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Paulo Freire

“O mundo não é.
Ele está sendo””
Paulo Freire
Um pouco da sua história...
 Nascido em 1921, no Recife,
vivenciou a pobreza e a fome na
infância
 durante a depressão de
1929,formou-se advogado em
1959,
 foi exilado após sofrer a
perseguição do regime militar no
Brasil (1964-1985).
 foi para o Chile onde escreveu
PEDAGOGIA DO OPRIMIDO –
livro
 conhecido mundialmente,foi
secretário de Educação em São
Paulo de 1989 a 1991
 morreu em 1997, em São Paulo
Método Inovador
 Rio Grande do Norte,
Angicos, em 1963,
quando ensinou 300
adultos a ler e a
escrever em 45 dias,
 Paulo Freire
desenvolveu um
método inovador de
alfabetização, adotado
primeiramente em
Pernambuco.
Pedagogia do Oprimido
 Uma educação não neutra
 Processo educativo visto como um ato político
 Pautada na libertação
 Conscientizadora
 Dialógica – professor e aluno
 Levar o aluno à leitura de mundo
 Professor deve ser um provocador de situações
 Um animador cultural
 Ninguém ensina nada a ninguém ,mas as pessoas
não aprendem sozinhas
 “A pedagogia do oprimido,
como pedagogia humanista e
libertadora, terá dois momentos
distintos. O primeiro, em que
os oprimidos vão desvelando o
mundo da opressão e vão
comprometendo-se na práxis
com a sua transformação; O
segundo, em que, transformada
a realidade opressora, essa
pedagogia deixa de ser do
oprimido e passa a ser a
pedagogia dos homens em
processo de permanente
libertação”.
Educação Bancária
 É neutra
 Alienante
 Professor depositante e aluno
depositário
 Aluno incapaz de uma leitura de
mundo
 A Educação Bancária se alicerça
nos princípios de dominação, de
domesticação e alienação
transferidas do educador para o
aluno através do conhecimento
dado, imposto, alienado.
Educação como um ato político
 A educação, na perspectiva da prática da
liberdade, é um ato político. Não existe
educação neutra. Na concepção de Freire,
política é o conjunto de opiniões e/ou
simpatias de uma pessoa com relação à sua
realidade e sua capacidade de transformá-la.
 O processo educativo é um ato político, uma
ação que resultaria de uma relação de
domínio ou da liberdade entre as pessoas.
De um lado está a burguesia e de outro os
operários.
Pedagogia da Autonomia
 Último livro de Paulo
Freire, voltado para a
Prática Educativa
Pedagogia da Autonomia
 Pedagogia – Educação e pratica de ensino
 Autonomia - Enfatiza a necessidade de
respeito ao conhecimento que o aluno traz
para a escola
28 exigências para ensinar

 Não há docência sem discência


 Quem ensina aprende ao ensinar, quem
aprende ensina ao aprender
 1- Ensinar exige rigorosidade metodológica
Objeto de ensino deve ser aprendido pela
sua razão de ser . Ensinar conteúdos é
ensinar a pensar certo
 2- Ensinar exige pesquisa, Metodologia.
Exige do professor uma busca pelo
conhecimento – pesquisas, através da
curiosidade epistemológica Epistemológico:
Do grego. epistéme, 'ciência'; 'conhecimento',
+ -o- + -logia.] S. f. 1. Conjunto de
conhecimentos que têm por objeto o
conhecimento científico
 3- Ensinar exige respeito aos saberes dos
educandos. Aproveitar as experiências e
conhecimento dos alunos
 4- Ensinar exige criticidade

Superação: curiosidade ao saber comum .


Saberes se criticizam.
Educador progressista: Desenvolve a
curiosidade crítica , insatisfeita, indócil
 5- Ensinar exige estética e ética
Belo – padrão Ético – constitui-nos como
seres histórico sociais
 6- Ensinar exige a corporificação das
palavras pelo exemplo.
Pensar certo é fazer certo (agir de acordo com
o que se pensa) Palavras sem exemplo nada
valem.
 7- Ensinar exige risco, aceitação do novo,
rejeição a qualquer forma de discriminaçã.
A indiferença ao diferente nega a democracia
 8- Ensinar exige reflexão crítica sobre a
prática
Reflexão crítica deve ser concreta
Pensar certo e fazer o certo
 9- Ensinar exige o reconhecimento e a
assunção da identidade cultural
Identidade cultural, dimensão individual
Visão de Processo
 10- Ensinar não é transferir conhecimentos
Criar possibilidades para a própria
construção.
Educador aberto a indagações e curiosidades
 11- Ensinar exige consciência do inacabamento
Entender o mundo Problematização do futuro
 12- Ensinar exige o reconhecimento do ser
condicionado Sujeito da história
Conhecimento – não é expressão de verdade Ideal:
experiências educativas se transformem em
saberes por educandos e educadores
 13- Ensinar exige respeito à autonomia do
educando
Coerência com o saber do outro
14- Ensinar exige bom senso
Capacidade de indagar, comparar, duvidar e
inferir
Curiosidade- tornar crítico o bom senso
Avaliação dos fatos e acontecimentos que
nos envolvemos
 15- Ensinar exige humildade, tolerância e luta em
defesa aos direitos dos educadores Conviver com o
diferente
 16 - Ensinar exige apreensão da realidade
Conhecer dimensões e a essência da minha prática
Inconclusão do ser humano
Aprender a subjetividade de um objeto
Aprender é construir e reconstruir, constatar para
mudar
 PRÁTICA EDUCATIVA
 Existência de sujeitos: ensinando aprende e
quem aprende ensina (princípio
gnosiológico)
 Existência de objetos: conteúdos a serem
ensinados e aprendidos Uso de métodos,
técnicas e materiais
 Heteronomia para autonomia
 17-Ensinar exige alegria e esperança
 18- Ensinar exige a convicção de que mudar
é possível
O amanhã não é algo pré-dado, mas um
desafio.
“Mudar é difícil, mas é possível.”
 19- Ensinar exige Curiosidade
Sem curiosidade não se aprende nem ensina.
Estímulo a pergunta Reflexão crítica sobre a pergunta.
Postura dialógica, aberta, curiosa, indagadora e não
apassivada.
Aula = desafio
Saber fundamental: prática educativo-crítica Curiosidade
espontânea para a curiosidade epistemológica ]
Equilíbrio entre a autoridade e a liberdade.
 20- Ensinar é uma especificidade humana
Qualidade essencial : Autoridade docente
Liberdade dos alunos
 Ensinar exige segurança, competência
profissional e generosidade
 Autoridade deve ser democrática
 21- Ensinar exige comprometimento
 Opção democrática, progressista X prática
racionária, autoritária e elitista
 Ético: capacidade de analisar, decidir, optar,
romper, fazer justiça e não falhar a verdade.
 22- Ensinar exige compreender que a
educação é uma forma de intervenção do
mundo
 Intervenção: além dos conhecimentos dos
conteúdos implica na reprodução de uma
ideologia (formas de viver) Prática como
definições, tomada de posições, rupturas –
Ser democrático e imparcial
 23- Ensinar exige liberdade e autoridade
Sem os limites a liberdade se perverte em
licença e a autoridade em autoritarismo.
Autonomia se constrói na experiência
Pedagogia da autonomia esta centrada em
experiências estimuladoras da decisão da
responsabilidade, ou seja, no respeito a
liberdade
 24- Ensinar exige tomada consciente de decisão
Processo político pedagógico Educação: chave das
mudanças

 25- Ensinar exige saber escutar É escutando que


aprendemos a falar
Avaliação pedagógica de alunos e professores
Seres democráticos - Quem tem o que dizer, tem
igualmente o direito e o dever de dizê-lo – não é a
verdade.
Ensinar não é transferir a inteligência do objeto ao
educando, mas sim dar sentido ao objeto de forma
que ele possa fazer ligações de significado a esse
objeto.
 26- Ensinar exige reconhecer que a
educação é ideológica
 27- Ensinar exige disponibilidade para o
diálogo a nível político, ético, estético da
pedagogia.
 Respeito às diferenças
 28- Ensinar exige querer bem aos educandos
Seriedade docente e afetividade –
 Prática educativa vivida com afetividade e
alegria exige formação séria e clareza
política do educador.
Pedagogia da Autonomia
 Não há docência sem discência"
 saber dosar a relação teoria/prática;
 criar possibilidades para o(a) aluno(a)
produzir ou construir conhecimentos, ao
invés de simplesmente transferir os mesmos;
 reconhecer que ao ensinar, se está
aprendendo; e não desenvolver um ensino
de "depósito bancário", onde apenas se
injetam conhecimentos acríticos nos alunos!

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