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Uma fivela no quotidiano

dos Bárbaros
C1 Uma fivela no quotidiano dos Bárbaros

O que vês na imagem?

Uma peça em ouro com pedras

preciosas incrustadas. A peça
compõe-se de duas partes que se
podem unir através do gancho.
C1 Uma fivela no quotidiano dos Bárbaros

Para que serviria esta peça?

Esta peça é uma fivela. Pela sua

forma podemos deduzir que servia
para fixar o vestuário, provavelmente
uma capa, junto ao ombro. Era
também uma joia cuidadosamente
produzida em ouro e pedras
preciosas podendo também servir
para distinguir socialmente quem a
usasse.

Reconstituição de um guerreiro anglo-saxão do século VII.

C1 Uma fivela no quotidiano dos Bárbaros

Quem usaria estas peças?

Esta peça terá sido usada por um

homem, ou uma mulher, de um nível
social elevado, alguém importante e
com possibilidades de ter peças de
ourivesaria. Pode ter sido um chefe
guerreiro, um rico proprietário ou uma
dama…

Reconstituição de uma dama

do reino anglo-saxónico, no
West Stow Museum, Suffolk,
Reino Unido.
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Como poderia ter sido adquirida?

Fivela de cinto encontrada num túmulo real (séc. VII),

exposta no Museu Britânico em Londres.

Habitualmente, estas peças eram

encomendadas a artesãos que as faziam à
medida e ao gosto do cliente. Mas também
podiam ser oferecidas como homenagem ou
tributo. Como se trata de uma peça de grande
valor pode ter mudado de proprietário várias
vezes, por oferta, pagamento de algo ou, como
era muito frequente no período das invasões,
por saque ou roubo.

Tesouro encontrado no túmulo de um rei anglo-saxão

no Nordeste de Inglaterra (séc. VII).
C1 Uma fivela no quotidiano dos Bárbaros

Que informações nos pode dar esta peça sobre

as capacidades técnicas destes povos?

Estes povos bárbaros, os Anglo-Saxões,

dominavam técnicas de metalurgia e
ourivesaria bastante avançadas, que
permitiam o fabrico de peças de grande
qualidade artística, como joias, mas
também armas, elmos e escudos
usados pelos guerreiros.
Reconstituição de um elmo que pertenceu
a um rei anglo-saxão do século VII
(Sutton Hoo, Inglaterra) .
C1 No tempo em que estas peças foram criadas…

Uma fivela no
quotidiano dos
Bárbaros
C1 No tempo em que estas peças foram criadas…

Rio Danúbio,
atual Hungria

Quem eram os Bárbaros? hábitos e modos diferentes. As suas

Bárbaros era o nome dado pelos Romanos
aos povos que viviam fora das fronteiras do
império, sobretudo os que vinham das
regiões a norte do rio Danúbio. Estes povos
distinguiam-se dos Romanos por terem
principais atividades eram a agricultura e
pastorícia, estabelecendo também relações
comerciais com os Romanos, que os viam
como menos civilizados, incultos e
violentos…
C1 No tempo em que estas peças foram criadas…

Dos Romanos aos Bárbaros

Os Bárbaros começaram por entrar

pacificamente no território, primeiro em
pequenos grupos e, com o tempo, em
grandes grupos de invasores que,
aproveitando a desorganização do exército
romano, dominaram os territórios pondo fim
ao Império Romano do Ocidente.
As relações entre conquistados e
conquistadores inicialmente devem ter sido
difíceis, já que estes povos falavam línguas
diferentes e tinham usos, costumes e
religiões distintos. Mas dessa convivência
resultou um novo modo de vida, mais rural,
diferentes formas de organização política e
uma nova sociedade. Foi o início da Idade
Média…
C1 No tempo em que estas peças foram criadas…

As casas

Reconstituição de casas de uma aldeia anglo-saxónica

(Suffolk, Inglaterra).

A ruralização da economia levou a que os povos construíssem casas adaptadas à vida

no campo, usando os materiais disponíveis. As casas eram habitualmente em pedra ou
em madeira e argila, com um telhado inclinado, coberto de colmo ou, dependendo da
região, com placas de argila ou lousa. O centro da casa era ocupado pela lareira.
Alguns animais partilhavam o espaço, ajudando a aquecer o interior.
C1 No tempo em que estas peças foram criadas…
Muitas pessoas que viviam nas cidades
mudaram-se para o campo aquando das
invasões. O comércio decaiu, não era
seguro viajar, as estradas romanas eram
pouco usadas. Para comer era preciso
cultivar e criar animais. As populações vão
refugiar-se nos domínios de senhores ricos,
que lhes podem dar proteção e trabalham a
A alimentação
Reconstituição de jovem a
moer cereal para fazer pão.
terra, de onde tiram cereais para fazer o
pão, legumes e hortaliças. Criam cabras,
carneiros e porcos. Os que podem vão à
caça dos veados, javalis e touros
selvagens. As refeições são regadas com
vinho ou cerveja, novidade trazida pelos
bárbaros para a Europa ocidental.
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O vestuário

Iluminura do século X representando

o rei bárbaro já cristianizado.

Tácito, um historiador romano, descreveu mulheres usavam vestes mais rebuscadas,

os homens bárbaros como andando quase
nus, usando apenas uma túnica curta e
cobertos com uma manta de pele, traçada
no ombro, presa com um alfinete ou com
uma fivela como a que explorámos. As
vestidos e xailes com panos feitos em tear.
Usavam sapatos e faziam penteados
complicados, entrançando os cabelos que
habitualmente eram compridos.
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