Capucho 2021_Bacia 1

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MINISTÉRIO DA EDUCÃO

INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO


CAMPUS SANTA TERESA

FOLHA DE APROVAÇÃO

Informo que a discente Decimara Nunes Capucho, entregou a versão final do


Trabalho de Conclusão Final (TCF), entitulado: Morfometria e caracterização do
meio físico da bacia hidrográfica do rio Piraquê- Açu (ES), atendendo as
exigências pré-determinadas pela banca examinadora dentro do prazo fixado pelo
Regulamento do Curso de Pós-graduação em Educação e Gestão Ambiental (EGAM)
do IFES - Campus Santa Teresa.

Santa Teresa, 18 de fevereiro de 2021

________________________
Prof. Ednaldo Miranda de Oliveira
Presidente – Orientador
Morfometria e caracterização do meio físico da bacia hidrográfica
do rio Piraquê- Açu (ES).

Decimara Nunes Capucho1

RESUMO
O objetivo deste trabalho foi determinar as características morfométricas do padrão
de drenagem e do relevo e relacioná-las com as classes de solo e uso e ocupação
da bacia hidrográfica do rio Piraquê-Açu - BHRP, localizada no Litoral Centro-Norte
do Espírito Santo. Os dados vetoriais foram extraídos da base cartográfica do ES
disponibilizadas por GEOBASES, e processados em um ambiente SIG. A
metodologia utilizada para o levantamento dos parâmetros morfométricos seguiu a
proposta de Horton (1945) e Strahler (1957), apresentada por Christofoletti (1981) e
Villela & Mattos (1975). Os índices obtidos foram: densidade de drenagem (Dd) 1,17
km/km2; comprimento do rio principal (L) 66,73 km; área da bacia (A) 426,63 km 2;
coeficiente de compacidade (Kc) 2,61; fator de forma da bacia (Kf) 0,25; e ordem
fluvial quatro. De forma geral, constatou-se que a área estudada possui forma
alongada, com baixa densidade de drenagem, relevo forte-ondulado e declividade
média de 33,45%. As classes de solos predominantes na bacia são os Latossolos
(72,96%), Argilossolos (13,8%) e Cambissolos (13,2%). A maior parte da bacia é
composta por pastagens (32,78%), Mata Nativa (32,50%), Silvicultura (10,99%) e
Cultivos Agrícolas (7,37%). A análise integrada dos dados permite observar as
influências antrópicas na dinâmica hidrológica, em uma região extremamente
afetada pelas intervenções humanas e com consequentes desequilíbrios ambientais.

Palavras-chaves: Morfometria, bacia hidrográfica, relevo, erosão.

ABSTRACT
The objective of this study was to determine the morphometric characteristics of the
drainage pattern and the relief, correlated with the classes of soil and use and
occupation of the watershed of the Piraquê-Açu River - BHRP, located in the Central-

1
Oceanógrafa, Pós Graduanda em Educação e Gestão Ambiental pelo Instituto Federal do
Espírito Santo, Campus Santa Teresa. decimaranunes@gmail.com.
North Coast of Espírito Santo -ES. The vector data were extracted from the ES
cartographic base made available by GEOBASES, and processed in a GIS
environment. The methodology used to survey the morphometric parameters
followed the proposal of Horton (1945) and Strahler (1957), presented by
Christofoletti (1980) and Villela & Mattos (1975). The indexes obtained were:
drainage density (Dd) 1.17 km / km2; length of the main river (L) 66.73 km; basin
area (A) 426.63 km2; compactness coefficient (Kc) 2.61; basin form factor (Kf) 0.25;
and river order four. In general, it was found that the studied area has an elongated
shape, with low drainage density, strong-wavy relief and an average slope of
33.45%. The predominant soil classes in the basin are Oxisols (72.96%),
Argilsossols (13.8%) and Cambisols (13.2%). Most of the basin is composed of
pastures (32.78%), Native Forest (32.50%), Silviculture (10.99%) and Agricultural
Crops (7.37%). The integrated analysis of the data allows to observe the anthropic
influences on the hydrological dynamics, in a region extremely affected by human
interventions and with consequent environmental imbalances.

Keywords: morphometric, watershed, relief, erosion.

1. INTRODUÇÃO

A principal unidade de planejamento dos recursos hídricos é a bacia hidrográfica.


Esta permite uma abordagem multidisciplinar garantindo benefícios contínuos em
bases de desenvolvimento sustentável (SRIVASTAVA et al., 2010). A bacia
hidrográfica pode ser definida como uma área topográfica, drenada por um curso de
água ou um sistema conectado a canais fluviais, de forma que toda vazão efluente,
oriunda de captação natural de água da precipitação e da drenagem de águas
subsuperficiais, seja descarregada através de uma simples saída, o exultório
(SILVEIRA, 2004). É fundamental para aplicação em estudos de planejamentos e
gestão ambientais ao considerar as dimensões físicas, biológicas e sócio-
econômicas (LANNA, 1995; TUCCI, 2006). Sharma et al., (2010), destacam que as
bacias hidrográficas são consideradas as unidades mais eficientes e apropriadas

2
para levantamento do uso do solo e avaliação dos recursos naturais, bem como, no
controle e recuperação de processos erosivos do solo.

O comportamento hidrológico dos canais fluviais de uma bacia hidrográfica está em


função principalmente da cobertura vegetal, do tipo de solo, da litologia e da
declividade na bacia hidrográfica. Estes fatores exercem um importante papel no
escoamento fluvial, bem como na disposição dos rios. (CUNHA et al., 2007).
Práticas antrópicas, tais como, pastoreio e agricultura modificam a cobertura do solo
e causam efeitos diretos no equilíbrio do sistema hídrico. (DE MEYER et al., 2011).
Segundo TUCCI & CLARKE 1997, o estudo sobre impactos do uso do solo sobre o
comportamento hidrológico de bacias é fundamental na preservação e uso dos
recursos hídricos. Processos erosivos, enchentes, assoreamentos são alguns dos
efeitos deletérios resultantes das intervenções humanas no ambiente que podem
influenciar na disponibilidade e na qualidade da água. (SILVA et al., 2005). Desse
modo, a caracterização física de uma bacia constitui uma importante fonte de
informação para compreensão das alterações ao longo dos cursos de água.
(FEITOSA et al., 2011).

Através de modelos matemáticos conhecidos como parâmetros morfométricos é


possível conhecer as características físicas de uma bacia hidrográfica. A análise
morfométrica de uma bacia permite entender a dinâmica fluvial, assim como, as
relações existentes entre ela e os diversos componentes do meio físico e biótico.
(FARIA et al., 2009). Atualmente, a caracterização morfométrica de bacias
hidrográficas é feita com a integração de informações de relevo em um ambiente de
Sistema de Informações Geográficas (SIG). (OLIVEIRA, 2010). As principais
vantagens das técnicas de sensoriamento remoto e SIG são o rápido acesso às
informações espaciais recentes, sobre uma grande área geográfica, incluindo áreas
inacessíveis. (VIBHU & KAVITHA, 2013).

Desta forma, o principal objetivo deste estudo foi determinar as características


morfométricas do padrão de drenagem e do relevo, classificar o solo e o uso e
ocupação da BHRP, localizada no litoral centro-norte do estado do Espírito Santo –
ES, em um ambiente SIG.

3
2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 ÁREA DE ESTUDO

A BHRP está localizada na região centro- norte do ES, entre as latitudes 19º 41’40”
S e 19º 58’ 37” S e longitudes 40º 34’ 4” W e 40º 8’ 8” W. Abrange parte dos
municípios de Aracruz, Ibiraçu, Santa Teresa, João Neiva e Fundão, a qual
compreende uma área de aproximadamente 426 km² (GEOBASES). A BHRP
constitui uma das sete bacias hidrográficas contíguas que compõem a Unidade
Hidrográfica do Litoral Centro Norte – UHLCN (Ottobacia de nível 4) . (BARROSO et
al., 2012).

Figura 1 – Localização e área de estudo.

Fonte: GEOBASES. Organizado pela autora.

A nascente do rio Piraquê-açu está localizada na Reserva Biológica Augusto Ruschi


na localidade de Nova Lombardia, em Santa Teresa, a 1.000 m de altitude e
percorre 405 km até sua foz em Santa Cruz no município de Aracruz (BARROSO,
2004). A vazão média anual em toda a BHRP corresponde a 17,8 m³/s (BERTOLDI,
4
2014). Ao longo das margens do sistema estuarino do rio Piraquê-Açu estão
estabelecidos 1746 hectares de manguezal que se estendem ainda pelo canal do
rio, o qual corresponde à maior área de manguezais por município do estado do
Espírito Santo (BARROSO, 2004; SERVINO et al., 2018).

O clima da região é predominantemente tropical litorâneo úmido-seco, sendo


associado com variações sazonais de temperatura e umidade (CALIMAN et al.,
1997). A temperatura média anual varia de 7,3º C a 30º C para a porção norte da
bacia e de 11,8ª C a 34º C para a porção sul. (IDAF, 1999). A média anual de
pluviosidade para a bacia, entre os anos de 1948 e 2011, é de aproximadamente
1300 mm (LEITE, 2012). A pluviosidade média anual apresenta maiores taxas em
topografias mais acentuadas (> 700 m), na porção oeste da bacia do que nas
topografias mais planas, na porção leste, de acordo com os modelos de pluviosidade
para o Espírito Santo propostos por Leite (2012).

A BHRP está inserida em uma região de acentuado crescimento econômico. Dentre


as principais atividades antrópicas que demandam o uso hídrico do rio Piraquê-açu
está o abastecimento público, a agropecuária e a silvicultura de eucalipto (ALVES et
al., 2016). É uma região localizada em uma área de transição entre o relevo de
tabuleiros da Formação Barreiras e os afloramentos do embasamento cristalino
(MMA, 2008). As classes de solos predominantes são os Latossolos, Argilossolos e
Cambissolos. É caracterizada por um relevo montanhoso, com distintas
características climáticas e pluviométricas (LEITE, 2012). No litoral e em áreas
adjacentes ao estuário associado ao rio Piraquê-Açu estão estabelecidas
comunidades indígenas e comunidades tradicionais pesqueiras que dependem dos
recursos naturais dos ecossistemas costeiros para sobrevivência.

2.2 PROCESSAMENTO DE DADOS

A base cartográfica utilizada para obtenção dos dados que permitiu a modelagem
morfométrica e a elaboração das imagens foi obtida junto à GEOBASES, em
parceria com o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA) e ao Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para suporte à análise e integração dos

5
dados em um ambiente SIG, foi utilizado o software ArcGIS 10.2.1, em um sistema
de coordenadas UTM e datum SIRGAS 2000. A área da BHRP foi delimitada de
modo manual ao se analisar os atributos geoespaciais do shapefile ottobacias - ES
nível 07, na escala 1:25.00. A rede hidrográfica foi recortada do shapefile IBGE -
BC100 - ES - trecho de drenagem, na escala 1:100.000, e de modo manual foi
obtida a ordem dos cursos d'água. Para classificação dos solos utilizou-se o mapa
de solos do Brasil, na escala 1:5.000.000. As informações e características sobre
cada classe de solo foram obtidas ao se realizar a identificação dos solos da BHRP
no Boletim Técnico dos Solos Nº 45 proposto pela EMBRAPA (1979). Na confecção
do mapa de classes de uso e ocupação do solo foi utilizado o shapefile,
mapeamento ES - 2012-2015 - uso e cobertura do solo, na escala 1:25.00.

2.3 ANÁLISE MORFOMÉTRICA DA BACIA HIDROGRÁFICA

Os parâmetros morfométricos da BHRP foram classificados em três aspectos, de


acordo com Tonello, 2005: características geométricas (área, perímetro, fator forma,
coeficiente de compacidade), características da rede de drenagem (comprimento do
canal principal, comprimento total da rede fluvial, ordem dos cursos d’água e
densidade de drenagem) e características do relevo (altimetria e declividade). A área
e o perímetro da bacia foram calculados através do comando calculate geometry do
SIG ArcGis 10.2.1. A organização dos parâmetros quantitativos e posteriores
cálculos foram realizadas através de planilhas no Microsoft Excel® 2007. Os
aspectos morfométricos analisados para a BHRP estão listados abaixo:

Características geométricas

Área: Área total drenada pela rede fluvial. Está compreendida entre as divisões
topográficas e projetada em plano horizontal. Constitui-se o elemento básico para o
cálculo de diferentes índices morfométricos (TONELLO, 2005).

Perímetro: Comprimento da linha imaginária ao longo do divisor de águas


(TONELLO, 2005).

6
Coeficiente de compacidade (Kc): O coeficiente de compacidade (Kc) relaciona a
forma da bacia com um círculo. Constitui a relação entre o perímetro da bacia e a
circunferência de um círculo de área igual à da bacia (CARDOSO et al., 2006). Um
coeficiente mínimo igual à unidade corresponderia a uma bacia circular e, para uma
bacia alongada, seu valor é significativamente superior a 1. Uma bacia será mais
suscetível a enchentes mais acentuadas, quando seu Kc for mais próximo da
unidade (CHRISTOFOLETT,1981). O coeficiente de compacidade foi determinado
utilizando a equação:

𝑷
𝒌𝒄 = 𝟎, 𝟐𝟖
𝑨

Sendo, Kc= coeficiente de compacidade; P = perímetro (km); A= área de drenagem


(km² ).

Fator de forma (Kf): Corresponde à razão entre a largura média da bacia e o


comprimento axial da bacia (comprimento do curso mais longo desde a cabeceira
mais distante da bacia até a desembocadura). Segundo Villela & Mattos (1975), uma
bacia com um fator de forma baixo é menos sujeita a enchentes que outra de
mesmo tamanho, porém com fator de forma maior. O fator de forma (F) foi
determinado utilizando-se a seguinte equação (CARDOSO et al., 2006):

𝑨
𝑲𝒇 =
𝑳𝟐

Sendo, A= área de drenagem (km²); L= o comprimento do eixo da bacia (km).

Características da rede de drenagem

Ordem dos cursos d’água: A ordem dos cursos d´água representa o grau de
ramificação do sistema de drenagem da bacia (TUCCI, 2001). Neste estudo foi
determinada seguindo-se os critérios introduzidos por Strahler (1957), em que todos
os canais que iniciam a rede de drenagem são designados de primeira ordem.

7
Quando dois canais de primeira ordem se unem é formado um rio de segunda
ordem, e assim sucessivamente (SILVEIRA, 2001).

Densidade de drenagem: A densidade de drenagem indica a eficiência do sistema


de drenagem da bacia, ou seja, a maior ou menor velocidade que a água é escoada
da bacia hidrográfica. Segundo Villela e Mattos, (1975), esse índice pode variar de
0,5 km/km² em bacias com drenagem pobre, a 3,5 ou mais nas bacias
excepcionalmente bem drenadas. Já, Tonello (2005), cita que valores baixos de Dd
indicam áreas com boa infiltração. A densidade de drenagem é obtida a partir da
seguinte equação. (SILVA et al., 2004):

𝑳
𝑫𝒅 =
𝑨

Onde, Dd = densidade de drenagem; L= comprimento total (km) dos rios; A= área da


bacia (km²).

Características do relevo

Altitude e declividade: Um Modelo Digital do Terreno (MDT) foi utilizado para


geração do mapa de altitude e declividade. A imagem foi gerada com resolução
espacial de 30 m ao se interpolar os dados dos shapefiles da carta topográfica
(Altimetria – ES, parte 01, 02, 03 - curvas de nível de 5 m de eqüidistância), rede
hidrográfica e área da bacia, por meio da ferramenta Topo to Raster, na escala de
1:25.000. A declividade do terreno é expressa como a variação de altitude entre dois
pontos do terreno, em relação à distância que os separa. Está associada à
velocidade do fluxo de água do escoamento superficial e, portanto, influência no
tempo de chegada da água no leito fluvial, nos picos de enchente, infiltração e
susceptibilidade para erosão dos solos. (VILLELA & MATTOS, 1975).

A declividade média (S) foi obtida em porcentagem e calculada através da formula


(LEPSCH et al, 2001):
S = (Dcn*Lcn/A)*100

8
Onde, é a Dcn = distância entre as curvas de nível (m) equidistantes 5 m; Lcn
=comprimento total das curvas de nível (m); A = área da bacia hidrográfica (m²).

As classes de declividade foram classificadas em seis intervalos distintos


(APÊNCIDE A1 – Classes de declividade) sugeridos por EMBRAPA (1979), através
das ferramentas de slope e reclassify disponível na extensão Spatial Analys do
software ArcGIS 10.2.1.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos para as características morfométricos da BHRP podem ser


visualizados na tabela 1.

Tabela 1 - Características morfométricas da BHRP.


(Continua)

Aspectos Morfométricos Características Físicas BHRP

Área da bacia 426,63 km²

Perímetro 192,81km
Características geométricas
Fator Forma (Kf) 0,25

Coeficiente de Compacidade (Kc) 2,61

Declividade Média 33,45 %

Altitude mínima 0m
Características do relevo

Altitude máxima 1000 m

9
(Conclusão)

Aspectos Morfométricos Características Físicas BHRP

Características do relevo Altitude Média 500m

Comprimento do canal principal 66,73 km

Comprimento total da rede fluvial 502,21 km

Canais 1º ordem 294,52 km


Características da rede de
drenagem
Canais 2º ordem 91,59 km

Canais 3º ordem 81,07 km

Canais 4º ordem 35,01 km

Fonte: autora.

Em termos de caracterização geométrica, foi encontrada para a BHRP uma área de


drenagem de 426,63 km², e perímetro de 192,81 km. A BHRP apresenta menor
tempo de concentração do deflúvio pelo fato de o coeficiente de compacidade
apresentar o valor afastado da unidade (2,61) e de seu fator de forma exibir valor
baixo (0,24). Tais valores indicam que a bacia não possui formato semelhante ao de
uma circunferência, correspondendo, portanto, a uma bacia alongada. (SANTOS,
2001). A ordem dos cursos d’água, de acordo com a hierarquia de Strahler,
apresentou grau de ramificação quatro (Figura 2). Segundo Tonello (2005) ordem
menor ou igual a quatro é usualmente encontrada em pequenas bacias hidrográficas
e expressa os efeitos diretos do uso do solo, de forma que, quanto mais ramificada
for a rede, mais eficiência terá o sistema de drenagem. De modo geral, o

10
comprimento total da rede fluvial é de 502,21 km, sendo 363 cursos d’águas, dos
quais 50,13% são de primeira ordem, 24,24% de segunda ordem, 20,66% de
terceira ordem, 4,95% de quarta ordem. Os canais de primeira ordem são
considerados formadores da rede fluvial. (DUNNE, 1980). De acordo com Faria,
1998, estes são pouco escavados e vulneráveis a processos naturais ou antrópicos
(assoreamento, desmatamento, deslizamentos, aterros, dentre outros).

Figura 2 – Ordem dos cursos d’água da BHRP.


40°35'0"W 40°30'0"W 40°25'0"W 40°20'0"W 40°15'0"W 40°10'0"W

±
1

19°45'0"S
19°45'0"S

Ordenamento Fluvial (%)


1

1
2
1
1
1

1
1

1
1

3
1
1

1 - 50,13 %
1

2
1

1 1 1
1
1

1
1

1
1

3
2

1 1 1
2 - 24,24%
1

1
1
2

1
1
1

2
1
1

2 1 2
1

1
1

1
1

1
1

3 - 20,66 %
2
2

2 1
1

1
1

1
2

19°50'0"S
1
1
1

1 1

4 - 4,95 %
1
19°50'0"S

2
1

2
1

1
1

2
1
1

2 1
1
1

1 1
1

1
1
1

1
1

1 1
1
1

1
2

1 2
2

1 1
1

1
2

1
1
1

1
1

1 1 2
1

2 1
3

1 1
2

1
1

1
1

1
1

1
1

1
1

1
1

2
1
1

2
1 1

19°55'0"S
1
1
19°55'0"S

1
1
1

4
2
1

1 2
1

1
1

3
1
1

1
1
2

1
Coordinate System: SIRGAS 2000
1

Projection Transverse de Mercator


Fonte: Geobases
0 5 10 20
20°0'0"S

KM
20°0'0"S

40°35'0"W 40°30'0"W 40°25'0"W 40°20'0"W 40°15'0"W 40°10'0"W

Fonte: GEOBASES. Organizado pela autora.

A densidade de drenagem é de 1,049 km/km2, indicando, portanto, que a bacia em


estudo apresenta uma capacidade de drenagem baixa. Em um estudo similar
CAMPOS et al, (2015), encontraram um índice de densidade de drenagem de 1,53
km/km2 para a bacia do rio Bauru- SP. Os autores relatam que a bacia apresenta
baixa capacidade de drenagem e esses valores estão geralmente associados a
regiões de rochas permeáveis e de regime pluviométrico caracterizado por chuvas
de baixa intensidade ou pouca concentração da precipitação. A BHRP apresenta
altitude máxima e mínima de 1000 m e 0 m, respectivamente. A BHRP apresenta um

11
relevo mais plano e suave na porção sudeste e um relevo mais escarpado e íngreme
na parte norte e sudoeste. (Figura 3).

Figura 3 – Mapa de altimetria e de declividade da BHRP.

Fonte: autora.

A declividade média encontrada para a BHRP foi de 33,4 %, o que indica um relevo
forte-ondulado (20% – 45%) para a região. Na tabela 2, apresentam-se a
reclassificação da declividade em seis classes e as informações quantitativas
associadas.

Tabela 2 – Classificação da declividade da BHRP.


(Continua)

Classes de declividade (%) Classes de relevo Área (km) Área (%)

0-3 Relevo Plano 42,25 9,90

12
(Conclusão)

Classes de declividade (%) Classes de relevo Área (km) Área (%)

3–8 Relevo Suave Ondulado 39,15 9,17

8 – 20 Relevo Ondulado 97,76 22,91

20 – 45 Relevo Forte Ondulado 173,72 40,71

>75 Relevo forte montanhoso 8,43 1,97

Fonte: EMBRAPA, 1979; autora.

Constata-se a predominância do relevo forte ondulado (20% – 45%) da bacia, o qual


corresponde a 40,71% da área total. (tabela 2). Para Pruski (2006) a declividade de
uma bacia hidrográfica afeta consideravelmente a velocidade do escoamento
superficial. Altas declividades diminuem a infiltração da água no solo, que,
associadas à ausência de cobertura vegetal e as altas intensidades de chuvas,
potencializam o processo de erosão do solo e a ocorrência de enchentes. Feitosa et
al., 2011, citam que áreas com declividades acentuadas, a presença da cobertura
vegetal funciona como um elemento de proteção natural dos solos. A vegetação
suaviza o impacto das precipitações, e conseqüentemente diminui o potencial
erosivo.

As áreas ocupadas por cada classe de solos da BHRP foram descritas em


porcentagem, sendo, 37,36% para os Latossolos Amarelo, 35,6% Latossolos
Vermelho-Amarelo, 13,8% Argilossolos Amarelo e 13,2% Cambissolos. (figura 4).

13
Figura 4 – Classes de solos da BHRP.

Fonte: EMBRAPA. Organizado pela autora.

A classe dos Argilossolos- amarelos da bacia segundo EMBRAPA, 1979 apresentam


mudança textural abrupta em um ou mais horizontes dentro de 150 cm da superfície
do solo. Possui horizonte A arenoso, e B e C, médio a argiloso, ocupam relevo plano
e suave ondulado. Os Latossolos amarelos são encontrados preferencialmente na
faixa litorânea, e os Latossolos vermelho-amarelos em regiões onduladas, ambos
possuem textura argilosa, são permeáveis. Os Cambissolos apresentam textura
argilosa, são bem drenados e de revelo montanhoso. No geral, os solos da BHRP
são pouco profundos e suscetíveis a erosão quando expostos. Ahmed, 2009, ao
estudar a erodibilidade de solos semelhantes localizados em áreas com condições
ambientais e físicas parecidas com os da bacia deste estudo (relevo serrano e
colinoso > 20% e precipitação acima de 1250 mm), relatou que quando expostos
estes solos apresentam erodibilidade extremamente alta ou muito alta.

Dentre as dez classes de uso e ocupação do solo identificadas para a BHRP, se


destacam as áreas de pastagens (32,78 %), mata (32,50 %), reflorestamento (10,99

14
%) relacionado às atividades de silvicultura e, de cultivos agrícolas (7,37%). (Figura
5).
Figura 5 – Mapa de Uso e ocupação do solo da BHRP.

Fonte: GEOBASES. Organizado pela autora.

É importante observar que mais de 40,1% da área da bacia é ocupada por


atividades agropecuárias. Os dois fragmentos de mata nativa com extensões
territoriais significativas que ainda encontram-se estabelecidos são identificados
como áreas de UCs e representam aproximadamente a 6,6% da área total da bacia.
Feitosa et al., 2011 citam que em áreas mais elevadas, como observadas nestas
localidades do presente estudo (ver figura 4), a presença da maior cobertura vegetal
é condicionada a variabilidade das condições locais e dos fatores climáticos em
decorrência da altitude. Entretanto, em áreas de menores declives a vegetação
encontra-se degradada por conta do uso intensivo do solo.

De acordo com Poleto (2014), as alterações ocorridas na cobertura do solo


promovem a redução da infiltração da água no solo e o aumento do escoamento
superficial, dentre outros efeitos deletérios. O aumento do escoamento superficial

15
pode ocasionar erosão do solo, desequilíbrios no canal fluvial (erosão e
assoreamento) e o aumento da freqüência das inundações urbanas. Vanzela et al,
2010, ao analisarem a influência do uso e ocupação dos solos sobre os recursos
hídricos do Córrego Três Barras, em Marinópolis - SP, observaram que áreas
agrícolas e matas degradadas, contribuem para a redução da vazão específica e da
qualidade de água em função da alteração na intensidade do escoamento
superficial. HoffMann & Oliveira, 2018 ao estudarem a produção de sedimentos nos
canais fluviais da bacia do rio Capivari, Lapa- PR notaram que houve um incremento
de carga sedimentar em suspensão e turbidez nos trechos do rio em que há
ocorrência de atividades de cultura agrícola e agropecuária. De modo que, estas
contribuições reduzem em zonas onde há presença de vegetação natural. Para este
estudo é importante observar a significativa extensão territorial das áreas de
manguezal (BARROSO, 2004; SERVINO et al., 2018). Desequilíbrios nos fluxos de
água e de sedimentos aportados para este ecossistema costeiro implicam em
impactos deletérios, tais como, perda de biodiversidade e alteração de habitats de
comunidades ecológicas dependentes. Rabalais et al., (2002) relatam que a
ocorrência de eutrofização das águas do Golfo do México, está associado ao
crescimento exponencial das atividades agropecuárias na bacia hidrográfica do rio
tributário Mississipi. Os autores citam que esta problemática ambiental está
diretamente relacionada com o aumento das concentrações de sedimentos nas
águas fluviais.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através da caracterização morfométrica observou-se que a BHRP apresenta baixa


suscetibilidade a enchentes, porém, quando há integração dos fatores físicos e
antrópicos, propostos neste estudo, nota-se que alterações significativas podem
ocorrer na dinâmica fluvial. As modificações no solo da bacia, somado ao relevo
escarpado da bacia promovem aportes de sedimentos para os canais fluviais e
comprometem à qualidade e a disponibilidade de água dos mananciais, de modo a
interferir na qualidade ambiental dos ecossistemas naturais associados à bacia.

16
Assim, recomenda-se um melhor detalhamento sobre a erodibilidade dos solos da
região, principalmente em áreas de altas declividades onde estão sendo
desenvolvidas atividades agropecuárias. Estes tipos de estudos configuram-se
ferramentas eficazes para orientação de práticas conservacionistas no manejo do
solo, de modo a se assegurar a sustentabilidade hídrica em bacias hidrográficas.

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APÊNCIDE A – Classes de declividade.

Tabela A1 – Classes de declividade, segundo EMBRAPA, 1979.

Classes de
Classes de relevo Características Físicas
Declividade (%)

0-3 Relevo Plano Área de topografia horizontal, com


desníveis muito pequenos.

Área de topografia pouco acidentada,


3–8 Relevo Suave Ondulado
constituída de colinas ou outeiros, com
diferenças de níveis de 50 a 100 m.

8 – 20 Relevo Ondulado Área de topografia pouco acidentada,


constituída de colinas ou outeiros.

Área de topografia acidentada,


20 – 45 Relevo Forte-Ondulado formada de outeiros ou morros, com
diferenças de níveis de 100 a 200 m

Área de topografia acidentada,


45 – 75 Relevo Montanhoso constituída de morros e montanhas

Áreas escarpadas (aparado, itaimbé,


Relevo
>75 frente de costa, falésia e flanco de
Forte Montanhoso
serra)
Fonte: EMBRAPA, 1979.
21

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