1.

INTRODUÇÃO

A Terra sempre passou por ciclos naturais de aquecimento e resfriamento, da mesma forma
que períodos de intensa atividade geológica lançaram à superfície quantidades colossais de
gases que formaram de tempos em tempos uma espécie de bolha gasosa sobre o planeta,
criando um efeito estufa natural. Ocorre que, atualmente, a atividade industrial está afetando o
clima terrestre na sua variação natural, o que sugere que a atividade humana é um fator
determinante no aquecimento, (Blank, 2015).

Os efeitos da atividade irresponsável do homem sobre a natureza, principalmente após a

Revolução Industrial, fizeram com que a humanidade, ao ver prejudicada sua qualidade de
vida e o progresso de sua economia, voltasse sua atenção e iniciasse discussões mundiais
sobre o problema relacionado a degradações ambientais, dentre elas principalmente aquelas
ocasionadas por mudanças no clima, (Blank, 2015).

os resultados das mudanças climáticas na natureza geram consequências nas relações sociais,
nos níveis populacionais, no estoque de alimentos, em novas doenças e expansão de algumas
antigas, nos deslocamentos ambientais, enfim em temas que dificilmente seriam objeto de
regulação. Não é mais permitido se classificarem todos os episódios climáticos extremos
como meros “acasos naturais”, quando já se sabe que o seu agravamento é fruto sim da
intervenção humana na natureza, implicando um risco existencial de proporções catastróficas,
caso não seja alterado o quadro atual de degradação do ambiente, (Blank, 2015).

O aumento da temperatura da água e a acidificação dos oceanos resultantes das mudanças

climáticas danificam os recifes de corais, fenômeno conhecido como "branqueamento de
corais", destruindo um dos ecossistemas responsáveis pela produtividade marinha, afetando,
deste modo, a atividade pesqueira e as comunidades que dependem da pesca para a sua
sobrevivência. No setor da pesca, o efeito das mudanças climáticas é mais evidente, pois a
maioria dos animais aquáticos são poiquilotérmicos; ou seja, a temperatura de seus corpos
depende da temperatura do ambiente onde se encontram, afetando, deste modo, o
metabolismo, crescimento, reprodução e suscetibilidade a toxinas e doenças. Tais efeitos
afetam, principalmente, as comunidades que dependem exclusivamente de recursos naturais
para sua alimentação e renda, como os pescadores, (Amado, 2019).
2.Problematizacao
A diminuição dos mananciais pesqueiros em diversas partes do mundo, traduz-se na redução
das capturas, como resultado de factores antropológicos que naturais, tais como: a má gestão
das pescarias associados o aumento de licenças das embarcações numa determinada
campanha
de pesca e, alteração dos ciclos de vida de diferentes espécies, resultado do aquecimento
global (Santos, 2008). Pesquisas sobre abundância de peixes no mar, feitas por Bailey em
1985, nos Estados Unidos da América, na Índia, por Bavinck em 2001, e no Sudeste da Ásia,
por Butcher em 2004, concluíram que com o evoluir do tempo as práticas de pescas
predatórias e insustentáveis tomaram conta dos oceanos e que mudanças radicais ocorreram
ao
longo da história das pescas afectando ambientes aquáticos, pescadores e as sociedades
(Ngale, 2012).
Tais efeitos afetam, principalmente, as comunidades que dependem exclusivamente de
recursos naturais para sua alimentação e renda, como os pescadores, (Amado, 2019).

As mudanças climáticas são transformações significativas nos padrões do cldo planeta ao

longo do tempo. Essas mudanças são impulsionadas pelas atividades humanas, como queima
de combustíveis fósseis e emissões de gases de efeito estufa (GEE).

O aumento da temperatura da água e a acidificação dos oceanos resultantes das mudanças

climáticas danificam os recifes de corais, fenômeno conhecido como "branqueamento de
corais", destruindo um dos ecossistemas responsáveis pela produtividade marinha, afetando,
deste modo, a atividade pesqueira e as comunidades que dependem da pesca para a sua
sobrevivência.

No setor da pesca, o efeito das mudanças climáticas é mais evidente, pois a maioria dos
animais aquáticos são poiquilotérmicos; ou seja, a temperatura de seus corpos depende da
temperatura do ambiente onde se encontram, afetando, deste modo, o metabolismo,
crescimento, reprodução e suscetibilidade a toxinas e doenças
3.Justificativa

Em Moçambique, estima-se que 2/3 da população vive na zona costeira e ganha a sua
subsistência à custa dos recursos existentes. A razão da atracção da população para as zonas
costeiras deve-se ao fácil acesso aos recursos existentes, oportunidades de serviços, tais como,
indústrias (turismo), comércio e portos localizados nessas zonas costeira (Hoguane, 2007).
Assim, a prática da actividade pesqueira constitui uma alternativa de emprego e garantia do
sustento familiar das comunidades pesqueiras (Ngale, 2012).
Em Cabo Delgado, a pesca artesanal desempenha um papel importante na economia
das comunidades, pois, providencia a proteína animal e constitui uma fonte de
rendimento e
emprego (Pires, Álvaro, Pereira & Chacate, 2010). Mas, a pressão exercida sobre os recursos
marinhos agravada pelo crescimento demográfico, a utilização competitiva do litoral e da
costa por actividades económicas como o turismo, faz com que, o preço das espécies de maior
valor comercial sofra um aumento, partindo do pescador para o comerciante ou do
armazenamento para o retalhista, culminando com alto custo de compra para o consumidor
4. Objectivos

4.1. Geral

 Estudar Efeitos das Mudancas Climaticas na pesca Artesanal em Pemba

4.2. Especificos

 Compreender a percepcao dos Pescadores sobre os efeitos da mudancas climaticas na

pesca
 Além de, fornecer indicadores de captura, rendimento, esforço de pesca,
 composição específica, padrão de dominância existente no estrato do Sal, que
contribui para
 tomada de decisão sobre a gestão dos recursos pesqueiros existentes na baía de
Pemba.
 Contudo, o presente estudo pretende analisar os desembarques de pesca na baía de
Pemba, no
 estrato do Sal.
5.Metodologia
5.1. Area de Estudo

Amado, D. N. (marco de 2019). Mudanças climáticas e seus impactos na pesca artesanal em

Moçambique: percepções dos pescadores da baía de Pemba. Pemba, Cabo Delgado,
Mocambique.
Blank, D. M. (marco de 2015). O CONTEXTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E AS
SUAS VÍTIMAS. Forteleza, Brasil.