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INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

PROF. DR. J. B. PICININI TEIXEIRA

1. Introdução:

2. Conceito : relação existente entre a


ação que se exercem reciprocamente
entre dois ou mais medicamentos
administrados. É devida à atividade
farmacológica de cada uma deles ser
determinada ou influenciada pela
atividade do outro.
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3. Ocorrência : Sempre que a ação


diagnóstica, terapêutica ou profilática
de um fármaco é alterada no
organismo pela ação de um segundo
agente.

4. Mecanismos: podem ser vários e


complexos chegando a uma super
interação ou miscelânea.
5. Classificação: de maneira global podemos classificá-las em:

5.1. Interações Farmacocinéticas : qdo. Afetam a Absorção (A),


Distribuição (D), Metabolismo (M) ou Excreção (E) = ADME de
outras medicações. Nesse grupo incluem-se interações nas
quais a absorção de uma droga pelo tubo gastrointestinal
está prejudicada, a capacidade de ligação às proteínas
afetada, o metabolismo do medicamento aumentado ou
inibido, ou a excreção urinária esta aumentada ou diminuída.

5.2. Interações Farmacológicas: qdo. Podem ter efeitos Aditivos


(+) e (x) ou Sinérgicos(x) do ponto de vista farmacológico,
acarretando efeitos colaterais.Podem ter efeitos inversos ou
antagônicos. Nesses casos a ação ocorre sobre o mesmo
receptor.

5.3. Interações Mistas: qdo. Não se encaixam nos dois grupos


anteriores ou qdo ocorrem ao mesmo tempo com os dois
grupos anteriores. Podem ser também classificadas ou sub-
classificadas como interações entre fármacos e alimentos ou
fármacos e ambientes.
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6. Fatores Relacionados aos Pacientes:

6.1. Estados Mórbidos: Pacientes apresentam uma gama de


distúrbios = diabete, hipertireoidismo, alcoolismo, distúrbios
cardíacos, intestinais, etc. Tais patologias podem predispor
ou protegê-lo de efeitos adversos de uma interação.

6.2. Função Renal; diminuição de velocidade de filtração


glomerular e\ou a deficiência da função tubular renal podem
resultar em níveis aumentados no soro, com aumento da
possibilidade de reações indesejáveis de interação.
Pacientes com uremia podem apresentar alterações na
conjugação com as proteínas plasmáticas; a albuminúria em
doentes nefróticos pode diminuir a soroalbumina o
suficiente para predispor a certas interações.reações
indesejável
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6.3. Função Hepática; uma diminuição pode resultar na


insuficiência dos medicamentos, com resultante elevação
de seus níveis sanguíneos e a possibilidade de reações
indesejáveis de interação.

6.4. Níveis sérios de Proteínas: hipoalbuminemia aumenta a


gravidade da interação de drogas, cuja eliminação
envolve conjugação protéica.

6.5. pH urinário: ionização de drogas que são ácidos ou


bases fracas pode ser afetada pelo pH urinário,
influenciando dessa forma a excreção renal das mesmas.

6.6. fatores Dietéticos: os alimentos podem alterar a


absorção gastrointestinal de alguns medicamentos,
alterando os níveis sanguíneos e o potencial de interação.
Dietas insuficientes ou excessivas podem predispor ao
aparecimento de reações indesejáveis de interação.
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6.7. Fatores Ambientais: poluição, fumo, inseticidas, etc


podem afetar a ação dos medicamentos provocando
interações indesejáveis.

6.8. Fatores Farmacogenéticos: a constituição genética


individual é importante na determinação da eliminação
de drogas.

6.9. Idade: pacientes idosos estão predispostos a reações


adversas devidas às interações. Vários fatores podem
contribuir para que isso aconteça: função renal
diminuída, insuficiência dietética, doenças múltiplas,
etc.
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7. Fatores Ligados à Administração Medicamentosa

7.1. Seqüência de Administração: A ordem em que 2 ou mais


medicamentos interativos são administrados pode influir
consideravelmente no quadro clínico. Exemplos:
anticoagulantes orais, hipoglicemiantes orais e anti-
hipertensivos. Somente o conhecimento do mecanismo de
interação permitirá predizer a ordem correta de
administração.

7.2. Vias de Administração: Interações acontecem quando os


medicamentos são administrados por uma única via (via
oral) ou podem ser mais graves quando uma ou ambas
medicações são realizadas por via parenteral. O mecanismo
da interação é que vai permitir avaliar a importância da via de
administração.

7.3. Tempo de Administração: interações tem mais probabilidade


de ocorrerem , principalmente as de absorção
gastrointestinais, quando o tempo de administração de
medicamentos interativos é curto.
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7.4. Duração do Tratamento: Grandes doses de


medicação de uma ou das duas drogas podem
causar interação indesejável, principalmente,
quando efeitos farmacocinéticos dependem das
doses.

7.5. Formulação: Existem diferenças significativas


nas interações medicamentosas, quando
comparam-se comprimidos, com líquidos,
comprimidos comuns como os de liberação
gradual, drágeas comuns com revestimento
entérico, demonstram o valor da formulação em
casos de interações.
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Exercícios:
I. Antiarrítmicos X Lidocaína (xilocaína)
Mecanismo: a lidocaína e outros agentes qntiarrítmicos exercem efeito depressivo
sobre o coração.
Importãncia Clínica: uma mulher de 67 anospiorou de sua insuficiência cardíaca após
tratamento combinado de antiarrítmicos e lidocaína endovenosa.
Conduta: embora a terapêutica combinada com drogas antiarritmícas seja necessária,
ela deve ser monitorada a fim de prevenir efeitos indesejávies.

II. Anti-hipertensivos X Procainamida


Mecanismo: ocorrem efeitos aditivos com o uso concomitante de procainamida e
medicação anti-hipertensiva.
Importância clínica: Administração endovenosa de procainamida pode resultar em
hipotensão,qdo feita intra-muscular é menor e pouco frequente por via oral
Conduta; lembrar-se da possibilidade de efeitos hipotensivos de adição nesses casos..

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