleção, a separação e a
limpeza dos vídeos brutos gravados, escolhendo os melhores e mais
adequados trechos a utilizar na edição. Para saber mais sobre essa
importante etapa do processo de edição, acesse: ALURA. Utilizando
decupagem nos seus projetos de vídeo. Disponível em:
<http://blog.alura.com.br/utilizando-decupagem-nos-seus-projetos-de-
video/>. Acesso em: 6 dez. 2018.

TEMA 4 – DIFERENÇA ENTRE EDIÇÃO LINEAR E NÃO LINEAR

A edição nem sempre foi feita em um software; ela literalmente “cortava”


as películas cinematográficas, colando-as com fitas adesivas. Esse tipo de
edição é chamado de “Edição Linear”, diferente das edições feitas nos
computadores, chamadas de Não Lineares.
Vamos saber com detalhes a diferença entre esses dois tipos de edição

4.1 Edição Linear

Embora esse tipo de edição esteja quase que ultrapassado, ainda existe
quem o utilize.
Se o conceito inicial de edição é o de cortar e colar, na chamada Edição
Linear isso é feito quase ao pé da letra. Para editar corretamente, são
necessários, no mínimo, dois videogravadores e um monitor (edição linear). Um
dos aparelhos, que pode ser a própria câmera, chamado Play, reproduzirá a fita
com o material bruto. Outro, chamado Rec (recorder), gravará os takes gerados
pelo Play em outra fita, produzindo a versão editada. As cenas são escolhidas
na chamada fita play – a fita em que foram gravadas as imagens “matriz”,
gravadas na câmera. Na fita rec (a fita editada) será copiada a cena escolhida e
marcada na fita play. A fita editada nada mais é que uma cópia de trechos da fita
matriz.
É possível editar na própria câmera no momento da gravação, porém,
esse processo não dá bons resultados.
Com o desenvolvimento dos trabalhos e o aumento do grau de exigência,
são incorporados outros equipamentos a esses, como mais uma máquina play,

11
misturadores de imagem (mixers), editor para cortes mais precisos, misturadores
de áudio, mesa de efeitos, gerador de caracteres etc.
Como a fita editada é uma cópia da fita matriz, ou original, a sua qualidade
tende a ser um pouco menor do que a da original. Nos equipamentos
profissionais, a diferença de qualidade é muito pequena, quase imperceptível.

Figura 1 – Edição linear

Fonte: elaborada pelo autor.

Desde o aparecimento do videoteipe, nos anos de 1960, o processo da


Edição Linear se vale de fitas de vídeo fabricadas com material plástico coberto
com um produto magnetizável – um polímero composto por pigmentos
magnéticos de óxidos de ferro ou cromo. A fita de vídeo, diferentemente da
película de filme, não pode ser cortada fisicamente em pedaços e unida de outro
modo. O editor precisa copiar ou gravar cada trecho de vídeo desejado em uma
fita master (“mestre”).
Como vimos, o processo envolve até três fitas brutas, e o editor decide
em qual irá trabalhar primeiro. A ordem do processo de edição não altera o
resultado final. Seja como for, ele transferirá os trechos que serão utilizados na
montagem para uma quarta fita virgem – chamada de master. Para fazer isso, o
editor primeiro reproduz a fita bruta num cassete, a fim de que o trecho escolhido
seja gravado na fita master, em outro cassete. Em seguida, repete o processo
com as outras duas fitas brutas. É uma técnica de edição baseada em processos
de edição linear, ou seja, um corte de cada vez.

12
Note que o editor tem de assistir a todas as fitas brutas e à master,
operando a mesa controladora por botões mecânicos.
Daí a importância do trabalho do continuísta. Como em seu relatório
consta o timecoder, com o código em números do tempo de gravação, o editor
serve-se disso para agilizar seu trabalho. Alguns copiavam em uma terceira fita
– “virgem” – as sequências escolhidas.
Caso houvesse um erro, era possível gravar “por cima” da gravação
existente na fita magnética; porém, se o tempo da nova cena fosse maior do que
o da cena substituída, a edição deveria ser refeita, porque não se podia
"empurrar" para frente algo já gravado na fita. Os controles de edição podiam ser
programáveis e controlar diversas máquinas.
Resumindo: como vimos na figura anterior, a ilha de edição linear mínima
precisava de dois videocassetes (um para reproduzir e outro para gravar) e de
uma mesa, chamada edit controller ou controladora.
Antes das fitas magnéticas de vídeo, aparece, na década de 1960, a
montagem das películas de acetato dos filmes feita numa máquina chamada
Moviola, inventada por Iwan Serrurier, em 1917. A Moviola tinha dois carretéis,
uma manivela manual, engrenagens que movimentavam a película celuloide de
um carretel para o outro e um visor, permitindo selecionar os trechos que seriam
cortados para, em seguida, colar e montar o filme como desejado.
A colocação de títulos é algo que merece ser recordado como técnica das
mais utilizadas na história do cinema. Uma dessas técnicas consistia em pintar
os títulos de apresentação e créditos finais em uma placa de vidro, que era
posicionada diante da objetiva. Os caracteres eram capturados sobre a imagem
da cena que estava sendo gravada. A outra técnica, mais simples, era escrever
os títulos e créditos sobre cartolinas, gravá-las e intercalar esse material durante
a montagem das sequências. Já o misturador, mais conhecido em seu termo em
inglês (mixer), é uma máquina que permite fazer transições com fade in ou fade
out (“dissoluções”), chroma key, wipes e outros efeitos.

Saiba mais
 Em MOVIOLA. About us. Disponível em: <http://moviola.com/about-us/>,
você pode acessar um pouco da história da Moviola e conhecer o que a
empresa faz hoje, como é o caso dos treinamentos on-line de filmmakers
e videomakers.

13
 Assista ao documentário amador que apresenta a história da Moviola e de
seu inventor: A INCRÍVEL INVENÇÃO DE IWAN SERRURIER QUE
REVOLUCIONOU A INDÚSTRIA DO CINEMA. Canal do André. 19 jun.
2016. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=MHNa_kyP2y4>. No tempo da
Moviola, o trabalho era quase artesanal, já que o montador ou editor
manuseava a película, assistia ao material bruto no mesmo equipamento
e, com uma simples tesoura, cortava o celuloide em pedaços e juntava
com fita adesiva na ordem desejada. A título de curiosidade, vale a pena
lembrar que a película de fotografia ou de cinema tem base plástica,
geralmente triacetato de celulose, sobre a qual é depositada uma
emulsão, formada por uma fina camada de gelatina, que contém cristais
de sais de prata sensíveis à luz

4.2 Edição Não Linear

Na Edição Não Linear, as imagens gravadas na câmera são digitalizadas


ou capturadas para dentro de um computador. É claro que esse computador
precisa estar preparado para tal tarefa, tanto no que se refere ao hardware
quanto ao software.
Feita a captura das imagens, o que se pode dizer é que o processo de
edição de vídeo e áudio é praticamente todo digital. Depois de capturadas, as
imagens são importadas para dentro do software de edição, como o Adobe
Premiere Pro, e poderão ser cortadas, coladas e preparadas – pode-se fazer
quase tudo com elas.
Na Edição Não Linear, também é possível realizar praticamente todo tipo
de trabalho de pós-produção e finalização, como a aplicação de efeitos de vídeo,
áudio, desenhos em 2 e 3 D etc.

14
Figura 2 – Edição não linear

Fonte: Philipimage. Disponível em: <www.shutterstock.com>. Acesso em: 7 dez. 2018.

Saiba mais
 O teleprompter (que possui esse nome devido ao primeiro fabricante que
o produziu) apresenta uma imagem dos textos de um monitor de vídeo
refletida em um espelho colocado a 45º. A imagem do texto é invertida no
monitor, da esquerda para a direita, para que a imagem no espelho possa
aparecer corretamente. O espelho reflete a imagem gerada na tela do
“telepronto”, permitindo que o apresentador leia o texto olhando
diretamente para a objetiva da câmera. O telepronto evoluiu do chamado
hardcopy para o atual softcopy. No primeiro modelo, o texto era
datilografado com letras grandes e frases curtas, e o papel era afixado em
dois cilindros motorizados. A imagem era captada por uma câmera e
mostrada no monitor colocado abaixo da objetiva que captava a imagem
do apresentador. Os rolos iam se movimentando (desenrolando no
primeiro cilindro e enrolando no segundo cilindro), e o apresentador podia
ler. No modelo atual, o texto é gerado num computador, geralmente um
laptop cujo monitor é posicionado para o espelho num ângulo de 45º. A
movimentação do texto é feita usando o mouse para ir baixando o texto à
medida que for lido. Os mais recentes usam tablet. Não havendo esses
recursos, o texto pode ainda ser reproduzido em cartolinas, com letras
grandes, chamadas de dálias, colocadas abaixo ou ao lado da objetiva,
mas num ângulo e distância tais do apresentador que permitam a

15
sensação ao telespectador de que o apresentador está olhando
diretamente para ele, ou seja, para o centro da objetiva. Não restando
nenhuma outra alternativa, o apresentador terá de decorar o texto e
apresentá-lo como o fazem os atores e atrizes em programas de ficção
(telenovela, filmes, humorísticos e de variedades em auditórios). Seja
como for, o que importa mesmo é a qualidade, a concisão, a objetividade
e a clareza do texto. Assista o vídeo no link a seguir e conheça mais sobre
o uso do teleprompter.

 COMO FUNCIONA UM TELEPROMPTER. Michael Oliveira. 1 ago 2016. Disponível


em: <https://www.youtube.com/watch?v=rd0qOlwlWoc>. Acesso em: 6 dez. 2018.

TEMA 5 – SOFTWARES MAIS UTILIZADOS

Depois de tudo que vimos, é possível concluir que você vai editar no
sistema Não Linear, é claro. Afinal, encontrar equipamentos de Edição Linear
nos dias de hoje não será muito fácil. Brincadeiras à parte, é preciso saber que
existem vários softwares de Edição Não Linear.
O primeiro passo é decidir entre softwares profissionais e amadores.
Alguns softwares amadores são gratuitos, o que pode ser uma grande vantagem.
Por outro lado, a maioria é limitada no que se refere a recursos que a criatividade
de um bom profissional deve exigir para trabalhar.
Os softwares usados por profissionais são pagos, e normalmente exigem
que sejam utilizados em máquinas (computadores) mais potentes, preparadas
para essa atividade.
A seguir, confira considerações sobre os programas mais utilizados por
editores de imagens. São também os mais bem avaliados pela crítica
especializada.

5.1 Para iniciantes em edição de vídeo

Para quem está começando a editar vídeos, e esses vídeos não exigem
muito do editor, mostramos dois programas: um para PC e outro para Mac.

5.1.1 Windows Story Remix

O conhecido programa de edição da Microsoft foi descontinuado em


janeiro de 2017, sendo substituído pelo Windows Story Remix, novo editor de
16
vídeo gratuito do Windows 10. Por ser um programa mais novo, o Story Remix
possui mais recursos de edição que o antigo editor.
Uma das novidades é a maneira de acessá-lo, pois funciona de forma
integrada a novos recursos do sistema operacional, por meio do APP “Fotos”.
É um programa “amistoso” para quem está iniciando no mundo da edição
de vídeo e fotos, com facilidades, como o modo de edição em storyboard e um
monitor para visualização prévia, além de uma biblioteca de mídia.
Logicamente, não podemos exigir muito de um programa voltado para o
público amador; mesmo assim, com ele é possível cortar, inserir transições,
colocar efeitos básicos de cor, além de textos. No quesito exportação, possui as
opções básicas mais utilizadas.

Figura 3 – Windows Story Remix

17
18
Fonte: Windows Story Remix, 2017.

5.1.2 iMovie

O iMovie pertence à plataforma Mac. É muito simples e indicado para


produções em vídeo que não exijam maiores conhecimentos técnicos. Funciona
bem tanto no Mac quanto nos iPhone e no iPad da Apple. O iMovie também
permite que você corte, insira áudio, textos simples e até alguns efeitos e
transições em seus vídeos, mas também tem limitações quanto aos formatos de
vídeo suportados na importação e gerados na exportação.
Algumas das características e funcionalidades presentes são: aplicação
de câmera lenta automaticamente; inserção de fotos (redimensiona
automaticamente, ajustando à proporção previamente escolhida para editar o
vídeo, recorta a foto para preencher toda a tela, e a opção Ken Burns adiciona
automaticamente um efeito de zoom nas fotos); duração do tempo de exposição
da foto inserida; envio automático para o iCloud (a opção theater). Também
permite apagar e remover arquivos de renderização das bibliotecas abertas,
liberando espaço de armazenamento.

19
Figura 4 – iMovie

Fonte: iMovie.

5.1.3 Final Cut Pro

Agora, entramos na categoria de programas profissionais, e o Final Cut é


um bom exemplo disso. É um software profissional de edição de vídeo Não
Linear desenvolvido pela Apple Computer para seu sistema operacional Mac OS
X, ou seja, é exclusivo do Mac, o que às vezes dificulta a comunicação entre ele
e os programas usados pelo Windows. No entanto, tem vários templates, que
facilitam a edição e o tornam bastante atraente. Possui diversos recursos de
edição para deixar seus filmes com qualidade profissional. Uma característica
importante é a capacidade de adicionar efeitos, transições e filtros de alta
qualidade aos projetos.
Assim como qualquer outro programa voltado para o público profissional,
para operá-lo é necessário muito estudo e dedicação, além de conceitos técnicos
básicos imprescindíveis para escolher as melhores opções em suas muitas
ferramentas de edição.

20
Figura 5 – Final Cut Pro

Fonte: Apple. Disponível em: <https://support.apple.com/kb/PH12732?locale=pt_BR>. Acesso


em: 7 dez. 2018.

É um programa bastante utilizado pelo mercado profissional e, a exemplo


do Premiere, o Final Cut também foi usado para editar vários filmes de
Hollywood. Entre esses, longas-metragens como Cold Mountain, Noiva Cadáver,
Napoleon Dynamite e Capitão Sky e o Mundo de Amanhã.

5.1.4 Adobe Premiere

O Adobe Premiere Pro CC é um dos programas de Edição Não Linear


mais utilizados no mercado atual. É um programa padrão de edição em muitas
produtoras, companhias de cinema e televisões. Grande parte dos profissionais,
quando questionados a respeito de conhecerem a Edição Não Linear, logo
entendem que a pergunta se refere ao programa de edição de vídeo da Adobe.
Com uma nova maneira de oferecer seus softwares, a Adobe
revolucionou o mercado, baixando o preço de seus programas, criando pacotes
de serviços, tornando-os acessíveis a todos os públicos, com política de preços
voltada para estudantes, professores e usuários em geral.
Seu desenvolvimento e atualizações são constantes; seus usuários têm a
possibilidade de utilizar os programas tanto na plataforma Windows quanto na
Apple (PC e Mac).

21
Figura 6 – Adobe Premiere Pro CC

Fonte: Adobe, 2016.

Assim como o Final Cut, este é um programa de Edição Não Linear


completo, e exige de seus operadores estudo, técnica e conhecimentos básicos
para extrair dele o máximo de suas potencialidades. Mas não se assuste: com
um pouco de prática e dedicação você conseguirá operá-lo.
É justamente o Adobe Premiere Pro CC que vamos estudar nos próximos
conteúdos; com isso, você poderá conferir todo o poder dos softwares
profissionais.

22
Este é um software completo, que oferece diferentes recursos de edição.
Funciona de forma integrada com outros programas do pacote Adobe Criative
Cloud, como Photoshop, After Effects e Audition.
Com o After Effects, ele já foi utilizado em Avatar, de James Cameron, A
Invenção de Hugo Cabret, de Martin Scorsese, Garota Exemplar, de David
Fincher, e o último filme dos Irmãos Coen, Hail, Caesar!

Saiba mais
 Assista e ouça a opinião de Tim Miller, diretor do filme Deadpool, sobre
como decidiu editar o filme com o software Premiere e o After Effects.
Acesse o link: ADOBE BRASIL. Disponível em:
<https://www.facebook.com/adobebrasil/videos/974121015975935/>.
Acesso em: 6 dez. 2018.

TROCANDO IDEIAS

Este é o início de uma atividade que encanta muita gente: a edição de


vídeo. Como você pode perceber, é uma atividade complexa, que exige muito
planejamento, organização e técnica, e que pode produzir resultados fantásticos.
Comece a prestar mais atenção às edições dos vídeos e filmes que você
assiste. Note os tipos de corte, a trilha sonora, e como a história está sendo
contada. Você verá que um novo mundo se abrirá diante de seus olhos.

NA PRÁTICA

Vamos preparar um roteiro? Será uma experiência bem interessante, pois


é uma boa maneira de imaginar a produção de um vídeo em suas etapas iniciais.
Vamos pensar em um roteiro para um documentário. Divida uma página
A4 em duas colunas: uma para vídeo e outra para áudio. Se for ficção, nada de
colunas: o texto será corrido na A4, com intertítulos com os nomes dos
personagens.
O tempo total do roteiro será de 10 minutos. Escreva o texto em uma
coluna e descreva as imagens que você considera ideais para cada trecho de
texto na outra coluna. Boas histórias!

23
FINALIZANDO

Mostramos aqui um pouco da história da montagem, ou da edição, dos


filmes e vídeos. Falamos sobre os equipamentos de edição e a maneira como
esta era feita “linearmente”, até se tornar o que temos hoje, a edição feita em
computadores, a chamada Edição Não Linear.
Também falamos sobre a necessidade de planejar uma obra audiovisual,
com a prévia edição de texto, ou seja, a criação de roteiros e os scripts.
Apresentamos ainda alguns dos softwares (programas ou aplicativos) mais
populares, gratuitos e de uso profissional, do mercado da edição de vídeo.
Para finalizar, queremos lembrar algo bastante elementar: quem faz o
vídeo é você, não os programas de edição. Antes de gravar, comece pelo
planejamento. Tenha definido o roteiro, que inclui a parte da edição. É preciso
ter ao menos noções sobre ângulos, cortes e contraplanos.
E então? Pensou a respeito da evolução dos computadores pessoais até
a edição de vídeo em PCs, Macs e smartphones? Qual sua resposta imediata
para tanta tecnologia e facilidade para produzir filmes e vídeos e distribuí-los via
internet?

24
REFERÊNCIAS

ADOBE. Premiere Pro, Helps and Tutorials. 2016.

BRASIL, G. A. A escritura do roteiro. Curso de Realização Audiovisual. Porto


Alegre: Unisinos, 2003.

CARRIÈRE, J.-C.; BONITZER, P. Prática do roteiro cinematográfico. Trad.


Tereza Almeida. São Paulo: JSN Editora, 1996.

COMPARATO, D. Da criação ao roteiro: teoria e prática. São Paulo: Summus


Editorial, 2018.

25

Você também pode gostar