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CARRAPATOS

Os carrapatos são
aracnídeos como as ara-
nhas e os escorpiões.
São parasitas de diferen-
tes grupos animais: anfí-
bios, répteis, aves e ma-
míferos.
Manter animais e ambientes livres de carrapa-
DIRETORIA DE tos é muito importante. Isto porque, ao se alimenta-
VIGILÂNCIA rem do sangue humano, os carrapatos podem trans-
AMBIENTAL
mitir diversos micróbios causadores de doenças co-
EM SAÚDE /
SVS / SES mo, por exemplo, a febre maculosa.
Considerando que a infestação por carrapatos
está relacionada com os cuidados com o ambiente e
com os animais domésticos e de produção, seguem
abaixo algumas orientações para evitar a presença
destes parasitas nas moradias e em áreas adjacen-
tes.

• Faça um controle rigoro- carpetes, tapetes, pisos


so no ambiente, sempre e todo o ambiente onde
retirando cães e gatos há infestação;
do local para aplicação • Produtos naturais estão

produtos que eliminam sendo bastante utiliza-


os carrapatos; dos no controle de car-
• Dê banho de sol nas rapatos e com ótimos
casinhas, camas, rou- resultados (homeopatia
pas e roupas de cama veterinária);
dos animais, de prefe- • Para o controle de car-

rência todos os dias; rapatos distribuídos em


• Misture óleo de Neem paredes de alvenaria
na proporção de 100 ml pode ser utilizado ma-
de óleo para 5 litros de çarico (vassoura de fo-
água, pulverize casi- go);
nhas, quintais, paredes, • Quando utilizar a vassou-
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ra de fogo evite superfícies de • Faça um controle rígido em


madeira ou inflamáveis para as criações de equídeos;
quais o uso não é recomenda- • Roçe o pasto onde estão os
do. Não utilize perto de crianças animais hospedeiros;
e idosos e fique atento ao ma- • Faça rotação de pastagens;
nuseio. • Crie bovinos separados de e-
quídeos;
Controle de carrapatos em am- • Nas áreas de preservação
biente externo do domicílio ambiental, onde há presença
de capivaras ou antas, contro-
Em ambientes domiciliares e le o acesso desses animais às
de acesso à população humana, áreas de circulação de pesso-
mantenha o gramado e jardins a- as, pois podem estar infesta-
parados o mais rente ao solo, facili- dos de carrapatos.
tando a entrada dos raios solares .
Controle em Animais
Controle de carrapatos na área
• Caso de cães do meio rural,
rural
previna a infestação de carra-

• Não criem cavalos e bois ao re- patos tratando-os com produ-

dor da sua residência podem ser tos carrapaticidas;

hospedeiros para carrapatos; • Tenha um cuidado especial


• Manter a população do carrapa- com cães de áreas urbanas
to estrela (A. cajennense) sob que têm contato esporádico
controle; com o meio rural, pois eles
• Nas regiões onde há presença são mais suscetíveis às bac-

de carrapatos, realizar o contro- térias R. rickettsii ao serem

le químico nos animais domésti- picados por carrapatos infec-

cos e de produção; tados. O ideal é que os cães


sejam tratados com carrapati-
cidas imediatamente após o
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dores, por meio de placas, a


presença de carrapatos e for-
mas de proteção.

Proteção Individual (uso de bar-


reiras físicas)

Foto: Camila Cibeli / DIVAL


• Evite caminhar em áreas reco-
nhecidamente infestadas por
retorno de áreas rurais infes-
carrapatos;
tadas por carrapatos;
• Caso não seja possível evitar
• Colocação de coleiras carra-
áreas infestadas, use roupas
paticidas. Existem vários mo-
claras e com mangas compri-
delos no mercado, que man-
das, para facilitar a visualização
têm alta eficácia carrapaticida
de carrapatos;
por 3 a 6 meses consecutivo;
• Use calças compridas, inserin-
• Consultar o veterinário para
do a parte inferior por dentro de
manter os cães, cavalos e ou-
botas; preferencialmente de ca-
tros animais livres de carrapa-
no longo e vedadas com fita a-
tos.
desiva de dupla face;

Controle em Locais Públicos • Examine o próprio corpo a cada


(Parques, Jardins, Áreas de Pro- 3 horas, a fim de verificar a pre-
teção Ambiental e outros) sença de carrapatos. Quanto
mais rápido forem retirados,
• Locais públicos infestados por
menor será a possibilidade de
carrapatos estão obrigados
infecção;
pelas Vigilâncias em Saúde a
informar aos seus frequenta-
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• Retire os carrapatos (caso se- da de pessoa para pessoa e


jam encontrados no corpo), também não são todos os car-
com leves torções preferenci- rapatos que estão infectados.
almente com auxílio de uma
pinça (de sobrancelhas ou pin- Quais os Sintomas da Febre
Maculosa?
ça cirúrgica auxiliar);
• Não esmague o carrapato com • Febre alta
as unhas, pois o mesmo pode • Dor de cabeça
liberar as bactérias e contami- • Calafrios
nar partes do corpo com le- • Podem aparecer pontinhos a-
sões; vermelhados na palma da mão
• Não tente queimar o carrapato e sola do pé
com fósforo, cigarro ou ferro • Avermelhados na palma da
quente. mão e sola do pé
• Dores no corpo (principalmente
Perguntas frequentes nas costas e barriga da per-
Carrapatos podem transmitir na) .
doenças?

Sim. Entre elas se destaca a O micuim é o carrapato es-


Febre Maculosa. trela?
Sim. O micuim é a fase larvária
O que é Febre Maculosa?
do carrapato estrela (fase adulta).
É uma doença infecciosa trans-
mitida pelo carrapato estrela Onde comprar os produtos
(Amblyomma cajennense e Am- indicados para o controle de car-
rapatos no ambiente?
blyomma aurelolatum) infecta-
dos pela Rickettsia rickettsii. A Em “pet shops” e lojas de agrope-
cuária.
febre maculosa não é transmiti-
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Em caso de aparecimento de
carrapatos em sua residên- ELABORAÇÃO TÉCNICA
cia:
Equipe de Biólogos da Diretoria de
1. Solicite uma inspeção na locali-
Vigilância Ambiental do Distrito
dade, através Diretoria de Vigilân- Federal.
cia Ambiental no seguinte endere-
ço: SAIN – Estrada do Contorno
do Bosque Lote 4. CEP 70620-
000 e pelo telefone 3343 8817 ou
no próprio Núcleo de Vigilância
Ambiental da sua cidade.

2. Procure um médico imediata-


mente após o início dos sintomas
da Febre Maculosa. Caso também
tenha encontrado carrapatos fixa-
dos em seu corpo, não deixe de
informar ao seu médico.

Foto: Waleska Goveia/ DIVAL


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REFERÊNCIAS

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Acidentes

por Animais Peçonhentos. In:____ Guia de vigilância epidemiológica. 7ª

ed. Brasília: 2005. Caderno 12. P. 1-12.

2. Fundação Oswaldo Cruz. Agência Fiocruz de Notícias. Rio de Janeiro, Brasil:

Fiocruz; acessado em 06/06/12. Doenças emergentes; 1 tela. Disponível

em: http://www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?

infoid=1002&sid=12.

3. Instituto Biológico. São Paulo, Brasil: Instituto Biológico; acessado em

06/12/12. Febre maculosa brasileira; 1 tela. Disponível em: http://

www.biologico.sp.gov.br/artigos_ok.php?id_artigo=37.

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