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Teologia Da Nova Vida ( Correta)
Teologia Da Nova Vida ( Correta)
Nova Vida
Teologia da Nova Vida | 419
OS ALICERCES
I. ARREPENDIMENTO
• RECONHECER O PECADO
Reconhecer o pecado é o primeiro passo para o arrependimento.
Somente o Espírito santo é capaz de convencer o pecador de seu estado
miserável e perdido
• LAMENTAR O PECADO
Esta consciência de pecado traz tristeza. “...o pecador, depois de
reconhecer o seu pecado, precisa convencer-se de que todo ato
pecaminoso é praticado contra Deus... É este fato que o pecador tem de
lamentar.”3
• CONFESSAR O PECADO
Lamentar apenas não é o suficiente; é preciso confessar os pecados a
Deus. João afirma em sua primeira epístola que “Se confessarmos os
nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos
purificar de toda injustiça” (1Jo 1.9). Muito embora faça parte do
processo de arrependimento, a confissão não é o suficiente para
resolver o problema do pecado, pois “reconhecer o pecado, lamentar o
fato de ter pecado contra Deus e a Ele confessar ainda não é
2
Op. cit. p. 8.
3
Ibid., 10.
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• ODIAR O PECADO
A confissão deve levar o pecador a odiar o pecado. O pecador precisa
encarar o pecado de maneira diferente da que encarava antes de
confessá-lo. O salmo 97.10 diz: “Vós que amais ao Senhor, detestai o
mal.”
• ABANDONAR O PECADO
O ódio ao pecado deve ser o suficiente para abandoná-lo. O pastor
Roberto afirmou que “... o arrependimento verdadeiro e completo
envolve mudança de hábitos, de pensamentos e da própria natureza. A
prova de sinceridade é deixar o pecado e o resultado de uma confissão
honesta é dar as costas aos vícios.”5 Isso marcará o início de uma nova
vida.
Todos nós possuímos fé. Se isso não fosse um fato jamais sairíamos
de casa; se não acreditássemos que o ônibus que tomamos vai para o
lugar o qual sua identificação mostra, jamais subiríamos nele. Sem esse
tipo de fé natural, a pessoa acabará se confinando a um quarto, por
medo de que alguma coisa lhe aconteça. A fé abordada no momento é a
fé concernente à salvação, a fé em Deus. A fé para salvação não é
oriunda de orientação religiosa; também não se trata de fé em virtudes
pessoais, tais como honestidade, moralidade e capacidade de fazer o
bem, pois o homem não é capaz de produzir fé. O pastor Roberto
apresenta a seguinte orientação sobre a fé em Deus: “A fé segue-se ao
arrependimento verdadeiro. Muitas pessoas acham que a ordem devia
ser inversa. A Bíblia afirma, no entanto, que antes de abandonar os seus
4
Ibid., 11.
5
Ibid., 13.
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6
Ibid., p.15.
7
McALISTER Robert. As Dimensões da Fé Cristã. Rio de Janeiro, Carisma - Terceira
edição, 1982, p.146.
8
McALISTER, W. Robert. Os Alicerces da Fé. Rio de Janeiro, Emp. Gráfica Ouvidor S/A,
1970, p 17.
424 | Curso de Formação Ministerial
9
Op. Cit., 17.
10
Ibid., p.19.
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A DOUTRINA DA SALVAÇÃO
11
McAlister, Roberto. Bem-vindo ao Reino de Deus. Rio de Janeiro – Carisma. 1985,
p.76
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12
Op. Cit., 78
13
McALISTER Roberto. As Alianças da Fé. Rio de Janeiro – Cruzada de Nova Vida, 1971,
p.82
14
McALISTER Robert. As Dimensões da Fé Cristã. Rio de Janeiro, Carisma - Terceira
edição, 1982, p.61
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15
OLSON, Roger E. Contra o Calvinismo. São Paulo – Editora Reflexão, 2013, p.32.
16
McALISTER Robert. As Dimensões da Fé Cristã. Rio de Janeiro, Carisma - Terceira
edição, 1982, p.12.
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que Deus outorgue a dádiva da fé. Ela não será imposta por Deus e
o pecador não pode merecê-la. Ela deve ser aceita livremente, mas
até mesmo a capacidade de desejá-la e de aceitá-la se torna
possível pela graça... O sinergismo de Armínio coloca toda a
iniciativa e capacidade de salvação a favor de Deus e reconhece a
total incapacidade do ser humano de contribuir para a própria
salvação sem a graça auxiliadora sobrenatural de Cristo.18
18
OLSON, Roger. História da Teologia Cristã. São Paulo: Editora Vida, 2001, p.481-482
19
McALISTER, Roberto (bispo). Fogo e Vento – Quem realmente é o Espírito Santo? Rio
de Janeiro: Carisma, 1992, p.8
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Esta é uma síntese das coisas pelas quais podemos entristecer e até
mesmo afastar o Espírito Santo, nos deixando a mercê da nossa própria
carnalidade, e limitações, embora salvos.
20
Op. cit., p.11.
21
Ibid., p.13.
Teologia da Nova Vida | 431
decisão sobre as restrições aos gentios, Tiago admitiu que “... pareceu
bem ao Espírito Santo e a nós...” (At 15.28). Ele dirigiu todos os passos
do apóstolo Paulo, inclusive impedindo que ele pregasse em certa
região da Ásia, não permitindo também que fosse para Bitínia
(At 16.6-7).
• Intercede – Paulo afirma que “...não sabemos orar como convém, mas
o Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.”
(Rm 8.26). Isto significa que Ele nos ajuda a orar, potencializando nossos
recursos.
• Ensina – Foi o próprio Jesus quem afirmou isso, dizendo que ele não
só ensina, mas também nos lembra o que Jesus tem dito. O que
aprendemos com Ele “...também falamos, não em palavras ensinadas
pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas
espirituais com espirituais.” (1Co 2.13).
432 | Curso de Formação Ministerial
22
Ibid., p.28.
23
Ibid., p.7.
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24
Ibid., p.24-25.
436 | Curso de Formação Ministerial
• UMA PROMESSA – Pouco antes de ser assunto ao céu, Jesus disse que
enviaria sobre os discípulos a promessa do Pai. Pedro, em seu discurso
no dia de Pentecostes, citou o profeta Joel, que mencionara que o
Espírito Santo seria derramado sobre toda a carne. Além disso, Pedro
destacou que a promessa é para todos quantos o Senhor chamar
(At 2.39).
27
McALISTER, Roberto. A Experiência Pentecostal. Rio de janeiro: Igreja de Nova Vida,
1977, p.77.
438 | Curso de Formação Ministerial
• UM DOM - Por ser um dom, não é recebido por mérito pessoal e sim
pela graça de Deus.
28
Op. cit., p.78
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29
Ibid., p.76
30
Ibid., p.86.
31
Ibid., p.87.
440 | Curso de Formação Ministerial
Ananias impôs as mãos sobre Paulo para que ele fosse cheio do Espírito
Santo, o texto não diz que ele falou em línguas, mas isso não significa
que ele não tenha falado, pois posteriormente Paulo fez questão de
afirmar: “Dou graças a Deus, porque falo em outras línguas mais do que
todos vós...” (1Co 14.18). O bispo Roberto reconhecia que nem todas as
passagens bíblicas relacionadas ao batismo no Espírito Santo
mencionam o falar em línguas, mas trazia o seguinte argumento:
32
Ibid., p. 89-90.
442 | Curso de Formação Ministerial
O Espírito Santo não fala em línguas por ninguém, Ele põe as palavras na
mente da pessoa, mas é ela quem fala. Quando o Espírito Santo caiu
sobre os discípulos no dia de Pentecostes, o relato bíblico diz o seguinte:
“E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou
uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e
passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia
que falassem” (At 2.3-4). A sequência apresentada é:
33
McALISTER, Robert. A Plenitude do Espírito Santo. Rio de Janeiro: Emprevan Editora,
1969, p.33.
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• PARA QUEM PEDE - Jesus disse que todo aquele que pede, recebe; o
que busca, encontra; e ao que bate; abre-se. Completando esse
precioso ensinamento sobre intercessão, afirmou: “Ora, se vós, que sois
maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai
celestial dará o Espírito Santo àqueles que lhe pedirem?” (Lc 11.13).
• PARA QUEM OBEDECE A DEUS – Essa foi frase usada por Pedro
quando enfrentou o Sinédrio: “Ora, nós somos testemunhas destes
fatos, e bem como o Espírito Santo, que Deus outorgou aos que lhe
obedecem” (At 5.32). Ao observarmos o contexto e os versículos
anteriores, esta obediência mencionada por ele se relaciona com o
arrependimento para remissão de pecados.
35
Ibid., p.93
36
Ibid., p.91.
446 | Curso de Formação Ministerial
37
McALISTER, Robert. A Dimensão Oculta da Fé. Rio de Janeiro: Editora Carisma, 1987,
96.
448 | Curso de Formação Ministerial
38
McALISTER, Roberto. A Experiência Pentecostal. Rio de janeiro: Igreja de Nova Vida,
1977, p.106.
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39
Op. cit., p. 107.
450 | Curso de Formação Ministerial
DONS DE REVELAÇÃO
1. PALAVRA DA SABEDORIA
Muitas vezes, até mesmo a pessoa que foi usada nesse dom fica
surpresa com a forma com a qual respondeu a perguntas capciosas e
difíceis, não percebendo que foi o Espírito Santo quem atuou de forma
sobrenatural.
2. PALAVRA DO CONHECIMENTO
41
McAlister Robert. Os Dons do Espírito Santo. Rio de Janeiro: Indústrias Gráficas
Taveira Ltda, p.19.
452 | Curso de Formação Ministerial
3. DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS
42
Op. cit., p.20.
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DONS DE PODER
1. FÉ
43
McALISTER, Roberto. A Experiência Pentecostal. Rio de janeiro: Igreja de Nova Vida,
1977, p.115.
44
Op. cit., p. 114-115.
454 | Curso de Formação Ministerial
2. DONS DE CURAR
45
McAlister Robert. Os Dons do Espírito Santo. Rio de Janeiro: Indústrias Gráficas
Taveira Ltda, p.46.
46
Op. cit., p.46.
Teologia da Nova Vida | 455
Nota-se, logo, que este dom do Espírito Santo está na forma plural:
(o único dos nove dons que tem esta forma). Não é o “dom de
curar”, mas sim “os dons de curar”. Será que existe um dom de
curar correspondente a cada tipo de doença ou enfermidade? Esta
teoria encontra argumento pelo fato de que algumas pessoas que
exercem os dons de curar têm tido sucesso marcantes com certo
tipo de doenças enquanto que suas orações não são atendidas
quando oram por pessoas com outras enfermidades.47
3. OPERAÇÕES DE MILAGRES
• Cura de doença congênita – A primeira vez que Deus usou Pedro com
o dom de poder foi a “...um homem, coxo de nascença, o qual punham
diariamente à porta do templo...” (At 3.2); neste caso, não houve
apenas cura e sim um milagre. Outro caso interessante aconteceu em
Listra onde “...costumava estar sentado certo homem aleijado, paralitico
desde o seu nascimento, o qual jamais pudera andar.” (At 14.8); Paulo
ordenou-lhe em alta voz: “...Apruma-te direito sobre os pés! Ele saltou e
andava” (At 14.10); infelizmente essa história acabou em confusão e
Paulo foi apedrejado.
• Ressurreição de mortos – Aconteceu em Jope, através de Pedro,
ressuscitando a discípula Tabita (Dorcas); ele mandou todos saírem do
recinto, orou de joelhos “...e voltando-se para o corpo, disse: Tabita,
levanta-te! Ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, sentou-se.” (At 9.40).
Paulo também foi usado para ressuscitar Êutico (At 20.9-12).
DONS DE INSPIRAÇÃO
48
McALISTER, Roberto. A Experiência Pentecostal. Rio de Janeiro: Igreja de Nova Vida,
1977, p.120-121.
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2. INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS
50
McALISTER, Robert. Os Dons do Espírito Santo. Rio de Janeiro: Indústrias Gráficas
Taveira Ltda, p.9.
462 | Curso de Formação Ministerial
3. PROFECIA
EDIFICAR
Edificar é o mesmo que construir, levantar; também tem a conotação de
instruir e fazer crescer. A profecia, como dom do Espírito Santo, traz
crescimento espiritual, nos conduz em direção à maturidade espiritual.
O bispo Roberto retrata este fato da seguinte maneira:
EXORTAR
O sentido da palavra exortar é animar, encorajar. “Exortar” não dá
margem, nem enseja de maneira nenhuma, às ordens ou à disciplina que
os crentes aplicam uns aos outros.”52
Exortar também não é repreender. É interessante lembrar a postura
de Barnabé, enviado à Antioquia para encorajá-los, pois “Tendo ele
chegado e, vendo a graça de Deus, alegrou-se e exortava a todos, com
firmeza de coração, que permanecessem no Senhor (At 11.23). Paulo
também percorreu várias cidades “... fortalecendo a alma dos discípulos,
exortando-os a permanecer firmes na fé; mostrando que, através de
muitas tribulações, nos importa entrar no Reino de Deus” (At 14.22). O
dom da profecia, além de nos edificar tanto no sentido individual como
no coletivo, também fortalece o Corpo de Cristo, animando os crentes a
prosseguirem, a despeito de tantas lutas e tribulações. Em uma
conversa particular, o Espirito Santo pode usar o crente através da
exortação, a promover uma mudança de atitude e conduta por parte da
pessoa que ouve a palavra inspirada pelo Espírito Santo. A exortação
também é de grande valor no sentido coletivo.
52
Ibid., p.14.
53
Ibid., p.14.
Teologia da Nova Vida | 465
CONSOLAR
Consolar é o mesmo que confortar e faz jus à própria pessoa do Espírito
Santo, que é chamado por Jesus de “o outro Consolador”. Este é um
aspecto muito interessante, pois muitas vezes vamos à igreja
preocupados, ansiosos e sobrecarregados, mas ao ouvirmos uma
palavra de um irmão ou através da pregação, algo inexplicável enche o
nosso coração ao ponto de transformar todos estes sentimentos em paz
e esperança. Quantas vezes a pessoa vem à igreja com o intuito de
conversar com o pastor a respeito de algo que a está perturbando, mas
ao ouvir a palavra pregada, desiste de conversar, pois recebeu o
conforto de Deus. Tudo isso acontece devido à consolação, a uma das
nuances deste dom tão precioso chamado profecia.
O apóstolo Paulo diz que todas as profecias devem ser julgadas e
três fatos não podem passar despercebidos com respeito a isso: a
profecia nunca contradiz a Bíblia; sempre exalta a Jesus e nunca
quebra o espírito da reunião.
O bispo Roberto chama a profecia como dom do Espírito Santo de
“profecia simples”, considerando um importante dom, para o
crescimento espiritual do povo de Deus.
54
McALISTER, Robert. A Dimensão Oculta da Fé. Rio de Janeiro: Editora Carisma, 1987,
p.115.
466 | Curso de Formação Ministerial
O REINO DE DEUS
55
Op. cit., p.39.
468 | Curso de Formação Ministerial
O reino de Deus foi o tema central tanto dos sermões de Jesus quanto
dos apóstolos. Ao explicar a parábola do semeador, Jesus comparou as
sementes lançadas pelo semeador à palavra do reino: “A todos os que
ouvem a palavra do reino...” (Mt 13.19). Mateus registra que “Percorria
Jesus toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho
do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo”
(Mt 4.23). No avivamento em Samaria, a mensagem pregada por Filipe
era sobre o reino de Deus: “...Filipe, que os evangelizava a respeito do
reino de Deus e do nome de Jesus...” (At 8.12); bem como a mensagem
de Pedro e de Paulo. Em suas pregações, Jesus sempre deixou bem claro
que o reino de Deus é uma realidade do passado, do presente e do
futuro. Em relação ao passado ele citou: “... quando virdes, no reino de
Deus, Abraão, Isaque, Jacó e todos os profetas” (Lc.13.23-28). O bispo
Roberto afirmou que “Se os patriarcas a os profetas estão no reino de
Deus, presume-se obviamente que ele já existia na dispensação da Velha
56
Ibid., p. 41-42.
Teologia da Nova Vida | 469
O reino de Deus está presente em nossos dias, mas não está relacionado
a um trono material, um templo ou a uma cidade santa. O reino de Deus
é espiritual, não poder ser visto pelos nossos olhos naturais. Quando os
fariseus interrogaram Jesus sobre a manifestação do reino de Deus,
Jesus respondeu: “Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem
dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós”
(Lc 17.20-21). O reino de Deus se manifesta dentro do coração humano.
O reino de Deus está relacionado ao senhorio de Cristo, pois o reino é
dele. Onde Jesus é o Senhor, o reino de Deus está presente, pois o reino
é dele. Escrevendo aos colossenses, Paulo afirmou que “Ele nos libertou
do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu
amor, no qual temos a redenção, a remissão de pecados” (Cl 1.13-14). O
texto apresentado nos mostra que somos libertos do império das trevas
e transportados para o reino de Deus, através do perdão de nossos
pecados. Nós não temos poder para entrar nele sozinhos, mas libertos
transportados pelo poder de Deus. Consideremos que:
57
McALISTER, Roberto. Bem-vindo ao Reino de Deus. Rio de Janeiro – Carisma. 1985,
p.33
58
Op. cit., p.34.
470 | Curso de Formação Ministerial
• É uma posição espiritual - Paulo diz que Deus “...nos fez assentar em
lugares celestiais, em Cristo Jesus...” (Ef 2.6) e que “...nos tem
abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em
Cristo...” (Ef 1.3). Mudamos de senhor e de posição na hierarquia
universal: no império das trevas, o homem está sujeito a todos, inclusive
aos demônios; no reino de Deus, o homem está acima de todas as
coisas, sujeito a Cristo, fazendo parte do Corpo de Cristo, a Igreja: “E pôs
todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as
coisas, o deu a Igreja, a qual é o seu corpo, plenitude daquele que a tudo
enche em todas as coisas” (Ef 1.22-23). Aleluia!
Reino de Deus e Igreja instituição são duas coisas distintas; nem todos
os que são membros da Igreja fazem parte do reino de Deus.
472 | Curso de Formação Ministerial
importante entre a liderança religiosa dos judeus. Ele foi procurar Jesus
na calada da noite, elogiou-o por seus ensinamentos e teve como
resposta, uma declaração que o deixou confuso quanto à sua convicção:
“Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo,
não pode ver o reino de Deus” (Jo 3.3). Ao ouvir isso, Nicodemos
percebeu que estava diante de uma afirmação que era incompatível
com tudo aquilo que aprendera, pediu mais explicações e ouviu de
novo: “...quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no
reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do
Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de
novo” (Jo 3.5-7). Nicodemos ficou admirado, perplexo, ávido para saber
como isso poderia acontecer. Na sequência, Jesus falou sobre sua obra
na cruz, que resolveria o problema do pecado, trazendo salvação para o
homem. Citou o famoso trecho que está em João 3.16 (fé), falou sobre a
necessidade de abandonar as obras das trevas (arrependimento).
Nicodemos então pôde compreender o plano da salvação, pôde
entender que entrar no reino significa ser salvo, receber a vida eterna, a
vida de Deus. Quando o homem se arrepende de seus pecados e crê no
Senhor Jesus, em seu interior acontece um milagre: a regeneração. A
palavra regeneração significa gerar novamente, ou nascer de novo.
Quando o homem pecou, recebeu a sentença da morte física, mas
também experimentou um outro tipo de morte, a espiritual. Morte
espiritual significa separação de Deus e isso aconteceu com Adão e
estendeu-se para toda a raça humana. Nosso corpo precisa de
nutrientes para se manter vivo; nossa alma precisa de afeto para que
esteja saudável; o espírito humano só pode manter-se vivo através do
contato com Deus; é a presença de Deus que o sustenta. O ser humano
se separou de Deus, mas ao experimentar o arrependimento e fé, seu
espírito então é gerado novamente, nasce de novo e o agente desta
obra milagrosa é o Espírito Santo. Alguns textos bíblicos expressam o
fato da regeneração:
• “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados...
Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é
dom de Deus...” (Ef 2.1,8) – Nossos pecados faziam separação entre nós
e Deus, mas Jesus pagou pelos nossos pecados. Mediante a fé
recebemos a vida de Deus e não andamos mais segundo o curso deste
mundo, seguindo o príncipe da potestade do ar, nem segundo nossas
próprias inclinações.
• “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita
em vós?...” (1Co 3.16). Neste versículo Paulo está lembrando aos irmãos
do privilégio e responsabilidade em ser santuário de Deus. O cidadão do
reino de Deus se tornou uma morada de Deus, ele está no reino, mas o
reino também está dentro dele, na pessoa do Espírito Santo.
• “E pôs todas as coisas debaixo de seus pés e, para ser o cabeça sobre
todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele
que a tudo enche em todas as coisas” (Ef 1.22-23). Ao entrarmos no
reino de Deus, também nos tornamos membros do corpo de Cristo, a
verdadeira igreja, formada por todas as pessoas que foram regeneradas
Teologia da Nova Vida | 475
• Jesus ama a Igreja e por ela se entregou. Não é correto desprezá-la por
causa de suas imperfeições. A Igreja é a Noiva de Cristo, e é nesse
ambiente que os que vivem no reino de Deus buscarão comunhão com o
Senhor.
62
Op. cit., p.121.
63
McALISTER, Robert. A Dimensão Oculta da Fé. Rio de Janeiro: Editora Carisma, 1987,
p.49-50.
476 | Curso de Formação Ministerial
• JUSTIÇA
• PAZ
64
McALISTER, Roberto. Bem-vindo ao Reino de Deus. Rio de Janeiro – Carisma. 1985,
p.95.
478 | Curso de Formação Ministerial
65
McALISTER, Robert. A Dimensão Oculta da Fé. Rio de Janeiro: Editora Carisma, 1987,
p.47.
66
McALISTER, Roberto. Bem-vindo ao Reino de Deus. Rio de Janeiro – Carisma. 1985,
p.91.
Teologia da Nova Vida | 479
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS