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Prof.

Fernando Gomes Figueredo


CLASSIFICAÇÃO
TAXONÔMICA
TIPOS
A B C D E
Fonte Fezes Sangue e Sangue e Sangue e Fezes
derivados derivados derivados

Via de Fecal- Percutânea Percutânea Percutânea Fecal-


transmissão Oral Permucosa Permucosa Permucosa Oral

Infecção não sim sim sim não


crônica
Prevenção Imunização Imunização pré Triagem doação Imunização Garantia da
pré & pós & pós exposição de sangue pré & pós ingestão de
primária
exposição exposição água
tratada e
Lavagem de Modificação alimentos
Modificação Modificação correta//
mãos comportamentos comportamentos comportamen
tos de risco processados
de risco de risco
 Produz apenas doença aguda
 Pode evoluir com a forma fulminante
 Não gera estado de portador ou hepatite
crônica
 Período de incubação: 15 - 45 dias
 Marcadores sorológicos:
 IgM-anti-HAV
 IgG-anti-HAV
 O IgG oferece imunidade protetora
 Vacinação não faz parte do calendário vacinal: 2
doses
 HBsAg
 Anti-HBs

 HBcAg
 Anti-HBc IgM
 Anti-HBc IgG

 HBeAg
 Anti-Hbe

 HBV-DNA
Fonte: www.mackenzie.com.br
 Antígeno de superfície do HBV
 É o marco da infecção pelo HBV
 Detectado a partir de 1 a 10 semanas após
exposição
 Eliminado dentro de 4 a 6 meses pelos pacientes
que se recuperam
 Persistente nas formas crônicas
 É o anticorpo contra o antígeno de superfície
 É um anticorpo neutralizante que oferece
imunidade protetora contra o HBV
 Marca a cura da hepatite B, juntamente como
desaparecimento do HBsAg
 A co-existência de ambos é rara (forma crônica, com
anti-HBs não neutralizante)
 A ausência de ambos define a “janela imunológica”
 Antígeno central do HBV (core)
 É um antígeno intracelular?
 Encontrado no plasma quando a partícula viral é
desintegrada
 Primeiro anticorpo a ser identificado após a
infecção por HBV (1mês após o HBsAg)
 Presente em altas titulações na fase aguda da
infecção.
 Diminui na fase de recuperação ou nos casos que
evoluem para infecção crônica
 Pode persistir em baixas titulações por anos após
a infecção aguda
 Pode aumentar nas fases de exacerbação da
hepatite crônica?
 Aumenta na fase de recuperação, à medida em
que diminuem as titulações de Anti-HBc IgM

 O Anti-HBc é o único anticorpo detectável


durante o período de “janela imunológica”.
 Indicativo de replicação viral e infectividade;
 Surge no período de incubação;
 Presença associada à detecção do HBV-DNA;
 É rapidamente eliminado na fase aguda, antes
do desaparecimento do HBsAg;
 Sua persistência por mais de 6 meses indica
tendência à cronicidade.
 Ocorre conversão do HBeAg para anti-Hbe?
 Associa-se ao desaparecimento do HBV-DNA
 Indica a interrupção da replicação viral
 Pode haver janela imunológica do sistema “e
pode ser indicativo de bom prognóstico
HBsAg HBeAg Anti- Anti- Anti- Anti-
HBcIgM HBc HBe HBs Interpretação
+ - - - - - Fase de incubação

+ + + + - - Fase Aguda
+ + - + - - Portador com replicação
viral
+ - - + + - Portador sem replicação
viral*
- - - + - - Provável cicatriz
sorológica
- - - + + + Imunidade pós Hep B

- - - + + Imunidade pós Hep B

- - - - - + Imunidade pós vacina da


Hep B
- - - - - - Ausência de contato
prévio
 HCV-RNA: identificável (por PCR)
simultaneamente à elevação das transaminases

 Anti-HCV: anticorpo neutralizante, porém parece


não conferir imunidade efetiva para infecções
subseqüentes por HCV
- Anticorpos anti-HCV (ELISA)
- ELISAs: peptídeos sintéticos (p21 e
p23)OBS:RIBA
BIOLOGIA MOLECULAR VHC

- detecção do genoma por PCR;

- Cultivo in vitro: não é usado


HDV HBV

Indivíduo
Sadio
Raro

Hepatite Recuperação Hepatite


fulminate com imunidade crônica

Morte Cirrose
HDV

Portador
HBV

Hepatite Doença aguda Hepatite


fulminante grave crônica

Morte Cirrose
 HDV-RNA: detectável (por PCR) antes e nos
primeiros dias da doença sintomática aguda

 Anti-HDV IgM: indicador infecção recente,


porém de detecção tardia e curta duração.
 Transmissão fecal-oral
 Predomina em adultos
 Auto-limitada
 Não cronifica
 Alta letalidade em gestantes (20%)
 Baixa prevalência no Brasil
HEPATITE A B C D E
Vírus HAV HBV HCV HDV HEV
Genoma RNA DNA RNA RNA RNA
Transmissão Fecal-oral Parenteral Parenteral Parenteral Fecal-oral
Sexual Sexual Sexual
Vertical Vertical Vertical
Período de 15-45 30-180 20-90 30-50 15-60
incubação
Antígeno HAV-Ag HBsAg HDV-Ag HEV-Ag
HBcAg NÃO TEM-
HBeAg ----
Anticorpo Anti-HAV Anti-HBs Anti-HCV Anti-HDV Anti-HEV
Anti-HBc
Anti-HBe

Hepatite 0,1 a 0,4% 1 a 4% Rara 3 a 4% na co- 0,3 a 3%


Fulminante infecção 20% em gest.
Cronicidade Não Sim Sim Sim Não
Carcinoma Não há
Hepatocelular Nao Sim Sim aumento Não
 Nome formal: Antiestreptolisina O

 Exames relacionados:

 Swab da faringe
 Anti-Dnase B  desoxirribonuclease B
  infecções cutâneas
 A Estreptolisina O é uma exoenzima
imunogênica tóxica produzida por muitos
estreptococos ß-hemolíticos do grupo A.
 O diagnóstico e tratamento:

 Febre reumática,
 Glomerulonefrite aguda,
 Escarlatina,
 Amigdalite,
 Erisipela,
 Sépsis puerperal
 Outras infecções estreptocócicas do grupo A
 É solicitado isoladamente ou junto com o
anti-DNase B  infecção estreptocócica
recente.

 Na maioria dos casos, as infecções


estreptocócicas são identificadas e tratadas.
 Pacientes que não possuem sintomas identificáveis
ou não são tratados  Febre reumática e
glomerulonefrite.

 Sintomas sugestivos de febre reumática ou


glomerulonefrite com histórico recente de garganta
inflamada ou infecção estreptocócica confirmada.
 É solicitado quando os sintomas emergem,
em geral semanas após uma faringite ou
uma infecção de pele.

 Pode ser solicitado duas vezes com um


intervalo de 10 e 14 dias para determinar
alterações do nível de anticorpos.

 Durante a doença e durante a


convalescença, para detectar alterações dos
 Se o exame for - ou + em concentrações muito
baixas ausência de infecção estreptocócica
recente.

 Para confirmar:
 Nova amostra colhida após 10 a 14 dias tiver um
resultado igual ou se um exame anti-DNase também
for -.

 Uma pequena porcentagem das pessoas com


sequelas de infecções estreptocócicas não
 Níveis de antiestreptolisina O altos ou crescentes
indicam uma infecção estreptocócica recente.

 Níveis decrescentes indicam:


 Convalescência
 Cura

 A antiestreptolisina O não prevê complicações da


infecção estreptocócica.
 O teste de Coombs ou prova da antiglobulina
humana se refere a dois exames clínicos usados
na imunohematologia.

 Teste de Coombs direto

 Teste de Coombs indireto


 O teste de Coombs direto é usado no
diagnóstico de doenças auto-imunes e na
DHRN.

 Ele detecta anticorpos ligados à superfície


das hemácias.
 O teste de Coombs indireto é usado em exames pré-
natais de gestantes Rh negativo e em exames de sangue
antes de transfusões sanguíneos.

 Ele detecta anticorpos contra hemácias que estão


presentes e livres no plasma sanguíneo do paciente.
 O termo Rh + e Rh -, refere-se a presença ou
ausência na membrana da hemácia do antígeno D;

 Após os antígenos A e B, o mais importante em


transfusão de sangue.

 O anticorpo anti-D não esta normalmente presente


no soro/plasma dos pacientes Rh negativos.
 Depende de uma exposição prévia ao antígeno, 80 % das
pessoas Rh negativo que recebem pelo menos uma
transfusão Rh positivo, poderá desenvolver o anticorpo anti-
D;

 O antígeno é muito imunogênico determinando que grandes


partes das pessoas expostas ao antígeno desenvolvam o
anticorpo;

 Os mecanismos comuns de imunização é gestação e/ou


transfusão anterior.
 Pesquisa D fraco: deve ser feito, quando na classificação do
Rh (D) existe ausência de aglutinação (negativa).

 Sua finalidade é detectar os anticorpos fracamente


formados, devido a erros em sua transmissão genética.

 Nesta prova é necessário usar técnicas mais sensíveis


(Técnica do Coombs Indireto-TCI) para confirmar sua
positividade ou negatividade
À todos os resultados de Tipagem Rh “D” negativo se
aplica a pesquisa de “D fraco”.
Agente Etiológico:

Treponema pallidum,
Bactéria não cultivável in vitro,
Espiroqueta.
Aspectos imunológicos da infecção sifilítica

Imunidade humoral após infecção pelo T. pallidum

 IgM - presente na sífilis recente, fase de latência.

 IgG - resposta secundária do hospedeiro ao


processo infeccioso.
Pode ser observada em todas as fases da doença.
Detectadas durante toda a vida do paciente.
Diagnóstico Imunológico da Sífilis

 Fase primária – pesquisa direta do agente

 Após aparecimento do cancro


– Pesq Anticorpo
- 5 a 10 dias positiva-se o
FTA-Abs;
- 10 a 20 dias positiva-se o
ELISA e TPHA;
- ao redor de 20 dias o
VDRL.
Pesquisa direta do agente etiológico
Material das lesões primárias e secundárias
suspeitas
 Cutâneo mucosa
 Biópsia
 Necrópsia
 Placenta
 Cordão umbilical
Pesquisa direta do agente etiológico

Microscopia óptica em campo escuro: exame do


exsudato da lesão, observando a fresco o
espiroqueta.
Sensibilidade -74 a 86 %
Especificidade-até 97%

Desvantagem: requer treinamento adequado do


técnico para analisar a motilidade e a morfologia
do T. pallidum.
 Pesquisa direta do agente etiológico

Imunofluorescência direta: Ac anti-


T.pallidum produzidos em coelhos e
conjugados à FITC, adicionado ao
esfregaço do exsudato da lesão, fixado em
lâmina.
Sensibilidade-73-100%
Especificidade- 89-100%
Pesquisa direta do agente etiológico
Sensibilidade irá variar de acordo com:
 A coleta das espécimes,
 Condição da lesão,
 Tempo de evolução-
 Carga bacteriana-
 Se tratamento específico anterior.
 Pesquisa direta do agente etiológico
Estudo histológico
PCR_ testes para amplificação de ácidos
nucleicos com reação em cadeia de
polimerase
Sensibilidade-91%
Detecção de anticorpos circulantes anti- T. pallidum
Testes sorológicos
 Testes não treponêmicos
Não são antígenos específicos.
Importantes para monitoramento do tratamento
e evolução da doença.
Ex: VDRL e RPR
 Testes treponêmicos
- Importantes para o diagnóstico da doença
- Aparecem mais precocemente e persistem
por vários anos- após tratamento.
Ex: FTA ABS; ELISA-QUIMIOL. e TPHA
VDRL (Veneral Disease Research Laboratory)
 RPR (Rapid Plasma
Reagin)
Detectam anticorpos da classe IgG e IgM

Limitações
Reações falso-positivas- reações cruzadas: tuberculose,
hepatite, endocardite bacteriana, sarampo, varicela,
flilariose, Hanseníase , malária, lúpus.
Reações falso-negativas → efeito de prozona-
quantidade em excesso de anticorpo
anticardiolipina- inibi a floculação.
Necessidade de efetuar diluição.

Técnica Manual e de interpretação


subjetiva
Reação de floculação

– Utiliza como Ag cardiolipina, colesterol e lecitina

Ag → Ac: forma grumos;

Toda amostra reagente no teste qualitativo


deve ser testada quantitativamente para
determinar o título de Acs.
Maior especificidade e sensibilidade quando
comparados aos testes não treponêmicos.

 Testes
classicamente utilizados:
FTA-Abs (teste de imunofluorescência indireta);
TPHA (teste de hemaglutinação para T. pallidum);
ELISA (ensaioimuoenzimático) Quimioluminescência
FTA-Abs Baseia-se na técnica de
imunofluorescência indireta (IFI)humana
Os anticorpos anti treponema presentes no soro
ligam-se ao antigeno fixado na lâmina e são
revelados por uma antigamaglobulina humana
marcada com isotiocianato de fluoresceina
ELISA – Emprega diferentes tipos de antígenos e conjugados

Quimioluninescência ( Anti-Trep ) é um ELISA


Possibilita a detecção de anticorpos específicos das
classes IgG e IgM
- Método ELISA
- Reagentes prontos para uso
VANTAGENS
→ - Fácil procedimento técnico
- Fácil leitura de resultados
- Realização de diversas amostras em uma
única rotina Leitura objetiva
 TPHA.
Baseia-se na aglutinação dos Acs treponêmicos
do soro com hemácias de aves, previamente
sensibilizadas com Ag de T.pallidum.

VANTAGENS → Possibilidade de execução


de grande número de
amostras e facilidade de
leitura visual
Percentual de positividade nos testes em relação as
fases da doença

Fases Primária Secundária Latente Terciária


Testes
VDRL 78% 100% 95% 71%
(74-87%) (71-100%) (37-94%)
FTA 84% 100% 100% 96%
(93-100%)
TPHA 84% 100% 100% 96%
(84-100%)
Fonte: Curso Vigilância Epidemiológica. MS, PNDST/AIDS, 2006.
VDRL

TPHA
Anti-trep (quimiol.)

VDRL

TPHA
ELISA/ TPHA/ VDRL/RPR Interpretação
FTA-Abs
- - Ausência de infecção ou
período de incubação

+ + Sífilis recente ou prévia

+ - Sífilis primária ou
latente. Previamente
tratada ou não tratada
Em caso de suspeita clínica e/ou epidemiológica
de infecção pelo TP, solicitar nova coleta de
amostra em até21 dias

- + Falso positivo. Em caso de


suspeita clínica e/ou epidemiológica de infecção
pelo TP, solicitar nova coleta de amostra em

até21 dias
Interpretação Diagnóstica é...

Clínica + Epidemiologia + Resultado sorológico

Resultados laboratoriais fornecem subsídios aos


diagnósticos clínicos e epidemiológicos
 Família: Flaviridae
 Gênero: Flavivirus
 Febre Amarela: 1 sorotipo;
 Dengue: 4 sorotipos (1,2,3,4 , 5);
Cientistas americanos da Universidade do Texas
descobriram um novo tipo de vírus da dengue
na Ásia.

Eles receberam amostras de sangue de uma


epidemia de dengue ocorrida em 2007 na
Malásia e encontraram um tipo
completamente diferentes dos outros quatro
já conhecidos.
 Cada sorotipo proporciona imunidade permanente
específica e imunidade cruzada a curto prazo.
 Todos os sorotipos podem causar doenças graves e
fatais.
 O vírus é inativado por solventes lipídicos, como éter
clorofórmio; uréia; aldeídos; lipases; proteases e radiação
ultravioleta e aquecimento a 56°C durante 30 min.
Dengue
Manifestações Clínicas

 Dengue hemorrágica:
• Testes laboratoriais
• Hemograma completo
• Albumina
• Testes da função hepática.
• Urina para verificar a existência de hematúria
microscópica.
• Testes específicos para a dengue
• Isolamento viral.
• Sorologia (ELISA para anticorpos da classe IgM)
•Imunocromatografia.
1 - É detectável na fase aguda (início) da doença,
antes do aparecimento dos anticorpos.
2 - Encontra-se presente nos quatro tipos de
infecção pelo vírus da dengue
3 - Possui sensibilidade elevada até o quarto dia
após o ínicio sintomas, sendo a melhor
sensibilidade quando a coleta é efetuada entre 24 e
48 horas após o início da febre.
4 - É encontrado tanto na infecção primária quanto
na secundária.
5 - Não ocorrem reações cruzadas com outros tipos
de vírus.
6 – É possível encontrar o antígeno NS1 quando os
anticorpos ainda não são detectáveis e é possível
encontrar anticorpos quando o antígeno deixa de
ser detectado, portanto ambos os exames se
complementam.
 Isolamento viral

Cultura de Células Teste de Ac. fluorescente

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