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Autismo é uma síndrome definida por alterações presentes desde idades muito

tenras, tipicamente antes dos três anos de idade, e que se caracteriza sempre por
desvios qualitativos na comunicação, na integração social e no uso da
imaginação, sendo descrito pela 1° vez em 1943 pelo Dr. Leo Kanner, em seu
artigo escrito originalmente escrito em inglês: Distúrbios Austísticos do Contato
Afetivo.

Estes três desvios, que ao aparecerem juntos caracterizam o autismo, foram chamados
de Tríade, sendo responsável por um padrão de comportamento restrito e repetitivo, mas
com condições de inteligência que podem variar o retardo mental a níveis acima da
média.

Vários autores possuem teorias variadas a respeito da incidência do autismo.


Segundo informações encontradas no ASA, a incidência seria de 1:500, ou seja,
dois casos de autismo para cada 1000 nascimentos. Porém, o que se realmente
se sabe é que o autismo incide igualmente em famílias de diferentes raças,
credos ou classes sociais.

Com causas desconhecidas, acredita-se que o autismo esteja em anormalidades


em alguma parte do cérebro ainda não definida de forma conclusiva e,
provavelmente, é de origem genética.

Já que as causas não as totalmente conhecidas, é recomendado em termos de


prevenção do autismo os mesmos cuidados que toda gestante deve ter, como
evitar ingestão de produtos químicos, tais como remédios, álcool e fumo.

O autismo pode se manifestar desde os primeiros dias de vida, mas é comum


pais relatarem que a criança passou por um período de normalidades
anteriormente à manifestação dos sintomas. É comum o aparecimento de
movimentos estereotipados, que podem ser repetitivos, a fixação do olhar nas
mãos por longos períodos e hábitos como o de se morder, morder as roupas ou
puxar os próprios cabelos.

A definição de autismo adotada pela AMA, para efeito de intervenção, é que o


autismo é um distúrbio do comportamento que consiste em um trio de
dificuldades:

 Dificuldades de Comunicação: caracterizada pela dificuldade em utilizar


com sentido todos os aspectos da comunicação verbal e não verbal,
incluindo gestos, expressões faciais, linguagem corporal, ritmo e etc.
 Dificuldade de sociabilização: sendo o ponto marcante no autismo, é o
mais fácil de gerar falsas interpretações. O autista possui dificuldade de
se relacionar com outros, com incapacidade de compartilhar
sentimentos, gostos e emoções, possuindo também dificuldade na
discriminação entre diferentes pessoas.
 Dificuldade no uso da imaginação: é caracterizado por rigidez e
inflexibilidade e se estende às várias áreas do pensamento, linguagem e
comportamento infantil, podendo ser exemplificado por
comportamentos obsessivos e ritualísticos, falta de aceitação das
mudanças e dificuldades nos processos criativos.
Muitas vezes confundida com o autismo, a Síndrome de Asperger foi descrita
pela 1° vez por Hans Asperger em 1944 no artigo Psicopatologia Autistica na
Infância, mas foi incluída no Manual Diagnóstico e Estatístico de
Desordens Mentais (DSM IV) apenas em 1994.

Asperger acreditava que para estas crianças, educação e terapia era a mesma
coisa e que apesar de suas dificuldades, elas eram capazes de se adaptar desde
que tivessem acesso a um programa educacional apropriado.

Algumas das características peculiares mais frequentemente apresentadas pelos


portadores da Síndrome de Asperger:

 Atraso na fala, mas o portador desenvolve fluentemente a linguagem


verbal antes dos cinco anos, mas com ecolalia (repetição de palavras ou
frases), linguagem pedante e rebuscada, voz pouco emotiva e sem
entonação.
 Interesses restritos, escolhendo um assunto de interesse, podendo ser seu
ÚNICO interesse por muito tempo.
 Presença de habilidades incomuns, como cálculos de calendário,
memorização de grandes sequências numéricas, e etc.
 Interpretação literal, acompanhado pela incapacidade de interpretação
de mentiras, metáforas, ironias, frases com duplo sentido, etc.
 Dificuldades no uso do olhar e expressões faciais.
 Pensamento concreto.
 Não possuem auto censura: costumam falar tudo que pensam.
 Apego às rotinas e rituais, com dificuldades de adaptação a mudanças e
fixação em assuntos específicos.

Da mesma forma que o autismo, não existe exames clínicos que identifiquem a
Síndrome de Asperger, sendo o diagnóstico feito através da observação dos
comportamentos. Os critérios do diagnóstico oficial da Síndrome de Asperger
estão enumerados no DSM-IV.

Muitos pesquisadores acreditam que a Síndrome de Asperger seja a mesma


coisa que o autismo de alto funcionamento, isto é, com a inteligência
preservada. Outros acreditam que no autismo de auto funcionamento há atraso
na aquisição da fala, e na Síndrome de Asperger não.

Mesmo se considerando que o tratamento é realizado com auxílio de programas


individuais em função da evolução de cada criança, devemos procurar o antes
possível desenvolver:

 A autonomia e a independência;
 A comunicação não verbal;
 Os aspectos sociais como imitação, aprender a esperar a vez e jogos em
equipes;
 Que os professores recebam assessoria e apoio necessários.

Quando se trata de educação, na maioria dos casos, crianças e adolescentes com


Síndrome de Asperger podem frequentar a escola regular, mesmo que em alguns casos,
em classes especiais.
É bem provável que existam casos não diagnosticados de criancas com Sindrome de
Asperger frenquentanto escolas regulares que, devido a suas dificuldades peculiares,
foram rotuladas como pedantes, sem limites e desorganizadas.

Por isso é muito importante que o professor, notar algo diferente em seu aluno,
comunique o quanto antes à coordenação, para que os pais sejam comunicados e
encaminhados a um profissional especializado. Por outro lado, é bastante comum que
um professor desavisado, ao perceber um aluno portador da Síndrome de Asperger, e,
devido às suas habilidades específicas, o rejeite.

Então, o professor deve ser instruido a observar este aluno em especial durante o
periodo de tempo, enquanto colhe informações com pais e com os profissionais que o
acompanham. Depois que se passa o periodo de observação, é recomendável que o
professor tenha uma conversa com os alunos, com uma linguagem bastante
compreensivel para a faixa etária dos alunos, falando sobre as dificuldades do aluno
com Sindrome de Asperger, solicitanto a colaboração de todos.

Devido às dificuldades educacionais sofridas pelo portador da Sindrome de Asperger, é


importante que o professor verifique com frequencia se o aluno está acompanhando o
assunto dado em aula.

Além dessa ação, é necessário que o professor tome as seguintes providencias para com
o aluno:

 O aluno deve se sentar o mais próximo possível do professor;


 O aluno deve ser requisitado como ajudante do professor algumas vezes;
 O aluno deve aprender a usar agendas e calendários, listas de tarefas e
listas de verificação.

LINKS INTERESSANTES:

1. AUTISMO BRASIL
2. AUTISTAS.ORG
3. AUTISMO INFANTIL
4. ABRA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AUTISMO
5. AUTISMO – OS DIFERENTES TIPOS DE AUTISMO
6. FILME: RAIN MAN
7. FILME: UMA LIÇÃO DE AMOR
8. SÍNDROME DE ASPERGER
9. SÍNDROME DE ASPERGER – LINKS & ARTIGOS

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