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Formacao Sacramentos Da Igreja Catolica
Formacao Sacramentos Da Igreja Catolica
Batismo
Os sacramentos de iniciação cristã lançam os alicerces da vida cristã: os fiéis,
renascidos pelo batismo, são fortalecidos pela confirmação e alimentados pela Eucaristia. O
primeiro dos sacramentos de iniciação cristã é o batismo, ele é o caminho do reino da morte
para a vida, a porta da Igreja e o começo de uma comunhão duradoura com Deus. Nesse
sacramento o homem une-se a Cristo, pois ele é uma aliança com Deus, e a condição prévia
para receber os outros.
No Antigo Testamento encontram-se várias prefigurações do batismo: a água, fonte de
vida e de morte; a arca de Noé, que salva por meio da água; a passagem do Mar Vermelho,
que liberta Israel da escravidão do Egito; a travessia do Jordão, que introduz Israel na Terra
Prometida, imagem da vida eterna. O próprio Jesus Cristo se fez batizar por João Batista, no
Jordão: na cruz, do seu lado trespassado, derramou Sangue e Água, sinais do batismo e da
Eucaristia, e depois da Ressurreição confia aos apóstolos esta missão: «Ide e ensinai todos os
povos, batizando-os no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo» (Mt 28, 19-20). A Igreja,
desde do o dia de Pentecostes, administra o batismo a quem crê em Jesus Cristo.
Batizar significa imergir na água. O batizado é imerso na morte de Cristo e ressurge
com Ele como nova criatura (II Cor 5,17). Por isso este [batismo] também é chamado banho da
regeneração e da renovação no Espírito Santo (cf. Tt 3,5) e iluminação, porque o batizado se
torna filho da luz (cf. Ef 5, 8). Porque tendo nascido com o pecado original, ele tem
necessidade de ser libertado do poder do maligno e de ser transferido para o reino da liberdade
dos filhos de Deus.
Entre os efeitos do batismo se destacam o perdão do pecado original e de todos os
pecados pessoais e as penas devidas ao pecado, fazendo o homem participar na vida divina
trinitária mediante a graça santificante, confere as virtudes teologais – fé, esperança, caridade
e os dons do Espírito Santo. Por fim, o batizado pertence para sempre a Cristo. É um dom que
nos torna filhos amados, e não apenas simples criaturas. Nos torna capazes de receber os
outros Sacramentos.
O Batismo é o sacramento da comunhão de todos no Cristo. É isso que nos diz São
Paulo: "Pois todos vocês, que foram batizados em Cristo, se revestiram de Cristo. Não há mais
diferenças entre judeu e grego, entre escravo e homem livre, entre homem e mulher, pois todos
vocês são um só em Jesus Cristo" (Gl 3, 27-28)
Jesus instituiu o Batismo logo no início da sua pregação, quando entrou no rio Jordão
para ser batizado por São João Batista. O Batismo de João não era um Sacramento. Só
quando Jesus santifica as águas do Jordão com sua presença e que a voz do Pai se faz ouvir:
"Este é meu Filho bem amado, em quem pus minhas complacências", e que o Espírito Santo
aparece sob a forma de uma pomba (foi então uma visão da Santíssima Trindade), é que fica
instituído o Batismo.
Essa instituição será confirmada por Jesus quando Ele diz a seus Apóstolos: "Ide e
ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.” (Mt 28,
19) Leia na Bíblia, no Evangelho de São Mateus, o Capítulo 3, Versículo 13.
Atos 2, 38-39: "Disse-lhes Pedro: 'Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em
nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados. E recebereis o dom do Espírito Santo. A
promessa diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos que estão longe - a tantos quantos
Deus nosso Senhor chamar'." E também outras passagens. (ver Atos 16, 15; Atos 16, 33; Atos
18, 8; 1Coríntios 1, 16)
O rito essencial deste sacramento consiste em imergir na água o candidato ou em
derramar a água sobre a sua cabeça, enquanto é invocado o Nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo, sendo capaz de receber o batismo toda pessoa ainda não batizada. Do
batizando é exigida a profissão de fé, expressa pessoalmente no caso do adulto, ou então por
parte dos pais e da Igreja no caso da criança. Também o padrinho ou madrinha e toda a
comunidade eclesial têm uma parte de responsabilidade nisso. Sendo ele necessário para a
salvação daqueles a quem foi anunciado o Evangelho e que têm a possibilidade de pedir este
sacramento.
O batismo é ordinariamente válido quando o ministro (bispo, presbítero, diácono) - ou,
em caso de necessidade qualquer pessoa (batizada) - derrama água sobre batizando,
enquanto diz: "N..., eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". Isso supõe a
fé em Jesus Cristo, pois sem a fé o batismo não passa de uma encenação.
Mas não só o batismo na Igreja Católica é válido. O batismo de crianças ou de adultos
realizados em algumas outras também o é. Batizam validamente: as Igrejas Orientais; a Igreja
Vetero-Católica; a Igreja Episcopal (Anglicana) do Brasil; a Igreja Evangélica Luterana do Brasil
(IELB); a Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil (IECLB); e a Igreja Metodista.
O batismo em outras Igrejas é válido se realizado com águas e na mesma fé, utilizando
a fórmula trinitária. Por razões teológicas, ou pelo sentido que dão ao sacramento, a Igreja
Católica tem reservas quanto à validade do batismo realizado em algumas Igrejas e considera
inválido o batismo de certas expressões religiosas (Mórmons, Testemunhas de Jeová, Igreja
Pentecostal Unida do Brasil).
Aqueles que morrerem sem o batismo, o Catecismo da Igreja Católica ensina que,
porque Cristo morreu para a salvação de todos, podem ser salvos, mesmo sem o batismo,
(1Tim 2, 4) aqueles que morreram por causa da fé (batismo de sangue), aqueles que estavam
sendo preparados para receber tal sacramento – catecúmenos e todos os que, sob o impulso
da graça, sem conhecer Cristo e a Igreja, procuram sinceramente a Deus e se esforçam por
cumprir a Sua vontade (batismo de desejo). Quanto às crianças, mortas sem batismo, a Igreja
na sua liturgia confia-as à misericórdia de Deus.
Portanto, dentre os sacramentos de iniciação cristã, destaca-se o batismo como o
primeiro, a porta da Igreja e o começo de uma comunhão duradoura com Deus, lançando o
alicerce da vida cristã, configurando o cristão a Cristo, sendo assim, no batismo, o homem para
sempre pertence a Cristo.
Confirmação
O Catecismo da Igreja Católica ensina que a Confirmação – Crisma pertence,
juntamente com o Batismo e a Eucaristia, aos três sacramentos da iniciação cristã da Igreja
Católica. Nesse sacramento, tal como ocorreu no Pentecostes, o Paráclito desceu sobre a
comunidade dos discípulos, então reunida (At 2, 1-4). Também nele o Espírito Santo desce em
cada batizado que pede à Igreja o dom d'Ele [Espírito Santo], dessa forma o sacramento
encoraja o fiel e o fortalece para uma vida de testemunho de amor a Cristo (At 2,14-41).
Nascidos para a vida da graça pelo Batismo, é pelo Sacramento da Crisma que recebemos a
maturidade da vida espiritual.
A Confirmação é o sacramento que completa o Batismo e pelo qual recebemos o dom do
Espírito Santo. Quem se decide livremente por uma vida como filho de Deus e pede o Espírito
de Deus, sob o sinal da imposição das mãos e da unção do óleo do Crisma, obtém a força para
testemunhar o amor e o poder de Deus com palavras e atos. Essa pessoa agora é membro
legítimo e responsável da Igreja Católica.
Chama-se Crisma (nas Igrejas Orientais: Crismação com o Santo Myron) por causa do rito
essencial que é a unção. Chama-se Confirmação, porque confirma e reforça a graça batismal.
O óleo do Crisma é composto de óleo de oliveira (azeite) perfumado com resina balsâmica.
Na manhã da Quinta-feira Santa, o bispo consagra-o para ser utilizado no Batismo, na
Confirmação, na Ordenação dos sacerdotes e dos bispos e na consagração dos altares e dos
sinos. O óleo representa a alegria, a força e a saúde. Quem é ungido com o Crisma deve
difundir o bom perfume de Cristo (cf. II Cor 2,15).
O efeito da Confirmação é a efusão especial do Espírito Santo, como no Pentecostes.
Tal efusão imprime na alma um caráter indelével e traz consigo um crescimento da graça
batismal: enraíza mais profundamente na filiação divina; une mais firmemente a Cristo e à sua
Igreja; revigora na alma os dons do Espírito Santo; dá uma força especial para testemunhar a
fé cristã.
Pode e deve receber este sacramento qualquer cristão católico que tenha recebido o
sacramento do Batismo e esteja em estado de graça, isto é, não ter cometido nenhum pecado
mortal (pecado grave). Mediante um pecado grave separamos de Deus e só podemos nos
reconciliar com Ele por meio do sacramento da Penitência – Confissão.
O sacramento da Confirmação normalmente é presidido pelo Bispo, por razões pastorais, ele
[bispo] pode incumbir determinado sacerdote de celebrá-lo. No rito litúrgico da Santa Missa do
Crisma o Bispo dá ao crismando um suave sopro para que se lembre de que está se tornando
um soldado de Cristo, a fim de perseverar com bravura na fidelidade ao Senhor.
Como sabemos que Jesus Cristo instituiu este Sacramento, se não aparece este fato
no Evangelho?
Sabemos que verdadeiramente Jesus Cristo instituiu o Sacramento da Crisma porque os
Apóstolos administraram este Sacramento, como aparece nos Atos dos Apóstolos (Atos, 8, 14-
17) e porque a Igreja sempre ensinou esta verdade.
Como no caso do Batismo, é bom termos pais espirituais que nos apresentem à Igreja
nesta ocasião tão importante, nos aconselhem nas lutas da vida, e rezem por nós. Por isso os
padrinhos da Crisma devem ser bons católicos, terem sido crismados, tendo já idade suficiente
para aconselhar seus afilhados.
Portanto, este belíssimo sacramento Confirmação completa o Batismo,por ele o fiel recebe o
dom do Espírito Santo, faz um acordo com Deus, e assim, cheio dos dons do Espírito que são
temor de Deus, piedade, fortaleza, conselho, ciência, inteligência e sabedoria, é chamado a
testemunhar o amor ao Senhor, se preciso for, a dar a vida uma vez que recebeu uma força
especial para seguir Cristo até o fim de sua vida.
Eucaristia
Ensinados pelo Catecismo da Igreja Católica, chegamos à Sagrada Eucaristia, esta que,
juntamente com o Batismo e a Confirmação, faz parte do sacramento de iniciação cristã. Ela
que é o misterioso centro de todos estes sacramentos. Portanto, ela é a fonte e o centro de
toda a vida cristã.
Esse sacramento é conhecido por diversos nomes, como: Eucaristia, Santa Missa, Ceia
do Senhor, Fração do pão, Celebração Eucarística, Memorial da Paixão, da Morte e da
Ressurreição do Senhor, Santo Sacrifício, Santa e Divina Liturgia, Santos Mistérios, Santíssimo
Sacramento do altar, Santa Comunhão.
Originalmente a Sagrada Eucaristia era a oração de ação de graças da Igreja
primitiva, precedia a consagração do pão e do vinho, posteriormente a palavra foi conferida a
toda a celebração da Santa Missa. A Sagrada Eucaristia é o sacramento em que Jesus entrega
o Seu Corpo e o Seu Sangue – Ele próprio, por nós, para que também nos entreguemos a Ele
em amor e nos unamos a Ele na Sagrada Comunhão. É o próprio sacrifício do Corpo e do
Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar o sacrifício da cruz no decorrer dos
séculos até o Seu regresso, confiando assim à Sua Igreja o memorial da Sua Morte e
Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, em que se
recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da vida eterna.
Sendo, portanto, a Eucaristia um memorial no sentido que torna presente e atual o
sacrifício que Cristo ofereceu ao Pai, uma vez por todas, na cruz, em favor da humanidade. O
caráter sacrificial da Eucaristia manifesta-se nas próprias palavras da instituição dela: “Isto é o
meu corpo, que vai ser entregue por vós” e “este cálice é a nova aliança no meu sangue, que
vai ser derramado por vós” (Lc 22,19-20). O sacrifício da cruz e o sacrifício da Eucaristia são
um único sacrifício. Idênticos são a vítima e Aquele que oferece, diverso é só o modo de
oferecer-se: cruento na cruz, incruento na Eucaristia.
A Igreja participa do Sacrifício Eucarístico de forma direta, pois, na Eucaristia, o
sacrifício de Cristo torna-se também o sacrifício dos membros do Seu Corpo. A vida dos fiéis, o
seu louvor, o seu sofrimento, a sua oração, o seu trabalho são unidos aos de Cristo. Enquanto
sacrifício, a Eucaristia é também oferecida por todos os fiéis vivos e defuntos em reparação
dos pecados de todos os homens e para obter de Deus benefícios espirituais e temporais. A
Igreja do céu está unida também à oferta de Cristo.
Jesus Cristo está presente na Eucaristia de um modo único e incomparável. De fato,
está presente de modo verdadeiro, real, substancial: com o Seu Corpo e o Seu Sangue, com a
Sua Alma e a Sua Divindade. Nela está presente em modo sacramental, isto é, sob as
Espécies Eucarísticas do pão e do vinho, Cristo completo: Deus e homem.
O cristão é chamado, desta forma, a adorar a Eucaristia, por isso a Igreja conserva com
a maior diligência as Hóstias Consagradas, leva-as aos enfermos e às pessoas
impossibilitadas de participar da Santa Missa, apresenta-as à solene adoração dos fiéis, leva-
as em procissão e convida à visita frequente e à adoração do Santíssimo Sacramento
conservado no tabernáculo. A Igreja obriga os fiéis a participar da Santa Missa aos domingos e
nas festas de preceito, e recomenda a participação dela também nos outros dias. Da mesma
forma, a Igreja recomenda aos fiéis que participam da Santa Missa que também recebam, com
as devidas disposições, a Sagrada Comunhão, prescrevendo a obrigação de recebê-la ao
menos na Páscoa.
Porém, para receber a Sagrada Comunhão é preciso estar plenamente incorporado à
Igreja Católica e em estado de graça, isto é, sem consciência de pecado mortal. Quem tem
consciência de ter cometido pecado grave deve receber o sacramento da reconciliação antes
da Comunhão. São também importantes o espírito de recolhimento e de oração, a observância
do jejum prescrito pela Igreja e ainda a atitude corporal (gestos, trajes), como sinal de respeito
para com Cristo.
Os frutos da sagrada Comunhão são diversos; ela aumenta a nossa união com Cristo
e com a Sua Igreja, conserva e renova a vida da graça recebida no batismo e no crisma, e faz-
nos crescer no amor para com o próximo. Fortalecendo-nos na caridade, perdoa os pecados
veniais e preserva-nos dos pecados mortais, no futuro.
Por fim, a Eucaristia nos enche das graças e bênçãos do céu, fortalece-nos para a
peregrinação desta vida, faz-nos desejar a vida eterna, unindo-nos desde já a Cristo, sentado à
direita do Pai, à Igreja do Céu, a Santíssima Virgem e a todos os santos. A Sagrada Eucaristia
é de tal forma a vida dos cristãos que Santo Tomás de Aquino afirmou que ela possui, no
fundo, o efeito da transformação do ser humano em Deus, e Santo Inácio de Antioquia ensinou
que, nela [Eucaristia], partimos o mesmo pão, que é remédio de imortalidade, antídoto para
não morrermos e, dessa forma, vivermos eternamente em Jesus Cristo. Portanto, o sacrifício
de Jesus na cruz torna-se presente durante a consagração do pão e do vinho, ou seja, na
Eucaristia, desta forma, os mistérios da Eucaristia são os mistérios do próprio Cristo. Este é um
grande dom da nossa fé: crer que, na Eucaristia, Jesus se faz presente em Corpo, Sangue,
Alma e Divindade.
Reconciliação
No sacramento da Penitência celebramos a coragem de pegar de novo na mão de Deus
e voltar a andar no caminho dele, que é o caminho da irmandade. Entenda um pouco mais
sobre o sacramento da reconciliação.
1. O QUE É A CONFISSÃO?
Confissão ou Penitência é o Sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, para
que os cristãos possam ser perdoados de seus pecados e receberem a graça santificante.
Também é chamado de sacramento da Reconciliação.
13. QUER DIZER QUE TODO AQUELE QUE MORRE EM PECADO MORTAL ESTÁ
CONDENADO?
Merece a condenação eterna. Porém, somente Deus, que é justo e misericordioso e que
conhece o coração de cada pessoa, pode julgar.
Ordem
Continuando nossa série a respeito dos sacramentos, apresentamos hoje o sacramento
da Ordem. Juntamente com o Matrimônio são chamados de sacramento de serviço. Assim,
quem é batizado e confirmado (crismado) pode também assumir um serviço especial, pondo-se
a serviço de Deus. Isso acontece mediante os sacramentos da Ordem e do Matrimônio, por
isso os mesmos são chamados sacramentos a serviço da comunhão e da missão, eles
conferem uma graça especial para uma missão particular na Igreja em ordem à edificação do
povo de Deus, contribuindo em especial para a comunhão eclesial e para a salvação dos
outros.
A Ordem é o sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo aos Seus
apóstolos continua a ser exercida na Igreja, até o fim dos tempos. Nela quem é ordenado
recebe o dom do Espírito Santo, concedido por Cristo pelo bispo e que lhe dá autoridade
sagrada. Nele o sacerdote continua sobre a terra a obra redentora de Cristo, afirma São João
Maria Vianney.
Todo dia precisamos de ajuda de outras pessoas para viver com a gente, orientar,
mostrar o caminho. Essas pessoas nos ajudam a alimentar a fé, acreditar na esperança,
esperar na fraternidade, que consagram a vida para mostrar aos irmãos esse grande amor de
Deus É o sacramento da dedicação. ). A missão do sacerdote é ser uma "seta sinalizadora", ou
seja, o sacerdote deve indicar ao povo o caminho à Cristo.
Chama-se Ordem este sacramento, pois indica um corpo eclesial, do qual se passa a
fazer parte, mediante uma especial consagração (Ordenação), que, por um particular dom do
Espírito Santo, permite exercer um poder sagrado em nome e com a autoridade de Cristo para
o serviço do povo de Deus. Compõe-se de três graus, que são insubstituíveis para a estrutura
orgânica da Igreja: o episcopado, o presbiterado e o diaconato.
Os sacerdotes na Antiga Aliança encararam a sua missão como uma mediação entre o
celeste e o terreno, entre Deus e o Seu povo. Sendo Cristo, o único mediador entre Deus e a
humanidade (cf. I Tm 2,5), Ele aperfeiçoou e concluiu este sacerdócio. Depois de Cristo, o
sacerdócio só pode existir em Cristo, na imolação de Cristo na cruz e pelo chamamento e
envio apostólico de Cristo.
O efeito da ordenação episcopal confere a plenitude do sacramento da Ordem, faz do
bispo o legítimo sucessor dos apóstolos, confere-lhe a missão de ensinar, santificar e governar.
O ministério do bispo é, no fundo, o ministério pastoral da Igreja, porque remonta às
testemunhas de Jesus.
Ao presbítero a ordenação assinala nele, pela unção do Espírito, um caráter espiritual
indelével, configura-o a Cristo Sacerdote e torna-o capaz de agir em nome de Cristo Cabeça.
Sendo cooperador da Ordem episcopal, ele é consagrado para pregar o Evangelho, para
celebrar o culto divino, sobretudo a Eucaristia, da qual o seu ministério recebe a força, e para
ser o pastor dos fiéis.
Na ordenação diaconal o diácono, configurado a Cristo servo de todos, é ordenado
para o serviço da Igreja sob a autoridade do bispo, em relação ao ministério da Palavra, do
culto divino, da condução pastoral e da caridade.
Para cada um dos três graus, o sacramento da Ordem é conferido pela imposição das
mãos sobre a cabeça do ordinando por parte do bispo, que pronuncia a solene oração
consecratória. Com ela, o bispo invoca de Deus, para o ordinando, a especial efusão do
Espírito Santo e dos Seus dons, em ordem ao ministério.
Somente o batizado de sexo masculino pode receber esse sacramento. A Igreja
reconhece-se vinculada a esta escolha feita pelo próprio Senhor. Ninguém pode exigir a
recepção do sacramento da Ordem, antes deve ser considerado apto para o ministério pela
autoridade da Igreja. Esse sacramento dá uma especial efusão do Espírito Santo, que
configura o ordenado a Cristo na Sua tríplice função de Sacerdote, Profeta e Rei, segundo os
respectivos graus do sacramento. A ordenação confere um caráter espiritual indelével: por isso
não pode ser repetida nem conferida por um tempo limitado.
Os sacerdotes ordenados, no exercício do ministério sagrado, falam e agem não por
autoridade própria, nem sequer por mandato ou delegação da comunidade, mas na Pessoa de
Cristo Cabeça e em nome da Igreja. Portanto, o sacerdócio ministerial difere essencialmente,
e não apenas em grau, do sacerdócio comum dos fiéis, para o serviço no qual Cristo o instituiu.
Portanto, os sacramentos da Igreja ora são presididos, ora são assistidos (matrimônio)
pelos ministros ordenados, desta forma, para a vida da Igreja e dos fiéis é indispensável que
haja homens dispostos a se doar inteiramente ao Evangelho. Por isso é importante que toda a
Igreja reze suplicando ao Senhor que suscite no coração dos batizados sinceras e santas
vocações ao sacramento da Ordem. (Mt 9, 37s).
Matrimônio
O sacramento do Matrimônio e o da Ordem são chamados sacramentos a serviço da
comunhão e da missão, por conferirem uma graça especial para a missão particular na Igreja
com relação à edificação do povo de Deus, contribuindo em especial para a comunhão eclesial
e para a salvação dos outros. O homem e a mulher foram criados por Deus com uma igual
dignidade como pessoas humanas e, ao mesmo tempo, numa complementaridade recíproca
como masculino e feminino. Deus quis que fossem um para o outro, para uma comunhão de
pessoas. Juntos são também chamados a transmitir a vida humana, formando no matrimônio
uma só carne (cf. Gn 2, 24).
O Matrimônio participa desta dinâmica de serviço para a santificação. O Senhor, que
é amor e criou o homem por amor, chamou-o a amar. Ao criar o homem e a mulher, chamou-
os, no Matrimônio, a uma íntima comunhão de vida e de amor entre si, de modo que já não são
dois, mas uma só carne (cf. Mt 19,6). Abençoando-os, Deus disse-lhes que fossem fecundos e
se multiplicassem (cf. Gn 1,28).
Esse sacramento se realiza diante de uma promessa entre um homem e uma mulher,
prestada diante de Deus e da Igreja, aceita e selada pelo Senhor e concluída pela união
corporal do casal. Porque é o próprio Altíssimo quem dá o laço do Matrimônio sacramental e o
mantém unido até a morte de um dos consortes. São necessários três elementos para a
realização do Matrimônio: o consentimento, a concordância com uma união por toda a vida e
apenas com o consorte, e por fim, a abertura aos filhos. Sendo a mais profunda a consciência
do casal de que são uma imagem viva do amor entre Cristo e a Igreja.
O sacramento do Matrimônio gera entre os cônjuges um vínculo perpétuo e exclusivo.
O próprio Deus sela o consentimento dos esposos. Primeiro, porque corresponde à essência
do amor se entregar mutuamente sem reservas. Depois, porque ele é imagem da incondicional
fidelidade de Deus à Sua criação. Finalmente, porque ele representa a entrega de Cristo à sua
Igreja até à morte de cruz.
Portanto, o Matrimônio concluído e consumado entre batizados não pode ser dissolvido.
Esse sacramento confere também aos esposos a graça necessária para alcançar a santidade
na vida conjugal e para o acolhimento responsável dos filhos e a sua educação. A união
matrimonial é, muitas vezes, ameaçada pela discórdia e pela infidelidade por causa do pecado
original, que provocou também a ruptura da comunhão do homem e da mulher, dada pelo
Criador. Todavia Deus, na Sua infinita misericórdia, dá ao homem e à mulher a Sua graça para
que possam realizar a união das suas vidas segundo o desígnio originário d'Ele.
O adultério e a poligamia são pecados gravemente contrários ao sacramento do
Matrimônio porque estão em contradição com a igual dignidade do homem e da mulher e com
a unicidade e exclusividade do amor conjugal; assim como a rejeição à fecundidade, que priva
a vida conjugal do dom dos filhos; e o divórcio, que se opõe à indissolubilidade. A fidelidade
absoluta no Matrimônio, mais do que ser um testemunho do esforço humano, remete à
fidelidade a Deus, que está presente, mesmo quando nós, na questão da fidelidade, O traímos
e nos esquecemos d'Ele. A Igreja admite a separação física dos esposos quando, por
motivos graves, a sua coabitação se tornou praticamente impossível, embora se deseje a
reconciliação deles. Mas eles, enquanto o cônjuge viver, não estarão livres para contrair uma
nova união, a menos que o Matrimônio seja nulo e como tal seja declarado pela autoridade
eclesiástica.
Muitas são as causas que podem tornar nulo o matrimônio sacramental. É preciso deixar
claro que a Igreja não anula uniões sacramentais validamente contraídas e consumadas; mas
pode, após processo do Tribunal Eclesiástico, reconhecer que nunca houve casamento,
mesmo nos casos em que todos o tinham como válido.
Jesus Cristo não só restabelece a ordem inicial querida por Deus, como também dá a
graça ao casal de viver o Matrimônio na nova dignidade de sacramento, que é o sinal do Seu
amor esponsal pela Igreja: "Vós maridos amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja"
(Ef 5,25). O Matrimônio não é uma obrigação para todos. Deus chama alguns homens e
mulheres a seguir o Senhor Jesus mantendo-se virgens ou sendo celibatários pelo Reino dos
céus, renunciando ao grande bem do Matrimônio para se preocuparem unicamente com as
coisas do Senhor e para procurarem agradar-Lhe, tornando-se assim sinal do absoluto primado
do amor de Cristo e da ardente esperança da Sua vinda gloriosa.
Tão grande é o valor desse sacramento que a família cristã é chamada de "Igreja
doméstica" por manifestar e realizar a natureza de comunhão e família da Igreja como família
de Deus. Cada membro, a seu modo, exerce o sacerdócio batismal, contribuindo para fazer da
família uma comunidade de graça e de oração, escola das virtudes humanas e cristãs, lugar do
primeiro anúncio da fé aos filhos.
Portanto, de acordo com a ordem de São Paulo os “Maridos, devem amar as mulheres,
como Cristo amou a Igreja e Se entregou por ela” (Efésios 5, 25). Nesse lindo sacramento do
Matrimônio o casal possui a oportunidade de se doar inteiramente um ao outro, entregando sua
vida por amor, à semelhança do próprio Senhor. O beato João Paulo II definiu sabiamente o
amor do casal celebrado nesse sacramento, para ele este dom é, acima de tudo, um assumir
para si o futuro do outro como seu; esta é a via de santidade por meio do Matrimônio. Desta
forma, casar-se significa confiar mais na ajuda de Deus que nas próprias reservas do amor, e
certamente na fidelidade ao Senhor pelo sacramento o casal obtém a santificação um do outro
pelo amor.