Natureza Jardinagem & Paisagismo #432 - Jan24

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SILVIA JEHA VIVER NA NATUREZA

LUIZ MORS CABRAL JESUS E AS OLIVEIRAS

AIDA LIMA FORRAÇÕES NA PAREDE

MURILO SOARES GARIMPO

EDILSON GIACON JARDINAGEM PRÁTICA

Inove! Use
TAPETESNO
VERDES JARDIM
Muito além da grama, existem
alternativas multicoloridas para
a forração do jardim. Suculentas
Edição
Ed
d iç
ição
ão 4
432
32
rasteiras é só uma delas A o 3377
An
Ano
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| CRÔNICAS DA NATUREZA |

Entre o Céu e o Desassossego

M
eu jardim, esse pedaço de céu, também me atormentar. Talvez essas mestres em resiliência,
carrega um tanto de desassossego. que não pedem licença para existir, tenham algo a
Sento-me no meio dele, anseio pelas me ensinar. Podem falar sobre a força e a beleza da
conversas silenciosas com as flores, Natureza em sua forma mais autêntica, selvagem
por seus encantos e poesia. Coada pela e determinada. Aquela que floresce onde menos
minha ansiedade, a realidade se recusa a me dar se espera, trazendo vida e cor a cantos esquecidos,
todo o lirismo que sei que me rodeia. Meus olhos, espaços que descuidei.
habituados a detectar falhas e imperfeições, não
descansam diante de um pedaço de terra desnudo, Sofro com os reveses do jardim, mas percebo que
da falha do gramado, da planta invasora que isso é parte do aprendizado. A tristeza por uma muda
secretamente se aninha na beleza planejada do meu que não prospera, o desapontamento do canteiro
jardim. Meu impulso é correr, consertar e, assim, de amores-perfeitos fracassados, ou a frustração ao
perder um momento que seria mais que especial. ver pássaros se deliciando no pomar com minhas
frutas favoritas são lembretes de que o jardim é um
Contenho-me. Este jardim é o espelho em ecossistema vivo e dinâmico.
que me reflito, um lugar no qual o tempo escorre
trazendo mudanças infinitas. É nisso que preciso Aprender a ver o lado positivo e aceitar o negativo
pensar. Em muitos momentos, me pego focando é fundamental para realmente desfrutar do jardim.
mais nas trivialidades do cotidiano do que na O perfeito perde seu significado sem a presença da
beleza que me envolveria, se eu permitisse. Se ficar imperfeição. O céu das plantas não está apenas nas
em silêncio talvez as borboletas me revelem seus flores que admiro, mas também na tenacidade e
segredos, se amam ou odeiam os beija-flores com perseverança de cada uma delas diante dos desafios.
quem compartilham o vento que serpenteia entre os É essa imperfeição que preciso aceitar como natural
galhos e balança meus cabelos brancos. também nos meus amigos, na minha família, em mim
mesmo. Assim como eu busco, as plantas também
Repreendo-me. Talvez com um querem beleza e paz em um mundo constantemente
pouco de sabedoria eu desafiador onde a dificuldade é a regra.
reconsidere meus
ressentimentos Espelho-me no meu jardim. Vejo minha face,
contra as plantas minhas contradições. Mas é com ele que eu tenho
espontâneas, a chance de aprender a ser mais simples, menos
essas intrusas. ansioso, ser capaz de sobreviver aos contrastes, aos
Posso não mais amores e desamores, a compreender que o bem
pensar que elas e o mal são apenas perspectivas mutáveis que se
existem só para renovam e podem se inverter a cada amanhecer.
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• EDIÇÃO 432
| SUMÁRIO | Foto da Capa: Valerio Romahn

C O M U N I DA D E
DA N AT U R E Z A
O TAPETE VERDE
PG. 8
QUE MUDOU A
• M AT É R I A D E C A PA •
TA P E T E S V E R D E S
HISTÓRIA DO BRASIL
PG. 16 A planta conhecida popularmente como “puxa-tripa”
a”
está ajudando historiadores a compreender melhor
FORRAÇÕES o cenário da América do Sul antes da chegada dos
N A PA R E D E europeus. Contrariando a ideia de que os índios
PG. 44 viviam isolados, havia uma rede de caminhos chamada
mada Antes do “descobrimento” do
3HDELUXTXHVLJQLȴFDȊFDPLQKRGRJUDPDGRDPDVVDGRȋ
DGRȋ Brasil já havia trilhas que ligavam
JESUS E o Atlântico ao Pacífico
Pacífico.
em tupi. Esse caminho conectava o Oceano Atlântico ao
AS OLIVEIRAS E a “puxa-tripa” era a planta que
PG. 50 3DF¯ȴFRHVWHQGHQGRVHGD&DSLWDQLDGH6¥R9LFHQWHDW« mantinha o caminho funcional
Cusco, no Peru, abrangendo mais de 3 mil quilômetros.
VIVER NA 2GHVDȴRSDUDRVKLVWRULDGRUHVHUDHQWHQGHUFRPRHVVDWULOKDQ¥RHUDFRQVXPLGD
N AT U R E Z A SHODȵRUHVWD$TXLHQWUDDUHOHY¤QFLDGDȊSX[DWULSDȋTXHVHVXVSHLWDVHUDHomolepis
PG. 54 glutinosa. Os índios abriam caminhos e semeavam essa gramínea, formando um
ȆWDSHWHYHUGHȇVREUHDWULOKDLPSHGLQGRDJHUPLQD©¥RGHRXWUDVHVS«FLHVHUHVLVWLQGR
GARIMPO até mesmo a queimadas. Uma característica notável dessa gramínea é a presença de
D E P L A N TA S diásporos que grudavam nos pés e pernas dos transeuntes que ao andar levavam
PG. 58 FRQVLJRWDPE«PSDUWHVGDLQȵRUHVF¬QFLDHDSUµSULDUDTXLVTXHVHULDPHQW¥R
arrastadas como se fosse uma longa “tripa” – daí o nome “puxa-tripa” —, que facilitava
J A R D I N AG E M
VXDGLVSHUV¥RDRORQJRGRFDPLQKR
P R ÁT I C A
PG. 64 Embora pouco reste desse antigo caminho e muita pesquisa ainda seja necessária,
RVFLHQWLVWDVFRQVLGHUDPHVVDKLSµWHVHEDVWDQWHSODXV¯YHO(WHULDVHUYLGRDW«DRV
EDQGHLUDQWHVQDVHQWUDGDVHEDQGHLUDV3HDELUXȴTXHOLJDGRQHVVDKLVWµULD
R.A.

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SEMPRE CURIOSA E NA PESQUISA natureza@europanet.com.br ÓTIMOS LIVROS, REVISTAS,
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Com u n i d a Paisagista Profissional

Na t ureza da To t a l 2 3 l i v r o s
• O Grande Livro do Paisagismo do Brasil (3 Volumes)
• Lições de Paisagismo do Mestre Raul Cânovas (2 Volumes)
• Trepadeiras no Paisagismo (3 Volumes)
• Guia de Plantas para Uso Paisagístico (3 Volumes)

O N V E R S A COM • Curso Prático e Ilustrado de Paisagismo (2 Volumes)


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O ASSINA
• Grandes Paisagistas Brasileiros (10 Volumes)

COMBOS PARA
APRENDER, SEMPRE!
Q uem cultiva a arte do paisagismo sabe que é sempre
uma jornada de aprendizado e descoberta. O
mundo do paisagismo não para. Sempre um colega
inspirado tem uma ideia, muda conceitos, faz uma nova
leitura de algo que até então parecia consagrado. Não
‡•–‘—ˆƒŽƒ†‘ƒ’‡ƒ•†‘•’”‘ϐ‹••‹‘ƒ‹•ǡ†ƒ“—‡Ž‡•“—‡ G
GUIA DE
D PLANTAS
PL
L AN
ANTA S
ganham seu sustento com esse maravilhoso trabalho, PAR
PARAA USO PAIS
PAISAGÍSTICO
SAGÍS
GÍST
STICO
mas de todos os que efetivamente se deliciam com Esta coleção é uma obra que ajuda a escolher as plantas
plantas e jardins. Ou seja, todos nós. mais adequadas para cada situação no jardim. Ao todo são
Vou lhe dar um exemplo simples que está nesta três volumes com cerca de 350 espécies classificadas com
edição: a quantidade de plantas que você pode usar base na indicação de uso: plantas para canteiros, cercas
para fazer seu tapete verde, roxo, vermelho, amarelo… vivas, espécies esculturais, trepadeiras, plantas para jardins
tapete de todas as cores que não surgiu por acaso e verticais e para locais sombreados. Além de trazerem as
que você nem tem onde procurar. O Valerio Romahn principais dicas de cultivo para cada espécie, os livros
pesquisou muito, mas muito mesmo para fazer a escolha mostram fotos de como elas ficam no paisagismo.
dessas plantas.
ƒ‡•ƒˆ‘”ƒǡ×•ƒ“—‹ϐ‹ ƒ‘•’‡•ƒ†‘“—ƒ‹•
seriam os livros sobre paisagismo que todo apaixonado
por essa arte deveria ter. Não foram poucas as
combinações de coleções até a gente chegar aos 23 livros
†‘—’‡” ‘„‘ƒ‹•ƒ‰‹•–ƒ”‘ϐ‹••‹‘ƒŽǤ ou
b e r t o. S
O lá , R o do
Tenho certeza de que a escolha está longe de ser uma ande f ã
uma gr e não
unanimidade, dado o vasto catálogo de títulos que fomos seu tra
b a lh o
uas
adicionando nas últimas décadas. A vantagem, porém, m mês s
perco u o
foi que o departamento de marketing fez um precinho ó r ia s n
d e d ic a t a.
a r e v is t a
supercamarada que você pode conferir no site com a in íc io d d e u m
to é
turma da Fabiana no Atendimento ao leitor. Essa fo p r e s a
sur
Eu mesmo acho que valia a pena acrescentar a grande e s p e r ando
ou
coleção Os Jardins Mais Incríveis do Mundo, Os Mais que est é
botão
a b r ir. O Bem, Maria das Dores, esta é
Belos Jardins Japoneses do Mundo e Os Mais Belos ! Não sei
enorme as uma estapélia-cabeluda ou flor-
Jardins Botânicos do Mundo. São obras de referência d e la , m
o nome s ie d ade -de-carniça (Stapelia hirsuta),
que todo apaixonado por jardins pode e deve ter em a an
estou n a b r ir. uma suculenta da família das
mãos. Conversei com o Lu Siqueira, que concordou r a f lo r
para ve aço a apocináceas, a mesma da
nde abr
comigo e fez uma promoção para a venda conjunta dos Um gra t a! alamanda. É endêmica da África
a r e v is
três. Pode conferir também todos d do Sul e é polinizada por moscas
no site e com a Fabiana. as Dore
s varejeiras. É linda, mas, pelo
Maria d e i r o , RJ odor, é melhor olhá-la de longe.
Jan
Rio de
Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas CURSO PRÁTICO
E ILUSTRADO
DE PAISAGISMO
Preparado pelos especialistas
da revista Natureza, o Curso
Prático e Ilustrado de
Paisagismo traz tudo o que
você precisa saber para se dar
bem na profissão: histórias
O GRANDE LIVRO DO dos jardins, como escolher
as plantas, os elementos
PAISAGISMO DO BRASIL que podem ser usados,
O Grande Livro do Paisagismo do Brasil mostra, em vasos, arquitetura e água no
três volumes, alguns dos mais belos jardins criados por paisagismo, entre várias outras
paisagistas consagrados e selecionados pela redação da informações úteis.
revista Natureza. São cerca de 45 projetos escolhidos
entre as mais de 400 edições da publicação para você se
encantar e se inspirar, todos assinados por profissionais
como Marcelo Novaes, Roberto Riscala, Walkiria Fernandes,
Gilberto Elkis, Luciano Zanardo, entre outros. LIÇÕES DE PAISAGISMO
DO MESTRE RAUL CÂNOVAS
Dois livros com os maiores ensinamentos de uma das lendas
vivas do paisagismo mundial, Raul Cânovas. Ambos os livros,
GRANDES PAISAGISTAS impressos em papel fotográfic
fotográfico de alta gramatura.
BRASILEIROS- 1 TEMPORADA
A série de livros apresenta o perfil e os principais trabalhos de
10 paisagistas brasileiros renomados, todos em atividade. São eles:
Walkiria Fernandes, Roberto Riscala, Benedito Abbud, Marcelo
Novaes, Caterina Poli, Gilberto Elkis, Juliana Freitas, Cintia Rua,
Toni Backes e Alex Hanazaki. Os apaixonados por jardins vão
se encantar com os projetos. Já os paisagistas profissionais e os
estudantes de paisagismo e arquitetura poderão usar os trabalhos
apresentados no livro como fonte de inspiração.

TREPADEIRAS
NO PAISAGISMO
Trepa
Trepadeiras floridas fazem toda a diferença no
jardim. São coringas no paisagismo, pois se agarram
e se enrolam em qualquer suporte. A coleção
Trepadeiras no Paisagismo, de Valerio Romahn, foi
Sou assinante e
planejada para resolver as principais dúvidas dos
admirador da revista.
jardinistas sobre qual tr
trepadeira
adeira usar e em que tipo
Tenho um escritório
de paisagismo e estrutura
de esstrutura Está organizada
orga
o anizada em
m três
t ês volumes.
tr
gostaria de
compartilhar com
vocês esse projeto
muito especial! Foi o
maior pergolado que
já fizemos e é muito
bom poder ver tudo executado
cutado olado
como foi planejado. Forte abraço!
b ! Uau, é um perg
João
e tanto mesmo,
são os
João Paulo - Arquiteto Paisagista Paulo. Felizes
que vão
@florentinopaisagismo seus clientes,
ir de um
Arquitetura: @rogoskiarq poder usufru
ba cana.
Foto: @olharmarcuscamargo espaço tão
Distribuição
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SUPERCOMBO LIÇÕES DE
PAISAGISMO:
Especiais Natureza PALMEIRAS
6 volumes Um dos mais reconhecidos
e admirados paisagistas do
• Horta em Casa Brasil, Raul Cânovas sabe
como poucos o melhor
• Bonsai jeito de usar cada planta
• PANC - Plantas Alimentícias no paisagismo. Nesse livro,
Não Convencionais (2 Volumes) ele apresenta 20 de suas palmeiras preferidas, dez
nativas e dez exóticas e dá dicas de como fazer para
• Lições de Paisagismo: Palmeiras que cada uma delas tenha o merecido destaque.
• Urban Jungle - Plantas para dentro de Casa

de sabores
Descubra um novo mundo
HORTA EM CASA: das as receitas
APRENDA A com plantas diferentes. To as
têm fotos ilustrativ
CULTIVAR EM
VASOS E
CANTEIROS
Comida saudável em casa ou no
apartamento. Cultivar o próprio
alimento é uma delícia e, nesse
livro, você vai aprender tudo
o que precisa saber para ter
sucesso no plantio de tomate,
alface, cenoura, couve-flor,
manjericão e várias outras
hortaliças e temperos, tanto nos canteiros quanto em
vasos. Você vai ver como plantar, o jeito certo de regar e
adubar e entender como deve ser feitata a colheita.
colheita PANC:
PLANTAS
ALIMENTÍCIAS NÃO
CONVENCIONAIS
É sempre um enorme prazer
URBAN JUNGLE: PLANTAS experimentar novos sabores da
DENTRO DE CASA Natureza, além do tomate e da
O Urban Jungle está na moda. Mas, para alface. O problema é saber qual
encher a casa, ou o apartamento, com belass planta comer e, principalmente,
plantas e ter sucesso no cultivo, é preciso ter
er como prepará-la. O livro PANC
as informações corretas. É exatamente paraa Plantas Alimentícias Não
isso que serve o livro Urban Jungle - Plantastas Convencionais, de Marilua
Dentro de Casa, escrito pelo doutor em Feitoza, resolve esse problema
Botânica e paisagista Eduardo Gonçalves. com maestria. Detalha como é a
São dicas de qual a posição certa em
planta e depois dá a receita para
relação ao sol, regas, adubação, tudo para você
ser feita em casa. Mostra ainda o
estreitar sua amizade com as plantas. E ainda:da: Um livro do paisagista prato em fotos de alta qualidade.
um guia com as espécies mais indicadas para ara e doutor em Botânica Todas as receitas são veganas e as
fazer as escolhas certas. Se você é iniciante,,
é só seguir as instruções para se dar bem no o
Eduardo Gonçalves para você plantas podem ser cultivadas em
cultivo; se já tem experiência, vai aproveitar ter sua própria Urban Jungle qualquer lugar do Brasil.
ainda mais os conselhos do especialista. dentro de casa Um livro com foco na saúde e na
alegria de comer bem.

| 10 | N A T U R E Z A
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BONSAI: GUIA DEFINITIVO


Bonsai é um livro com tudo o que você estilos; e até mitos e verdades que cercam
precisa saber para entender e desmitificar o essa arte milenar.
cultivo de árvores e todo tipo de planta em O melhor é que o livro tem um guia
uma "bandeja". O princípio é que cada planta completo para você cultivar seu primeiro
se adapta ao espaço que tem disponível, e bonsai. Detalha como escolher a planta, o vaso,
isso vale até para as gigantescas sequoias. o substrato e os trabalhos cotidianos de rega
É a partir dessa primeira lição que o doutor ou adubação entre outros cuidados. Indica até
em Botânica e bonsaísta Eduardo Gonçalves as ferramentas que você precisa ter para fazer
conta a história dos bonsais; mostra os os trabalhos de condução da planta.

COMBO OS MAIS
Jardins Incríveis BELOS
JARDINS
3 volumes JAPONESES
• Os Mais Belos Jardins Botânicos do Mundo DO MUNDO
Uma obra que serve
• Os Mais Belos Jardins Japoneses do Mundo
tanto como guia
• Os Jardins Mais Incríveis do Mundo visual quanto
tributo à arte
milenar da jardinagem japonesa. São 144 páginas
lindamente ilustradas e até uma espécie de guia para
aqueles que buscam encontrar a essência da beleza e da
Todos os livros tranquilidade que só um jardim japonês pode oferecer.
dessa coleção Confira 20 dos jardins japoneses mais
têm versões em deslumbrantes que você encontrará, dez dos quais
capa dura e capa estão localizados no coração do Japão e outros dez
cartonada espalhados ao redor do mundo.

OS JARDINS MAIS
S INCRÍVEIS
DO MUNDO
OS MAIS BELOS Uma seleção de tirar o fôlego
JARDINS BOTÂNICOS com os jardins mais
DO MUNDO exuberantes em todos os
Uma novidade para mostrar toda continentes. Tem jardins
a beleza dos jardins botânicos. Por tradicionais, como os do
serem locais dedicados à preservação, Palácio de Versalhes;
à pesquisa e à exibição de uma ampla paisagens altamente
variedade de plantas, destacam-se pela artesanais do Kenroku-en
diversidade e criteriosa escolha de no Japão; o incrível Jardim
plantas feitas por grandes especialistas. Majorelle, no Marrocos;
No livro Os Mais Belos Jardins e, claro, o sítio de Burle
Botânicos do Mundo, você vai poder Marx no Rio de Janeiro, com sua espetacular coleção tropical.
contemplar a beleza dos 18 principais Um livro para ver, ler, e usar como um guia de inspiração e
jardins botânicos, como Kew Gardens, contemplação da Natureza em forma de jardins. Bestseller na
Jardim Botânico de Singapura, Jardim Europa e no Reino Unido, é resultado do trabalho de pesquisa da
Botânico do Deserto de Nong Nooch e autora inglesa Vivienne Hambly, uma das maiores jornalistas
muitos outros. especializadas em jardinagem, paisagismo e botânica do mundo.
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• MATÉRIA DE CAPA •

Inove! Use Para proteger a terra, e ir

TAPETESNO
além da grama como forração,
há inúmeras espécies que podem
ser usadas isoladamente ou
combinadas para dar ótimos

VERDES JARDIM
efeitos no paisagismo
POR VALERIO ROMAHN
E ROBERTO ARAÚJO

H
á uma regra sagrada no paisagismo: a terra desenvolvem bem na horizontal.
não deve aparecer. É como a tela de uma O importante mesmo é que o chão seja “forrado”,
pintura. Mesmo que a base seja um tecido ou tanto que muita gente chama esse trabalho no
linho branco, é preciso que ela seja pintada paisagismo de forração. Ao adotar o recurso de inovar
com tinta branca, caso contrário, sempre no tapete verde, abrem-se inúmeras possibilidades
vai passar a impressão de que o trabalho de texturas, volumes, cores… e o resultado é um
está incompleto. paisagismo requintado, de muito bom gosto.
No jardim é a mesma coisa. A terra, talvez por Há ainda um ganho adicional importantíssimo:
ser a alma de tudo para o paisagista, precisa ser muitas dessas plantas não gostam de sol. Pela sua
protegida. O óbvio é usar grama, mas nada impede origem no chão de bosque e florestas, preferem
que se use pedriscos, cascas de árvores ou qualquer uma boa e refrescante sombra. Por isso, elas vão
outro material. Porém, o que faz muita diferença é superbem onde as gramas comuns não
um "tapete verde” com suculentas, maciços conseguem sobreviver.
de plantas pequenas ou de trepadeiras que se Entre para esse mundo maravilhoso dos tapetes
verdes e verá que há mil maneiras de a terra do seu
O conceito de forração é ocupar de forma criativa áreas jardim não aparecer diretamente e ainda ser capaz de
grandes caprichando nos contrastes como a clara mostrar toda a mágica que ela é capaz de gerar e nutrir.
barba-de-serpente com o escuro lambari

PAISAGISMO: ATMOSPHERA
FOTOS: VALERIO ROMAHN

AMBIENTAÇÃO: FLORICULTURA ÚRSULA

| 14 | N A T U R E Z A
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Suculentas rasteiras
estão na última moda
como forração. O uso
de pedras e a escultural
planta-fantasma na
composição dá um
LJňǏǬƌǜąŁơЭƕąţƗŸȮĺơ

NATUREZA | 15 |
Distribuição
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F L IC K R
RO S E -
H A R RY

Decifre o
mundo das
suculentas
rasteiras,
estolões, É como se cada nó fosse

reptantes…
uma planta que vai se esticando e
gerando novas mudas, daí estolão

ESTOLÃO, O SEGREDO (ramo em latim), que é um tipo de


caule que cresce horizontalmente

DAS GRAMAS
Cada planta O estolão é um tipo de estrutura que algumas plantas desenvolvem como
"braços" ou "ramos" que crescem horizontalmente sobre o solo ou logo
tem seus gostos abaixo da superfície. À medida que esses estolões se estendem, eles
desenvolvem, sempre a partir dos nós, um sistema radicular junto com
e preferências novas mudas que podem ser destacadas e replantadas.

na hora de se
Essa característica faz com que os estolões sejam uma estratégia
eficiente para a planta se espalhar e ocupar mais espaço. É um método
espalhar e se de reprodução assexuada, pois não envolve a formação de sementes.
Você pode ver isso acontecendo com frequência em gramados e em
reproduzir. No várias outras plantas do jardim. Vale lembrar que a grama é a única
dessas espécies usadas em forração que suportam pisoteio.
caso de forrações,
é importante AS RASTEJANTES
entender os tipos REPTANTES
Há também as plantas reptantes, que
de planta que são aquelas que crescem se rastejando
ou se espalhando sobre o solo. Essas
crescem bem plantas têm um hábito de crescimento
horizontal, com caules mais tenros que
horizontalmente também se enraízam nos nós e, a partir
para cobrir e deles, novos caules se desenvolvem,
inclusive ramificam com mais de um
enfeitar o solo. caule. Esse processo permite que a
planta se espalhe por uma área mais
ampla, formando uma espécie de
tapete ou cobertura sobre o solo.

Plantas reptantes, a exemplo da grama-amendoim,


desenvolvem ramas sobre o solo e, a partir de seus nós,
podem ramificar e formar novos sistemas radiculares

| 16 | N A T U R E Z A
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PAISAGISMO: ATMOSPHERA
Algumas trepadeiras se dão muito bem se espalhando pelo solo, especialmente em áreas sombreadas.
O singônio é um ótimo exemplo e ainda pode ser usado com folhas de cores diferentes

Isso faz com que sejam frequentemente usadas em plantas têm folhas carnudas que armazenam água,
paisagismo como cobertura do solo, pois preenchem permitindo-lhes sobreviver em condições de seca.
espaços vazios, ajudam a prevenir a erosão e podem São ideais para canteiros de baixa manutenção,
ser uma alternativa esteticamente agradável ao como os chamados xerofíticos — canteiros com
gramado tradicional. Exemplos comuns de plantas plantas de clima árido —, entremeados com pedras.
reptantes incluem os lambaris e as gramas-amendoim.

TREPADEIRAS NA HORIZONTAL
Algumas espécies de trepadeiras também são ótimas
para serem usadas como forração, com grande impacto
paisagístico, especialmente em áreas mais sombreadas
sob a copa das árvores. As mais clássicas delas são as
famosas heras, que há tempos ostentam os jardins da
nobreza europeia. Sem esquecer que no nosso universo
tropical contemporâneo, quem está brilhando são
algumas trepadeiras da família das aráceas (Araceae).

SUCULENTAS RASTEIRAS
De todas, porém, o grande sucesso do momento
são as suculentas rasteiras. Elas têm aspecto muito
delicado e são um grupo que se caracteriza pelo seu
crescimento baixo e expansivo, cobrindo o solo como
um tapete diferente e incrivelmente lindo. Essas

Várias espécies de suculentas rasteiras ainda têm


flores, caso da onze-horas (Portulaca umbraticola)

NATUREZA | 17 |
Distribuição
| T A P E T E S V E R D E S 100%
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Apes
Ap
Apesar
esar
ar do
do aspecto
aspe
as p ct
pe ctoo
delicado,
d
deeli
lica
ado,, o llampranto
amp
mprrantto é
uma suculenta vigorosa
uma vigo
goror saae
extremamente florífera
extremamente flo
lorí
rífe
fera
a
PAISAGISMO: TONI BACKES

A DELICADEZA DOS
TAPETES DE SUCULENTAS
As suculentas rastejantes
dão um grande charme ao
paisagismo e são muito
fáceis de cuidar

A
paixão por suculentas pode ser levada a outro
nível com as espécies que se espalham, criando
tapetes encantadores de grande valor ornamental.
Delicadas apenas na aparência, essas plantas
são extremamente resilientes e dispensam regas
frequentes. Uma rega semanal no verão é mais que
suficiente e, se por acaso você se esquecer, não se LAMPRANTO
preocupe, elas resistirão. Para quem mora em um lugar um pouco
Ao planejar um canteiro a céu aberto para essas mais friozinho, a opção para colorir o
suculentas, é importante prepará-lo adequadamente. canteiro é cultivar o lampranto (Lampranthus
Comece escavando o canteiro, removendo de 30 a
productus), uma suculenta rasteira endêmica
40 cm de solo. Em seguida, coloque cerca de 10 cm de
da África do Sul. Suas grandes flores, de
pedra brita no fundo, cobrindo-a com um substrato
específico para suculentas, que você pode encontrar até 4 cm de diâmetro, se parecem com
em lojas de jardinagem. margaridas e exibem um vibrante colorido
Para um toque de naturalidade no paisagismo do róseo-arroxeado — o tradicional magenta —
canteiro, intercale as suculentas com pedras e outras com uma grande concentração de estames
plantas de aparência mais escultural. Essa abordagem amarelos e contrastantes que afloram no
não apenas enriquece a estética do seu jardim, mas miolo. Elas despontam no final do inverno e
também cria um ambiente diversificado e harmonioso. durante a primavera.

| 18 | N A T U R E Z A
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PAISAGISMO: ATMOSPHERA

PAISAGISMO COLORIDO
A alternância da onze-horas (Portulaca umbraticola)
com um trecho de pedriscos deu muito dinamismo
ao espaço. O paisagismo ficou ainda melhor resolvido
com o uso de pedras de tamanhos diferentes

NATUREZA | 19 |
Distribuição
| T A P E T E S V E R D E S 100%
| gratuita - Clube de Revistas PAISAGISMO: TONI BACKES

OS DELICADOS
SEDUM
O gênero Sedum é contemplado com diversas espécies
que formam tapetes verdes, algumas delas robustas.
Outras podem ser consideradas verdadeiros mimos da
Natureza, tamanha delicadeza em que se apresentam,
com suas diminutas folhas gordinhas. O destaque fica
por conta da suculenta-das-pedras (Sedum anglicum), o
sedum-japonês (Sedum japonicum) e o sedum-das-
-pedras-japonês (Sedum makinoi).
A suculenta-das-pedras (Sedum anglicum)
é uma planta rasteira com folhas muito
òĖıĖIJŞŚÜŔŌŞ÷ĉĺŔŚÜò÷ĈōĖĺƂĖIJđĺ÷ƿĺō÷Ŕì÷
intensamente na primavera e no verão
| 20 | N A T U R E Z A
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AMBIENTAÇÃO: FLORICULTURA ÚRSULA


A forração pode ser usada também para pequenos "cenários". O sedum-das-pedras-japonês-dourado
(Sedum makinoi ‘Ogon’) é uma suculenta de grande valor por criar contraste e assim destacar os outros elementos

Sedum makinoi 'Variegatum'

Uma bela combinação florida sem nenhuma flor. O


sedum-das-pedras-japonês-variegado tem folhas
muito pequenas que parecem uma colher e ficam
lindas em conjunto com as rosas-de-pedra

NATUREZA | 21 |
Distribuição
| T A P E T E S V E R D E S 100%
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JARDIM
ILUMINADO
As pequenas flores estreladas em tom
amarelo-ouro do Sedum mericanun faz dele
uma das forrações mais populares para dar
vida e luz ao jardim. Elas despontam entre a
primavera e o verão.

| 22 | N A T U R E Z A
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AMBIENTAÇÃO: FLORICULTURA ÚRSULA

PAISAGISMO: TONI BACKES

Visto de longe o sedum-japonês


(Sedum japonicum) lembra um tapete
de musgo. Suas diminutas folhas em
tom verde-oliva brilhante nascem
de forma espiralada ao longo dos
caules e, por ficarem muito próximas
uma das outras, resultam em tapetes
verdes sensacionais

NATUREZA | 23 |
Distribuição
| T A P E T E S V E R D E S 100%
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GRAMADOS
SÃO COMUNS, MAS
SEMPRE DÃO CERTO
Os estolões típicos das gramas
geram as únicas espécies que
podem ser pisoteadas no jardim

O
s estolões característicos das
gramas são os responsáveis por
torná-las as únicas espécies de
forração no jardim que podem
ser pisoteadas sem danos. No mundo
da Botânica, as forrações autênticas
se distinguem por possuírem caules
laterais ou rasteiros, que se estendem
ao longo do solo, acima ou abaixo dele,
marcados por entrenós espaçados.
Essa estrutura, conhecida como
estolho ou estolão, é rígida e robusta,
característica fundamental das
gramas. À medida que esses estolões
se desenvolvem, eles formam raízes
nos nós e novas brotações aéreas, que
podem eventualmente se tornar mudas
independentes. A capacidade das
gramas de suportar pisoteio as coloca
como representantes clássicos desse
grupo de plantas, ideal para áreas de
tráfego no jardim.
Por serem tão consagradas, estão
aqui apenas como exemplo, já que
gramado, por si só, é tema específico de
várias reportagens da revista Natureza.

| 2
244 | NATUREZA
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PAISAGISMO: ATMOSPHERA

UMA GRAMA
DIFERENTE
As gramas são o tipo de forração mais
comum e popular nos jardins. Mas existe
uma espécie, mais precisamente uma
variedade dessa espécie, a grama-São-
-Carlos-variegada (Axonopus compressus
‘Variegata’), que é um tanto quanto
inusitada e relativamente rara. E sua
beleza merece toda a atenção pelo fato
de suas folhas apresentarem variegação.
Mas, para que ela se destaque, é
interessante compor maciços (manchas),,
junto com outras espécies de gramas,
como mostra a foto ao lado.

De rara beleza, a grama-


-São-Carlos-variegada exibe estrias
esbranquiçadas nas suas bordas, assim
como ao longo da nervura central

NATUREZA | 25
25 |
Distribuição
| T A P E T E S V E R D E S 100%
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AS PLANTAS REPTANTES,
UM FASCINANTE GRUPO DE FORRAÇÕES
ơƕЭǏňǬǏЭĺąǬƌňǏЭȰňȎŸȃňŶǏϜЭňƌąǏЭǜōƕЭŶƗǭƕňLJąǏЭDŽơǏǏŶĹŶƌŶŁąŁňǏЭ
ŁňЭǬǏơЭňЭĺơƗǜLJŶĹǬňƕЭDŽąLJąЭǏơȮǏǜŶĺąLJЭňЭŁąLJЭĺơLJЭąơЭDŽąŶǏąţŶǏƕơ

N
o universo das forrações, as plantas reptantes em múltiplos caules emergindo de um único ponto
representam um aspecto distinto e encantador. de intersecção.
Ao contrário das gramas com seus estolões Esse grupo abriga inúmeras espécies com grande
rígidos, as plantas reptantes têm caules flexíveis valor ornamental, enriquecendo o paisagismo com
que se espalham predominantemente sobre a sua variedade de texturas, formas e cores. A natureza
superfície do solo. Esses caules, ao crescerem, não só expansiva dessas plantas permite que elas preencham
formam raízes nos nós, mas também desenvolvem espaços, criando tapeçarias vivas e contínuas sobre o
novas brotações, frequentemente resultando solo de canteiros, embora sensíveis ao pisoteio.

PAISAGISMO: GUSTAAF WINTERS


O SIMPÁTICO
PAISAGISMO: TONI BACKES

RABO-DE-GATO
É irresistível se render ao encanto do
rabo-de-gato (Acalypha chamaedrifolia).
Suas pequenas inflorescências cilíndricas,
de aspecto plumoso e com um vívido
tom vermelho, salpicam sobre o solo
ininterruptamente durante quase o ano
todo. Apesar do aspecto delicado, essa
espécie de até 20 cm de altura forma
densos tapetes e adora sol pleno.

Uma forma inusitada de cultivar o rabo-de-gato é como


pendente em cestos ou vasos suspensos. Para a planta se
manter com esse vigor, ela precisa ser adubada mensalmente

| 26 | N A T U R E Z A
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As inflorescências do rabo-de-gato, que salpicam sobre o solo praticamente o ano todo, são verdadeiros
aglomerados de diminutas flores com estames longos e vermelhos que lhes conferem esse curioso efeito plumoso

NATUREZA | 27 |
Distribuição
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O anil-de-gramado é uma espécie com sistema foliar de aspecto


delicado. Ela forra rapidamente um canteiro e também pode ser
cultivada como pendente em vasos ou jardins verticais

NATIVA E VERSÁTIL
O anil-de-gramado (Indigofera campestris), parente da grama-
-amendoim ( ), apesar de nativa e de seu grande valor
ornamental, é pouco cultivada e até mesmo desconhecida
por muitos. O anil-de-gramado é uma herbácea rasteira que,
eventualmente, desenvolve raízes nos nóss
dos caules quando em contato com
o solo, portanto, nem sempre tem
o comportamento da forração
clássica. O florescimento ocorree
entre outubro e novembro, e
as sementes têm grande poderr
germinativo, o que torna a
planta muito invasiva. Pode
ser cultivada como pendente
tanto em vasos como nos
contemporâneos jardins verticais, s,
preferencialmente sob sol pleno.

PAISAGIS
MO: ATM
OSPHERA
| 28 | N A T U R E Z A
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As pequenas
flores amarelo-
-ouro nascem
isoladas na ponta
de hastes eretas,
bem acima da
folhagem, entre
a primavera
e o verão

A RÚSTICA
GRAMA-AMENDOIM
Brasileiríssima, a grama-amendoin (Arachis repens)
forma verdadeiros tapetes verdes. É uma das plantas
mais populares no paisagismo, não só pela beleza
que empreende aos canteiros, seja como forração ou
PAISAGISMO: CATERINA POLI

bordadura, mas também pela sua incrível rusticidade


— essa é uma daquelas plantas difíceis de matar. A
grama-amendoim, que pode ser cultivada tanto sob
sol pleno quanto à meia-sombra, também é uma
excelente opção para terrenos íngremes (taludes),
pois seu sistema radicular evita erosões.

A grama-amendoim tem um efeito inigualável como forração, especialmente ao compor desenhos geométricos em canteiros
PAISAGISMO: CINTIA RUA

NATUREZA | 29 |
Distribuição
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Essa cultivar de lambari, denominada ‘Purpusii’, encobre totalmente uma


grande e extensa rocha no jardim, assim como em seu habitat

VERSÁTIL, COLORIDA
E TOPA QUALQUER PARADA
A lambari, conhecida cientificamente por Tradescantia zebrina, é uma das
espécies mais democráticas com relação ao seu uso. De hábito rupícola e
terrestre, ela é uma exímia forração tanto para locais sombreados como
ensolarados. É excelente para ser cultivada em cestos como pendente ou
nos contemporâneos jardins verticais.

A cultivar 'Burgundy' dessa Tradescantia zebrina, com seu intenso tom arroxeado,
mostra seu potencial decorativo quando cultivada em vaso como pendente

| 30 | N A T U R E Z A
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A espécie-tipo da
Tradescantia zebrina
exibe folhas verde-
-arroxeadas com duas
faixas em tom prateado
cintilante na face de cima
e um colorido marrom-
-avermelhado na
face de baixo

Apesar do seu
aspecto delicado, com
folhagem e caules de
consistência suculenta,
ela é uma espécie muito
invasiva. Seus caules,
que podem passar de
60 cm de comprimento,
se destacados (ou
simplesmente
arrancados) e literalmente
arremessados em um
canto e esquecidos, em
pouco tempo formarão
uma nova colônia, sem
você perceber.
Existem diversos
Lição que o mestre cultivares dessa planta,
Burle Marx deixou com variação específica
em seu sítio: o
lambari pode no sistema foliar. As
ser usado em um folhas podem variar no
talude com ótimo tamanho, no tipo de
resultado desenho da superfície e
no colorido, que sempre
tende para um denso tom
arroxeado, especialmente
na face de baixo.
AMBIENTAÇÃO: SÍTIO BURLE MARX

NATUREZA | 31 |
Distribuição
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TREPADEIRAS
QUE SE ESPARRAMAM:
VERSATILIDADE
E COBERTURA
No começo,
džǬąƗŁơЭĺǬƌǜŶȃąŁąǏЭ
na horizontal, elas
ňǏǜLJąƗűąƕЭňЭȃĵơЭ
ŁňȃąţąLJϛЭ$ňDŽơŶǏЭDŽňţąƕЭ
gosto e precisam
até de poda para
serem contidas

A
lgumas trepadeiras apresentam a notável
habilidade de não apenas alcançar alturas,
mas também de se esparramar e cobrir
o solo de forma abrangente. Entre as
especialistas nesse comportamento estão as
clássicas heras, pertencentes à família das
araliáceas, e algumas espécies da família das
aráceas, como a popular jiboia.
Apesar de apresentarem um crescimento
inicial relativamente lento — especialmente
no caso das heras —, com o tempo, essas
trepadeiras se tornam extremamente vigorosas.
Uma vez firmadas no canteiro, necessitam de
podas regulares para se manterem dentro dos
limites desejados, evitando que invadam áreas
não destinadas a elas.
Geralmente, essas trepadeiras se adaptam
melhor em locais um pouco mais sombreados.
Uma aplicação particularmente eficaz no
paisagismo é o seu cultivo sob a copa das
árvores, em que podem formar vastas e
impressionantes manchas verdes. Além disso,
são excelentes opções para bordaduras em
A hera-inglesa (Hedera helix) é uma trepadeira tão clássica que está canteiros extensos, como aqueles que ladeiam
sempre presente nos palácios e castelos da Europa. Um exemplo é esse caminhos, adicionando um toque de elegância
tapete-verde nos famosos jardins de Petit Trianon, na França e continuidade ao paisagismo.

| 32 | N A T U R E Z A
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Cultivar de origem desconhecida, a hera-da-Argélia-gloire-


-de-marengo (Hedera algeriensis ‘Gloire de Marengo’)
há tempos é uma das mais populares em nossos jardins,
especialmente pela sua resistência a climas mais quentes

UM TAPETE VERDE
INCOMUM E COM
PEGADA EUROPEIA
Há muito, as heras ostentam o topo da lista das
plantas mais populares em todo o mundo. Na
Europa, seu principal berço, elas já faziam parte do
paisagismo dos castelos e palácios na Idade Média.
Existem 19 espécies que integram o gênero
Hedera — todas trepadeiras ou rastejantes —, mas
são a Hedera canariensis (hera-das-Canárias) e a
Hedera helix (a famosa hera-inglesa que, segundo
a American Ivy Society, tem mais de 400 cultivares
registrados) que protagonizam no paisagismo.
Essas heras são muito vigorosas e desenvolvem
poderosas raízes adventícias (aéreas) que
despontam a partir dos nós ao longo da ramagem, o
que permite a elas aderir em praticamente
qualquer obstáculo. Se deixadas crescer er livremente,
podem escalar alturas vertiginosas
de mais de 30 metros. No solo, seu
desenvolvimento é tão adensado que
forma verdadeiros tapetes verdes.

A hera-das-Canárias
(Hedera canariensis) é muito parecida
com sua parente Hedera helix.
Suas folhas são um pouco maiores
e mais brilhantes
NATUREZA | 33 |
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PAISAGISMO: CORNELIA VON AMMON

O singônio (Syngonium podophyllum) é uma trepadeira


com sistema foliar volumoso que pode compor
grandes manchas vistosas em canteiros sombreados

A FANTÁSTICA
DIVERSIDADE
DO SINGÔNIO
O singônio (Syngonium podophyllum) é uma
trepadeira rastejante relativamente comedida,
que cresce por volta de três ou quatro metros de
comprimento quando ancorada. Também da família
das aráceas, sua beleza foliar inspirou horticultores
mundo afora no desenvolvimento de cultivares.
E o resultado desse trabalho surpreende. As
folhas dessas novas variedades, com formato
sagitado e com uma média de 15 cm de
comprimento, apresentam-se como verdadeiras
pinturas. No paisagismo, esse aglomerado de folhas
tem um potencial tão sofisticado como forração que
esse tapete verde pode ser comparado, em uma
analogia bem simples, com um tapete persa.
Os cultivares de singônio não são plantas
baratas, a não ser que se adquira mudas ainda
bem pequenininhas. De qualquer forma, na hora
de compor seu canteiro, seja como forração e
até mesmo como bordadura, leve em conta o
espaçamento entre mudas, que é de 20 cm, para
não comprar plantas demais ou de menos.

| 34 | N A T U R E Z A
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A beleza das folhas do singônio inspirou horticultores


no desenvolvimento de diversos cultivares. Muitas delas
são como verdadeiras pinturas, a exemplo do Syngonium
podophyllum ‘Confetti’, com folhas verde-esbranquiçadas
com máculas vermelhas esparsas
PAISAGISMO: ATMOSPHERA

Syngonium podophyllum 'Emerald Gem' Syngonium podophyllum 'Neon Robusta'

NATUREZA | 35 |
Distribuição
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PAISAGISMO: RAUL CÂNOVAS

A TREPADEIRA
DURA DE MATAR
No rastro das famosas heras, existe outra trepadeira
igualmente popular mundo afora que curiosamente
também incorpora em um dos seus nomes
populares a palavra hera: é a hera-do-diabo.
Essa trepadeira (Epipremnum aureum), também
conhecida como jiboia, há muito é uma das plantas
mais usadas para decorar interiores — é a típica
planta de vó e precursora do contemporâneo urban
jungle —, cultivada em vasos como pendente.
Vem daí o nome hera-do-diabo, porque é quase
impossível de matar, uma vez que ela costuma
permanecer relativamente viçosa mesmo quando
mantida em um cantinho escuro dentro de casa,
com poucos cuidados.
Apesar de muito vigorosa, quando cultivada
como forração, ela até que se mantém comportada.
Suas folhas com formato de coração não passam
de 20 cm de comprimento. Agora, se ela conseguir
se escorar em uma árvore no meio do caminho, vai
desenvolver dimensões gigantescas. Suas vigorosas
raízes aéreas, que despontam a partir dos nós,
conseguem fazer com que ela escale alturas de
aproximadamente 20 metros.
Um fato curioso inerente em algumas espécies
da família das aráceas (Araceae) — especialmente
trepadeiras e hemiepífitas —, como a jiboia, é o
dimorfismo foliar que elas apresentam conforme
vão crescendo para o alto, em direção à luz. Suas A jiboia é uma trepadeira gigantesca e muito vigorosa quando
folhas alteram o formato juvenil, e podem atingir escorada em uma árvore. Mas, cultivada no chão, ela se comporta
mais de 90 cm de comprimento.
p como uma forração e seu sistema foliar é bem comedido

FOREST AND KIM STARR - FLICKR

Precursora dos
contemporâneos
urban jungle,
a jiboia é uma
das plantas
mais antigas
em cultivo na
decoração de
interiores

| 36 | N A T U R E Z A
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PAISAGISMO: ATMOSPHERA

Uma verdadeira preciosidade da Natureza,


a jiboia-luz-da-lua é uma trepadeira ainda rara
no Brasil que pode ser cultivada como forração e
garantir um efeito paisagístico extraordinário

UMA FOLHAGEM
BELA COMO
A LUZ DA LUA
Ainda rara no Brasil, a jiboia-luz-da-lua (Scindapsus
treubii), também denominada popularmente jiboia-
-moonlight e corujinha, é uma trepadeira da família das
aráceas nativa da península da Malásia, de Java e de
Bornéu que aos poucos começa a se fazer presente por
aqui. Mas prepare o bolso. Atualmente, uma mudinha
de poucos centímetros não sai por menos de R$ 150.
O valor da planta pode ser questionável, mas a
beleza da folha jamais. Com um formato de coração
ligeiramente torcido, ela exibe um exótico colorido
acinzentado brilhante — a própria luz da lua — com
o veio central em tom verde-petróleo. Seu efeito
paisagístico sob a projeção da copa de uma árvore, com
fachos de luz do sol que porventura refletem sobre a
superfície de suas folhas, é algo tão mágico que vale
cada centavo investido.

NATUREZA | 37 |
Distribuição
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MACIÇOS EM FORMA DE FORRAÇÃO:


VARIEDADE E BELEZA NO JARDIM
Como o importante é proteger o solo e dar beleza, boa parte
das espécies pequenas pode ser usada em conjunto, o que
costuma dar ótimo resultado no paisagismo

P
ara uso no paisagismo, qualquer planta
de baixo porte capaz de formar maciços
densos, ocultando completamente o solo,
qualifica-se como uma excelente opção
para forração.
A diversidade de plantas disponíveis para
essa finalidade é vasta, oferecendo alternativas
para as mais variadas condições e preferências,
desde locais de sol pleno a áreas de meia-
-sombra ou sombra integral, adaptando-se a
climas quentes ou frios de regiões montanhosas.
Essas plantas apresentam características
estruturais diversas. Algumas são rizomatosas,
com caules subterrâneos que crescem
horizontalmente e geram tufos de folhas, como
é o caso do agapanto e dos clorofitos. Outras
têm caules densamente ramificados com uma
profusão de folhagem, incluindo espécies
floríferas como os beijos-pintados e a falsa-
-Érica, que contribuem com uma explosão de
cores e texturas para o jardim.
Essa ampla variedade permite aos paisagistas
e amantes do jardim criar composições únicas
e personalizadas, adequando-se a cada espaço
e conceito paisagístico, transformando os
canteiros em verdadeiras obras de arte viva.

PAISAGISMO TROPICAL
É COM ELA MESMA
Essa planta nobre é um cultivar da espécie-tipo Tradescantia
spathacea, denominada 'Sitara' — outrora conhecida como
‘Hawaiian Dwarf’. Essa variedade anã, que pode ter um
porte entre 15 cm e 30 cm de altura, desenvolve uma densa
roseta de folhas em forma de espada que nascem de forma
espiralada a partir de um curtíssimo caule. O colorido das
folhas, que têm uma consistência suculenta e textura cerosa,
é uma verdadeira pintura.
Seu efeito na composição de maciços, seja na forma
de uma forração ou como bordadura, enobrece qualquer
paisagismo tropical. O abacaxi-tricolor-anão deve ser
plantado com um espaçamento de 20 cm entre mudas, sob
sol pleno ou à meia-sombra, em solo rico em matéria orgânica
e| regado
38 | Nregularmente.
ATUREZA
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O co
col
colorido
lori
lori
lo rido
do impactante
imp
mpacacta
ac tant
ta nte
nte da
das
das
ffolhas
fo
olh
lhas
a do abacaxi-tricolor-
ab
bac
acaxi-tricolorr-
anão possibilita
an
anão possisib
bilita
ta verda
verdadeiras
dadedeir
i ass
composições
comp
mposiççõe tropicalíssimas
ões trop picallís
íssi
simaas
n s ca
no
nos cant
canteiros
tei
eirros
PAISAGISMO: ATMOSPHERA

NATUREZA | 39 |
Distribuição
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O CURINGA
DAS SOMBRAS
Os clorofitos são verdadeiros curingas
para locais sombreados. Além do
aspecto delicado que impõem
ao paisagismo, seja compondo
maciços na forma de uma forração
ou como bordadura, suas folhas
longilíneas e arqueadas, com estrias
esbranquiçadas, proporcionam um
efeito “clareador” ao canteiro. É como
se eles “iluminassem” o ambiente.
Perfeitos no cultivo sob a copa das
árvores, eles também fazem bonito
em vasos, especialmente pelas
brotações laterais que pendem.
Há muito os clorofitos são plantas
bem conhecidas no paisagismo,
especialmente as variações da
espécie Chlorophytum comosum:
o ‘Variegatum’, com estrias
esbranquiçadas na borda das folhas e
verde-claro no centro; e o ‘Vittatum’,
com uma estria esbranquiçada ao
longo da nervura central e verde-
-escuro na borda.
Já a espécie Chlorophytum capense
‘Variegata’ ainda é considerada uma
novidade. Muito semelhante ao
Chlorophytum comosum ‘Vittatum’,
suas folhas são menores, mais eretas
e bem mais largas. Sua variegação
também se dá na parte central,
sendo que ele começa com um tom
amarelado na base e termina em
tom creme. Apesar dessa planta ser
endêmica da Província do Cabo,
na África do Sul, onde o clima é
subtropical frio, ela se dá muito bem
no calor dos trópicos.
Os clorofitos precisam de um
espaçamento de aproximadamente
20 cm entre as mudas e gostam
de solo solto e rico em matéria
orgânica, bem drenado e mantido
sempre úmido. As hastes florais,
que despontam nos períodos mais
quentes, são longas e arqueadas,
e ao término da florada essa mesma
haste desenvolve novas mudas
na sua extremidade.

O Chlorophytum capense ‘Variegata’ ainda é pouco conhecido no Brasil. Seus tufos foliares são eretos, adensados
e proporcionam maciços surpreendentes com suas mesclas amareladas e esbranquiçadas
| 40 | N A T U R E Z A
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Chlorophytum comosum 'Vittatum'

Os clorofitos — também conhecidos como gravatinhas


—, independentemente se o cultivar é o ‘Varigatum’ ou o
‘Vittatum’, desenvolvem tufos foliares desde a base e suas
folhas são arqueadas e até pendentes na parte mais periférica

PAISAGISMO: GILBERTO ELKIS


As flores dos clorofitos nascem agrupadas na ponta de
longas hastes e, ao término de seus ciclos, elas cedem
seu lugar para novas mudas tufosas. Quando cultivadas
Chlorophytum comosum 'Variegatum'
em vaso, essas mudas pendentes proporcionam um
efeito inusitado de grande valor ornamental

NATUREZA | 41 |
Distribuição
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FALSA NO NOME
ÓTIMA NO JARDIM
A falsa-Érica (Cuphea gracilis) é uma semi-herbácea
que se parece muito com um miniarbustinho — não
passa de 30 cm de altura. Muito ramificada desde
a base, ela desenvolve um denso sistema foliar
formado por folhas diminutas. Suas pequenas
flores, que podem ser brancas, róseas ou lilases,
despontam ininterruptamente ao longo de todo o
ano e são melíferas.
Típica de clima tropical, tolerante ao frio
subtropical desde que a região não sofra com geadas,
a falsa-Érica é perfeita para compor grandes maciços
na forma de forração ou bordaduras de canteiros ao
longo de caminhos. Ela adora sol.
Ŋ÷ŔÜōòÜŔƿĺō÷ŔòÜĈÜīŔÜʹ ōĖìÜŔ÷ō÷ıë÷ıŊ÷ŌŞ÷IJÜŔ͟
elas despontam com tanta profusão que chegam a
proporcionar um colorido exuberante

| 42 | N A T U R E Z A
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PAISAGISMO: BUDRECAS E FERRARI

A falsa-Érica tem um
formato semicircular e,
ao cultivá-la em maciços
em canteiros, seja como
bordadura ou forração,
provoca um efeito
volumétrico bem orgânico
e com aspecto silvestre

NATUREZA | 43 |
FAÇA VOCÊ
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MESMO

FORRAÇÕES
NA PAREDE
Explore as diversas utilidades das
forrações e faça um arranjo fácil com m
VOCÊ VAI PRECISAR DE:
vasos na parede TEXTO E FOTOS AIDA LIMA • quatro ou mais vasos de parede
• isopor como fundo de drenagem

E
• parafusos e buchas para pendurar os vasos
sparramadas pelo jardim, ou usadas como • parafusadeira
plantas pendentes, as forrações têm • terra adubada
diversos usos no paisagismo. Explore essa • um pedaço de manta de drenagem
versatilidade e aproveite para criar jardins • uma pá de mão
verticais criativos, desses que podem ser montados • mudas de forrações (na foto ao lado temos
com vasos de parede. A graça está em misturar as sugestões que usamos na matéria)
plantas de desenhos e texturas diferentes.
Neste passo a passo, todas têm coloração rubra. O
dinheiro-em-penca (Callisia repens), no entanto, é de
folhas miúdas e cresce compacto. Já a batata-doce- da reportagem, sombra ou sol pleno. Vale ainda
ornamental (Ipomoea batatas) é mais larga e pende os reforçar que a grande vantagem de cultivar forrações
ramos, assim como o lambari (Tradescantia zebrina), em vasos separados é a possibilidade de combinar
que ainda tem folhas em forma de lança. Dessa forma, no mesmo lugar espécies ou variedades que exigem
a parede ganha movimento e um mosaico sortido. mais ou menos umidade. Crescendo em células
Quanto ao cultivo, todas as plantas precisam ter individuais, elas podem receber água de acordo com
a mesma exigência de luz: meia-sombra, como essas a necessidade hídrica. Acompanhe!

PASSO A PASSO
COLOQUE
pedaços de isopor
no fundo do
vaso. Ocupe, no
máximo, 1/3 do
recipiente com
essa camada
drenante. O
isopor substitui
o pedrisco, as
pedras e até a
argila expandida,
com a vantagem
COLOQUE POR CIMA do isopor um
de ser inerte e
pedaço de manta geotêxtil para separar
muito leve.
o substrato da camada de drenagem.

| 44 | N A T U R E Z A
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Tradescântia-roxa
(Tradescantia zebrina)
Perene, suporta bem pouca

Vasos: Vasart
irrigação. Regue apenas quando
o solo estiver seco.

Dinheiro-
-em-penca
(Callisia re
pens)
Adora um
idade.
Portanto
, regue co
frequênc m
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com ench as cuidado
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Batata(-Ipdomoea batatnaus)al. Gosta de
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NATUREZA | 45 |
Distribuição
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MISTURE AO SUBSTRATO um pouco de perlita.


ACRESCENTE SUBSTRATO ao vaso com Esse material incha com as regas e vai liberando
terra adubada própria para folhagens. Ocupe água aos poucos conforme a terra seca. Isso ajuda a
até preencher 2/3 do recipiente. manter o substrato úmido por mais tempo.

FIXE OS PARAFUSOS na parede e encaixe os


vasos um a um, formando o desenho desejado.
Esses módulos usados no passo a passo
permitem desenhos variados. Podem ter a boca
virada para cima, para valorizar as plantas mais
PLANTE as espécies em cada vaso e complete os vãos compactas, ou de lado, para que os ramos das
em volta do torrão com o substrato adubado. pendentes possam se inclinar para baixo.

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VASOS DE PAREDE
Eles podem ser pendurados juntos ou separados,
mas, independentemente do desenho que formarem na
parede, são uma alternativa prática e rápida de
jardim vertical. Conheça algumas novidades.

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VASO DE PAREDE Produzido
em resina de polipropileno com
acabamento e detalhes em
alto relevo e borda abaulada.
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VASO TUBO Com desenho exclusivo e


assinatura dos arquitetos paisagistas
Luiz Felipe e Luiz Gustavo, da Folha
NORONHA Feito em
Paisagismo, o vaso é feito em polietileno
material 100% polietileno,
e mede 12 cm x 26 cm. R$ 163,96 cada.
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ultravioletas. Mede 18 cm
x 22 cm em diversas cores.
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VASO COLMEIA Em polipropileno, é feito com 75% de material reciclado


e mede 29 X 25 cm cada. R$ 100 em média. www.vasart.com.br.

NATUREZA | 47 |
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UM PLANETA,,
MUITAS RELAÇÕE S

O liveira,
A ÁRVORE DE JESUS
A
Se depender da Bíblia, cho lindo que o nascimento de Cristo seja associado
a uma árvore, mas implico com essa ditadura dos
a árvore que sempre pinheiros. Diz a lenda que, por possuírem as folhas
sempre verdes, são uma árvore ligada à prosperidade.
acompanhou Jesus foi a Entendo a relação, mas acho que outras árvores, com
suas próprias características, poderiam muito bem exercer o papel de
oliveira. Prova disso ´iUYRUHGH1DWDOµUHVSHLWDQGRDORFDOL]DomRJHRJUiÀFDGDVIDPtOLDV
é que o Livro Sagrado É curioso que, vivendo em um País tropical, eu monte anualmente na
minha sala uma árvore que não é típica daqui. Me parece um desperdício
está recheado de citações armar uma árvore falsa, quando existem tantas plantas interessantes
que serviriam para lembrar as coisas bonitas de que se trata o Natal. Se
da Olea europaea levarmos em consideração que a data celebra o nascimento de Cristo,
John Theodor - Shutterstock

LUIZ MORS CABRAL é biomédico com


pós-doutorado na Bélgica e professor na
Universidade Federal Fluminense, onde faz
pesquisas para identificar os genes envolvidos
no desenvolvimento vegetal.
Também realiza projetos
de divulgação científica
sobre a domesticação
das plantas, sempre
usando uma
linguagem cativante.
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então a adoção dos pinheiros como árvore símbolo se
torna ainda mais insustentável. Ora, não há árvore mais
ligada ao cristianismo do que as oliveiras (Olea europaea L.
subsp. europaea).
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frente para Jerusalém. O cume mais alto do monte alcança ça
quase 900 metros de altitude, e mesmo Jerusalém sendo
uma cidade alta, com algumas centenas de metros acimaa
do nível do mar, a elevação do Monte das Oliveiras aindaa
é imponente. O Antigo Testamento menciona o monte
algumas vezes. Foi em um de seus cumes que o rei
Salomão construiu altares aos ídolos cultuados por suas
esposas estrangeiras, causando problemas com os judeus. s.
Provavelmente por isso o cume mais ao sul foi chamado
de Monte da Ofensa. Depois, em uma de suas visões, o profeta
ofeta
Ezequiel viu a nuvem da glória de Deus partir da cidade de Jerusalém e seguir para leste,
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D=DFDULDVPHQFLRQDR0RQWH
das Oliveiras em uma profecia relacionada ao julgamento o divino. O profeta fala dos pés O Monte das Oliveiras
do Senhor tocando o Monte das Oliveiras e o monte sendo partido ao meio. Na famosa ƾìÜò÷Ĉō÷IJŚ÷ÜF÷ōŞŔÜīøıͤ
lenda da Arca de Noé, a pomba enviada por Noé para buscar por terra tirou um ramo de ìĖŚÜòĺıŞĖŚÜŔŵ÷Ƃ÷Ŕ
oliveira do Monte das Oliveiras, quando o nível das águas do dilúvio começou a baixar. IJĺIJŚĖĉĺx÷ŔŚÜı÷IJŚĺ÷
Mas é no Novo Testamento que o Monte das Oliveiras ganha ainda mais ÷ōÜŞıīŞĉÜōĺIJò÷F÷ŔŞŔ
protagonismo, convertendo-se em um dos locais de descanso preferidos de Jesus Ŕ÷ıŊō÷ĖÜĺōÜō
fora de Jerusalém. Foi nas cercanias do Monte das Oliveiras que Jesus deu início à sua

NATUREZA | 51 |
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Presente na história da humanidade desde sempre,
originalmente o óleo de oliva era usado para alimentar
o fogo das lamparinas. Só depois se tornou comestível

photostar72 - Shutterstock
entrada triunfal em Jerusalém, e foi após contornar maior conteúdo de óleo e mais uniformes. Nelas, o
uma das curvas na descida do monte que Jesus chorou óleo também é de melhor qualidade, menos ácido e
ao contemplar a cidade. Na noite em que foi traído, mais propenso à alimentação. Antes da domesticação,
Jesus foi orar no Monte das Oliveiras, no jardim do apesar de também ser consumido, o azeite era
*HWVrPDQLTXHVLJQLÀFDH[DWDPHQWH´SUHQVDGH utilizado majoritariamente para alimentar o fogo das
azeite”, ou seja, era ali que a fruta era esmagada para lamparinas. As árvores selvagens também são bastante
conseguir o óleo de oliva. Inclusive, quando Judas espinhosas, uma característica que a domesticação
entregou Jesus à legião romana que dominava a tratou de eliminar (ou pelo menos diminuir bastante).
cidade, ele estava escondido no Jardim do Getsêmani. A domesticação resultou no espalhamento da árvore.
As oliveiras da época de Cristo são variedades Antes restrita ao Levante, por volta de 6 mil anos atrás
domesticadas a partir de um ancestral (Olea europaea todo o sudeste do Mediterrâneo começou a apresentar
var. sylvestris). Elas produzem grandes quantidades um aumento maciço do pólen da oliveira em camadas
de pólen, típico de espécies polinizadas pelo vento, geológicas. Em muitos lugares, esse aumento está
e esse pólen, acumulado em camadas profundas associado à diminuição de restos arqueológicos de
do solo e preservado ao longo dos milênios, pode pinheiros e carvalhos, indicando que essas árvores
VHULGHQWLÀFDGRFRPEDVWDQWHSUHFLVmR'HVVD estavam dando lugar às oliveiras domesticadas.
forma, sabemos que essa árvore dominava a As árvores que acompanharam Jesus faziam
região do Levante (que engloba o que parte da vida de todo cidadão de Jerusalém.
hoje conhecemos como Síria, Líbano, Eram fonte de alimento, proporcionavam
Jordânia, Israel e Palestina) já a 700 mil iluminação nas casas, eram usadas
anos atrás. A variedade domesticada nos rituais religiosos e faziam parte
só começa a aparecer por volta da economia de toda a região. A
de 7 mil anos atrás. Variedades domesticação espalhou as
selvagens ainda existem na oliveiras ao redor do mundo, de
região, e, portanto, sabemos tal forma que o azeite de oliva
que a domesticação focou é parte da cozinha das mais
na produção de plantas diferentes culturas, espalhando-
com mais frutos, com -se tanto quanto o próprio
cristianismo. Pensando nas
r÷ÜđĖŔŚĻōĖÜò÷ōĖŔŚĺĈĺŔŔ÷ IHVWDVGHÀPGHDQRJRVWDULD
ī÷ŵÜòÜ÷ıìĺIJŚÜò÷ŵ÷ōòÜò÷͟ que as oliveiras tivessem um
ÜÝōŵĺō÷ò÷QÜŚÜīŔ÷ōĖÜŞıÜ papel mais importante dentro das
celebrações católicas.
ĺīĖŵ÷ĖōÜ͟IJŞIJìÜŞıŊĖIJđ÷Ėōĺ

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| 54 | N A T U R E Z A iveira Sant
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Fotos: Silvia Jeha

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“—‡’ƒ••‡‹ƒŽ‹˜”‡‡–‡ “E as orquídeas-baunilhas? Talvez tenha sido o meu maior amor
’‡Žƒ˜‹Žƒ•‡”‹ƒ‡•’ƒ–ƒ†‘• vegetal de toda a viagem. É endêmica, ou seja, só existe por lá”
’‘” ƒ Š‘””‘•‘— ƒ­ƒ†‘•
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SILVIA JEHA É herborista e nutricionista formada em 1988.


Sócia do Sabor de Fazenda (@sabordefazenda), acredita que o
contato com a terra é a essência do nutricionismo.

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PO•
•GARIM

Na trilha Lindas flores


e folhagens
garimpadas pelo

DO VERDE nosso colaborador


Texto e fotos Murilo Soares

FALAENÓPSIS-BICOLOR
(Phalaenopsis tetraspis)
Os colecionadores de orquídeas adoram essa espécie nativa
da Índia e da Indonésia. Ela é bem difícil de encontrar no
Brasil, por isso é considerada rara, mas ao mesmo tempo, é
uma espécie de fácil cultivo. De crescimento moderado, pode
atingir até 30 cm de altura, com flores bicolores que chegam
até 6 cm de diâmetro. Perfumadas, elas surgem durante a
primavera e o verão. Como a planta é uma epífita, pode ser
fixada em tronco de árvores ou em toquinhos de
madeira. Vai bem também em vasos, desde
que seja acomodada em uma mistura
própria para orquídeas.
Gosta de meia-sombra e local
úmido e fresco. Não aprecia regiões
com inverno rigoroso. Mudas podem
ser adquiridas com o produtor
As flores dessa falaenópsis são pequenas, bicolores de plantas raras Wesley (www.
e perfumadas. Surgem na primavera e no verão orquistudio.com.br) a partir de R$ 200.

PULMÃO-DE-AÇO (Alocasia cuprea)


Folhagem muito ornamental, essa Alocasia era bastante cultivada
antigamente pelas vovós. Era ainda uma das preferidas do paisagista
Roberto Burle Marx que adorava usá-la em seus projetos. Caiu
HPGHVXVRSRUXPERPWHPSRPDVȴQDOPHQWHYROWRXDID]HU
VXFHVVRQRV¼OWLPRVDQRV‹DSODQWDGDYH]HQWUHRVMDUGLQLVWDV
apaixonados por urban junglesTXHYHHPQHODDEHOH]DGDVIROKDV
cor-de-cobre-chumbo, com o verso púrpura-avermelhado e
nervuras bem acentuadas que lhe renderam o nome popular.
A pulmão-de-aço é perfeita para o cultivo no jardim ou em
YDVRVHPDPELHQWHVLQWHUQRVGHVGHTXHȴTXHHPDOJXPFDQWRGD
FDVDSUµ[LPDGHXPDOX]QDWXUDOGLIXVDQXQFDRVROSOHQR
Aprecia umidade, mas sem
As folhas cor-de-cobre-chumbo
encharcamento. Mudas são dessa bela Alocasia são grandes
FRPHUFLDOL]DGDVQRYLYHLUR(QWUH5D¯]HV e se destacam na decoração ou
%RW¤QLFD ZZZHQWUHUDL]HVFRPEU D no jardim em locais sombreados
partir de R$ 80.

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DO VERDE

ROSA-DE-PEDRA-LÍNGUA
(Echeveria ‘Lingua’)
A espécie-tipo que originou essa
mutação é nativa do México. A herbácea
é composta por folhas espatuladas,
verde-claras, carnosas e cerosas com
protuberâncias que lembram o mesmo
efeito da superfície de uma língua, por
isso seu nome popular.
As folhas nascem agrupadas em
rosetas densas, com até 20 cm de
diâmetro. Apresentam no centro uma
inflorescência ramificada, formada
por pedúnculos eretos e curvos que
sustentam flores delicadas cor-de-
palha. O mais comum é cultivar a
planta em vasos e jardineiras, mas
fica linda também em canteiros
ensolarados, compondo bordaduras de
jardins rochosos.
Necessita de solo ou substrato
poroso, acrescido de matéria orgânica,
regado somente quando estiver seco.
Mudas são conseguidas por meio da
retirada de brotações laterais.
Vasos podem ser adquiridos na
Cactos Brasil (www.cactosbrasil.com.br)
a partir de R$ 90.

CRÓTON-QUEEN
(Codiaeum variegatum)
Apresentado aos jardinistas brasileiros
pelo produtor Magna Flora na primavera de 2023,
esse cróton é um arbusto que se destaca pela
FRORUD©¥RGHVXDVIROKDVȴQDVFRPSULGDVH
levemente retorcidas. Elas têm uma mistura
de tons de vermelho, roxo-escuro, laranja e
amarelo que ilumina qualquer cantinho do
jardim em canteiros, como planta isolada ou
ainda como cercas vivas. Tem crescimento
moderado e atinge no máximo 3 metros de
altura, por isso, vai bem inclusive em vasos
na decoração.
Prefere meia-sombra e substrato rico em
matéria orgânica, com umidade moderada e
adubação mensal com adubos orgânicos do tipo
Bokashi para estimular sua brotação. Mudas em
vasos com 60 cm de altura podem ser adquiridos
QR&($)/25 ZZZFHDȵRUFRPEU DSDUWLUGH5

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A maranta-bicolor-
MARANTA-TRICOLOR-VARIEGADA (Stromanthe sanguinea Ȇ+RUWLFRORUȇ -variegada impressiona
Lançada no Brasil em 2020 pelo produtor Acosta brasileira. Tem crescimento lento e pelos diversos tons de
suas folhas e o destacado
Plantas Ornamentais, de Holambra – SP, a planta ȴFDOLQGDFRPSRQGRPDFL©RV
verso rosa-arroxeado
impressiona pela beleza das folhas variegadas. no jardim ou plantada em vasos
Elas apresentam uma coloração que mistura tons e jardineiras.
de rosa, bege e vários tipos de verde na mesma Aprecia solo rico em matéria orgânica mantido
face e o verso é rosa-arroxeado, que faz com que o sempre úmido, em locais de meia-sombra ou sol
conjunto seja espetacular, independentemente do pleno. A propagação é feita por meio da divisão da
lado que se observa. planta-mãe. Vasos podem ser encontrados na Ceasa
A maranta-tricolor-variegada pode chegar até GH&DPSLQDV ZZZPHUFDGRGHȵRUHVFRPEU D
1 metro de altura e surgiu a partir da espécie-tipo partir de R$ 60.

ESTRELA-HIBRIDA
(Orbea caudata x Stapelia gigantea)
Suculenta híbrida, fruto do cruzamento de Orbea com Stapelia, ambas
originárias da África do Sul. Tem ramos carnosos de até 20 cm de
comprimento compostos por quatro faces de bordas denteadas, que
atingem no máximo 20 cm de altura. Suas flores surgem a partir de
setembro até dezembro, são lindas e chamativas em forma de estrela,
de cor vermelho-escuro, planas e cobertas por estrias amareladas. Elas
apresentam uma pelugem delicada e exalam um cheiro ruim de carne
em decomposição para atrair moscas, suas polinizadoras. A planta é
uma excelente opção para vasos, sob sol pleno ou meia-sombra, com
solos férteis, leves, arenosos e acrescidos de pouca matéria orgânica,
com regas regulares. Mudas podem ser encontradas no Le Jardin
Suculentas (www.lejardinsuculentas.com) a partir de R$ 20.

MURILO SOARES é Engenheiro Florestal apaixonado pelo verde.


Colaborador da revista Natureza há mais de dez anos, é fundador
da maior Comunidade de leitores da revista no Facebook, até
o momento com mais de 54 mil membros. Influencer digital e
apresentador, atualmente pode ser visto no YouTube, em cursos on-
-line e no quadro Viva o Verde para o programa É de Casa da TV Globo.
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Mestre das Orquídeas


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GUIA P R Á T I C O DE

Jardinagem
POR EDILSON GIACON

FRUTÍFERAS
CURIOSAS E LIMÃOZINHO-
-VERMELHO-DOCE

DIFERENTES
(Triphasia trifolia )

O
Conhecido como limeberry, esse
arbusto do Sudeste Asiático é
vasto mundo das frutíferas oferece favorito entre os bonsaístas. Não
uma riqueza que vai muito além ultrapassa dois metros de altura
das tradicionais tangerinas e e, em vaso, já começa a frutificar
mangas. Tenho um carinho especial quando atinge 30 cm. Produz
abundantemente pequenos frutos
pelos menores cítricos do mundo, que valem
vermelhos, saborosos e adocicados.
a pena ser cultivados não apenas pelo sabor
único, mas também pelo prazer de ter algo
raro e curioso. É difícil encontrar quem não
se encante por eles.
Existem outras curiosidades fascinantes,
como uma nativa brasileira que lembra MINITANGERINA
a groselha europeia; e a pixirica, uma PONKAN
(Citrus japonica ‘Kinz’)
frutinha que tinge a língua de roxo,
divertindo as crianças. Experimente incluir Não passa de 1 metro de
altura e frutifica quase
essas raridades no seu jardim e veja seu
o ano todo. É muito
paisagismo ganhar uma nova dimensão. adaptável e de fácil
cultivo. Prefere sol pleno
e solos bem drenados.
Só não gosta de local
encharcado.
MICRO-CÍTRICOS:
FOTOS: GUSTAVO GIACON

VOCÊ NUNCA
VIU NADA IGUAL
São três espécies de frutíferas notáveis
pela pequenez de seus frutos, que são
do tamanho de grãos de feijão ou um
pouco maiores. O que as torna ainda mais
especiais é a casca perfumada, a polpa doce
e agradável, e a facilidade de cultivo. São
verdadeiras joias para qualquer jardim.

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SEVERINIA-CHINESA
(Atalantia buxifolia)
Essa arvoreta nativa do sul da China é ornamental e
muito produtiva. Antigamente chamada de Severinia
buxifolia, seus pequenos frutos negros são
aquosos, doces e apreciados tanto por
humanos quanto por pássaros. Rústica,
adapta-se ao sol pleno ou à meia-
-sombra e começa a frutificar entre
um e dois anos após o plantio. Ela
é ótima também para arborização
urbana e suas flores brancas e
perfumadas são muito visitadas
pelas abelhas melíferas,
além dos frutos que os
pássaros adoram.

CÍTRICOS DE FOLHAS LIMÃO-GALEGO-


VARIEGADAS Citrus (
-VARIEGADO
× aurantiifolia ‘Variegata’)
Se as plantas com folhas variegadas
sempre atraem a atenção, no caso das Produz frutos de casca
fina e polpa muito suculentaa
frutíferas, elas se tornam perfeitas para
excelente para o preparoo
serem usadas no paisagismo integradas de limonadas, caipirinhas,
as,
a outras plantas ou em vasos. sorvetes e até ser usado como
mo
agre.
tempero no lugar do vinagre.

TANGERINA-PONKAN-VARIEGADA
(Citrus reticulata ‘Ponkan Variegata’)
Se a tangerina ponkan já é a rainha dos pomares e muito
integrada ao paisagismo, esse cultivar dá um espetáculo à
parte tanto pelas folhas quanto pelos frutos, todos vestidos
de verde e amarelo. Mais recomendada ainda porque a
variedade, infelizmente, é muito rara, quase extinta nos
quintais brasileiros. Dá frutos ácidos, mas muito saborosos.

LIMÃO-CRAVO-VARIEGADO
(Citrus × limon ‘Variegata’)
Também chamado de rosa, capeta ou
vinagre, esse limão é uma variedade
natural do tradicional limão-cravo.
Tem ainda o diferencial de ser difícil
de encontrar, o que só recomenda o
seu uso. Frutifica bastante e dá frutos
arredondados muito suculentos,
porém ácidos, perfeitos para serem
usados como tempero ou em sucos.

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O chal-chal (abaixo) é nativo e se


parece muito com a groselha europeia
(ao lado), que não vai bem no Brasil.
O nome popular chal-chal é uma
homenagem ao pássaro que
aprecia seu frutos

Foto: Gustavo Giacon


A SIMILAR Coma pixiricas
BRASILEIRA e fique com a
DA GROSELHA língua roxa
S A
e você nunca viu um pé de groselha, Miconia crenata, um
não se sinta sozinho. É que tanto a arbusto nativo do Br
asil, é
planta quanto o xarope derivados do popularmente conh
ecida como
fruto da árvore groselha, o Ribes rubrum, pixirica, termo de or
igem indígena
é bem raro mesmo. A espécie é nativa do que se traduz como
“árvore que cura”
hemisfério norte, crescendo em áreas montanhosash com ou “fruta que tinge
a língua”. Esse
climas frios e nebulosos — condição que não é encontrada arbusto é muito impo
rtante por seus
pe quenos frutos arro
facilmente no Brasil. E, a propósito, o xarope de groselha xeados, que são
ric os em vitamina C
vendido por aí é feito artificialmente. e antioxidantes.
É ainda uma diversã
Curiosamente, no Brasil, temos uma frutífera nativa o para as crianças
indígenas, que os co
que oferece frutos semelhantes e igualmente deliciosos, mem para colorir a
língua de azul.
consumidos tanto in natura quanto na forma de xarope. Além de frutos sabo
Estamos falando do chal-chal (Allophylus edulis), um arbusto rosos, a pixirica
se destaca-se pela be
la folhagem
que pode atingir até 7 metros de altura. O nome “chal-chal” repleta de nervuras
e delicadas flores
é uma homenagem ao chal-baeta ou tiê-sangue, uma ave brancas. De porte pe
queno, adapta-se
vibrante e vermelha-sangue, símbolo da Mata Atlântica, que bem a espaços re du
zidos no jardim e a
é particularmente fã desses frutos. locais sombreados,

vo Giacon
sendo ideal para o
O chal-chal não é apenas saboroso, mas também cultivo em vasos ou
como cerca viva.
altamente ornamental, tornando-se uma excelente escolha Como uma PANC (Pl

Fotos: Gusta
antas Alimentícias
para o paisagismo e a arborização urbana, assim como para Não Convencionais)
, ela é encontrada
o reflorestamento de áreas degradadas, especialmente espontaneamente em
quas e
to do o território bras
nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Para um cultivo bem- ileiro,
oferec endo tanto va
-sucedido, recomenda-se um solo fértil com umidade lor
estético quanto nutri
constante, mas com boa drenagem. Sob condições de sol cional..
pleno ou meia-sombra, o arbusto começa a frutificar entre

A folhagem da pixirica é
dois e três anos após o plantio.

ıŞĖŚĺëĺIJĖŚÜ÷ƾìÜë÷ıIJĺ
XAROPE DE GROSELHA NATIVA paisagismo. Mas é o fruto
das
Bata 3 kg de chal-chal no liquidificador com arroxeado que faz a alegria
um pouco de água. crianças por tingir a línguaa
Com uma peneira, separe o suco e descarte a polpa.
Misture o suco com 1 quilo de açúcar e leve ao fogo
para ferver até apurar e ficar em ponto de xarope. EDILSON GIACON tem mais
Espere esfriar e guarde na geladeira. de 40 anos de experiência na produção
O xarope, depois pode ser diluído para o preparo de espécies ornamentais, frutíferas,
nativas e plantas em risco de extinção.
de sucos e receitas diversas.
É proprietário da Ciprest Mudas e
Plantas (www.ciprest.com.br).
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