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A CARNE COMO

ALIMENTO
OBJETIVO GERAL:
Reflexão sobre o assunto para compreendê-lo
num contexto mais amplo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
1.Entender os contextos de parágrafos sobre
a carne, usados para liberar ou impor o seu
uso.
1.Estabelecer clima de compreensão e
tolerância para com os que não adotaram
ainda certos pontos da Reforma de Saúde
como, por exemplo, o vegetarianismo.
1.Estabelecer a harmonia entre textos
aparentemente contraditórios sobre o
consumo da carne.

1.Propor uma educação mais completa da


Reforma de Saúde na pregação e
testemunho pessoal.

1.Desestimular as críticas entre membros e


liderança nesta questão.

1.Incentivar a adesão de membros/pastores à


Reforma de Saúde de forma equilibrada.
REGIMES ALIMENTARES PRESCRITOS
POR DEUS

O REGIME ORIGINAL

Antes do pecado
Gn 1:29,30.
Após o pecado
Gn 1:29; 3:18
Após o dilúvio
Gn 9:3-4
No deserto
Êxo. 16:2-21
O REGIME POSTERIOR PERMITIA CARNE

Os sacrifícios. Lev. 6:25, 26; 7:1,2,6; 8:31; 10:13, 14, 18


As porções dos sacerdotes. Êxo. 29:26-29,31, 32
A páscoa. Êxo. 12:4, 7 ,8
Deus manda pão e carne para Elias. I Reis 17:6
Jesus multiplica peixe. Jo. 6:11
Jesus e a pesca milagrosa. Lc. 5:4-6
Jesus come a páscoa. Mc. 14:12-14
Jesus come peixe após sua ressurreição. Lc
24:41-43
Apóstolos: comer carne sem sangue. At. 15:20
RAZÕES PARA ÊNFASE DE E. WHITE
CONTRA A CARNE
1. Regime mais popular do seu tempo era
composto de carne, gordura, amido e
doces. (Conf. SDABC, vol. X, 390),
comiam “carne em alta escala” no país.
CSRA, 412.

2. A forte resistência e ataques que membros


e pastores faziam à Reforma de Saúde.
CSRA, 401.
MALEFÍCIOS DO ALIMENTO
CÁRNEO
A condescendência com o apetite gera
doença - exemplo do antigo Israel não
renunciando o desejo de carne, vindo então
a peste. CSS, 141.
1. Uma reforma é necessária nesta questão da
saúde, pois a carne põe em perigo a saúde
física, mental e espiritual. CSS, 575.
2. Muitos dos meio convertidos nesta questão
sairão do povo de Deus. CSS, 575; CSRA,
382.
3. Moléstias dos animais são transmissíveis.
CSRA, 384.
4. Estimulantes das paixões carnais junto com a
manteiga. CSRA, 48 e 395.
5. Câncer transmitido pela carne. CSRA, 384 e
388.
6. Aqueles que não querem por em prática nas
instituições não devem aceitar a direção delas
CSRA 415 e 416.
7. Há influência negativa dos carnívoros sobre as
pessoas. CSRA, 404.28
OS MINISTROS E O ALIMENTO
CÁRNEO
O DEVER DOS MINISTROS
1. Devem ser estritamente temperantes no comer e
beber. CSRA, 382.
2. Devem despertar o povo e dar bom exemplo em
não comer carne. CSRA, 399.
3. A responsabilidade de vencer o apetite pesa
sobre todos e em especial sobre os ministros.
CSRA, 54.
RESULTADO DE REJEITAR A REFORMA
DE SAÚDE E NÃO APOIÁ-LA

Não serem separados como mestres do povo


enquanto ensino e exemplo contradiz, por
falta de interesse devido à condescendência,
a mensagem sobre a reforma pró-saúde (não
só carne) CSRA, 453,454.
RESULTADO DE CONTINUAR A COMER
CARNE POR APETITE PERVERTIDO
1. Unir-se a outros pela
condescendência em comê-la,
onde há abundância de frutas e
verduras, pode, possivelmente,
abalar a confiança no ministro.
CSRA, 402.
2. A condescendência de
ministros pagos pelo dízimo
com o apetite pervertido nessa
questão é desprezo pelas
advertências de Deus e prejuízo
para a saúde. CSRA, 404.
A ATITUDE DE ALGUNS MINISTROS NOS
DIAS DE E. G. WHITE
1. Alguns ministros demonstravam pouco
interesse na reforma pró-saúde devido a
condescendência. CSRA, 453.
2. Muitas pessoas e alguns ministros têm
demonstrado pouca consideração para com a
Departamento de Reforma de Saúde, por não
verem a relação da Reforma de Saúde com a
mensagem. CSRA, 73
3. Em 1904 muitos ministros não seguiam a
reforma pró-saúde apesar da luz dada. CSRA,
288.
A REFORMA ENVOLVE MAIS DO QUE
CARNE
1) Ar puro: respiração correta, ambiente
arejado, ventilação natural para enfermos,
passeios ao ar livre, fuga de lugares poluídos.
2) Luz solar: exposição diária, tempo
de exposição, horário de exposição,
exposição de roupas e de partes
internas da casa.
3) Abstinência: café, chá preto,
carnes imundas, cigarro, drogas,
bebidas alcoólicas, outros por
peculiaridades pessoais.
4) Água em abundância: beber suficiente e limpa,
banhar-se diariamente, lavar roupas e
utensílios, substituir bebidas artificiais por
naturais, não usar às refeições.

5) Repouso: dormir cedo, acordar cedo, ter dia


de folga, férias, intervalos no trabalho, evitar
lazer competitivo ou de jogos de azar.
6) Exercício físico: adequado à pessoa e idade,
moderado, regular, vitalício, não violento, não
competitivo, preferir caminhar e cuidar da
terra.

7) Confiança no poder de Deus: Leitura da


Bíblia, compromisso com a igreja, tempo
para oração, meditação, testemunho.
Cultivar a fé a esperança e o amor.
8) Alimentação conveniente:
a) Princípio da quantidade (suficiente x insuficiente)
b) Princípio da qualidade (carne, açúcar, amidos,
gordura, condimentos, etc.)
c) Princípio da freqüência. (duas a três vezes)
d) Princípio da combinação (leite e açúcar, frutas e
verduras, mais de três variedades na mesma
refeição, líquido às refeições, etc.)
e) Princípio da adequação (atividade física,
intelectual, clima, idade, estado de saúde,
condições dos órgãos digestórios, etc.)

A questão da carne, portanto, é uma pequena


parte de um dos oito remédios da natureza, não é
a Reforma de saúde em si, mas um detalhe dela.
CITAÇÕES GERAIS APLICADAS
EXCLUSIVAMENTE À CARNE
• “Contamina o sangue” – Em geral aplicada à
carne refere-se a outras coisas como: açúcar,
leite e ovos juntos, falta de exercícios físicos,
frutas junto com verduras, não beber água
suficiente. CSRA, 113, 330, 354.
2. “Enfraquece a mente para o trabalho
ministerial” - açúcar, leite e ovos juntos,
queijo, manteiga, massas suculentas,
condimentos, frutas e verduras juntos, dormir
tarde e insuficiente, comer demais, comer fora
de hora. CSRA, 113, 327, 328, 331, 354 395 (usar
manteiga com moderação, 352)
3. “Não liderar instituições” – para os que
combatiam a Reforma de Saúde e queriam
colocar carne nas instituições.

4. “Pastor deve ser exemplo” – refere-se a


tudo e não apenas a carne. Os textos dizem:
“ na temperança” e na “ reforma de saúde”.
CSRA, 402
5. “A carne é o pior alimento” – Açúcar, massas e
bolos são piores do que carne. CSRA, 328, 334.

6. “Carne nem se for sã” - Se a carne não é


doente é mais recomendada do que grandes
quantidades de leite com açúcar. Não faz o
mal que o leite com açúcar faz.CSRA, 334,
330.
7. “A carne desqualifica para o ministério” –
torta doce desqualifica para o serviço de
Deus. CSRA, 333. Imprudência no comer
inabilita para a obra que precisa ser feita. 335

8. “Não se pode comer carne alguma pois os


animais estão doentes” –
Apesar disso, Ellen
White fez exceções para
uso de carne e outros
itens afetados pelas
doenças dos animais.
Para isso recomendou
cuidado. CSRA, 355, 356
QUAL DEVE SER NOSSA ATITUDE PARA
COM OS QUE COMEM CARNE?
Há, realmente, alguns que vivem em
circunstâncias que os impedem de adotar
plenamente a reforma? Se assim for, cada
indivíduo precisa considerar suas
peculiaridades ao adotar a reforma. É uma
questão que envolve aspectos pessoais.
1. Entender que a Reforma de Saúde deve ser
progressiva. CSRA, 356.

2. Não tomar atitudes críticas, de ataque,


buscando corrigir os outros, pois isso
desperta resistência e desenvolve o mau
hábito da crítica naquele que pretende ajudar.
CSRA, 464.
3. Considerar que o abandono da carne pode
não ser o ideal para todos.

“O regime cárneo não é o mais são, e, todavia


eu não tomaria a atitude de que ele deva ser
rejeitado por toda pessoa”.CSRA, 395.
4. Verificar as possíveis exceções dadas no
Espírito de Profecia.
“Se a reforma pró-saúde com todo o seu rigor for
ensinada àqueles cujas circunstâncias não lhes
permitem sua adoção, ter-se-á produzido mais
dano do que bem”. CSS, 137.

Quais são essas


circunstâncias?
CIRCUNSTÂNCIAS OU EXCEÇÕES
INDICADAS POR ELLEN WHITE
PARA NÃO SE ADOTAR O
VEGETARIANISMO
1. Tuberculosos desenganados – não devem ser
forçados a deixar a carne. CSRA 292,2:

“Os tuberculosos que se acham em decidido


caminho da sepultura, não devem fazer
mudanças particulares a esse respeito, mas seja
exercido cuidado para obter carne de animais o
mais saudáveis possível.”
2. Pessoas que sofrem de tumores - não
devem ser forçadas a deixar a carne. CSRA,
292, 3:
“As pessoas que têm tumores a minar-lhes a
vida, não devem ser carregadas com a questão
de deverem ou não abandonar o uso da carne.
Cuide-se de não coagir a uma resolução quanto
a esse assunto. Não ajuda ao caso forçar a
mudanças, mas prejudicará aos princípios de
abstinência da carne. Façam-se palestras na
sala de visitas. Eduque-se a mente, mas não se
force a pessoa alguma, pois tal reforma feita sob
pressão é inútil....”
3. Vários tipos de doenças e exaustão
(esgotamento). CSRA, 394:

“Em certos casos de doenças ou exaustão,


poderá ser considerado melhor usar alguma
carne, mas grande cuidado deve ser tomado para
adquirir carne de animais sadios.”

4. Facultativa onde não haja abundância de


vegetais. CBV, 103.
5. Deve-se considerar a emergência como no
exemplo de E. G. White. CSRA, 394:

“Quando não me foi possível obter o alimento de


que necessitava, comi um pouco de carne
algumas vezes; mas estou ficando cada vez mais
atemorizada de fazê-lo.”
6. Órgãos digestivos fracos. CSRA, 395:
“Os que têm fracos órgãos digestivos, podem
muitas vezes comer carne, quando não lhes for
possível ingerir verduras, frutas e mingaus.”

7. Hábitos não devem ser mudados


precipitadamente. CSRA, 462:

“Hábitos que foram por toda a vida


ensinados como sendo direitos, não devem ser
mudados por medidas rudes ou precipitadas.”
8. Pobres não devem ser coagidos a deixar a
carne. CSRA, 463:

“Sinto sincera comiseração para com famílias que


chegaram à fé recentemente, e que se sentem tão
premidas pela pobreza que não sabem de onde
lhes virá a próxima refeição. Não é meu dever
fazer-lhes discursos sobre o comer saudável. Há
tempo de falar, e tempo de calar.”
Caso fosse um ponto de comunhão com a
igreja, espiritualidade ou de salvação como
justificar tais declarações?

Trata-se de hábito específico (a reforma de


saúde é mais ampla). Nesses casos o
consumo da carne não ocorre por desprezo e
rejeição á Reforma de Saúde e nem por
condescendência com o apetite pervertido,
mas por uma razão pessoal que deve ser
respeitada.
ATITUDES RECOMENDADAS POR ELLEN
WHITE SOBRE O COMER CARNE
1. Comer ou não comer carne não é teste. CSRA,
462. Nem os que comem são os maiores
pecadores:
“Devemos considerar a situação do povo, e o
poder de hábitos e práticas de vidas inteiras, e
devemos ser cautelosos em não impor aos
outros nossas idéias, como se esta questão
fosse um teste, e os que comem carne fossem
os maiores pecadores.”
2. Ninguém deve ser consciência do outro nesta
questão. CSRA, 463:
“Nunca julguei ser meu dever dizer que
ninguém deveria provar carne, sob quaisquer
circunstâncias. Dizer isto, quando o povo tem
sido educado a viver de comer carne em tão
grande medida, seria levar ao extremo a
questão. Nunca senti ser dever meu fazer
asserções arrasadoras. O que tenho dito,
disse-o sob uma intuição do dever, mas tenho
sido cautelosa em minhas afirmações, porque
não queria dar ocasião para qualquer pessoa
ser consciência para outro.
3. Não há regra estabelecida nessa questão
(CSRA, 95,3; 404:2):
“Não estabelecemos regra alguma para ser
seguida no regime alimentar, mas dizemos que
nos países onde abundam as frutas, cereais e
nozes, os alimentos cárneos não constituem
alimentação própria para o povo de Deus.”

“Uma pessoa não pode ditar uma estrita regra


para outra. Cada um deve exercer
discernimento e domínio, agindo por
princípio.” CSRA, 139
4. Não é prova de comunhão para os crentes
(CSRA 404:3, 466):

“Não nos compete fazer do uso da alimentação


cárnea uma prova de comunhão; devemos,
porém, considerar a influência que crentes
professos, que fazem uso da carne, têm sobre
outras pessoas.”

5. Não é uma prova para ministros e não devem


ser forçados a abandonar o seu uso. O ministro
que comer é responsável pelas conseqüências.
CSRA 401,2:
“Se bem que não tornemos o uso do
alimento cárneo uma prova, se bem que não
queiramos forçar ninguém a abandonar seu
uso, todavia é nosso dever instar para que
ministro algum da associação faça pouco da
mensagem de reforma nesse ponto, ou a ela
se oponha. ... Ele [o Senhor] nos deu a obra de
proclamar a mensagem da reforma pró-saúde,
e se não podeis avançar nas fileiras dos que a
estão proclamando, não o deveis tornar
notório. Neutralizando o trabalho de vosso co-
obreiros, que estão ensinando a reforma pró-
saúde, estais fora da ordem, operando do lado
contrário.” (1902)
6. Não vibrar ataque contra quem está comendo
carne. CSRA, 462,2:
“Quando assentados a uma mesa onde haja
carne, não devemos vibrar um ataque contra os
que a usam, mas deixá-la intocada quanto a
nós, e se nos perguntarem a razão de assim
proceder, devemos de maneira bondosa
explicar o motivo de não a usarmos.”
RECOMENDAÇÃO GERAL DE E. G. WHITE
DE COMO AGIR

1. Não é uma prova e nem é forçado o ministro


deixar a carne, mas ele não deve se opor e nem
fazer pouco caso do assunto. Se não pode
avançar junto com os que proclamam a reforma
pró-saúde não deve fazer isso notório. CSRA,
401. (1902)
“Devemos lembrar que há demasiado tipos de
mentalidades no mundo, e que não podemos
esperar que cada um veja exatamente como
nós em todas as questões de alimentação. As
mentes não seguem exatamente a mesma
direção.” CSRA, 351

“Nossos ministros devem tornar-se inteligentes


nesta questão. Não a devem ignorar, nem se
desviar pelos que os chamam extremistas.
Verifiquem o que constitui a verdadeira
reforma pró-saúde, e ensinem-lhe os
princípios, tanto por preceito, como por
tranqüilo e coerente exemplo.” CSRA, 451

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