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PPGEPF
Profa. Dra. Rosemary Rodrigues de Oliveira
12/08/2019
Conceitos e
Modelos Teóricos
Transposição Didática
Noosfera
Transposição Didática Externa - TDE (Lato sensu)
Transposição Didática Interna - TDI (strictu sensu)
Prática Social de Referência
Tempo de Demora da Transposição Didática - DTD
Modelo KVP (conhecimentos/valores/práticas sociais)
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Recursos Utilizados em aula
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Transposição Didática (TD)
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Transposição Didática (TD)
Relação ternária
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Fonte da imagem: Carvalho (2009)
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Transposição Didática (TD)
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Transposição Didática (TD)
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Verret (1975) quatro constantes que caracterizam o
trabalho da Transposição Didática:
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Noosfera
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Noosfera
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Noosfera
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Noosfera
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Transposição Didática Externa - TDE
(Lato sensu)
Transposição Didática Interna - TDI
(Strictu sensu)
Prática Social de Referência
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Na abordagem de Chevallard (1985; 1992) a Transposição
Didática (TD) possui duas fases:
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Carvalho (2009, p. 42) citando Verret (1975) e Chevallard
(1985, 1992) afirma que entre o primeiro e o segundo
nível da TD ocorre a TDE, e entre o segundo e o terceiro
ocorre a TDI
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Transposição Didática Externa (TED)
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Transposição Didática Externa (TED)
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Transposição Didática Externa (TED)
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Transposição Didática Interna (TDI)
Transposição Didática Interna (TDI) ou strictu sensu
(1) Transformação do saber sábio ao saber ensinado, ou
seja, de um conteúdo do saber a uma versão didática
desse saber
(2) Se trata daquela que atua na relação didática
professor-aluna-saber dentro da sala de aula
(intramuros)
(3) O professor é o responsável, nessa fase, pelo
processo de adaptação/deformação do saber a
ensinar descrito nos manuais e livros didáticos, a fim
de torna-lo saber ensinado.
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Transposição Didática Interna (TDI)
Transposição Didática Interna (TDI) ou strictu sensu
Também sofre pressões externas – interesses da
instituição escolar, dos pais etc.
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Controvérsia a respeito da
Transposição Didática Interna (TDI)
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Argumento contrário à TDI
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Argumento contrário à TDI
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Prática Social de Referência
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Prática Social de Referência
A TD se faz na sociedade e as sociedades são
organismos vivos, logo, a TD está presa em uma
dimensão social e histórica;
O status de saber sábio é outorgado pela cultura;
A textualização de livro didáticos, por exemplo, sofrem
influencias de outras áreas e não só da ciência de
origem;
O ensino exige o reconhecimento social e legitimação
do conhecimento ensinado;
“Ensinar é uma batalha dúbia em que o conhecimento
e a relação ambígua da sociedade com ele estão em
jogo.” (CHEVALLARD, 2013, p. 13).
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Prática Social de Referência
Nas palavras de Chevallard (2013, p. 13) “alguns
segmentos da sociedade irão definir e proclamar visões
sobre o conhecimento a ser ensinado. Essas visões,
muitas vezes, estarão em desacordo - simplesmente
pela forma como o conhecimento em questão é utilizado
– ou mais geralmente, pela forma como as pessoas se
relacionam com ele, a qual se difere de um segmento
para outro, ou seja, de uma prática social para outra.
No cumprimento de sua missão, o sistema de ensino é,
portanto, obrigado a entrar em acordo com pontos
divergentes. E vai fazê-lo através da imposição sobre a
sociedade de uma versão comum autorizada do
conhecimento a ser ensinado.”
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Prática Social de Referência
Develay (1992) são compostas pelo objeto de trabalho;
o problema que se pretende abordar e as atitudes e
papeis sociais que a disciplina conduzirá.
Develay (1992) afirma que o saber a ensinar na maior
parte das disciplinas tem como ascendente não só os
saberes sábios (ou objetos de saber), mas também as
práticas sociais de referência.
Carvalho (2009) afirma que na abordagem de diversos
temas de Biologia tais como a Genética, Educação
Ambiental, Saúde, Sexualidade, que frequentemente se
articulam a debates sociais e científicos são
encontradas diferenças nas transposições didáticas em
manuais de diversos países – a autora chama esses
temas de “questões vivas” da Biologia.
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Prática Social de Referência – O
exemplo da Sexualidade
Escola ou família?
Anatomofisiologia da reprodução ou questões
sócio culturais e afetos?
Em que disciplina? Só na Biologia ou tema
transversal?
Como proceder a sua didatização?
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Prática Social de Referência – O
exemplo da Sexualidade
Coleção
Ciência e
Sociedade -
Bertoldi &
Vasconcelos,
(2001)
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Fonte: Ciência & Sociedade 7ª série, 8º ano – Bertoldi & Vasconcelos, 2001, p. 13.
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Vianna; Ramires (2008) → ausência de famílias
homoparentais → expressão das relações de
poder que sustentam um modelo ainda patriarcal
e heterossexual de família.
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Questões de gênero → raros livros discutem o que é
ser menino ou menina fora do contexto biologizante.
Fonte: Ciência & Sociedade 7ª série, 8º ano – Bertoldi & Vasconcelos, 2001, p. 14.
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Projeto Apoema –
Ciências Pereira;
Waldhelm; Santana
(2013)
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Caminho Suave (Lima, 1948) → 40 milhões de
exemplares vendidos → mais de um terço dos
brasileiros foram alfabetizados com essa cartilha
Tudo alinhavado
por um texto
aparentemente
inocente. Pueril.
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Prática Social de Referência – O
exemplo da Sexualidade
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Prática Social de Referência – O exemplo
da Sexualidade
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Modelo KVP
KVP – As concepções (da ciência e do senso
comum) resultam geralmente da interação entre
valores (V), saber científico (K – do inglês
knowledge) e práticas sociais (P)
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“É a utilização dos meus conhecimentos que
me permite assimilar, reter, reformular tudo
que é útil às minhas práticas (polo P). Por
outro lado, a atenção que cada um de nós dá
aos conhecimentos depende frequentemente
da interação entre esses conhecimentos e
seus próprios sistemas de valores (polo V)”
(CLÉMENT, 2004, p. 55)
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Demora na Transposição Didática DTD –
demora entre o saber sábio e o saber escolar
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t1= emergência de um novo conceito científico A
t2 = aparecimento do novo conceito científico A nos
programas escolares
A Demora na Transposição Didática (DTDp) do
novo conceito científico A é dada por t2-t1.
Uma vez presente nos programas os autores
podem fazer surgir esse do novo conceito científico
A em seus manuais, sendo a DTDm dada ela
diferença t3-t1.
O tempo que separa o aparecimento nos
programas escolares e nos manuais é dada pela
diferença DTDm- DTDp
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Exemplo: O exemplo da tripla hélice
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https://youtu.be/zaSzjTkaM18 O documentário
aborda a descoberta da estrutura do DNA, levando em
consideração os fatores sociais que fizeram Watson e
Crick fossem contemplados com o prêmio Nobel, em
1962.
https://www.nature.com/articles/171737a0.pdf Artig
o original publicado na Nature, em 1953, por Watson
e Crick
https://revistapesquisa.fapesp.br/2013/05/16/brasil
eiro-desvenda-os-misterios-do-dna-com-tripla-
helice/ texto da revista Pesquisa FAPESP sobre a
estrutura de tripla hélice do DNA em moscas.
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Bibliografia Consultada
ASTOLFI, J.P.; DEVELAY, M. Os conceitos das didáticas da ciências. In:
ASTOLFI, J.P.; DEVELAY, M. A didática das ciências. São Paulo: Papirus
Editora. 1995. p. 47-63.
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