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Das seis vilas fundadas pelos ouvidores régios entre 1764 e 1772,
quatro (São Mateus, Belmonte, Viçosa e Alcobaça) foram oriundas de
“povoações domesticadas” que abrigavam grupos indígenas com larga
experiência de contato com a sociedade colonial.
As outras duas vilas (Prado e Porto Alegre), por outro lado, foram
criadas pela arregimentação de “índios vadios” que viviam dispersos nos
vastos territórios da capitania, assim como por um grande número de
degredados que foram enviados pela Relação da Bahia e do Rio de
Janeiro.
VILAS DE ÍNDIOS CRIADAS EM PORTO
SEGURO
VILA FUNDAÇÃO
Prado 1764
São Mateus 1764
Belmonte 1765
Viçosa 1768
Porto Alegre 1769
Alcobaça 1772
Vilas de índios oriundas de antigos aldeamentos jesuíticos (1759): Trancosco e Verde
NOVA TERRITORIALIZAÇÃO
Câmara: um espaço de politização e inserção dos povos indígenas
nas dinâmicas institucionais de poder
Manoel José do Espírito Santo (Trancoso): “celebra com perfeição o santo sacrifício da missa,
tem muito bom conhecimento dos ritos e cerimônias. Veste-se com decência e honestidade. A
sua modéstia e desinteresse o faz amada e respeitado. Tem uma índia de maior que se serve
de escrava, donde lhe não provém infâmia nem por outra via em razão de ser um exemplar
procedimento” (VP, ACRJ, 1785)
Manoel Mendes de Sá (Porto Alegre): “acusado de ter uma concubina e ser notado de tudo
compra e nada paga. Não achei em todas as vilas do norte um sacerdote decente” (VP, ACRJ,
1799)
João Nunes da Costa (Verde): “Nada houve contra ele na devassa. Mas pratica levianidades
impróprias do caráter paroquial, pois atemoriza os índios com promessas do exercício do seu
valor e usa arma de fogo” (VP, ACRJ, 1799)
PUNIÇÕES AOS PADRES
Padre João do Espírito Santo (Trancoso): Suspensão do pagamento
da côngrua pela omissão que resultou na destruição do ornamento da
sua Igreja (1768)