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Rever e Aprender Mat em 1serie Aluno Rev10
Rever e Aprender Mat em 1serie Aluno Rev10
Ensino médio
MATEMÁTICA
MATETMÁTICA
1a SÉRIE
Direção Editorial
Tiago Braga
Organização
Antonio Nicolau Youssef
Colaboradores
Angel Honorato
Conceição Longo
Revisão
Ana Cristina Mendes Perfetti
Giovanna Petrólio
Miriam de Carvalho Abões
Victor Pugliese
Ilustrações
Dawidson França
Projeto Gráfico
Amplitude.PP
Diagramação
Fórmula Produções
Imagens
Adobe Stock
Shutterstock
Produção Executiva
Antonio Braga Filho
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Geometria ���������������������������� 19
Ângulo central e ângulo inscrito ���������������� 20
Videoaula ������������������������������������ 20
Ângulo central ����������������������������� 21
Ângulo inscrito ����������������������������� 21
ngulos formados por paralelas cortadas
Â
por uma transversal ������������������������� 22
Videoaula ������������������������������������ 22
Semelhança de triângulos ��������������������� 25
Videoaula ������������������������������������ 25
Casos de semelhança de triângulos �������������� 26
Teorema de Tales ���������������������������� 33
Videoaula ������������������������������������ 33
Triângulos retângulos ��������������������������� 37
Relações métricas no triângulo retângulo �������� 38
Teorema de Pitágoras ������������������������ 39
Videoaula ������������������������������������ 39
Aplicações dos casos de semelhança ������������ 42
Álgebra ������������������������������ 53
Produtos notáveis e fatoração ������������������ 54
Videoaula ������������������������������������ 54
Quadrado da soma �������������������������� 55
Quadrado da diferença ����������������������� 55
VIDEOAULA
Números irracionais
Números reais
Os números que não são racionais são denominados números irracionais, têm infinitas casas deci-
mais e não podem ser representados na forma de uma fração.
As diferentes características entre os racionais e os irracionais podem ser resumidas como no qua-
dro a seguir. Observe-o com atenção.
Uma conclusão extremamente importante que se tira é que os números irracionais nunca resul-
tam de uma divisão de números inteiros, pois não podem ser escritos como uma fração. Porém
os números irracionais aparecem em muitos cálculos matemáticos, como na operação de cálcu-
lo de uma raiz quadrada. Por exemplo, 2 e 3 são números irracionais. Veja suas dez primeiras
casas decimais:
2 5 1,4142135623...
3 5 1,7320508075...
Normalmente, quando os cálculos matemáticos permitem, utilizamos aproximações para números
irracionais originados por raízes quadradas não exatas.
Utilizando a calculadora ou métodos matemáticos mais sofisticados, podemos encontrar essas raí-
zes quadradas aproximadas. Mas é interessante que você saiba fazer estimativas para esses valores,
a partir de tentativas de aproximação. Observe, por exemplo, como podemos determinar um valor
aproximado para o irracional 2 :
Considerando os inteiros positivos 1 e 2, temos:
12 5 1
22 5 4
Esta primeira aproximação indica que o número que elevado ao quadrado dá 2 está entre 1 e 2.
Tentamos, então, 1,5:
1,52 5 2,25
Observe que excedemos o valor 2.
Tentamos, então, um décimo abaixo de 1,5:
1,42 5 1,96
Perceba que 2 se encontra entre 1,4 e 1,5.
Tentamos 1,45:
1,452 5 2,1025
10
0 5 0; 1 5 1; 4 5 2; 9 5 3; 16 5 4 etc.
Os números naturais que não são quadrados perfeitos têm como raízes quadradas números
irracionais. Veja alguns exemplos:
3 5 1,73205...
5 5 2,23606...
→ números irracionais
7 5 2,64575...
8 5 2,82842...
Existem também números não inteiros cujas raízes são decimais exatos. Observe:
10,24 5 3,2
2,89 5 1,7 → números racionais
26,01 5 5,1
O conjunto dos números reais R está formado por todos os números racionais e todos os números
irracionais.
Naturais N
Inteiros negativos
Conjunto dos números reais R Inteiros Z
Racionais Q Decimais exatos
Decimais periódicos
Irracionais I
11
significado das potências com expoentes racionais como, por exemplo, (3) 2 , (2) 3 , (281) 3 etc.
Dados a [ R, n [ Z* e m [ Z, define-se que:
3
2 a
b 5 bn
Em linguagem comum, toda potência de expoente racional n , com n Þ 0 e m e n inteiros, é igual à raiz
o
de índice n (denominador do expoente) da base elevada a m (numerador do expoente).
Dessa maneira, podemos escrever:
1
2 5 22
1
3
2 5 23
Não é muito prático trabalharmos com a radiciação exprimindo-a como potência de expoente racio-
nal. No entanto esta definição pode permitir que, em diversas situações, seja mais fácil fazer simpli-
ficações em expressões que envolvem a radiciação e que se obtenha um melhor entendimento das
principais propriedades da radiciação.
Antes de estudarmos detalhadamente suas propriedades, vamos rever o que estudamos sobre a
radiciação nas séries anteriores.
Já estudamos a raiz quadrada e sabemos que, sendo a > 0, a raiz quadrada de a é o número real não
negativo b, tal que b2 5 a. Sabemos também que, em R, não existe a raiz de número negativo.
Por exemplo:
• 64 5 8, pois 82 5 8 ? 8 5 64
• 264 não existe em R, pois não existe número real que, elevado ao quadrado, resulte em 264.
Estudamos também que a raiz cúbica de um número real a é um número real b tal que b3 5 a e que,
neste caso, não há restrições quanto ao radicando, que pode ser positivo, negativo ou nulo.
Por exemplo:
3
• 28 5 22, pois (22)3 5 (22) ? (22) ? (22) 5 28.
3
• 1 000 5 10, pois 103 5 10 ? 10 ? 10 5 1 000.
De forma geral, as radiciações de índices pares (raiz quadrada, raiz quarta, raiz sexta etc.) comportam-
se de forma semelhante à raiz quadrada, e as de índices ímpares (raiz cúbica, raiz quinta etc.), de
forma semelhante à raiz cúbica.
Observe os exemplos:
4
• 81 5 3, pois 34 5 3 ? 3 ? 3 ? 3 5 81
4
• 281 não existe em R, pois não existe número real que, elevado à quarta, resulte 281.
5
• 232 5 22, pois (22)5 5 (22) ? (22) ? (22) ? (22) ? (22) 5 232
5
• 32 5 2, porque 25 5 2 ? 2 ? 2 ? 2 ? 2 5 32.
6
• 21 não existe em R.
7
• 21 5 21, pois (21)7 5 (21) ? (21) ? (21) ? (21) ? (21) ? (21) ? (21) 5 21
12
Atividades
1. Indique se são verdadeiras ou falsas as afirmações.
a) Há números inteiros que não são racionais.
b) Todos os números decimais podem ser escritos na forma de fração.
c) Todos os números racionais podem ser escritos mediante frações.
d) Todos os números reais são racionais.
e) Um número real é racional ou irracional.
f) Se um número real é expresso por uma fração, se o numerador é múltiplo do denominador, ele é
um número inteiro.
2. Fazendo tentativas, calcule, com aproximação de duas casas decimais, as raízes quadradas a
seguir, utilizando a calculadora para os cálculos intermediários e registrando essas operações.
a) 7 c) 55
b) 429 d) 635
3. Quais dos seguintes números são racionais e quais são irracionais?
a) 25 c) 30
b) 36 d) 189
13
0, 1, 4, 9, 16, 25, 36, 49, 64, 81, 100, 121, 144, 169, 196
14
b) 4 81
10 000
c) 5 1
2
243
d) 6 729
64
12. Verifique se:
3
a) 90 é maior, menor ou igual a 9. b) 100 é maior, menor ou igual a 5.
15. Uma loja está oferecendo 5% de desconto para pagamento à vista na compra de um
automóvel que custa R$ 34 700,00. Quanto uma pessoa pagará por esse carro à vista?
16. Um funcionário recebeu um reajuste salarial de 7,5%. Quanto passará a receber se o salário
atual é de R$ 1 200,00?
15
18. Uma vendedora recebe 9% de comissão nas vendas realizadas. Qual foi a sua comissão em
uma venda de R$ 3 000,00?
19. Um corretor recebeu R$ 2 800,00 pela venda de duas casas, dos quais 5% referem-se à taxa
de comissão. Qual o valor de venda das propriedades?
20. Juca devia R$ 200,00 a Rodrigo e pagou apenas R$ 74,00. Quantos por cento da dívida foram
pagos?
21. Em uma liquidação, uma camisa que custava R$ 30,00 foi vendida com 15% de abatimento.
Quanto passou a custar a camisa?
16
23. Marcelo passou a ganhar R$ 5 500,00 porque teve um reajuste salarial de 10%. Quanto era
seu salário antes do reajuste?
24. O aumento das mensalidades escolares foi de 12%. Se em uma escola essa mensalidade
passou a ser de R$ 425,60, qual era o valor anterior? Qual foi o índice ou fator de atualização
das mensalidades?
25. Celso prestou serviço para uma empresa no valor de R$ 800,00. Quanto recebeu se foram
descontados 5% referentes ao Imposto Sobre Serviços (ISS) tributado pelo município?
26. Ana ganha mensalmente R$ 1 200,00. Em cada mês, seu salário é descontado em média 10%,
a título de previdência social e imposto sobre a renda. Qual é o valor descontado mensalmente?
27. Certo produto custava, em determinado mês, R$ 500,00, mas foi reajustado (aumentado)
em 6%. No mês seguinte, em uma campanha de vendas, ele foi oferecido com um desconto de
6% sobre o preço reajustado. Responda:
a) Qual o valor do reajuste?
3
28. Dados n 5 3 e m 5 2 , classifique as afirmações em verdadeiras ou falsas.
a) n 1 m é racional. c) m2 é irracional.
b) n ? m é irracional. d) m3 é irracional.
17
19
VIDEOAULA
Ângulo central e ângulo inscrito
20
Ângulo central
Chamamos de ângulo central a todo ângulo que tem vértice no centro da circunferência. Observe
na figura o ângulo central AOC.
A C
Ângulo inscrito
A um ângulo central AOC corresponde sempre um ângulo inscrito ABC, com vértice B pertencente
à circunferência.
B
A C
A medida do ângulo inscrito em uma circunferência será sempre igual à metade da medida do ângulo
central correspondente.
med (ABC) 5 med (AOC)
2
Observe a seguir alguns exemplos das relações entre um ângulo inscrito e o correspondente ângulo
central.
B
B B
110°
C 52°
A O C A 29°
O O
58°
220° 104°
A C
P2
Uma consequência bastante importante P1 P3 P
21
VIDEOAULA
Ângulos formados por paralelas
cortadas por uma transversal
22
Considere duas retas paralelas cortadas por uma reta transversal, com os ângulos definidos a seguir:
d̂
r
b̂
ĉ ê
ĥ
s
fˆ r//s
ĝ
t
Nesse caso, os ângulos correspondentes têm medidas iguais, os alternos têm medidas iguais e os
colaterais são suplementares.
Atividades
1. Nas figuras a seguir, determine o valor de x e y:
a) S
74°
R T
b)
M
O
y
N P
44°
23
a) A
x+9 2x – 3
A B
O
b) M
x
N
O
28°
c) R
3x
2x + 15 S
120°
r
s
â b̂
24
VIDEOAULA
Semelhança de triângulos
25
2 cm 60° 2 cm
4 cm 4 cm
Q 120° 120° N
2 cm 60° 2 cm
D 4 cm C P
AB BC CD DA 4
5 5 5 5 52
MN NP PQ QM 2
Porém os ângulos internos do quadrado são todos iguais a 90°, enquanto os do losango são iguais
a 60°, 60°, 120° e 120°. Essa diferença entre os ângulos internos correspondentes é suficiente para
que os dois polígonos não sejam semelhantes.
No caso de dois triângulos, essa dupla condição (lados proporcionais e ângulos internos congruentes)
não é necessária. Se uma ocorrer, a outra também ocorrerá, devido à característica de rigidez, que se
observa nos triângulos e que os demais polígonos não possuem.
Assim, podemos dizer que os triângulos têm as seguintes propriedades:
a) Se dois triângulos têm lados correspondentes proporcionais, então seus ângulos internos corres-
pondentes são congruentes;
b) Se dois triângulos têm ângulos correspondentes congruentes, então seus lados correspondentes
serão proporcionais.
5 10
3 6
B 4 C
E 8 F
26
5 10
3 6
B 4 C
E 8 F
2° caso
Este caso é denominado AA (ângulo – ângulo) e fundamenta-se no fato de que, se dois triângulos
têm dois pares de ângulos correspondentes congruentes, terão os três ângulos correspondentes
congruentes. Como vimos, se isto ocorrer, eles terão lados correspondentes proporcionais. Assim,
concluímos que bastam dois ângulos congruentes para que dois triângulos sejam semelhantes.
Observe, como exemplo, os triângulos ABC e DEF:
A
60º
D
60º
B C E F
D
8
62° 62°
B E
3 F
6 C
27
62°
B E
F C
Atividades
5. Os pares de triângulos a seguir são semelhantes. Identifique o caso de semelhança (LLL, AA
ou LAL) em cada um dos casos.
9
a) A
c) A C
D
D 3 F
3 3 1 1
15 5
E F
1
E
B C
3
b) A B d) A
C B C
E D D E
28
9
15
B C
1,8 D x
b) A
e) A
y
15 x+6
12 E
5
x
D E B
x 4 D 12 C
10 y
B
C
12
c) 9 C f) A
D
12
F 9 E
5 7
5
x
6 B
B C
D 4
D y y
29
y E
D E
15 1
y 6 D C
x
B 8
B C
20
A A
b) e)
2 x
x 9
M N
1,5
7,5
D E
2 3 5
y
B C
y
B C
4,5
c) C
N 12
y x
4
B
A 3 M 6
B C
E
30
E D
B C
8
y
x
4 4 4
M 2x N
15
B C
P
20
h
Dawidson França
5m
2,5 m 12 m
31
Prédio
Dawidson França
B
D C
8,4 m
33,6 m
14. Determine a distância AB entre os dois prédios, sabendo que o observador está a 120 metros
do ponto A, 140 metros do ponto B e, respectivamente, a 6 metros e 7 metros de F e E, que
distam entre si 4 metros.
Dawidson França
A B
F E
15. Para medir a distância AB entre as duas margens de um rio, quatro pessoas se posicionaram
nos pontos B, C, D e E e mediram as distâncias entre elas, indicadas na figura. Determine a dis-
tância AB.
A
Dawidson França
3m C
D
B 1m
1,8 m
32
VIDEOAULA
Teorema de Tales
33
A D
3 cm 7 cm
B 6 cm C
N 14 cm Q
A D
r
B E
s
F
t
C
Note que a reta p intercepta as paralelas r, s e t nos pontos A, B e C e que a reta q intercepta as
paralelas r, s e t nos pontos D, E e F. Dessa forma, o feixe de retas paralelas (r, s e t) determina os
segmentos AB, BC e AC na transversal p, e os segmentos DE, EF e DF na transversal q.
O teorema de Tales afirma que um feixe de paralelas cortado por transversais determina nessa última
segmentos de retas proporcionais. Assim, podemos estabelecer as seguintes ordens de segmentos
proporcionais:
AB DE AB DE AC DF
5 e 5 e 5
BC EF AC DF BC EF
Por comodidade, a partir deste ponto deixaremos de representar a unidade de medida dos
segmentos e consideraremos que há uma informação contrária, ou seja, todos os segmentos têm a
mesma unidade de medida. Observe as proporcionalidades nos exemplos a seguir:
p q
r
a) r//s//t b) m//n//s
3 4
s 3 4 3 4 3 2 3 2
5 e 5 5 e 5
3 4 3 4 6 8 6 4 9 6
t
34
a) AB 5 4 cm, CD 5 6 cm, EF 5 6 cm e GH 5 9 cm
c) AB 5 18 cm, CD 5 9 cm, EF 5 4 cm e GH 5 8 cm
17. No triângulo a seguir, os segmentos AB, BD, AC e CE são, nessa ordem, proporcionais.
Calcule a medida do lado AD.
A
2 cm 1 cm
B C
1,5 cm
D E
a) a c) a e) 9
2 10 8
b 2 x
3 x
4 x b 4
a
4 8
c c 2
b 3
b) d) f) 42 14
a x
8
10 5
b
x 1,2 6
2
c x +14 x
a b c
a b c
35
6 F
3
G
9
H
r s t u
Responda:
20. Construa a figura e resolva o seguinte problema: dois segmentos adjacentes, de 7 cm e 3 cm,
são determinados por um feixe de três paralelas sobre uma das transversais que intercepta as
retas desse feixe. Em outra transversal, não paralela à primeira, o menor segmento determina-
do pelo feixe mede 4 cm. Qual a medida do outro segmento determinado nessa transversal?
36
7
6
E F
B 4 C
Triângulos retângulos
Já sabemos que todo triângulo que tem um ângulo reto é denominado triângulo retângulo. O
estudo dos triângulos retângulos e das relações existentes entre suas medidas e seus ângulos é
fundamental para os cálculos geométricos envolvidos em projetos e problemas das mais diversas
áreas do conhecimento.
O triângulo ABC da figura é retângulo em A, e seus elementos são:
A
c h b
m n
B C
H
a
a: hipotenusa
b e c: catetos
h: altura relativa à hipotenusa
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipotenusa
37
a b
c h b
b a
B C
m H n
a
Os triângulos ABH e AHC, determinados quando traçamos a altura h do triângulo ABC, também
são retângulos. Observe que os ângulos internos correspondentes desses dois triângulos são iguais,
o que faz com que eles sejam semelhantes. Pela mesma razão, esses dois triângulos são também
semelhantes ao triângulo ABC.
Vamos isolar os triângulos para visualizar melhor as semelhanças e, a partir delas, estabelecer as
relações métricas existentes. Confira as posições dos ângulos nos triângulos ABC, ABH e AHC. Eles
determinam, respectivamente, os catetos e as hipotenusas dos triângulos.
A A A
a b
c b c h h b
b a b a
B C B C
m H H n
a
b2 5 a ? n e c2 5 a ? m
b) O produto dos catetos é igual ao produto da hipotenusa pela altura relativa à hipotenusa.
b?c5a?h
c) O quadrado da altura é igual ao produto das projeções dos catetos sobre a hipotenusa.
h25 m ? n
38
VIDEOAULA
Teorema de Pitágoras
39
c b
B C
m H n
a
A partir das relações métricas que determinamos para o triângulo retângulo, e considerando
a 5 m 1 n, temos:
b2 5 a ? n
→ b2 1 c2 5 a ? n 1 a ? m → b2 1 c2 5 a ? (m 1 n) → b2 1 c2 5 a2
c2 5 a ? m
O enunciado do teorema de Pitágoras fica, então, da seguinte forma:
Em um triângulo retângulo, o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos.
Para o triângulo retângulo ABC, de hipotenusa a e catetos b e c, temos:
a2 5 b2 1 c2
b2
b c2
c
a2
Veja, por exemplo, o que ocorre com um triângulo retângulo de hipotenusa 5 e catetos 3 e 4. Perceba
a equivalência entre as áreas do quadrado de lado 5 e a soma das áreas dos quadrados de lados 4 e 3.
4 3
5
25 = 16 + 9
40
b=8
c=6 h
m n
B C
H
a
a2 5 b2 1 c2 ⇒ a2 5 82 1 62 ⇒ a 5 10
c2 5 a ? m ⇒ 62 5 10 ? m ⇒ m 5 3,6
b2 5 a ? n ⇒ 82 5 10 ? n ⇒ n 5 6,4
b ? c 5 a ? h ⇒ 8 ? 6 5 10 ? h ⇒ h 5 4,8
ℓ
h
B M C
ℓ/2
2 <2 5 h2 1 <
2
AMC é triângulo retângulo
3
<2 5 h2 1 < ⇒ h2 5 3< → h 5 <
2
4 4 2
c) Na figura, AB é o diâmetro da semicircunferência e PQ 5 2 6 é perpendicular a este diâmetro.
Observe como calculamos as medidas de AP e PB.
Q
A B
O P
41
2√6
10 – x x
A B
O P
10
5 10
3 6
B 4 C
E 8 F
5 10
3 6
B 4 C
E 8 F
42
60º
D
60º
B C E F
D
8
B 6 C E 3 F
43
12 13
d
5
y
A x B
B C
A A
b) d)
24 10
b x
c h
B C
O
m n
B C
5
8
x √3 5
B x
B C x
R M P
C
4
44
a) z
y
2 x
b)
10
8
x
c)
2x
4√3
d)
z x
y
15
e)
2 2√3
x
x
4
45
d ℓ
C D
ℓ
8 2
28. Calcule o lado de um quadrado cuja diagonal mede .
3
29. Determine a medida da projeção do maior cateto sobre a hipotenusa de um triângulo retân-
gulo de catetos que medem 60 cm e 80 cm.
30. Um losango tem perímetro de 80 cm e uma das diagonais medindo 32 cm. Determine a me-
dida da outra diagonal.
32 cm
31. A soma das medidas da altura e de um dos lados de um triângulo equilátero é igual a
(2 1 3 ) m. Determine as medidas da altura e lado.
ℓ
h
ℓ
2
46
8c
m
C B
30º
A B
D
45º 60º
C A
D
47
37. A espiral da figura é obtida a partir do triângulo retângulo isósceles ABO cujos catetos
medem 1. Os demais triângulos também são retângulos e têm um cateto de medida 1 e vértice
em O. Determine as hipotenusas dos triângulos que compõem a espiral e verifique por que razão
esta figura é chamada de “espiral de raízes quadradas”.
1 1
1
1
c B
b
d a
1
1 e
O 1 A
f
1
g
h
1
i m
j k l
1
1 1
1
P
4
2 5
C Q 3 B
C
A B
48
Dawidson França
2m
2m
40. Determine a altura de uma pessoa, distante 5,3 m de uma árvore de 4,8 m de altura, sabendo
que sua sombra mede 2 m.
4,8 m
Dawidson França
2m
5,3 m
49
Dawidson França
1m 28,5 m
1,5 m
45 40
D E
55 46 50
B 64 F C
D
O
50
y
x
D D
6 E
51
53
VIDEOAULA
Produtos notáveis e fatoração
54
Quadrado da soma
Note o que ocorre quando elevamos uma soma (a 1 b) ao quadrado:
ab
ba
(a 1 b)2 5 (a 1 b) ? (a 1 b) 5 a2 1 ab 1 ba 1 b2 5 a2 5 a2 1 2ab 1 b2
a2
b2
(a 1 b)2 5 a2 1 2ab 1 b2
↑ ↑ ↑
quadrado duas vezes quadrado
1 1
do 1° termo o 1° pelo 2° do 2° termo
Quadrado da diferença
Fazemos o mesmo que fizemos com o quadrado da soma, pois (a 2 b)2 pode ser entendido como
[a 1 (2b)]2. Observe que os termos elevados ao quadrado não se alteram e que o duplo produto fica
negativo:
2ab
2ba
(a 1 b)2 5 (a 2 b) ? (a 2 b) 5 a2 2 ab 2 ba 1 b2 5 a2 2 2ab 1 b2
a2
b2
55
2 3 2 2 3 3 4 9
(a 1 b) ? (a 2 b) 5 a2 2ab 2 ba 1 b2 5 a2 2 b2
a2
b2 quadrado quadrado
2
do 1° termo do 2° termo
Assim, o produto da soma pela diferença será igual à diferença entre os quadrados dos termos. Veja
alguns exemplos:
a) (z 1 3)(z 2 3) 5 z2 − 9
b) (3a3 12)(3a32 2) 5 (3a3)2 2 4 5 3a6 − 4
Chamamos de trinômio quadrado perfeito ao quadrado de uma expressão do tipo (mx 1 n). Assim
(mx 1 n)2 5 m2x2 1 2mnx 1 n2 é a expressão de um quadrado perfeito, em que m e n são números
reais diferentes de zero.
Observe alguns exemplos:
a) x2 1 8x 1 16 5 (x 1 4)2
b) 9x2 2 6x 1 1 5 (3x 2 1)2
c) x2 2 2x 1 2 5 (x 1 2 )2
A resolução de equações de 2° grau que apresentam quadrados perfeitos é extremamente simples.
Veja o exemplo:
x2 1 6x 1 9 5 16
(x 1 3)2 5 16 → x 1 3 5 6 16 → x 1 3 5 64
Para x 1 3 5 4 → x 5 1
Para x 1 3 5 2 4 → x 5 2 7
Logo, S 5 {27, 1}
56
a1b54
ab 5 3
A partir de processos de fatoração, podemos resolver, quando possível, uma equação de 2° grau sem lan-
çar mão da fórmula de Bhaskara.
Observe a resolução da equação x2 2 x 2 20 5 0, usando a fatoração.
Para fatorar o trinômio x2 2 x 2 20, precisamos de dois números cuja soma seja 21 e cujo produto
seja 20. Os números que satisfazem essas duas condições são 25 e 4, e o trinômio pode ser fatora-
do como (x 2 5) (x 1 4).
Agora podemos resolver a equação x2 2 x 2 20 5 0, pois:
x2 2 x 2 20 5 0 (x 2 5) (x 1 4) 5 0
(x 2 5) 5 0 ⇒ x 5 5
Temos novamente duas hipóteses: (x 2 5) (x 1 4) 5 0 ou
(x 1 4) 5 0 ⇒ x 5 24
Portanto as raízes dessa equação são x 5 5 e x 5 24 ou S 5 {5, 24}.
É importante salientar que esse tipo de resolução, que se baseia nos coeficientes do trinômio de
2° grau, só é recomendável quando conseguimos encontrar os números que nos permitem fatorar por
cálculo mental. Caso seja muito demorada essa pesquisa, devemos aplicar a fórmula de Bhaskara.
57
D b2 2 4ac
D 5 0 → x 5 2b 6 ou x 5 2b 6
2a 2a
Observe os exemplos.
a) x2 2 5x 1 6 5 0
a 5 1, b 5 25 e c 5 6
D 5 b2 2 4ac 5 (25)2 2 4 ? 1 ? 6 5 25 2 24
D51
Como D . 0, a equação tem duas soluções:
511
53
2b 6 D 2(25) 6 1 561 2
x5 5 5 ou
2a 2?1 2
521
52
2
Portanto as raízes da equação são x 5 3 e x 5 2.
b) 3x2 1 30 5 0.
3x2 1 30 5 0 → 3x2 5 230 → x2 5 210
Como não existe nenhum número real que, elevado ao quadrado, resulte 210, a equação não tem
solução. Portanto S 5 [.
58
7 7
Portanto as raízes da equação são x 5 0 e x 5 ou S 5 0; .
3 3
Atividades
1. Resolva as seguintes equações utilizando a fórmula de Bhaskara.
a) 2x2 1 7x 1 5 5 0
b) x2 1 5x 2 14 5 0
c) x2 2 6x 1 9 5 0
d) 2x2 1 8x 1 9 5 0
e) 2x2 1 3x 1 11 5 0
f) 25x2 2 10x 1 1 5 0
2. Um canteiro retangular tem 4 m de comprimento e 3 m de largura. Ao seu redor, externa-
mente, será feito um passeio de largura x. Há material para cimentar uma área de 30 m2. Para se
utilizar todo esse material, qual deve ser a largura x desse passeio?
4 cm
3 cm x
x
59
a) 2x2 2 1 2x2 2 1
5 5
2 2
b) 3m2n 2 n
2
8. Descubra o que deve substituir = em cada igualdade a seguir.
a) (a 1 2)2 5 a2 1 = 1 4
b) m2 2 = 5 m 1 1 m 2 1
3 3
c) a2 2 = 5 (a 1 4)(a 2 4)
d) y2 2 12y 1 = 5 (y 2 6)2
e) (3a 2 2)2 5 = 2 12a 1 4
9. Substitua cada polinômio por um produto.
a) a2 2 256 5
b) x2 2 x 1 1 5
4
c) 4x2 1 x 1 1 5
2 16
d) x2 2 y8 5
10. A seguir, cada trinômio é o quadrado de uma expressão, representada por . Qual é essa
expressão?
a) x2 1 8x 1 16 5 ( )2
b) x2 2 10x 1 25 5 ( )2
c) 4x2 1 12x 1 9 5 ( )2
d) 16x2 2 8x 1 1 5 ( )2
60
x 2 5x 1 6
61
f
A B
1 1
2 2
3 3
4 4
f
A B
–1 1
2
0
3
1
4
A f B
0 0
1
1 2
3
2 4
6 5
3
f B
Im
A
1
–1
2 3
1
–2 5
4
2
D 5 {22, 21, 1, 2}
CD 5 {1, 2, 3, 4, 5}
Im 5 {1, 2}
62
G 5 {(x, y) [ A × B | y 5 f(x)}
Para construir gráficos de funções definidas por leis y 5 f(x), montamos uma tabela a partir de alguns
valores x do domínio, obtendo y através da fórmula da função. A cada par (x, y) associamos um ponto
no plano cartesiano. O conjunto de todos os pontos (x, y) será o gráfico de f(x). O domínio será repre-
sentado no eixo x, também chamado de eixo das abscissas, e o contradomínio, no eixo y, chamado de
eixo das ordenadas.
Acompanhe atentamente os exemplos a seguir:
a) Dados os conjuntos A 5 {0, 1, 2}, B 5 {0, 1, 2, 3, 4, 5} e a função f: A → B definida pela lei
f 5 {(x, y) [ A × B | y 5 2x 1 1}, vamos obter os pares ordenados de f, o domínio, o conjunto imagem
e representar a função na forma de diagrama e no plano cartesiano. Iniciamos pela construção da
tabela que relaciona x e y 5 2x 1 1:
x[A y [ B e y 5 2x 1 1
0 y52?01151
1 y52?11153
2 y52?21155
Observe na tabela que os pares ordenados de f são (0, 1); (1, 3) e (2, 5)
Como o domínio é formado pelos primeiros elementos dos pares, e a imagem pelos segundos ele-
mentos, teremos:
D 5 {0, 1, 2} e Im 5 {1, 3, 5}.
Conhecendo-se os pares ordenados, podemos representar a função em um diagrama e também no
plano cartesiano.
f
A B
1 0
1
0 3
2
4
2
5
0 1 2 x
63
c) Neste exemplo, vamos obter o valor da variável x, conhecendo-se sua imagem. Seja a função f:
R → R definida pela lei f(x) 5 3x 14. Qual o valor de x cuja imagem é zero?
Para encontrar o elemento do domínio que tem imagem igual a zero, igualamos a função a zero.
f(x) 5 0
3x 1 4 5 0 → 3x 5 24
4
x 5 23
4 4
Logo para x 5 2 , temos f 2 5 0.
3 3
Você consegue perceber que, nesse caso, resolvemos uma equação? Por essa razão, quando temos
um elemento do domínio cuja imagem é zero, ele é chamado de raiz da função, pois, para encontrá-
lo, resolvemos a equação f(x) 5 0.
d) Considere a função f: A → B, em que A 5 {22, 21, 1, 2}, B 5 {21, 0, 1, 2, 3, 4} e f(x) 5 x 1 1. Vamos
construir seu gráfico.
Inicialmente organizamos uma tabela em que substituímos x por 22, 21, 1 e 2, efetuamos o cálculo
e obtemos y 5 f(x):
x f(x) 5 x 1 1 X f(x)
22 22 1 1 5 21 22 21
21 21 1 1 5 0 ⇒ 21 0
1 11152 1 2
2 21153 2 3
3
2
1
–2 –1 0 1 2 x
–1
64
x f(x) 5 x 1 1 X f(x)
22 22 ? (22) 1 1 5 5 22 5
21 22 ? (21) 1 1 5 3 21 3
⇒
0 22 ? 0 1 1 5 1 0 1
1 22 ? 1 1 1 5 21 1 21
2 22 ? 2 1 1 5 23 2 23
5
4
3
2
1
1 2
–2 –1 0 x
–1
–2
–3
A tabela mostra que os pontos (22, 5), (21, 3), (0, 1), (1, 21) e (2, 23) que pertencem ao gráfico são
alinhados, isto é, pertencem todos a uma mesma reta. Como a função é de variável real, podemos
traçar a reta que passa pelos pontos.
y
5
4
2
1
1 2
–2 –1 0 x
–1
–2
–3
É possível demonstrar que esses pontos estão na mesma reta, isto é, que o gráfico dessa função é
uma reta. Veremos mais adiante que isso sempre irá ocorrer para funções de variáveis reais do tipo
y 5 f(x) 5 ax 1b.
65
VIDEOAULA
Determinação do domínio de uma função
66
O domínio de uma função de variável real pode ser determinado verificando-se quais são os valores
que a variável real pode assumir na fórmula da função. Por essa razão, o domínio de uma função
é também chamado domínio de validade ou de existência da função. Observe nos exemplos como
podemos determinar o domínio de uma função.
a) f(x) 5 2x 1 1
Nesse caso, qualquer x [ R pode ser operado por f(x) 5 2x 1 1, existindo, assim, uma imagem
correspondente.
Logo D 5 R.
1
b) f(x) 5
x22
1
Em f(x) 5 , o domínio da função é obtido impondo-se a condição de existência da fração, ou
x22
seja, o denominador deve ser diferente de zero. Assim:
x 2 2 Þ 0, portanto x Þ 2
Logo D 5 {x [ R | x Þ 2}
c) f(x) 5 x 1 1
O domínio de f(x) 5 x 1 1 é obtido impondo-se a condição de existência do radical, ou seja, o
radicando deve ser maior que zero ou igual a zero. Podemos, então, escrever:
x 1 1 > 0, portanto x > 21
Logo D 5 {x [ R | x > 21}
Também é possível determinar o domínio e a imagem de uma função a partir de seu gráfico. Observe
o exemplos.
Considere uma função que tem o seguinte gráfico:
y
4
–5 0 6 x
–1
Para obtermos o domínio e a imagem a partir do gráfico, projeta-se a curva nos eixos Ox e Oy,
respectivamente.
y
4
lm
–5 0 6 x
–1
O domínio será dado pela projeção no eixo Ox, e a Imagem pela projeção no eixo Oy:
D 5 {x [ R | 25 < x < 6}
Im 5 {y [ R | 21 < y < 4}
67
x1 x2 O x3 x
f(x1) 5 0
f(x2) 5 0 ⇒ x1, x2 e x3 são os zeros da função ou as raízes da equação f(x) 5 0.
f(x3) 5 0
Para calcular os zeros ou raízes, deve-se igualar a função a zero e resolver a equação obtida. Veja
outros exemplos de obtenção dos zeros de uma função:
a) f(x) 5 2x 1 4
2x 1 4 5 0 ⇒ x 5 22
b) f(x) 5 x2 2 3x 1 2
x2 2 3x 1 2 5 0
Calculamos inicialmente D 5 b2 2 4ac. Assim, temos:
x2 2 3x 1 2 5 0
D 5 b2 2 4ac 5 (23)2 2 4 ? 1 ? 2 5 9 2 8 5 1
68
+ +
x1 x2 O x3 x
– –
Para os valores x do domínio, menores do que x1 ou entre x2 e x3, a imagem assume valores negativos,
pois o gráfico está abaixo do eixo Ox. Assim, podemos escrever:
x , x1 ou x2 , x , x3 ⇒ y , 0
Para os valores x do domínio, entre x1 e x2 ou maiores do que x3, a imagem assume valores positivos,
pois o gráfico está acima do eixo Ox. Então, escrevemos:
x1, x , x2 ou x . x3 ⇒ y . 0
E, como vimos há pouco, os valores x1, x2 e x3 do domínio, onde o gráfico “corta” o eixo Ox, são os
zeros ou raízes da função.
x 5 x1 ou x 5 x2 ou x 5 x3 ⇒ y 5 0
Observe, por exemplo, o gráfico da função y 5 f(x) a seguir. Vamos, a partir dele, fazer o estudo do
sinal:
y
0 2 7 x
Primeiramente notamos que os zeros da função são 2 e 7. Depois, localizamos os pontos do gráfico
que estão acima ou abaixo do eixo x.
y y
0 2 7 x 0 2 7 x
y<0
Observe que as raízes são 2 e 7 e que, para x menor que 2 ou para x maior que 7, temos y acima do
eixo das abscissas, e que, para x entre 2 e 7, y está abaixo do eixo das abscissas. Podemos, então,
escrever:
x , 2 ou x . 7 ⇒ y . 0
x 5 2 ou x 5 7 ⇒ y 5 0
2,x,7⇒y,0
69
f(x2)
f(x1)
0 x1 x2 x
Uma função y 5 f(x) será decrescente em um intervalo contido no domínio D se, para quaisquer x1 e
x2 desse intervalo, ocorrer:
x2 . x1 ⇒ f(x2) , f(x1)
Veja o gráfico de uma função decrescente, pois, para x2 . x1, temos f(x2) , f(x1).
y
f(x1)
f(x2)
0 x1 x2 x
Uma mesma função pode ser crescente em um intervalo do domínio e decrescente em outro
intervalo. Pode também ser uma função constante, caso, em um intervalo, não haja nem crescimento
nem decrescimento. Veja, por exemplo, a análise dos intervalos de crescimento ou decrescimento
da função representada pelo gráfico a seguir.
y
–3 3 112
0 1 8 x
23 < x < 1
• f é crescente para 11
<x<8
2
• f é decrescente para 1 < x < 3
11
• No intervalo de 3 a , a função não cresce nem decresce. Por essa razão, f é constante para
2
11
3<x< .
2
70
22. Sabendo que f: R → R é definida por f(x) 5 2x 2 8, determine quais elementos do domínio
têm as seguintes imagens:
a) 22 2
b)
5
71
b) f(x) 5 x 2 2 1
d) f(x) 5 2x 1
2
24. Um pesquisador descobriu que a população de peixes de um lago f(x) variava em função
dos x meses do ano, segundo a lei f(x) 5 210x2 1 100x 1 p, em que p representa a população
dos peixes no início do ano.
a) Se em janeiro de 2011 a população inicial de peixes era p 5 2 000, qual seria a população do lago
em abril (x 5 4) e junho (x 5 6) desse ano?
25. Determine o domínio de cada uma das seguintes funções de variáveis reais:
a) f(x) 5 x2 2 3x 1 2 1
d) f(x) 5
x23
3
b) f(x) 5 x e) f(x) 5 2x 2 7
1
c) f(x) 5 x
x f) f(x) 5
42x
72
–7 6
–5/2 0 x
–5/2
–4
y
b)
4
–2 2
0 x
y
c)
O x
73
5/2
0 1 4 x
–9/4
b) y
0 1 x
y
c)
–1 0 1 5 x
d) y
0 2 x
31. Faça o estudo do sinal de cada função representada nos gráficos a seguir.
a) y
0 2 x
b) y
–5 7/2
–5/2 0 2 9/2 x
74
–1 0 1 5 x
d) y
O x
e) y
O x
y
f)
0 1 x
32. Faça o gráfico das funções e verifique se elas são crescentes, decrescentes ou constantes.
a) f(x) 5 2x 2 1 b) f(x) 5 22x 1 3
33. Faça o gráfico das funções e verifique se elas são crescentes, decrescentes ou constantes.
a) f(x) 5 x2 b) f(x) 5 5
75
77
VIDEOAULA
Prefixos de unidades de medida
78
Algumas áreas do conhecimento lidam com comprimentos muito pequenos e precisam utilizar pre-
fixos do metro, como o micrômetro e o nanômetro.
O prefixo micro indica 1026 cujo símbolo é m (letra grega “mi”), portanto o micrômetro é uma uni-
dade de medida que equivale a 1026 do metro e é representado por mm:
1 mm 5 1026 m
Ou:
1
1 mm 5 m
1 000 000
O nanômetro seria 10-9 m, ainda menor que o micrômetro.
Por sua vez, outras áreas do conhecimento lidam com valores muito grandes, como as distâncias
entre planetas e as interestelares.
A distância de 40 000 000 000 000 000 metros entre o Sol e a estrela mais próxima do Sistema Solar,
a Próxima Centauri, que equivale a 40 ? 1015 m, pode ser escrita utilizando-se prefixo: 40 pm.
No cotidiano, utilizamos várias unidades de medida já com prefixos, como as de comprimento: qui-
lômetro (km), centímetro (cm) e milímetro (mm). A tabela a seguir contém os principais prefixos uti-
lizados para medidas de grandezas muito pequenas ou muito grandes:
Prefixo Potência de
Valor decimal
Nome Símbolo base 10
iocto y 10−24 0,000 000 000 000 000 000 000 001
zepto z 10−21 0,000 000 000 000 000 000 001
atto a 10−18 0,000 000 000 000 000 001
femto f 10−15
0,000 000 000 000 001
pico p 10−12
0,000 000 000 001
nano n 10−9 0,000 000 001
micro m 10 −6
0,000 001
mili m 10 −3
0,001
centi c 10−2 0,01
deci d 10 −1
0,1
10 0
1
deca da 101 10
hecto h 10 2
100
quilo k 10 3
1 000
mega M 106 1 000 000
giga G 10 9
1 000 000 000
tera T 10 12
1 000 000 000 000
peta P 1015 1 000 000 000 000 000
exa E 10 18
1 000 000 000 000 000 000
zeta Z 10 21
1 000 000 000 000 000 000 000
iota Y 10 24
1 000 000 000 000 000 000 000 000
79
α
B C
A ℘ D
F E
Chamamos de prisma o sólido determinado pela reunião de todos os segmentos paralelos a r, com
extremidades no polígono P e no plano b.
r
α
B C
A ℘ D
F E
β
B’ C’
A’ ℘’ D’
F’ E’
Observe que em b fica determinado um polígono P’, congruente a P. Os dois polígonos são
denominados bases e seus lados, arestas das bases.
A distância entre as bases recebe o nome de altura do prisma e será igual a uma aresta lateral quando
esta for perpendicular à base.
Base
Superior
Aresta Face
Lateral Lateral
Altura
Base Aresta
Inferior da Base
80
Altura
81
Todo paralelepípedo reto cuja base é um retângulo chama-se paralelepípedo retângulo ou reto-
retângulo.
Cubo
Cubo é todo paralelepípedo retângulo com seis faces quadradas. Isto é, todas as arestas do cubo são
congruentes.
Si 5 n ? (área de um retângulo)
em que n é o número de arestas da base.
Sl 5 5 ? (área de um retângulo)
Calcula-se a área total de um prisma somando-se a área lateral (Sl) com as áreas das bases (Sb).
St 5 2 ? S b 1 S l
82
c c
a a
b b b b b b
Para obter seu volume devemos observar que ele é proporcional a cada um de suas dimensões. Isto
quer dizer que se mantivermos, por exemplo, constantes o comprimento a e a altura c e se multipli-
carmos a largura b por um número natural n, o volume ficará também multiplicado por n.
Este fato pode ser generalizado para qualquer número real e isto quer dizer que, mantidas constan-
tes duas dimensões de um paralelepípedo retângulo, seu volume é proporcional à terceira dimen-
são. Logo, sendo a, b e c as dimensões de um paralelepípedo retângulo, temos:
V5a?b?c
Como o produto ab é área da base, é costume dizer que o volume de um paralelepípedo retângulo é
o produto da área base pela altura.
V 5 Sb ? h
Atividades
1. Dê cada valor a seguir em prefixos.
a) 0,000 014 m
b) 96 000 s
c) 640 milhões de Km
83
3. O planeta Júpiter se localiza após Marte no Sistema Solar, a uma distância média de 5,2 UA
(unidade astronômica) do Sol.
Se 1 UA 5 1,5 ? 1011 m, escreva a distância de Júpiter ao Sol em metros.
B’ A’
6 cm
C
Sb
B 5 cm A
5. Determine a área lateral, a área da base, a área total e o volume de um cubo de aresta a.
a
a
84
7. A área lateral de um primas pentagonal regular é 180 cm2. Sabendo que a aresta da base
mede 2 cm, calcule a altura do prisma.
9. Calcule a área lateral de um prisma hexagonal regular que tem 6 cm de altura, e a aresta da
base mede 4 cm.
10. Um prisma reto hexagonal regular tem 5 cm de altura e a aresta da base mede 3 cm.
Determine:
a) a área da base; b) o volume; c) a área lateral.
85
87
88
VIDEOAULA
Tipos de gráficos
89
Para representar o resultado de uma pesquisa estatística, podemos tratar os dados com as medidas
de tendência centrais, como média, moda e mediana, e usar recursos com tabelas e gráficos, deixan-
do a informação mais fácil de ser interpretada. Veículos de comunicação, como jornais, revistas e
internet, utilizam-se extensivamente de tabelas e gráficos em reportagens e notícias, associando a
eles ilustrações que os tornam mais agradáveis e de mais fácil compreensão pelo público leitor.
Tabelas
As tabelas são produzidas dispondo-se os dados em linhas e colunas, de tal maneira que se possa
observar a relação entre eles. A organização de uma tabela deve sempre objetivar o maior conforto
possível em sua leitura e traduzir as grandes categorias de variáveis envolvidas no fenômeno
estudado.
Tabelas também são úteis para a apresentação de variáveis de forma ordenada, como a apresentada
a seguir, que mostra as 12 carreiras mais escolhidas em um ano de uma universidade pública:
Carreira Inscrições
Direito 95 335
Administração 64 276
Letras 36 020
Pedagogia 34 234
Psicologia 34 077
Note que, nesse caso, os valores foram postos do maior para o menor na segunda coluna.
Gráficos cartesianos
Os gráficos cartesianos são utilizados quando dispomos de duas variáveis e desejamos representar
uma delas em função da outra. É a forma mais elementar de representação gráfica em dois eixos
coordenados e fundamental para a compreensão da grande maioria dos demais tipos de gráficos.
90
0.2
-0,2
-0,4
-0,6
1 840 1 860 1 880 1 900 1 920 1 940 1 960 1 980 2 000 2 020
ANO
Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-28-
Variacoes-da-temperatura-na-superficie-da-Terra-ao-longo-
dos-ultimos-140-anos_fig3_228548814
Gráficos de linhas
Este tipo de gráfico é uma simplificação do gráfico cartesiano, no qual se utiliza uma linha poligonal
para representar a tendência de variação (crescimentos e decrescimentos) dos dados relativos a
determinada informação.
Veja o gráfico que mostra a evolução do desmatamento da Amazônia entre 2012 e 2021.
Desmatamento acumulado de janeiro a dezembro (km2)
11 000
10 362
10 000
9 000
8 096
8 000
7 000
6 200
6 000
5 375
5 000
4 000 3 646
3 000 2 995 3 098
2 337
2 000 1 769
1 144
1 000
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
91
214,8
215 213,3
211,8
210,1
190
185
180
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
Fonte: IBGE
b) Gráfico de barras horizontais com a estimativa da população nos 10 países mais populosos, em
2017 e em 2100.
Onde estão os 10 países mais populosos do mundo no fim do século
2017 2100
População Nº Nº População
c) Gráfico de barras múltiplas, utilizado para a comparação de duas ou mais variáveis partícipes da
mesma informação gráfica.
Observe o exemplo do uso de barras múltiplas a partir da tabela com os dados do Censo 2010 do IBGE.
A partir dela, podemos montar uma nova tabela da qual constam apenas os dados das regiões brasilei-
ras em milhões de habitantes, distribuídos por sexo. Veja a seguir.
População residente
Grandes Regiões
e Total
Unidades da Federação
Total Homens Mulheres
Nordeste 15 864 454 8 004 915 7 859 539
Sudeste 53 081 950 25 909 046 27 172 904
Sul 80 364 410 39 076 647 41 287 763
Centro-Oeste 27 386 891 13 436 411 13 950 480
Norte 14 058 094 6 979 971 7 078 123
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
92
80 000 000
70 000 000
60 000 000
30 000 000
20 000 000
10 000 000
Gráficos de setores
Bastante utilizados nos mais diversos meios de comunicação, os gráficos de setores não se baseiam
na representação cartesiana. Nesse tipo de gráfico, também chamado de gráfico em pizza, um círcu-
lo representa o total dos dados do fenômeno estudado. Esse círculo é dividido em setores propor-
cionais às parcelas das variáveis que compõem o total. Em geral, gráficos de setores são expressos
em porcentagens.
Veja, no gráfico da distribuição da população brasileira por idade em 2021, como a utilização de grá-
ficos de setores é útil para visualizarmos distribuições percentuais.
Distribuição da população brasileira, em 2021
0 a 13 anos
19,3%
30 a 59 anos
41,4%
14 a 17 anos
5,8%
18 a 29 anos
18,9%
Fonte: G1.
93
2. Imagine que, em uma linha de produção de garrafas PET, foi constatado que a cada 1 500
garrafas produzidas, 70 saíam sem tampa.
Nesse contexto:
a) Em um lote de 9 000 garrafas, quantas não terão tampa?
b) Retirando uma garrafa de maneira aleatória de um lote de 1 500 garrafas, qual a probabilidade de
pegar uma garrafa sem tampa?
3. Em uma quermesse, uma barraca propõe um jogo no qual se utilizam uma roleta e bolinhas
de gude. Se a roleta parar em um número par, o jogador poderá pegar uma bolinha de gude de
dentro de um saco. A roleta e o saco de bolinhas de gude estão representados na figura abaixo.
Dawidson França
1 4
2 10
6 18
4. Os prêmios são distribuídos às pessoas que pegam uma bolinha de gude preta. Sueli jogou
uma vez. Qual é a probabilidade de Sueli ganhar um prêmio?
a) Impossível.
b) Não muito provável.
c) Cerca de 50% de probabilidade.
d) Muito provável.
e) Certeza.
94
0
vermelho
Laranja
Amarelo
Verde
Azul
Rosa
Roxo
Marrom
Qual é a probabilidade de Roberto pegar um bombom vermelho?
a) 10%
b) 20%
c) 25%
d) 50%
6. Analise o gráfico a seguir sobre o uso de terras no Brasil e responda as questões propostas.
66,3%
VEGETAÇÃO
VEGETAÇÃO NATIVA EM
PRESERVADA NOS UNIDADES DE
IMÓVEIS RURAIS CONSERVAÇÃO
20,5% 13,1%
PROPRIEDADES RURAIS
VEGETAÇÃO NATIVA
VEGETAÇÃO NATIVA
EM TERRAS
PLASTAGENS INDÍGENAS
NATIVAS 13,8%
8,0%
VEGETAÇÃO NATIVA EM TERRAS
DEVOLUTAS E NÃO
PLASTAGENS CADASTRADAS
PLANTADAS
18,9%
13,2% LAVOURAS E
FLORESTAS
PLANTADAS
CIDADES
9,0% INFRAESTRUTURA
E OUTROS
57,7%
3,5%
3,5%
OUTROS
Fonte: SFB, SICAR, EMBRAPA, IBGE, MMA, FUNAI, DNIT, ANA, MPOG
b) Levante hipóteses sobre o que representa os 3,5% do gráfico caracterizados por “Outros”.
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MATEMÁTICA
MATETMÁTICA
1a SÉRIE