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HOMENS DE ORAÃ Ã O - Edward M. Bounds
HOMENS DE ORAÃ Ã O - Edward M. Bounds
Bounds
Originalmente publicado em inglês
com o
Editora Vida título Prayer and Praying Men.
Rua Conde de Sarzedas, 246 Todos os direitos desta tradução em
Liberdade língua portuguesa reservados por
CEP 01512-070 São Paulo, SP Editora Vida.
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Fax: 0 xx 11 2618 7030 meios, salvo em breves citações, com
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Editor responsável: Marcelo Todos os direitos desta tradução em
Smargiasse língua portuguesa reservados por
Editor-assistente: Gisele Romão da Editora Vida.
Cruz Santiago
Proibida a reprodução por quaisquer
Tradução: Juliana Kummel de Oliveira
meios, salvo em breves citações, com
Revisão de tradução: Sônia Freire Lula
indicação da fonte.
Almeida
Revisão de provas: Josemar de Souza Scripture quotations taken from Bíblia
Pinto Sagrada, Nova Versão Internacional,
Projeto gráfico e diagramação: Claudia NVI ® Copyright © 1993, 2000 by
Fatel Lino International Bible Society ®.
Capa: Arte Peniel Used by permission IBS-STL U.S.
All rights reserved worldwide.
Edição publicada por Editora Vida,
salvo indicação em contrário. Todas as
citações bíblicas e de terceiros foram
adaptadas segundo o Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa,
assinado em 1990, em vigor desde
janeiro de 2009.
1. edição: ago. 2016
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (cip)
(Câmara Brasileira do Livro, sp, Brasil)
Introdução
1. Homens de oração do Antigo Testamento
2. Homens de oração do Antigo Testamento (continuação)
3. Abraão, um homem de oração
4. Moisés, um poderoso intercessor
5. Elias, um profeta de oração
6. Ezequias, um rei de oração
7. Esdras, um reformador de oração
8. Neemias, um restaurador de oração
9. Samuel, uma criança de oração
10. Daniel, um prisioneiro de oração
11. A fé dos pecadores na oração
12. Paulo, um mestre da oração
13. Paulo e suas orações
14. Paulo e suas orações (continuação)
15. Paulo e seus pedidos de oração
16. Paulo e seus pedidos de oração (continuação)
INTRODUÇÃO
Quando Daniel soube que o decreto tinha sido publicado, foi para
casa, para o seu quarto, no andar de cima, cujas janelas davam
para Jerusalém e ali fez o que costumava fazer: três vezes por dia
ele se ajoelhava e orava, agradecendo ao seu Deus (Daniel 6.10).
A oração nunca foi tão bela, nunca mais bem-sucedida. Paulo era
um adepto da oração, um amante da oração, um homem
surpreendentemente dedicado à oração que podia buscá-la com
alegres canções sob condições tais de desespero e desalento.
Quão poderosa arma defensiva era a oração para Paulo! Que
melodiosa! Os anjos sem dúvida silenciaram suas notas mais altas e
mais doces para ouvir a música que levava tais orações até o céu.
O terremoto trilhou o caminho que as poderosas forças da oração
de Paulo produziram. Ele não fugiu quando as correntes foram
soltas e o tronco caiu. Sua oração lhe ensinou que Deus tinha
propósitos mais nobres naquela noite do que a liberdade individual.
Sua oração e o susto do terremoto trariam salvação àquela prisão,
liberdade da escravidão e da prisão do pecado, que lhe foi
prefigurado pela emaciação de seu corpo. A providência poderosa
de Deus abrira a porta da prisão e quebrara as correntes não para
lhe dar liberdade, mas para dar liberdade ao carcereiro. As portas
que Deus abre providencialmente, com frequência, servem para
testar nossa capacidade para permanecer em vez de sair. Aqui
testaram a capacidade de Paulo de permanecer.
14. PAULO E SUAS ORAÇÕES
(CONTINUAÇÃO)
Sem citar tudo o que ele diz, é importante ler suas palavras, mais
adiante, a esta mesma igreja de verdadeiros cristãos:
Por essa igreja ele tinha se esforçado e orado dia e noite com
muitas vigílias, lágrimas e humildade. Ao apresentar uma imagem
vívida do soldado cristão, com os inimigos cercando-lhe, o apóstolo
os incentivou a orar especialmente por ele.
A esses cristãos efésios, ele fez uma declaração abrangente da
necessidade, natureza e benefícios especiais da oração. Ela deveria
ser indispensável, incluindo todas as épocas e englobando todos os
diferentes lugares. As súplicas deveriam dar intensidade, o Espírito
Santo deveria ser invocado, deviam-se acrescentar atenção e
perseverança, e toda a família dos santos deveria estar envolvida.
A força de seu pedido de oração estava centralizada nele, que ele
fosse capaz de falar com ousadia, fluência, objetividade e coragem.
Paulo não dependia de seus dons naturais, mas daqueles que
recebia em resposta à oração. Ele temia ser covarde, tolo, orador
fraco ou tartamudo, e insistia que os cristãos orassem para que ele
tivesse coragem não apenas para falar com clareza, mas com
liberdade e perfeitamente.
Ele desejava que orassem para que tivesse ousadia. Nenhuma
qualidade parece mais importante ao pregador do que a ousadia. É
essa qualidade positiva que não mede consequências, mas com
liberdade e abundância enfrenta a crise, encara um perigo presente
e desempenha impassível seu dever. Era uma das características
marcantes dos pregadores e da pregação apostólica. Eles eram
homens ousados, eram pregadores ousados. A referência à
manifestação do princípio por eles é praticamente o registro de seus
desafios. É o aplauso de sua fé.
Há muitas correntes que aprisionam o pregador. Sua própria
ternura torna-o fraco. Sua afeição pelas pessoas tende a fazê-lo
prisioneiro. Suas relações pessoais, suas obrigações para com o
povo, seu amor por eles, tudo isso tende a obstruir sua liberdade e
restringir suas pregações. Estar continuamente orando por ousadia
para falar o que deve falar é uma grande necessidade!
Os profetas de antigamente eram exortados a não temer os
homens. Impassíveis à cara franzida deles, deveriam declarar a
verdade de Deus sem apologia, timidez, hesitação ou concessões.
O calor e a liberdade de convicção e sinceridade, a coragem de uma
fé vigorosa e, acima de tudo, o poder do Espírito Santo são auxílios
maravilhosos e instrumentos de ousadia. Tudo isso deveria ser
desejado e buscado com todo o fervor por ministros do evangelho
nestes dias!
Mansidão e humildade são virtudes elevadas de primeira
importância para o pregador, mas essas qualidades não militam de
forma alguma contra a ousadia. Essa ousadia não é a liberdade de
declarações apaixonadas. Não é repreensão, nem aspereza. É falar
a verdade em amor. A ousadia não é rude.
Rudeza desonra a ousadia. Ela é gentil como a mãe com seu
bebê, mas destemida como o leão diante de seu inimigo. O medo,
na forma suave e inocente da timidez ou na forma criminosa da
covardia, não tem lugar no verdadeiro ministério. Ser humilde, mas
com santa ousadia, é de importância fundamental.
Que força misteriosa e escondida poderia acrescentar coragem à
pregação apostólica e conceder declarações ousadas a lábios
apostólicos? Há uma resposta: é a oração que pode realizar esses
feitos.
Que força poderia afetar e conquistar o mal de forma que os
próprios resultados do mal se transformassem em bem? Mais uma
vez a resposta está nas palavras de Paulo, relacionadas com as
orações feitas por ele:
Ele nos livrou e continuará nos livrando de tal perigo de morte. Nele
temos depositado a nossa esperança de que continuará a livrar-
nos, enquanto vocês nos ajudam com as suas orações […]
(2Coríntios 1.10,11).
Mas que importa? O importante é que de qualquer forma, seja por
motivos falsos ou verdadeiros, Cristo está sendo pregado, e por
isso me alegro (Filipenses 1.18).
Ao mesmo tempo, orem também por nós, para que Deus abra uma
porta para a nossa mensagem, a fim de que possamos proclamar o
mistério de Cristo, pelo qual estou preso. Orem para que eu possa
manifestá-lo abertamente, como me cumpre fazê-lo (Colossenses
4.3,4).