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GUIA DE

SELEÇÃO
DE EPI

GUIA DE SELEÇÃO DE EPI | SISTEMA FIEP 1


BEM-VINDO
Pensando sempre na segurança e na saúde do trabalhador, ainda mais nesse
momento de enfrentamento da pandemia da Covid-19, bem como na produtividade
da indústria, o Sesi no Paraná desenvolveu o GUIA DE SELEÇÃO DE EPI com o
objetivo de compartilhar informações sobre o correto uso dos Equipamentos de
Proteção Individual, de acordo com a Norma Regulamentadora nº 6 (NR-06).
SUMÁRIO
SOBRE O USO DE EPI____________________________________________________________________04

PROTEÇÃO DA CABEÇA: CAPACETES___________________________________________________08

PROTEÇÃO VISUAL: ÓCULOS DE SEGURANÇA E PROTETOR FACIAL____________________ 1 1

PROTEÇÃO AUDITIVA: PROTETORES AURICULARES E ABAFADORES DE RUÍDOS______14

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA: MÁSCARAS, FILTROS E RESPIRADORES__________________18

PROTEÇÃO DE MÃOS E BRAÇOS: LUVAS E CREMES PROTETIVOS____________________23

PROTEÇÃO DE PERNAS E PÉS: BOTAS, BOTINAS E SAPATOS ESPECIAIS______________30

FICHA TÉCNICA_________________________________________________________________________ 31

CONTATO________________________________________________________________________________ 32
SOBRE O USO DE EPI

CONCEITO LEGAL
Conforme o Ministério da Economia, na Norma Regulamentadora nº6 (NR-06),
da Portaria 3.214, considera-se Equipamento de Proteção Individual (EPI), todo
dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à
proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

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SOBRE O USO DE EPI

O QUE A LEGISLAÇÃO TRABALHISTA DIZ SOBRE O EPI?


A Norma Regulamentadora nº6 (NR-06) determina que as empresas são
obrigadas a fornecer o EPI aos empregados de forma gratuita e em perfeito
estado de conservação e funcionamento sempre que necessário, seguindo
as orientações do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho (SESMT) ou da Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPA).

Cabe também à empresa exigir que o trabalhador utilize o EPI, assim como
orientá-lo quanto ao uso adequado, higienizar os equipamentos e substituí-
los em caso de dano.

Vale lembrar ainda que qualquer EPI só pode ser comercializado em território
nacional após receber um Certificado de Aprovação (CA) do órgão nacional
responsável por segurança e saúde no trabalho.

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SOBRE O USO DE EPI

O EMPREGADO TEM ALGUMA RESPONSABILIDADE SOBRE O EPI?


Sim! Ainda de acordo com a NR-06, o empregado se responsabiliza por utilizar
o EPI de acordo com sua finalidade, conservar o equipamento e comunicar o
empregador sobre qualquer alteração.

QUAL A IMPORTÂNCIA DO USO DO EPI?


O EPI torna o processo de trabalho mais seguro e produtivo, diminuindo o
número de acidentes de trabalho, contribuindo para eficiência da produção e
reduzindo o afastamento por problemas de saúde, as sequelas do trabalho em
longo prazo e o impacto do trabalho sobre a saúde da população.

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SOBRE O USO DE EPI

QUAIS OS PRINCIPAIS TIPOS DE EPI?

EPI para EPI para EPI para


proteção da proteção Facial proteção
Cabeça: e Visual/Ocular: Auditiva:
capacetes óculos e protetores auriculares
protetor facial e abafadores de ruídos

EPI para EPI para EPI para


proteção proteção de proteção de
Respiratória: Mãos e Braços: Pernas e Pés:
máscaras, filtros luvas e cremes botas, botinas e
e respiradores protetivos sapatos especiais

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PROTEÇÃO DA CABEÇA:
CAPACETES
APLICABILIDADE: proteção da cabeça contra impactos causados por quedas
de materiais, batidas e, dependendo do modelo, até mesmo contra choques
elétricos.

DURABILIDADE: conforme data de validade do produto e uso, não deve


conter rachaduras.

HIGIENIZAÇÃO: água e sabão neutro.

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O QUE É O CAPACETE
DE SEGURANÇA?
O capacete de segurança é um Equipamento de Proteção Individual
obrigatório em muitas áreas profissionais.

Para que ofereça a segurança a qual se destina, é fundamental observar


alguns detalhes, como por exemplo, se o EPI possui o Certificado de
Aprovação em dia no momento da compra. Essa identificação garante que o
produto tenha sido fabricado conforme recomenda a legislação e, portanto,
está apto a oferecer a proteção necessária.

Além do Certificado de Aprovação, é importante observar o prazo de validade


estipulado pelo fabricante do capacete de segurança. Esse prazo é a data
limite pela qual o EPI poderá ser utilizado. Após essa data, é preciso efetuar o
descarte do EPI corretamente.

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TIPOS DE CAPACETE DE SEGURANÇA
Hoje em dia, existem diferentes tipos de capacete de segurança no mercado.
Dentre as classificações dadas pela NR-06, podemos identificar três principais tipos:

TIPO I TIPO II TIPO III


CAPACETE DE SEGURANÇA
COM ABA TOTAL ABA FRONTAL SEM ABA

Além disso, você também encontrará duas definições adjacentes: classe A e B.


Os capacetes de segurança classe A protegem contra o impacto de objetos.
Já os capacetes classe B protegem também contra choques elétricos.

Ainda assim, podemos encontrar outros tipos de capacete de proteção com


algumas variações e dispositivos específicos, de acordo com a função a ser
exercida pelo trabalhador. O importante é identificar quais riscos existem e
qual será o modelo mais adequado.

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PROTEÇÃO VISUAL:
ÓCULOS DE SEGURANÇA E PROTETOR FACIAL
APLICABILIDADE: proteção dos olhos contra impactos de objetos e partículas.

DURABILIDADE: depende da utilização, integridade, sujidade e trincas. O


usuário deve verificar a integridade dos óculos de segurança e do protetor
facial. Caso o EPI esteja rachado, riscado de forma que prejudique o campo
visual, sujo de maneira que não seja possível limpá-lo, tenha sofrido impacto
severo ou apresentar qualquer sinal de desgaste, deve substituir por um novo.
Não deixar o EPI em lugares sujos e, se tiver que manuseá-lo com as mãos
sujas, pegar pela parte externa.

HIGIENIZAÇÃO: utilizar sabão neutro e água ou produtos específicos. O


armazenamento deve ser em local seco e limpo, de preferência dentro de
um saco plástico de fecho hermético sem que as partes sofram deformações.

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UTILIZAÇÃO DO ÓCULOS
Recomenda-se que os óculos de segurança consigam abrir pelo menos 10mm
para cima e 10mm para baixo a partir do centro da pupila, assim como cobrir
20mm em direção à região temporal. Veja abaixo como realizar a verificação
dos óculos de segurança.

1 2
Ajuste para que
Coloque os fique posicionado
óculos de 10mm
10mm o mais próximo
segurança possível do
no rosto. rosto e de forma 20mm

confortável.

3 Com um pequeno bastão, de 4


aproximadamente 1 cm de Verifique frequentemente
diâmetro (pode ser o verso de a vedação durante o
uma caneta), verifique se o espaço tempo em que está
entre o rosto e os óculos permite a
passagem do bastão. É considerada
usando os óculos. Se os
como vedação satisfatória quando óculos se deslocarem, o
o bastão não passa por esse espaço, funcionário pode estar
ou a lente esteja distante até 1 cm vulnerável ao risco.
do rosto (diâmetro do bastão).

Fonte: Catálogo de Proteção Para seus Olhos - 3M Segurança Pessoal

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UTILIZAÇÃO DO
PROTETOR FACIAL
A MÁSCARA É UMA BARREIRA FÍSICA TRANSPARENTE QUE
EVITA QUE O USUÁRIO PASSE A MÃO NO ROSTO, BOCA E NARIZ
E IMPEDE QUE A SALIVA SEJA ARREMESSADA AO FALAR,
TOSSIR OU ESPIRRAR. ELA VISA A PROTEÇÃO DO USUÁRIO
E DEMAIS PESSOAS NO MESMO AMBIENTE. O EPI É TAMBÉM
MUITO USADO NA ÁREA INDUSTRIAL CONTRA IMPACTOS,
POEIRAS E RESPINGOS QUÍMICOS.

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PROTEÇÃO AUDITIVA: PROTETORES
AURICULARES E ABAFADORES DE RUÍDOS
APLICABILIDADE: proteção auditiva contra ruídos superiores aos limites de
tolerância.

DURABILIDADE: os protetores de inserção e abafadores devem ser colocados


de forma correta, para que possam dar melhor atenuação do ruído e conforto
ao longo da jornada de trabalho. Também devem receber uma manutenção
adequada para a maior vida útil do produto. Os protetores auditivos de
espuma moldável são descartáveis e devem ser utilizados durante todo o
período de trabalho, evitando retirá-los o máximo possível. Depois, deve-se
jogá-los em uma lixeira. Sempre manter o protetor reutilizável limpo. Uma boa
higienização pode evitar que sujeiras adentrem nos ouvidos.

HIGIENIZAÇÃO: utilizar sabão neutro e água ou produtos específicos.


O armazenamento deve ser em local seco e limpo.

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PROTETORES PROTETORES PROTETORES
DE ESPUMA PRÉ-MOLDADOS TIPO CONCHA
MOLDÁVEL Proporcionam
Adaptam-se aos Nas opções em silicone atenuação uniforme
diferentes formatos ou copolímeros, nas duas conchas,
de canais auditivos tamanho único ou três modelos variados para
por serem de tamanhos, os flanges proporcionar diversos
espuma moldável. flexíveis proporcionam níveis de atenuação e
São descartáveis, conforto e vedação diferentes opções de
portanto, mais e fácil colocação. haste para favorecer a
higiênicos, confortáveis São reutilizáveis e, compatibilidade com
e permitem o uso com portanto, devem ser outros EPIs. Alguns
outros EPIs. higienizados. modelos possuem
peças de reposição.

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COMO COLOCAR COMO COLOCAR
O PROTETOR DE O PROTETOR
ESPUMA MOLDÁVEL? PRÉ-MOLDADO?

Com as mãos limpas role


Com as mãos limpas
aperte e role o protetor
segure o protetor
entre os dedos até obter o
pela haste.
menor diâmetro possível.

Para facilitar a colocação, Para facilitar a inserção do


puxe a orelha para cima protetor, puxe a orelha na
e para trás e insira o diagonal para cima e para
protetor no canal auditivo. trás.

Usando o dedo indicador,


Insira o protetor no canal
mantenha-o nessa posição
aditivo até o fundo, de
(aproximadamente por
forma que ele não gere
30 segundos), até que ele
desconforto.
tenha se expandido.

Fonte: 3M.

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COMO COLOCAR O PROTETOR TIPO CONCHA?
_Antes de colocar é importante que você prenda os cabelos, caso sejam compridos.
_Retire o excesso de cabelo existente entre o abafador e as orelhas.
_Não use brincos ou piercings nas orelhas.
_Homens devem estar com a barba feita para que a vedação seja completa.

1 A haste deve estar sobre 2


o topo da cabeça; alinhe
Retire o excesso de cabelo
a altura das conchas de
que fica entre o abafador
acordo com a posição de
e a orelha.
suas orelhas. Encaixe as
Fonte: 3M.
conchas em suas orelhas de forma que elas
estejam totalmente inseridas no círculo
interno da almofada.

3 Certifique-se de que a 4
vedação esteja satisfatória,
As conchas devem ficar
sem a interferência de
alinhadas verticalmente
objetos como elásticos de
para proporcionar melhor
respiradores ou armações
vedação. Nunca use as
de óculos. A orelha de estar sempre solta
conchas viradas para trás.
dentro do círculo interno da concha; evite que
ela esteja presa ou pressionada pela almofada.

Fonte: 3M.

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PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA:
MÁSCARAS, FILTROS E RESPIRADORES

O QUE É UM RESPIRADOR?

O respirador é um Equipamento de Proteção Individual obrigatório em muitas


áreas de atuação profissional, devendo cobrir a boca e o nariz, proporcionando
uma vedação adequada sobre a face do usuário, retendo de maneira eficiente
os contaminantes em suspenção no ambiente de trabalho. Para que ofereça a
segurança a qual se destina, é fundamental observar alguns detalhes, como a
manutenção.

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PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA:
MÁSCARAS, FILTROS E RESPIRADORES

O QUE É UM RESPIRADOR?

Os respiradores com manutenção são constituídos de materiais elastômeros


que permitem a limpeza da peça facial com água e sabão neutro após o uso e os
cartuchos devem ser substituídos conforme orientações dos fabricantes. Já os
respiradores sem manutenção devem ser substituídos sempre que estiverem
saturados (entupidos) ou contaminados, quando a integridade física estiver
comprometida ou quando o usuário perceber cheiro ou gosto do contaminante.

OS FILTROS MECÂNICOS NÃO OS CARTUCHOS QUÍMICOS NÃO DEVEM


DEVEM SER UTILIZADOS PARA SER UTILIZADOS PARA PROTEÇÃO
FILTRAGEM DE GASES E VAPORES. CONTRA POEIRAS, NÉVOAS E FUMOS.

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EPI DE PROTEÇÃO DE VIAS AÉREAS:
FILTRO MECÂNICO
APLICABILIDADE: reter materiais particulados como poeiras, névoas e fumos
presentes no ambiente.

DURABILIDADE: depende de diversos fatores, tais como: tipo de contaminante,


concentração do material particulado, frequência respiratória do usuário e
conservação do produto. Deve ser trocado sempre que o usuário perceber um
aumento na dificuldade de respirar, quando tiver algum dano físico ou quando
não estiver mais em condições adequadas de higiene.

HIGIENIZAÇÃO: não se aplica. O armazenamento deve ser em local seco e limpo.

DESCARTE: o descarte deve ser realizado de acordo com o contaminante e com


a política de resíduos da empresa. Dependendo do tipo do contaminante não
devem ser reciclados.

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EPI DE PROTEÇÃO DE VIAS AÉREAS:
CARTUCHO QUÍMICO
APLICABILIDADE: capturar certos tipos de gases e vapores presentes no ambiente.

DURABILIDADE: depende de diversos fatores tais como: tipo de contaminante,


concentração de gases e vapores, frequência respiratória do usuário, conservação
do produto e umidade relativa do ambiente. Também devem ser substituídos nos
casos em que os usuários sintam cheiro ou gosto do contaminante.

HIGIENIZAÇÃO: não se aplica. O armazenamento deve ser em local seco e limpo.

DESCARTE: o descarte deve ser realizado de acordo com a política de resíduos


da empresa. Os cartuchos não devem ser reciclados.

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DIFERENÇA ENTRE MÁSCARA CIRÚRGICA
E MÁSCARA PFF2 (EQUIVALENTE AO RESPIRADOR N95)
O respirador N95 (PFF2/P2) é um Equipamento de Proteção Individual que possui
capacidade de filtração e resistência a materiais particulados chegando a ter eficiência
de 95% na retenção de partículas maiores que 0,3µm, protegendo contra aerossóis
que contém agentes biológicos, como vírus, bactérias e fungos. Oferecem uma vedação
adequada no rosto do usuário. Além disso, o respirador para proteção contra agentes
biológicos deve possuir registro no Ministério da Saúde/ANVISA (RDC 185/2001).

A máscara cirúrgica é uma barreira mecânica de uso individual que cobre nariz e
boca. É indicada para proteger o trabalhador da saúde contra infecções por inalação
de gotículas transmitidas a curta distância e projeção de sangue ou outros fluidos
corpóreos que possam atingir as vias respiratórias. Independentemente da capacidade
de filtração, a máscara cirúrgica não protege adequadamente o usuário em relação às
patologias transmitidas por aerossóis e não é considerada como um EPI.
Fonte de consulta: Manual 3M de Saúde Ocupacional.

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PROTEÇÃO DE MÃOS E BRAÇOS:
LUVAS E CREMES PROTETIVOS

LUVAS DE PROTEÇÃO
As luvas de proteção são equipamentos de proteção individual preparados para proteger
as mãos dos trabalhadores, evitando escoriações, cortes, queimaduras e perfurações
nos dedos e mãos. Saber como escolher, utilizar, manusear e armazenar as luvas de
segurança é fundamental para evitar diversos acidentes graves.

Todos os EPIs devem possuir o Certificado de Aprovação (CA) para serem


comercializados no Brasil e é fundamental verificar para quais tipos de aplicações
estão aprovados. Também existem normas internacionais que auxiliam na escolha da
luva apropriada ao risco em que o trabalhador está exposto por meio de criptograma,
como no caso da norma BS EN 388, usada para seleção de luvas de proteção de
riscos mecânicos, inclusive abrasão, corte, rasgos e perfuração. A BS EN 407 e BS EN
374 são usadas para seleção de luvas de proteção contra riscos térmicos e químicos.

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As figuras a seguir apresentam duas criptografias utilizadas para identificar a
aplicação das luvas de proteção mecânica e térmica de acordo com as normas
BS EN 388 e BS EN 407. Quanto maior o número de classificação, maior a
proteção ao risco apresentado.

EN 388
Riscos Mêcanicos ABRASÃO: 0 mínimo - 4 máximo
CORTE (TESTE COUPÊ): 0 mínimo - 5 máximo
RASGAMENTO: 0 mínimo - 4 máximo
PERFURAÇÃO: 0 mínimo - 4 máximo
CORTE (TDM): A mínimo - F máximo
IMPACTO: Aprovado (P) - Não aprovado (F)
X X X X X X

EN 407
Riscos Térmicos PROPAGAÇÃO DE PEQUENAS CHAMAS: 0 mín. - 4 máx.
CALOR POR CONTATO: 0 mínimo - 4 máximo
CALOR CONVECTIVO: 0 mínimo - 4 máximo
CALOR RADIANTE: 0 mínimo - 4 máximo
PEQ. RESPINGOS DE METAL FUNDIDO: 0 mín. - 4 máx.
GRANDES RESPINGOS DE METAL FUNDIDO: 0 mín. - 4 máx.
X X X X X X

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EXEMPLO DE MARCAÇÃO
DA LUVA DE PROTEÇÃO

1/ NOME DO FABRICANTE E/OU MARCA COMERCIAL


2/ TAMANHO
3/ MARCAÇÃO CE E Nº DE IDENTIFICAÇÃO
DO ORGANISMO NOTIFICADO

3
2

6 7
4 5

4/ PROTEÇÃO CONTRA RISCOS MECÂNICOS:


1 RESISTÊNCIA À ABRASÃO: 4 | RESISTÊNCIA AO CORTE: 1
RESISTÊNCIA A RASGÕES: 2 | RESISTÊNCIA À PERFURAÇÃO: 1

5/ PROTEÇÃO CONTRA RISCOS QUÍMICOS, TESTADA PARA:


J – N-HEPTANO (HIDROCARBONETO SATURADO)
K – HIDRÓXIDO DE SÓDIO A 40% (BASE INORGÂNICA)
L – ÁCIDO SULFÚRICO A 96% (ÁCIDO MINERAL INORGÂNICO)

6/ PROTEÇÃO CONTRA MICRORGANISMOS


7/ PICTOGRAMA REFERENTE ÀS INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
Fonte: Guia de seleção de luvas de Proteção: Riscos químicos / Teresa Almeida [et al.]; Lisboa: ACT, 2016; 20 p.; il. color; 30 cm

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CREMES DE PROTEÇÃO
APLICABILIDADE: uso de creme protetor para as partes do corpo que ficarem
expostas a produtos que possam causar danos à pele, principalmente nas mãos,
quando não for possível o uso de luvas.

DURABILIDADE: conforme data de validade do produto.

HIGIENIZAÇÃO: não se aplica.

CREME
CREME CREME
RESISTENTE
RESISTENTE PROTETOR
A PRODUTOS
A AGENTES SOLAR FPS
QUÍMICOS EM
BIOLÓGICOS 30 ATÉ 60
GERAL

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A PELE É O MAIOR ÓRGÃO DO CORPO HUMANO
_Regeneração natural: a cada 6 semanas
_Quantidade de pele produzida na vida: 25 kg
_Ph neutro: entre 5,5 e 7,0
_Área aproximada: 2 m²
_Espessura da epiderme: 0,5 mm (pálpebras) e 1,5 mm (palmas e solas)

Cada 2,5 cm² de pele contêm: 2 m de vasos sanguíneos; 1.000 poros; 30 pelos; 600
sensores de dor; 36 sensores de calor; 75 sensores de pressão; 9.000 terminais nervosos.

POROS PELO

ESTRATO
EPIDERME
GLÂNDULA
GLÂNDULA
SUDORÍPARA
DERME
VEIA
ARTÉRIA
FOLÍCULO
HIPODERME
ADIPÓCITO

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AÇÃO DOS SOLVENTES
SOBRE A PELE
AÇÃO DESENGORDURANTE: remove a camada gordurosa da pele, causando
ressecamento, fissuras e sangramentos, o que facilita a penetração de sujeira,
contaminantes, partículas e infecções diversas.

AÇÃO TÓXICA IRRITATIVA: causa o aparecimento de vesículas, edema e inflamação local.

ABSORÇÃO DOS PRODUTOS QUÍMICOS PELA PELE: alguns produtos podem ser
absorvidos pela epiderme, chegando à circulação e causando reações no organismo
humano, como: acetato de cellosolve, ácido cianídrico, álcool isopropílico, anilina,
benzeno, brometo de metila, dimetilamina

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AÇÃO DOS CREMES
DE PROTEÇÃO
Mantêm a camada de gordura da pele, que é a proteção natural, e formam uma barreira
físico-química de proteção que impede a entrada de agentes químicos agressivos.

Os cremes de proteção só poderão ser postos à venda ou utilizados como


equipamentos de proteção individual mediante o Certificado de Aprovação (CA)
do Ministério do Trabalho, enquadrados nos seguintes grupos:

GRUPO 1 GRUPO 2 GRUPO 3


ÁGUA-RESISTENTES ÓLEO-RESISTENTES CREMES ESPECIAIS

SÃO AQUELES QUE,


SÃO AQUELES QUE, QUANDO APLICADOS SÃO AQUELES
QUANDO APLICADOS NA PELE DO USUÁRIO, COM INDICAÇÕES
NA PELE DO USUÁRIO, NÃO SÃO FACILMENTE E USOS DEFINIDOS
NÃO SÃO FACILMENTE REMOVÍVEIS NA E ESPECIFICADOS
REMOVÍVEIS COM ÁGUA. PRESENÇA DE ÓLEOS PELO FABRICANTE.
OU SUBSTÂNCIAS
APOLARES.

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MODO DE USAR O
CREME DE PROTEÇÃO
ANTES DE INICIAR QUALQUER OPERAÇÃO QUE ENVOLVA OS PRODUTOS
OU SUBSTÂNCIAS MENCIONADAS, PROCEDA DA SEGUINTE MANEIRA:

• Lave e seque bem as mãos ou outras partes do corpo a serem protegidas


para que fiquem bem limpas, livres de qualquer impureza.
• Aplique uma quantidade suficiente do creme para cobrir homogeneamente
as áreas expostas, incluindo cutícula e embaixo da unha. Em seguida, friccione
levemente com as mãos até que o creme seque.
• Para remover lave as mãos com água e sabão.
• Reaplique sempre que lavar as mãos ou a cada 3 horas.
• Não aplique sobre a pele irritada ou com ferimentos.
• Evitar o contato do creme com olhos e mucosas.
• Não ingerir.
• A embalagem deve ser mantida em local limpo, fresco e seco evitando
umidade e exposição à contaminantes.

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PROTEÇÃO DE PERNAS E PÉS:
BOTAS, BOTINAS E SAPATOS ESPECIAIS
APLICABILIDADE: proteção das pernas e pés contra impactos de agentes
abrasivos, escoriantes e cortantes.

DURABILIDADE: dependerá da maneira de utilização, do ambiente de uso, da


higienização e dos cuidados do usuário com o equipamento. É recomendado
que o uso não seja contínuo. O ideal é possuir pelo menos dois pares e alternar.
Realizar limpezas regulares e guardar em local arejado e longe do sol.
A palmilha também deve receber cuidados, estando seca e limpa. O usuário
deve evitar a utilização do calçado se estiver com seu interior úmido. Uma forma
bastante eficaz de prolongar a vida útil do couro do calçado de segurança é fazer
o uso de graxas específicas, pomadas e ceras para couro.

HIGIENIZAÇÃO: limpezas regulares, no mínimo uma vez na semana. Evitar a


lavagem (imersão em água) do equipamento, mas caso seja necessário, utilizar
sabão neutro e água.

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GERÊNCIA EXECUTIVA DE SEGURANÇA E SAÚDE
PARA INDÚSTRIA - SESI NO PARANÁ
Rosangela Isolde Fricke
Gerente Executiva Segurança e Saúde para Indústria

Juliana Danielle Cipriani Presiazniuk


Coordenadora Segurança e Saúde para Indústria

Danielle De Lara
Coordenadora de Processos

Alessandra Rolim Pescosolido, Carlos Andre Fiuza, Mariano Alberichi


Engenheiros de Segurança do Trabalho - Sesi no Paraná

GERÊNCIA DE MARKETING
Diagramação e Revisão
CONTATO
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segurança e saúde? Acesse nossos canais e entre em
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sesipr.com.br/informacoes-sst

(41) 98725-4376
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