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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

CENTRO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO


ENGENHARIA DO PETRÓLEO
DESENHO GEOLÓGICO

Padrões de Afloramento de
Camadas e Contatos
Eng. Eletricista Amilcar Barum, MSc Eng.
Os traços dos contatos dos mapas geológicos não são meras linhas
aleatórias. Elas seguem princípios geométricos bem definidos que
resultam em padrões de afloramento previsíveis.
Camadas horizontais
O padrão de afloramento dos contatos, no topo e na base, de camadas
horizontais é muito simples. Nesse caso, os contatos seguem os
traçados das curvas de nível. Isso ocorre por que os planos horizontais
definem linhas semelhantes a curva de nível. Como mostra o desenho
abaixo, os contatos seguem as cotas e formas das curvas de nível.

Como as camadas horizontais não possuem direção, suas atitudes são


representadas nos mapas geológicos por uma cruz de braços iguais.
Sendo assim, as camadas horizontais não possuem linha de strike, pois
não existem intersecções.
Camadas Verticais

Assim como as camadas horizontais, as camadas verticais tem um


padrão de afloramento simples. Elas são representadas por linhas
aproximadamente retas que cortam, de forma indiscriminada a
superfície topográfica.
Nos mapas geológicos, as atitudes verticais são representadas por
uma linha de tamanho apropriado (1 cm) orientada conforme a direção
do contato cortada por dois segmentos menores (0,5 cm)
perpendiculares a essa direção indicando inclinação para ambos os
lados.
Um mapa de linha de strike de um contato perfeitamente vertical
resume-se a uma só linha de strike uma vez que todas as outras estão
projetadas no mesmo lugar. Daí percebe-se que o espaçamento entre as
linhas de strike varia conforme o seu ângulo de mergulho : quanto mais
próximos, maior o ângulo de mergulho.

Camadas Verticais – A regra dos 3 V’s

Outro tipo de padrão de afloramento dos contatos de topo e de base de


camadas inclinadas é o de linhas sinuosas, que cortam uma mesma
curva de nível em, pelo menos, dois pontos. Nos vales e drenagens, os
contatos desenham um V cujo vértice aponta para a direção do
mergulho (verdadeiro). No caso de encostas, ocorre o contrário.
Essa regra é conhecida como Regra dos V’s. Essa regra é uma poderosa
ferramenta no mapeamento geológico e na interpretação de mapas
geológicos.
Quando as camadas são inclinadas no sentido oposto ao declive da
drenagem, os contatos fazem um V cujo vértice aponta para drenagem
acima.

Quando as camadas são inclinadas no mesmo sentido do declive da


drenagem, os contatos fazem um V, cujo vértice aponta no sentido de
drenagem abaixo.
Quando as camadas são inclinadas com ângulo de mergulho igual ao
declive topográfico da drenagem – os contatos não interseptam o fundo
dos vales, somente suas encostas gerando seu traços nesses lugares.

Camadas inclinadas no mesmo sentido do declive da drenagem, porém,


com ângulo menor que o declive topográfico, os contatos fazem um V cujo
vértice aponta drenagem acima.

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