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Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE

Centro de Engenharias e Ciências Exatas - CECE


Curso de Engenharia Química

Instrumentação em
sistemas de controle
DISCIPLINA: Controle de Processos
DOCENTE: Fernando Palú

Acadêmicos: Angélica Benedetti


Bruna Favassa
Rafael Sarolli
Thaís Porto
Thalyta Basso
O engenheiro de controle de processos
encontra hoje, disponível no mercado uma enorme
variedade de sistemas de controle.

Os fabricantes de equipamentos procuram


superar seus concorrentes com lançamentos que
oferecem maior flexibilidade para modificações,
maior facilidade para implantação de sistemas de
controle avançado, melhor interface homem-
máquina, menor custo e maior precisão no
tratamento das informações.
Instrumentação

Esquema: Tanque de aquecimento com sistema de controle


CONCEITO DE SENSOR E TRANSMISSOR
O instrumento que transforma a variável medida
(pressão, nível, temperatura) em um sinal padronizado
para transmissão (4-20 mA, 3-15 psi) é chamado de
transmissor.
O transmissor, em geral, consiste de duas partes
principais : o transdutor ou sensor que, no caso dos
transmissores eletrônicos, transforma a variável medida
em um sinal elétrico mensurável, e o transmissor
propriamente dito, que transforma este sinal em um
sinal padronizado de 4 a 20 mA.
Sensores
É definido com um dispositivo que é sensível à um
fenômeno físico.
Dentro de um processo, é o sensor que detecta a variável
física de interesse.
Classificação: Ativos x Passivos
Digitais x Analógicos
Contínuos x Discretos
Absolutos x Incrementais
Sensores
Os critérios de seleção de um sensor são:

 Faixa de medição;
 Linearidade;
 Sensibilidade;
 Material de construção;
 Prioridade de uso;
 Potencial de expelir materiais no meio ambiente;
 Classificação elétrica;
 Histerese.
Sensores
As variáveis encontradas com frequência dentro de um
processo são:

 Temperatura:

 Os sensores mais usados na indústria são os


termômetros baseados em bimetal e os sensores do tipo
termopar e termoresistência.
Sensores
 Temperatura

 Sensores baseados no princípio bimetálico.


 Sensor termopar.
 Sensor baseado em termorresistência.
DESVANTAGENS:
VANTAGENS:
São mais caras do que os sensores utilizados nessa
Possuem maior precisão dentro da faixa de
mesma faixa.
utilização do que outros tipos de sensores.
Deterioram-se com mais facilidade, caso haja
Com ligação adequada não existe limitação para
excesso na sua temperatura máxima de utilização.
distância de operação.
Temperatura máxima de utilização 630 °C.
Se adequadamente protegido, permite utilização
É necessário que todo o corpo do bulbo esteja com
em qualquer ambiente.
a temperatura equilibrada para indicar
Em alguns casos substitui o termopar com
corretamente.
grande vantagem.
Alto tempo de resposta.
Sensores
 Pressão
 Pressão absoluta, pressão manométrica, pressão
atmosférica, vácuo.

 Sensores baseados na deformação elástica dos materiais.


 Vantagens: Baixo custo (compra ou manutenção), funcionamento
simples, fácil instalação e fabrica-se no Brasil.
 Desvantagens: Indicação da variável somente no campo, com selos
é muito sensível a choques.

 Sensor baseado na capacitância elétrica.


 Sensor baseado em condutores elétricos distendidos.
Sensor
 Vazão

Na escolha do medidor são considerados aspetos


como:

 Natureza do material (líquido/gás/sólido);


 Material corrosivo (ou não);
 Natureza do sinal;
 Custo;
 Espaço físico;
 Manutenção necessária.
Sensores
 Vazão
 Sensores de vazão baseados na pressão.

 Sensores de vazão por turbinas.

 Sensores de vazão magnéticos.


Sensores
 Nível
A medição de nível em unidades industriais tem
dois objetivos:
 Avaliação de estoques em tanques de
armazenamento;
 Controle de processos contínuos.

 Visor de Nível.
 Sensores por pressão
diferencial.
Sensores
 Composição Química
 É considerado o parâmetro com maior dificuldade de
medição.
 Exemplos: cromatógrafos, potenciometros,
condutímetros, espectrômetros.

 Propriedades Físicas
 Como propriedades físicas, considera-se a densidade, o
pH, a turbidez, viscosidade,
condutividade térmica.
Transmissores
A função do transmissor é converter a saída do sensor
de maneira que ela fique compatível com a entrada do
controlador.

O sensor pode ou não estar acoplado ao transmissor.


Elemento final de Controle
 O dispositivo que permite que uma variável de
processo seja manipulada;

 Na maioria dos casos trata-se de VÁVULAS DE


CONTROLE;

 Outros: resistências elétricas, bombas, motores


em geral, chaves de posição, variadores
eletromagnéticos.
Exemplo: Trocador de calor
Válvulas de Controle
 Provoca uma obstrução na tubulação para regular a
passagem de fluido;

 Composição:
 Atuador: proporciona a força motriz para o
funcionamento da válvula ;

 Obturador: elemento vedante;

 Corpo: ocorre a passagem do fluido;


Válvula- Atuador pneumático
Tipos de válvula
Acessórios das válvulas:
Posicionadores
• Trabalha junto com o atuador para posicionar
corretamente o obturador em relação à sede da válvula;

• Compara o sinal medido pelo controlador com a posição da


haste da válvula e envia ao atuador;

• Opera adequadamente quando o seu tempo de resposta


somado ao tempo de posicionamento da válvula é muito
mais rápido que o tempo de atuação requerido pelo
processo.
Aplicações dos Posicionadores
 Diminuir o atrito na haste;
Por exemplo, o posicionador recebe um
sinal de 3 a 15 psi do controlador e emite
um sinal de 6 a 30 para o atuador

 Modificar o sinal do controlador;

 Aumentar a velocidade de resposta;


Telemetria
 Técnica de transportar medições obtidas no processo a
distância, em função de um instrumento transmissor.

 Processos contínuos.

 A necessidade e a vantagem dessa aplicação se


entrelaçam.
Transmissores

 Instrumentos que medem uma variável do processo e a


transmitem, a distância, a um instrumento receptor,
indicador, registrador, controlador ou a uma
combinação destes.
Tipos de sinais de transmissão
 Pneumáticos;

 Elétricos;

 Hidráulicos;

 Eletrônicos.
Transmissão pneumática
 Os transmissores pneumáticos geram um sinal
pneumático variável, linear, de 3 a 15psi (0,2 a 1
kgf/cm² para uma faixa de medidas de 0 a 100% da
variável.

 Devemos calibrar os instrumentos de uma malha


(transmissor, controlador, elemento final de controle
etc.), sempre utilizando uma mesma norma.
Transmissão pneumática
 Para melhor calibração nota-se que o sinal pneumático
não é 0 (zero), e sim 0,2 ou 3 (variando conforme
unidade), comprovando sua correta calibração e
detectando vazamentos de ar nas linhas de
transmissão.
Transmissão eletrônica
 Os transmissores eletrônicos geram vários tipos de
sinais em painéis, sendo os mais utilizados: 4 a 20 mA,
10 a 50 mA e 1 a 5 V.

 A relação de 4 a 20 mA, 1 a 5 V está na mesma relação


de um sinal de 3 a 15psi de um sinal pneumático.
Transmissão eletrônica
 O “zero vivo” utilizado, quando adotamos o valor
mínimo de 4 mA, oferece a vantagem também de
podermos detectar uma avaria (rompimento dos fios),
que provoca a queda do sinal, quando ele está em seu
valor mínimo.
Protocolo Hart
 Consiste num sistema que combina o padrão 4 a 20
mA com a comunicação digital.

 É um sistema a dois fios com taxa de comunicação de


1.200 bits/s (BPS) e modulação FSK (Frequency Shift
Keying).

 Sistema mestre/escravo
Fieldbus
 É um sistema de comunicação digital bidirecional, que
interliga equipamentos inteligentes de campo com o
sistema de controle ou com equipamentos localizados
na sala de controle.
Sistema Fieldbus
Fieldbus
 Este padrão permite comunicação entre uma variedade
de equipamentos;
 Eles podem ser de fabricantes diferentes;
 Ter controle distribuído (cada instrumento tem a
capacidade de processar um sinal recebido e enviar
informações a outros instrumentos para correção de
uma variável – pressão, vazão, temperatura etc.).
Sistemas de unidades geométricas
e mecânicas
Precisão na instrumentação
 Instrumentos de processo
 Medição
 Controle
 Manipulação

 Medição:
 Determina a existência ou valor de uma variável.
Precisão na instrumentação
 Controle
 Fazer a variável controlada se manter em um valor
especificado ou dentro de limites especificados.
 Manipulação
 Fazer um elemento final de controle variar diretamente
uma variável de processo de modo a conseguir o controle
de outra variável do processo.

Exemplo: termostato para controle de temperatura e


damper de ar como elemento final de controle.
Instrumentação
Instrumentos de
controle são
facilmente
influenciados pela
temperatura,
umidade, sólidos
em suspensão,
contaminantes,
agentes biológicos,
etc.
Problemas de medição
 Qualquer que seja a variável envolvida, há muita
dificuldade para se medir três coisas:

 Valores muito pequenos;

 Valores muito altos;

 Faixas muito estreitas.


Problemas de medição
 Alguns instrumentos, atualmente, podem medir
dimensões sobre uma faixa de mícron a anos-luz,
podem medir intervalos de tempo de 10e-10 a 10e10
anos, pesos menores que 10e-9 gramas até várias
toneladas.
Precisão na instrumentação
 A precisão (erro) na alimentação de um processo,
geralmente, é aceito na faixa de 1 a 2%.
 Entre as etapas do processo a ordem da precisão (erro)
chega a 10%.
Precisão na instrumentação
 Equipamentos modernos, como medidores de pressão
e temperatura conseguem precisão menor que 1%
(0,25%, alguns até 0,075%).
 Exemplos
Transmisso
Medidor de
r
pressão
submersível
manométrica,
medidor de
absoluta,
nível por
diferencial e
pressão
nível
hidrostática

0,25% 0,075%
Calibração
 Utilizada para diminuir a ocorrência de erros e
aumentar a precisão. É realizada:
 Determinando os pontos em que a graduação deve ser
colocada;
 Ajustando a saída do instrumento para os valores
desejados;
 Avaliando o erro, comparando o valor real lido com o
valor ideal da saída.
Calibração
Precisão na instrumentação
Precisão na instrumentação
Referências Bibliográfica
 SAMSON, Posicionador Electro-Pneumático (Tipo
3767); Edição de Março-1996.
 Centro de treinamento Smar Equipamentos
Industriais- Capítulo 8: Elemento Final de Controle.
 Apostila SENAI: Instrumentação- Elementos Finais de
Controle, Departamento Regional do Espírito Santo.
Referências Bibliográficas
TAGLIAFERRO,G.V. Instrumentação e Controle.
EEL/USP.
Sensores e Transdutores. Grupo de Mecânica dos
Sólidos e Impactos em Estruturas, USP.
Araújo, O.Q.F. Controle e Instrumentação de
Processos. Escola de Química, UFRJ.
http://www.ime.eb.br/~aecc/Automacao/Sensores_
Parte_2.pdf
SEBORG, D.E.; EDGAR, T.F.; MELLICHAMP, D.A.
Process Dynamics and Control. 2ªed. 2004.
 http://www.eletronicosforum.com/cursos/Eletronica/
cursos/Apostila_de_Instrumentacao_Petrobras.pdf
 http://www.trajanocamargo.com.br/arquivos/eletroele
tronica/apostila_clp_completa.pdf
 http://www.ebah.com.br/content/ABAAAARMMAE/c
ontrole-processo-petroquimicos

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