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Arsenal 12 - Tubulões (2.0)
Arsenal 12 - Tubulões (2.0)
TUBULÕES
Definição
Via de regra despreza-se a parcela de atrito lateral do tubulão. Desta forma as cargas
são transmitidas pela base
1) A Céu Aberto
2) Submerso
3) Ar Comprimido (ou pneumáticos)
Assim como para sapatas, e estacas, as formulações teóricas ainda são um assunto
polêmico e transitam melhor no campo de pesquisa. Vários autores têm proposto
métodos semi-empíricos, discutidos nos próximos itens.
A grande diferença entre tubulões e estacas é que nos tubulões há sempre a descida
do homem.
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Recomendação de Berberian:
Mesmo não necessitando de base, deve-se alargar uma pequena base (Db = 80cm)
dobrando-se a segurança praticamente sem acréscimo de custo.
A existência de base, faz com que a carga se transfira mais pela base do que pelo fuste
em tubulões, e é comum na prática de projeto, como se verá mais para frente,
desprezar o atrito lateral gerado.
Permite inspeções visuais in loco realizada por geotecnista experiente. Além disto, é
possível realizar ensaios SPT na base do tubulão, com o objetivo de aferir a resistência
do maciço que suportará o mesmo, liberando para concretagem.
2) Econômico
3) Rápido
Além disto:
4) Pode ser escavado em matacões e camadas muito resistentes, o que não acontece
em estacas.
Condições de escavação
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Sem camisa metálica, recomenda-se escavar em solos com alguma coesão, como:
1) Argila
2) Silte
3) Argila normalmente siltosa
4) Site normalmente argiloso
5) Argila muito pouco arenosa
6) Silte muito pouco arenoso
No caso de solos granulares puros, deve-se revestir o fuste com anéis de concreto ou
camisas de aço, e/ou utilizar ar comprimido, o que acaba encarecendo bastante a
obras. Normalmente esses tipos de tubulões são utilizados em obras-de-arte como
pontes.
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Algumas considerações quanto a geometria dos tubulões:
Dimensionamento do fuste
O cálculo do fuste é realizada conforme abaixo:
Em que:
Af = Área do fuste
P = Carga do pilar
Fcd = Resistência a compressão do concreto de projeto
Sendo que o diâmetro mínimo devido a descida do homem, deve ser de 70cm.
Fck = 18MPa
Fcd = 5MPa
Slump ~ 12cm
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Considera-se a não vibração do concreto, a eventual mistura de solo e lama, e a
provável segregação durante a concretagem, (lançado da boca do tubulão, através de
um pequeno funil), recomenda-se um elevado fator de segurança, mesmo que, por que
via de regra, quem comanda a capacidade de carga de uma fundação, não é o
concreto e sim o solo.
As assertivas acima, só valem para tubulões com carga centrada, com erro de locação
menor do que 10% do diâmetro do fuste e desaprumo vertical menor 1,5% do
comprimento do tubulão (profundidade).
A forma que estamos calculando garante que a pressão máxima realizada ao longo do
fuste não ultrapasse 5 MPa, desta forma, deve-se armar o tubulão apenas com espera
ou armadura de ancoragem.
Dimensionamento da base
Em que:
σa = tensão admissível
Pb = carga que chega a base do tubulão
H = altura total do base
h = altura acima do calcanhar
c = altura do calcanhar (via de regra 20cm ou retirado da tabela abaixo)
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A NBR 6122:2010 limita a altura de tubulões a 1,8m e quando a ar comprido a 3,0m.
Na reunião de discussão desta norma realizada em Brasilia, não se firmou consenso
sobre essa limitação, desta forma, a partir da minha experiência e de outros grande
nomes da literatura (prática), nos casos em que o solo apresenta resistência adequada
pode-se executar bases com maiores alturas.
Em locais em que o solo não ofereça tal segurança, recomenda-se aumentar a atura da
base, α (alpha) até no máximo 90º quando o tubulão perde a base, transformando-se
em um grande fuste.
Face a limitação de obras em que pilares surgem junto a divisa, executa-se tubulões
com base ovalizada (conforme a figura abaixo) e viga de transição buscando o pilar que
nasce junto a divisa.
Fonte das imagens: Livro - Engenharia de Fundações (Prof. Dickran Berberian) que
aliás é um grande entusiasta e defensor dos tubulões. Grande professor e prático da
geotecnia moderna.
Para evitar tensão de tração na base (visto que estamos utilizando concreto simples),
devemos projetar a altura da base de forma que o alguma α (alpha) seja maior ou igual
a 60º
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A NBR 6122:2010 limita a altura de tubulões a 1,8m e quando a ar comprido a 3,0m.
Na reunião de discussão desta norma realizada em Brasilia, não se firmou consenso
sobre essa limitação, desta forma, a partir da minha experiência e de outros grande
nomes da literatura (prática), nos casos em que o solo apresenta resistência adequada
pode-se executar bases com maiores alturas (até 5m) em solos argilosos de boa
coesão (SPT>15).
Em locais em que o solo não ofereça tal segurança, recomenda-se aumentar a altura
da base, α (alpha) até no máximo 90º quando o tubulão perde a base, transformando-
se em um grande fuste.
Face a limitação de obras em que pilares surgem junto a divisa, executa-se tubulões
com base ovalizada (conforme a figura abaixo) e viga de transição buscando o pilar que
nasce junto a divisa.
Fonte das imagens: Livro - Engenharia de Fundações (Prof. Dickran Berberian) que
aliás é um grande entusiasta e defensor dos tubulões. Grande professor e prático da
geotecnia moderna.
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Para evitar tensão de tração na base (visto que utiliza-se concreto simples para a
execução de tubulões), devemos projetar a altura da base de forma que o alguma α
(alpha) seja maior ou igual a 60º
Base
Abc = Abo
Em que:
Inicialmente devemos calcular a área da base como se ela fosse circular, onde:
Onde:
Ab = área da base
σa = tensão admissível
Pb = carga que chega a base do tubulão
Existem vários artifícios técnicos que são utilizados para o cálculo de bases ovalizadas,
o que veremos na prática. De modo geral deve-se calcular a área da base como se
fosse circular, e então procede-se com o cálculo de x e b em que:
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Ab = área da base circular em m²
Definido os valores de (b) e (x), pode-se então calcular (a), por meio da formulação
abaixo:
x=a-b
Deve-se então garantir que o angulo α (alpha) seja maior ou igual a 60º para a base
ovalizada, a partir da formulação:
H=h+c
Em que:
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h = 0,86 x (a - F)
Sendo:
Ovaliza-se a base para diminuir o braço de alavanca entre o fuste do tubulão e o pilar
de divisa.
a≤3xb
b ≥ 1,5 F
b ≥ 80cm
Quando estivermos com recalque próximo de 2cm, ainda não mobilizamos todo a toda
a carga da base, mesmo assim, já perdemos toda a contribuição que o atrito lateral do
fuste produzia, visto que o mesmo já entrou em ruptura.
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Visto isso, na prática, despreza-se a parcela de contribuição do atrito lateral nos
tubulões.
Em que:
Recomendações:
2) Os valores médios de N72, deve ser obtido nas camadas de espessura igual a 1,5 x
B, abaixo da base (zona de plastificação).
3) Recomenda-se que as pressões distribuídas pela base dos tubulões estejam entre 3
e 6 kgf/cm². Valores maiores de 6 kgf/cm² devem ser tratados com cuidado.
4) Vale ressaltar que nos tubulões, como já visto anteriormente, a tranferência de carga
se faz preferencialmente pela base (B), em face da diferença entre os recalques
mobilizados pelo fuste (1 e 2 cm) e pela base (10 a 15% de B).
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Método 01: Berberian (2007) - Todos os solos.
Em que:
N72 = Média dos valores de SPT atuando na zona de plastificação (1,5 x B) do tubulão
Kdb = Coeficiente de Berberian (tabelado, verificar página seguinte)
1,0 kgf/cm² = Refere-se a sobrecarga efetiva que auxilia na estabilidade.
Em que:
N72 = Média dos valores de SPT atuando na zona de plastificação (1,5 x B) do tubulão
Kac = 5,00 = Coeficiente de Albieiro e Cintra (tabelado, verificar página seguinte)
σ0 = Tensão geostática efetiva, calculada por:
Em que:
Em que:
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Faça você mesmo
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