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A CRIAÇÃO DA PASTORAL DA ESPERANÇA E A CONSTRUÇÃO DO TEMPLO DA

ESPERANÇA NA PARÓQUIA SÃO JOSÉ EM CANAAN

Quando aqui cheguei no ano de 2004, mais precisamente no mês de agosto ainda como
seminarista no quarto ano de teologia a pedido de Dom Benedito Francisco de Albuquerque para
conduzir os festejos em honra ao sagrado coração de Jesus, visto que a então área pastoral São José
se encontrava vacante, pois seu padre responsável, padre david Martins, havia se candidatado a
vice-prefeito em Paraipaba, por esse motivo havia sido afastado de suas funções, pois estava
concorrendo ao pleito político naquele município.
Foi nesta ocasião que fui incumbido de vir a Canaan dar um suporte ao padre Chaguinha,
que na época estava em Tururú e que uma por semana vinha a Canaan celebrar a santa missa, para
que o povo não ficasse sem a eucaristia e para manter no sacrário as reservas eucarísticas a fim de
que a comunidade sede e urbana assim como as comunidades rurais podessem ter acesso a santa
eucaristia conduzida pelos ministros extraordinários da sagrada comunhão.
Durante os festejos ao sagrado coração de Jesus, fiquei diretamente em Canaan para
conduzir o noverário no mês de agosto e prestar serviço ao povo naquilo que estava ao meu alcance
como seminarista. Foi justamente neste período que notei a grande necessidade da comunidade ter
uma assisitência religiosa nos momentos mais difíceis que a família enlutada pela morte do seu ente
querido precisava de apoio da Igreja, tanto na ponte espiritual, através da visita aos familiares, como
uma palavra de conforto, assim como orações do santo terço, meditações de textos biblícos,
cânticos, celebração das exéquias e até mesmo preparação e organização das missas de corpo
presente, sétimo dia, trigésimo dia, etc.
Notei também que a maioria das famílias não possuia plano funerário para prestar um
serviço de acompanhamento e assistência de urnas (caixão), veste, flores, coras, ramalhetes de
flores, etc. Assim quando falecia uma pessoa de poucas condições econômicas, a família dependia
da boa vontade de uma autoridade política local, como um vereador ou secretário de governo, cabo
eleitoral ou apelar a prefeitura municipal para aquisição de pelo menos um caixão para colocar o
defunto da família.
Muitas vezes esse processo demorava bastante e se juntava alguns amigos, vizinhos e
familiares, e faziam uma campanha relâmpago (vaquinha), para comprar o caixão, pois nem sempre
era possível conseguir de outra forma além de não ser tão acessível devido não ter uma funarária
próxima.
Foi vendo essas situações e sentindo a dor do povo sofrido nestes momentos de dor que
procurei saber se a CNBB (Conferência nacional dos bispos do Brasil) possuia alguma pastora com
essa orientação de prestar apoio as famílias que passavam por essas situações constrnagedoras
inesperadas. Assim, encontrei na relação das pastorais existentes na época essa que se chama
Pastoral da Esperança, e logo surgiu um enorme desejo de criar em Canaan essa tão valiosa e
importante serviço ao povo da amada e futura paróquia.
Convoquei o conselho paroquial de pastoral e falei a todos da importância da implantação da
pastoral da esperança, mostrando o seu objetivo e propósito dentro da paróquia e de modo bem
específico as famílais enlutadas, pela perca dos seus entes queridos que muitas vezes se
encontravam sem nenhuma assistência direta da Igreja nos seus momentos de dor e tristeza, pois
muitos não sabiam como agir para adquirir pelo menos um caixão para conduzir seu familiar
falecido e também não tinham condição de compara devido suas precárias condições financeiras.
Alem disso ainda tinha suas dificuldades de encontrar pessoas para conduzir momentos de oração,
como o santo terço e outros momentos de celebração e encomendação do corpo, além dos
momentos pós sepultamento, que muitas vezes nem aconteciam na casa da família por falta das
pessoas para conduzir, pois nem todos tinham sequer o hábito de rezar diariamente o santo terço e
isso também dificultava esses momentos de oração na família do fiel defunto.
Quando falei no conselho sobre a necessidade e importância e implantação dessa tão valiosa
pastoral da esperança, todos ficaram muito contentes e acolheram com alegruia a sugestão
apresentada e logo no domingo seguinte fiz o repasse da reunião do conselho na santa missa, e
todos presentes aplaudiram com grande alegri a iniciativa e a decisão do conselho paroquial que
havia aprovado aprosta por unanimidade, sendo que imediatamente muitos se colocaram a inteira
disposição em fazer ponte da referida pastora e assim o convite também foi feito após a missa, onde
algumas pessoas se apresentaram com toda solicitude.
Reunimos dias após todos aqueles que se mostraram interessasdos se fazer parte desta
pastoral e já escolhemos uma coordenação para estudar e planejar suas ações dentro da comunidade
sede de Canaan.
Assim se iniciou com grande zelo e boa vontade a tão importante ação da pastoral da
esperança do nosso querido lugar.
No ano de 2007, dois anos após a pastoral da esperança em nossa paróquia, foi dado início aos
trabalhos de construção do templo da esperança ou capela da esperança. Isso porque em alguns
momentos celebrativos onde os corpos dos fieis defuntos eram levado a igreja matriz para serem
velados, pois muitas famílias não possuiam estruturas físicas em suas residências para acolher e
velar o corpo do seu ente querido. Assim eles viam pedir para ceder a estrutura da matriz para que
esse momento fosse realizado. Aqui posso testemunhar que não fou uma experiência positiva, pois
alguns familiares não sabiam se comportar dentro da igreja matriz onde é exposto o santíssimo
sacramento e celebrada a santa eucarisita e comas reservas eucaristicas guardadas no tabernáculo
(sacrário).
Muitas pessaos reclamavam da falta de respeito com a casa do senhor, pois muitos levavam
cigarros, bebidas, comidas para serem consumidas nas noites de velório, além dos gritos, discussões
que algumas vezes aconteceram nesses momentos inconvenientes para tal, além de outros.
Foi depois de alguns desses episódio desagradáveis, que foi pensado na construção de um
espaço apropriado especificamente voltado para velar os corpos e realizar as celebrações das
exéquias onde afamília e amigos das pessoas falecidas poderiam ficar mais avontade para prestar
homengens e honrarias, que a mesma merecia receber, onde também se cultuvasse o respeito e o
cuidade com esse tão importante espaço que foi denomindao templo da esperança – capla da
esperança.
Além desses episódios que acontecweram dentro da igreja matrz nos momentos de velórios,
outros fatores desagradaveis aconteciam constantemente, como, a sujeira do espaço com as cochias
de cigarro, copos e garrafas de bebidas deixadas e até quebradas, fortes odores, assim como cadeiras
quebradas, bancos desajustados, toalhas sujas, alta conta de luz, água derramada em alguns locais e
marcas de chinelas nas paredes, etc.
Gostaria de registrar aqui três episódios que foram decisivos para inciarmos imediatamente
essa construçao do templo da esperança – capela da esperança.
1. Um corpo que fou trrazido para a igreja depois de mais noite, já quase pela madrugada. A fmília
havia pedido para colocar o corpo na igreja durante o dia e devido a um grande atraso da funerária e
do IM e do transporte, devido a estrada, e um temporal, não foi possível chegar nem durante o dia,
nem a tarde, nem a nite. Por falta de uma comunicação eficaz, se pensou que o corpo iria direto para
a casa da família e não mais para a igreja durante o velório, mas tão somente na hora da issa de
corpo presente. Ocorreu que todos que estavam esperando na igreja, foram para suas casas jantar,
dormir e etc. Assim também o padre, as freiras, sacristão e secretários, todos conscientes que
naquela noite o corpo não viria mais para a igreja e se chegasse iria para a casa da família.
Porém muitos que estava aguardando ao longo do caminho acompanharam o cortejo com
suas motos e carros e foram diretamente para a igreja matriz sem passar pela casa da família.
Chegando na igreja as portas estavam fechadas e as luzes apagadas,,pois já era madrugada. Eis que
muitos que acompanhavam o cortejo do corpo se sentiram ofendidos e chateados, alguns pularam
por cima de uma abertura e abriram as portas e colocaram o corpo na igreja, mesmo sem pedir para
que alguém vinhesse abrir e ligar as luzes. Isso se deu em forma de protesto, pois alguns achavam
uma falta de respeito para com o defunto, porém não havia mais condições de ficar esperando até
depois da meia noite e ninguém conseguia telefonar e falar com os condutores e familiares, até
porque o meio de comunicação mais certo era o orelhão ou telefone público, e as liunhas de telefone
fixo que não funcionavam como se esperavam, ou seja, eram bastantes precários.
2. Episódio marcate foi a chagada de um corpo de uma senhora bastante conhecida e católica
fervorosa, que faleceu em pleno festejo do padroeiro São José e que a família queria a missa na
igreja matriz em um horário que estava marcada a missa solene de São José – 19 de março. Eles
trouxeram o corpo e entraram na igreja em plena lotação de fieis, e tivemos que aceitar a vontade da
família em deixar ali o corpo presente na missa solene do padroeiro, que não podia ser fúnebre mas
de grande festa e alegria com uma multidão de fieis que lotava completamente a igreja matriz na
hora da missa e teve que ser por um motivo interrompida para que o corpo pudesse entrar nos
braços de seus familiares.
3. Este episódio foi o definitivo para a decisão de construir imediatamente a capela da esperança
para a as celebrações e velório dos fieis defuntos das famílias de Canaan. Foi o fato de o corpo de
um irmão nosso conterrêneo dos filhos de Canaan, que estava sendo celebrada a encomendação e
que na ora das orações dentro da igreja matrz de São José, o corpo sofreu um forte estouro que veio
a derramar muitas sujeiras na hora da celebração tendo que ser interrompida imediatamente para
que se fizesse o sepultamento. Assim levaram o corpo para o cemitário sem encerrar aquele
momento de encomendação do corpo, e a Igreja ficou imunda em toda sua nave até a porta.
Principalmente por uma espécie de líquido amarelado e de muito odor, quase insuportável. Assim
demos início a esse tão sonhado processo de construção de um lugar apropriado para velar os entes
queridos de Canaan.
Queremos aqui agradecer a todos os bem feitores filhos de Canaan que ajudaram
financeiramente e com a mão-de-obra, assim também como apoio moral para que essa construção
da capela da esperança pudesse acontecer.
De modo especial as famílias mais simples que fizeram suas doações através das campanhas
nas diversas quadras juntos aos seus missionários que foram de porta em porta fazer o pedido
naquela campanha exitosa.
Quero ainda fazer justiça ao nosso arquiteto Roberto Milesi que fez o proejto arquitetônico e
nosso estimado irmão Sávio Cunha, engenheiro, filho de Canaan – filho da Dona Mariinha Abraão;
que fez o projeto estrutural e que acompanhou de perto a obra. Assim também quero agradecer o Sr.
Paulo Aninha que junto com seus filhos ficavam a frente da construção dia a dia nos trabalhos
braçais. Enfim, quero agradecer a todas as pessaos que oferecram diárias de seviços e outros que
levavam anches para os trabalhadores coluntários, além daqueles que deram ajuda para a compra od
material, como tijolos, cimentos, areia arisco, telha, madeira, portas, janelas, piso, material elétrico,
hidráulico etc.
Deus vos abençoe poderosamente.
Padre Cleonor, 13 de novembro de 2022.

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