História Do Teatro e Sua Evoluçã1

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HISTÓRIA DO TEATRO E SUA EVOLUÇÃO – 2º ANO

A arte da representação ou Teatro é algo tão antigo quanto a própria humanidade. Os estudiosos sobre o assunto não tem um consenso a
respeito do surgimento do teatro mas podemos apresentar algumas ideias a respeito disso. A expressão de sentimentos, bem como a
comunicação podem ter sido a mola propulsora da invenção do Teatro, assim para podermos conhecer e entender um pouco mais sobre a
utilidade ou função do Teatro, faremos uma pequena visita a alguns momentos da história, verificando as diferentes funções que lhe foram
atribuídas.
Nossos antepassados, conhecidos como “homens pré-históricos”, já praticavam ritos em que faziam representações cênicas com função
mágica e narrativa. Utilizavam-se de elementos musicais, movimentos corporais e pinturas. Desta forma, o Teatro surgiu com o próprio
homem, assim como a dança, a música e a pintura, usadas em seus rituais para a caça, em louvor aos seus deuses e para contar histórias.
O Teatro surgiu na Grécia Antiga e teve um começo interessante e você vai ver o porquê. Surgiu em meio a muita festa, dança e música. Os
gregos acreditavam e louvavam muitos deuses e cada um tinha uma função; existia um deus até para o vinho, era o preferido do povo de lá.
Chamavam-no de Dionísio, na Grécia Antiga, ou Baco, durante o Império Romano, sendo considerado o inventor dessa bebida. Os seus
seguidores faziam festas e cultos religiosos cantando e dançando em sua homenagem. Conta a história, que foi em meio a esse misto de
religiosidade e “festa”, que surgiram as primeiras encenações teatrais para o público, na Grécia. Nelas se contava a história de Dionísio e
suas façanhas com o vinho.
A função determinada do ator surgiu na Grécia, no século VI a.C., o primeiro ator de que se tem conhecimento chamava-se Téspis, e possuía
um talento especial para imitar os outros. Numa das festividades de Dionísio, Téspis subiu em uma carroça diante do público, colocou uma
máscara, vestiu uma túnica e, representando, disse: “Eu sou Dionísio, o deus da Alegria”, o povo estranhou mas gostou da novidade.
Percebendo o interesse do povo pelo Teatro, os governantes passaram a incentivar os que possuíam certa habilidade para imitar, instituindo
e organizando os primeiros concursos teatrais, que viriam a contribuir no desenvolvimento de dois gêneros teatrais muito importantes na
Grécia Antiga e na atualidade: a Tragédia e a Comédia.
A Tragédia tem origem nos primeiros, e mais sérios, momentos do cerimonial religioso das festas dionisíacas da Antiga Grécia e narra, além
de feitos heróicos, acontecimentos que ressaltam o poder dos deuses sobre o destino dos humanos. A Comédia viria das festividades
populares, profanas e descontraídas e, em geral, faz crítica social e política aos costumes da época. Esses dois gêneros deram origem a
muitos outros.
As representações teatrais na Grécia Antiga eram compostas por um coro que narrava e fazia comentários a respeito da história, que era
interpretada pelos atores principais (protagonistas), que usavam túnicas e máscaras. Os principais escritores de tragédias foram Eurípedes;
Ésquilo, e Sófocles.
No século V d.C., com a expansão da Igreja Cristã, o fazer teatral passou a ser considerado um ato de sacrilégio grave por ser uma atividade
pagã, ou seja, não ter origem cristã. Assim, os atores eram vistos com maus olhos pela sociedade e todo cristão batizado deveria renunciar a
participar ou assistir a qualquer encenação teatral. Porém, mesmo assim, existiam manifestações teatrais na Idade Média que fugiam do
controle da Igreja.
Durante muito tempo foi dessa maneira. Contudo, a Igreja, percebendo o grande poder de influência e atenção despertados pelo teatro,
começou a se valer desse recurso durante as celebrações. Nesse caso, o teatro era utilizado para transmitir a doutrina religiosa, os
ensinamentos da Bíblia e o conhecimento da vida dos santos, sendo um recurso muito importante durante a celebração litúrgica.
Dessa forma, foram utilizados, a partir do século XIV, os Mistérios, Autos, Paixões e Milagres, que eram formas teatrais da época. Neles eram
encenados episódios da Bíblia, trechos dos evangelhos ou da vida de santos e peças usadas para atrair a atenção do povo, explicando as
doutrinas da fé cristã. Essas dramatizações duravam vários dias, e envolviam praticamente a cidade toda. Inicialmente, eram representadas
dentro da própria igreja, mas com o aumento do interesse do público, tiveram que ser transferidas para frente delas e logo para as praças,
em dias de festividades. Podemos perceber, atualmente no Brasil, em muitas cidades, a representação de peças nesse estilo, durante a
Semana Santa, como por exemplo: “Paixão de Cristo”.
No final da Idade Média e no Renascimento, o teatro na Europa atingia grandes públicos e cumpria outras funções além da religiosa. Devido
às mudanças econômicas, políticas e sociais ocorridas na Europa, nos séculos XIV e XV, constituíram-se novos centros econômicos, sendo
que a região mais beneficiada com esse processo foi a Península Itálica, onde fica a Itália.
Essas mudanças influenciaram o estilo de vida dos italianos e também o teatro. Surgem as primeiras companhias de atores itinerantes ou
mambembes, que se apresentavam de cidade em cidade, em carroças que serviam de palco. Os artistas, não mais presos somente aos temas
religiosos impostos pela igreja, passam a buscar inspiração na Comédia grega, criando na Itália e chegando ao apogeu no século XVI, uma
forma teatral chamada Comédia dell’arte.
Na Comédia dell’arte, a habilidade de improvisar e a utilização da pantomima mostravam-se mais importantes do que o texto escrito. Os
atores usavam máscaras e interpretavam durante toda a vida os personagens fixos, seguindo roteiros com os principais acontecimentos da
peça. As falas eram criadas pelos atores durante a encenação. A Comédia dell’arte tinha como função divertir o povo, e quando os
comediantes agradavam, os espectadores retribuíam, como vemos hoje em dia com os artistas de rua que recebem seu dinheiro “passando
o chapéu” para quem os está assistindo.
Na Inglaterra, durante o reinado da Rainha Elizabeth I, houve um grande desenvolvimento do Teatro, por isso a denominação “Teatro
Elisabetano”. Nessa época também surgiram grandes dramaturgos, entre eles Willian Shakespeare. Já ouviu esse nome?
Nascido em 1564, na Inglaterra, em Stratford – Avon, Shakespeare escreveu cerca de 35 peças e tornou-se, com certeza, um dos maiores
símbolos do Teatro, pois suas obras fizeram muito sucesso em sua época e ainda hoje são encenadas e continuam a emocionar pessoas em
todo o mundo. Aí está outra das funções que o teatro pode assumir: “emocionar”. Ou você vai dizer que não se emociona ao ver a linda e
triste história dos jovens Romeu e Julieta, um dos textos teatrais mais conhecidos e representados? Ainda existem outras obras desse
dramaturgo que também podem ser encontradas com facilidade, inclusive na biblioteca da sua escola, como Hamlet, Otelo, A megera
domada, entre outras.
HISTÓRIA DO TEATRO E SUA EVOLUÇÃO – 2º ANO
A arte da representação ou Teatro é algo tão antigo quanto a própria humanidade. Os estudiosos sobre o assunto não tem um consenso a
respeito do surgimento do teatro mas podemos apresentar algumas ideias a respeito disso. A expressão de sentimentos, bem como a
comunicação podem ter sido a mola propulsora da invenção do Teatro, assim para podermos conhecer e entender um pouco mais sobre a
utilidade ou função do Teatro, faremos uma pequena visita a alguns momentos da história, verificando as diferentes funções que lhe foram
atribuídas.
Nossos antepassados, conhecidos como “homens pré-históricos”, já praticavam ritos em que faziam representações cênicas com função
mágica e narrativa. Utilizavam-se de elementos musicais, movimentos corporais e pinturas. Desta forma, o Teatro surgiu com o próprio
homem, assim como a dança, a música e a pintura, usadas em seus rituais para a caça, em louvor aos seus deuses e para contar histórias.
O Teatro surgiu na Grécia Antiga e teve um começo interessante e você vai ver o porquê. Surgiu em meio a muita festa, dança e música. Os
gregos acreditavam e louvavam muitos deuses e cada um tinha uma função; existia um deus até para o vinho, era o preferido do povo de lá.
Chamavam-no de Dionísio, na Grécia Antiga, ou Baco, durante o Império Romano, sendo considerado o inventor dessa bebida. Os seus
seguidores faziam festas e cultos religiosos cantando e dançando em sua homenagem. Conta a história, que foi em meio a esse misto de
religiosidade e “festa”, que surgiram as primeiras encenações teatrais para o público, na Grécia. Nelas se contava a história de Dionísio e
suas façanhas com o vinho.
A função determinada do ator surgiu na Grécia, no século VI a.C., o primeiro ator de que se tem conhecimento chamava-se Téspis, e possuía
um talento especial para imitar os outros. Numa das festividades de Dionísio, Téspis subiu em uma carroça diante do público, colocou uma
máscara, vestiu uma túnica e, representando, disse: “Eu sou Dionísio, o deus da Alegria”, o povo estranhou mas gostou da novidade.
Percebendo o interesse do povo pelo Teatro, os governantes passaram a incentivar os que possuíam certa habilidade para imitar, instituindo
e organizando os primeiros concursos teatrais, que viriam a contribuir no desenvolvimento de dois gêneros teatrais muito importantes na
Grécia Antiga e na atualidade: a Tragédia e a Comédia.
A Tragédia tem origem nos primeiros, e mais sérios, momentos do cerimonial religioso das festas dionisíacas da Antiga Grécia e narra, além
de feitos heróicos, acontecimentos que ressaltam o poder dos deuses sobre o destino dos humanos. A Comédia viria das festividades
populares, profanas e descontraídas e, em geral, faz crítica social e política aos costumes da época. Esses dois gêneros deram origem a
muitos outros.
As representações teatrais na Grécia Antiga eram compostas por um coro que narrava e fazia comentários a respeito da história, que era
interpretada pelos atores principais (protagonistas), que usavam túnicas e máscaras. Os principais escritores de tragédias foram Eurípedes;
Ésquilo, e Sófocles.
No século V d.C., com a expansão da Igreja Cristã, o fazer teatral passou a ser considerado um ato de sacrilégio grave por ser uma atividade
pagã, ou seja, não ter origem cristã. Assim, os atores eram vistos com maus olhos pela sociedade e todo cristão batizado deveria renunciar a
participar ou assistir a qualquer encenação teatral. Porém, mesmo assim, existiam manifestações teatrais na Idade Média que fugiam do
controle da Igreja.
Durante muito tempo foi dessa maneira. Contudo, a Igreja, percebendo o grande poder de influência e atenção despertados pelo teatro,
começou a se valer desse recurso durante as celebrações. Nesse caso, o teatro era utilizado para transmitir a doutrina religiosa, os
ensinamentos da Bíblia e o conhecimento da vida dos santos, sendo um recurso muito importante durante a celebração litúrgica.
Dessa forma, foram utilizados, a partir do século XIV, os Mistérios, Autos, Paixões e Milagres, que eram formas teatrais da época. Neles eram
encenados episódios da Bíblia, trechos dos evangelhos ou da vida de santos e peças usadas para atrair a atenção do povo, explicando as
doutrinas da fé cristã. Essas dramatizações duravam vários dias, e envolviam praticamente a cidade toda. Inicialmente, eram representadas
dentro da própria igreja, mas com o aumento do interesse do público, tiveram que ser transferidas para frente delas e logo para as praças,
em dias de festividades. Podemos perceber, atualmente no Brasil, em muitas cidades, a representação de peças nesse estilo, durante a
Semana Santa, como por exemplo: “Paixão de Cristo”.
No final da Idade Média e no Renascimento, o teatro na Europa atingia grandes públicos e cumpria outras funções além da religiosa. Devido
às mudanças econômicas, políticas e sociais ocorridas na Europa, nos séculos XIV e XV, constituíram-se novos centros econômicos, sendo
que a região mais beneficiada com esse processo foi a Península Itálica, onde fica a Itália.
Essas mudanças influenciaram o estilo de vida dos italianos e também o teatro. Surgem as primeiras companhias de atores itinerantes ou
mambembes, que se apresentavam de cidade em cidade, em carroças que serviam de palco. Os artistas, não mais presos somente aos temas
religiosos impostos pela igreja, passam a buscar inspiração na Comédia grega, criando na Itália e chegando ao apogeu no século XVI, uma
forma teatral chamada Comédia dell’arte.
Na Comédia dell’arte, a habilidade de improvisar e a utilização da pantomima mostravam-se mais importantes do que o texto escrito. Os
atores usavam máscaras e interpretavam durante toda a vida os personagens fixos, seguindo roteiros com os principais acontecimentos da
peça. As falas eram criadas pelos atores durante a encenação. A Comédia dell’arte tinha como função divertir o povo, e quando os
comediantes agradavam, os espectadores retribuíam, como vemos hoje em dia com os artistas de rua que recebem seu dinheiro “passando
o chapéu” para quem os está assistindo.
Na Inglaterra, durante o reinado da Rainha Elizabeth I, houve um grande desenvolvimento do Teatro, por isso a denominação “Teatro
Elisabetano”. Nessa época também surgiram grandes dramaturgos, entre eles Willian Shakespeare. Já ouviu esse nome?
Nascido em 1564, na Inglaterra, em Stratford – Avon, Shakespeare escreveu cerca de 35 peças e tornou-se, com certeza, um dos maiores
símbolos do Teatro, pois suas obras fizeram muito sucesso em sua época e ainda hoje são encenadas e continuam a emocionar pessoas em
todo o mundo. Aí está outra das funções que o teatro pode assumir: “emocionar”. Ou você vai dizer que não se emociona ao ver a linda e
triste história dos jovens Romeu e Julieta, um dos textos teatrais mais conhecidos e representados? Ainda existem outras obras desse
dramaturgo que também podem ser encontradas com facilidade, inclusive na biblioteca da sua escola, como Hamlet, Otelo, A megera
domada, entre outras.

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