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Capítulo 4 – Maria Rosa Spinelli
De onde partimos?
Biografia de Jung
Carl Gustav Jung (1976-1961)
Natural de Turgóvia
Formação em Medicina
Intitulava-se empirista
Psicoterapeuta
Cria a psicologia analítica
Contemporâneo de Freud
Parte da ideia de individuação (integração
dos opostos, incluindo consciente e
inconsciente)
Interessa-se por mitos e sonhos;
Formula a ideia de arquétipos
Conduziu estudos com associações de
palavras: Propor perguntas que digam
respeito ao homem em sua totalidade e
não limitar-se aos sintomas.
Defendia uma visão geral do homem (
holística)
Evitava generalizar um método para cada
determinado tipo de anomalias.
Na infância foi um portador de eczema
generalizado durante o período em que
seus pais passavam por uma série crise
conjugal.
Sua mãe adoeceu em consequência de
uma grande decepção emocional.
Leva-nos a pensar que, já naquela época,
apoiava-se uma visão unitária corpo-
mente, pois as decepções emocionais
manifestavam-se por meio de dores.
Aplicava o mesmo raciocínio aos
conteúdos trazidos por seus pacientes.
Parte da ideia de individuação* e relata: “
E assim a individuação só pode ocorrer, se
primeiro retornarmos ao corpo, a nossa terra, só
então ela se tornará verdadeira... Qualquer coisa
experimentada fora do corpo, num sonho por
exemplo, não é experimentada a menos que
incorporemos porque o corpo significa o aqui e o
agora”( JUNG, 1976, p. 475)
*INDIVIDUAÇÃO
Jung entendia a individuação como um
processo que significava tornar-se um ser
único, alcançar uma singularidade profunda,
tornando-nos o nosso próprio Si-mesmo
(1984). Este processo ocorreria a partir do
meio da vida, quando o homem, já tendo
construído sua vida de relações de modo
satisfatório, volta-se mais para seu mundo
interno, em busca de resgatar aquilo que foi
abandonado e ficou à margem da realização
do ego em sociedade.
Corpo: Entidade vital captada por nossos
sentidos.
As experiências com o teste de
associações de palavras, segundo os
quais alterações no tempo de reações das
respostas ou no registro de vibrações de
um galvanômetro indicavam a inegável
conexão entre cargas emocionais e
alterações fisiológicas.
Alicerce para a teoria sobre os complexos*
* TEORIA SOBRE OS COMPLEXOS
Essas áreas de concentração de carga
emocional podem interferir na vida de uma
pessoa.
Quanto maior a intensidade e autonomia
desse complexo, maior o efeito sobre o
indivíduo
Um dos meios para detectar esses efeitos,
era observar as alterações corporais que
ocorriam frente a determinados estímulos.
Abriu espaço para os estudos da
somatoterapia.
Jung vislumbrava a possibilidade de um
dia podermos entender, a partir de
comprovações experimentais, os
mecanismos de conexão entre os dois
campos.
Sincronicidade: Princípio em que fatos
ocorrem juntos sem uma relação causal
aparente. ( A doença passa a ser vista
longe da visão religiosa)
A partir da Sincronicidade, um distúrbio
psicossomático poderia ser entendido
como a existência simultânea de um
acontecimento psíquico e de um físico.
O Adoecer:
A cada mudança, um desequilíbrio maior
ou menor é vivido, e impõe-se a
necessidade de integrar novos conteúdos.
Cada sintoma é como um símbolo que
precisa ser contemplado.
Teóricos pós-Jung retratam a ideia do elo
simbólico.
Chegando a conclusões que o corpo
humano é visto como uma rede integrada
de sistemas de informações genéticas...
...imunológicas, hormonais e assim por
diante, cada sistema têm seu código, e a
transmissão de um sistema para outro,
necessita de um transdutor ( Sistema
límbico-hipotalâmico) = Relacionado com
as expressões humanas.
Os símbolos servem como máquina
transdutora que leva as informações dos
sistemas físicos para a consciência
psíquica.
SÍMBOLO
Carrega uma informação invisível, um
significado que vai além da coisa em si
mesma. Ponte que liga algo conhecido
com o desconhecido.
A doença só pode ser compreendida
através do significado expressado pelo
corpo simbólico.
P. 86 e 87
PARA ONDE IREMOS?
O médico precisa se definir entre cuidar de
um corpo simplesmente físico, ou de um
corpo cheio de significados no
funcionamento da consciência” ( BYING-
TON, 1988, p.39).
“Interpretar corretamente o que essa
totalidade está tentando expressar através
de sintomas e ensinar-lhe um modo menos
doloroso de auto-expressão”
(GROODECK, 1992, p. 173).
P.89
GEORG GRODDECK
UM POUCO DE VIDA:
Nasceu na cidade alemã de Bad Kösen
em 1866.
Tornou-se médico por influência do pai
que também o era
Foi impactado pela figura de Ernst
Schweninger, importante médico da época
que propunha a tese de que o verdadeiro
agente da cura num tratamento médico
não é o profissional de saúde, mas sim o
próprio organismo do doente.
Esta ideia foi uma das bases de seu
pensamento e de sua prática clínica e
chegou a escrever um livro “Natura sanat
medicus curat” (“A natureza cura, o médico
trata”) = NASAMECU